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Contabilidade Gerencial A ferramenta mestra de gestão e tomada de decisão 
Julsimar Edison Pilger
906.002.900-34
Universidade Pitágoras Unopar
Bacharel em Administração de Empresas 
Rua Fugencio Furlin,260 Ap 202 Videira - SC
julsimar@hotmail.com
(49) 99926-2902
Resumo
Este artigo cientifico é resultado de pesquisa realizada na área da contabilidade gerencial e demonstra sua importância para as empresas. O presente trabalho faz uma síntese da evolução da contabilidade e descreve sua importância como ferramenta para a tomada de decisão, através do estudo das principais demonstrações contábeis previstas na Lei no 6.404/76. O artigo foi elaborado com o objetivo de proporcionar ao leitor o entendimento de como a contabilidade e suas demonstrações contábeis, disponibilizam informações seguras para que o administrador possa tomar as decisões necessárias a condução da empresa. 
Palavras-chave: Contabilidade Gerencial, decisão, analise, informação.
Introdução
Ao estudar a historia da humanidade, encontramos narrativas ou situações que demonstram o uso da contabilidade pelo homem, mesmo que sem a compreensão que possuímos hoje desta ciência. As gravuras de figuras e numerais nas cavernas no termino da Era da Pedra Polida, os papiros da Mesopotâmia, os registros em argila dos Babilônicos são alguns exemplos.
A contabilidade evoluiu de acordo com cada povo e sua cultura, com o surgimento das primeiras cidades comerciais dos Fenícios, tinha foco principal o controle quantitativo, com evolução lenta até o surgimento da moeda, momento em que esta ciência evolui significativamente. Os escribas egípcios a utilizavam para realizar os inventários físicos e reportar o patrimonio ao faraó nos meados de 2000 a.C.. A medida em que as operações econômicas se tornam complexas, seu controle se refina, em 200 a.C. as escritas governamentais romanas já traziam as receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e diversões.
No período medieval, diversas inovações são desenvolvidas e introduzidas por governos locais e pela Igreja, é também somente neste período que na Itália surge o temo Contabilitá. Em 1494 o frade Luca Pacioli apresenta o livro “Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalità”, contendo um dos pilares da contabilidade moderna, o método das partidas dobradas, que enfatiza a teoria contábil do debito e do credito correspondente à teoria dos números positivos e negativos.
À necessidade de conhecer a historia da contabilidade para que possamos compreender sua evolução, dos registros feitos em rocha, papiro, livros contábeis até a fase da computação que automatizou os processos e hoje conseguimos em frações de segundos dados que a três décadas levavam horas ou dependendo da complexidade dias ou semanas.
A contabilidade se modernizou para atender a demanda do mercado globalizado, que exige cada vez mais velocidade e segurança na informação, para que as decisões tomadas sejam as mais assertivas e proporcionem a empresa assegurar sua parcela no mercado. A contabilidade gerencial cria valor para a empresa, pois esta encerida no processo de identificação, mensuração, análise e interpretação dos dados para transformá-los em informações.
A Contabilidade Gerencial tem como principal função fornecer informações sobre a vida operacional de uma empresa, suas informações são seguras e atualizadas, proporcionando decisões eficientes e eficazes sobre os negócios da empresa.
Em face a necessidade, o presente artigo buscará recopilar o posicionamento dos autores estudiosos do tema proposto, através de pesquisa bibliográfica e documental, permitindo desta forma definir a Contabilidade Gerencial e o seu papel nas organizações; demonstrar a relevância da contabilidade gerencial como instrumento de gestão, subsidiando as informações necessárias na tomada de decisão; explicar, as demonstrações contábeis à disposição dos gestores, baseando-se na revisão da literatura realizada; demonstrar a melhor forma de analisar e avaliar as demonstrações contábeis.
METODOLOGIA
A metodologia a ser empregada para a realização do ARTIGO CIENTÍFICO, será a pesquisa bibliográfica e documental, buscando extrair o máximo de informações sobre o tema proposto, que trata da contabilidade gerencial como ferramenta de gestão e tomada de decisão. Baseada em livros especializados na área, artigos científicos, revistas e periódicos, bem como busca de conhecimento e informação na rede mundial de computadores.
Trata-se de uma pesquisa exploratória, tem o objetivo de descrever e aprimorar as ideias sobre o tema, possibilitando a reflexão dos mais variados aspectos relativos ao tema estudado. A definição da pesquisa é a qualitativa, pois será analisada a conceituação teórica e as diversas linhas de pensamento dos estudiosos do tema.
O Artigo Cientifico será desenvolvido através de referenciais teóricos, com o intuito de fazer uma abordagem geral sobre o tema.
Fundamentação Teórica
Com o advento da Revolução Industrial a sociedade inicia um novo período, por sua vez a contabilidade ganha uma nova especialidade, a contabilidade gerencial com características e atribuições distintas, diferentes da contabilidade financeira que hora era utilizada, Horngren (2004, p.4) afirma ainda que:
“Tanto os usuários internos (gestores) como os externos utilizam a informação contábil, mas a maneira como o fazem difere. Os tipos de informação contábil que eles demandam também pode diferir. A contabilidade gerencial refere-se à informação contábil desenvolvida pra gestores dentro de uma organização. Em outras palavras, a contabilidade gerencial é o processo de identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar, interpretar e comunicar informações que auxiliem os gestores a atingir objetivos organizacionais. Em contrapartida, a contabilidade financeira refere-se à informação contábil desenvolvida para usuários externos, como acionistas, fornecedores, bancos e agencias regulatórias governamentais”.
Coronado (2012, p.29) afirma que “a contabilidade gerencial é uma das áreas da organização com as funções específicas de gestão, decisão, mensuração e informação”. Ainda conforme Crepaldi (2012, p.6), a contabilidade gerencial “é voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuado por um sistema de informação gerencial”. Outro fator apontado por Padoveze (2010, p.31) e de extrema importância no qual a contabilidade gerencial está “relacionada com o fornecimento de informações para os administradores – isto é, aqueles que estão dentro da organização e que são os responsáveis pela direção e controle de suas operações”.
O autor Bazzi (2015) cita os principais componentes que compõe as definições da contabilidade gerencial, que são: ênfase nas funções de gestão, decisão, mensuração e informação; dados históricos e estimados objetivando operações futuras; grau mais analítico de detalhes; enfoque nos usuários internos; gestão do sistema de informação gerencial; melhor utilização dos recursos econômicos; controle gerencial e governança empresarial; ramo da contabilidade; técnicas e procedimentos contábeis. 
Em sua analise destes componentes Bazzi (2015, p.30) estabelece a seguinte definição para a contabilidade gerencial: 
“trata-se de um ramo da contabilidade que utiliza técnicas e procedimentos inerentes a essa ciência, com ênfase nas funções de gestão, decisão, mensuração e informação de uma empresa. Essa ramificação da contabilidade utiliza, primordialmente, dados históricos e estimados, visando às operações futuras, focando no usuário interno da organização. Para isso, a contabilidade gerencial se utiliza de um sistema de informação gerencial (SIG), que é o responsável por auxiliar o gestor no processo decisório, contribuindo para a melhor utilização dos recursos econômicos, para o controle gerencial e para a governança empresarial”.
A definição de Bazzi apesar de extensa, sintetiza de forma didática a excencia da contabilidade gerencial, podemosencontrar os vários componentes citados pelos demais autores, proporcionando assim a melhor compreensão sobre o tema.
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES
O sistema de informação contábil disponibiliza ao administrador as informações necessárias para a tomada de decisão, precisa ser flexível para adaptar-se a cada tipo de empresa, também precisa ser atualizada, desejável e útil, com baixo custo para ser viável. Segundo Padoveze (2010, p.04 questão d):
Sistema de informação contábil é gerencial quando o sistema possui características de operacionalidade de tal forma que preencha todas as necessidades informacionais dos administradores para o gerenciamento de uma entidade, no tocante ao seu controle operacional, patrimonial, econômico e financeiro.
Segundo Horngren (2004, P.4):
“O objetivo básico da informação contábil é ajudar alguém a tomar decisões. Esse alguém pode se o presidente de uma empresa, o gestor de produção, o administrador de um hospital ou de uma escola, ou um investidor – a lista poderia estender-se bastante. Independentemente de quem está tomando a decisão, o entendimento da informação contábil propicia a tomada de uma decisão melhor e mais bem fundamentada”.
A informação contábil tem como função orientar as organizações, vários autores descrevem em suas obras tais funções com a devida explicação, nossa base será Atkinson (2011) que define as funções da informação contábil gerencial como:
· controle operacional: fornecer informações de feedback sobre eficiência e qualidade das tarefas desempenhadas;
· Controle de produto e cliente: mensurar custos dos recursos usados para fabricar um produto ou executar um serviço, vendê-lo e entregá-lo aos clientes;
· Controle gerencial: fornecer informações sobre o desempenho de gerentes e unidades operacionais;
· Controle estratégico: fornecer informações sobre o desempenho competitivo da empresa em longo prazo, as condições de mercado, as preferencias dos clientes e as inovações tecnológicas.
Devido a complexibilidade encontrada no ambiente interno e externo das empresas, as informações precisam de ajustes e adequação. Se faz necessário um sistema eficiente e eficaz, que processe o grande numero de dados e converta em informações validas e relevantes, para subsidiar o gestor em suas decisões.
ANALISANDO AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A analise das demonstrações contábeis está entre as principais ferramentas do processo decisório, através da analise das demonstrações é possível avaliar aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros, detectar os pontos fortes e fracos no processo operacional e financeiro, possibilitando melhor avaliar a situação da empresa.
A analise das demonstrações contábeis torna-se ainda mais importante, quando empregada no ambiente externo da empresa. Os acionistas fazem uso da analise para verificar o ROIC (retorno do capital investido) e o TMA (taxa mínima de atratividade) e outros índices, tomando a decisão sobre o aumento ou diminuição da participação de capital; os bancos e fornecedores realizam a analise para verificar a situação da empresa e decidir sobre a liberação de credito; os concorrentes analisam como forma de comparação; até mesmos os funcionários podem analisar as demonstrações como forma de planejamento de carreira.
Todas as demonstrações contábeis permitem que algumas analises sejam realizadas por meio de índices e indicadores, que são ferramentas uteis à geração de informações para o processo decisório gerencial. No entanto, essa analise por meio de índices possui duas limitações, à comparação dos dados financeiros e à necessidade de extrapolar índices, dificuldade apresentada no momento de comparar os dados, onde as empresas não possuem métodos padronizados, o que atrapalha a confrontação dos dados.
A Lei no 6.404/76, conhecida como a Lei das Sociedades Anônimas, estabelece em seu Artigo 176, que as demonstrações financeiras deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da sociedade e as mutações ocorridas no exercício. O artigo 176, estabelece ainda as seguintes demonstrações como obrigatórias:
1. Balanço Patrimonial.
2. Demonstração do Resultado do Exercício.
3. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados.
4. Demonstração dos fluxos de caixa
5. Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
BALANÇO PATRIMONIAL
Para Padoveze (2010), o Balanço Patrimonial é a principal demonstração financeira de uma empresa, sendo considerada a peça contábil por excelência, por retratar todo o resultado das transações e operações da organização que terão uma realização futura, gerencial ou financeira. 
O Balanço Patrimonial retrata um determinado momento da empresa, contém a representação dos ativos e passivos da organização, além de sua posição patrimonial, deve ser elaborado de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos.
De acordo com a lei nº 11.638/07, MP nº 1.121/08, a nova estrutura do Balanço Patrimonial passa a ser a seguinte:
	ATIVO
	PASSIVO
	Ativo Circulante
Ativo Não Circulante
Realizável a Longo Prazo
Investimento
Imobilizado
Intangível
	Passivo Circulante
Passivo Não Circulante
PATRIMONIO LIQUIDO
Capital Social
(-) Gastos com Emissão de Ações
Reservas de Capital
Opções Outorgadas Reconhecidas
Reservas de Lucros
(-) Acoes em Tesouraria
Ajustes de Avaliança Patrimonial
Ajustes Acumulados de Conversão
Prejuízos Acumulados
Quadro elaborado a partir informações da Lei 11.638/07
Uma vez que a contabilidade gerencial é inteiramente opcional, não utiliza dos princípios geralmente aceitos, estabelece seus próprios métodos e disponibiliza relatórios internos uteis e atualizados para a tomada de decisão. Na analise do Balanço Patrimonial, não podemos nos ater somente a própria demonstração, muito menos a analise de um único item.
Sugere-se que essa analise seja realizada com base em alguns critérios ou técnicas especificas. As duas principais sugeridas pelos autores estudados são:
1. Variações monetárias e percentuais da demonstração (analise horizontal).
A analise horizontal, analisa as variações de um item na demonstração com o passar do tempo, evidenciando a evolução em percentual dos valores. Para Rosseti (2008) análise horizontal, ou analise de tendencias, envolve uma verificação das variações percentuais das contas da demonstração, levando em consideração as alterações monetárias das contas no decorrer do tempo. A analise horizontal permite que sejam salientadas as variações econômicas mais importantes da demostração, destacando as mais incomuns.
Para obter uma boa analise e conclusões mais assertivas, recomenda-se usar a analise horizontal em conjunto com a analise vertical.
2. Demonstração ajustada por tamanho (analise vertical).
A analise vertical determina o percentual de cada conta ou grupo de contas em relação ao total de que faz parte, concentra-se basicamente nas relações existentes entre os itens das demonstrações financeiras em determinado momento, Segundo Bazzi a analise vertical verifica as demonstrações ajustadas em virtude do tamanho, ou seja, mostra a participação percentual de cada conta ou de cada grupo de contas da demonstração em relação ao total que integra em um período especifico.
A qualidade e quantidade de informações disponibilizadas pela analise vertical contribui significativamente para que o tomador de decisão da empresa conheça a evolução das contas analisadas, e, qual ativo a empresa está investindo mais, ou ainda comparar seus índices em relação aos concorrentes possibilitando a melhora dos mesmos.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma demonstração contábil que expõe, de forma ordenada, as receitas e as despesas do exercício, é baseada na analise de um intervalo de tempo, retratando como a empresa gerou seu lucro ou prejuízo, se for o caso.
De acordo com a Lei 6404/76, a Demonstração do Resultado do Exercício deve ser, obrigatoriamente, elaborada juntamente com o Balanço Patrimonial e com os demais relatórios obrigatórios, seguindo o principio da competência.
Para Padoveze (2010),a DRE deve ter como base a moeda local, além de trazer a avaliação das receitas (entradas) e dos custos e despesas (saídas), em um período de tempo determinado – geralmente um ano.
A Demonstração do Resultado do Exercício, fornece ao administrador da empresa, provavelmente, o valor mais importante para o negocio: o resultado liquido do exercício da empresa. A DRE e o Balanço Patrimonial se completam, pois tem um único objetivo primordial, gerar a informação contábil para o processo decisório. As analises, interpretações e estudos de variações ocorridas nos períodos contábeis, podem ser consideradas como a base do processo decisório gerencial.
DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) tem como finalidade principal explicar todas as movimentações que ocorreram nessa conta. Padoveze (2012) nos explica que a DLPA tem como objetivos revelar:
· os lucros ainda não distribuídos ou transferidos;
· os lucros ou prejuízos ocorridos no período;
· as transferências de lucros obtidos;
· a absorção dos prejuízos anteriores por novos lucros;
· os prejuízos acumulados, ainda não absorvidos por lucros ou capital social.
A Lei 6404/76 em seu Art. 186 trata especificamente da Demostração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, descrimina de forma clara o que devera ser tratado pela demostração, a saber:
I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial;
II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.
§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes.
§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia.
A Lei 11.638/2007 não permite a manutenção de saldo na conta lucros acumulados para companhias abertas e de grande porte, obrigatoriamente o lucro devera ter uma destinação até o final do exercício fiscal, o que não for destinado aos sócios na forma de dividendos devera ser transferido para o capital social da empresa ou para a conta reserva de lucro. As pequenas e medias empresas não se aplica esta obrigatoriedade.
Analisando a DLPA verificamos o lucro ou prejuízo acumulado do período, podemos esclarecer o comportamento da empresa ao longo do exercício, quais elementos induziram nas mudanças dos saldos da conta. Proporciona dados específicos sobre o resultado da empresa que auxiliam o administrador em sua analise de cenário. 
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) tem por objetivo principal evidenciar as transações que alteraram o saldo da conta caixa da empresa no período analisado. A DFC foi criada pela Lei 11.638/2007 e busca sintetizar todos os fatos que envolvam fluxos de recursos financeiros na forma de entrada (debito) e saídas (credito) da conta caixa.
As duas finalidades principais : demonstrar as formas que de obtenção e utilização dos recursos que transitaram pelo caixa, e auxiliar na determinação dos fluxos de caixa futuros da empresa.
Para a estruturação da DFCE podemos utilizar dois métodos:
Método Direto: são evidenciados todos os pagamentos e recebimentos provenientes das atividades operacionais, sendo que a apresentação dos componentes do fluxo deve ocorrer pelos valores brutos.
Método Indireto: nesse mecanismo, as demonstrações dos recursos originários das atividades operacionais são obtidas por meio do lucro líquido, descontados componentes que afetam o resultado. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) recomenda a sua utilização pois prove qualidade superior nas informações. 
O administrador da empresa pode valer-se das informações disponibilizadas pela DFC para evitar falta de recursos e consequente crise de liquidez; realizando a gestão adequada pode ainda reduzir as necessidades de capital de giro e consequente redução das despesas financeiras; também é possível realizar projeções das necessidades futuras de caixa da empresa, havendo escassez ou excesso de recursos o administrador dispõe de tempo para tomar providencias.
Considerações finais
A pesquisa realizada proporcionou a compreensão da importância da contabilidade gerencial, mas principalmente o entendimento sobre as demonstrações contábeis, e como estas auxiliam a empresa em conhecer seus números e tomar as decisões necessárias para desenvolver suas atividades e expansão.
Um dos objetivos da pesquisa realizada foi evidenciar a relevância das informações obtidas das demonstrações contábeis para relatar as situações ocorridas na empresa em um ou mais períodos, possibilitando melhorias e novas estrategias.
O administrador de empresas na atualidade precisa estar municiado de informações atualizadas e confiáveis, suas decisões sobre os rumos da empresa precisam ser assertivas, pontuais e rápidas, a globalização nos proporciona mercados e públicos diversos para atuação.
Com a presente pesquisa, podemos afirmar que para o exito de uma empresa no mercado globalizado presente, se faz necessário ter a disposição ferramentas e relatórios confiáveis, que proporcionem informações seguras e atualizadas, permitindo ao administrador planejar, prever, corrigir e implementar acoes na empresa. E a contabilidade gerencial proporciona tudo isso.
 A contabilidade em um contexto geral visa em fornecer não apenas as informações de natureza econômica, financeira e patrimonial, mas atender as necessidades de seus usuários no processo de tomada de decisão.
A pesquisa realizada sobre a contabilidade gerencial não esgota o tema, visto que a dinâmica, complexabilidade e amplitude gerados pela contabilidade gerencial torna fundamental continuarmos seu estudo, possibilitando ao administrador compreender suas ferramentas e melhorando sua visão sobre a empresa, resultando em decisões eficientes e eficazes na busca de resultados e consequente afirmação econômica e financeira da empresa frente ao mercado.
Referencias
ATKINSON, Anthony A., BANKER, Rajiv D., KAPLAN, Robert S., YOUNG, S. Mark, Contabilidade Gerencial, 3 ed. – São Paulo : Atlas, 2011. 
Bazzi, Samir. Contabilidade gerencial: conceitos básicos e aplicação [livro eletrônico]/ Samir Bazzi. Curitiba: InterSaberes, 2015.
Brasil. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404consol.htm>. Acessado em 11 de maio de 2018;
Brasil. Lei n° 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acessado em 11 de maio de 2018. 
Caldas, Sérgio Eduardo S. de – Guia para normatização de trabalhos acadêmicos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina. História da Contabilidade. Florianópolis. Disponível em: <http://www.crcsc.org.br/institucional/historia-da-contabilidade>. Acessado em: 10 de maio de 2018.
Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. Centro de Memória Virtual do CRCRS. Porto Alegre,2018. Disponível em <http://www.crcrs.org.br/memorial/>. Acessado em: 10 de maio de 2018.
HORNGREN, Charles T. - Contabilidade Gerencial / Charles T. Horngren, Gary L. Sundem, Willian O. Stratton; traduzido para o português por Elias Pereira. – São Paulo: Prentice Hall, 2004.
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 10. Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria Estratégica e Operacional. 3ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012
TARIFA, Marcelo Resquetti. Contabilidade gerencial: ciencias contábeis / MarceloResquetti Tarifa, Luiz Fernando Soares da Silva. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

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