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Direitos e Deveres Individuais V
DIREITO CONSTITUCIONAL
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DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS V
6. DEFESA DO CONSUMIDOR (ART. 5º, XXXII)
O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.
• Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concor-
rentemente sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao con-
sumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e 
paisagístico (art. 24, VIII).
 – Art. 30, II – Municípios.
• Art. 150, § 5º – a lei determinará medidas para que os consumidores 
sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias 
e serviços.
• Art. 170 – A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano 
e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, con-
forme os ditames da justiça social, observados, entre os seus princípios, a 
defesa do consumidor.
7. DIREITOS DE PETIÇÃO E DE CERTIDÃO (ART. 5º, XXXIV)
Atenção!
Não se deve confundir direito de petição com a petição inicial.
A Constituição estabelece que são a todos assegurados, independente-
mente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder (leitura complementar: art. 74, § 2º);
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos 
e esclarecimento de situações de interesse pessoal.
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O pulo do gato
É comum que a banca afirme que existem taxas no que concerne ao direito 
de petição. Outra pegadinha comum, referente à obtenção de certidões, é a 
afirmação de que o direito de certidão é protegido pelo habeas data. Esses 
direitos são protegidos pelo mandado de segurança. 
8. PROTEÇÃO DE DIREITOS DA PERSONALIDADE – INVIOLABILIDADE DA INTI-
MIDADE, DA VIDA PRIVADA, HONRA E DA IMAGEM (ART. 5º, X)
São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pes-
soas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente 
de sua violação.
• No caso em que houver violação de um dos itens acima, é possível entrar 
com ação solicitando indenização por dano material, dano moral ou os dois 
ao mesmo tempo;
• Súmula n. 227 do STJ: pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
Nota jurisprudencial
• Segundo o STF, o dano moral indenizável é o que atinge a esfera legí-
tima de afeição da vítima, que agride seus valores, que humilha, que 
causa dor (desconforto, constrangimento) [RE 387.014 AgR].
• O sigilo bancário, o sigilo fiscal e o sigilo telefônico (sigilo este que 
incide sobre os dados/registros telefônicos e que não se identifica com 
a inviolabilidade das comunicações telefônicas) – ainda que representem 
projeções específicas do direito à intimidade, fundado no art. 5º, X, da Carta 
Política – não se revelam oponíveis, em nosso sistema jurídico, às CPIs 
[MS 23.452, HC 96.056].
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Atenção!
O Poder Judiciário e as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI’s) 
podem quebrar os sigilos bancário, fiscal e telefônico; porém, como haverá 
uma violação da intimidade do investigado, é necessária uma fundamentação 
para a quebra.
• Quanto à Lei Complementar n. 105/2001, o tema em debate não seria 
quebra de sigilo, mas transferência de sigilo para finalidades de natu-
reza eminentemente fiscal. A legislação aplicável garantiria se fosse pre-
servada a confidencialidade dos dados, vedado seu repasse a terceiros, 
estranhos ao próprio Estado, sob pena de responsabilização dos agentes 
que eventualmente praticassem essa infração [RE 601.314]. 
• Em virtude do princípio da publicidade, não cabe ao Banco do Brasil 
negar, ao Ministério Público, informações sobre nomes de beneficiários de 
empréstimos concedidos pela instituição, com recursos subsidiados pelo 
erário federal, sob invocação do sigilo bancário, em se tratando de requisi-
ção de informações e documentos para instruir procedimento administra-
tivo instaurado em defesa do patrimônio público [MS 21.729].
• O sigilo de informações necessárias para a preservação da intimidade é 
relativizado quando se está diante do interesse da sociedade de se conhe-
cer o destino dos recursos públicos. Operações financeiras que envolvam 
recursos públicos não estão abrangidas pelo sigilo bancário, visto que as 
operações dessa espécie estão submetidas aos princípios da administra-
ção pública insculpidos no art. 37 da CF. Em tais situações, é prerrogativa 
constitucional do Tribunal (TCU) o acesso a informações relacionadas a 
operações financiadas com recursos públicos [MS 33.340].
������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Wellington Antunes.

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