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Microbiologia do solo, da água e do ar- (MSAA) Prof. Dr. Francisco Rafael Martins Soto 1 MSAA • Microbiologia do solo – Diversidade e variedade de micro- organismos no solo é imensa – 1 cm3 de solo= milhões de bactérias de diferentes espécies, milhares de protozoários, centenas de metros de hifas de fungos – A partir da década de 70 do século passado esta população de micro- organismos passou a ser denominado de microbiomassa do solo 2 MSAA • Microbiologia do solo – Massa microbiana do solo é um ponto crítico, pois tem como funções: • Decomposição da matéria orgânica • Alteração de disponibilidade de nutrientes para as plantas • Influencia as propriedades físico químicas do solo 3 MSAA • Microbiologia do solo – Bactérias e fungos são responsáveis por 90% da atividade da biomassa do solo • Micro- organismos: –Procariotos –Eucariotos 4 MSAA • Microbiologia do solo • Principais atividades dos micro-organismos – Decomposição – Mineralização – Transformação – Patógenos – Biocontrole – Simbionte – Fotossintese – Fixação de nitrogênio 5 6 MSAA • Microbiologia do solo – Solo como habitat ideal: • Composição volumétrica de: –25% de ar –25 % de água –50% de sólidos – ( 45% de matéria mineral e 5% de matéria orgânica »5% de matéria orgânica: 4,5 % de matéria orgânica morta e 5% de micro- organismos vivos 7 8 MSAA • Microbiologia do solo – Solo como habitat • Ambiente estressante para os micro- organismos • Fortemente limitado por nutrientes • Mas capaz de manter uma população de micro-organismos extremamente diversa 9 MSAA • Microbiologia do solo • Solo como habitat – Bactérias: espaços intramicroagregados – Fungos, protozoários: inter- intramicroagregados • Ocupam menos que 5% do espaço poroso do solo – Sua presença é resultado de: • Reação as condições ambientais do solo • Sua bagagem genética 10 MSAA • Microbiologia do solo • Sua sobrevivência no solo pode ser: – Inativa ou dormente • Ativa – Saprófitas – Parasita – Simbionte 11 MSAA • Microbiologia do solo • Quanto a atividade microbiana no solo: – De 15 a 30 % do total das bactérias – De 2 a 10% do total dos fungos – Há ainda pouco conhecimento da diversidade microbiana no solo – Estima-se a existência de mais de 800 espécies de bactérias e 460 espécies de fungos no solo 12 MSAA • Microbiologia do solo – Fatores que afetam a microbiota • Físicos • Químicos • Biológicos • Manejo • Cobertura vegetal 13 MSAA • Microbiologia do solo – Fatores que afetam a microbiota • Físicos – Temperatura – Umidade – Aeração – Estrutura – Viscosidade – Tensão Osmótica – Componente gasoso 14 MSAA • Microbiologia do solo – Fatores que afetam a microbiota • Químicos – Carbono orgânico – Nutrientes – pH – Eh – Metais pesados – Xenobióticos – Antibióticos – Vitaminas 15 MSAA • Microbiologia do solo – Fatores que afetam a microbiota • Biológicos –Morfologia –Fisiologia –Genética –Reprodução – Interações biológicas –Presença de raízes 16 MSAA • Microbiologia do solo – Fatores que afetam a microbiota • Manejo –Uso de fertilizantes –Corretivos e pesticidas –Manejos dos restos culturais –Preparo do solo –Erosão 17 MSAA • Microbiologia do solo – Fatores que afetam a microbiota • Cobertura vegetal »Solo sem cobertura vegetal é um grande deserto para os micro- organismos • Nas raízes (rizosfera) • Presença de substratos para o crescimento microbiano 18 MSAA • Microbiologia do solo – Fatores que afetam a microbiota –Cobertura vegetal »Nas raízes (rizosfera) • Decomposição • Desnitrificação e nitrificação • Fixação biológica do nitrogênio • Interação entre as comunidades microbianas 19 MSAA • Microbiologia do solo – Fatores que afetam a microbiota • Populações microbianas do solo sofrem elevada influência nas diferentes alterações ambientais • Pode ocorrer inibição de até 100 % em situações estressantes 20 Duração do impacto da perturbação ambiental nos micro-organismos e processos biológicos Causa do impacto Duração prevista Desmatamento Até 300 anos Mineração 50 a 100 anos Derramamento de petróleo > 10 anos Deposição de xisto betuminoso 2 a 16 semanas Derramamento de piridina ( refinarias) 3 a 4 semanas 21 Resumo dos principais fatores que afetam negativamente ou positivamente a diversidade microbiana no solo Fator Efeito Adição de carbono orgânico na forma de esterco, adubo verde Positivo Aração, gradagem, inundação, irrigação, erosão, construção civil Positivo e negativo Uso de agrotóxicos, xenobióticos, agroquimicos, metais pesados Negativo Desinfestação, fumigação e esterilização do solo Negativo Desidratação, solarização, resfriamento, congelamento do solo Negativo 22 MSAA • Microbiologia do solo – Sucessão microbiana • Primeiros micro- organismos de um solo: – Pioneiros: tem como função fazer a colonização e gerar condições para o crescimento dos demais » Pode ser determinada inicialmente pelos autótrofos ou heterótrofos • Autotrofia: maior possibilidade de ocorrer em ambientes com abundância de energia solar • Ocorre produção biomassa 23 Microbiologia do solo • Sucessão microbiana 24 MSAA • Microbiologia do solo – Parâmetros utilizados para avaliação da atividade microbiana • Taxa de respiração • Produção de ATP • Biossíntese de macromoléculas(ácidos nucleicos) • Transformações especificas (amonificação) • Consumo de substrato ou acúmulo de produto • Atividade enzimática total e especifica • Taxa de mineralização: N, P, S • Dinâmica da matéria orgânica e do húmus • Densidade populacional e biomassa • Reações bioquímicas especificas • Observações microscópicas in situ 25 Microbiologia do solo 26 • Microbiologia do solo • Importância da matéria orgânica 27 MSAA • Microbiologia da água – Ambiente aquático é o maior do planeta – Ocupa 75% da superfície terrestre e o volume de água existente na Terra corresponde à 1,36x1018 m³: • 97% correspondem à água do mar • 2,2% geleiras • 0,8% água doce • 97% da água doce existente no planeta é subterrânea – Água é um recurso natural fundamental para a sobrevivência de todos os seres vivos (animais, vegetais e seres humanos) e para o equilíbrio do planeta, como um todo 28 29 30 MSAA • Microbiologia da água • Nunca se encontra pura na natureza – Componentes que alteram o seu grau de pureza de origem: • Físicas, químicas e biológicas – Exemplos: origem natural no ciclo hidrológico (precipitação, infiltração, escoamento) ou provir de fontes antrópicas (efluentes domésticos e industriais, chorume, atividades agropecuárias) » Características físicas: associadas aos gases e sólidos presentes na água, estes podem ser suspensos, coloidais ou dissolvidos » Características químicas: classificadas em substâncias de natureza orgânica e inorgânica » Características biológicas: referem-se à presença de seres vivos na água, destacando-se os microrganismos 31 MSAA • Microbiologia da água –A diversidade microbiana no meio aquático • Fatores que controlam as comunidades: –Mistura e movimento de nutrientes –Intensidade de luz –Oxigênio dissolvido –Produtos do metabolismo (excreção) 32 MSAA • Microbiologia da água – A diversidade microbiana no meio aquático • A relação entre todos esses fatores cria nichos exclusivos para microrganismos especializados. Ambiente com muita matéria orgânica e pouco oxigênio dissolvido: – Condições favoráveis para a predominância de bactérias anaeróbias • Ambientes rasos (alta intensidade de luz)e com abundância de nutrientes (ambiente eutrófico) favorecem a proliferação de organismos fotossintéticos, como algas e cianobactérias 33 MSAA • Microbiologia da água • Água doce – Águas paradas (lagoas e lagos) • Clara distinção entre as temperaturas das camadas superficiais e profundas: estratificação térmica – Aquecimento da camada superior, denominada epilímnio, pela radiação solar, tornando-a menos densa que a camada inferior, chamada de hipolímnio. » Essa diferença de densidade gera uma grande estabilidade e, dessa forma, não há mistura entre as águas das camadas superiores e inferiores. • O nome da camada intermediária é metalímnio. • Diferenças na penetração de luz e concentração de oxigênio geram profundas transformações nas características físicas, químicas e biológicas 34 MSAA • Microbiologia da água • Água doce – Águas paradas (lagoas e lagos) • Zona epilímnica: camada superior, mais quente, menos densa, com maior circulação de nutrientes. – Elevada atividade fotossintética, altas concentrações de oxigênio dissolvido e, normalmente, baixas concentrações de nutrientes. » Exemplos de microrganismos presentes: algas, Pseudomonas, Caulobacter, Hyphomicrobium. • Esta zona pode ser dividida em zona litorânea (próximas às margens e com vegetação presente, maiores níveis de nutrientes e diversos microrganismos) e, zona limnética (aberta e longe da costa) 35 MSAA • Microbiologia da água • Água doce – Águas paradas (lagoas e lagos) • Zona profunda ou hipolímnica – Camada inferior, mais fria, mais densa, com maior estagnação » Baixas concentrações de oxigênio dissolvido (ambiente redutor) • A alta atividade respiratória eleva os níveis de dióxido de carbono, o que contribui para o abaixamento do pH • Exemplos de microrganismos presentes: bactérias sulfurosas, púrpuras e verdes 36 MSAA • Microbiologia da água • Água doce – Águas paradas (lagoas e lagos) • Zona bêntica ou hipolímnica – Zona de sedimentação, fundo de lagos » Concentração de matéria orgânica é alta e as taxas de decomposição também • Como praticamente não há oxigênio dissolvido, predominam seres anaeróbios • Exemplos de microrganismos presentes: Desulfuvibrio, Clostridium, bactérias metanogênicas 37 MSAA • Microbiologia da água – Diferentes zonas aquáticas 38 MSAA • Microbiologia da água – Água doce • Rios e ribeiros – A existência de corrente afeta de maneira dramática a composição microbiana nos rios »Maior parte dos microrganismos encontra-se aderido às superfícies expostas • Apenas nos rios grandes (coluna de água profunda e corrente lenta) existem microrganismos em suspensão 39 MSAA • Microbiologia da água – Água doce • Fontes de nutrientes – Produção interna (autóctone): » Micro-organismos fotossintéticos aquáticos sintetizam matéria orgânica utilizando como fonte de carbono matéria inorgânica e a luz como fonte de energia – Fonte externa (alóctone): » Nutrientes minerais e matéria orgânica provenientes das encostas dos rios e zona ripícola ou de atividades humanas (poluição difusa: fertilizantes agrícolas e poluição pontual: lançamento de esgotos não tratados) 40 MSAA • Microbiologia da água – Água doce • Rios possuem uma enorme capacidade de processar a matéria orgânica – Normalmente, a quantidade de matéria orgânica que entra no sistema não excede a sua capacidade de oxidá-la a ponto de causar deterioração dos cursos d’água. » Condições de extrema poluição: rios também podem tornar- se anaeróbios. • Legislação brasileira prevê que o lançamento de esgotos domésticos e industriais em corpos d’água deve atender aos padrões de lançamento de efluentes e aos padrões do corpo receptor, de modo que as concentrações mínimas de oxigênio não sejam desobedecidas 41 MSAA • Microbiologia da água – Água doce 42 MSAA • Microbiologia da água • Água marinha – Em ambientes marinhos há enorme abundância de ultramicrobactérias/nanobactérias (<0,2μm) • Podem atingir 10¹²-10¹³células/mL, como por exemplo, Sphingomonas sp – Há bactérias quitinolíticas, que são fundamentais para os ecossistemas marinhos: produzem a enzima conhecida como quitinase » Papel importante no processo de degradação da quitina, principal constituinte do exoesqueleto dos artrópodes e moluscos 43 MSAA • Microbiologia da água • Água marinha – Nesses ambientes a pressão aumenta em 1atm a cada 10m de profundidade, atingindo 1100atm nas zonas mais profundas (11000m) • Micro-organismos que se encontram em várias profundidades tem especializações diferentes para diferentes pressões e são classificados como: – Barotolerantes: podem crescer entre 0-400atm – Barofílicos moderados: ótimo crescimento a 400- 600atm, mas podem crescer a 1atm – Barofílicos extremos: apenas crescem a pressões >400-600atm 44 MSAA • Microbiologia da água • Água marinha – Micro-organismos são a base da cadeia alimentar marinha • Impactos em todo o planeta ao absorverem CO2 e produzirem O2 • Maior parte da reciclagem de nutrientes ocorre até aos 300m de profundidade. • Assim como em ambientes de água doce, o fitoplâncton cresce nas camadas superiores, iluminadas, e estes organismos ou são consumidos por macro e microconsumidores ou, quando morrem, são decompostos nas camadas adjacentes mais profundas. • Abaixo dos 300m de profundidade, praticamente não há matéria orgânica para decompor e o ambiente é oligotrófico, em que apenas alguns microrganismos conseguem sobreviver nessas condições 45 MSAA • Microbiologia da água – Água marinha • Metano hidratado acumula-se no fundo dos oceanos devido às baixas temperaturas e à enorme pressão • A liberação deste metano do sedimento é sugerido como possível causa de aquecimento global em eras antigas na Terra, como à 55 milhões de anos, no período Paleoceno-Eoceno • É possível que as maiores extinções de vida ocorridas na história da terra seja devido ao incremento de metano na atmosfera devido a processos geológicos ou impactos de meteoritos que poderiam desestabilizar hidratos de gás dos oceanos 46 MSAA • Microbiologia da água • Fungos aquáticos – Atuam na decomposição da matéria orgânica » Estão presentes fungos dos Filos: • Chytridiomycota: podem ser de água doce ou marinhos, parasitas de plantas e insetos dípteros, ou saprófitos. A espécie Batrachochytrium dendrobatidisna parasita a pele dos anfíbios, causando até a sua morte Alguns parasitam algas • Oomycota: produzem esporos assexuados biflagelados e incluem os chamados bolores aquáticos • Deuteromycota: são chamados de fungos imperfeitos por não reproduzirem sexuadamente • Esporulam dentro da água; os esporos ou conídeos são transportados na água e, ao entrar em contato com uma folha, é desenvolvido o micélio, este penetra na folha e promove a sua decomposição 47 MSAA • Microbiologia da água – Vírus em ambientes aquáticos • Tanto em ambientes marinhos quanto de água doce, os vírus são o componente numericamente mais abundantes • Estão presentes em concentrações 10 vezes maior que bactérias (104-108VLP/mL) e a maioria são bacteriófagos, ou seja, infectam procariontes. • São responsáveis por grande parte da mortalidade bacteriana (10- 50%) e fitoplanctônica (2-10%), pelo término das florações e pelo aumento da disponibilidade de carbono e nutrientes. • Ao contrário da limitação no crescimento causada pela disponibilidade de nutrientes e pela predação do zooplâncton, normalmente os vírus afetam a composição e diversidade de espécies e não necessariamente a biomassa total de bactérias, devido à alta especificidade de hospedeiro 48 49 MSAA • Microbiologia da água – Vírus em ambientes aquáticos • Atuam controlando a população dominante, permitindo o crescimento de outras espécies e assim,bactérias com diferentes taxas de crescimento co- existem • A alta especificidade viral vem sendo descrita como um importante mecanismo para a manutenção da alta diversidade de bactérias e algas • O ciclo lisogênico é capaz de conferir propriedades metabólicas específicas ao hospedeiro e sobrevivência em ambientes extremos 50 MSAA • Microbiologia da água – Vírus em ambientes aquáticos • Perturbações ambientais na célula hospedeira, como luz e nutrientes, induzem o ciclo lítico • A lise celular causada pelos vírus faz com que todo o conteúdo (carbono, nitrogênio e fósforo) que estava na célula hospedeira retorne para o meio extracelular – Esses nutrientes são fontes de nutrientes para o crescimento de outras bactérias 51 MSAA • Microbiologia da água – Vírus em ambientes aquáticos • Lise viral pode ser um mecanismo chave para suprir o carbono para bactérias heterotróficas, especialmente em ambientes oligotróficos, onde a produção primária é pequena. • Número de vírus parece estar relacionado à disponibilidade de fósforo, à profundidade do lago, à entrada de luz (são vulneráveis aos danos causados pela radiação solar) e, principalmente à densidade bacteriana 52 MSAA • Microbiologia do ar – Composição do ar • 79% de nitrogênio • 21% de oxigênio • 0,032% de dióxido de carbono e outros gases (neônio, argônio e hélio) • Partículas de pó e água (sob forma de vapor líquido ou cristais de gelo) 53 MSAA • Microbiologia do ar – Micro- organismos do ar • Flora microbiana do ar: transitória e variável • Número e os tipos de agentes contaminantes do ar são determinados pelas várias fontes de contaminação existentes no ambiente • Podem ser encontrados em suspensão, em material particulado e gotas de água • Transporte: através de ventos, massas de ar e turbulências da atmosfera 54 MSAA • Microbiologia do ar – Bioaerossóis • Partículas biológicas finas de diâmetro de 0,05 a 100mm –Microbiota dispersa no ar: »Fungos »Bactérias »Vírus »Pólens »Algas 55 MSAA • Microbiologia do ar – Principais doenças de transmissão aérea 56 MSAA • Microbiologia do ar • Principais doenças de transmissão aérea 57 MSAA • Microbiologia do ar – Micro-organismos externos do ar (atmosfera) • Superfície da Terra representa a principal fonte dos micro-organismos • Gotículas d’água produzidas pela ruptura de bolhas de ar na microcamada (contém maior número de micro- organismos do que as camadas mais profundas) 58 MSAA • Microbiologia do ar • Micro-organismos externos do ar (atmosfera) – Instalações industriais, agrícolas e municipais que produzem aerossóis microbianos: • Irrigação de lavouras com efluentes de esgoto, mediante o borrifadores • Uso de filtros gotejadores de estação de tratamento de esgotos • Matadouros e instalações de distribuição • Incineradores mal operados e estações de tratamento de composto esgoto orgânico e lodo de esgoto 59 Fontes de contaminação microbiana do ar 60 MSAA • Microbiologia do ar • Micro-organismos externos do ar (atmosfera) • Algas, protozoários, leveduras, bolores e bactérias • Fungos predominantes: Cladosporium, Alternaria, Penicillium, Aspergillus, Pullularia e Agaricus; • Esporos de bolores constituem a maior parte da microflora aérea • Bactérias: bacilos Gram-positivos esporulados (Bacillus) e não-esporulados (Kurthia), bacilos Gram negativos Alcaligenes) Gram positivos negativos (e cocos Gram- (Micrococus e Sarcina) • Leveduras e actinomicetos têm sido detectados em alguns locais, mas em baixa porcentagem 61 MSAA • Microbiologia do ar - externo – Intensidade da contaminação microbiana é influenciada por: • Mecanismos de dispersão terra a partir da superfície da terra • A hora do dia • A estação do ano • Situações de ordem climática 62 MSAA • Microbiologia do ar - externo – A habilidade do micro-organismo causar doenças depende da sobrevivência e infectividade ao hospedeiro suscetível. Mas dependem ainda de parâmetros ambientais: • Umidade relativa • Temperatura • Intensidade da radiação • Comprimento de onda • Tensão de oxigênio • Níveis de poluente 63 MSAA • Microbiologia do ar - interno – Fatores determinantes do grau de contaminação do ar: • Taxas de ventilação • Número de pessoas que ocupam o ambiente • Natureza e grau de atividade exercida por esses indivíduos 64 MSAA • Microbiologia do ar - interno – Micro-organismos: expelidos em gotículas do nariz e da boca durante o espirro, tosse, ou até mesmo pelo ato de falar • Dimensões das gotículas: –faixa micrométrica: podem permanecer em suspensão durante um tempo, –faixa milimétrica: depositam rapidamente, como poeiras, em diversas superfícies 65 MSAA • Microbiologia do ar - interno – Essa poeira pode ser veiculada pelo ar, nos períodos de atividade no interior do recinto ou através de correntes de ar – A sobrevivência dos micro-organismos por tempo relativamente longo na poeira cria importantes riscos, particularmente em áreas hospitalares – São frequentemente encontrados: bacilos da tuberculose, bacilos da difteria e estreptococos , hemolíticos 66 MSAA • Microbiologia do ar - interno – Síndrome do Edifício Doente (SED) • OMS: classificou como SED, uma série de sintomas gerais, que epidemiologicamente afetam ocupantes de um ambiente fechado –Sem origens determinadas –Quando os queixosos são afastados do ambiente, apresentam melhoras espontâneas dos sintomas 67
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