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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3 Cadernos PDE I O Uso das Imagens no Ensino de Geografia para a Compreensão do Espaço Geográfico. Raul de Oliveira Tolentino1 Jully Gabriela Retzlaf de Oliveira² Resumo: Este artigo aborda o uso das imagens como linguagem que possibilita a compreensão dos conteúdos geográficos através do desenvolvimento de práticas pedagógicas realizadas durante a implementação do projeto de pesquisa da turma PDE 2014-15, efetivado durante o ano letivo de 2015. A implementação do projeto foi realizada nas turmas do 8° ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Major João Carlos de Faria, localizada na cidade de Cornélio Procópio-PR e objetivou analisar o uso de imagens como recurso didático para que, através da sua análise e interpretação, proporcione a compreensão do espaço geográfico. A metodologia utilizada foi o da pesquisa-ação, inicialmente foi feita pesquisa bibliográfica sobre o Ensino de Geografia e o uso de imagens como recurso didático a fim de construir o projeto de pesquisa e a unidade didática, depois foi implementado o projeto de intervenção nas turmas de 8º ano e finalmente procedeu a redação do artigo final. A aplicação das práticas pedagógicas, utilizando a imagem como recurso didático, resultou em melhorias no processo de ensino e aprendizagem, as aulas ficaram mais interessantes, contribuindo para a melhor compreensão do espaço geográfico nas diferentes escalas de análise. Além disso, promoveu um interesse maior das turmas para participar das atividades propostas. Palavras-chave: Imagem. Recurso Didático. Ensino de Geografia. 1 INTRODUÇÃO Desde os primórdios, a imagem exerceu fascínio sobre os seres humanos em seu poder de expressão. No mundo globalizado, na era das novas tecnologias, a imagem está cada vez mais presente. Isto ocorre em virtude da evolução que as diferentes mídias alcançaram e principalmente da publicidade que veicula de forma intensa múltiplos objetivos ideológicos. Dentre eles, destaca-se a finalidade capitalista de difundir a sociedade do consumo. 1 Professor PDE da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná. E-mail: rauldeoliveiratolentino@seed.pr.gov.br. 2 Orientadora PDE Prof.ª Dr. da Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP. E-mail: jullyoliveira@uenp.edu.br mailto:jullyoliveira@uenp.edu.br Para compreender o mundo em que vivemos, o espaço geográfico, requer habilidade em interpretar a forma de linguagem visual, que tem seu uso destacado pela funcionalidade e pela velocidade de processar informações. Além disso, a imagem como representação, permite o registro histórico da paisagem e torna possível comparar o processo de sua transformação, assim como a distribuição e significados que assumem os elementos materializados no espaço. Encontrar metodologias que estimulem os alunos a desenvolver o raciocínio crítico, configurando na evolução de uma aprendizagem significativa, envolve a escolha de uma linguagem que seja funcional no processo de ensino e aprendizagem. Dentre as diferentes linguagens, a linguagem visual está amplamente difusa pelos meios midiáticos. A partir das diferentes situações que a imagem está presente no cotidiano, o professor pode contextualizar os conteúdos desenvolvidos em sala de aula e estimular os alunos à reflexão e compreensão crítica. O presente artigo tem por objetivo apresentar e analisar as práticas pedagógicas implementadas na disciplina de Geografia no 8° ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Major João Carlos de Faria, em específico busca discutir o uso de imagens como recurso didático para que, através da sua análise e interpretação, proporcione a compreensão do espaço geográfico e também socializar os resultados obtidos junto a outros professores cursistas do Grupo de Trabalho em Rede (GTR). A metodologia utilizada foi o da pesquisa-ação, inicialmente foi feita pesquisa bibliográfica sobre o Ensino de Geografia e o uso de imagens como recurso didático a fim de construir o projeto de pesquisa e a unidade didática, depois foi implementado o projeto de intervenção nas turmas de 8º ano e finalmente procedeu a redação do artigo final. Espera-se que as atividades apresentadas possam auxiliar os professores da área de Geografia e difundir práticas pedagógicas utilizando imagens como recurso didático, melhorando assim o ensino na rede pública de educação paranaense. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 A Geografia Escolar no Brasil A Geografia passou a ser uma ciência sistematizada e autônoma durante o século XIX. Nesse período, a Alemanha e a França destacavam-se na sistematização do pensamento geográfico, proporcionado pelos resultados das pesquisas das sociedades geográficas referente às expedições científicas para os territórios coloniais da África, Ásia e América do Sul (PARANÁ, 2008). No Brasil, durante o século XIX, ocorreram os movimentos sociais pela independência (1822), abolicionistas que culminaram na libertação dos escravos (1888), e pela proclamação da República (1889). Em meio a esse contexto de profundas transformações, de um país em formação, o ensino de Geografia atendeu a necessária difusão de ideias patrióticas (ALBUQUERQUE, 2011). O ensino da Geografia desse período é marcado pelo caráter descritivo das paisagens naturais presentes no território nacional, constituindo um acúmulo de informações do qual o aluno deveria memorizar. Em nosso país, o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, teve sua estrutura curricular definida pelo artigo três do decreto de 02 de dezembro de 1837. Este previa como um dos conteúdos a serem contemplados, os chamados princípios de Geografia, como objetivo de enfatizar a descrição do território, sua dimensão e belezas naturais (PARANÁ, 2008). Na realidade da educação básica brasileira, até o período das primeiras décadas do século XX, os conteúdos geográficos eram ensinados por professores que não possuíam formação específica. Da mesma maneira, os materiais didáticos eram formulados por profissionais que também não possuíam formação na área. Por sua vez, o ensino objetivava o repasse de informações que o aluno deveria memorizar, conforme Pontuschka, Paganelli e Cacete (2009, p.46): A Geografia, no antigo ginásio, até a época da fundação da FFCL /USP, em 1934, nada mais era do que a dos livros didáticos escritos por não geógrafos. Esses expressavam geralmente o que foi a ciência até meados do século XIX, na Europa: enumeração de nome de rios, serras, montanhas, ilhas, cabos, capitais, cidades principais, totais demógrafos de países, de cidades etc. A memória, era a capacidade principal para o estudante se sair bem nas provas. O questionamento sobre o método do ensino e da falta de cientificidade na Geografia, em períodos entre o final do século XIX e início do século XX, é uma situação evidenciada nas obras a Educação Nacional (1890) de José Veríssimo em Methodologia do Ensino Geographico (1925) por Delgado de Carvalho. Essa situação permanece praticamente inalterada até a década de 1930, quando houve a formação dos cursos superiores na Faculdade de Filosofia, posterior Universidade de São Paulo (USP) em 1934; e em 1935, na Universidade do Brasil, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERG) (ALBUQUERQUE, 2011). Os conhecimentos acadêmicos desenvolvidos por professores licenciados, sob influência do pensamento da escola geográfica francesa, e as formulações de materiais didáticos para diferentes níveis de ensino, possibilitou uma evolução para a prática da Geografia escolar, segundo Pontuschka, Paganellie Cacete (2009, p.44): No Brasil, o ideário produzido pela escola francesa chegou aos bancos escolares por meio dos licenciados, que, de posse do saber científico desenvolvido na universidade e com auxílio de livros didáticos, escritos por professores universitários, elaboravam suas aulas, produzindo um saber para os diferentes níveis de ensino. Cabe destacar o trabalho de Aroldo de Azevedo, cujos livros foram hegemonicamente adotados nas escolas brasileiras atravessando gerações, entre as décadas de 50 e 70 do século XX. Em meados da década de 1950, o questionamento das tendências tradicionais da Geografia passou a ser interpretadas por meio de novas teorizações e paradigmas, produzindo diferentes abordagens teóricas no nível acadêmico (PONTUSCHKA, PAGANELLI E CACETE, 2009). No entanto, não houve profundas alterações na realidade da educação básica. Durante o período do governo militar, com a Lei nº 5692/71, os conteúdos de Geografia e História passaram a integrar a disciplina de Estudos Sociais. Durante essa época, a Geografia praticada no âmbito escolar estava distante das reformulações teóricas da Geografia Crítica, pois aos governos autoritários interessava um ensino descritivo que fortalecia o nacionalismo. Kaecher (1999, p.63), descreve o ensino da Geografia no período do governo militar da seguinte forma: Para as pessoas das camadas populares (a clientela dos bancos escolares) era um saber desinteressado e, talvez, inútil. Assim ela teve que ser construída. Para que permanecesse ao alcance apenas dos detentores do poder (militares, governantes), foi institucionalizada e uma Geografia de cunho geral, desinteressada e com ênfase nas paisagens naturais. Por dois motivos: primeiro, construir junto á população uma identidade ideológica que associasse povo a território, paisagem natural, gerando uma associação, não raro, ufanista entre território, paisagem e governo. [...] e, segundo – talvez mais importante, tirar o “homem” da Geografia, naturalizando-a. Kaecher (1999) considera o livro “A Geografia - isso serve, em primeiro lugar, para fazer a Guerra”, escrito originalmente em 1976 por Ives Lacoste, e a realização do Congresso Nacional de Geógrafos realizado em Fortaleza, em 1978, como referenciais para que iniciasse no Brasil, a ruptura com a Geografia Tradicional e despolitizada para um caráter de cunho mais renovador e crítico. As discussões sobre a inserção da Geografia Crítica, no ensino da Educação Básica, ganham impulso a partir do final da década de 1980, estando presente na formulação do Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná, publicado em 1990 (PARANÁ, 2008). A nível nacional, em 1998, é publicado os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), no qual a Geografia é enfatizada como disciplina que possui características de proporcionar a compreensão das transformações decorrentes do mundo globalizado. A necessidade de problematizar a realidade espacial em meio às múltiplas transformações, resultantes do fenômeno da globalização, favoreceu a valorização dessa disciplina no entendimento desse fenômeno. A Geografia, na proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais, tem um tratamento específico como área, uma vez que oferece instrumentos essenciais para a compreensão e intervenção na realidade social. Por meio dela podemos compreender como diferentes sociedades interagem com a natureza na construção de seu espaço, as singularidades do lugar o aproxima de outros lugares e, assim, adquirir uma consciência maior dos vínculos afetivos e de identidade que estabelecemos com ele. Também podemos conhecer as múltiplas relações de um lugar com outros lugares, distantes no tempo e no espaço e perceber as relações do passado com o presente. (PCNs, 1998, p.15). No entanto, a Geografia abordada nesse documento recebeu muitas críticas, principalmente devido à pluralidade de concepções teóricas. No Estado do Paraná, entre 2004 e 2008, a Secretaria de Estado da Educação realizou um trabalho que culminou na formulação das Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE). A formulação deste documento contemplou a participação dos professores da Rede Estadual de Ensino através de discussões coletivas (PARANÁ, 2008). A DCE de Geografia propõe um ensino baseado no suporte teórico crítico que deve problematizar a abrangência dos conteúdos, em seus impasses e contradições existentes no sistema capitalista, relacionados aos determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais do atual contexto histórico. Assim, estas Diretrizes Curriculares se apresentam como documento norteador para um repensar da prática pedagógica dos professores de Geografia, a partir de questões epistemológicas, teóricas e metodológicas que estimulam a reflexão sobre essa disciplina e seu ensino. Problematizar a abrangência dos conteúdos desse campo do conhecimento, bem como reconhecer os impasses e contradições existentes são procedimentos fundamentais para compreender e ensinar o espaço geográfico no atual período histórico (PARANÁ,2008, p.50). A evolução tecnológica junto ao processo de globalização provocou profundas transformações em nossa sociedade. A complexidade apresentada pelo mundo globalizado e das novas tecnologias, implica em o professor de Geografia proporcionar ao aluno a compreensão do espaço a partir de uma abordagem contextualizada e considerar a realidade social da qual os alunos estão inseridos. As abordagens dos conhecimentos geográficos devem partir do lugar e das experiências mais próximas do cotidiano e estabelecer relações com as demais escalas de análise regional, nacional e mundial, demonstrando como os fenômenos do mundo globalizado se articulam e influenciam na organização do espaço. Por sua vez, a forma pela qual o espaço geográfico se apresenta é portadora de uma historicidade que necessita ser compreendida. A compreensão que parte do lugar, por sua vez, deve ocorrer junto à análise do mundo globalizado e do atual momento histórico (CALLAI, 2010). Para que os conhecimentos geográficos atinjam seu pressuposto de relevância e sejam significativos na vida do aluno, superando o senso comum, a problematização dos conteúdos em suas diversas escalas de análise deve enfatizar a forma pela qual os diferentes atores estão envolvidos na formação e transformação do espaço da vivência cotidiana. Kaecher (2011) sugere a construção de um conhecimento que investiga a realidade baseado no método socrático. A partir da investigação, que indaga os conhecimentos prévios dos alunos, se promove a oportunidade da sua participação em problematizar os conteúdos e a superação do senso comum, transformando-os em conhecimentos científicos. Essa metodologia vai ao encontro da proposta Vesentini (1992), sobre a necessidade de realizar estudos participativos e adequados à realidade social dos alunos, negando o discurso colocado como verdadeiro e que a Geografia se fará diferente de acordo com o problema enfrentado e o engajamento do sujeito no conhecimento. Nesse propósito, o objetivo da Geografia Escolar em formar cidadãos que sejam capazes de interpretar e intervir na transformação da sua realidade necessita de metodologias que, ao utilizar determinada linguagem, possa oportunizar aos alunos diferentes maneiras de interpretar a complexidade dos conhecimentos geográficos. 2.2 A Contribuição do Uso das Imagens para a Compreensão do Espaço Geográfico Com a evolução de recursos tecnológicos e através das diversas mídias existentes, a difusão de imagens está fortemente presente no cotidiano. O seu uso como recurso didático favorece a contextualização, possibilitando o entendimento das espacialidades e as suas distintas relações que adquirem no mundo globalizado. A imagem constitui uma forma de apresentar uma determinada aparência e pode despertar diferentes significados para o indivíduo. Berger (1987apud KATUTA, 2012) considera a imagem uma vista que foi recriada ou reproduzida, uma aparência, ou um conjunto de aparências, que foi isolada do local e do tempo em que primeiro se deu o seu aparecimento, e conservada por uma periodicidade de tempo que pode ser de alguns momentos ou de séculos. A partir desse registro de aparência, que possui a capacidade de representar a paisagem de diferentes lugares em épocas distintas, existe a oportunidade para que o professor possa fazer o uso crítico da imagem em sala de aula, auxiliando na compreensão dos conteúdos abordados, presentes no espaço geográfico. Conforme aponta Katuta: As imagens podem ser compreendidas como testemunhas oculares, indícios e modos de registros de geograficidades. Desenvolver esta atitude com relação às imagens não pressupõe idolatrá-las e ter uma atitude ingênua para com as mesmas. Pelo contrário, na medida em que as usamos há que se desenvolver métodos de críticas das fontes, das maneiras ou modos de sua utilização e elaboração. Dessa maneira, construir-se-á um novo senso comum na geografia em torno das imagens: é um dos modos possíveis de se apresentar as geograficidades dos entes em diferentes espaço-temporalidades (2012, p.08). O espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia, é formado pela inter- relação entre sistemas de objetos naturais, culturais e técnicos e pelos sistemas de ações composta pelas relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS 1996, apud PARANÁ, 2008). Por sua vez, a análise do espaço geográfico, no complexo cenário do mundo globalizado e as suas constantes transformações devem considerar que a mudança tecnológica profunda implica numa profunda mudança organizacional e social que altera os modelos de percepção da realidade de forma substancial (SANTOS, 2004). Todas essas transformações, apresentadas em discursos rápidos e em quantidade demasiada, são veiculadas pelas diversas fontes no propósito da massificação da sociedade e resultam na formação de determinadas representações alienantes do senso comum. Segundo Cavalcanti (2008), o exercício de observação do espaço vivido e percebido pode contribuir para uma apreensão ética e estética da realidade. Assim, ao desenvolver a sensibilidade dos alunos, em relação à realidade observada, pode-se romper com a atitude de indiferença existente em sociedades em que predominam práticas cotidianas alienantes. O trabalho com imagens proporciona outro tipo de leitura e visão dos elementos para a compreensão do espaço geográfico. Ele proporciona analisar as dimensões que o tempo e o espaço assumem junto aos atores que provocam a sua transformação. Os movimentos existentes nas relações sociais e de produção, por sua vez, ocorrem num determinado tempo e espaço, conforme Santos: A paisagem se dá como um conjunto de objetos-reais concretos. Nesse sentido a paisagem é transtemporal, juntando objetos passados e presentes, uma construção transversal. O espaço é sempre um presente, uma construção horizontal, uma situação única. Cada paisagem se caracteriza por uma dada distribuição de formas-objetos, providas de um conteúdo específico. Já o espaço resulta da intrusão da sociedade nessas formas-objeto. Por isso, esses objetos não mudam de lugar, mas mudam de função, isto é, de significação, de valor sistêmico. A paisagem é, pois, um sistema material e, nessa condição, relativamente imutável; o espaço é um sistema de valores, que se transforma permanentemente (2002, p.103-104). Ensinar a olhar as imagens para formar um leitor que saiba olhar e entender os conteúdos nelas existentes exige um trabalho que extrapole a mera exposição descritiva pelo professor. Essa exposição descritiva das diversas porções do espaço terrestre, muitas vezes, coloca os alunos em um estado de passividade. Os alunos ficam restritos a associações diretas entre o que é mostrado visualmente e o que é narrado pelo professor (NOVAES, 2011). Para desenvolver uma "metodologia visual crítica", Rose (2003 apud NOVAES, 2011) argumenta a necessidade de estimular uma apropriação mais consciente das imagens na difusão do conhecimento geográfico. Dessa forma, a criticidade da metodologia visual envolve uma postura de pensar as imagens através de uma articulação com significados culturais, práticas sociais e relações de poder. A seleção de imagens realizada pelo professor, ao incluir a dimensão do lugar, contextualizada às diferentes espacialidades do globo, proporciona ao aluno compreender como os conceitos geográficos, ensinados em sala de aula, estão presentes no meio em que ele vive. O uso de imagens ou fotografias na sala de aula contribui para que o aluno se aproprie dos conceitos geográficos trabalhados com atividades que resultam em um processo de aprendizagem significativo. O aluno aprende um conceito quando sabe utilizá-lo em situação concreta e, aos poucos, vai interiorizando e consegue em outro momento aplicá-lo em novas situações (CASTELLAR e VILHENA, 2010, p.85). Ao utilizar a imagem como recurso didático, o professor deve estar atento quanto à seletividade de critérios. Ao trabalhar com os questionamentos daquilo que está representado pode-se desestabilizar a passividade pelo qual o senso comum as concebe como verdade. A imagem, ao ser trabalhada pelo professor, pode ocorrer da seguinte forma, segundo Novaes: Por um lado, pode-se utilizar uma imagem "para contar", quando trabalhamos com a ideia de registro e verossimilhança. Por outro, a imagem pode ser utilizada "para descobrir", quando buscamos discutir as seletividades atuantes nos processos de produção e recepção das imagens (2011, p.07). O uso da imagem na Geografia, que ocorre de forma majoritária, apenas para descrição, necessita de um direcionamento do professor em utilizá-la para a interpretação, através de metodologias que estimulem os alunos a pensar sobre o que está sendo apresentado. Quanto ao resultado das interpretações, estas deverão correr dentro de uma abordagem crítica, considerando que o espaço é uma representação constantemente reconstruída de acordo com critérios específicos, no qual estão presentes as ações dos agentes transformadores e as relações sociais e culturais dos indivíduos em sociedade. 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS 3.1 Implementação das Práticas Pedagógicas Segundo a orientação da DCE de Geografia, o uso de imagens como recurso didático não deve ocorrer apenas como ilustração daquilo que o professor explicou ou que pretende explicar do conteúdo, mas como ponto de partida para iniciar uma pesquisa que se fundamente nas categorias de análise do espaço geográfico e nos fundamentos teóricos conceituais da Geografia. [...] a imagem será ponto de partida para atividades de sua observação e descrição. Feita essa identificação, o professor e os alunos devem partir para pesquisas que investiguem: Onde? Por que esse lugar é assim? Enfim, propõem-se pesquisas que levantem os aspectos históricos, econômicos, sociais, culturais, naturais da paisagem/espaço em estudo (PARANÁ, 2008, p.82). Dessa forma, as práticas pedagógicas ocorridas nas turmas do 8º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Major João Carlos de Faria partiram com o objetivo de questionar as verdades anunciadas, procurando estimular a análise crítica das imagens exibidas e através de sua análise e interpretação promover a compreensão do espaço geográfico. A implementação das práticas, previstas no projeto e presentes no material em formato de unidade didática, ocorreu no terceiro período do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), no primeiro e segundo semestre de 2015. O PDE é uma política pública que oportuniza ao professor da educação básica o contato com Instituições de Ensino Superior através de palestras diversas sobre educação e cursos específicos na área de atuação, possibilitandoum repensar metodológico que resulte em melhorias na educação do Estado do Paraná. A seguir serão apresentadas e analisadas as práticas pedagógicas desenvolvidas nas turmas de 8º ano, utilizando a imagem como recurso didático para compreensão de conteúdo geográficos: atividade 1 - “A imagem como representação e como um recurso para interpretar o espaço geográfico”; atividade 2- “As fases do capitalismo”; atividade 3 - “O capitalismo e as suas implicações locais”; atividade 4 - “Visita ao Museu Histórico de Cornélio Procópio: as transformações espaciais de Cornélio Procópio”; atividade 5 - “O período da guerra fria e a bipolaridade entre os sistemas econômicos capitalista e socialista”; atividade 6 - “O mundo globalizado e a presença das empresas transnacionais e locais em nosso cotidiano pela propaganda visual”; atividade 7 - “A imagem e a sociedade do consumo“ e por último atividade 8 - “Cornélio Procópio vista através de imagens”. No dia 10/03 houve uma reunião com a equipe pedagógica e conselho escolar para a apresentação das ações a serem implementadas. Foram apresentadas as ações para o desenvolvimento do projeto de implementação, acompanhadas das justificativas para aprendizagem dos alunos e a relevância das práticas da unidade didática, como forma de promover uma aprendizagem significativa. Nos dias 16/03 e 20/03 foi apresentado o projeto para os alunos das turmas do 8º ano A e 8º ano B. Nas datas de 23/03 e 27/03 ocorreu a implementação da atividade 1 - “A imagem como representação e como um recurso para interpretar o espaço geográfico”. Nesta atividade houve a apresentação de pequenos trechos de vídeos e slides na TV multimídia referentes a importância da aprendizagem através da imagem. Em seguida, foi aplicado aos alunos um questionário para que eles relatassem as suas experiências e as contribuições do uso da imagem como um recurso didático. Nesta mesma aula, houve a produção de ilustrações sobre o espaço geográfico local, acompanhado de um texto sobre o que foi representado. Na aula seguinte, cada aluno fez a exposição de seu trabalho e as produções foram discutidas de forma coletiva. Houve produções que atenderam melhor a explicação do espaço geográfico selecionado, enquanto outros alunos ficaram restritos às descrições dos elementos visuais, o que levou a discutir a diferença entre espaço e paisagem. Segundo a DCE de Geografia a paisagem, sua observação e descrição servem como ponto de partida para as análises do espaço geográfico, mas são insuficientes para a compreensão do mesmo (PARANÁ, 2008). Por sua vez, o espaço geográfico é formado pela inter-relação entre sistemas de objetos naturais, culturais e técnicos e pelos sistemas de ações composta pelas relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS 1996, apud PARANÁ, 2008). Nos dias 06/04 e 10/04 foi implementada a atividade 2 - “As fases do capitalismo”. Primeiramente, foram apresentadas as fases do capitalismo através das imagens selecionadas, focando principalmente a forma de produção, a organização do trabalho, comércio e consumo. Após discutir as imagens, a sala foi dividida em grupos para que os alunos representassem as fases do capitalismo através de cartazes com imagens e textos. Além de apresentar os trabalhos, foi solicitado um relatório individual referente aos aspectos positivos e negativos encontrados durante o desenvolvimento do trabalho em grupo. Esta forma de avaliação estimulou os alunos a desenvolver a criticidade no processo de organização e nos resultados das suas produções. Como resultado desta implementação houve alunos que apresentaram maior dedicação e facilidade em relacionar as imagens com as fases do capitalismo enquanto outros tiveram maior dificuldade de fazer tal relação, necessitando da intervenção do professor na correção do trabalho para adequação das imagens. A aplicação da atividade 3 - “O capitalismo e as suas implicações locais - As fases do capitalismo na formação espacial do Município de Cornélio Procópio” ocorreu nos dias 20/04 e 24/04”. Foram apresentadas imagens e vídeos sobre a formação inicial da cidade de Cornélio Procópio e realizado a discussão referente a história de sua formação e as mudanças ocorridas em sua organização espacial. Como proposta de avaliação, os alunos produziram texto a partir das transformações analisadas entre uma imagem da década de 1930 e outra de 2010 sobre a evolução do espaço geográfico de Cornélio Procópio. Na produção de textos, muitos alunos demonstraram dificuldades de coesão textual em suas produções, apenas um grupo menor apresentou a produção textual bem estruturada. No entanto, mesmo nos textos dos alunos com maiores dificuldades na escrita, elementos visuais importantes foram elencados, dentre eles as modificações existentes na habitação, transporte, vestuário, comércio, entre outros. No dia 22/06 houve a visita ao Museu Histórico de Cornélio Procópio, ação referente à atividade 4, para que os alunos observassem e analisassem as transformações espaciais ocorridas na organização espacial da cidade. Após a visita, nas próximas aulas foram apresentadas imagens, selecionadas pelo professor, referente ao museu para a realização da interpretação dos objetos e imagens neles presentes. Os alunos participaram com comentários sobre as observações de imagens e produziram pequenos textos referente as transformações no espaço geográfico que eles observaram. A proposta de realizar textos menores possibilitou melhorar o desempenho dos alunos com maiores dificuldades na escrita. Também foi constatado um avanço nas análises das transformações espaciais, pois apresentou um maior interesse dos alunos, havendo uma maior articulação e valorização nas análise das transformações espaciais locais. Nos dias 06/07 e 10/07 foram aplicadas as ações referentes à atividade 5 “O período da guerra fria e a bipolaridade entre os sistemas econômicos capitalistas e socialista”. A apresentação de imagens ocorreu junto às explicações do conteúdo e análise dos contextos ideológicos existentes. Como proposta de atividades, os alunos deveriam pesquisar imagens pertencentes ao socialismo e ao capitalismo para apresentar as marcas de organização social representadas. Houve a necessidade de alterar ação devido aos problemas técnicos no laboratório de informática. Para substituir a pesquisa no laboratório de informática, que estava com problemas, selecionei 25 imagens diferentes e levei este material impresso para que os alunos fizessem individualmente as análises sobre as imagens. A substituição necessária prejudicou o objetivo inicial de acompanhar os alunos na escolha das imagens e realizar a discussão neste processo de seleção. Após recolher as produções individuais, as 25 imagens foram apresentadas na TV multimídia para que toda a classe participasse das análises sobre as representações existentes do capitalismo e do socialismo. A maior dificuldade desta atividade foi a de interpretar as funções ideológicas presentes nas imagens. Nas aulas seguintes, retomei as imagens para uma análise coletiva, a discussão foi proveitosa ao promover um debate sobre as diferentes características dos sistemas econômicos capitalista e socialista e as funções ideológica das imagens na atualidade. Nos dias 24/07 e 31/07 foi implementada a atividade 6 “O mundo globalizado e a presença das empresas transnacionais e locais em nosso cotidiano pela propaganda visual”. Foram apresentadas fotografias de propagandas das cidades, propagandas de empresas e trechos de vídeos sobre o consumismo na finalidade de discutir a maneira pela qual ela se faz presente em nosso cotidiano. Para as próximas aulas, os alunos elaboraram um outdoor para vender determinado produto. Após recolher as produções, foi discutido as estratégias e as criatividades que eles apresentaramem suas produções e ficou constatado que a atividade atingiu o objetivo de estimular o pensamento crítico frente a sociedade do consumo. Nas datas de 14/08 e 17/08 foram implementadas as ações da atividade 7 “A imagem e a sociedade do consumo: o comércio e as suas implicações socioespaciais”. Nesta atividade foram apresentadas charges e vídeos abordando a questão da sociedade do consumo acompanhadas de questões direcionadas pelo professor. Para próxima aula, os alunos foram orientados a desenvolver uma charge enfocando o tema do consumismo e as suas implicações no espaço geográfico. As dificuldades apresentadas foram no sentido da ilustração, em outros foi a de representar a ideia de humor ou ironia. Contudo, os resultados desta atividade foram positivos, principalmente no envolvimento que atingiu alunos considerados “indisciplinados”. A atividade 8 “Cornélio Procópio vista através de imagens” foi implementada no dia 28/09. Os trabalhos organizados para serem expostos à comunidade escolar foram as ilustrações sobre a cidade de Cornélio Procópio e também as charges e as propagandas em formato de outdoors elaboradas pelos alunos. O resultado final desta atividade foi produtiva no sentido de divulgação, da valorização e no envolvimento das turmas durante as produções. Após a implementação das práticas pedagógicas, foi possível notar um interesse maior das turmas para participar das atividades propostas. Houve um significativo envolvimento, inclusive na turma considerada com maiores dificuldades de aprendizagem. Dessa forma, as metodologias adotadas demonstraram ser relevantes frente aos problemas na aprendizagem dos conteúdos geográficos, justificando a sua continuidade na prática escolar. No quadro 1 estão alguns exemplos de algumas atividades desenvolvidas durante a implementação do projeto. Quadro 1 – Produções Didáticas dos alunos do 8ºA e 8ºB da Escola Estadual Major João Carlos de Faria Ilustrações realizadas da cidade de Cornélio Procópio - PR Catedral pela Aluna A. B. - 8º A “Cristo Rei” pelo aluno B. V. - 8º A Produções de charges Aluna E. A. - 8º A Aluno L. C. do 8º B As propagandas em formato de outdoors Aluna A. B. - 8º A Aluno F. M. - 8º B 3.2 Contribuições do GTR Entre os meses de setembro a dezembro de 2015 ocorreu o Grupo de Trabalho em Rede (GTR). O GTR é uma etapa do programa PDE, sendo um curso ofertado pela SEED na modalidade à distância. Este curso se utiliza de um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) utilizando a plataforma moodle, contempla várias atividades e recursos de estudo que promove a interação entre o professor tutor PDE e os seus professores cursistas. Através do GTR, o projeto de implementação e a produção didático- pedagógico pode ser socializada com demais professores da rede pública paranaense. O curso possibilitou articular o referencial teórico através de propostas, na troca de ideias e experiências que possibilitou enriquecer as práticas pedagógicas do professor PDE e dos demais professores cursistas em suas diferentes realidades em sala de aula. No quadro 2 estão destacadas algumas contribuições dos cursistas. Quadro 2 – Contribuições dos cursistas durante a implementação do GTR Participante 1: “Trabalho com as imagens não apenas para ilustrar o que é trabalhado em sala de aula, mas como um elemento fundamental, pois é através de sua utilização que são desencadeadas as explicações, as discussões e as atividades. Entendendo que as imagens têm mais riqueza que os textos para a compreensão dos alunos. Os dois recursos mais utilizados são as apresentações de vídeos, fotografias, mapas e pinturas em projeções de data-show e as leituras das imagens disponíveis nos livros didáticos, nos atlas geográficos escolares, em revistas, jornais e sites da internet.” Participante 2: “Utilizo bastante as imagens em minhas aulas de geografia, pois considero que a partir do momento que o aluno visualiza, ele consegue compreender melhor o conteúdo apresentado. Em praticamente todas as aulas, com exceção daquelas em que vou avaliar os alunos, eu utilizo o mapa adequado ao conteúdo que estou trabalhando e como em minha escola temos TV (funcionando) em cada sala de aula, costumo trabalhar com imagens, gráficos e tabelas, além de vídeos e ou partes de filmes para facilitar o ensino-aprendizagem de diversos temas. Utilizando imagens, percebi que as aulas ficam mais interessantes e os alunos costumam interagir melhor.” Participante 3: “Considero o uso de imagens fundamental para uma aula mais interessante, pois se mencionamos alguma paisagem ou um determinado país, o aluno já fica esperando e imaginando como seria essa paisagem ou onde estaria localizado aquele lugar que foi mencionado. O aluno que é visual, precisa mais ainda que o professor utilize essa metodologia regularmente.” Participante 4: “As dificuldades que dos estudantes têm ao fazerem interpretações de textos, não são muito diferentes quando analisam uma imagem, seja ela, uma simples paisagem, um gráfico ou um mapa. Até mesmo quando assistem um vídeo, eles buscam explicações para os detalhes mais simples. Penso que esse é um problema enfrentado pelos educadores no geral, seja em uma escola pública ou em uma escola particular.” Os professores relataram diferentes recursos e metodologias com a utilização da linguagem visual, enfocando dentre elas a linguagem fílmica, interpretação de obras de artes, fotografias, gráficos e o uso dos mapas. Dentre os recursos utilizados para o trabalho com imagens destacaram o uso do livro didático, da TV multimídia e o laboratório de informática. Nos comentários dos professores foi possível perceber a valorização da utilização de imagens como estratégias para aprendizagem dos conteúdos geográficos. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A aplicação das práticas pedagógicas, utilizando a imagem como recurso didático, resultou em maior estímulo e rendimento na aprendizagem. Além disso, promoveu um interesse maior das turmas para participar das atividades propostas. Mesmo com as adequações necessárias, devido aos problemas técnicos do laboratório de informática, houve envolvimento dos alunos nas atividades propostas e as aulas ficaram mais interessantes, contribuindo para a melhor compreensão do espaço geográfico nas diferentes escalas de análises. As estratégias adotadas a partir da metodologia visual, em meio ao desafio de melhorar a qualidade do ensino e formar cidadão críticos, demostrou que é imprescindível a ação do professor. Para tanto, a formação do profissional docente necessita de pesquisa e constante reflexão para o aprimoramento das práticas pedagógicas articuladas à introdução dos métodos e instrumentos de ensino. Como forma de responder aos desafios educacionais de nossa sociedade, o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) demonstrou ser uma alternativa para melhorar a qualidade do ensino. Este programa possibilitou aprender novas práticas pedagógicas com as utilização das novas tecnologias e aprofundar os conhecimentos teóricos através das orientações e dos cursos ofertados pela Instituição do Ensino Superior. Por último, é importante ressaltar que as práticas pedagógicas implementadas, através do uso de imagens, não esgotam os limites de possibilidades para resolver as fragilidades existentes na aprendizagem dos conteúdos geográficos. Sendo assim, a continuidade das ações desenvolvidas devem ser somadas a tantas outras ações necessárias para efetivação da qualidade de ensino e para o alcance de uma aprendizagem significativa. 5 REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, Maria Adailza Martins de. Século de Prática de ensino de geografia: permanência e mudanças. In: REGO, Nelson; CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos; KAECHER, Nestor André (orgs.). Geografia: Práticas pedagógicas para o ensino médio. Porto Alegre: Penso, v.2, 2011. p.13-30.BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros curriculares Nacionais. Brasília,1998. Disponível em:<http://www.portal.mec.gov.br/seb/ arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015. CALLAI, Helena Copetti. O ensino de geografia: Recortes espaciais para análise. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos et al.. Geografia em sala de aula: prática e reflexões. 5 ed. Porto Alegre: UFRGS, 2010. p.57-63. CASTELLAR, Sônia e VILHENA Jerusa. Coleção ideias em ação. São Paulo, Cengage Learning, 2010. 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