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Astrologia Clássica Básica - Módulo 2

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ANO 2 - 2018 
 
C u r s o T e r a p e u t a H o l í s t i c o – A s t r o l o g i a C l á s s i c a B á s i c a 
 P r o f a . C y n t h i a M i r a n d a M a r t i n s 
 
Página 2 
Apresentação 
 
Sejam bem vindos! 
 
O Curso de Astrologia Clássica Básica é autoexplicativo e didático, profundo. 
Ampliará sua visão sobre a existência humana, e sobre as jornadas de cada 
Ser no planeta Terra. Ela também acelerará o seu processo de compreensão 
de cada indivíduo, pois permitirá a expansão da consciência para as 
Potencialidades e os Desafios que existem nas áreas: profissional, amorosa, 
familiar, financeira, missão de vida, entre outros aspectos. 
A Astrologia é uma ciência milenar e uma poderosa ferramenta de 
autoconhecimento que surgiu a partir dos cálculos e das análises entre as 
movimentações dos planetas e sua relação com o comportamento humano. Está 
entre as primeiras descobertas da antiguidade, antes mesmo da escrita. Uma 
prova disso são os registros encontrados em ruínas de quase todas as 
civilizações antigas, desde a Grécia à Babilônia, da China até a Roma. 
A Astrologia é mais do que a compreensão de um signo, é um estudo de 
complexos cálculos onde o planeta Terra e o seu local de nascimento são as 
referências centrais para a correlação e associação das movimentações 
planetárias. 
Este curso online, visa capacitar profissionais a iniciarem seus atendimentos 
com a instrumentalização da astrologia. 
Uma formação profissional, séria, prática, didática e 110% online que expandirá 
os seus horizontes e a sua consciência. 
Para você que chega, ofereço a minha gratidão por essa maravilhosa 
oportunidade. 
Desejo que você se dedique com toda a sua essência e coração para esse 
conhecimento e que atue com a felicidade proveniente do seu Ser Essencial, - 
seu Eu Interior. 
Desejo que esse caminho de intenso aprendizado seja satisfatório, produtivo e 
traga alegrias. 
Bom estudo! 
Amorosamente, 
Cynthia Miranda Martins 
 
 
C u r s o T e r a p e u t a H o l í s t i c o – A s t r o l o g i a C l á s s i c a B á s i c a 
 P r o f a . C y n t h i a M i r a n d a M a r t i n s 
 
Página 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
C u r s o T e r a p e u t a H o l í s t i c o – A s t r o l o g i a C l á s s i c a B á s i c a 
 P r o f a . C y n t h i a M i r a n d a M a r t i n s 
 
Página 4 
A maneira como os princípios legítimos no sistema cultural são integrados à 
estrutura de organização das profissões, além da forma como é 
institucionalizada a relação entre os grupos profissionais e o sistema social, 
podem ser destacadas como elementos importantes para compreender a posição 
e a função das profissões. Primeiro, a incorporação da racionalidade científica e 
da competência técnica no treinamento profissional legitima a autoridade 
profissional e garante o status da profissão, diferenciando-a dos demais grupos 
ocupacionais. Segundo, a vinculação das profissões com a universidade 
estabelece uma distinção entre os grupos profissionais, as empresas capitalistas 
e as organizações burocráticas. Dentro dessas instituições, as profissões 
apresentam-se como grupos solidários desligados do mercado e dissociados da 
idéia de busca pelo lucro. A ideologia moderna do serviço profissional (cuja 
competência técnica é validada por instituições legítimas e a funcionalidade 
medida pelo grau de satisfação com que resolvem os problemas demandados 
pela sociedade) cria distinção entre os grupos profissionais e os outros grupos 
ocupacionais que negociam no mercado. Da mesma forma, ao propagarem a 
idéia do trabalho em prol do bem comum, as profissões permitem a 
compatibilização entre o ideal altruísta e o interesse privado (em especial a 
busca pelo status e a recompensa econômica). 
Em toda a teoria parsoniana, a organização do conhecimento com base na 
racionalidade científica aparece como principal elemento estruturador das 
profissões, aquele que determina a posição dos diversos grupos profissionais 
dentro do complexo profissional consolidado e distingue este do complexo 
ocupacional geral. Aqui, toda a análise é montada para verificar de que maneira 
os grupos profissionais são capazes de adaptar seu conhecimento científico 
específico para atender aos problemas demandados pela sociedade. Dois 
pressupostos ficam explícitos: primeiro, se o conhecimento específico não está 
organizado a partir do modelo racional-científico, o grupo ocupacional tem 
chances mínimas de se transformar em grupo profissional; segundo, o grupo 
profissional cujo conhecimento científico não atende às demandas mais 
valorizadas socialmente ocupa posição de pouco destaque na sociedade. Em 
função da sobrevalorização atribuída aos aspectos técnico-formais da 
constituição das profissões, Parsons inicia sua análise a partir de uma etapa do 
processo de institucionalização profissional em que só se chega depois de um 
longo trabalho de construção social. Ou seja, ele desconsidera todo o 
movimento social anterior à organização do conhecimento científico, 
movimento este que é indispensável para entender o processo isomórfico que 
ocorre dentro do campo profissional. 
Seguindo a mesma linha da análise parsoniana, Abbott privilegia o 
conhecimento como base de legitimação da autoridade profissional. Mas, ao 
contrário de Parsons, Abbott acredita que o estudo da emergência e 
consolidação da autoridade profissional passa pela análise do que ele identifica 
como um componente fundamental da vida profissional – a competição 
 
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interprofissional, descrita como o processo através do qual os diversos grupos 
lutam pelo controle de uma jurisdição profissional. Ao examinar o fenômeno da 
competição interprofissional e desenvolver o conceito de jurisdições 
profissionais, Abbott dá um salto em relação à análise parsoniana. Isto 
porque, na perspectiva analítica utilizada por Abbott, o controle jurisdicional, 
ou seja, o domínio de determinado grupo sobre uma área específica do saber, 
não é um processo natural que prescinde da ação orientada e motivada dos 
membros profissionais, mas sim um processo social de luta entre os diversos 
agentes pela construção e legitimação do controle sobre o saber que a profissão 
reivindica como seu. 
Mas, se Abbott avança ao introduzir em sua análise o conceito de jurisdição 
profissional, ele repete a mesma lógica parsoniana ao atribuir ao 
conhecimento o status de elemento central na luta pelo controle jurisdicional. 
Para esse autor, é o tipo de conhecimento monopolizado pelas profissões que 
possibilita a distinção entre a competição interprofissional e a competição que 
se estabelece entre os grupos ocupacionais. E é esse conhecimento, ou melhor, o 
grau de abstração do conhecimento, que permite a sobrevivência das profissões 
no sistema de competição interprofissional e determina o lugar ocupado por 
elas, se de maior ou menor prestígio, nesse sistema. Assim, mesmo que haja luta 
pelo controle de determinada área do conhecimento, é o conteúdo do 
conhecimento monopolizado pelo grupo que disputa esse controle que 
determina seu sucesso ou fracasso. 
 
As Escolas de Astrologia 
Foi durante a década de 80 que começou a funcionar grande parte das escolas 
de astrologia que estão atuando, ainda hoje, no mercado. A onda de 
“esoterismo” que caracterizou os anos 80, e mobilizou o interesse do mercado 
editorial e da mídia nessa área, foi apontada como uma das principais causas do 
aumento do número de escolas de astrologia durante esse período. Para os 
entrevistados, o número crescente de publicações na área – revistas 
especializadas, livros etc. – e o destaque dado pelas redes de televisão e rádio 
aos astrólogos, tarólogos e profissionais esotéricos aumentaram a procurado 
público pelo serviço da astrologia, e potencializaram seu interesse 
pela astrologia enquanto possível profissão. Contudo, muitas escolas que 
surgiram na década de 80 não conseguiram permanecer no mercado. Aquelas 
que foram organizadas exclusivamente para atender à crescente demanda do 
público por cursos na área de astrologia não conseguiram sobreviver à 
recessão do final dos 80 e início dos 90. Isto porque, a crise econômica vivida 
nessa época diminuiu tanto o número de matrículas nas escolas quanto o 
número de atendimentos individuais para a análise do mapa astral. Assim, as 
escolas pouco estruturadas, com baixa qualidade de ensino e quadro de 
professores não qualificados, não conseguiram resistir à competição e à crise 
 
C u r s o T e r a p e u t a H o l í s t i c o – A s t r o l o g i a C l á s s i c a B á s i c a 
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econômica que retirou do mercado indivíduos que tinham um interesse 
“momentâneo e pouco fundamentado” pela astrologia. Passado o fervor pela 
busca dos cursos dessa especialidade, permaneceu no mercado um tipo de aluno 
cujo perfil era totalmente diferenciado daquele que buscava o curso 
de astrologia, “muitas vezes influenciado pela onda de esoterismo”. O aluno 
remanescente é definido como “muito mais exigente, mais crítico e melhor 
informado. Ele não gosta de perder tempo nem dinheiro e sabe o que quer, ou 
seja, intenciona ter a astrologia como sua profissão, exercer essa atividade e 
retirar o seu sustento da análise do mapa astral”. 
As escolas que conseguiram sobreviver à retração do mercado têm hoje uma 
estrutura bastante interessante. Elas podem ser divididas em escolas de grande, 
médio e pequeno porte, sendo que muitas delas estão organizadas e adotam o 
modelo curricular típico dos cursos já inseridos no sistema de ensino superior. 
As escolas de grande porte caracterizam-se por funcionar em mais de um turno, 
por ter capacidade para receber um volume maior de matrículas e possuir um 
quadro maior (quatro ou mais) e mais diversificado de professores, em termos 
do conteúdo substantivo das disciplinas. As de médio porte geralmente são 
estruturadas a partir de um quadro de professores menor (entre dois e quatro) 
e, tendo em vista sua própria estrutura física, o quadro docente tem menor 
capacidade de atendimento ao público. Já as escolas de pequeno porte são 
aquelas com estrutura menos formalizada, onde o dono é, em geral, o único 
professor. Juntamente com as escolas mais antigas, mais tradicionais, essas 
instituições de formação de astrólogos, especialmente as de médio e grande 
porte, vêm se afirmando como espaços legítimos de socialização e inserção 
na astrologia. 
A maioria das escolas de grande porte, às quais tivemos acesso, oferece cursos 
de astrologia em três níveis: para iniciantes, de formação júnior ou 
semiprofissional e de especialização, onde são formados os astrólogos 
profissionais. Com duração que pode variar, de acordo com o nível, de três 
meses a quatro anos, os cursos são estruturados sob a forma de disciplinas, 
muitas vezes acompanhando modelo adotado pelas universidades, em termos 
de exigência de carga horária e fixação de número mínimo de créditos. A 
construção da grade curricular não obedece a nenhum critério rígido. Algumas 
escolas criaram seu currículo com base na prática e experiência de seu dono 
e/ou de seus professores. Este é o caso típico, por exemplo, das escolas que 
estão atuando a mais tempo no mercado. Uma segunda forma descrita de criar o 
currículo é mediante um apanhado e seleção de currículos já montados por 
outras escolas. Este caso inclui as escolas mais recentes onde, na maioria das 
vezes, o dono foi aluno ou professor de uma ou mais dessas instituições. 
Quaisquer que sejam as fontes de orientação para a estruturação do currículo, o 
fato é que ele se diferencia de acordo com o nível do curso. Os cursos de 
formação profissional são os mais longos e incluem, além das disciplinas 
 
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básicas, ou seja, aquelas indispensáveis ao currículo, disciplinas optativas, cuja 
montagem da grade se dá em função do interesse do aluno ou da linha de 
concentração que ele escolheu seguir. Os cursos são montados de forma que o 
aluno tenha contato, inicialmente, com matérias mais básicas que forneçam as 
noções gerais de astrologia, sendo que apenas em um estágio mais avançado, 
que pode variar de um a dois anos, de acordo com a estrutura curricular da 
escola, ele cursará disciplinas que exigem um nível maior de reflexão teórica e 
metodológica. Além do quadro de disciplinas, essas escolas oferecem atividades 
extracurriculares que incluem palestras, círculos de debate, cursos promovidos 
por professores convidados, dentre outras. As escolas maiores, que comportam 
um número maior de alunos e têm um quadro de professores mais diversificado, 
são as instituições que tipicamente adotam esse modelo. 
Toda essa estrutura curricular e de montagem do curso é prescrita, contudo, sob 
a forma de sugestão curricular. Como a astrologia ainda não foi 
regulamentada e as escolas não são reconhecidas pelo Ministério da Educação e 
Desporto – MEC, é praticamente impossível, segundo os donos de escola, 
obrigar o aluno a seguir o currículo exatamente como ele é organizado. O que é 
possível é apresentar o currículo sob a forma de sugestão, alegando que ele é 
totalmente organizado e pensado para facilitar o aprendizado e potencializar o 
aproveitamento do aluno. A emissão do certificado que qualifica o indivíduo 
como astrólogo profissional tem sido um recurso importante utilizado por 
algumas escolas nesse processo de “convencimento”. Em geral, o aluno iniciante 
(ou seja, que nunca trabalhou com astrologia, que nunca fez um mapa astral, 
mas está interessado em atuar na área e obter o certificado de astrólogo 
profissional) segue à risca a sugestão das escolas. Já o aluno que tem alguma 
prática no exercício dessa ocupação é bem mais resistente. Não existe nenhum 
dado ou pesquisa que corrobore esta afirmativa. O que temos, de fato, são 
algumas avaliações de donos de escola que afirmam que os alunos com alguma 
prática na astrologia – ou seja, que já trabalham com leitura de mapa astral – 
tendem a abandonar mais facilmente os cursos mais organizados, aumentando, 
assim, os “índices de evasão” que, à semelhança do sistema de ensino formal, 
também podem ser observados nessas escolas. 
Esse quadro de “evasão escolar”, que é acompanhado também por um 
fenômeno de mudança constante de escola, pode explicar por que muitas delas, 
que tencionam ser reconhecidas pelo MEC, não adotam instrumentos mais 
eficientes de controle sobre a formação e aprendizado nessa área. Na verdade, 
são poucas as escolas de astrologia que exigem do aluno o cumprimento 
mínimo de uma carga horária e que têm definidos instrumentos de avaliação, 
tais como provas, trabalhos etc., que permitam, inclusive, a reprovação do 
aluno. A pouca rigidez nos critérios de avaliação dessas instituições é ainda 
maior quando as escolas são menos formalmente organizadas, como é o caso 
das escolas de pequeno porte. Os donos de escola, principalmente das pequenas, 
justificam essa situação afirmando que o modelo de avaliação tal como é 
 
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concebido hoje e adotado, por exemplo, pelas universidades, é questionável. 
Para eles, a astrologia não quer e não deve se enquadrar nesse modelo, que é 
tido como decadente, autoritário e muitas vezes ineficiente; ela precisa 
encontrar seu próprio caminho, ou seja, formas alternativas de organizaro 
processo de treinamento e capacitação dos profissionais da astrologia. 
Ao que tudo indica, é a concorrência entre as escolas e a falta de padronização 
do currículo que têm impedido a criação de mecanismos de avaliação mais 
eficientes. Alguns exemplos podem ajudar a elucidar melhor esta afirmativa. Foi 
mencionado anteriormente que a rotatividade dos alunos entre as diversas 
escolas é muito grande. Hoje, atuam no mercado escolas com estruturas muito 
diversificadas. É possível que a elevação nos níveis de exigência, 
especificamente em relação ao aproveitamento das disciplinas, provoque um 
deslocamento dos alunos para escolas cujo nível de exigência é menor. Como 
não há regulamentação do ensino, as primeiras instituições que adotarem 
critérios mais rígidos de avaliação, ou até mesmo diversificarem muito seu 
currículo ou fizerem modificações na sua carga horária, correm o risco de sofrer 
uma queda brusca nas matrículas. 
Em função da emergência desses padrões não formalizados de avaliação, está 
sendo consolidada dentro da astrologia uma hierarquia entre as escolas, 
hierarquia esta que, mesmo não podendo ser formalmente reconhecida, tem 
grande potencial de se tornar legítima. Assim, à semelhança do sistema 
credencial dominante analisado por Collins e Freidson, vão surgindo escolas 
cujo padrão organizacional e curricular serve de base para outras que 
pretendam se fixar no mercado. Aquelas capazes de legitimar certos princípios 
de organização do treinamento e capacitação profissional se transformam em 
escolas “típicas” ou “modelos”, dentro do mercado, e acabam por exercer uma 
força isomórfica sobre as demais instituições inseridas naquele espaço. Mas, 
além de funcionarem como referenciais para esse “mercado educacional 
interno”, as escolas que ocupam posição dominante dentro do sistema de 
treinamento da astrologia sinalizam, informalmente, para o público 
consumidor, qual modelo de treinamento é mais adequado e legítimo. 
É preciso também ressaltar que a eficácia dos recursos usados para a inserção 
no campo profissional depende da posição da sua base de conhecimentos no 
sistema cognitivo dominante. Assim, quanto mais próximo do tipo de 
conhecimento reconhecido como legítimo no campo profissional geral, maior a 
probabilidade de esse conhecimento ser reconhecido como legítimo pelos 
membros participantes que desejam a institucionalização da sua ocupação nos 
moldes das profissões dominantes. Se, no processo de consolidação das 
profissões já fixadas no campo profissional, a tendência foi substituir os estudos 
clássicos por uma instrução mais especializada, mais voltada para o mercado e o 
“mundo real”, com a astrologia não tem acontecido de modo diferente. Os 
atuais cursos de formação de astrólogos têm privilegiado as disciplinas técnicas 
 
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e teóricas na área da astrologia, não apresentando em sua grade curricular as 
matérias que, segundo membros do grupo de elite, seriam fundamentais para a 
formação de um bom astrólogo. O modelo curricular predominante é aquele que 
prima pelo ensino de disciplinas específicas da astrologia (regências, técnicas 
de interpretação, etc.). Isto não significa que haja um padrão curricular 
totalmente fechado em disciplinas especializadas, mesmo porque muitas escolas 
tidas como conceituadas incluem dentro do curso de astrologia disciplinas 
como economia, filosofia, psicologia etc. Mas a tendência mais marcante aponta 
para a especialização. Não é por acaso que a maioria dos astrólogos 
entrevistados, que estão atuando no mercado há menos de cinco anos e que têm 
“diploma de astrologia”, tem um perfil de formação muito mais técnico do que 
filosófico, ao contrário do que propõem os membros do grupo de elite. 
 
 
A linguagem dos arquétipos - A mandala astrológica 
 
 
 
 
 
Um horóscopo é uma mandala: é um símbolo composto por vários outros 
símbolos. Esta mandala representa o céu, visto a partir da Terra, num 
determinado dia, hora e local. No entanto, há que ter em conta que os corpos 
 
C u r s o T e r a p e u t a H o l í s t i c o – A s t r o l o g i a C l á s s i c a B á s i c a 
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celestes ali representados devem ser encarados mais como princípios simbólicos 
do que como corpos físicos. 
Em Astrologia, cada elemento do mapa tem um significado muito rico. Os 
símbolos revelam-se progressivamente a quem sabe interpretá-los. A primeira 
fase de compreensão é de caráter intelectual: compreendemos o significado 
geral. Passamos depois a uma aproximação "emocional", em que nos deixamos 
tocar pelo conceito representado. Finalmente, o símbolo começa a "falar" à 
nossa intuição. E quando chegamos a este estágio, descobrimos que, afinal, 
ainda nos falta muito mais para descobrir! O mais interessante é que, apesar de 
toda a sua riqueza e mistério, os símbolos atribuídos aos planetas e signos têm 
mantido muitas semelhanças ao longo dos séculos. Assim, por exemplo, o 
planeta Vênus, que recebeu o seu nome atual da deusa romana da beleza e do 
amor, foi em tempos chamado Ishtar, que é o nome de uma outra deusa, 
também ela associada à sensualidade e à beleza física. O nome muda, os 
pormenores mudam, a idéia mantém-se. Como é possível que várias culturas, 
separadas por milhares de quilômetros e existindo em épocas diferentes, 
tenham atribuído aos mesmos fatores astrológicos uma simbologia tão 
semelhante? 
 
Os Arquétipos 
A resposta a esta questão leva-nos diretamente ao Inconsciente Coletivo, onde 
surgem os arquétipos. É no Arquétipo - palavra grega que significa tipo ou 
modelo primordial - que os símbolos têm a sua fonte e raiz. 
Por estarem tão profundamente radicados no nível coletivo do inconsciente 
humano, estes arquétipos pouco mudam com o passar dos tempos e com a 
evolução das culturas. Contudo, não são estáticos e muito menos estagnados. 
Pelo contrário, renovam-se a cada momento e a cada momento ressurgem, 
sempre sob novas aparências, em cada época, em cada cultura e em cada país. 
O estudante atento poderá reconhecer subjacente às diferentes aparências, a 
raiz primordial. Estes arquétipos (fonte de todos os símbolos) são, portanto, as 
"palavras" da linguagem astrológica. Por estar enraizada no próprio 
inconsciente coletivo, esta linguagem é intemporal e perene. É comum a todos 
os seres humanos, independentemente da suas raízes culturais, religiosas ou 
étnicas. A Astrologia fala-nos, portanto, dos grandes temas de Humanidade, 
daquilo que está subjacente a todas as culturas e épocas: a consciência do ser 
humano e do seu papel no Universo. 
 
 
 
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O Horóscopo 
A palavra Horóscopo significa em grego "considerar os céus" ou "ver a hora". 
Para fazer o horóscopo ou mapa natal, os astrólogos consideram, portanto, a 
posição relativa dos astros nos céus (entre outros fatores) num dado momento. 
Como já referimos, o horóscopo representa o aspecto do céu, visto a partir da 
Terra, num determinado dia, hora e local. O mapa natal é, portanto, uma 
representação bidimensional do conjunto dos corpos celestes do Sistema Solar e 
das estrelas que formam o Zodíaco. 
Em termos muito simplificados, diríamos que o que está representado num 
mapa natal pode resumir-se em três palavras: signos, planetas e casas. Existem 
muitos outros fatores astrológicos, mas estes são, sem dúvida, os principais. 
Os doze signos astrológicos são os fatores primordiais do mapa. Eles constituem 
doze "modos" ou "estados do ser", através dos quais a natureza humana se 
manifesta. Estes signos formam uma"cintura", que tem o nome de Zodíaco (em 
grego: "roda da Vida" ou "círculo de animais"). 
Quando observamos os planetas a partir da Terra, estes parecem movimentar-se 
ao longo desta "cintura". 
Existem dez corpos celestes que em Astrologia recebem a designação genérica 
de "planetas": Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Plutão 
e ainda os Luminares: o Sol e a Lua. (Alguns astrólogos utilizam também o 
planeta Terra como fator de interpretação). 
Em Astrologia, considera-se que a designação de "planeta", que em grego quer 
dizer "corpo errante" (ou seja: em movimento), se aplica a todos os corpos que 
circulam através do Zodíaco, incluindo o Sol e a Lua. 
A perspectiva atual da Astrologia considera que os planetas representam 
"funções" ou aspectos da natureza humana. Eles mostram partes de nós, 
aspectos da nossa natureza. A Lua, por exemplo, simboliza as necessidades e os 
apegos emocionais, enquanto Marte diz respeito à capacidade de ação e à 
afirmação pessoal. 
Quanto às Casas Astrológicas, são projeções geocêntricas, calculadas a partir do 
horizonte. 
Simbolizam as doze áreas de vida onde vamos viver os temas indicados pelos 
signos, através dos aspectos indicados pelos planetas. Por exemplo: se tivermos 
o planeta Vênus no signo de Gêmeos e na Casa VII, podemos inferir que a nossa 
função afetiva e relacional (Vênus) está a expressar um tema de comunicação, 
troca de idéias e curiosidade (Gêmeos) na área dos relacionamentos (Casas VII). 
Assim, podemos concluir várias coisas: que temos a capacidade de nos 
relacionarmos de forma viva, rápida e "cerebral"; que procuramos parceiros 
 
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com estas características; que a nossa curiosidade e versatilidade relacional nos 
levam a ter várias relações ou ainda que somos demasiado "leves" e 
descomprometidos para ter uma relação séria! 
Claro que todos estes fatores são apenas um aspecto da nossa natureza. 
Este aspecto deverá ser comparado com o resto do mapa natal, para termos uma 
ideia correta. 
Assim, podemos comparar o mapa natal a uma peça de teatro: os Signos seriam 
os "papéis" que nos compete desempenhar; os Planetas seriam os "atores" que 
os desempenham, enquanto as Casas são os "palcos" ou áreas de vida onde 
vivemos esses papéis. 
Existe ainda um quarto fator: os aspectos, que são os ângulos formados pelos 
planetas entre si, vistos (mais uma vez) do ponto de vista terrestre. 
São geralmente representados por linhas no centro do mapa. Dizem-nos o tipo 
de relacionamento que os planetas (os fatores da personalidade) têm entre si. 
Na comparação da peça de teatro, seriam os diálogos entre os vários atores. 
 
Conceitos Bases - OS Quatro Elementos 
Um dos principais conceitos-chave para a Astrologia é o de Elemento. Os 
Elementos são os componentes básicos da estrutura do Universo. Eles 
representam os estados de energia fundamentais da manifestação. Em 
Astrologia consideramos quatro Elementos: a Terra e a Água, de polaridade 
feminina ou Yin e o Fogo e o Ar, de polaridade masculina ou Yang. 
Os Elementos Yang têm um relacionamento fácil, dizemos que são compatíveis 
por serem da mesma polaridade. O mesmo acontece entre os dois Elementos 
Yin. No entanto a combinação entre elementos de polaridades opostas é 
conflituosa. Os Elementos também se complementam entre si, existindo 
Elementos diametralmente opostos. Ao Elemento Fogo opõe-se a Água, ao 
Elemento Ar opõe-se a Terra e vice versa. Ao oporem-se estes Elementos vão 
criar uma complementação entre si, tal como pólos magnéticos de um imã. 
 
 
 
 
 
 
C u r s o T e r a p e u t a H o l í s t i c o – A s t r o l o g i a C l á s s i c a B á s i c a 
 P r o f a . C y n t h i a M i r a n d a M a r t i n s 
 
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O Fogo é o elemento mais masculino: é yang, quente e seco. 
Este Elemento expressa-se por atividade, energia e busca de conhecimento e 
identidade. A ação é o fator base do Fogo. Ele é o que ajuda a criação, dá vida e 
aquece quando moderado. E é poder que queima, destrói, seca e ofusca quando 
excessivo. Os signos de Fogo são o Carneiro, o Leão e o Sagitário. 
 Os três signos de Fogo têm em comum as características do elemento: 
expansão, otimismo, afirmação, etc, mas cada um deles vai vivê-las à sua 
maneira. Assim, o Fogo do Carneiro poderia ser representado por uma faísca ou 
por um fogo de palha: acende-se rapidamente, mas também se apaga depressa. 
O Fogo do Leão seria a labareda de uma grande fogueira ou o fogo do próprio 
Sol: brilha com intensidade e constância, é bem visível e deslumbrante. 
O Fogo do Sagitário poderá ser comparado ao fogo de uma vela ou ao de uma 
chama de altar: é um fogo controlado, serve um propósito mais definido e 
exterior ao "eu". 
Este elemento simboliza o espírito, os planos superiores, a vitalidade, a 
identidade pura. Relaciona-se com a função da Intuição: entusiasmo, paixão e 
individualismo. 
A predominância do elemento Fogo num mapa natal sugere um indivíduo 
enérgico, apaixonado, auto-expressivo, ativo, intenso, alegre e com uma fé 
natural e espontânea na vida. 
Quando existe excesso deste elemento, estamos perante um ser exagerado, 
incomodativo, pouco sensível e egocêntrico. 
A falta de Fogo pode, por seu turno, indicar uma pessoa desalentada, "apagada", 
que raramente se entusiasma, dificilmente acredita e que tem medo de se 
afirmar. 
 
 
 
 
 
FOGO 
 
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A Terra é um elemento moderadamente feminino: é yin, frio e seco. 
 
Este é o Elemento da concretização, da tomada de forma, da densidade e peso. 
Ele dá uma estrutura concreta a todas as coisas, confere solidez e substância 
quando moderado. Mas é também o Elemento que prende, reedifica e limita 
quando excessivo. Os signos de Terra são o Touro, Virgem e o 
Capricórnio. 
Os três signos de Terra têm em comum as características do elemento: 
objetividade, capacidade de realização, sentido prático, dentre outras, mas cada 
um deles vai vivê-las à sua maneira. 
A Terra do Touro é comparável à terra da Primavera, cheia de sementes em 
germinação e de pequenos organismos: é rica, fértil, fervilhante de vida. 
A Terra da Virgem seria a dos campos depois das colheitas: solta e repousada 
depois de ter dado os seus frutos, receptiva a futuras sementeiras. 
A Terra do Capricórnio é a terra do Inverno: aparentemente dura, gelada e 
árida, guarda em si, secretamente, as sementes que germinarão na Primavera 
seguinte. 
Este elemento simboliza as sensações e a identidade através destas. 
Corresponde à função da Sensação/Experiência: segurança no que é sólido, 
objetividade, ação, pensamento concreto, o corpo, substância, matéria. 
Quando existe muita Terra no mapa, estamos perante um indivíduo prático, 
objetivo, com uma boa noção do real, estável e responsável. 
Excesso deste elemento pode indicar algum materialismo, tendência à 
valorização da posse e excessiva ligação aos sentidos (percepção física das 
coisas). A falta de Terra leva a uma perda de contacto com a realidade, falta de 
sentido prático e incapacidade de prover as próprias necessidades físicas e 
materiais. 
 
 
 
TERRA 
 
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O Ar um elemento moderadamente masculino: é yang, quente e úmido. 
É o Elemento da comunicação, da ligação. É ele que conceitua, relaciona, 
idealiza e explicao Universo. Utilizado corretamente ele dá a capacidade da 
palavra, o poder criador, leve e fluído do pensamento. Utilizado em excesso 
origina dispersão, nervosismo mental e uma comunicação errática, vaga e 
descontrolada. Os signos de Ar são os Gêmeos, a Balança e o Aquário. 
 
Os três signos de Ar têm em comum as características do elemento: 
comunicação troca de idéias, tendência para os relacionamentos sociais, etc, 
mas cada um deles vai vivê-las à sua maneira. 
Assim, o Ar dos Gêmeos poderá ser comparado ao de um pequeno redemoinho: 
é rápido, ligeiro, instável. 
O Ar da Balança seria um vento de fim de tarde: tranqüilo, descansado, gentil. 
O Ar do Aquário poderia ser comparado ao de um vento das altas camadas 
atmosféricas: forte, direcionado, capaz de alcançar longas distâncias. 
O Ar simboliza as idéias coletivas, a intelectualidade, a identidade através dos 
relacionamentos. Tem a ver com a função do Pensamento: sociabilidade, 
comunicação mental, leve, penetrante e relacional. 
Uma forte ênfase de Ar num mapa natal indica uma pessoa que gosta de 
comunicar, de partilhar idéias, é muito virada para a vida social e com a 
capacidade natural de ajustar o seu "eu" aos dos outros. 
Demasiado Ar num mapa natal pode revelar excessiva intelectualização, gosto 
pelos contatos "mentais" e tendência para "viver no mundo das idéias", com 
uma tendência a ser "cerebral" e pouco contacto com a realidade física. 
A falta do elemento Ar, por seu turno, indica alguém com dificuldade em 
racionalizar e conceitualizar, falta de pensamento abstrato, pouca curiosidade e 
deficiente capacidade relacional. 
 
 
 
 
AR 
 
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A Água é o elemento mais feminino. É yin, frio e úmido. 
Este é o Elemento da emotividade e sentimento. Ele amolece a rigidez da Terra, 
controla e regula o poder do Fogo e dá sentimento á comunicação do Ar. 
Utilizado de forma controla dá sensibilidade, intuição, empatia. Em excesso, 
origina sentimentalismo exagerado, pieguice, histeria emocional, descontrole e 
confusão. Os signos de Água são o Caranguejo, o Escorpião e os 
Peixes. 
Os três signos de Água têm em comum as características do elemento: 
recolhimento, memórias, sentimento, dentre outros, mas cada um deles vai 
vivê-las à sua maneira. A Água do Caranguejo, por exemplo, seria comparável à 
dos lagos tranqüilos cheios de vida ou às "águas" do útero materno, onde o bebê 
vive durante os nove meses de gestação: é nutriente, maternal e protetora. 
A Água do Escorpião seria a dos pântanos, a retorta do alquimista ou a do 
caldeirão da bruxa: é misteriosa, secreta, pode ser destrutiva ou profundamente 
transformadora. 
A Água dos Peixes seria a do próprio mar imensa, abrangente, total, variável, 
incontrolável, fonte de vida e de morte. 
A Água simboliza o inconsciente, o irracional, o caos. Relaciona-se com a 
Função do Sentimento/Emoção: preservação, fertilidade, osmose, sensibilidade, 
esfera psíquica, renovação, ligações, memórias. 
Uma preponderância deste elemento num mapa natal tem uma tendência 
natural à simpatia, compreensão, sintonia, imaginação, nutrição física e 
emocional, proteção e comunhão. Excesso deste elemento indica uma intensa 
ligação ao passado, alienação das emoções, dificuldade em expressar os 
sentimentos (por ficar "afogado" neles) e medo de ficar excessivamente 
envolvido nas ligações emocionais. 
A falta deste elemento leva a uma dificuldade de estabelecer laços afetivos, 
medo das emoções, a pessoa pode ter dificuldade em identificar os próprios 
sentimentos e necessidades afetivas e ser totalmente "impermeável" aos 
sentimentos alheios. 
 
 
 
 
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A Combinação de Elementos 
Num mapa astrológico, os Elementos nunca se manifestam em estado "puro". 
Ninguém pertence exclusivamente a um só elemento. No mapa astrológico estes 
aparecem combinados em várias proporções. A interpretação desta combinação 
elemental dá-nos a base das tendências comportamentais de um indivíduo. 
Como interagem os Elementos num mapa natal? 
O resultado da combinação de Elementos depende da natureza dos próprios 
elementos. O esquema seguinte apresenta as diversas possibilidades de 
relacionamento: 
Os Elementos da mesma polaridade são os que apresentam a combinação mais 
fluída, pois têm origens semelhantes. Assim os Elementos Yang - Fogo e Ar - 
têm uma relação naturalmente fluente. Se fizermos a analogia com os elementos 
físicos, veremos que o Ar alimenta o Fogo e este dá movimento e energia ao Ar. 
Os Elementos Yin - Água e Terra - são igualmente compatíveis. A Terra suporta 
e dá forma à Água e esta alimenta e fertiliza a Terra. 
Noutro extremo, temos as relações tensas. Estas ocorrem em Elementos de 
características totalmente opostas, ou seja, entre Fogo (quente e seco) e Água 
(fria e úmida) e também entre Ar (quente e úmido) e Terra (fria e seca). O Fogo 
evapora a Água e esta apaga o Fogo, o Ar e a Terra têm "densidades" 
completamente opostas, pelo que têm dificuldade em interagir. No termo 
intermédio temos as relações moderadas, em que os Elementos envolvidos são 
basicamente incompatíveis, mas, ainda assim, têm algo em comum: Fogo e 
Terra (ambos secos) e Ar e Água (ambos úmidos). 
 
 
 
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Como "funcionam" estas combinações no plano psicológico? 
 
Fogo e Ar - Indivíduos dinâmicos, muito "acelerados", com grande atividade 
mental, mas dificuldade em trazer as idéias à "terra". 
Fogo e Terra - Grande poder de concretização e estabilidade. Muito 
direcionados para os resultados das suas ações, mas correndo o risco de serem 
pouco sentimentais e pouco sensíveis. 
Fogo e Água - Seres emocionalmente intensos, passionais. Dividem-se entre a 
expressão radiante das suas emoções e períodos mais introvertidos e 
sentimentais. 
Ar e Água - Sonhadores, sentimentais e românticos, mas com pouco sentido 
prático e muitas vezes perdidos no seu mundo de sonho. 
Ar e Terra - Expressão primariamente mental e racional dando origem muitas 
vezes a uma abordagem "cerebral" e pouco sentimental da vida. 
Terra e Água - Sensibilidade, estabilidade e uma natureza introvertida e calma 
que pode muitas vezes originar uma grande inércia. 
Como saber que combinação está presente num mapa natal? 
É necessário realçar que estas combinações resultam de uma "soma" dos vários 
fatores astrológicos de um mapa astrológico. Muitas vezes a "pesagem" de 
elementos é muito complexa sendo difícil perceber qual o elemento dominante 
ou qual a combinação presente. 
Um exemplo de pesagem muito simples seria a combinação Sol - Lua 
Ascendente. Mas mesmo esta pode ser desequilibrada pelos restantes planetas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os Signos e o Zodíaco 
 
 
Os Signos são o grande pilar da Astrologia. Eles representam os 12 modos de 
ser, os 12 modos de expressão da energia, as 12 fases do ciclo anual. 
Tecnicamente são setores de 30º da eclíptica - o caminho aparente do Sol ao 
redor da Terra. É nesta faixa que circulam também os planetas e a Lua. 
A divisão é feita a partir do Equinócio de Outono. Este evento marca os 0º de 
Carneiro. A partir daqui, fazendo divisões em sectores de 30º cada, surgem os 
restantes Signos. O Caranguejo marca o Solstício de Inverno, a Balança (oposto 
a Carneiro) marcao Equinócio de Primavera e finalmente Capricórnio (oposto a 
Caranguejo) o Solstício de Verão. 
Existem portanto 3 Signos por cada estação: 
 Outono: Carneiro, Touro e Gêmeos 
 Inverno: Caranguejo, Leão e Virgem 
 Primavera: Balança, Escorpião e Sagitário 
 Verão: Capricórnio, Aquário e Peixes 
A este conjunto ou faixa de 12 Signos chamamos Zodíaco, que significa disco da 
vida ou disco dos animais, devido a muitas das suas constelações representarem 
animais. 
No entanto, é importante frisar que um Signo não é o mesmo que uma 
constelação, embora existam signos e constelações com os mesmos nomes. Uma 
 
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constelação é um conjunto ou agrupamento de estrelas, enquanto que um Signo 
é, como dissemos, um setor de 30º da eclíptica cuja divisão surge dos ciclos do 
próprio planeta Terra. 
Houve um tempo em que Signos e constelações coincidiram; contudo devido a 
um fenômeno complexo, chamado Precessão dos Equinócios, começou a haver 
um desfaçamento (desequilíbrio das fases) entre estes dois fatores. Este 
desfaçamento, que se vai acentuando ao longo dos séculos, dá origem às Eras 
Astrológicas. 
 
Significado Prático dos Signos 
Cada Signo representa um modo de expressão, um processo. Nenhum Signo é 
igual a outro, assim como nenhum é bom ou mau, cada um tem características 
bem definidas. 
Áries 
Áries representa a Agilidade e a Aventura e é regido pelo elemento Fogo 
(entusiasmo e vibração). É através dele que temos a possibilidade de 
compreender onde e como podemos agir com heroísmo e coragem em nossa 
vida. Os planetas que estiverem em Áries se abastecem nestes conceitos para se 
expressarem. A casa na qual Áries estiver, indica em que setor prático da sua 
vida você tende a agir através da tônica deste signo. 
Touro 
 Touro representa o conceito da Produção e da Travessia, sendo regido pelo 
elemento Terra (praticidade e coerência). É através dele que temos a 
possibilidade de compreender onde e como podemos agir com perseverança e 
obstinação em nossa vida. Os planetas que estiverem em Touro se abastecem 
nestes conceitos para se expressarem. A casa na qual Touro estiver, indica em 
que setor prático da sua vida você tende a agir através da tônica deste signo. 
Gêmeos 
Gêmeos representa o conceito da Complementação e da Amizade, sendo 
regido pelo elemento Ar (pensamento). É através dele que temos a possibilidade 
de compreender onde e como podemos unir os opostos que existem dentro de 
nós mesmos e no mundo em que vivemos. Os planetas que estiverem em 
Gêmeos se abastecem nestes conceitos para se expressarem. A casa na qual 
Gêmeos estiver, indica em que setor prático da sua vida você tende a agir 
através da tônica deste signo. 
 
 
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Câncer 
Câncer representa o conceito da Memória e da Interiorização, sendo regido 
pelo elemento Água (emoção). É através dele que temos a possibilidade de 
compreender onde e como podemos recolher os “pedaços” do nosso passado e 
recompor a nossa história. Os planetas que estiverem em Câncer se abastecem 
nestes conceitos para se expressarem. A casa na qual Câncer estiver, indica em 
que setor prático da sua vida você tende a agir através da tônica deste signo. 
Leão 
Leão representa o conceito do Valor e da Centralização, sendo regido pelo 
elemento Fogo (entusiasmo e vibração). É através dele que temos a 
possibilidade de compreender onde e como podemos extrair o nosso verdadeiro 
brilho, vencendo os “monstros” do ego. Os planetas que estiverem em Leão se 
abastecem nestes conceitos para se expressarem. A casa na qual Leão estiver, 
indica em que setor prático da sua vida você tende a agir através da tônica deste 
signo. 
Virgem 
Virgem representa o conceito da Pureza e da Paz, sendo regido pelo elemento 
Terra (praticidade e coerência). É através deste signo que temos a possibilidade 
de compreender a ordem e a simplicidade da vida, não nos deixando 
contaminar pelas impurezas próprias do mundo. Os planetas que estiverem em 
Virgem se abastecem nestes conceitos para se expressarem. A casa na qual 
Virgem estiver, indica em que setor prático da sua vida você tende a agir através 
da tônica deste signo. 
 Libra 
Libra representa o conceito da Lei e do Equilíbrio, sendo regido pelo 
elemento Ar (pensamento). É através dele que temos a possibilidade de 
compreender a noção de justiça e proporção em nossa vida emocional e 
cotidiana. Os planetas que estiverem em Libra se abastecem nestes conceitos 
para se expressarem. A casa na qual Libra estiver, indica em que setor prático da 
sua vida você tende a agir através da tônica deste signo. 
Escorpião 
Escorpião representa o conceito da Transformação e do Mistério, sendo 
regido pelo elemento Água (emoção). É através dele que temos a possibilidade 
de compreender onde e como devemos sofrer as “metamorfoses” necessárias 
para que possamos enxergar além das aparências e da realidade superficial. Os 
planetas que estiverem em Escorpião se abastecem nestes conceitos para se 
expressarem. A casa na qual Escorpião estiver, indica em que setor prático da 
sua vida você tende a agir através da tônica deste signo. 
 
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Sagitário 
Sagitário representa o conceito da Elevação e da Transcendência, sendo 
regido pelo elemento Fogo (entusiasmo e vibração). É através dele que temos a 
possibilidade de compreender como direcionar nossa energia para um alvo 
preciso, estimulando metas elevadas para a nossa vida. Os planetas que 
estiverem em Sagitário se abastecem nestes conceitos para se expressarem. A 
casa na qual Sagitário estiver, indica em que setor prático da sua vida você tende 
a agir através da tônica deste signo. 
Capricórnio 
Capricórnio representa o conceito da Sedimentação e do Todo, sendo regido 
pelo elemento Terra (praticidade e coerência). É através deste signo que temos a 
possibilidade de compreender o quanto devemos buscar alcançar a plenitude, o 
“cume” de nós mesmos. Os planetas que estiverem em Capricórnio se abastecem 
nestes conceitos para se expressarem. A casa na qual Capricórnio estiver, indica 
em que setor prático da sua vida você tende a agir através da tônica deste signo. 
Aquário 
Aquário representa o conceito da Liberdade e da Fraternidade, sendo regido 
pelo elemento Ar (pensamento). É através dele que temos a possibilidade de 
compreender que somos feitos à imagem e semelhança do Princípio e que 
devemos imitar esta perfeição. Os planetas que estiverem em Aquário se 
abastecem nestes conceitos para se expressarem. A casa na qual Aquário estiver, 
indica em que setor prático da sua vida você tende a agir através da tônica deste 
signo. 
 Peixes 
Peixes representa o conceito da Fé e da Unificação, sendo regido pelo 
elemento Água (emoção). É através dele que temos a possibilidade de 
compreender o desapego e a serenidade, numa entrega e confiança completa ao 
Sagrado. Os planetas que estiverem em Peixes se abastecem nestes conceitos 
para se expressarem. A casa na qual Peixes estiver, indica em que setor prático 
da sua vida você tende a agir através da tônica deste signo. 
 
O Zodíaco 
O Zodíaco é uma estrutura celeste muito antiga. Foi, provavelmente, definida 
pelas civilizações mesopotâmicas há 7.000 anos. 
Podemos encontrar representações do Zodíaco em quase todas as civilizações 
antigas, mesmo os mais orientais. Apenas muda o seu nome e o das 12 
constelações (ou signos) que o constituem. 
 
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Do ponto de vista Astronômico o Zodíaco é uma faixa de constelações na qual a 
partir da Terra se pode observar os movimentos do Sol (através da linha 
imaginária chamada eclíptica), da Lua e dos planetas. 
Ao observar isto, os antigos definiram nesta faixa doze constelações, que 
representariam "lugares" ou "terrenos" por onde os vários astros estariam 
situados e que lhes dariam diferentes características. Estas doze divisões foram 
provavelmente originadas pelas estações do ano (ver próximo artigo) e pelo 
movimento lunar. 
 
Constelação versus Signo 
Em Astrologia falamos de signos e não de constelações. Qual a diferença? Na 
antiguidade os astrólogos decidiram (porque a Astrologia é um conhecimento 
basicamente simbólico) associar e definir o Zodíaco a partir dos ciclos naturais 
do nosso planeta. Assim sendo, os signos passaram a ser definidos pelos 
equinócios e solstícios e não pelas constelações. Esta definição foi introduzida 
pelos gregos na época clássica. Parte da razão pelo qual isto aconteceu foi à 
discórdia geral de onde começava e terminava cada constelação. Os signos 
foram definidos como divisões de 30º do Zodíaco (ou melhor da eclíptica) 
começando os 0º ou zero de Carneiro (ou ponto vernal) com o equinócio da 
Primavera e fazendo divisões sucessivas de 30º, tendo como marcadores os 0º 
de Caranguejo (solstício de Verão), 0º Balança (equinócio de Outono) e 0º de 
Capricórnio (solstício de Inverno). É devido ao fato de haver esta diferença entre 
Signo e Constelação que o movimento celeste conhecido por Precessão dos 
Equinócios faz com que atualmente as constelações e signos não coincidam. 
Quando alguém diz que nasceu no Signo da Balança (referindo-se, portanto, ao 
signo solar) ficará, talvez, surpreso ao descobrir que, do ponto de vista 
astronômico, o Sol estava, afinal, na Constelação de Virgem. Este fato não 
invalida a Astrologia, como tantas vezes se afirma, apenas realça uma diferença 
substancial de método e de abordagem em relação à Astronomia. A Astronomia 
estuda os astros enquanto corpos físicos e a Astrologia estudam esses mesmos 
astros numa perspectiva simbólica. 
 
Os Signos e Seus Ciclos Naturais 
Nos tempos antigos, quando as comunidades humanas viviam segundo os 
ritmos da Natureza, a sequência das estações marcava o ritmo da vida. 
Vejamos, então, como o ritmo sazonal determina as energias de cada signo. 
Importa realçar que estas energias dizem respeito ao próprio signo e não às 
pessoas desse signo, já que a personalidade de que um ser humano resulta de 
uma combinação complexa de fatores e não de um único signo. 
 
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Há que ter em conta que as datas apresentadas para cada signo são 
aproximadas: devido à existência de anos bissextos e a outros fatores, estas 
datas podem antecipar-se ou atrasar-se um dia. 
 
Carneiro/Áries - de 21 de Março a 20 de Abril - Fogo Cardinal 
Equinócio do Outono: meio do ciclo. 
Ponto de equilíbrio: as colheitas estão feitas, é tempo de trocas, dádivas, festas e 
romarias (pontos de convívio). Impulso de interiorização, virado para o 
equilíbrio e a harmonização. 
Touro - de 21 de Abril a 21 de Maio - Terra Fixa 
Meio do Outono: tempos dos frutos secos (sementes); as folhas caem e 
apodrecem; cortam-se os ramos velhos; fermentação e transformação: prepara-
se o humus que fertilizará e sustentará uma nova Primavera. Máximo da 
interiorização: tempo de fazer o luto de tudo o que morreu neste ciclo; libertar-
se de emoções do ciclo passado, aceitar a transformação. 
Gêmeos - de 22 de Maio a 21 de Junho - Ar Mutável 
Fim do Outono: todos os frutos colhidos, últimas folhas secas, últimas 
sementes, época de abundância e preparação para a escassez futura. 
Transformação da interiorização: antecipação do Inverno, tempo pensar no 
sentido da vida, para fazer o balanço de tudo o que se aprendeu neste ciclo. 
Caranguejo/Câncer - de 22 de Junho a 23 de Julho - Água Cardinal 
Solstício de Inverno: culminar do ano, o auge do frio; altura de proteger a vida 
latente nas sementes que jazem adormecidas na terra. Impulso de proteção e 
recolhimento: começam a consumir-se os recursos armazenados; tempo fazer o 
balanço material do que foi obtido neste ciclo, gozando o êxito e reputação social 
alcançados. 
Leão - de 24 de Julho a 23 de Agosto - Fogo Fixo 
Meio do Inverno: escassez de recursos, vive-se agora quase exclusivamente do 
que foi acumulado no Verão anterior; trocam-se e partilham-se recursos. 
Máximo da proteção: tempo para recolher-se, meditar e libertar-se de idéias e 
conceitos do ciclo passado e preparar o futuro. Vida em comunidade. 
Virgem - de 24 de Agosto a 23 de Setembro - Terra Mutável 
Fim do Inverno: gastam-se os últimos recursos; altura do degelo; redenção, fim 
de um ciclo, o fechar do ano "natural". Transformação da proteção: à medida 
que o ciclo termina, aumenta o sentimento de perda, de fatalidade, de términos; 
 
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contudo, se todas as etapas anteriores tiverem sido devidamente vivenciadas, 
este fim pode ser sentido como uma libertação emocional profunda; estão, 
assim, criadas as condições para que as sementes deste ciclo nasçam enfim, na 
Primavera que se seguirá. 
Balança/Libra - de 24 de Setembro a 23 de Outubro - Ar Cardinal 
Equinócio da Primavera: o verdadeiro início do ano. A vida em "hibernação" 
retorna à atividade: a seiva volta a circular. Um novo ciclo começa. Forte 
impulso vital, afirmação, "agressividade", vontade de avançar. 
Escorpião - de 24 de Outubro a 22 de Novembro - Água Fixa 
Meio da Primavera: fecundação da terra fértil; a vida desponta, cria raízes. 
Estabilização do impulso vital: experiência centrada na sensação física 
(sentidos). 
Sagitário - de 23 de Novembro a 22 de Dezembro - Fogo Mutável 
Fim da Primavera: as plantas estão em flor e trocam pólen. As sementes já 
fertilizadas começam a dividir-se. Trocas, divisões, intercâmbios. 
Transformação do impulso vital: curiosidade, variedade, comunicação. 
Capricórnio - de 23 de Dezembro a 20 de Janeiro - Terra Cardinal 
Solstício de Verão: nutrição das plantas, formação e crescimento dos frutos. 
Impulso de exteriorização: gestação protegida; a vida adquire forma. 
 
Aquário - de 21 de Janeiro a 19 de Fevereiro - Ar Fixo 
Meio do Verão: frutos na sua total expressão, amadurecimento. Máximo da 
exteriorização: crescimento e expressão pessoal, auto- afirmação. 
 
Peixes - de 20 de Fevereiro a 20 de Março - Água Mutável 
Fim do Verão: época das colheitas, da organização e do armazenamento; 
sementes e frutos como símbolo de perfeição e de esperança no futuro. 
Transformação da exteriorização: sentido do trabalho feito, da ordem 
alcançada. 
 
O Signo Solar – O Signo Ascendente – O Signo Lunar 
Os Signos e o Mapa Natal 
Os signos representam as energias básicas da Astrologia. São os arquétipos (ou 
símbolos) primordiais, dos quais surge todo o conhecimento astrológico. 
 
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Num mapa astrológico estão sempre representados todos os doze signos do 
Zodíaco. A nível individual, cada um deles representa um modo de ser, uma 
possível forma de expressão da Consciência. Mais importante do que 
identificarmo-nos com este ou aquele signo específico é compreendermos cada 
um dos doze. Nenhum deles é "melhor" ou "pior" que qualquer outro: todos 
representam característicase energias fundamentais da experiência humana. 
Cada um deles estará presente na nossa personalidade, embora alguns possam 
estar mais acentuados que outros. 
 
Signo Solar 
O signo solar é, obviamente, um dos mais destacados do Horóscopo Pessoal ou 
Mapa Natal. 
Representa o processo de autoconhecimento de um dado indivíduo. Simboliza 
aquilo que somos, num sentido mais básico e natural, e também aquilo que ao 
longo da vida aprendemos a expressar de forma cada vez mais consciente. O 
signo solar é, como o próprio nome indica, o signo onde o Sol se encontra num 
dado momento. Como o Sol tem um movimento muito regular (um signo por 
mês), é fácil saber em que ponto do zodíaco se encontra a cada dia. 
Para conhecer o signo solar de uma determinada pessoa ou acontecimento 
basta-nos, portanto, saber o dia e o mês em que ocorreu esse acontecimento. 
Por ser muito fácil de calcular, o signo do Sol tornou-se o mais conhecido de 
todos. A sua maior divulgação ficou a dever-se à publicação de almanaques que 
falavam das características do signo solar. Estas seriam, supostamente, 
compartilhadas por todos os nascidos num determinado período. É interessante 
verificar que o signo solar tinha uma importância muito pequena para os 
astrólogos da Antiguidade, já que a sua análise astrológica levava em 
consideração muitos outros fatores. Para eles, não faria sentido alguém afirmar 
"Eu sou Touro" ou "Eu sou Sagitário". É através das energias (do tema) do signo 
do Sol que crescemos em consciência. Simboliza aquilo que somos (no sentido 
mais básico e natural), e também aquilo que ao longo da vida aprendemos a 
expressar de forma cada vez mais consciente. 
O Sol mostra a expressão natural e duradoura da individualidade, enquanto o 
Ascendente revela a forma como esta individualidade se expressa no imediato. 
Por outras palavras: através do signo Ascendente "tocamos" o mundo, através 
do signo do Sol transformamos essa experiência em consciência. 
À medida que amadurecemos, vamos aprendendo a integrar as energias totais 
do nosso mapa em torno do signo solar; todos os outros fatores (incluindo o 
Ascendente) passam, assim, a enriquecer e fortalecer essa expressão global. 
 
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Esta integração não implica, contudo, a perda de importância do Ascendente ou 
de qualquer outro elemento do mapa. Pelo contrário: quando a personalidade se 
constela em torno do Sol central, cada fator astrológico ganha uma dimensão 
própria, única e dinâmica, capaz de contribuir para um todo harmonioso e 
criativo - uma personalidade integrada. 
Veja as características de cada signo solar: 
1. O Signo de Carneiro/Áries 
Elemento: Fogo 
Modo: Cardinal 
Planeta regente: Marte. 
Palavra-chave: "Eu ajo". 
Disposição: Iniciar, ser ativo. 
Este é o signo onde tudo começa: é o primeiro signo do Zodíaco. O Carneiro 
marca o início de um ciclo completo de experiência. Está cheio de energia, 
vitalidade e força. O seu principal impulso é direcionado para a ação. O tema do 
signo tem, por isso, a ver com os inícios, o pioneirismo, a coragem, a vontade de 
ser o primeiro. A outra face da ação é a luta, o combate e a conquista, estas 
também características deste signo. 
O Fogo, elemento deste signo, confere-lhe a capacidade de expansão, a 
expressão de vontade e de identidade. Ao associar-se ao Modo Cardinal, toda 
esta expansão exterioriza-se de modo imediato, rápido, direto. Por ser Fogo 
Cardinal, o Carneiro é o signo que mais diretamente se relaciona com o aspecto 
masculino da personalidade. Quando o signo de Carneiro está muito acentuado 
num mapa natal, a necessidade de ação imediata e direta é parte integrante da 
personalidade. 
A expressão é, muitas vezes, competitiva e bélica, mesmo em situações que 
requerem equilíbrio e diplomacia. Há uma resposta imediata, quase que uma 
reação às situações, que pode gerar atritos. Longe de serem temidos e evitados, 
estes atritos são, muitas vezes, desejados e vividos como desafios estimulantes. 
A necessidade de ser sempre o primeiro pode levar a grandes vitórias e a 
importantes empreendimentos. Contudo, é esta mesma necessidade que 
constitui também um dos seus principais problemas: a sua impaciência leva-o a 
desvalorizar o que já conquistou, a deixar a meio o que começou. Procura, 
então, novas conquistas e novas batalhas. Quando este signo está bloqueado no 
mapa, pode dar origem à dificuldade de tomar iniciativas, expressar a vontade e 
ser assertivo. Como signo complementar ao Carneiro temos a Balança, onde as 
qualidades de diplomacia, tato, equilíbrio e consideração aos outros temperam a 
 
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impulsividade de Carneiro. O regente de Carneiro é o planeta Marte que, como 
veremos mais adiante, é o indicador de ação, conquista, iniciativa e movimento. 
 
2. O Signo de Touro 
Elemento: Terra 
Modo: Fixo 
Planeta regente: Vênus 
Palavra-chave: "Eu construo". 
Disposição: Suster, ser aquisitivo. 
Em Touro, a energia primordial começa a ser estabilizada e toma forma pela 
primeira vez. O impulso é para a estabilidade, para a vivência do lado "prático" 
da vida. Todo o tema do signo envolve posses, "lucro" e a segurança que surge 
da obtenção de um território pessoal e bem definido. Neste contexto, pode 
surgir um grande apego a formas (de pensar, sentir, objetos materiais, etc.) A 
outra face deste signo é a inércia, a preguiça, a indolência e a possessividade. O 
elemento Terra que caracteriza este signo, confere-lhe o modo de funcionar 
concreto e prático. Há uma tendência a experimentar do mundo através dos 
sentidos - saborear, cheirar, sentir, etc. O Modo Fixo aumenta a tendência para 
a estabilidade e a "estáticas” associadas ao elemento Terra. A combinação Terra 
Fixa exterioriza-se muitas vezes por uma resistência à mudança, forte ênfase no 
mundo concreto e muita teimosia. Quando este signo está muito acentuado num 
mapa natal, existem valores muito concretos e práticos, grande capacidade de 
trabalho, persistência e paciência. O sentido estético e a sensualidade andam a 
par: há uma capacidade natural para apreciar a beleza e as "coisas boas" da vida. 
O exagero destas qualidades pode, contudo, gerar um forte apego à segurança e 
ao bem-estar, que acentuam a sensualidade de forma pouco saudável, impedem 
o progresso e estagnam a natural gestão dos recursos. Quando este signo está de 
alguma forma bloqueada no mapa, pode haver uma falta de sentido prático, 
incapacidade de tomar forma ou dar forma; e uma dificuldade em "saborear" a 
vida. No signo complementar Escorpião, vamos encontrar a capacidade de 
reciclagem da segurança e das posses. A estabilidade de Touro é substituída por 
uma constante transformação. O Planeta Vênus, que rege o signo de Touro, dá-
lhe capacidade valorativa, capacidade de empatia, e sensibilidade à beleza e à 
estética. 
 
 
 
 
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3. O Signo de Gêmeos 
Elemento: Ar 
Modo: Mutável 
Planeta regente: Mercúrio 
Palavra-chave: "Eu comunico". 
Disposição: Transmitir, ser volátil. 
Em Gêmeos, vive-se pela primeira vez a dualidade e a comunicação.O tema do 
signo é a troca de idéias, a relativização, a compreensão intelectual do meio 
próximo. A curiosidade e a vontade de comunicar, que estão sempre presentes, 
transformam-se, por vezes, num "saltitar" nervoso e desgastante. Por ser o 
primeiro signo do elemento Ar, Gêmeo representa a comunicação próxima, 
pessoal e informal, sem grandes pretensões generalistas. O ModoMutável 
acrescenta-lhe um toque de "nervosismo", indecisão e versatilidade. O Ar 
Mutável confere ao signo de Gêmeos a sua característica vivacidade mental, 
leveza e capacidade adaptativa. Quando o signo de Gêmeos está acentuado num 
mapa natal, toda a personalidade é permeada pela constante necessidade de 
comunicação, movimento e leveza. A expressão natural tende a ser rápida, 
dispersa, juvenil e alegre. Há uma grande acentuação na comunicação verbal e 
na troca de idéias. Esta tendência a verbalizar e a "intelectualizar" todos os 
aspectos da vida pode ser exagerada ao ponto de não deixar espaço para outras 
formas de estar. Nessa situação, o sentimento, a intuição e até a experiência 
concreta podem ser relegados para segundo plano. Quando a vivência 
intelectual ganha primazia sobre tudo o mais, a capacidade valorativa pode 
perder-se; surge então a dificuldade em distinguir entre o "bem" e o "mal", entre 
o "sério" e o "fútil": há uma espécie de postura "amoral", que se recusa a tomar 
posição pessoal entre o enorme conjunto de conceitos e idéias que vai juntado 
ao longo das suas vivências quotidianas. Quando este signo está bloqueado num 
mapa natal pode representar dificuldades em comunicar no meio próximo e em 
gerir os conceitos do dia-a-dia. O signo complementar dos Gêmeos, o Sagitário, 
representa o contraponto que faltava: vem dar significado e direção a este 
mundo de idéias soltas e sem propósito comum. O regente de Gêmeos é 
Mercúrio, planeta da comunicação e expressão em geral (em particular na sua 
forma falada e escrita). 
 
 
 
 
 
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4. O Signo de Caranguejo/Câncer 
Elemento: Água 
Modo: Cardinal 
Planeta regente: Lua 
Palavra-chave: "Eu alimento". 
Disposição: Conter/nutrir, ser defensivo. 
Caranguejo é o signo em que surge pela primeira vez o componente emocional. 
Neste quarto signo, a ênfase está nas qualidades de proteção, acolhimento, 
sustentação e carinho. O tema geral do signo é a manutenção de um estado de 
proteção e segurança que é por vezes pode tornar-se excessivamente receoso e 
desconfiado. Este primeiro signo de Água relaciona-se com a expressão 
primordial dos sentimentos; a emoção é vivida de modo simples, quase infantil. 
Esta emotividade, contudo, expressa-se através do Modo Cardinal, que lhe 
acrescenta uma nota de dinamismo. A Água Cardinal revela uma interessante 
combinação de fragilidade e força: a sua ação, que pode ser muito direta e 
assertiva são basicamente motivados pela segurança emocional. Se o signo de 
Caranguejo estiver muito destacado num mapa natal, há tendência a pôr as 
necessidades emocionais pessoais em primeiro lugar, em detrimento de 
quaisquer outras considerações. Estas necessidades são, como já foi referido, 
principalmente direcionadas para a segurança e o conforto. O sentido de família 
e de "tribo" é muito forte assim como o sentimento de "pertencer" a um 
determinado grupo com características familiares. Uma excessiva ênfase de 
Caranguejo pode indicar uma necessidade de segurança de tal ordem que tudo o 
mais fica relegado para segundo plano. O resultado extremo desta situação pode 
ser estreiteza de vistas (dificuldade em pensar para além do ponto de vista 
pessoal) e uma incapacidade total de responder emocionalmente a pessoas ou 
situações que não sejam conhecidas ou familiares. Se houver alguma forma de 
bloqueio nas energias deste signo, a capacidade de reação emocional pode ser 
fraca ou estar inibida. Há dificuldade em apreciar um ambiente seguro e 
familiar e é quase impossível ter o sentimento de pertencer ou "estar em 
família". Capricórnio, o signo complementar de Caranguejo, representa a 
estrutura e a organização necessárias para conter e dar rumo a todo este fluxo 
emocional. A Lua, regente de Caranguejo, está ligada à temática do 
inconsciente, à sensibilidade e à receptividade. 
 
 
 
 
 
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5. O Signo de Leão 
Elemento: Fogo 
Modo: Fixo 
Planeta regente: Sol 
Palavra-chave: "Eu brilho". 
Disposição: Exibir, governar. 
O quinto signo do Zodíaco tem como tema a expressão plena de um potencial. 
Esta expressão, que geralmente é forte, rica, diversificada e criativa, pode 
também tornar-se excessiva, descabida e pomposa. O segundo signo de Fogo 
representa a expressão criativa da identidade; em vez de uma expressão direta e 
imediata, como em Carneiro, a identidade procura agora formas únicas, 
exuberantes e carismáticas de se manifestar. O Modo Fixo vem potencializar 
esta manifestação, conferindo-lhe força e estabilidade. Por ser um signo de Fogo 
Fixo, o Leão corresponde a mais intensa, tenaz e exuberante expressão de 
identidade. Se o signo de Leão estiver acentuado num mapa natal, a expressão 
da personalidade é viva, alegre, generosa e multifacetada. Há uma necessidade 
constante de enquadrar todas as circunstâncias da vida segundo um referencial 
próprio, único e pessoal. Apesar de existir uma auto-imagem forte e irradiante, 
há uma busca constante pela expressão total: o Leão procura no processo 
criativo o reflexo da sua própria criação - procura descobrir quem em através 
daquilo que cria. O excesso de energia leonina num mapa natal é bastante fácil 
de identificar: a expressão pessoal é tão forte (e por vezes tão exagerada) que 
raramente permite que qualquer outra se manifeste. Em casos extremos, esta 
tendência pode chegar ao egocentrismo total, acompanhado de mania das 
grandezas e pomposidade. Pode haver uma auto-imagem exageradamente 
positiva, levando à total falta de perspectiva do valor próprio e das capacidades 
pessoais. Se houver algum bloqueio deste signo, a expressão da identidade pode 
ficar bastante debilitada; a auto-imagem pode ser vaga, fraca ou confusa. O 
signo de Aquário, com a sua acentuada consciência de grupo, apresentam o 
complemento direto à postura egocêntrica de Leão. O signo de Leão é regido 
pelo Sol, planeta da autoconsciência e da irradiação. 
 
 
 
 
 
 
 
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6. O Signo de Virgem 
Elemento: Terra 
Modo: Mutável 
Planeta regente: Mercúrio 
Palavra-chave: "Eu analiso". 
Disposição: Analisar, ser descriminativo. 
É chegado agora o momento de experimentar, classificar e apurar o sentido do 
ego, que atingiu o seu máximo desenvolvimento na etapa anterior. 
O tema deste signo é a funcionalidade e a visão pragmática, mas também busca 
da perfeição na forma e o serviço aos outros. O segundo signo de Terra vai, tal 
como o primeiro (Touro), experimentar o mundo num nível prático e concreto; 
contudo, aquilo que no primeiro signo de Terra era vivido como pura sensação 
passa agora a ser testado, descriminado e qualificado. O Modo Mutável vai 
conferir vivacidade e mobilidade a este pragmatismo: há uma grande 
capacidade classificar e apurar tudo o que é experimentado. A combinação 
Terra Mutável representa a experiência do concreto; este signo é, por isso, o que 
melhor representa a eficiência e a capacidade de agir no mundo material. Se o 
signo da Virgem estiver forte num mapa natal, a personalidade é naturalmente 
propensa à busca de perfeição. Todas as ações e empreendimentos estão 
submetidos a um sentido de propósito prático e de eficiência. Neste sentido, a 
Virgem (signo de Terra e, portanto, ligado à matéria e à realização concreta), 
pode chegar à visão da perfeição na forma. Excesso de energia neste signo 
poderá levar a uma tão forte preocupação com os detalhes que se perde de vista 
o foco central. A necessidadede perfeição em todos os aspectos da vida pode 
envolver e dominar completamente a personalidade, exigindo-lhe esforços 
constantes e cada vez mais pormenorizados. Este "mergulho" na matéria e nas 
suas imperfeições leva a uma constante crítica, que pode tornar-se paralisante. 
Quando a energia deste signo se encontra debilitada ou bloqueada, a eficiência e 
capacidade de descriminar podem estar enfraquecidas; o trabalho pode ser 
atabalhoado ou confuso. O signo complementar, Peixes, representa a 
capacidade de ver - e de sentir - o Todo, sem se perder em pormenores. 
Mercúrio, planeta regente de Virgem, rege também o signo de Gêmeos. Na 
Virgem, contudo, Mercúrio está mais ligado à capacidade de análise e de 
raciocínio direto, e não tanto à comunicação e expressão (como em Gêmeos). 
 
 
 
 
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7. O Signo de Balança/Libra 
Elemento: Ar 
Modo: Cardinal 
Planeta regente: Vênus 
Palavra-chave: "Eu relaciono-me". 
Disposição: Equilibrar, ser apreciativo. 
Completo que está o primeiro ciclo da experiência humana surge agora a 
Balança, signo de relação e equilíbrio. A sua temática, aparentemente ligeira e 
harmoniosa é, talvez, das mais sutis e complexas: a Balança representa o ponto 
de equilíbrio entre a perspectiva pessoal e a perspectiva relacional - o Eu 
perante o Outro. Balança, segundo signo de Ar, está ligada (tal como Gêmeos) à 
comunicação e à relativização. Contudo a comunicação rápida e a atenção 
"saltitante" de Gêmeos dão agora lugar a uma ponderação diplomática e à 
atenção ao outro. O Modo Cardinal confere uma boa dose de assertividade e esta 
dinâmica, de que outra forma, poderia ser algo descaracterizado. O Ar Cardinal 
apresenta, assim, uma curiosa mescla de indecisão e assertividade, hesitação e 
força, indecisão e focagem. Balança representa a passagem da esfera pessoal à 
esfera relacional. O eu, que já vivenciou um vasto leque de experiências, procura 
agora definir-se em relação ao outro (parceiro) e aos outros (meio social). Esta 
busca de parceria traduz-se, na maior parte dos casos, por uma capacidade de 
"funcionar" com naturalidade e elegância nos meios mais diversos, aptidão 
espontânea para negociar situações de forma diplomática e um grande sentido 
estético. Como a afirmação pessoal cede facilmente lugar à relação, pode haver 
alguma dificuldade com o conceito de independência (só existe se for à relação a 
alguém). O excesso de energia em Balança pode assumir formas um tanto 
contraditórias. Por um lado, há grande indecisão nas escolhas pessoais, o que 
leva à dependência da aprovação e da iniciativa dos outros. Por outro lado, 
podem surgir inesperados "picos" de assertividade, em que se tomam súbitas 
decisões, seguidas de esforços ativos para levar os outros a apoiar e acompanhar 
essas escolhas. 
Se este signo estiver bloqueado num mapa natal, a capacidade negociar 
situações e de entrar em sintonia com os outros está debilitada. O mesmo pode 
acontecer com o sentido estético e a capacidade de se sentir à vontade em 
diferentes meios sociais. O Carneiro, com o característico sentido de 
individualidade, assertividade, independência e pioneirismo, vêm 
complementar a diplomacia, hesitação e necessidade de equilíbrio da Balança. 
Vênus, o planeta regente de Balança, rege também o Touro. Em Balança, a 
valorização, empatia, e sensibilidade estética de Vênus manifestam-se mais no 
plano das idéias e conceitos do que no mundo dos sentidos (como acontece em 
Touro). 
 
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8. O Signo de Escorpião 
Elemento: Água 
Modo: Fixo 
Planeta regente: Marte (Plutão) 
Palavra-chave: "Eu transformo-me". 
Disposição: Escrutinar, ser intenso. 
Este signo representa uma fase de morte e transformação que deverá ser 
intensamente vivenciada, para dar lugar à última etapa do ciclo. O seu tema, 
muitas vezes mal entendido, é a mudança profunda e definitiva. Esta mudança é 
quase sempre temida e evitada a todo o custo: só acontece após uma luta 
demorada e por vezes dolorosa. Neste segundo signo de Água, a vivência dos 
sentimentos é intensa, profunda e, muitas vezes, inconsciente. Os sentimentos 
"infantis" do Caranguejo, dão agora lugar a uma expressão mais interiorizada e 
secreta, com um toque de imposição e extremismo. O Modo Fixo vem 
acrescentar a esta intensidade emocional uma grande tenacidade, bem como 
uma necessidade de continuidade e segurança. A Água Fixa de Escorpião é a que 
mais se apega aos sentimentos, procurando segurança, mas é também a que tem 
maior capacidade de transformá-los. Quando o signo de Escorpião está 
acentuado num mapa natal, toda expressão da personalidade é permeada por 
uma forte intensidade. Existe carisma, poder de sedução e capacidade de 
descobrir as motivações ocultas nos outros. Numa primeira fase, estas 
capacidades podem ser usadas de forma defensiva e algo manipuladora, tendo 
em vista a preservação emocional. Quando se atinge certa maturidade interior, 
estas mesmas características tornam-se os principais auxiliares da 
transformação. Quando o Escorpião compreende que não tem de estar sempre a 
defender-se, inicia a verdadeira descoberta de si mesmo: um ser em permanente 
mudança. Uma excessiva ênfase de energia escorpiana num mapa natal pode 
indicar uma emotividade imperativa, presa de motivações inconscientes. O mal-
estar interior pode ser tão forte que se torna incomodativo não apenas para a 
própria pessoa, mas para as demais - esta situação pode complicar-se ainda 
mais se todas as partes se mantiverem inconscientes do processo. O bloqueio 
destas energias pode indicar dificuldade em transformar-se. Pode haver uma 
espécie de apatia ou estagnação emocional: como não têm capacidade de se 
regenerar, os sentimentos não têm poder transformativo. Touro, o signo 
complementar, representa a capacidade de manter, estabilizar e construir, 
dando assim sentido à morte e transformação escorpiana. Escorpião tem com 
planeta regente Plutão, planeta associado à morte e à transformação. 
Associamos de forma mais sutil, atribuindo à transmutação de energias, fases 
existenciais e de ciclos. Representa a capacidade transformativa do ser. 
 
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Simboliza a nossa capacidade de lidar com os aspectos mais sombrios da 
personalidade, tudo aquilo que está adormecido nas profundezas. Possibilitando 
ser investigados nas entranhas das profundezas do ser. 
 
9. O Signo de Sagitário 
Elemento: Fogo 
Modo: Mutável 
Planeta regente: Júpiter 
Palavra-chave: "Eu busco". 
Disposição: Estender, ser explorador. 
O nono signo transporta consigo uma mudança de fase. Após os dolorosos 
processos transformativos vivenciados em Escorpião, a necessidade de sentido e 
de propósito torna-se o foco principal. O terceiro signo de Fogo volta a viver a 
temática da identidade. Já não se trata, contudo, da expressão imediata de 
Carneiro, nem da expressão exuberante de Leão; O Fogo de Sagitário traz 
consigo a busca - não da identidade - mas do significado dessa identidade. É um 
fogo de aventura e procura. O Modo Mutável traz versatilidade, mobilidade e 
vivacidade a esta busca. A combinação Fogo Mutável indica uma identidade que 
se experimenta e descobre através de um referencial sempre em expansão. 
Sagitário é um signo que se expressa através de um ideal ou padrão ideológico 
existe sempre um referencial filosófico e ético que serve de linha condutora. A 
faceta exuberante (característica dos signos de Fogo) é muito marcante.

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