Buscar

Maratona de Questões PC-DF - Luana Davico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 45 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 45 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 45 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PCDF EM EXERCÍCIOS
DIREITO PENAL
Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TCE-RO Prova: CESPE - 2019 - TCE-RO - Procurador do
Ministério Público de Contas
Carlos, servidor público municipal, negou-se, após sua função ter sido alterada, a devolver um notebook
do município que lhe fora cedido em razão de seu cargo para realização de serviços que não mais faria
para a prefeitura. Na delegacia, Carlos informou falsamente à autoridade policial que o aparelho havia
sido furtado por alguém desconhecido. Durante a investigação policial, verificou-se que o notebook era
utilizado, na realidade, pela filha do servidor, para fins particulares.
Considerando-se essa situação hipotética, a legislação penal vigente e o entendimento sumulado do
STJ, é correto afirmar que Carlos responderá por
•A peculato-furto e denunciação caluniosa.
•B peculato-desvio e falsa comunicação de crime.
•C peculato mediante erro de outrem e denunciação caluniosa.
•D fraude processual e falsa comunicação de crime.
•E favorecimento real e fraude processual.
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tce-ro
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2019-tce-ro-procurador-do-ministerio-publico-de-contas
Peculato – CESPE COBRA CLASSIFCAÇÃO 
Existem várias espécies de peculato:
a) peculato apropriação (art. 312, caput, 1ª parte, do Código Penal).
b) peculato desvio (art. 312, caput, 2ª parte, do Código Penal).
O peculato apropriação e o peculato desvio são espécies do peculato PRÓPRIO.
c) peculato furto (art. 312, §1º, do Código Penal), tratando-se de espécie de
peculato IMPRÓPRIO.
d) peculato culposo (art. 312, §2º, do Código Penal).
e) peculato estelionato (art. 313, do Código Penal).
f) peculato eletrônico (art. 313, A e B do Código Penal).
• Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou 
qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse 
em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio: 
• Pena- reclusão, de 2 (dois) anos a 12 (doze) anos, e multa. 
Peculato Apropriação
✓ Apropriar-se o funcionário público.
O funcionário público inverte o animus da posse, agindo arbitrariamente como se
dono fosse;
✓ De dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel. Desse modo, não abrange
serviço público. Não existe o crime na apropriação de mão de obra;
✓ De que tem a posse (para a maioria, está abrangida a mera detenção – posição
do STJ).
✓ Em razão do cargo.
Peculato Desvio
No peculato desvio, o funcionário dá destinação diversa à coisa em benefício
próprio ou de outrem, podendo o
Peculato Furto
§1º. Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a
posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído,
em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade de que lhe proporciona a
qualidade de funcionário público.
No peculato furto, o funcionário embora não tenha a posse do dinheiro, valor
ou bem, o agente subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcionário.
• O crime de denunciação caluniosa tem assento no art. 339 do Estatuto Repressivo:
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, 
instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade 
administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de 
nome suposto. 
§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
Por sua vez, o delito de comunicação falsa de crime ou de contravenção está 
moldado no art. 340 do mesmo Códex:
Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou 
de contravenção que sabe não se ter verificado:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
JULGADO
Reconheceu o STJ que o fato de não havido o indiciamento da vítima
não consubstancia razão para desclassificação da conduta para o crime
do art. 340 do CP, sendo despicienda, pois, a sua ocorrência com vistas
à consumação do delito de denunciação caluniosa (CP, art. 339).
PECULATO-DESVIO x PECULATO-FURTO
Peculato-desvio: o agente já tem a posse do bem, em razão do cargo, e
o desvia.
Peculato-furto: o agente não tem a posse do bem, mas vale-se da
facilidade proporcionada em razão do cargo para furtar.
FALSA COMUNICAÇÃO DE CRIME x DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA
Denunciação Caluniosa: imputa falso crime a pessoa determinada, que
a sabe inocente.
Falsa Comunicação de Crime: apenas comunica falso crime, sem
pessoa determinada.
• Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor 
Público
• Com relação aos delitos tipificados na parte especial do Código Penal, julgue o item 
subsecutivo.
• Segundo o STJ, a previsão legal do crime de desacato a funcionário público no 
exercício da função não viola o direito à liberdade de expressão e de pensamento 
previstos no Pacto de São José da Costa Rica.
• Certo
• Errado
• Há quem sustente que as leis de desacato restringem indiretamente a 
liberdade de expressão (Chilling Effect) porque carregam consigo a ameaça do 
cárcere ou multas para aqueles que insultem ou ofendam um funcionário 
público, motivo pelo qual há muitos anos a Comissão Interamericana de Direitos 
Humanos (CIDH) vem decidindo que a criminalização do desacato contraria o 
art. 13 do Pacto de San José da Costa Rica.
• Por isso, o STJ já chegou a reconhecer que “o art. 331 do CP, que prevê a figura 
típica do desacato, é incompatível com o art. 13 do Pacto de São José da Costa 
Rica, do qual a República Federativa do Brasil é signatária”. REsp 1.640.084-SP, 
Rel. Min. Ribeiro Dantas, por unanimidade, julgado em 15/12/2016, DJe
1/2/2017 (Info 596).
• Posteriormente, o STJ, por intermédio de sua 3ª Seção, decidiu que:
“Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão
dela continua a ser crime, conforme previsto no art. 331 do Código
Penal”. STJ. 3ª Seção. HC 379.269-MS, Rel. Min. Reynaldo Soares da
Fonseca, Rel. para acórdão Min. Antônio Saldanha Palheiro, julgado
em 24/5/2017 (Info 607).
• O STF, igualmente, entende que a figura penal do desacato não
prejudica a liberdade de expressão, pois não impede o cidadão de se
manifestar, “desde que o faça com civilidade e educação”. A
responsabilização penal por desacato existe para inibir excessos e
constitui uma salvaguarda para os agentes públicos, expostos a todo
tipo de ofensa no exercício de suas funções.
Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: Prefeitura de Boa Vista - RR Prova: CESPE - 2019 - Prefeitura de Boa
Vista - RR - Procurador Municipal
Juan González, estrangeiro, enfermeiro, residente havia dois anos em Boa Vista – RR,
apresentava-se como médico no Brasil e atendia pacientes gratuitamente em um posto de saúde da
rede pública municipal, embora não fosse funcionário público. Seu verdadeiro objetivo com essa prática
era retirar medicamentos do local e revendê-los para obter lucro.
Em razão de denúncia anônima a respeito do desvio de medicamentos, Juan, portando caixas de
remédios retiradas do local, foi abordado em seu automóvel por policiais logo após ter saído do posto e
foi, então, conduzido à delegacia. Para que seu verdadeiro nome não fosse descoberto, Juan identificou-
se à autoridade policial como Pedro Rodríguez, buscando, assim, evitar o cumprimento de mandado de
prisão expedido por ter sido condenado pelo crime de moeda falsa no Brasil.
Questionado sobre a propriedade do veículo no qual se encontrava no momento da abordagem,
Juan informou tê-lo comprado de uma pessoa desconhecida, em Boa Vista. Durante a investigação
policial, verificou-se que o veículo havia sido furtado por outra pessoa no Brasil e que a placa estava
adulterada. Verificou-se, ainda, que a placa identificava um veículo registrado no país de origem deJuan
e em seu nome, embora Juan tivesse alegado ter adquirido o veículo já com a referida placa.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Juan não deverá responder pelo crime de peculato, apesar de ter se apropriado
de medicamentos da rede pública de saúde.
oCerto
oErrado
Nesse caso, Juan deverá responder pelo crime de usurpação de função pública na forma
qualificada. Este crime exige que o particular pratique algum ato de ofício relativo à função
usurpada. A conduta do particular que apenas se apresentar como funcionário público pode
caracterizar a contravenção penal prevista no art. 45 da LCP:
Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Art. 45. Fingir-se funcionário público (LCP):
Pena – prisão simples, de um a três meses, ou multa, de quinhentos mil réis a três contos de
réis.
De acordo com Rogério Greco:" A vantagem mencionada pelo parágrafo pode ser de qualquer
natureza (material ou moral). O importante é que o agente pratique o ato de ofício, usurpando
função pública, movido por essa finalidade de obter vantagem". (GRECO, Rogério.Curso de
direito penal parte especial vol.4. 2015).
Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: CGE - CE Prova: CESPE - 2019 - CGE - CE - Auditor de Controle Interno -
Área de Correição
Com o objetivo de resguardar a probidade administrativa, os princípios da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade e da eficiência, além do normal funcionamento e do decoro da
administração pública, o Código Penal tipifica condutas que, praticadas por servidor público, se
consubstanciam em crimes contra a administração pública. A respeito desse assunto, assinale a opção
correta.
A. Para fins penais, o conceito de administração pública tem sentido restrito: não alcança os servidores
contratados por empresas privadas prestadoras de serviço tipicamente público.
B. Representante de conselho fiscal que se apropriar indevidamente de valores que estejam em sua
posse em razão do cargo que exerce terá praticado o crime de peculato.
C. O sujeito ativo do crime de prevaricação pode ser um particular, desde que aja em concurso com
servidor público, mesmo que aquele desconheça a condição funcional do coautor.
D O ato de servidor público exigir para si vantagem indevida em razão de sua função pública configura o
crime de corrupção passiva.
E. A reparação do dano no caso de peculato culposo, mesmo que ocorra em momento posterior à
prolação da sentença penal irrecorrível, extingue a punibilidade.
A. Para fins penais, o conceito de administração pública tem sentido restrito: não alcança os servidores contratados
por empresas privadas prestadoras de serviço tipicamente público.
A Administração Pública para fins penais deve ser considerada de modo amplo.
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em
entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada
ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos
neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou
assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista,
empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
Assim, podemos perceber que o conceito de funcionário público utilizado pelo CP é
bem diferente do conceito que se tem no Direito Administrativo. Aqui, o conceito
abrange, ainda, os empregados públicos, estagiários, mesários da Justiça Eleitoral,
Jurados, etc.
Representante de conselho fiscal é considerado funcionário público
para os fins penais.
O peculato-apropriação e o peculato-desvio são faces do crime de
peculato comum, estabelecido no art. 312 do CP:
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou
qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse
em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
C. O sujeito ativo do crime de prevaricação pode ser um particular, desde que aja em concurso com
servidor público, mesmo que aquele desconheça a condição funcional do coautor.
O crime de prevaricação é um crime próprio, só podendo ser praticado
pelo funcionário público. É plenamente possível o concurso de pessoas,
desde que este particular tenha conhecimento da condição de
funcionário público do agente.
• Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de
ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer
interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de três meses a
um ano, e multa.
Qual a diferença entre a corrupção passiva privilegiada e crime de
prevaricação?
Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de oficio, ou
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal.
Na corrupção passiva, o funcionário cede diante de um pedido ou
influência de outrem. Não visa interesse ou satisfação pessoal - o
funcionário não quer vantagem pessoal, trata-se de favor administrativo.
Por outro lado, na prevaricação, o funcionário que age sem influência ou
pedido de outrem, buscando satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
D. O ato de servidor público exigir para si vantagem indevida em razão
de sua função pública configura o crime de corrupção passiva.
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena -
reclusão, de dois a oito anos, e multa.
A conduta é a de exigir vantagem indevida. Vejam que o agente não pode,
simplesmente, pedir ou solicitar vantagem indevida. Se o agente apenas solicita,
recebe ou apenas aceita promessa de vantagem, teremos corrupção passiva.
Momento do Flagrante
O momento consumativo do delito é o da exigência, sendo este o marco para fins
de caracterização do flagrante. A apreensão do indivíduo no momento do
recebimento da quantia caracteriza flagrante ilegal, pois esvaziado o estado de
flagrância. (STF HC 72168).
E. A reparação do dano no caso de peculato culposo, mesmo que ocorra em 
momento posterior à prolação da sentença penal irrecorrível, extingue a 
punibilidade. 
O CP estabelece, ainda, que no caso do crime culposo, se o agente
reparar o dano antes de proferida a sentença irrecorrível (ou seja,
antes do trânsito em julgado), estará extinta a punibilidade. Caso o
agente repare o dano após o trânsito em julgado, a pena será reduzida
pela metade.
Nos termos do art. 312, § 3°:
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede
à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior,
reduz de metade a pena imposta.
Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: CGE - CE Prova: CESPE - 2019 - CGE - CE - Auditor de
Controle Interno - Área de Correição
Milton, valendo-se de sua condição de servidor público e cedendo a pedido de amigo
íntimo, deixou de cumprir seu dever funcional ao não ter promovido ação para apurar
infração de determinada empresa vinculada à administração pública.
Nessa situação hipotética, apurada a conduta de Milton, ele deverá responder pelo
crime de
A. advocacia administrativa qualificada.
B. corrupção passiva privilegiada.
C. corrupção ativa.
D. concussão.
E. condescendência criminosa.
•► CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA – CEDE A PEDIDO OU
INFLUENCIA DE OUTREM
•► PREVARICAÇÃO – RETARDAR OU DEIXAR DE PRATICAR C/
INTERESSE PESSOAL
•►CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA – DEIXAR SUBORDINADO
PRATICAR INFRAÇÃO SEM PUNIR OU COMUNICAR AUTORIDADE QUE
O FAÇA
PCDF EM EXERCÍCIO
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-AM Prova: CESPE - 2019 - TJ-AM - AnalistaJudiciário - Direito
Lúcio é investigado pela prática de latrocínio. Durante a investigação, apurou-se a 
participação de Carlos no crime, tendo sido decretada de ofício a sua prisão temporária.
A partir dessa situação hipotética e do que dispõe a legislação, julgue o item seguinte.
Recebida a denúncia, não será mais cabível prisão temporária para Lúcio e Carlos.
•Certo
•Errado
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tj-am
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2019-tj-am-analista-judiciario-direito
PRISÃO TEMPORÁRIA
CONCEITO
A temporária é a prisão de natureza cautelar, com prazo preestabelecido de
duração, cabível exclusivamente na fase do inquérito policial, objetivando o
encarceramento em razão das infrações seletamente indicadas na legislação.
DECRETAÇÃO
A prisão temporária está adstrita à cláusula de reserva jurisdicional, e, em
face do disposto no art. 2º da Lei nº 7.960/1989, somente pode ser
decretada pela autoridade judiciária, mediante representação da autoridade
policial ou requerimento do Ministério Público. A temporária não pode ser
decretada de ofício pelo juiz, pressupondo provocação.
• CABIMENTO
• É essencial a presença do fumus comissi delicti e do periculum libertatis
para que a medida seja decretada. O art. 1º da Lei nº 7.960/1989 trata da
matéria, admitindo a temporária nas seguintes hipóteses: – (inc. I) quando
imprescindível para as investigações do inquérito policial; – (inc. II) quando
o Indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos ao
esclarecimento de sua identidade; – (inc. III) quando houver fundadas
razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de
autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
• os crimes hediondos e assemelhados, quais sejam, tráfico, tortura e
terrorismo, mesmo os não contemplados no rol do art. 1º da Lei n.º
7.960/1989, por força do § 4º do art. 2º da Lei n.º 8.072/1990 (Lei de
Crimes Hediondos), são suscetíveis de prisão temporária.
PRAZOS
– Regra geral: 5 dias, prorrogáveis por mais 5 dias em caso de
comprovada e extrema necessidade;
– Crimes hediondos e assemelhados, quais sejam, tráfico, terrorismo e
tortura(parágrafo 4º, art. 2º, Lei nº 8.072/1990): o prazo da prisão
temporária é de 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, em caso de
comprovada e extrema necessidade. A prorrogação pressupõe
requerimento fundamentado, cabendo ao magistrado deliberar quanto
a sua admissibilidade.
MOMENTO
Conforme o STJ, a prisão temporária não pode ser mantida após o
recebimento da denúncia pelo juiz.
HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. INQUÉRITO POLICIAL. ART. 12 DA
LEI 6.368/76. PRISÃO TEMPORÁRIA. OFERECIMENTO DE DENÚNCIA.
INSUBSISTÊNCIA DO DECRETO. 1. Uma vez oferecida a denúncia não
mais subsiste o decreto de prisão temporária, que visa resguardar, tão
somente, a integridade das investigações. 2. Ordem concedida para
revogar a prisão temporária decretada nos autos do processo n.º
274/2006, em trâmite na Vara Única da Comarca de Ipauçu/SP.(STJ -
HC: 78437 SP 2007/0050077-9, Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data de
Julgamento: 28/06/2007, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJ
13/08/2007 p. 401)
Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-AM Prova: CESPE - 2019 - TJ-AM - Assistente Judiciário
Acerca de prisão, medidas cautelares e liberdade provisória, julgue o item subsecutivo.
É vedada a concessão de liberdade provisória a autor de crime inafiançável.
•Certo
•Errado
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tj-am
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2019-tj-am-assistente-judiciario
• Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá
fundamentadamente: [...]
• III - conceder liberdade provisória, COM ou SEM fiança.
•
• A impossibilidade de pagar fiança em determinado caso não impede
a concessão de liberdade provisória, pois são institutos diferentes.
• Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: CNJ Prova: Analista Judiciário
• O agente preso em flagrante de crime inafiançável terá direito a concessão de
liberdade provisória sem fiança, se não estiverem caracterizados os motivos para
decretação de prisão cautelar, em estrita observância do princípio da
inocência.(C)
• _____
• Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: Defensor Público Federal
• No que diz respeito à prisão e à liberdade provisória, a CF elegeu alguns delitos
como inafiançáveis. Quanto a algumas infrações penais, declarou, de forma
expressa, a inafiançabilidade e, quanto a outras, subordinou a vedação da fiança
aos termos da lei ordinária. Os tribunais superiores sedimentaram o
entendimento de possibilidade da liberdade provisória, nos termos estabelecidos
pelo CPP, mesmo para o caso de inafiançabilidade proclamada expressamente
pela Lei Fundamental.(C)
Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-AM Prova: CESPE - 2019 - TJ-AM - Assistente Judiciário
Acerca de prisão, medidas cautelares e liberdade provisória, julgue o item subsecutivo.
A prisão em flagrante do autor de crime de ação penal pública condicionada à representação
substitui a necessidade de manifestação do ofendido para instauração de inquérito policial.
•Certo
•Errado
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tj-am
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2019-tj-am-assistente-judiciario
ESPÉCIES DE FLAGRANTES
• Flagrante próprio (art. 302, I e II, CPP): o agente é surpreendido cometendo a infração penal ou
quando acaba de cometê-la. A prisão deve ocorrer de imediato, sem o decurso de qualquer intervalo
de tempo.
• Flagrante impróprio (art. 302, III, CPP): o agente é perseguido, logo após a infração, em situação que
faça presumir ser o autor do fato. Não existe um limite temporal para o encerramento da perseguição
• Flagrante presumido (art. 302, IV, CPP): o agente é preso, logo depois de cometer a infração, com
instrumentos, armas, objetos ou papéis que presumam ser ele o autor da infração. Note que esta
espécie não exige perseguição.
• Flagrante compulsório ou obrigatório (art. 301, in fine, CPP): as polícias civil, militar, rodoviária,
ferroviária e o corpo de bombeiros militar, desde que em serviço, têm o dever de efetuar a prisão em
flagrante, sempre que a hipótese se apresente.
• Flagrante facultativo (art. 301 CPP): é a faculdade legal que autoriza qualquer do povo a efetuar ou
não a prisão em flagrante.
• Flagrante esperado: a atividade da autoridade policial antecede o início da execução delitiva. A
polícia antecipa-se ao criminoso, e, tendo ciência de que a infração ocorrerá, sai na frente, fazendo
campana (tocaia), e realizando a prisão quando os atos executórios são deflagrados. Nada impede
que o flagrante esperado seja realizado por particular.
• Flagrante preparado ou provocado: o agente é induzido ou instigado a cometer o
delito, e, neste momento, acaba sendo preso em flagrante. Ressalte-se, no entanto
a Súmula nº 145 do STF: “Não há crime quando a preparação do flagrante pela
polícia torna impossível a sua consumação”.
• Flagrante prorrogado: a autoridade policial tem a faculdade de aguardar, do ponto
de vista da investigação criminal, o momento mais adequado para realizar a prisão,
ainda que sua atitude implique na postergação da intervenção.
• Flagrante forjado: é aquele armado, fabricado, realizado para incriminar pessoa
inocente. É uma modalidade ilícita de flagrante, onde o único infrator é o agente
forjador, que pratica o crime de denunciação caluniosa, e sendo agente público,
também abuso de autoridade.
• Flagrante por apresentação: quem se entrega à polícia não se enquadra em
nenhuma das hipóteses legais autorizadoras do flagrante. Assim, não será
autuado.
FLAGRANTE NAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CRIME
• CRIME PERMANENTE
• Para Cezar Roberto Bitencourt, permanente é o crime cuja
consumação se alonga no tempo, dependenteda atividade do
agente, que poderá cessar quando este quiser. Enquanto não cessar a
permanência, a prisão em flagrante poderá ser realizada a qualquer
tempo, mesmo que para tanto seja necessário o ingresso domiciliar.
• Prisão em Flagrante nos Crimes Habituais Crimes habituais são
crimes que demandam para sua consumação a prática reiterada da
conduta. Assim, se praticada aquela conduta de maneira isolada e
esporádica, o crime não estaria consumado. Um ato isolado não é
capaz de tipificar o delito. Exemplo: Exercício irregular da medicina.
•
• Prisão em flagrante no Crime Continuado
• Crime continuado chamado pela doutrina de Flagrante Fracionado. O crime
continuado tem previsão no art. 71 do Código Penal, e trata-se de uma ficção, é
tratada pelo Ordenamento como se fosse um crime único.
• Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois
ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira
de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como
continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas,
ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois
terços.
• Flagrante fracionado é aquele que incide sobre uma fração das condutas que
constituem o crime continuado. O flagrante irá incidir somente sobre aquele ato
isolado. Para cada ação criminosa seria cabível o flagrante.
• CRIME DE AÇÃO PENAL PRIVADA E PÚBLICA CONDICIONADA Nesses
casos, para a lavratura do auto de prisão em flagrante, deverá haver a
manifestação de vontade do respectivo legitimado. Se a vítima não
puder imediatamente ir à delegacia para se manifestar, por ter sido
conduzida ao hospital ou por qualquer motivo relevante, poderá fazê-
lo no prazo de entrega da nota de culpa. Caso a vítima não emita
autorização, deve a autoridade policial liberar o ofensor, sem
nenhuma formalidade, documentando o ocorrido em boletim de
ocorrência, para efeitos de praxe.

Continue navegando