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CONCLUSÃO - Ciências Políticas Trabalho

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CONCLUSÃO:
Ciência política é o estudo da política — dos sistemas políticos, das organizações e dos processos políticos. Envolve o estudo da estrutura (e das mudanças de estrutura) e dos processos de governo — ou qualquer sistema equivalente de organização humana que tente assegurar segurança, justiça e direitos civis. Os cientistas políticos podem estudar instituições como empresas, sindicatos, igrejas, ou outras organizações cujas estruturas e processos de ação se aproximem de um governo, em complexidade e interconexão.
Existe no interior da ciência política uma discussão acerca do objeto de estudo desta ciência, que, para alguns, é o Estado e, para outros, o poder. A primeira posição restringe o objeto de estudo da ciência política; a segunda amplia. A posição da maioria dos cientistas políticos, segundo Maurice Duverger, é essa visão mais abrangente de que o objeto de estudo da ciência política é o poder.
A ciência política é a teoria e prática da política e a descrição e análise dos sistemas políticos e do comportamento político.
A ciência política abrange diversos campos, como a teoria e a filosofia políticas, os sistemas políticos, ideologia, teoria dos jogos, economia política, geopolítica,geografia política, análise de políticas públicas, política comparada, relações internacionais, análise de relações exteriores, política e direito internacionais, estudos deadministração pública e governo, processo legislativo, direito público (como o direito constitucional) e outros.
A ciência política emprega diversos tipos de metodologia. As abordagens da disciplina incluem a filosofia política clássica, interpretacionismo, estruturalismo, behaviorismo, racionalismo, realismo, pluralismo e institucionalismo. Na qualidade de uma das ciências sociais, a ciência política usa métodos e técnicas que podem envolver tanto fontes primárias (documentos históricos, registros oficiais) quanto secundárias (artigos acadêmicos, pesquisas, análise estatística, estudos de caso e construção de modelos).
Ainda que o estudo de política tenha sido constatado na tradição ocidental desde a Grécia antiga, a ciência política propriamente dita constituiu-se tardiamente. Esta ciência, no entanto, tem uma nítida matriz disciplinar que a antecede como a filosofia moral, filosofia política, política econômica e história, entre outros campos do conhecimento cujo objeto seria as determinações normativas do que deveria ser o estado, além da dedução de suas características e funções.
Muitos pesquisadores colocam que a ciência política difere da filosofia política e seu surgimento ocorreria, de forma embrionária, no século dezenove, época do surgimento das ciências humanas, tal como asociologia, a antropologia, a historiografia, entre outras.
Definição de Ciência Política
- Conjunto das Ciências que estudam a organização e o funcionamento do Estado, e as interações dos grupos nele existentes; a política, a sociologia, etc. E que tratam de valores fundamentais tais como a igualdade, a liberdade, a justiça e o poder. 
- Ramo das Ciências Sociais que trata do governo e da organização dos Estados. 
- Ramo das ciências sociais que estuda as formas de governo, os partidos políticos, os grupos de pressão, as relações internacionais e a administração pública, que dizem respeito a atividades de indivíduos ou de grupos e envolvem as relações humanas básicas, tratando de valores fundamentais como a igualdade, a liberdade, a justiça e o poder.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO – Três são os elementos do Estado: Povo ou população, o território e o governo. Alguns autores citam, como quarto elemento constitutivo do Estado, a soberania. Para os demais, no entanto, a soberania integra o terceiro elemento. O governo pressupõe a soberania. Se o governo não é independente e soberano, não existe o Estado Perfeito. O Canadá, Austrália e África do Sul, por exemplo, não são Estados perfeitos, porque seus governos são subordinados ao governo britânico. I - POVO – É a população do Estado, considerada pelo aspecto puramente jurídico. É o grupo humano encarado na sua integração numa ordem estatal determinada; é o conjunto de indivíduos sujeitos às mesmas leis, são os súditos, os cidadãos de um mesmo Estado, detentores de direitos e deveres. NAÇÃO: (entidade moral) É um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem comum, pelos interesses comuns, e principalmente, por idéias e aspirações comuns. É uma comunidade de consciência, unidas por um sentimento complexo, indefinível e poderosíssimo: o patriotismo. II - TERRITÓRIO: É a base espacial do poder jurisdicional do Estado onde este exerce o poder coercitivo estatal sobre os indivíduos humanos, sendo materialmente composto pela terra firme, incluindo o subsolo e as águas internas (rios, lagos e mares internos), pelo mar territorial, pela plataforma continental e pelo espaço aéreo. III - GOVERNO – É o conjunto das funções necessárias à manutenção da ordem jurídica e da administração pública. No magistério de Duguit, a palavra governo tem 12 dois sentidos; coletivo e singular. O primeiro, como conjunto de órgãos que presidem a vida política do Estado. O segundo, como poder executivo, “órgão que exerce a função mais ativa na direção dos negócios públicos”. Governo confunde-se, muitas vezes, com soberania.
Órgãos permanentes por meio dos quais se exerce o poder político, as instituições políticas evoluíram de acordo com o grau de racionalidade alcançado pelos homens. Nas antigas civilizações orientais, em Roma e na Europa medieval, os sistemas políticos tinham como característica comum à personalização do poder, justificada por instâncias mágicas, religiosas ou carismáticas. Faraó egípcio, imperador romano ou rei cristão, o detentor do poder se confundia com o próprio poder. Sua justificativa era a força, traduzida pelo poder militar, poder de curar ou poder sobre as forças da natureza. Constantemente desafiado por aqueles que se julgavam possuidores das mesmas credenciais, o poder personalizado gerou a instabilidade política e o uso da violência como forma de solução de conflitos.
No final da Idade Média, mudanças políticas, econômicas e sociais determinaram o surgimento de novas concepções sobre o estado. O progresso da burguesia e da economia favoreceu a centralização do poder nas monarquias absolutas. O estado tornou-se racional e suas estruturas se institucionalizaram, de acordo com as novas necessidades sociais. A vitória da burguesia sobre a sociedade feudal, na revolução francesa, desmistificou o poder por direito divino e consagrou o princípio da soberania popular. O povo, única fonte de poder, podia transferir seu exercício a representante por ele eleitos.
Os sistemas liberais, cuja representatividade era inicialmente restrita, aperfeiçoaram os mecanismos democráticos e, ao incorporarem o sufrágio universal, reconheceu de forma plena a igualdade de todos os cidadãos perante a lei. A institucionalização do poder exigiu a adoção de constituições que, como expressão da vontade popular, deve reger a ação do estado. Nos sistemas democráticos, a legitimidade do poder deriva de sua origem na vontade popular e de seu exercício de acordo com a lei.
A doutrina da clássica divisão do poder político, elaborada por Montesquieu, é comum a quase todos os sistemas políticos dos estados modernos. O poder legislativo, formado por parlamentares eleitos pelo povo, elabora as leis e controla os atos do poder executivo; o executivo, também eleito pelo povo, executa a lei e administra o estado; o judiciário interpreta e aplica as leis e atua como juiz nos conflitos entre os outros poderes. A divisão de poderes ajuda a evitar o abuso de poder por meio do controle recíproco dos vários órgãos do estado.
Nas modernas sociedades democráticas, além dos poderes institucionalizados existem organizações que participam do poder ou nele influem: partidos políticos, sindicatos de classe, grupos de interesse, associações profissionais, imprensa, frequentemente chamada de quarto poder, e outras. Nos regimes totalitários,a existência de um partido único no poder diminui as chances de participação da sociedade nos assuntos políticos nacionais.
Nas organizações existem variados interesses, o que dá origem aos conflitos, e o poder é, de certa forma, uma forma de resolver a situação, pois quem tem mais poder tem mais influência. E é com base nestes, e noutros aspectos que o autor compara as organizações a sistemas políticos.
No início do capítulo, o autor dá um exemplo sobre um operário, pois este está em conflito com os seus direitos como cidadão e os seus deveres como empregado, e o motivo deste conflito são o autoritarismo e exigência do seu patrão.
E com este exemplo, Morgan convida-nos a compreender as organizações como sistemas políticos, dado que essa situação é um indicador da “autoridade, poder e relações superior-subordinado”.
Contudo, nas organizações existem vários conflitos, devido aos diferentes interesses, e como já referido, é o poder que comanda a situação, mas Morgan refere os sistemas de forma de governo, em que utiliza termos como : Autocracia, burocracia, tecnocracia e democracia. Usando estes termos para definir “a natureza de uma organização” 1996, p. 148, estabelece-se uma relação de semelhança entre organizações e sistemas políticos.
Cada uma das formas de governo tem regras próprias, sendo que a autocracia tem por base o poder absoluto e ditatorial (“vamos fazer desta forma”); aburocracia fundamentada na instituição de um aparato legal/racional de regras escritas (“espera-se que façamos desta maneira”); na tecnocracia dão mais valor ao conhecimento e especialização técnica (“a melhor maneira de fazer isto é desta forma”); no regime de co-gestão, as partes interagem na formação de consensos e coalizões e a democracia em que é o povo que tem o poder, através de representantes (“como vamos fazer isto?”). (Morgan, 1996, p. 153)
É através da relação e divergência entre interesses, conflitos e poder, que Morgan consegue uma maneira de descrever a organização como um sistema político.
Segundo a sua explicação, existem várias maneiras para definir e analisar os interesses de um indivíduo na organização, e uma dessas formas pode ser concebida em termos de “três domínios interligados e relativos a tarefas, carreira e vida pessoal” (Morgan, 1996, p. 153):
· Interesses da tarefa – funções e desempenhar pelo trabalhador, contudo as ambições deste para o futuro constituem
· Interesses de carreira – que podem não ser relacionados com as funções que desempenha;
· Interesses extra-muro (vida pessoal) – as crenças, valores, atitudes de uma pessoa influenciam a maneira de agir quanto ao cargo ocupado como para a carreia.
Após a exposição destes argumentos, Morgan exemplifica a situação de divergência entre estes 3 tipos de interesses, pois tanto podem se relacionar como se manterem separados, mas convêm encontrar um equilíbrio, repensando as suas “prioridades”.Contudo a forma como cada pessoa se orienta varia, origina comportamentos distintos.
Morgan defende que a política estimula a ver as organizações como forma de as pessoas (com diferentes interesses) se juntarem em função de uma oportunidade.
Por isso a política e a coalizão, são um aspecto importante da organização, pois as pessoas precisam de se entenderem, aliarem e cooperarem em relação a diversos assuntos, para conseguirem exercer as suas funções de uma forma proveitosa.
Morgan ainda defende, tal como o sociólogo Tom Burns, que organizações são sistemas contraditórios de cooperação/competição nos quais “as pessoas devem colaborar na busca de uma tarefa comum, embora sejam frequentemente colocadas uma em oposição a outra, competindo por recursos limitados, status e promoção na carreira.” (Morgan, 1996, p.. 160).
È através da utilização do poder que os conflitos de interesses são resolvidos, dado que “o poder influencia quem consegue o quê, quando e como”. (Morgan, 1996, p. 163).
Apesar da necessidade de reconheceram a importância do poder, ainda não há nenhuma definição “clara e consciente”, pois enquanto para uns é um recurso, para outros é como uma relação de depêndencia\dominaçao. Contudo, Morgan opta pela definição de Robert Dahl: poder seria a capacidade de influenciar de pessoas a tomarem atitudes que normalmente não tomariam (Morgan, 1996, p.163).
Através do quadro 6.2 (Morgan, 1996, p. 164), podemos observar as fontes de poder nas organizações, que fazem com que “possam” influenciar quem quiserem, desde que não tenham um poder igualitário.
Conclusão
Concluímos este estudo, entendo que da classificação inicialmente proposta (sociológica, política e jurídica), assumimos nossa preferência pela concepção normativa de constituição, que se aproximaria mais da concepção jurídica. Mas, não poderíamos deixar de esclarecer que a Constituição de um Estado não deve ser vista apenas por uma única concepção, e sim por uma "junção" de todas elas, e nesse ponto devemos considerar que a concepção, ou o sentido que melhor compreende o conceito de constituição, é o sentido ou concepção cultural , que reflete numa união (conexão) de todos os sentidos vistos anteriormente.
Reconhecemos a supremacia da Constituição quando comparada às demais leis, estando no ápice da pirâmide, servindo de legitimação para todo o Ordenamento Jurídico. Concordamos com o entendimento defendido pelo professor Dirley da Cunha Júnior, em seu livro, ao afirmar que: "Devemos, porém, confessar que a concepção de Constituição como fato cultural é a melhor que desponta na teoria da constituição, pois tem a virtude de explorar o texto constitucional em todas as suas potencialidades e aspectos relevantes, reunindo em si todas as concepções - a sociológica, a política e a jurídica - em face das quais se faz possível compreender o fenômeno constitucional. Assim, um conceito de Constituição” constitucionalmente adequado “deve partir da sua compreensão como um sistema aberto de normas em correlação com os fatos sociopolíticos, ou seja, como uma conexão das várias concepções desenvolvidas no item anterior, de tal modo que importe em reconhecer uma interação necessária entre a Constituição e a realidade a ela subjacente, indispensável à força normativa", (trecho retirado do livro - Curso de direito constitucional - Dirley da Cunha Júnior, página 85 e 86).
Concordando com esse mesmo entendimento, podemos citar à grande influência de Konrad Hesse, o qual afirma, rebatendo em algumas partes a tese de Lassalle, diz que ainda que algumas vezes a constituição escrita possa sucumbir à realidade (tese de Lassalle), esta constituição possui uma força normativa capaz de conformar a realidade, para isso basta que exista vontade de constituição e não apenas vontade de poder. Podemos afirmar que a Constituição Brasileira de 1988 tem sido considerada como uma Constituição normativa, lembrando que depende de toda a sociedade atuar, reivindicando a efetividade desta constituição. 
O Conceito IDEAL de constituição, para J. J. GOMES CANOTILHO, é o conceito a partir de um conceito cultural da constituição, devendo: "(i) consagrar um sistema de garantia da liberdade (esta essencialmente concebida no sentido do reconhecimento dos direitos individuais e da participação do cidadão nos atos do poder legislativo através dos Parlamentos); (ii) a constituição o contém o princípio da divisão de poderes, no sentido de garantia orgânica contra os abusos dos poderes estaduais; (iii) a constituição o deve ser escrita”. (J. J. GOMES CANOTILHO - Direito Constitucional p. 62-63.).

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