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PAGE 1 UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CRISTIANO KIEWEL EDUARDO DORSCHEIDT NICHOLAS STEIN PROJETO EXECUTIVO Lote D SÃO LEOPOLDO 2015 CRISTIANO KIEWEL EDUARDO DORSCHEIDT NICHOLAS STEIN PROJETO EXECUTIVO Lote D Projeto executivo realizado pelo lote D, referente à disciplina de Projeto de Infraestrutura de Transportes, pelo Curso de Engenharia Civil da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS Professor: Dr. Rodrigo Malysz São Leopoldo 2015 LISTA DE FIGURAS 22Figura 1 – Diagrama linear das fontes de materiais 24Figura 2 – Desenvolvimento do projeto 36Figura 3 - Dados utilizados para o projeto de drenagem 37Figura 4 – Desenvolvimento dos cálculos 38Figura 5 – Localização do bueiro (ponto mais baixo do lote) 39Figura 6 – Dados para o projeto de pavimentação 40Figura 7 – Desenvolvimento do método 40Figura 8 – Croquis das camadas do pavimento de projeto LISTA DE TABELAS 8Tabela 1 - Tipos de Rodovia 8Tabela 2 - Tipos de Rodovia 8Tabela 3 – Velocidade de Projeto 9Tabela 4 – Rampa máxima 9Tabela 5 – Largura da faixa de rolamento 10Tabela 6 – Largura dos acostamentos externos 11Tabela 7 – Relação de corte/aterro por estaca 13Tabela 8 – Contagem de veículos 14Tabela 9 – Contagem por eixo 15Tabela 10 – Coeficientes para cálculo de fator de carga 16Tabela 11 – Fator de carga 16Tabela 12 – Porcentagem de veículos por eixo 17Tabela 13 – Fator climático regional 19Tabela 14 – Dados para cálculo do Índice de Suporte Califórnia 20Tabela 15 – Índice de Suporte Califórnia 20Tabela 16 – Fator de homogeneização 22Tabela 17 – Dados de ocorrência 23Tabela 18 – Planilha resumo do projeto de terraplenagem 41Tabela 19 – Lista de equipamentos orçados 42Tabela 20 – Lista de pessoal para ser contratado LISTA DE EQUAÇÕES 15Equação 1 – Cálculo do número N 15Equação 2 – Fator de carga 16Equação 3 – Fator de eixo 17Equação 4 – Fator climático regional 18Equação 5 – Índice de Suporte Califórnia SUMÁRIO 61. INTRODUÇÃO 71.1 Objetivos 71.3.1 Objetivo Geral 71.3.2 Objetivos Específicos 82. Estudos 102.1. Estudos Topográficos 102.1.1 Curvas de concordância dos alinhamentos verticais e horizontais 112.1.2 Planta, perfil longitudinal e seções transversais 112.1.3 Áreas de corte e aterro 132.2. Estudos de Tráfego 132.2.1 Contagens volumétricas e classificatórias 142.2.2 Cálculo do número N 172.3. Estudos Geotécnicos 182.3.1 Sondagens e Ensaios no Perfil Longitudinal 182.3.2 Índice de Suporte Califórnia 202.3.3 Fator de Homogeneização 213.3.4. Diagrama Linear de Fontes de Materiais 233. Projetos 233.1. Projeto Geométrico 233.2. Projeto de Terraplenagem 243.3. Projeto de Base e Sub-base Estabilizada Granulometricamente 243.3.1 Sub-base estabilizada granulometricamente 293.3.2 Base Estabilizada Granulometricamente 353.4. Projeto de Drenagem 383.5. Projeto de Pavimentação 414. Orçamento 445. Considerações Finais 456. Referências 1. INTRODUÇÃO Neste trabalho serão estudadas e especificadas todas as etapas do projeto de infraestrutura de transportes do Lote D, estudado pelos alunos de graduação em Engenharia Civil pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, Cristiano Kiewel, Eduardo Dorscheidt e Nicholas Stein. O referido projeto é dividido em quatro etapas, as quais são: - Relatório de Andamento: possui a função de introduzir o trabalho, fornecido dos dados e informações necessárias para o início do projeto; - Relatório Preliminar: com uso de ferramentas topográficas, nesse relatório é desenvolvido o projeto geométrico inicial. Ele também analisa o estudo de tráfego e as características do solo da região; - Projeto Básico: consiste, basicamente, na caracterização de fatores fundamentais para o projeto final de infraestrutura de transportes, como a drenagem, a terraplenagem e o tipo de pavimentação; - Projeto Executivo: etapa final do projeto, onde deverão ser contempladas todas as informações demandadas para a realização da obra em questão. Da mesma forma, deve constar o orçamento das fases de execução do projeto. No estudo realizado especificamente para o Lote D, serão empregadas as técnicas de sub-base e base estabilizadas granulometricamente e execução sob solos moles. 1.1 Objetivos 1.3.1 Objetivo Geral Elaboração de projeto de infraestrutura de transportes para o lote D. 1.3.2 Objetivos Específicos a) projetar as curvas de concordância dos alinhamentos verticais e horizontais do projeto representando graficamente os resultados obtidos em planta; b) apresentar áreas de corte e aterro para cada estaca; c) calcular o número N; d) representar as sondagens e os resultados de ensaios estabelecendo o Índice Suporte Califórnia de projeto; e) calcular o fator de homogeneização; f) estabelecer fontes de materiais; g) detalhar o projeto para o tema Sub-base e base estabilizada granulometricamente; h) apresentar orçamento simplificado. . 2. Estudos Tabela 1 - Tipos de Rodovia Tipo de rodovia Relevo Plano Ondulado Montanhoso Via expressa B B C Via arterial B B C Via coletora C C D Via Local D D D Tipo de rodovia: Via arterial, B. Tabela 2 - Tipos de Rodovia Sistema Classes funcionais Classes de projeto Arterial Principal Classes 0 e I Primário Classe I Secundário Classes I e II Coletor Primário Classes II e III Secundário Classes III e IV Local Local Classes III e IV Classe de projeto: Via arterial, primário Classe I. Tabela 3 – Velocidade de Projeto Classes de projeto Características Critério de classificação técnica Velocidade de projeto (Km/h) Plano Ondulado Montanhoso 0 Via expressa (controle total de acessos) Decisão administrativa 120 100 80 I A Pista dupla (controle parcial de acessos) O projeto de pista simples resultaria em níveis de serviço inferiores ao aceitável 100 80 60 B Pista simples Volume de tráfego projetado: > 200 vph ou >1400 vpd II Pista simples Volume de tráfego projetado: 700 vpd a 1400 vpd 100 70 50 III Pista simples Volume de tráfego projetado: 300 vpd a 700 vpd 80 60 40 IV A Pista simples Volume de tráfego projetado: 50 vpd a 200 vpd 60 40 30 B Pista simples Tráfego na data da abertura: > 50 vpd Velocidade de projeto: Classe IB, Pista simples, 80 Km/h. Tabela 4 – Rampa máxima Classes de projeto Rampa máxima (%) Plano Ondulado Montanhoso 0 3 4 5 I 3 4,5 6 II 3 5 6 III 3 5 a 6 6 a 7 IV 3 5 a 7 6 a 9 Rampa máxima: Classe I, ondulada, rampa máxima 4,5%. Tabela 5 – Largura da faixa de rolamento Classes de projeto Largura da faixa de rolamento Plano Ondulado Montanhoso 0 3,60 3,60 3,60 I 3,60 3,60 3,50 II 3,60 3,50 3,30 III 3,50 3,30 3,30 IV-A 3,00 3,00 3,00 IV-B 2,50 2,50 2,50 Largura da faixa de rolamento: Classe I, com 3,60 metros. No projeto foi utilizado o default do DataGeosis que é 3,50 metros. Tabela 6 – Largura dos acostamentos externos Classes de projeto Largura dos acostamentos externos Plano Ondulado Montanhoso 0 3,00 3,00 3,00 I 3,00 2,50 2,50 II 2,50 2,50 2,00 III 2,50 2,00 1,50 IV-A 1,30 1,30 0,80 IV-B 1,00 1,00 0,50 Largura dos acostamentos externos: Classe I com 2,50 metros. 2.1. Estudos Topográficos Os estudos topográficos são de suma importância para o desenvolvimento dos projetos de rodovias, pois ele dará subsídio a praticamente todos os outros projetos que compõem um projeto de rodovia. Através do levantamento planialtimétrico o projetista terá condições de verificar o tipo de relevo existente, o que irá influenciar diretamente na escolha do traçado da rodovia e nas outras definições do projeto, como velocidade e as rampas máximas. 2.1.1 Curvas de concordância dos alinhamentos verticais e horizontais As curvas de concordância horizontal utilizadas foram projetadas respeitando o raio mínimo necessário para pprojeto, sendo adotados para as curvas um raio de 200 metros. Para as curvas de concordância vertical também foram respeitados os comprimentos mínimos. O valor adotado em uma das curvas foi de 101,15 metros e na outra 60,47 metros. As curvas forma numeradas conforme o estaqueamento da rodovia. 2.1.2 Planta, perfil longitudinal e seções transversais Informações referentes ao traçado da rodovia estão representadas nas plantas do projeto geométrico, do perfil longitudinal e dos perfis transversais encontrados no anexo. Foram usadas nas plantas do projeto geométrico e perfil longitudinal a escala de 1:2000, usual em projetos de rodovias. As plantas dos perfis transversais foram feitas na escala 1:200. 2.1.3 Áreas de corte e aterro Tabela 7 – Relação de corte/aterro por estaca Relação de Corte/Aterro por estaca Lote D Estaca Área corte (m²) Volume Corte (m³) Área Aterro (m²) Volume Aterro (m³) 0 3.838 0 2.793 0 1 2.001 58.388 4.879 76.720 2 0,888 28.889 6.936 118.153 3 0,284 11.717 8.682 156.177 4 0 2.836 9.723 184.041 5 0 0 9.849 195.720 6 0 0 8.630 184.793 7 0 0 6.289 149.194 8 0 0 3.884 101.737 9 0,052 0,523 1.225 51.096 10 2.490 25.424 0 12.254 11 7.463 99.533 0 0 12 15.616 230.796 0 0 13 23.334 389.503 0 0 14 28.013 513.472 0 0 15 29.650 576.636 0 0 16 29.808 594.583 0 0 17 30.296 601.038 0 0 18 31.449 617.451 0 0 19 32.829 642.783 0 0 20 35.928 687.569 0 0 20 + 6,100 36.805 219.159 0 0 21 39.290 522.761 0 0 22 43.310 825.999 0 0 23 47.270 905.805 0 0 24 51.498 987.465 0 0 25 53.820 1.053.184 0 0 26 55.052 1.088.728 0 0 27 55.152 1.102.040 0 0 28 54.271 1.094.227 0 0 29 52.665 1.069.360 0 0 30 50.378 1.030.433 0 0 31 47.415 977.939 0 0 32 43.753 911.982 0 0 33 39.361 831.139 0 0 34 34.706 740.667 0 0 35 29.596 643.018 0 0 36 24.073 536.693 0 0 37 17.793 418.664 0 0 38 11.338 291.309 0 0 39 5.962 172.998 2.660 31.157 40 2.347 83.095 6.755 94.147 41 0,478 28.258 13.588 203.427 42 0 4.784 23.239 368.293 43 0 0 34.502 577.410 44 0 0 52.713 872.157 45 0 0 72.693 1.254.065 46 0 0 95.374 1.680.673 47 0 0 114.903 2.103.772 48 0 0 124.998 2.399.008 49 0 0 121.447 2.464.447 50 0 0 104.365 2.258.123 51 0 0 74.817 1.791.826 52 0 0 37.725 1.125.418 53 1.285 12.847 10.279 480.037 53 +4,864 3.469 6.249 6.545 49.998 53 + 5,561 3.889 0,895 6.208 7.165 54 13.518 106.868 1.252 83.247 55 24.791 383.089 0,450 17.019 56 28.702 534.926 0 4.502 57 24.836 535.378 0 0 58 23.387 482.235 0 0 59 23.584 469.718 0 0 60 24.386 479.710 0 0 61 24.765 491.510 0 0 62 24.298 490.621 0 0 63 22.647 469.448 0 0 64 19.464 421.113 0 0 65 14.719 341.827 0 0 66 9.243 239.620 0 0 67 3.656 128.996 0,292 2.916 67 + 9,354 3.058 31.403 1.855 10.039 Total 1.362.267 26.245.883 968.808 19.108.731 2.2. Estudos de Tráfego A quantidade e o tipo de veículos que trafegam nas vias definem uma série de parâmetros de projeto. O conhecimento destas características é obtido por meio dos estudos de tráfego, que devem ser planejados de acordo com as necessidades específicas. No caso dos projetos de pavimentação o objetivo é determinar o número de passagens equivalentes ao eixo padrão, também conhecido como “número N”, para que se possa dimensionar a estrutura dos pavimentos. A estimativa do tráfego é fundamental para diversos projetos da área de infraestrutura. 2.2.1 Contagens volumétricas e classificatórias As contagens volumétricas e classificatórias são pesquisas detalhadas que visam caracterizar detalhadamente o tráfego da via. A passagem dos veículos é registrada por tipo, identificando, entre outros, o número de eixos e se o veículo é articulado ou não. Esta pesquisa é fundamental para o cálculo do número N em conjunto com outros parâmetros. As contagens foram feitas em um período de 15 minutos, das 14h 15 min às 14h 30min e posteriormente extrapolados para uma contagem de 24 horas com fatores pré-definidos, conforme a tabela abaixo: Tabela 8 – Contagem de veículos Hora Porcentagem dos veículos Contagem 00-01 1,92 105 01-02 1,57 86 02-03 0,91 49 03-04 0,71 39 04-05 0,82 45 05-06 1,54 84 06-07 2,85 156 07-08 5,04 275 08-09 5,13 280 09-10 5,52 301 10-11 5,47 298 11-12 5,55 303 12-13 4,94 270 13-14 4,79 261 14-15 5,28 288 15-16 5,79 316 16-17 5,84 318 17-18 6,46 353 18-19 6,93 378 19-20 6,58 359 20-21 5,88 321 21-22 4,18 228 22-23 3,28 179 23-24 3,01 164 Soma 100 5455 Tabela 9 – Contagem por eixo Contagem por eixo Tipo Contagem Por dia 2C 31 2349 2C(20) 5 379 3C 13 985 2S3 4 303 3C3 1 76 3S3 14 1061 2C 4 303 O fator de correção para o lote D foi de 0,1. 2.2.2 Cálculo do número N O dimensionamento de pavimentos asfálticos é diretamente influenciado pelas características do tráfego pesado estimado para a rodovia. Como os veículos possuem diferentes características, cada veículo registrado nas pesquisas é convertido em número de passagens de um eixo padronizado, conhecido como eixo padrão e definido como um eixo simples de rodas duplas, carregado com 8,2 tf. O número N é o número de passagens equivalentes ao eixo padrão e é calculado conforme a Equação a seguir: Equação 1 – Cálculo do número N 𝑁=365 𝑥 𝑃 𝑥 𝑉𝑚 𝑥 𝐹𝐶 𝑥 𝐹𝐸 𝑥 𝐹𝑅 Onde: · N é o número de passagens equivalentes ao eixo padrão; · P é o período de projeto; · Período definido de 15 anos · Vm é o volume médio diário do tráfego; · Volume médio diário calculado de 7365 · FC é o fator de carga; · FE é o fator de eixo; · FR é o fator climático regional Equação 2 – Fator de carga Onde: · FC é o fator de carga; · P é o peso dos veículos na balança (tf); · K1 e k2 são as constantes da equação. Tabela 10 – Coeficientes para cálculo de fator de carga Fator de Carga Tipos de eixo Faixas de carga Equações (P em tf) Dianteiro simples e traseiro simples 0 – 8 ≥ 8 Tandem duplo 0 – 11 ≥ 11 Tandem triplo 0 – 18 ≥ 18 Eixo simples rodas simples - Eixo simples rodas duplas - Eixo tandem duplo - Eixo tandem triplo - Tabela 11 – Fator de carga Porcentagem por eixo EDS ETS ETD ETT Média Tipo Contagem 2C 2349 0,277914 3,28946651 1,78369 2C(20) 379 0,277914 3,28946651 1,78369 3C 985 0,277914 8,548802 4,413358 2S3 303 0,277914 9,299809 4,788861 3C3 76 0,277914 6,578934 17,0976 4,79089 3S3 1061 0,277914 8,548802 9,299809 6,042175 2C(16) 303 0,277914 3,28946651 1,78369 FC 3,626622 Equação 3 – Fator de eixo Onde: · FE é o fator de eixo; · P2 é a porcentagem de veículos de 2 eixos; · P3 é a porcentagem de veículos de 3 eixos; · Pn é a porcentagem de veículos de n eixos; · P2 + P3 + ... + Pn = 100%. Tabela 12 – Porcentagem de veículos por eixo Nº Eixos Nº Veículos % 2 4319 79,18 3 1061 19,45 4 76 1,39 TOTAL 5455 100 O fator de eixo resultou em 2,22. Equação 4 – Fator climático regional Onde: · FR é o fator climático regional; · ms é o número de meses de seca no ano; · mc é o número de meses de chuva no ano; · ms é o número de meses de clima temperado no ano; · FRs é o fator climático para os meses de seca; · FRc é o fator climático para os meses de chuva; · FRt é o fator climático para os meses de clima temperado. Tabela 13 – Fator climático regional Altura média da chuva (mm) Fator climático regional Até 800 0,7 De 800 a 1500 1,4 Mais de 1500 1,8 Fator climático adotado para a cidade de Santa Cruz do Sul – 1,8. N=365x10x736,425x3,62x2,22x1,8 N = 1,95x107 2.3. Estudos Geotécnicos Os estudos geotécnicostêm como objetivo a obtenção dos dados que caracterizam a rodovia de projeto. Estes dados tornarão possível a elaboração de projetos como os de terraplenagem, métodos construtivos, equipamentos que deverão ser utilizados, entre outros. Conhecendo as capacidades de suporte de tensões do solo onde será implantada a rodovia, será possível executar o dimensionamento das espessuras de cada elemento que compõe o pavimento como um todo. 2.3.1 Sondagens e Ensaios no Perfil Longitudinal Em um projeto de infraestrutura rodoviária, o plano de sondagens deve ser elaborado conforme as recomendações vigentes em norma. Na fase de projeto básico, as sondagens devem ser programadas com intervalo máximo de 500 m e profundidade de 1,0 m abaixo do greide do projeto geométrico. No entanto deve-se observar a necessidade de pelo menos uma sondagem por corte. Também, devem ser previstos furos nos pontos baixos, com o objetivo de verificar a profundidade da rocha, indícios da presença de solos moles, etc. Os solos amostrados devem ser submetidos a ensaios de caracterização, o que permite uma análise preliminar e um plano de detalhamento das sondagens para o projeto executivo. No projeto retratado neste documento, foram previstas sondagens em todas estacas que estão em corte, conforme demonstrado na planta do perfil longitudinal do traçado da rodovia. 2.3.2 Índice de Suporte Califórnia O ensaio consiste na determinação da relação entre a pressão necessária para produzir uma penetração de um pistão num corpo de prova de solo, e a pressão necessária para produzir a mesma penetração numa mistura padrão de brita estabilizada granulometricamente. Essa relação é expressa em porcentagem. O ensaio pode ser realizado de duas formas: moldando um corpo de prova com teor de umidade próximo ao ótimo (determinado previamente em ensaio de compactação), ou moldando corpos de prova para o ensaio de compactação (em teores de umidade crescentes), com posterior ensaio de penetração desses mesmos corpos de prova, obtendo simultaneamente os parâmetros de compactação e os valores de ISC. Equação 5 – Índice de Suporte Califórnia Tabela 14 – Dados para cálculo do Índice de Suporte Califórnia Dados para o ISC Ensaio Estaca CBR 1 10 21 2 11 9 3 12 31 4 13 17 5 14 17 6 15 16 7 16 - 8 17 17 9 18 5 10 19 20 11 20 9 12 21 17 13 22 4 14 23 4 15 24 21 16 25 8 17 26 14 18 27 9 19 28 11 20 29 9 21 30 3 22 31 18 23 32 5 24 33 3 25 34 11 26 35 3 27 36 9 28 37 7 29 38 21 30 39 9 31 54 11 32 55 9 33 56 3 34 57 18 35 58 5 36 59 3 37 60 11 38 61 3 39 62 9 40 63 7 41 64 21 42 65 9 43 66 11 44 67 9 Tabela 15 – Índice de Suporte Califórnia Nº de Amostras 44 Média 10,8247 Desvio Padrão 6,6358 ICS 5,02 2.3.3 Fator de Homogeneização O fator de homogeneização é um valor que é obtido a partir de diversos dados e considerações a respeito do solo em estudo, esse fator numérico representa a relação entre as densidades e volumes de corte e de aterro. O método utilizado foi com frasco de areia. O cálculo da densidade in situ é realizado a partir de uma comparação entre o peso do solo local com o peso de uma areia padronizada. A implantação de uma rodovia se dá pela execução de cortes e aterros, conforme as definições do projeto de terraplenagem. Nos cortes o solo encontra-se na densidade natural. Por outro lado, os aterros são executados compactando os solos na umidade ótima. Sendo assim, o volume de solo retirado do corte não é suficiente para executar o mesmo volume de aterro, dada as diferenças de densidade. O fator de homogeneização permite estabelecer a relação entre os volumes cortados e os volumes compactados nos aterros. Tabela 16 – Fator de homogeneização Estaca / Posição Operador Hamilton Folha n° 1 EIXO ESTACA 13 EIXO ESTACA 16 EIXO ESTACA 18 EIXO ESTACA 22 EIXO ESTACA 30 EIXO ESTACA 32 EIXO ESTACA 35 Peso do Frasco antes 7.000 7.000 7.000 7.000 7.000 7.000 7.000 Peso do Frasco depois 4.850 5.100 5.050 5.000 5.160 4.590 4.610 Peso da areia deslocada 2.150 1.900 1.950 2.000 1.840 2.410 2.390 Peso da areia no cone 473 473 473 473 473 473 473 Peso da areia no furo 1.677 1.427 1.477 1.527 1.367 1.937 1.917 Densidade da areia 1.320 1.320 1.320 1.320 1.320 1.320 1.320 VOLUME DO FURO 1,270 1,081 1,119 1,157 1,036 1,467 1,452 UMIDADE DE CAMPO - Nª de lata - - - - - - - Cápsula nª - - - - - - - - - - - - - - C + S + A - - - - - - - - - - - - - - C + S - - - - - - - - - - - - - - A - Água - - - - - - - - - - - - - - C - Cápsula - - - - - - - - - - - - - - S - Solo - - - - - - - - - - - - - - Umidade 3% - 5% - 7% - 9% - 7% - 5% - 7% - UMIDADE MÉDIA - - - - - - - Peso material do furo-total 1.900 1.560 1.550 1.440 1.460 2.110 2.125 Peso material retido pen. Nª4 - - - - - - - Peso material pass. Pen Nª4 - - - - - - - % material retido pen. Nª4 - - - - - - - Densidade úmida 1.495,53 1.443,03 1.385,24 1.244,79 1.409,80 1.437,89 1.463,22 DENSIDADE APAR. DO SOLO SECO 1446,35 1370,40 1293,41 1140,97 1316,34 1365,52 1366,22 DENSIDADE APAR. MÁXIMA - - - - - - - GRAU DE COMPACTAÇÃO 72,3 - 73,3 65,6 79,9 77,4 88,5 Profundidade do furo 0.20 0.20 0.20 0.20 0.20 0.20 0.20 Data - - - - - - - Hót. 11,0 - 15,1 14,0 14,6 15,2 22,4 Dmáx 2000 - 1764 1740 1648 1765 1543 Fh Fator de homogeneização 1,452 - 1,432 1,601 1,315 1,357 1,186 1,395 Fator de Homogeneização – 1,395 3.3.4. Diagrama Linear de Fontes de Materiais Um ponto fundamental para um projeto de infraestrutura de transportes, é a logística que deverá ser empregada para a obtenção dos materiais de construção. A qualidade dos materiais encontrados na região influencia fortemente no dimensionamento das estruturas dos pavimentos e a localização, por sua vez, influencia nas distâncias de transporte dos materiais, ambos refletindo no orçamento dos serviços. Como as fontes de materiais de construção tem influência direta no preço das obras, uma boa investigação se reflete em economia. De forma geral, um maior esforço na identificação e caracterização destes locais permite que se escolha os locais e materiais mais adequados para cada caso, levando em consideração as investigações que devem ser realizadas para cada tipo de material, tendo como referência, editais de projetos de obras de infraestrutura. Tabela 17 – Dados de ocorrência Botafora Jazida A Jazida B Pedreira Areal Estaca de acesso 16 12 12 0 0 Distância morta (km) 1,2 5,4 0,8 1,5 15 Figura 1 – Diagrama linear das fontes de materiais Fonte: Autoria própria. 3. Projetos 3.1. Projeto Geométrico 3.2. Projeto de Terraplenagem O projeto de terraplenagem foi realizado segundo o método do Diagrama de Brückner, o qual relaciona estaqueamento e volume acumulado. Utilizando-se deste método, é possível obter, entre outras informações, os momentos de transporte, a distância média de transporte e o volume compensado. Na Tabela 18 (abaixo), estão evidenciados os resultados encontrados no projeto, e, na Figura 3, está o desenvolvimento do projeto. Tabela 18 – Planilha resumo do projeto de terraplenagem PLANILHA RESUMO Momentos de transporte M1 = 40,41 m³.km M2 = 37,25 m³.km Distância média de transporte DMT = 221 m Volume compensado Vol. Compensado = 313,16 m³ Volume de empréstimo 325,2 m³ Fonte: Autoria própria. Fonte: Autoria própria. 3.3. Projeto de Base e Sub-base Estabilizada Granulometricamente3.3.1 Sub-base estabilizada granulometricamente A especificação de serviço que regulamenta as questões relativas à sub-base estabilizada granulometricamente é a DNIT 139/2010-ES. Definição Camada de pavimentação, complementar à base e com as mesmas funções desta, executada sobre o subleito ou reforço do subleito, devidamente compactado e regularizado. Condições gerais Não devem ser executados em dias de chuva O executante deve proteger os serviços e materiais contra a ação das águas pluviais, trafego e outros agentes. Condições específicas Materiais Apesar do nome dado à especificação, não são propostas faixas granulométricas a serem respeitadas. No entanto, os solos devem ser necessariamente granulares e apresentar índice de grupo igual a zero. Os materiais a serem utilizados devem apresentar ISC igual ou superior a 20% e expansão menor ou igual a 1% segundo os métodos DNER-ME 129/94 e DNER-ME 049/94. As partículas retidas na peneira nº 10 devem ser constituídas por partículas duras, duráveis e isentas de matéria orgânica. No caso de uso de solos lateríticos, admite-se índice de grupo diferente de zero e expansão maior do que 1%, desde que o ensaio de expansibilidade, segundo o método DNER-ME 029/94, resulte em valor inferior a 10%. O solo da jazida J-01D pode ser usado para a sub-base pois o ISC é maior que 39% com uma expansões de 0,1% ou até mesmo 0. Sua classificação HRB é de um solo excelente a bom para sub-leito. Equipamentos São indicados os seguintes equipamentos para a execução da sub-base: a) motoniveladora pesada, com escarificador; b) carro tanque distribuidor de água; c) rolos compactadores autopropulsados tipos pé-de-carneiro, liso-vibratórios e pneumáticos; d) grade de discos e/ou pulvimisturador; e) tratores de pneus; f) pá-carregadeira; g) arados de disco; h) central de mistura; i) sapos mecânicos ou rolos vibratórios portáteis Execução A execução da sub-base compreende as operações de mistura e pulverização, umedecimento ou secagem dos materiais em central de mistura ou na pista, seguidas de espalhamento, compactação e acabamento, realizadas na pista devidamente preparada, na largura desejada, nas quantidades que permitam, após a compactação, atingir a espessura projetada. No caso de utilização de misturas de materiais devem ser obedecidos os seguintes procedimentos: - Mistura prévia – Executada preferencialmente em centrais de misturas próprias para este fim. Caso as quantidades a serem executadas não justifiquem a instalação de central de mistura, a mesma pode ser feita com pá-carregadeira. No segundo caso, a medida-padrão pode ser a concha da pá carregadeira utilizada no carregamento do material. Para evitar erros na contagem do número de medidas-padrão dos materiais, recomenda-se que seja executada dosando-se um ciclo da mistura por vez. Após a mistura prévia, o material é transportado, por meio de caminhões basculantes, depositando-se sobre a pista em montes adequadamente espaçados. Segue-se com o espalhamento pela ação da motoniveladora. - Mistura na pista - A mistura na pista somente pode ser procedida quando na mesma for utilizado material da pista existente, ou quando as quantidades a serem executadas não justificarem a instalação de central de mistura. Inicialmente, deve ser distribuído na pista o material que entra na composição da mistura em maior quantidade. - Espalhamento - O material distribuído é homogeneizado mediante ação combinada de grade de discos e motoniveladora. No decorrer desta etapa, devem ser removidos materiais estranhos ou fragmentos de tamanho excessivo. Correção e homogeneização da umidade – A variação do teor de umidade admitido para o material para início da compactação é de menos 2 pontos percentuais até mais 1 ponto percentual da umidade ótima de compactação. A espessura da camada compactada não deve ser inferior a 10 cm nem superior a 20 cm. A espessura mínima de qualquer camada de sub-base deve ser de 10 cm, após a compactação. Nesta fase devem ser tomados os cuidados necessários para evitar a adição de material na fase de acabamento. Compactação – Na fase inicial da obra devem ser feitos segmentos experimentais para definir o processo adotados para a compactação. A compactação deve evoluir longitudinalmente, iniciando pelas bordas e cada passada deve cobrir metade da anterior. Nas partes inacessíveis aos rolos compressores assim como cabeceiras de pontes e viadutos, a compactação deve ser executada com rolos vibratórios portáteis ou sapos mecânicos. Acabamento - O acabamento deve ser executado pela ação conjunta de motoniveladora e de rolos de pneus e liso-vibratório. Abertura ao tráfego - A sub-base estabilizada granulometricamente não deve ser submetida à ação do tráfego. A extensão máxima a ser executada deve ser aquela para a qual pode ser efetuado de imediato o espalhamento do material da camada seguinte, de forma que a sub-base já liberada não fique exposta à ação de intempéries que possam prejudicar sua qualidade. Durante todos os processos deve ser observado o teor de umidade, corrigindo-o com emprego de emprego de carro-tanque distribuidor de água quando estiver abaixo do mínimo exigido. Condicionantes ambientais Objetivando a preservação ambiental, devem ser devidamente observadas e adotadas as soluções e os respectivos procedimentos específicos atinentes ao tema ambiental definidos e/ou instituídos no instrumental técnico-normativo pertinente vigente no DNIT, especialmente a Norma DNIT 070/2006-PRO, assim como as exigências dos órgão ambientais. Inspeções Controle dos insumos Os materiais utilizados na execução da sub-base devem ser rotineiramente examinados, através de ensaios: - Ensaios de caracterização do material espalhado pelos métodos DNER-ME 080/94, DNERME 082/94 e DNER/ME 122/94, sendo uma amostra por camada, para cada 200 m de pista, ou por jornada diária de trabalho. - Ensaios de compactação para o material coletado na pista pelo ensaio DNER-ME 129/94, com energia do Método B,em locais escolhidos aleatoriamente, sendo uma amostra por camada, para cada 200 m de pista, ou por jornada diária de trabalho. No caso da utilização de material britado ou mistura de solo e material britado, a energia de compactação de projeto pode ser modificada quanto ao número de golpes, de modo a se atingir o máximo da densificação determinada em trechos experimentais, em condições reais de trabalho no campo. Ensaios de Índice de Suporte Califórnia - ISC e expansão na energia de compactação para o material coletado na pista pelo método DNER-ME 049/94, a cada 400 m, em locais escolhidos aleatoriamente onde foram retiradas amostras para o ensaio de compactação Controle da execução O controle da execução da sub-base estabilizada granulometricamente deve ser exercido através de coleta de amostras, ensaios e determinações feitas de maneira aleatória, de acordo com o Plano de Amostragem Variável: Ensaio do fator de umidade do material, imediatamente antes da compactação, por camada, para cada 100 m de pista a ser compactada, em locais escolhidos aleatoriamente (métodos DNER-ME 052/94 ou DNER-ME088/94). Tolerância de até mais ou menos dois pontos percentuais em relação à umidade ótima. Ensaio de massa específica aparente seca “insitu” pelos métodos DNER-ME 092/94 ou DNER-ME 036/94, para cada 100 m de pista, por camada. Os cálculos de grau de compactação devem ser realizados utilizando-se os valores da massa específica aparente seca máxima obtida no laboratório e da massa específica aparente seca “in situ” obtida na pista. Não devem ser aceitos valores de grau de compactação inferiores a 100%. Verificação do produto Após a execução da sub-base deve-se proceder ao controle geométrico mediante a relocação e nivelamento do eixo e bordas, permitindo-se as seguintes tolerâncias: a) ± 10 cm, quanto à largura da plataforma; b) até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta; c) ± 10%, quanto à espessura da camada indicada no projeto. Critérios de medição Os serviços considerados conformesdevem ser medidos de acordo com os critérios estabelecidos no Edital de Licitação dos serviços. Na falta deles, os serviços são medidos considerando o volume efetivamente executado, sendo todos os serviços e materiais incluídos na composição do preço unitário. Nenhuma medição deve ser executada se não houver os resultados dos ensaios e determinações devidamente interpretados. 3.3.2 Base Estabilizada Granulometricamente A especificação de serviço que regulamenta as questões relativas à base estabilizada granulometricamente é a DNIT 141/2010 – ES. Definição Camada de pavimentação destinada a resistir aos esforços verticais oriundos dos veículos, distribuindo os adequadamente à camada subjacente, executada sobre a sub-base, subleito ou reforço do subleito devidamente com utilização do processo de estabilização granulométrica. Condições gerais Não devem ser executados em dias de chuva O executante deve proteger os serviços e materiais contra a ação das águas pluviais, trafego e outros agentes. Condições específicas Materiais Os materiais Os materiais são os mesmos já citados para a sub-base, no entanto, os requisitos para utilização destes materiais como base são muito mais rigorosos, conforme a especificação de serviço DNIT 141/2010-ES. Devem respeitar uma das faixas granulométricas especificadas de acordo com o número N de projeto. Além de atender à faixa granulométrica, o passante na peneira n° 200 não deve ser maior do que 2/3 do passante na peneira n° 40. Sendo assim, as misturas de materiais em usina são muito frequentes e raramente os materiais são utilizados in natura. O ISC na energia do Proctor modificado deve ser superior a 60% para N ≤ 5 . 106 e superior a 80% para N > 5 . 106, com expansão menor ou igual a 0,5%. O material passante na peneira n° 40 deve apresentar limite de liquidez menor ou igual a 25% e índice de plasticidade menor ou igual a 6%. Caso estes limites não sejam atendidos o equivalente de areia deverá ser maior do que 30% O material retido na peneira n° 10 deve ser constituído por partículas duras e resistentes com desgaste por abrasão Los Angeles menor ou igual a 55%.Devem possuir composição granulométrica satisfazendo a uma das faixas da Tabela 1 da especificação de serviço DNIT 141/2010-ES reproduzida na imagem abaixo: Fonte: DNIT 141/2010-ES Na pedreira disponível, não conseguimos uma composição para satisfazer as exigências de material. Equipamentos São indicados os seguintes equipamentos para a execução da sub-base: a) motoniveladora pesada, com escarificador:; b) carro tanque distribuidor de água; c) rolos compactadores tipo pé-de-carneiro, lisovibratório e pneumático; d) grade de discos e/ou pulvimisturador; e) pá-carregadeira; f) arado de disco; g) central de mistura; h) rolo vibratório portátil ou sapo mecânico. Execução A execução da sub-base compreende as operações de mistura e pulverização, umedecimento ou secagem dos materiais em central de mistura ou na pista, seguidas de espalhamento, compactação e acabamento, realizadas na pista devidamente preparada, na largura desejada, nas quantidades que permitam, após a compactação, atingir a espessura projetada. No caso de utilização de misturas de materiais devem ser obedecidos os seguintes procedimentos: - Mistura prévia – Executada preferencialmente em centrais de misturas próprias para este fim. Caso as quantidades a serem executadas não justifiquem a instalação de central de mistura, a mesma pode ser feita com pá-carregadeira. No segundo caso, a medida-padrão pode ser a concha da pá carregadeira utilizada no carregamento do material. Para evitar erros na contagem do número de medidas-padrão dos materiais, recomenda-se que seja executada dosando-se um ciclo da mistura por vez. Após a mistura prévia, o material é transportado, por meio de caminhões basculantes, depositando-se sobre a pista em montes adequadamente espaçados. Segue-se com o espalhamento pela ação da motoniveladora. - Mistura na pista - A mistura na pista somente pode ser procedida quando na mesma for utilizado material da pista existente, ou quando as quantidades a serem executadas não justificarem a instalação de central de mistura. Inicialmente, deve ser distribuído na pista o material que entra na composição da mistura em maior quantidade. - Espalhamento - O material distribuído é homogeneizado mediante ação combinada de grade de discos e motoniveladora. No decorrer desta etapa, devem ser removidos materiais estranhos ou fragmentos de tamanho excessivo. Correção e homogeneização da umidade – A variação do teor de umidade admitido para o material para início da compactação é de menos 2 pontos percentuais até mais 1 ponto percentual da umidade ótima de compactação. A espessura da camada compactada não deve ser inferior a 10 cm nem superior a 20 cm. A espessura mínima de qualquer camada de sub-base deve ser de 10 cm, após a compactação. Nesta fase devem ser tomados os cuidados necessários para evitar a adição de material na fase de acabamento. Compactação – Na fase inicial da obra devem ser feitos segmentos experimentais para definir o processo adotados para a compactação. A compactação deve evoluir longitudinalmente, iniciando pelas bordas e cada passada deve cobrir metade da anterior. Nas partes inacessíveis aos rolos compressores assim como cabeceiras de pontes e viadutos, a compactação deve ser executada com rolos vibratórios portáteis ou sapos mecânicos. Acabamento - O acabamento deve ser executado pela ação conjunta de motoniveladora e de rolos de pneus e liso-vibratório. Abertura ao tráfego - A base estabilizada granulometricamente não deve ser submetida à ação do tráfego, devendo ser imprimada imediatamente após a sua liberação pelos controles de execução, de forma que a base já liberada não fique exposta à ação de intempéries que possam prejudicar sua qualidade. Durante todos os processos deve ser observado o teor de umidade, corrigindo-o com emprego de emprego de carro-tanque distribuidor de água quando estiver abaixo do mínimo exigido. Condicionantes ambientais Objetivando a preservação ambiental, devem ser devidamente observadas e adotadas as soluções e os respectivos procedimentos específicos atinentes ao tema ambiental definidos e/ou instituídos no instrumental técnico-normativo pertinente vigente no DNIT, especialmente a Norma DNIT 070/2006-PRO, assim como as exigências dos órgão ambientais. Inspeções Controle dos insumos Os materiais utilizados na execução da sub-base devem ser rotineiramente examinados, através de ensaios: - Ensaios de caracterização do material espalhado pelos métodos DNER-ME 054/97, DNER-ME 080/94, DNERME 082/94 e DNER/ME 122/94, sendo uma amostra por camada, para cada 200 m de pista, ou por jornada diária de trabalho. - Ensaios de compactação para o material coletado na pista pelo ensaio DNER-ME 129/94, com energia do Método B,em locais escolhidos aleatoriamente, sendo uma amostra por camada, para cada 200 m de pista, ou por jornada diária de trabalho. No caso da utilização de material britado ou mistura de solo e material britado, a energia de compactação de projeto pode ser modificada quanto ao número de golpes, de modo a se atingir o máximo da densificação determinada em trechos experimentais, em condições reais de trabalho no campo. Ensaios de Índice de Suporte Califórnia - ISC e expansão na energia de compactação para o material coletado na pista pelo método DNER-ME 049/94, a cada 400 m, em locais escolhidos aleatoriamente onde foram retiradas amostras para o ensaio de compactação Controle da execução O controle da execução da sub-base estabilizada granulometricamente deve ser exercido através de coleta de amostras, ensaios e determinações feitas de maneira aleatória, de acordo com o Plano de Amostragem Variável: Ensaio do fator de umidade do material, imediatamente antes da compactação, por camada, para cada 100 m de pista a ser compactada, em locais escolhidos aleatoriamente (métodos DNER-ME 052/94 ou DNER-ME088/94). Tolerância de até mais ou menos dois pontos percentuaisem relação à umidade ótima. Ensaio de massa específica aparente seca “insitu” pelos métodos DNER-ME 092/94 ou DNER-ME 036/94, para cada 100 m de pista, por camada. Os cálculos de grau de compactação devem ser realizados utilizando-se os valores da massa específica aparente seca máxima obtida no laboratório e da massa específica aparente seca “in situ” obtida na pista. Não devem ser aceitos valores de grau de compactação inferiores a 100%. Verificação do produto Após a execução da sub-base deve-se proceder ao controle geométrico mediante a relocação e nivelamento do eixo e bordas, permitindo-se as seguintes tolerâncias: a) ± 10 cm, quanto à largura da plataforma; b) até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta; c) ± 10%, quanto à espessura da camada indicada no projeto. Critérios de medição Os serviços considerados conformes devem ser medidos de acordo com os critérios estabelecidos no Edital de Licitação dos serviços. Na falta deles, os serviços são medidos considerando o volume efetivamente executado, sendo todos os serviços e materiais incluídos na composição do preço unitário. Nenhuma medição deve ser executada se não houver os resultados dos ensaios e determinações devidamente interpretados. 3.4. Projeto de Drenagem O projeto de drenagem tem como finalidade a determinação das especificações dos elementos destinados ao escoamento das vazões da bacia de contribuição onde a rodovia estiver inserida. O projeto é constituído de cálculos que determinam elementos como bueiros, os quais dependem dos dados na região, sua topografia, características do solo e do clima. Os cálculos para a determinação do bueiro a se utilizar são informados nas Figuras 3 e 4. Na situação de projeto, o bueiro encontrado para o escoamento da vazão (18,44 m³/s) foi um bueiro duplo celular de concreto de 2 metros de largura e 2 metros de altura (BDCC – 2,0 x 2,0 m). Fonte: MALYSZ (2015) Fonte: Autoria própria. Na Figura 5, está indicada a posição do bueiro dentro do projeto geométrico. Figura 5 – Localização do bueiro (ponto mais baixo do lote) Fonte: Autoria própria. 3.5. Projeto de Pavimentação O projeto de pavimentação tem como função especificar as espessuras das camadas que compõem o pavimento flexível, utilizando-se de dados encontrados nos estudos de tráfego. O método adotado para este dimensionamento foi o Método do Murilo. O pavimento foi dimensionado para um número N igual a 2,0.107, foi considerado também um ISC para o subleito de 5% e, diante da presença de uma jazida com ISC = 14%, optou-se por adotar reforço de subleito com este solo selecionado. Figura 6 – Dados para o projeto de pavimentação Fonte: Autoria própria. Figura 7 – Desenvolvimento do método Fonte: Autoria própria. Segue abaixo (Figura 8) uma esquematização das camadas do pavimento flexível calculado: Figura 8 – Croquis das camadas do pavimento de projeto Fonte: Autoria própria. 4. Orçamento Tendo concluídos todos os projetos básicos (drenagem, terraplenagem e pavimentação) com seus respectivos dados e especificações, é possível realizar o orçamento da obra. As tabelas a seguir ilustram os equipamentos e pessoal necessários para a execução do projeto rodoviário. Tabela 19 – Lista de equipamentos orçados EQUIPAMENTOS DESCRIÇÃO QUANTIDADE MÍNIMA Caminhão basculante 40T 4 Caminhão basculante 5m³ 4 Tanque estoc. Asfalto 2 Vassoura mecânica rebocável 1 Retroescavadeira de pneus 1 Trator de esteiras c/lam 259kw 1 Motoniveladora (103 HP) 1 Trator de pneus 80 a 115 HP 1 Rolo de pé de carneiro 11,25t vibrat. 1 Carregadeira de pneus 3.3m³ (147kw) 1 Escavadeira hidráulica com esteira (200 kw) 1 Rolo tandem vibrat. 10,9T 1 Rolo compact. De pneus 25T 1 Trator agrícola 1 Distribuidor de agregados rebocável 1 Distribuídos de agregados autoprop 1 Caminhão distribuidor de asfalto 1 Caminhão tanque 10.000L 1 Cavalo mecânico dom reboque 29,5t 1 Compactador manual – soquete vibratório 1 Fonte: Autoria própria. Tabela 20 – Lista de pessoal para ser contratado MÃO-DE-OBRA FUNÇÃO QUANTIDADE DE PESSOAL Motorista de caminhão 20 Servente 10 Pedreiro 5 Encarregado 5 Carpinteiro 2 Armador 2 Topógrafo 2 Operador de equipamento especial 1 Pré-marcador 1 Encarregado de pavimentação 1 Encarregado de britagem 1 Soldador 1 Engenheiro residente 1 Gerente 1 Técnico administrativo 1 Auxiliar administrativo 1 Técnico de estradas 1 Auxiliar técnico 1 Laboratorista 1 Fonte: Autoria própria. Resumo do orçamento: SERVIÇO VALOR LIMPEZA DO TERRENO R$ 6,617.40 TERRAPLANAGEM R$ 302,128.48 SUB-BASE GRANULAR R$ 28,374.12 BASE GRANULAR R$ 113,302.80 IMPRIMAÇÃO R$ 36,901.63 PINTURA DE LIGAÇÃO R$ 10,672.41 REVESTIMENTO R$ 1,348,691.01 DEFENSA R$ 435,080.60 PLACAS R$ 2,139.10 BUEIROS R$ 4,316.01 MOBILIZAÇÃO DE PESSOAL R$ 408.90 MOBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS R$ 3,535.19 REFORÇO DE SUBLEITO R$ 60,531.46 TOTAL R$ 2,292,167.65 O orçamento descriminado está em anexo ao projeto executivo. 5. Considerações Finais Durante a disciplina foi elaborado um projeto de rodovia completo, desde a etapa de levantamento de dados e análise do fluxo de veículos até a elaboração de orçamentos e projetos específicos. Dentro os resultados obtidos, o que possivelmente tenha maior destaque é o levantamento do número N, fator primordial para a elaboração das camadas do pavimento, o valor encontrado foi de 2x107, indicando um movimento relativamente elevado de veículos de grande porte. Para a obtenção deste valor, foi considerado um VDM de 736,425, que, por sua vez, foi encontrado a partir de um fator de carga (FC) de 6,04, um fator climático regional (FR) de 1,8 e um fator de eixo (FE) de 2,22. Sobre as obras de movimentação de terra, o volume de corte encontrado foi de 26543,602 m³ (com uma área de 1556,757 m²) e o volume de aterro foi de 19279,344 m³ (com uma área de 962,830 m²). A razão destes dois volumes é igual a 1,37, algo muito próximo ao fator de homogeneização (FH) encontrado que foi de 1,395. A respeito dos projetos, o projeto de terraplenagem indicou uma distância média de transporte (DMT) de 221 metros, um volume compensado de 313,16 m³ e a necessidade de um empréstimo de 325,2 m³. O projeto de drenagem, por sua vez, revelou uma vazão (Q) de 18,44 m³/s, o respectivo bueiro para o seu escoamento deve ser um bueiro duplo celular de concreto de dois metros de altura por dois metros de largura (BDCC – 2,0x2,0). E, por fim, o projeto de pavimentação, que considerou todas as informações de tráfego encontradas no relatório preliminar. As camadas do pavimento foram: 10 cm de revestimento de concreto betuminoso, 15 cm (espessura mínima) de base granulométrica, 15 cm (também espessura mínima) de sub-base granulométrica e 32 cm de reforço de sub-leito (ISCref = 14% e ISCsubleito = 5%). O trecho projetado apresenta uma extensão de 1345 m sendo composto por duas faixas de rolamento com 3,5m de largura e acostamento de 2,5m de largura. 6. Referências DNIT/IPR 726/2006 – Diretrizes básicas para a elaboração de estudos e projetos rodoviários DNER-ME 092/94 – Determinação da massa específica aparente in situ, com emprego de frasco de areia DNIT/IPR 719/2006 – Manual de pavimentação DNER 667-22/1981 – Método de projeto de pavimentos flexíveis DNIT/IPR 736/2006 – Manual de estudos de tráfego DNIT 139/2010-ES - Pavimentação – Sub-base estabilizada granulometricamente - Especificação de serviço DNIT 141/2010-ES - Pavimentação – Base estabilizada granulometricamente Especificação de serviço MALYSZ, Rodrigo. Notas de aula da disciplina de Projeto de Infraestrutura de Transportes do curso de Engenharia Civil da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. São Leopoldo: UNISINOS, 2015. � � Figura � SEQ Figura \* ARABIC �2� – Desenvolvimento do projeto Figura 4 – Dados para o projeto dedrenagem Figura � SEQ Figura \* ARABIC �3� - Dados utilizados para o projeto de drenagem Figura 5 – Desenvolvimento dos cálculos Figura � SEQ Figura \* ARABIC �4� – Desenvolvimento dos cálculos
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