Buscar

Apostila - HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN unicesumar

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DESIGN 
 27
A arquitetura do palácio apresenta características 
importantes; a primeira delas se refere à organiza-
ção do espaço com salas que levam a imensos pátios, 
proporcionando luminosidades e ambientes abertos 
para descanso e jardins. Outro aspecto relevante é 
que o mesmo possuía, no mínimo, dois andares; es-
tima-se que fossem três ou quadro, o que pressupu-
nha distribuir colunas e escadas de forma adequada 
para dar sustentação ao prédio. 
Para Janson H. e Janson A. (1996), o palácio é 
um exemplar elaborado da arquitetura que também 
expressa a arte decorativa, muito utilizada, especial-
mente, em murais.
A pintura era empregada como decoração em 
grandes afrescos e murais decorativos. Os temas 
mais comuns envolvem atividades cotidianas e mes-
mo a vida marinha, visto que Creta era uma ilha. 
Observe alguns exemplos na Figura 15:
Figura 14 - Palácio de Cnossos 
Figura 15 - Murais decorativos do Palácio de Cnossos 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
28 
A pintura seguia alguns padrões. Ela tinha influên-
cia egípcia, pois aplicava alguns dos princípios da lei 
da frontalidade, a diferença aqui é que havia mais 
dinamicidade e cor nos afrescos. As cores mais uti-
lizadas eram o vermelho, azul e branco, assim como 
tons de ocre, azul e marrom (SANTOS, 2005). 
Além da pintura havia um intenso trabalho com 
metais e cerâmica. E, em termos de metais, havia 
larga fabricação de joias e pequenos adereços, assim 
como pequenas estátuas de bronze e ferro (COS-
GRAVE, 2012). Já a escultura se desenvolveu em pe-
quenos exemplares decorativos, e havia uma grande 
representação de mulheres. Essa civilização ainda é 
um mistério, mas podemos observar seu desenvolvi-
mento pelos afrescos e pintura. 
A Grécia, assim como o Egito, é uma civilização 
que deixou muitos vestígios para estudos e desen-
volveu-se de forma bastante ampla nas artes, princi-
palmente na escultura e na arquitetura. 
A Grécia possuía abundância e variedade de 
materiais para utilização em diversas áreas, 
como a arquitetura e escultura. Dentre esses 
materiais destacam-se a madeira, as pedras 
calcárias e o mármore. 
O mármore foi um dos materiais mais utili-
zados, sendo empregado em grandes cons-
truções públicas e templos, assim como em 
decoração de interiores. Contudo, é na escul-
tura grega que esse material possibilitou a 
elaboração de estátuas detalhadas em termos 
de anatomia e vestuário, visto que possibilita-
va entalhar com detalhes rugas, expressões 
faciais, dobras de roupas e tecidos. 
Fonte: Gombrich (1999).
SAIBA MAIS
Dentre os povos da Antiguidade, os gregos foram os 
que mais tiveram liberdade artística, não se subme-
tendo a sacerdotes ou reis autoritários, mas sim prio-
rizado a criação e a valorização da estética, buscan-
do sempre produzir o belo (SANTOS, 2005). 
A civilização grega se desenvolveu por volta do 
século XII a.C, quando os diversos povos que viviam 
na região começaram a intensificar o comércio entre 
si e fortalecer suas fronteiras formando as cidades 
estados ou as Pólis. Contudo, é somente a partir do 
século VII a.C que essas cidades se fortalecem e, 
devido ao comércio com outros povos, acabam por 
incorporar certas influências e adaptá-las à sua cul-
tura, nascendo assim uma identidade cultural entre 
as cidades, formando a civilização grega (SANTOS, 
2012). 
A arte grega passou por três momentos distintos: 
Período Arcaico (800 a 500 a.C), Período Clássico 
(500 a 336 a.C) e Período Helenístico (336 a 146 a.C). 
Janson H. e Janson A. (1996) afirmam que cada um 
desses períodos apresenta características marcantes 
em termos de desenvolvimento artístico. Vejamos 
cada um deles. 
No Período Clássico (500 a 336 a.C) se desta-
ca a arquitetura e a escultura e também a pintura. 
No que se refere à arquitetura, cabe destacar que os 
gregos tinham uma preocupação maior com obras 
monumentais dedicadas aos deuses ou ao estado, 
ficando as moradias em segundo plano (GOMBRI-
CH, 1999). 
A base das construções gregas se dá por meio 
das colunas, que é o suporte para qualquer tipo de 
construção. As colunas são compostas por três par-
tes: base, fuste e capitel. 
• Base: o suporte da coluna, uma espécie de 
pedestal entre o piso do edifício e o fuste. 
 DESIGN 
 29
• Fuste: o corpo alongado vertical da coluna, 
que determina a altura da construção. Ge-
ralmente, tem a forma cilíndrica. 
• Capitel: é a parte superior da coluna, cuja ca-
racterística decorativa é a mais evidente nas 
ordens gregas (TRINDADE, 2007, p. 37).
As colunas não servem apenas como sustentação, 
mas também como elementos decorativos, princi-
palmente por meio do modelo do capitel que pode 
ser no estilo Dórico, Jônico e Coríntio. Veja como 
Trindade (2007) descreve cada uma delas e observe 
o exemplo na figura seguinte: 
• Ordem Dórica: simples e maciça.
• Ordem Jônica: mais detalhada e com mais 
leveza.
• Ordem Coríntia: carregada de detalhes, mais 
ornamentada e detalhada do que a Jônica.
Figura 16 - Estilos das colunas gregas, Dórico, Jônico e Conríntio.
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
30 
Figura 17 - Polímedes de Argos — Os irmãos Cleóbis e Biton (c.615-590 a.C.)
Fonte: Wikipédia (2015, on-line)2.
A principal manifestação arquitetônica desse perío-
do foram os templos, construídos não somente como 
locais para adoração aos deuses, mas sim como local 
de proteção as estátuas dos deuses (SANTOS, 2005). 
O grande destaque da arquitetura desse momen-
to vai para o tempo de Héraion de Olímpia, dedi-
cado a deusa Hera, como afirma Trindade (2007). 
Os templos também apresentavam ornamentação e 
culturas ainda bastante primitivas.
As esculturas do período arcaico têm uma forte 
influência egípcia, são bastante rígidas e apresentam 
a lei da frontalidade assim como uma preocupação 
exagerada com as simetria, o que tornava a escultura 
rígida e sem movimento. Esse tipo de escultura era 
chamado de Kouros, que significava homem jovem. 
Observe o exemplo na Figura 17.
No que se refere à pintura, nada restou dos pai-
néis e murais presentes em tempos. A cerâmica é 
que nos oferece uma grande quantidade de exempla-
res da pintura no período arcaico. As temáticas que 
aparecem se referem a cenas cotidianas, mitologia e 
lendas, como afirma Janson H. e Janson A. (1996). 
Nesse período, as cores da cerâmica eram aper-
feiçoadas de forma que as figuras fossem trabalhadas 
com tinta preta e detalhadas com uma ferramenta 
que retirava a cor, proporcionando maiores detalhes 
aos exemplares e movimento (SANTOS, 2012). 
O período arcaico apenas marca o ínicio da arte 
na Grécia. É no Período Clássico (500 a 336 a.C) 
que a arte grega floresce, expandindo-se e ganhando 
maior apelo estético, principalmente na escultura, 
como destaca Trindade (2007). 
A arquitetura do Período Clássico mostra-se monu-
mental. O maior exemplo desse período é o Parthenon, 
templo dedicado a deusa Atena, protetora da Cidade de 
Atena. A estrutura do templo foi pensada de forma a dar 
estabilidade e proporcionar amplitude. Havia uma preo-
cupação muito grande com a estética, o que proporcio-
nou o surgimento e utilização da coluna no estilo Corín-
tio, largamente utilizada por ser mais decorada. Observe 
o templo da deusa Atena na Figura 18.
Além dos templos, muitos teatros foram cons-
truídos. Nesse período, o teatro era composto “por 
3 partes: uma cena, a orquestra (espaço circular ou 
semicircular central, onde ficava o coro) e um semi-
círculo de degraus onde ficava a platéia” (TRINDA-
DE, 2007, p. 40). 
Os gregos apreciavam a música, a dança e 
também a encenação, que se dava em espaços pú-
blicos dedicados a essas atividades, os teatros. De-
 DESIGN 
 31
Figura 18 - Parthenon 
senvolveu-se, na Grécia, os gêneros de comédia e 
tragédia. 
Ainda nesse período, a arquitetura era voltada 
para obras públicas e monumentais que passaram 
a receber ornamentos cada vez mais sofisticados, 
como as esculturas. 
A escultura e a pintura, como afirma Janson H. e 
Janson A. (1996), eram antropocêntricas, ou seja,
o 
O teatro tem sua origem na Grécia Antiga, 
tendo como destaque, principalmente, os 
gêneros de tragédia e comédia. 
REFLITA
homem era o centro da representação, havendo uma 
preocupação muito grande com a perfeição estética 
na construção da pintura e também da escultura.
É nesse período que a escultura se desenvolve 
buscando movimento, leveza e estética, assim os ar-
tistas estudam a forma do corpo, posições, músculos 
e materiais que possibilitem compor as novas estátu-
as. Inicialmente, o material utilizado era o mármore, 
contudo, devido a sua fragilidade, em muitos casos 
era substituído pelo bronze (SANTOS, 2005). 
Nesse período, a preocupação era que a escul-
tura apresentasse movimento e perfeição estética. 
A obra deveria ser bela de todos os ângulos, sendo 
as estátuas, exemplificadas na Figura 19, os maiores 
exemplares desse período. 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
32 
Figura 19 - Poseidon e Discóbolo em mármore
Fonte: Trindade (2007, p. 41).
Na pintura, houve inversão nas cores, pois antes 
elas eram representadas em preto e, nesse período, 
passaram a ser representadas em tons claros, crian-
do maior contraste cromático e movimento. Obser-
ve a diferença na Figura 20.
Ao inverter as cores proporciona-se maior har-
monia e movimento, assim como leveza ao trabalho 
de pintura em cerâmicas. 
O período Helenístico (336 a 146 a.C) marca 
uma fase onde as culturas grega e oriental se fun-
diram, dando origem ao mundo Helenístico sob 
domínio de Alexandre, O Grande, que conquistou 
muitas terras e disseminou a cultura grega que aca-
bou por ser influenciada por outros elementos cul-
turais também (TRINDADE, 2007).
Esse é o momento em que o escultor tem maior 
liberdade de expressão e veremos a temática feminina 
entrando com força na escultura. Mulheres seminuas 
ou nuas aparecem com frequência; além disso, a dra-
maticidade é incorporada à escultura (SANTOS, 2012). 
Em se tratando da escultura, a intenção era 
proporcionar ao observador inquietação, seja pela 
 DESIGN 
 33
beleza ou pela dramaticidade da obra. A expressão 
corporal e mesmo facial era trabalhada em detalhes 
para expressar vida e provocar emoções. 
Os maiores exemplares desse período foram Vênus 
de Milo e Vitória (Nike) de Samotrácia. A primeira re-
presenta a deusa Vênus seminua, com corpo delineado 
apresentando sensualidade. A segunda é uma estátua 
que representa a vitória de uma batalha militar; a es-
tátua foi colocada na proa de um navio. Essa obra traz 
movimento devido as asas simbolizando a vitória e ao 
drapeado, que parece se esvoaçar com o vento. 
No que se refere à escultura, ela se volta para 
a moradia, que passa a ganhar atenção com co-
lunas, murais e ambientes suntuosos. Os teatros 
também se modificam, aproximando mais o pú-
blico dos atores. 
Após esse período, a cultura grega começa a en-
trar em decadência devido às invasões e influências 
de outros povos. Contudo, ela influenciou profun-
damente outra civilização, Roma, que aprimorou 
muito do que se desenvolveu na Grécia. 
Figura 20 - Pintura no estilo arcaico e pintura no estilo clássico 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
34 
A Arte Romana
A formação de Roma envolve uma série de lendas e 
mitos sobre dois irmãos alimentados por uma loba, 
contudo, apesar desses mitos, se sabe que essa civi-
lização teve origem por volta dos anos de 700 a.C e 
sofreu fortes influências dos etruscos e gregos que 
habitavam a região da Itália, dando origem aos ro-
manos (SANTOS, 2005). 
Gombrich e Cabral (1999) ressaltam que os ro-
manos construíram sua cultura com bases etruscas 
e gregas para, então desenvolver um estilo próprio. 
Janson H. e Janson A. (1996) destacam que, devido 
a essas influências, a arquitetura romana desenvol-
veu-se de forma distinta e promoveu inovações no 
mundo antigo. 
Em se tratando da arquitetura, dos etruscos, os 
romanos aprenderam a projetar a abóbada, compos-
ta por várias pedras, formando um espaço côncavo, 
onde as pedras se apoiavam umas sobre as outras, 
dispensando o uso exagerado de colunas como fa-
ziam os gregos (SANTOS, 2012).
A autora prossegue afirmando que dos gregos 
os romanos utilizaram as colunas, não apenas como 
sustentação, mas como elementos decorativo que 
compunham a estrutura de templos e prédios públi-
cos (SANTOS, 2012).
Devido a essas duas influências, a arquitetura ro-
mana tornou-se mais ampla, com grandes espaços 
internos, que possibilitam a circulação de pessoas e 
 DESIGN 
 35
proporcionam a sensação de amplidão. O referido 
autor destaca que por volta do século I d.C, os roma-
nos possuíam um estilo próprio. 
No que se refere a construção de templo, os ro-
manos valorizavam o espaço interno por meio das 
abóbadas e apreciavam também as colunas que eram 
utilizadas nas fachadas frontais e mesmo como ele-
mentos decorativo na parte interna, sem a função de 
sustentação. 
Além disso, Trindade (2007) destaca que os 
templos eram construídos em planos mais elevados, 
sendo acessados por meio de escadarias que davam 
acesso a uma fachada frontal, bem diferente das la-
terais do templo, aspecto bem divergente dos gregos. 
O maior exemplo desse tipo de arquitetura é o tem-
plo chamado de Panteão, projetado para reunir uma 
grande variedade de deuses, possibilitando que uma 
quantidade opulenta da população pudesse se reu-
nir para o culto. Observe esse templo na Figura 21. 
Os romanos também desenvolveram diferentes 
aspectos na arquitetura do teatro. Muito apreciado-
res de diversos espetáculos, assim como as lutas en-
tre gladiadores, os romanos desenvolveram diversos 
teatros e anfiteatros. Ao dominar a arquitetura base-
ada em arcos, os romanos aprenderam a distribuir o 
peso e dar maior sustentação à construção, podendo 
fazê-la em qualquer espaço com proporções gigan-
tescas (TRINDADE, 2007).
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
36 
Figura 21 - Panteão 
Posteriormente, na Era Cristã, o Panteão foi 
adaptado a religião católica, sendo um dos 
únicos templos pagãos que hoje é ocupado 
por uma igreja cristã. 
Toda a estrutura externa e interna do templo 
se manteve; as colunas decoradas, o frontão 
e o espaço aberto na parte da frente também. 
O monumento se manteve e é considerado 
patrimônio cultural.
Embora o templo traga uma influência não 
cristã, sua adaptação a religião católica o fez 
permanecer. 
Fonte: Santos (2005).
SAIBA MAIS
Por apreciar as lutas entre gladiadores, que podia 
ser vista de todos os ângulos, os romanos construí-
am um novo estilo de arquitetura para o espetáculo, 
com uma arena central oval e as arquibancadas dis-
tribuídas ao redor da arena. O maior exemplar desse 
tipo de arquitetura é o Coliseu. 
Além do anfiteatros e templos, outro elemento 
que tinha fundamental importância para os roma-
nos eram as moradias. Santos (2012) destaca que os 
romanos possuíam uma estrutura rígida e formal 
para as casas, que consistia em um retângulo no qual 
a entrada se dava por uma das partes menores, onde 
havia uma sala principal, o átrio. Nessa sala havia 
um espaço aberto no teto e um tanque para coletar 
água da chuva no chão, bem embaixo do espaço do 
teto. Esse espaço aberto possibilitava a entrada de ar 
e luz no ambiente. 
Figura 22 - Vista interna do Coliseu 
 DESIGN 
 37
Os estádios de futebol foram inspirados no 
Coliseu graças a sua estrutura.
Devido a sua distribuição de espaço, o Coli-
seu serviu de inspiração para a construção 
dos estádios de futebol dos dias atuais. 
REFLITA
A partir dessa entrada, o átrio se seguia para o 
cômodo principal da casa e para dos demais cômo-
dos. Os cômodos eram bem organizados, contu-
do, os romanos apreciavam o peristilo, um espaço 
aberto rodeado por colunas que foi incorporado aos 
fundos das casas romanas, dando acesso a outros 
cômodos. Observa-se, portanto, que os romanos 
incorporaram elementos de diferentes culturas à ar-
quitetura, adaptando-os às suas necessidades.
A pintura que se desenvolveu em Roma é bas-
tante particular, estando muito ligada a decoração
de interiores e é classificada em quatro estilos, como 
afirma Santos (2005). 
O primeiro deles não se refere especificamente à 
pintura, mas sim a recobrir as paredes de uma sala 
com gesso imitando mármore; contudo, mais tarde, 
o gesso foi dispensado, pois os pintores perceberam 
que apenas a pintura poderia imitar o mármore, sem 
a necessidade do gesso (SANTOS, 2005). 
O segundo estilo se refere à possibilidade de 
criar painéis que davam a ilusão de janelas abertas 
com paisagens cotidianas, ou seja, por meio do estu-
do de profundidade e iluminação, criava-se ilusões 
de portas e janelas com diversas paisagens ou faziam 
grandes pinturas murais, acrescentando barrados 
próximos ao piso e ao teto e montavam cenas deco-
rativas em toda a parede (SANTOS, 2005). 
Santos (2005) afirma que o terceiro estilo valo-
rizava a delicadeza com pequenos detalhes; assim, 
as grandes pinturas murais foram aos poucos aban-
donadas, isso por volta do século I a.C. Já o quarto 
estilo é a junção da ilusão do espaço buscando am-
plitude e da delicadeza do terceiro estilo. Nesse esti-
lo, pequenos painéis eram distribuídos nas paredes, 
proporcionando harmonia e delicadeza. 
Figura 23 - Escultura do Imperador Augusto
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
38 
desenvolveu muito como elemento decorativo de pai-
néis e paredes, ou seja, a escultura mural, como afirmam 
Gombrich e Cabral (1999). A escultura mural relatava 
grandes feitos de generais, imperadores e batalhas. Esse 
tipo de escultura era comum em palácios, templo, obras 
públicas e mesmo no interior de algumas casas. 
As esculturas romanas eram muito detalhadas 
e expressivas, assim como sua arquitetura. Após o 
século I d.C., Roma começou a sofrer invasões cons-
tantes e, por volta do século V, foi completamente 
invadida pelos povos bárbaros, marcando a queda 
do império e o início da Idade Média.
Caro(a) aluno(a), espero que tenha apreciado a 
leitura referente ao início da arte e como ela se de-
senvolveu nas civilizações antigas. Até breve. 
No que se refere à escultura, os romanos eram 
grandes admiradores da escultura grega e aprende-
ram muito ao observar e estudar tal estilo; contudo, 
os romanos apresentavam uma preocupação mais 
realista, ou seja, buscavam retratar os indivíduos 
com todos o seus traços, inclusive imperfeições, bem 
diferente do ideal de beleza grega (SANTOS, 2012). 
Portanto, as estátuas romanas apresentam-se 
de forma a colocar os traços étnicos no indivíduo, 
de acordo com suas imperfeições; o mesmo se valia 
para o vestuário, que expressava movimento e acom-
panhava o corpo. As poses buscavam imponência e 
respeito, retratando perfeitamente a anatomia do 
corpo, como afirma Santos (2005). 
Além das estátuas, a escultura romana também se 
Figura 24 - Escultura mural 
 39
considerações finais
Caro(a) aluno(a), entender o que é arte e como ela se manifesta não é algo simples. Lem-
bre-se que a arte está relacionada aos objetos que o ser humano produz e que são represen-
tativos de uma determinada cultura, seja pelo seu valor histórico ou pela raridade. 
Portanto, podemos entender que, em sua maioria, a produção humana está ligada à 
arte. Desde a Pré-História até os dias atuais, o homem produz objetos para contar sua 
história, seja com utensílios ou para simples contemplação; são esses objetos que nos per-
mitem entender como viviam os povos da Antiguidade.
A arte da Pré-História estava mais associada às pinturas rupestres; no entanto, com 
o desenvolvimento das civilizações, a arte se desenvolveu de forma diferenciada em cada 
uma delas. 
As civilizações que se desenvolveram à margem dos rios Tigre e Eufrates deram origem 
a Mesopotâmia, que trouxeram elementos importantes para a urbanização, assim como 
jardins suspensos. 
Os egípcios, por exemplo, têm em sua arte uma forte influência religiosa voltada para 
a vida após a morte. O conhecimento dessa cultura se deu devido ao sistema de escrita 
detalhado, que possibilitou entender como viviam. 
Já os gregos se inspiraram nos egípcios, mas aprimoraram a arte se desenvolvendo 
muito na escultura e arquitetura. Na escultura, usaram as colunas como suporte para seus 
templos, assim como elementos decorativos, havendo uma proporção com a naturalidade 
da obra, assim como a estética. 
Os romanos tiveram influência grega e também etrusca e inovaram na arquitetura por 
meio dos arcos e abóbadas, criando o Panteão e o Coliseu. Na escultura, se preocuparam 
com a expressão da realidade, retratando os indivíduos como eram, com suas imperfeições 
e características particulares. 
O que podemos perceber, caros(as) alunos(as), é que a arte assume características úni-
cas para cada período histórico e para cada civilização. Espero que tenham apreciado a 
leitura. Até breve!
40 
atividades de estudo
1. Os objetos fazem parte do cotidiano e muitos deles expressam a arte devido ao seus 
valor histórico e de raridade. Por que os homens criam objetos? Explique.
2. Os homens pré-históricos deram início às manifestações artísticas. Qual é a mani-
festação artística mais comum desse período?
a. Pintura em cerâmica.
b. Cestaria.
c. Pinturas rupestres.
d. Escultura.
e. Nenhuma das opções anteriores está correta.
3. A Mesopotâmia é uma civilização que se desenvolveu entre os rios Tigre e Eufrates. 
Referente a arte que ali se desenvolveu, leia as alternativas que seguem.
I. A escrita que se desenvolveu na Mesopotâmia é chamada de multiforme.
II. Devido a escassez de pedras, utilizavam-se tijolos para a construção de templos e 
palácios caracterizados pelo luxo e grandiosidades no espaço e formato.
III. Já a escultura e pintura se destacavam como elementos decorativos.
IV. Havia grandes construções de palácios com jardins suspensos.
Marque a alternativa correta.
a. I, II e III estão corretas.
b. I e III estão corretas.
c. I, II e IV estão corretas.
d. II, III, e IV estão corretas.
e. Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
4. O Egito foi uma das civilizações mais avançadas e produziu grandes monumentos 
artísticos. Referente à arte egípcia, leia as alternativas e marque V para verdadeiro e 
F para falso.
( ). Desenvolveram um sistema de escrita organizado, a escrita hieroglífica, formada pela 
combinação dos hieróglifos, pequenas figuras que possuíam significado próprio.
( ). Desenvolveram a arquitetura por meio de monumentos mortuários, como as pirâmi-
des do Egito, que são túmulos que deveriam abrigar o corpo e a alma do Faraó após 
a sua morte.
 41
atividades de estudo
( ). A pintura e a escultura seguiam a lei da simetria.
( ). A escultura foi a manifestação artística que possuiu maior representatividade, pois 
ganhou as mais belas representações do Antigo Império.
Marque a alternativa correta.
a. V, V, V, F.
b. F, V, V, V
c. V, F, V, V
d. V, V, F, V
e. Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
5. Creta foi uma civilização que se desenvolveu em uma das diversas ilhas gregas, apre-
sentando várias particularidades referentes à arte. Leia as alternativas abaixo e 
marque a opção incorreta referente à arte cretense.
a. Cnossos destaca-se como sítio arqueológico mais importante de Creta.
b. A arquitetura era bela, mas pouco desenvolvida.
c. A pintura era empregada como decoração em grandes afrescos e murais decorati-
vos.
d. O trabalho com metais e cerâmicas era bem desenvolvido.
e. Nenhuma das opções anteriores está correta.
6. A escultura e a pintura grega eram antropocêntricas. Explique o que isso significa.
7. Roma sofreu duas grandes influências na construção de sua arte. Que influências 
foram essas? Marque a opção correta.
a. Etrusca e grega.
b. Cretense e grega.
c. Egípcia e etrusca.
d. Egípcia e grega.
e. Nenhuma das opções anteriores está correta.
42 
LEITURA
COMPLEMENTAR
Origem da arte
O mundo da arte pode ser observado, compreendido e apreciado. É através do conheci-
mento que o ser humano desenvolve sua imaginação e criação adquirindo conhecimento, 
modifi cando sua realidade,
aprendendo a conviver com seus semelhantes e respeitando 
as diferenças. 
A arte é quase tão antiga quanto o homem, pois ela é uma forma de trabalho, e o traba-
lho é uma propriedade do homem. Entre suas características, pode ser defi nida como um 
processo de atividades deliberadas para adaptar as substâncias naturais as vontades hu-
manas; é a relação de conexão entre o homem e a natureza, comum em todas as formas 
sociais.
O homem executa seu trabalho através da transformação da natureza. A arte, como um 
trabalho mágico do homem, é utilizada como uma tentativa de transformação da natureza, 
que sonha em modifi car os objetos, dar uma nova forma à sociedade. Trata-se de externar 
uma imaginação do que signifi ca a realidade, portanto, o homem é considerado, por princí-
pio, um mágico, pois é capaz de transformar a realidade através da arte.
Para executar suas atividades, o homem, através das artes, como por exemplo, as pinturas 
em paredes, gerou conhecimento e criou ferramentas para atender seus interesses. O ho-
mem cria a arte como uma forma para sobreviver no meio, expressar o que pensa, divulgar 
suas crenças (ou a de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para explo-
rar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas. 
Para que a arte exista é necessário a existência de três elementos: o artista, o observador e 
a obra de arte. O artista é aquele que tem o conhecimento concreto, abstrato e individual 
sobre determinado assunto, que se estressa e transmite esse conhecimento através de um 
objeto artístico (pintura, escultura, dentre outros) que represente suas ideias. O segundo, o 
observador, é aquele que faz parte do público que observa a obra para chegar ao caminho 
de mundo que ela contém. Ainda terá que ter algum conhecimento de história e história da 
arte para poder entender o contexto de tal arte. O terceiro, a obra de arte, é a criação do 
objeto artístico que vai até o entendimento do observador, pois todas as artes têm um fi m 
em si, ou seja, uma tradução.
Fonte: Ferreira e Oliveira ([2017], on-line)3
 DESIGN 
 43
História da arte
 Maria das Graças Vieira Proença dos Santos
Editora: Ática
Sinopse: poucas obras conseguem, como esta, apresentar de 
maneira tão abrangente e tão didática toda a história da arte 
ocidental. Da Pré-História ao Pós-Moderno, desfi lam por suas 
páginas as obras mais signifi cativas da produção cultural do 
Ocidente. O texto do livro - conciso e agradável - é apoiado por 
mais de 350 reproduções, além de numerosos esquemas. Uma leitura utilíssima para estu-
dantes e para o público em geral. 
O vídeo apresenta brevemente as mais importantes obras da arquitetura e da Arte Romana, 
explicando sua estrutura e função. 
Acesse o link disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=J8s6UiJV3jo>.
44 
referências
COLI, J. O que é Arte. 15. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1995.
COSGRAVE, B. História da indumentária e da moda: Da antiguidade aos dias atu-
ais. Barcelona: GG moda, 2012.
GOMBRICH, E. H.; CABRAL, Á. A história da arte. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 
1999.
JANSON, H. W.; JANSON, A. F. Iniciação a história da arte. 2. ed. São Paulo: Mar-
tins Fontes, 1996.
SANTOS, M. G. V. P. História da arte. 16. ed. São Paulo: Ática, 2005.
______. História da arte. 17. ed. São Paulo: Ática, 2012.
STRICKLAND, C.; BOSWELL, J. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno. 
15. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.
TREVISAN, A. Como apreciar a arte; do saber ao sabor: uma síntese possível. Porto 
Alegre: Mercado Aberto, 1990.
TRINDADE, S. História da Arte. Bahia: Faculdade de Tecnologia e Ciências, 2007.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1 Em: <http://historia-da-arte.info/o-que-e-arte.html>. Acesso em: 02 ago. 2017.
2 Em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Kouros>. Acesso em: 02 ago. 2017.
3 Em: <https://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/241/texto%205.
pdf>. Acesso em: 25 set. 2017.
 45
gabarito
1. O homem cria objetos não apenas para se servir utilitariamente, mas também 
para expressar seus sentimentos diante da vida e, mais ainda, para expressar 
sua visão do momento histórico em que vive.
2. c)
3. d)
4. d)
5. b)
6. O homem era o centro da representação, havendo uma preocupação muito 
grande com a perfeição estética na construção da pintura e também da escul-
tura.
7. a)
Prof.ª Dr.ª Paula Piva Linke 
Prof.ª Me. Ana Paula Furlan
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Idade Média 
• Renascimento
• Barroco e Rococó
Objetivos de Aprendizagem
• Descrever a arte na sociedade bizantina e na Idade Média.
• Caracterizar as mudanças sociais e artísticas que 
ocorreram entre os séculos XIV e XVI.
• Apresentar e caracterizar o Barroco e o Rococó. 
DA IDADE MÉDIA AO SÉCULO XVIII
II
unidade
INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) a segunda Unidade do livro de 
História da Arte e do Design. O objetivo desta unidade é o de apresentar 
a você a arte do período medieval, renascentista e os movimentos que se 
desenvolveram no século XVII e XVIII, ou seja, o Barroco e o Rococó. 
A intenção é que você compreenda como a sociedade humana evo-
luiu ao longo do tempo e como isso se reflete na arte e na forma de viver, 
portanto, é sempre importante associar os períodos históricos às mani-
festações artísticas. 
Iniciaremos esta unidade com a arte medieval. Após a queda do Im-
pério Romano, houve um grande êxodo urbano e as pessoas passaram a 
morar em grandes propriedade rurais, sobre a proteção dos senhores feu-
dais. Assim surgiu o feudalismo, que marca a Idade Média, assim como a 
influência religiosa na arte.
No fim da Idade Média, por volta do final do século XIV, mas cer-
tamente no século XV, houve o renascimento do comércio, da vida na 
corte e nas cidades. Esse período ficou conhecido como Renascimento, 
movimento artístico e cultural que teve início na Itália e marcou a reto-
mada de alguns valores artísticos da antiguidade clássica, principalmente 
inspirados na Grécia e em Roma.
Por volta do século XVII, inicia-se outro movimento artístico, o Bar-
roco, que influencia principalmente a arquitetura, apresentando grandes 
proporções na decoração de interiores com muitos elementos decorati-
vos, pouca luz e tons escuros. Em seguida, no século XVIII, vem o Roco-
có, que nega os exageros do Barroco e preza por uma arte mais leve, com 
forte apreço decorativo em tons mais claros, com mais luz e cores mais 
leves. 
O que veremos nesta unidade, além do vasto período histórico que 
estudaremos, é como se deu as transformações na arte, desde a pintura 
até a arquitetura, e como elas refletem os ideais de uma sociedade. Espero 
que aprecie a leitura.
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
50 
Idade Média
A Idade Média foi um período que durou mil anos, 
aproximadamente entre o século V e o século XIV. 
Nesse período, se desenvolveram manifestações artís-
ticas condizentes com o modo de vida da população. 
Santos (2005) destaca que a Idade Média tem 
uma forte influência cristã na arte, isso se deve ao 
fato de que a Igreja Católica adquiriu alto poder po-
lítico e espiritual, influenciando a arte. 
A arte cristã se iniciou muito antes da Idade Mé-
dia, por volta do séculos III e IV, momento em que os 
cristãos ainda eram perseguidos pelo Império Roma-
no. Gombrich e Cabral (1999) ressaltam que, devido a 
essas perseguições, as manifestações artísticas, em sua 
maioria, eram apenas pequenas pinturas realizadas 
nas catacumbas com adorno ao túmulo dos católicos. 
Para Santos (2012), essa arte era ainda muito pri-
mitiva e feita pela população, não havendo artistas. 
Contudo, com o fim das perseguições e com o Império 
Romano se tornando cristão, essa arte foi desenvolvida 
em pequenas estátuas e as pinturas se tornaram mais 
elaboradas. Entretanto, devido a invasão dos povos 
bárbaros, a população europeia que vivia nas cidades 
foi aos poucos migrando para grandes propriedades 
de terras, vivendo sob a proteção de um lorde, assim,
a 
vida na cidade deu lugar a vida no campo. 
Contudo, Janson H. e Janson A. (1996) desta-
 DESIGN 
 51
cam que houve uma parte do Império Romano que 
sobreviveu, na cidade de Constantinopla, e formou 
um pequeno império, que permaneceu até o século 
XV, quando foi invadida. 
Nessa sociedade, a arte adquiriu características 
específicas, visto que o imperador era também um 
representante de deus na terra, tornando as obras 
públicas monumentais, assim como as basílicas. 
Gombrich e Cabral (1999) ressaltam que a arqui-
tetura seguiu algumas influências romanas, com colu-
nas, arcos e abóbadas, mas a estrutura foi melhorada de 
forma a se tornar mais resistente e proporcionar maior 
suporte aos monumentos. O maior exemplar de arqui-
Figura 1 - Basílica de Santa Sofia
tetura dessa civilização é a Basílica de Santa Sofia.
Além da arquitetura, desenvolveu-se a pintura, 
os mosaicos e a pintura de ícones, como destaca 
Trindade (2007). Esses elementos eram muito utili-
zados na decoração de interiores. 
Na pintura foi utilizada a frontalidade, que con-
sistia em desenhar as figuras sempre na posição 
frontal, como sinônimo de imponência e superio-
ridade, respeitando também a visão do observador, 
que poderia contemplar a figura em sua vista mais 
expressiva. Trindade (2007) acrescenta, ainda, que a 
posição dos pés, mãos, dobras das roupas e demais 
detalhes foram cuidadosamente estudados. 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
52 
Cabe destacar, ainda, que os imperadores eram 
representados quase como santos, e a própria figu-
ra de Jesus era representada como imperador, ou 
seja, aproximava-se a figura terrena e divina (STRI-
CKLAND; BOSWELL, 2014). 
Os mosaicos seguiram basicamente as mesmas 
regras da pintura, mas ao invés de tinta usavam-se 
pedras preciosas para representar cenas bíblicas, 
personalidades importantes e demais elementos que 
faziam parte da cultura bizantina. 
A pintura de ícones nos quadros seria a repre-
sentação dos ancestrais. Tais pinturas eram realiza-
das sobre placas de metal ou couro. Esse material re-
Figura 2: - Mosaico da civilização bizantina 
cebia uma camada de tinta à base de ouro e a figura 
de santos era pintada sobre essa base dourada, sendo 
os detalhes de bordados e rendas feitos por uma fer-
ramenta que retirava uma camada de tinta, deixan-
do a mostra o fundo dourado (SANTOS, 2012). 
Enquanto isso, no restante da Europa, até o sécu-
lo X, apenas alguns povos bárbaros se dedicavam à 
produção de pequenos objetos decorativos e de ouri-
vesaria, visto que a outra parte da população vivia no 
campo e pouco se dedicou a esse ofício. O pouco que 
se produzia vinha dos conventos, contudo, por volta 
do século XVIII e IX, o Império Carolíngio, sobre o 
governo de Carlos Magno, desenvolveu no palácio do 
imperador uma escola voltada à produção artística, na 
qual eram produzidos pequenas esculturas, pinturas 
e objetos voltados à decoração e ao cristianismo, mas 
após a morte do imperador essa iniciativa desapareceu. 
Entre os séculos XI e XII desenvolveu-se o estilo 
românico, que se fortaleceu, principalmente, na ar-
quitetura. O grande avanço desse estilo se deu por 
meio da invenção da abóbada de berço e abóbada de 
aresta. As principais características desse estilo são: 
a utilização de abóbodas; pilares maciços; paredes 
espessas, para dar sustentação; e aberturas estreitas, 
como janelas (SANTOS, 2005). 
As paredes espessas e os pilares davam susten-
tação às abóbadas que ainda apresentavam proble-
mas em sua estrutura, pois exigiam grandes colunas 
e uma boa base para sustentação, fazendo com que 
o ambiente fosse mais pesado e com pouca ilumina-
ção, como afirma Trindade (2007). 
As igrejas românicas eram consideradas “for-
talezas de Deus” devido ao seu tamanho e solidez. 
Nesse período, a arte é uma extensão do serviço di-
vino, como destaca Santos (2005), visto que toda a 
produção era voltada às questões religiosas.
Contudo, é nos séculos XII, XIII e XIV que a 
Figura 3 - Mosteiro de Saint-Pierre — arquitetura românica 
 DESIGN 
 53
arte começa a se desenvolver de forma mais intensa. 
Isso se deve ao fato de que inicia-se no século XII, 
e se intensifica no século XIII, o renascimento do 
comércio e da vida nas cidades, o que impulsiona a 
arte de forma significativa. 
Nesse período (séculos XII — XIV) se desenvol-
ve o estilo gótico. “O termo gótico foi empregado 
de modo pejorativo, em 1.550, por Vasari, para de-
signar este estilo considerado por ele como bárbaro 
(dos godos)” (TRINDADE, 2007, p. 53). De acordo 
com Read (1983), a arte gótica se desenvolveu devi-
do ao renascimento urbano-comercial e expressa o 
sentimento transcendental religioso. 
Trindade (2007) afirma que esse estilo possui ca-
racterísticas específicas, tais como:
[...] o verticalismo; o arco quebrado ou ogival; 
abóboda de arcos cruzados; paredes altas e del-
gadas com aberturas amplas e altas graças ao uso 
de arcobotantes e contrafortes, que ajudavam na 
sustentação da construção; fachada com três 
portais; estrutura com três a cinco naves; vitrais 
coloridos e rosáceas (TRINDADE, 2007, p. 53). 
O primeiro exemplar desse estilo foi Abadia de Saint 
Denis. Cabe lembrar, que em sua maioria, as catedrais e 
igrejas desse estilo encontram-se em cidades, devido à 
retomada da vida em centros urbanos (STRICKLAND; 
BOSWELL, 2014). Contudo, o exemplar mais famoso 
desse estilo é a Catedral de Notre-Dame, em Paris.
A retomada na vida na cidade faz com que 
haja uma nova organização social, que se 
reflete na arte e passa a se manifestar mais 
intensamente nos centros urbanos por meio 
da arquitetura. 
REFLITA
Figura 4 - Catedral de Notre-Dame em Paris — estilo gótico
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
54 
A escultura e os vitrais também foram muito utiliza-
dos, porém como elementos complementares à arqui-
tetura, ou seja, como elementos decorativos embuti-
dos na estrutura das catedrais e demais monumentos. 
No que se refere aos vitrais, eles não são apenas ele-
mentos decorativos, mas também são compostos por 
imagens bíblicas, com o intuito de catequizar, possi-
bilitar a iluminação e adornar as igrejas.
Read (1983) destaca que os temas voltados ao 
louvor eram muito comuns nos vitrais e as cores 
eram sempre variadas, sendo o azul e o vermelho as 
mais comuns.
Figura 5 - Vitral da rosácea de Notre-Dame
A arquitetura desse estilo se desenvolveu basicamen-
te em igrejas, contudo, começou a ser aplicada em 
algumas moradias de nobres ou ricos comerciantes, 
ou mesmo em prédios públicos, mas sua maior ex-
pressão encontra-se nas temáticas religiosas. 
No que se refere à pintura, houve uma preocu-
pação com o realismo, sendo a temática religiosa 
a mais explorada. “As figuras representadas eram 
pouco volumosas, cobertas por muita roupa, com o 
olhar voltado para cima, em direção ao plano celes-
te” (TRINDADE, 2007, p. 54). 
O estilo de pintura que se desenvolveu, embora 
preocupado com o naturalismo, ainda era bastante 
rígido e engessado, não havia perspectiva nas obras 
ou movimento, por isso, as figuras formavam obras 
estáticas e sólidas. Contudo, conforme se aproxima-
va do período do Renascimento, no final do século 
XVI, as obras foram se tornando mais complexas. 
A rosácea é um vitral em forma circular que 
normalmente é colocado acima da entrada 
principal da igreja, proporcionando decora-
ção e iluminação. Os vitrais das rosáceas são 
construídas com temas variados. 
Como o próprio nome já diz, esse elemento 
tem o formato de uma flor e é representada 
por meio de um círculo, com uma pequena 
esfera central da qual saem nervuras, as quais 
representam as pétalas de uma flor. Devido 
ao seu local de destaque na arquitetura, os 
vitrais são bem detalhados e coloridos. 
Esse elemento arquitetônico encontra-se em 
praticamente todas as igrejas do estilo gótico, 
entre os séculos XII e XIV. 
Fonte: Santos (2005). 
SAIBA MAIS
 DESIGN 
 55
Os pintores desse período que mais se destacaram 
foram Giotto di Bondone (1267-1337) e
Jan van 
Eyck (1309-1441). Para Trindade (2007), Giotto 
“estava em busca do humano, almejava dar um 
caráter humano às figuras que representava, um 
prenúncio do humanismo renascentista” (TRIN-
DADE, 2007, p. 54), enquanto que Van Eyck 
procurava registrar na pintura os aspectos da 
vida urbana e da sociedade de sua época. Em 
suas pinturas evidencia-se um cuidado com a 
perspectiva, objetivando mostrar os detalhes e 
as paisagens (TRINDADE, 2007, p. 54). 
Juntamente com todas essas mudanças na arte, vem 
também as mudanças na forma de vida. Com a retoma-
da da vida nas cidades, surge uma nova classe social: a 
burguesia, que é composta pelos comerciantes. 
Muitos desses comerciantes enriqueceram e pas-
saram a consumir obras de arte em larga escala, pa-
trocinando pintores e incentivando estudos e diversos 
trabalhos voltados à escultura, pintura e arquitetura. 
Portanto, a partir da retomada da vida nas cida-
des e do fortalecimento do comércio, veremos tam-
bém um renascimento nas artes e na ciência. Tema 
do nosso próximo tópico. 
Figura 6 - Quadro central do políptico. Retábulo do Cordeiro — Adoração do Cordeiro Mútico (1426- 1432), de Jan Van Eyck
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
56 
Renascimento 
O Renascimento marca um período histórico de 
grande desenvolvimento artístico, filosófico e cien-
tífico. Esse desenvolvimento que ocorreu entre os 
séculos XIV e XVI marca uma busca intensa pelos 
conhecimentos greco-romanos, assim como um in-
tenso desenvolvimento que superou a herança da 
Grécia e de Roma (SANTOS, 2012). 
Janson (1996) afirma que nesse momento a 
filosofia moral do homem se deslocou da religião 
para o homem, ou seja, surgiu o humanismo (an-
tropocentrismo), onde o homem é o centro do 
universo. Para o autor, essa mudança de pensa-
mento caracteriza a passagem da Idade Média para 
a Idade Moderna.
Cabe destacar ainda que houve um grande flo-
rescimento da arte, ou seja, devido ao retorno da 
vida na corte, nas cidades e ao fortalecimento dos 
reis, havia um terreno propício para a arquitetura 
e pintura, que foram largamente patrocinadas por 
burgueses enriquecidos e nobres ansiosos para de-
monstrar seu poder e status (BAUMGART, 1999). 
Assim sendo, o Renascimento movimentou, 
consideravelmente, o mercado pela diversificação 
dos produtos de consumo na Europa, a partir do sé-
 DESIGN 
 57
culo XV. Alguns europeus, enriquecidos com o co-
mércio nesta época, melhorando suas condições fi-
nanceiras, posteriormente, passaram a ter condições 
para investir em obras de arte de escultores, pintores 
e arquitetos (CHENEY, 1995). 
Esses artistas tinham apoio financeiro dos gover-
nantes europeus e também do clero, assim como de 
nobres e burgueses. Essa ajuda, que era conhecida na 
época como mecenato, vinha dos mecenas — gover-
nantes e burgueses — e algumas famílias favorecidas 
financeiramente, chamadas de Nobres. Eles favoreciam 
os artistas, pois encomendavam a eles pinturas de re-
tratos e esculturas possibilitando um amplo campo de 
trabalho (GOMBRICH; CABRAL, 1999).
Cabe destacar que o Renascimento cultural reve-
lou-se primeiro na região italiana de Toscana, mais 
precisamente nas cidades de Florença e Siena, mas 
logo se estendeu para o restante da Península Itálica 
e, finalmente, alargou-se para quase todos os países 
da Europa Ocidental. Cosgrave nos fala:
O Renascimento foi difundido pela Europa 
oriental, mas os principais encontravam-se nos 
estados ricos da Itália central e setentrional, em 
particular, Florença, Roma e Veneza e em Fran-
dles, que se tornou um importante centro para 
o comércio e as artes (COSGRAVE, 2012, p. 
117).
Durante o Renascimento o comércio se de-
senvolveu na Península Itálica. As cidades 
de Veneza, Gênova e Florença assistiram um 
expressivo movimento artístico e, por essa ra-
zão, a Itália passou a ser considerada o berço 
do Renascimento. 
(Horst Woldemar Janson)
REFLITA
O Renascimento se estendeu do século XIV ao XVI, 
e depois deu origem ao Maneirismo, que foram di-
ferentes interpretações do Renascimento ocorridas 
em cada país, dando origem, em seguida, ao Barro-
co. Devido ao extenso período de tempo em ascen-
são, o Renascimento é dividido em fases: Trecento, 
Quattrocento e Cinquecento. Vejamos as caracterís-
tica de cada uma delas. 
- Trecento: aconteceu no século XlV e foi um 
período de mudança da cultura medieval para a 
cultura renascentista. Mesclava sentimentos, carac-
terísticas físicas e comportamentos da vida humana 
com a religiosidade. O dialeto toscano, oriundo da 
língua italiana, estava presente nas obras literárias, 
assim como o humanismo; houve um resgate da cul-
tura greco-romana, visível na literatura renascentis-
ta (JANSON; LEAL, 2001). 
- Quattrocento: aconteceu no século XV. Nesse 
período, era possível perceber fortemente aspectos 
da cultura greco-romana e do paganismo, caracte-
rizado pela mitologia e personagens da literatura 
clássica; acontecia o mecenato; as artes plásticas 
utilizavam-se dos métodos de pintura a óleo; houve 
a quebra de aspectos das artes plásticas e literatura 
da Idade Média, e a arquitetura vivenciou o apogeu; 
pinturas e esculturas apresentavam perfeição esté-
tica, com uma mistura do moderno com o clássico 
(JANSON; LEAL, 2001). 
- Cinquecento: aconteceu no século XVI. Nesse 
período, houve uma conciliação de temas profanos 
com temas religiosos; houve a compleição do huma-
nismo na literatura, também na pintura e escultura; 
houve também a expansão do Renascimento à ou-
tros países da Europa: Holanda, Espanha, Portugal, 
França e Alemanha (JANSON; LEAL, 2001). 
Durante o Renascimento, que apresenta essas fa-
ses distintas, houve uma preocupação muito grande 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
58 
com a educação, ou seja, um indivíduo bem educa-
do e formado deveria dominar diferentes conheci-
mentos e isso foi expandido para a arte, o que possi-
bilitou desenvolver obras que se destacaram devido 
à perfeição e às técnicas utilizadas em sua execução 
(STRICKLAND; BOSWELL, 2014). 
O Universalismo era uma característica mar-
cante no Renascimento. Para ser universalista, 
era preciso um desenvolvimento de todas as 
áreas do saber. O pintor Leonardo da Vinci 
era considerado um modelo de homem uni-
versalista, pois era matemático, físico e pintor. 
Fonte: as autoras.
SAIBA MAIS
Em se tratando da arte, destaca-se em especial a 
arquitetura, a escultura e a pintura. Vejamos agora 
como cada uma delas se manifestou na Itália, berço 
do Renascimento. 
Em termos da arquitetura renascentista, a prin-
cipal característica consiste em:
[...] busca de uma ordem e de uma disciplina 
que superasse o ideal de infinitude do espaço 
das catedrais góticas. Na arquitetura renascen-
tista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-
-se em relações matemáticas estabelecidas de 
tal forma que o observador possa compreender 
a lei que o organiza, de qualquer ponto em que 
se coloque (SANTOS, 2005, p. 79). 
Um dos primeiros arquitetos que veio a desenvolver 
a arquitetura renascentista foi Filippo Brunelleschz, 
que projetou “a cúpula da catedral de Florença — 
conhecida também por igreja de Santa Maria del 
Fiore —, o Hospital dos Inocentes e a Capela Pazzi” 
(SANTOS, 2005, p. 79). Observe a igreja de Santa 
Maria del Fiore a seguir. 
Figura 7 - Igreja Santa Maria del Fiore
 
A construção da cúpula da Igreja Santa Maria del 
Fiore exigiu estudos de geometria e estrutura. Fi-
lippo Brunelleschi estudou o Panteão e depois de-
senvolveu uma estrutura que pudesse apenas ser 
assentada sobre o tambor octagonal, integrando-se 
completamente à estrutura da igreja projetada por 
outro arquiteto (SANTOS, 2005). 
Além da arquitetura, a escultura teve notorie-
dade, mais especificamente devido a dois escul-
tores, Michelangelo e Verrochio. De acordo com 
Santos (2012), Andrea del Verrochio tem um tra-
balho minucioso na escultura. Ele começou como 
ourives, o que acabou por influenciar suas escultu-
ras, cujos detalhes são extremamente bem traba-
lhados. Em
uma de suas esculturas, trabalhou de 
forma detalhada os arreios de um cavalo, mostran-
do sua maestria como ourives e escultor. A grande 
contribuição de Verrochio se deu por meio da ex-
pressão de volumes, assim como estudos para ex-
plorar luz e sombra. 
 DESIGN 
 59
Michelangelo trabalha suas esculturas com vi-
gor, estudando atentamente o corpo humano. Ele 
explora o equilíbrio dos membros, dos músculos, 
das veias e estuda as poses com cuidado. Contudo, 
Figura 8 - Davi e Pietá — Michelangelo 
ele se destaca ao trabalhar de maneira significativa a 
expressão facial de suas estátuas, não apenas a pose, 
mas o rosto revela sentimento. Essa é uma das gran-
des contribuições de Michelangelo. 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
60 
Uma das grandes contribuições do Renascimento 
está na pintura. As principais características da pin-
tura desse período, segundo Janson e Leal (2001), 
são a perspectiva, o uso do claro e escuro e o realis-
mo. 
De acordo com Gombrich e Cabral (1999), esses 
elementos já foram dominados em outros períodos, 
mas a arte assumiu outras características, sendo es-
tes os elementos mais explorados no final da Idade 
Média e no Renascimento. Outra inovação é que 
nesse momento se desenvolve o estilo pessoal de 
cada artista e não apenas uma arte a serviço da Igre-
ja ou do Estado. Nesse momento, o artista se desen-
volve elaborando suas técnicas, estilo e criatividade. 
Cabe aqui destacar alguns dos nomes mais fa-
mosos do renascimento: Masaccio, Fra Angelico, 
Paollo Uccello, Piero della Francesca, Botticelli, Le-
onardo da Vinci, Michelangelo e Rafael. Vejamos al-
gumas características de cada um deles. 
• Masaccio: primeiro pintor do século XV a 
conceber a pintura como imitação do real — 
realismo intenso. 
• Fra Angelico: herdeiro do realismo de Ma-
saccio, contudo acrescentou a seu trabalho 
uma tendência religiosa. Suas obras estão im-
pregnadas de um sentido místico. 
• Paollo Uccello: trabalha suas obras segundo 
os princípios da matemática. Seus temas são, 
em sua maioria, fantasias medievais. Sua con-
tribuição vem da fluidez do movimento.
• Botticelli: preocupava-se em expressar um 
ideal de beleza por meio do ritmo. Suas obras 
expressam beleza e melancolia; beleza por 
herdarem a graça divina e melancolia por te-
rem perdido essa graça. 
Figura 9 - Madona com o menino — Masaccio
Fonte: Santos (2005, p. 83).
 DESIGN 
 61
Figura 10 - Anunciação — Fra Angelico 
Figura 12 - A Ressurreição de Cristo – Piero della Francesca
Fonte: Santos (2005, p. 85).
Figura 11 - São Jorge e o Dragão - Paollo Uccello
Fonte: Santos (2005, p. 84).
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
62 
• Leonardo da Vinci: foi muito mais do que 
um simples pintor, estudou anatomia, urba-
nismo e ciência de uma forma geral. Na pin-
tura, se destacou por seus trabalhos com do-
mínio das técnicas de luz e sombras, dando 
dramaticidade e leveza aos temas que pintou.
• Michelangelo: Michelangelo também traba-
lhou na pintura de forma a expressar a per-
feição do corpo, seus movimentos, músculos 
e suavidade na composição. 
• Rafael: representou de forma exemplar os 
ideais clássicos de harmonia e regularidade 
das formas e cores. Trabalhava com o equilí-
brio e a simetria para proporcionar regulari-
dade, ou seja, ordem e segurança. 
Figura 13 - A Primavera — Botticelli 
Fonte: Santos (2005, p. 87).
Estes são os pintores que mais se destacaram na Itá-
lia. Cabe destacar ainda que o Renascimento se es-
palhou para outros países, assumindo características 
variadas. Após o renascimento surge um movimen-
to chamado Maneirismo. Para Trindade:
O termo Maneirista foi usado por Vasari para 
designar a maneira individual do trabalho ar-
tístico. Bellori e Malvasia, no século XVII, liga-
ram esse conceito a um estilo afetado e trivial 
da arte, uma ruptura do classicismo renascen-
tista. Para alguns historiadores da arte, o Ma-
neirismo é o declínio do Renascimento ou a 
transição entre o Renascimento e o Barroco e, 
para outros, é um estilo artístico (TRINDADE, 
2007, p. 60). 
 DESIGN 
 63
Caro(a) aluno(a), o Maneirismo faz parte de um 
momento de transição, marcando o fim do Renas-
cimento e posteriormente a ascensão do Barroco e, 
Figura 14 - A Virgem dos Rochedos — Leonardo Da Vinci 
Fonte: Santos (2005, p. 88).
Figura 15 - A Criação do Homem — Michelangelo 
Fonte: Santos (2005, p. 89).
Figura 16 - A Escola de Atenas — Rafael 
Fonte: Santos (2005, p. 90).
em seguida, do Rococó. Após compreender como se 
expressava a arte no Renascimento, veremos, enfim, 
o Barroco e o Rococó. 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
64 
Barroco e Rococó 
Caro(a) aluno(a), para darmos continuidade à Histó-
ria da Arte, veremos, neste tópico, o estilo Barroco e 
também o Rococó. Iniciemos pelo Barroco. De acor-
do com Trindade (2007), esse movimento se desen-
volveu na europa entre os anos de 1600 e aproxima-
damente 1730, ou seja, entre os séculos XVII e XVIII. 
“O significado do termo barroco é irregular, grotesco, 
deriva da palavra portuguesa que designava uma pé-
rola de formato irregular” (TRINDADE, 2007, p. 62). 
Assim como definição do termo que se refere a irre-
gularidades, o próprio movimento carrega consigo uma 
série de inquietações que irão se manifestar na arte. 
Santos (2012) ressalta que o momento de surgimen-
to do Barroco é marcado por uma série de conflitos, 
mais especificamente religiosos, pois a Igreja Católica 
passava por uma reforma com o intuito de restaurar a 
espiritualidade e combater a corrupção dentro da Igre-
ja. Portanto, há uma série de conflitos e o homem se 
sente dividido entre o terreno e o espiritual. 
Além disso, Janson e Leal (2001) destacam que 
nesse período houve o fortalecimento dos Estados 
Absolutistas, ou seja, dos reinos, do poder dos Reis 
e a estruturação de uma cultura e língua para cada 
país europeu. Assim sendo, o Barroco encontra um 
terreno propício para se propagar, sendo patrocina-
do pela Igreja e também pelos nobres e reis que de-
 DESIGN 
 65
sejavam expor seu poder e riqueza por meio da arte, 
seja na arquitetura, pintura ou escultura. 
De acordo com Santos (2005, p. 103), o Barroco
originou-se na Itália, mas não tardou a irradiar-
-se por outros países da Europa e a chegar tam-
bém ao continente americano, trazido pelos 
colonizadores portugueses e espanhóis. 
A autora prossegue afirmando que, ao se difun-
dir em diversos países, esse estilo adquiriu diferentes 
características, pois foi influenciado pela cultura de 
cada país. Contudo, existem várias características 
comuns que precisam ser destacadas, são elas: 
[...] as obras barrocas romperam o equilíbrio en-
tre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciên-
cia, que os artistas renascentistas procuram rea-
lizar de forma muito consciente; na arte barroca, 
predominam as emoções e não o racionalismo 
da arte renascentista (SANTOS, 2005, p. 103).
Em outras palavras, evidencia-se no Barroco a dra-
maticidade e a capacidade de expressão das obras de 
arte. Vejamos então como esse movimento se mani-
festou na arquitetura, escultura e pintura. 
Em termos gerais, a arquitetura barroca deixa 
de lado o racionalismo do Renascimento e trabalha 
com os exageros, o luxo e as curvas, havendo uma 
valorização dos efeitos decorativo. Isso também é 
válido para os arredores dos monumentos, pois os 
jardins, praças e demais ambientes externos são 
considerados como elementos integrantes da arqui-
tetura. Cabe salientar que a arquitetura barroca se 
voltou para a construção de palácios e igrejas, como 
destacam Gombrich e Cabral (1999). 
Um dos maiores exemplos da arquitetura barro-
ca é o Palácio de Versalhes, construído sobre o rei-
nado de Luís XIV. 
Figura 17 - Palácio de Versalhes 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
66 
Cabe destacar que o Barroco não preocupava-se 
apenas com a parte externa e a grandiosidade das 
construções, mas também com o interior, que deve-
ria ser ricamente trabalhado por meio da escultura 
e pintura. Os interiores da arquitetura
barroca têm 
como característica a sobrecarga de elementos deco-
rativos, uso exagerado da cor dourada, uso de tons 
escuros e a pintura e a escultura se fundem com a 
arquitetura. Observe na figura a seguir o interior do 
Palácio de Versalhes, que serve como exemplo para 
a explicitação. 
Figura 18 - Interior do Palácio de Versalhes 
Figura 19 - A Glória de Santo Inácio 
Fonte: Santos (2005, p. 106).
A intenção do interior era expor a beleza da de-
coração e deixar o observador perplexo pela gran-
diosidade dos detalhes compostos pela fusão entre a 
pintura, arquitetura e escultura. Observe um exem-
plo na Figura 19. 
A intenção do interior era expor a beleza da de-
coração e deixar o observador perplexo pela gran-
diosidade dos detalhes compostos pela fusão entre a 
pintura, arquitetura e escultura. Observe um exem-
plo na figura a seguir. 
Em relação à escultura, Santos (2005) afirma que:
Havia nas esculturas renascentistas um equilí-
brio entre os aspectos intelectuais e emocionais. 
Já nas obras barrocas, esse equilíbrio desapare-
ce, dando lugar à exaltação dos sentimentos. As 
formas procuram expressar o movimento e re-
cobrem-se de efeitos decorativos. Predominam 
as linhas curvas, os drapeados das vestes e o uso 
do dourado. Os gestos e os rostos das persona-
gens revelam emoções violentas e atingem uma 
dramaticidade desconhecida no Renascimento 
(SANTOS, 2005, p. 107).
O escultor e também arquiteto que mais se destacou 
foi Bernini. Uma de suas obras foi nomeada com 
um dos mais belos exemplares da arquitetura bar-
roca: Êxtase de Santa Teresa. Observe a escultura na 
Figura 20.
Além da escultura, a pintura também se desta-
cou, seja por meio de quadros ou complementan-
do cenários arquitetônicos em ambientes internos, 
como palácios e igrejas (TRINDADE, 2007).
 DESIGN 
 67
Figura 20 - Êxtase de Santa Teresa — Bernini 
A fusão entre a arquitetura, pintura e escul-
tura ocorria de tal forma no Barroco que, em 
muitos casos, era difícil separar ou mesmo 
visualizar onde termina um elemento e se 
inicia o outro. Essa é uma das características 
muito marcantes do Barroco.
Essa fusão não permitia a existência de espa-
ço abertos, sem decoração, vazios. A intenção 
é que todos os espaços internos fossem pre-
enchidos, teto, paredes, colunas. Assim sendo, 
esse estilo arquitetônico causava deslumbre 
devido ao excesso de informações e a falta de 
luminosidades, visto que não haviam espaços 
vazios para a propagação de luz. 
Assim, a pintura, em junção com entalhes e es-
culturas, criava um ambiente completamente 
diferente do externo, que era mais limpo. Em 
sua maioria o teto era preenchido com pintu-
ra e adornado com entalhes, enquanto que 
as colunas eram preenchidas por estátuas e 
entalhes. Os temas religiosos eram os mais 
utilizados nesse tipo de decoração. 
Fonte: Janson e Leal (2001). 
SAIBA MAIS
Santos (2005, p. 104) destaca que a pintura tem algu-
mas característica específicas, tais como: 
• O primeiro é a disposição dos elementos dos 
quadros, que sempre forma uma composição 
em diagonal. 
• As cenas representadas envolvem-se em 
acentuado contraste de claro-escuro, o que 
intensifica a expressão de sentimentos. 
• A pintura barroca é realista, mas a realidade 
que lhe serve de ponto de partida não é só a 
vida de reis e rainhas de cortes luxuosas, mas 
também a do povo simples.
Existem vários pintores representativos desse movi-
mento, mas merece destaque Caravaggio. Janson e 
Leal (2001) afirmam que o pintor buscava seus mo-
delos entre o povo, inovando ao retratar cenas que 
envolviam o cotidiano e não apenas a aristocracia. 
Ele revolucionou a pintura por trabalhar de forma 
inovadora a técnica de luz e sombra, não apenas 
como incidência de luz solar, mas como elemento 
que amplia a dramaticidade da pintura. 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
68 
Figura 21 - Vocação de São Mateus 
Fonte: Santos (2005, p. 105).
O Barroco perdurou por quase um século e tem 
como característica marcante o exagero. Contudo, 
no início do século XVIII, veremos um processo de 
mudanças que levará ao surgimento do movimento 
Rococó. Janson e Leal (2001) afirmam que essa arte 
é voltada aos interesses da aristocracia e visava expor 
os ideais de uma sociedade fútil. O Rococó se de-
senvolveu aproximadamente entre os anos de 1710 
e 1780, influenciando as artes e também as formas 
de vestir. 
Com a morte de Luiz XIV, a corte francesa mu-
dou-se para Paris, onde uma aristocracia rica patro-
cinava uma grande quantidade de pintores e artis-
tas que se especializaram na produção de pequenos 
quadros que representavam a vida na corte, assim 
como pequenas estatuetas muito apreciadas como 
objetos decorativos (SANTOS, 2012). Portanto, 
A arte do Rococó refletia, portanto, os valores 
de uma sociedade fútil que buscava nas obras 
de arte algo que lhe desse prazer e a levasse a 
esquecer seus problemas reais. Os assuntos ex-
plorados pelos artistas deveriam ser as cenas 
graciosas, realizadas de tal forma que refletissem 
uma sensualidade sutil (SANTOS, 2005, p. 116). 
Com o intuito de promover o prazer por meio da 
arte, o Rococó desenvolveu um estilo particular na 
arquitetura, escultura e pintura. 
Na arquitetura, o Rococó se destacou na deco-
ração de interiores com uma proposta mais leve em 
relação ao Barroco. As salas e salões eram preferen-
cialmente ovais, com decoração suaves nas paredes, 
devido ao uso de ramos, folhas e flores, assim como 
pinturas leves em tons pastel e a presença de espe-
lhos (SANTOS, 2005). 
Podemos citar como exemplo da arquitetura Ro-
cocó o Petit Trianon. Um detalhes a se observar é 
que as entradas de luz são maiores, com grandes ja-
nelas, e o interior é mais iluminado e amplo. 
O Rococó dá continuidade ao Barroco em 
termos de arte, mas rompe com a dramati-
cidade e os exageros do movimento anterior, 
produzindo novos valores estéticos. 
REFLITA
 DESIGN 
 69
Figura 22 - Petit Trianon Figura 23 - Voltaire — Houdon. 
Fonte: Santos (2005, p. 121).
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
70 
No que se refere à escultura, destaca-se o fato de que 
o Rococó inovou ao produzir estátuas decorativas de 
porcelana em tamanhos variados, mas em sua maio-
ria eram pequenas peças decorativas para ambientes 
internos, como salas de músicas. Gombrich e Cabral 
(1999) destacam que essas peças eram muito apre-
ciadas devido ao seu pequeno tamanho, podendo 
ser colocadas em qualquer ambiente, como escritó-
rios, salas de música ou leitura. 
Figura 24 - O Balanço
Fonte: Santos (2005, p. 1116).
Contudo, Santos (2005, p. 121) enfatiza que o es-
tilo Rococó substituiu os
volumes que indicam o vigor e a energia bar-
rocos por linhas suaves e graciosas. A escultu-
ra, que se torna intimista, geralmente procura 
retratar as pessoas mais importantes da época.
Percebe-se, portanto, que a arte Rococó busca 
retratar o cotidiano dos aristocratas, ou seja, é uma 
arte voltada à satisfação das classes mais abastadas. 
Uma das obras mais famosas é a estátua de Voltaire, 
produzida por Houdon. 
Em se tratando da pintura, Trindade (2007) des-
taca que há grandes diferenças em relação ao bar-
roco. Veja a seguir as principais características do 
rococó descritas por Santos (2005); 
• desenvolvia temas mundanos, ambientados em 
parques e jardins ou em interiores luxuosos.
• As personagens não são mais de inspiração po-
pular, e sim membros de uma aristocracia ociosa 
que vive seus últimos tempos de fausto antes da 
Revolução Francesa.
• Desaparecem os contrastes radicais de claro-escu-
ro e passam a predominar as tonalidades claras e 
luminosas.
• A técnica do pastel passa a ser bastante utilizada, 
pois ela permite a produção de “certos efeitos de 
delicadeza e leveza dos tecidos, maciez da pele fe-
minina, sedosidade dos cabelos, luzes e brilhos” 
(SANTOS, 2005, p. 119).
Uma das obras que bem representa esse período é O 
Balanço, de Fragonard.
Cabe destacar alguns nomes importantes da 
pintura, que se desenvolveu por meio de pequenas 
obras, mas não
menos expressivas. Os principais 
pintores do período foram Antoine Watteau (1684-
 DESIGN 
 71
Figura 25 - Retrato da Marquesa de Pompadour 
Fonte: Trindade (2007, p. 64).
1721), François Boucher (1703-1770) e Jean-Ho-
noré Fragonard (1732-1806), como afirma Trindade 
(2007). A autora prossegue afirmando ainda que: 
Todos atuaram na corte. Wateau caracterizou- 
se pelo gênero das fêtes galantes, que inventou. 
Esse gênero foi usado por Fragonard, o pintor 
etéreo do amor e da natureza. Boucher foi pro-
tegido de Madame Pompadour, realizando be-
los retratos da favorita do rei Luís XV dentro 
do espírito alegre, descontraído e sensual do 
Rococó (TRINDADE, 2007, p. 64). 
Observe, caro(a) aluno(a), o quadro Retrato da Mar-
quesa de Pompadour, que representa o Rococó.
Vemos, portanto, que cada pintor desenvolveu um 
estilo e inovou em algum aspecto, contudo, os temas 
de suas obras sempre se referiam a vida da aristocracia. 
Caro(a) aluno(a), percebemos, aqui, que há 
uma ruptura de valores estéticos entre o Barroco e 
o Rococó, e isso se repete quando há a emergência 
de novos movimentos artísticos. Espero que tenha 
apreciado a leitura. 
72 
considerações finais
Caro(a) aluno(a), nesta unidade, você teve contato com a arte que se desenvolveu 
desde a Idade Média até o século XVIII, ou seja, Renascimento, Barroco e Rococó. 
Cabe destacar aqui que, em cada um desses momentos históricos que deram ori-
gem às diversas manifestações artísticas, percebe-se um processo de rompimento 
com os padrões anteriores, assim como uma preocupação com a estética que foi se 
desenvolvendo de diferentes formas, em cada um dos estilos estudados, manifestan-
do-se na arquitetura, escultura, pintura e decoração. 
Na Idade Média, vemos o surgimento de uma arte cristã que já se manifestava no 
Império Romano e que amadurece ao longo do período medieval, com uma temática 
voltada à valorização da Igreja Católica. A arquitetura nesse período, assim como 
a pintura, se voltavam para a construção e decoração de Igrejas. Vemos, portanto, 
nesse período, os estilos românico e gótico que antecedem o Renascimento.
Com o fim da Idade Média, vemos a arte mudando de feições, não apenas as ques-
tões religiosas são o centro da arte, mas a vida nas cidades, assim como a vida de 
personalidades marcantes. O mecenato se desenvolve, proporcionando aos artistas a 
possibilidade de explorar a arte graças ao patrocínio de burgueses, nobres e reis. De-
vido a esse fato, veremos um grande desenvolvimento da arte em todos os sentidos.
Após o Renascimento, vemos o Barroco e, em seguida, o Rococó. O Barroco se 
opõe à racionalidade da arte renascentista e busca explorar a dramaticidade e o sen-
timento tanto na arquitetura quanto na pintura e escultura. Já o Rococó surge após 
o Barroco com outros valores estéticos, voltados a vida fútil da sociedade aristocrata. 
A arte desse movimento era mais leve e delicada em relação ao Barroco, tendo como 
função proporcionar prazer por meio da suavidade e delicadeza. 
Vemos, portanto, caro(a) aluno(a), que a arte expressa o estilo de vida de cada 
sociedade, os anseios e acontecimentos históricos que influenciam a vida cotidiana. 
 73
atividades de estudo
1. A arte cristã surgiu muito antes da Idade Média. Referente a essa arte, leia as 
afirmativas e marque a alternativa correta.
I. A arte cristã surgiu no momento em que os cristãos ainda eram perseguidos 
pelo Império Romano.
II. As manifestações de arte eram realizadas em igrejas e túmulos.
III. As manifestações artísticas, em sua maioria, eram pequenas pinturas realiza-
das em catacumbas, com adorno ao túmulo dos católicos.
IV. Esse tipo de arte era aceito pelos romanos, que também eram católicos, não 
havendo perseguição.
Marque a alternativa correta.
a. I, II e III estão corretas.
b. I e III estão corretas.
c. I, II e IV estão corretas.
d. II, III, e IV estão corretas.
e. Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
2. No período medieval se desenvolveu a arte na civilização Bizantina e também 
na Europa Ocidental, cada qual com suas características. Leia as afirmativas e 
marque a alternativa correta.
I. O maior exemplar de arquitetura da civilização Bizantina é a Basílica de Santa 
Sofia.
II. Entre os séculos XI e XII desenvolveu-se o estilo românico. As principais carac-
terísticas desse estilo são: a utilização de abóbodas, pilares maciços, paredes 
espessas para dar sustentação e aberturas estreitas, como janelas.
III. As igrejas góticas eram consideradas “fortalezas de Deus” devido ao seu tama-
nho e solidez. A arte gótica se desenvolveu devido ao renascimento urbano-
-comercial e expressa o sentimento transcendental religioso.
IV. No que se refere à pintura gótica, houve uma preocupação com o realismo, 
sendo a temática religiosa a mais explorada.
74 
atividades de estudo
Marque a alternativa correta.
a. I, II e III estão corretas.
b. I e III estão corretas.
c. I, II e IV estão corretas.
d. II, III, e IV estão corretas.
e. Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
3. O Renascimento refere-se a um período entre os séculos XIV e XVI que traz 
grandes mudanças na arte. A arquitetura renascentista apresenta diversas ca-
racterísticas. Quais são elas? 
4. Existiram vários pintores que se destacaram no período do Renascimento. Re-
lacione as colunas entre pintores e suas características e, em seguida, marque 
a sequência numérica correta.
1. Masaccio.
2. Fra Angelico.
3. Paollo Uccello.
4. Piero della Francesca.
5. Botticelli.
6. Leonardo da Vinci.
7. Michelangelo.
8. Rafael.
( ) Preocupava-se em expressar um ideal de beleza por meio do ritmo.
( ) Trabalhava suas obras segundo os princípios da matemática. Seus temas são, 
em sua maioria, fantasias medievais.
( ) Representou de forma exemplar os ideais clássicos de harmonia e regulari-
dade das formas e cores.
( ) Acrescentou a seu trabalho uma tendência religiosa, suas obras estão im-
pregnadas de um sentido místico.
( ) Primeiro pintor do século XV a conceber a pintura como imitação do real - 
realismo intenso.
 75
atividades de estudo
( ) Também trabalhou na pintura de forma a expressar a perfeição do corpo, 
seus movimentos, músculos e suavidade na composição.
( ) Trabalha suas obras com base na geometria, aproximando a figura humana 
dos padrões geométricos, representando detalhes do corpo e sua estrutura 
de forma imprescindível.
( ) Na pintura se destacou por seus trabalhos com domínio das técnicas de luz e 
sombras, dando dramaticidade de leveza aos temas que pintou.
Marque a alternativa correta.
a. 1- 3- 5- 7- 4- 2- 6- 8.
b. 5 -3 -8- 2- 1- 7- 4- 6.
c. 5- 4- 7- 2 -1- 8- 3- 6.
d. 1- 3- 7- 5 -4- 8- 6 -2.
e. Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
5. O Barroco se desenvolveu entre os anos de 1600 e aproximadamente 1750 e 
influenciou a arquitetura e a decoração de interiores. Sobre o Barroco, leia as 
alternativas e marque a opção incorreta.
a. Na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo da arte renas-
centista.
b. Em termos gerais, a arquitetura barroca deixa de lado o racionalismo do Re-
nascimento e trabalha com os exageros, o luxo e as curvas.
c. A intenção do interior era expor a beleza da decoração e deixar o observador 
perplexo pela grandiosidade dos detalhes compostos pela separação entre a 
pintura, arquitetura e escultura, que eram distribuídos em diferentes espaços, 
separados uns dos outros.
d. Na escultura barroca o equilíbrio desaparece, dando lugar à exaltação dos 
sentimentos. As formas procuram expressar o movimento e recobrem-se de 
efeitos decorativos.
e. Nenhuma das opções anteriores está correta.
6. A arte Rococó foi feita para uma determinada classe social, a aristocracia. Que 
valores refletia a arte Rococó?
76 
LEITURA
COMPLEMENTAR
Como sugestão para leitura complementar e para que você, caro(a) aluno(a), vislumbre 
mais uma das vertentes onde a arte se manifesta, apresento-lhe este artigo que narra uma 
refl
exão acerca do conteúdo Arte e Moda, assim você pode conhecer um pouco mais sobre 
a sinergia que acontece entre essas duas áreas.
ROUPA DE ARTISTA: A ROUPA COMO LINGUAGEM NA ARTE 
Resumo 
A Roupa de Artista, como linguagem artística, pode estabelecer interessantes conexões 
entre a moda e a arte. Apresentamos aqui uma breve refl exão em que buscamos compre-
ender de que forma a arte se apropria da roupa como objeto expressivo e como linguagem, 
e que tipos de diálogos podem ser estabelecidos pela arte por meio da Roupa de Artista.
Palavras-chave: Roupa de artista. Arte. Moda. Linguagens artísticas. 
[...]
A Roupa como linguagem da arte 
Muito se discute a respeito do que pode ser classifi cado como arte. Desde muito cedo, a 
estética e a fi losofi a da arte se ocupam dessa questão. Com os alargamentos sofridos pela 
arte, e com suas transversalidades, muitas confusões surgiram no momento em que obje-
tos de uso cotidiano adentraram as portas dos museus e ali se instalaram. Danto (2010, p. 
42, grifo do autor) chega a indagar-se: “afi nal, que tipo de predicado é “uma obra de arte?”. 
Afi rmar, hoje, que um objeto é ou não uma obra de arte acaba se tornando um verdadeiro 
desafi o, em um momento em que uma infi nidade de coisas podem ser chamadas de arte. 
Archer (2001, IX) sugere que, “quanto mais olhamos, menos certeza podemos ter quanto 
àquilo que, afi nal, permite que as obras sejam qualifi cadas como “arte”, pelo menos de um 
ponto de vista tradicional”. Enquanto alguns estudiosos continuam defendendo o caráter 
essencialmente espiritual e não utilitário da obra de arte, outros, como Danto e Ostrower, 
buscam revisar as teorias da arte, a fi m de adequá-las à nova realidade: 
 77
LEITURA
COMPLEMENTAR
Para ser arte, tem que ser linguagem. Qualquer ato pode ser 
signifi cativo. Por exemplo, uma bofetada. Mas não precisa ter 
signifi cado artístico. Para tanto, o conteúdo do ato teria que ser 
objetivado através de formas de linguagem, e comunicado, atra-
vés dessas mesmas formas (OSTROWER, 1999, p. 76).
Inserir a moda, ou mais especifi camente a roupa, como linguagem artística, nos coloca 
diante do desafi o de buscar seu espaço na arte. Mendonça (2006, p. 11, grifo do autor) 
comenta que “a criação do vestuário é forçosamente arte visual aplicada e, portanto, con-
fi gura uma linguagem artística”. Se considerarmos as ideias de Ostrower (1999, p. 197) 
quando afi rma que “o que determina o caráter artístico de uma imagem é a expressividade 
das formas de linguagem”, então estaremos mais perto de encontrar nosso denominador 
comum entre a arte e a moda. 
Fonte: adaptado de Basso, (2014). 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
78 
História da indumentária e da moda, Da Antiguidade 
aos dias atuais
Bronwyn Cosgrave
Editora: GG Moda
Sinopse: a indumentária de cada cultura é um refl exo dos valo-
res de cada sociedade em sua época. Por funcionalidade, osten-
tação ou pura questão estética, o vestuário sempre serviu para 
comunicar o que, para a autora, é o verdadeiro signifi cado da 
moda: a manifestação da personalidade de cada indivíduo.
Com base em uma extensa pesquisa histórica, História da indumentária e da moda apre-
senta a indumentária e a evolução da moda desde os povos da Antiguidade aos grandes 
estilistas do século XX, e a indústria das marcas internacionais. Cada capítulo é ricamente 
ilustrado e aborda a indumentária e os costumes das culturas e dos períodos históricos mais 
representativos por meio de seu contexto histórico e do papel da mulher na sociedade em 
questão e descreve o vestuário de homens e mulheres e os tecidos utilizados, além de cha-
péus, acessórios de cabeça, penteados, maquiagem, perfumes e demais cuidados pessoais.
Comentário: o livro nos apresenta a história da Arte e da indumentária de modo objetivo, 
em que as divisões do conteúdo nos posiciona a cerca de elementos, como o papel da mu-
lher nas diferentes civilizações, o papel do homem ainda o contexto histórico, bem como a 
indumentária e os pontos sobre as manifestações sociais e artísticas.
Maria Antonieta
Idalberto Chiavenato, Arão Sapiro
Ano: 2005
Sinopse: a princesa austríaca Maria Antonieta (Kirsten Dunst) é en-
viada ainda adolescente à França para se casar com o príncipe Luis 
XVI (Jason Schwartzman), como parte de um acordo entre os países. 
Na corte de Versalles, ela é envolvida em rígidas regras de etique-
ta, ferrenhas disputas familiares e fofocas insuportáveis, mundo 
em que nunca se sentiu confortável. Praticamente exilada, decide criar um universo à parte 
dentro daquela corte, no qual pode se divertir e aproveitar sua juventude. Só que, fora das 
paredes do palácio, a revolução não pode mais esperar para explodir.
Comentário: excelente estudo sobre arquitetura, arte, pintura e indumentária da época, 
além de uma visão única sobre a corte, bem como seus costumes.
 DESIGN 
 79
Como vimos nesta unidade, há uma continuidade das manifestações artísticas desde a re-
nascença até a atualidade e, por isso, prosseguimos também com o documentário. Assista a 
continuidade de História da Arte — Das Origens ao Legado Grego (PARTE II).
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=UkD-CgyXYIM>.
80 
referências
BASSO, A. T. Roupa de Artista: a roupa como linguagem na arte. 10. Colóquio de 
moda - 7. edição Internacional, 1. Congresso Brasileiro de Iniciação Científica em 
Design e Moda, 2014. Disponível em: <http://www.coloquiomoda.com.br/anais/
anais/10-Coloquio-de-Moda_2014/ARTIGOS-DE-GT/GT08-MODA-e-TERRITO-
RIO-DE-EXISTENCIA-processos-de-criacao-e-subjetivacao/GT-8-ROUPA-DE-
-ARTISTA-A-ROUPA-COMO-LINGUAGEM-NA-ARTE.pdf> Acesso em: 25 set. 
2017.
BAUMGART, F. Breve história da arte. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
CHENEY, S. História da arte. Sao Paulo: Rideel, 1995.
COSGRAVE, B. História da indumentária e da moda: Da antiguidade aos dias atu-
ais. Barcelona: GG moda, 2012.
GOMBRICH, E. H.; CABRAL, Á. A história da arte. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 
1999.
JANSON, H. W.; JANSON, A. F. Iniciação a história da arte. 2. ed. São Paulo: Mar-
tins Fontes, 1996.
JANSON, H. W.; LEAL, M. B. História geral da arte: renascimento e barroco. 2. ed. 
São Paulo: Martins Fontes, 2001.
READ, H. Arte e alienação: o papel do artista na sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 
1983.
SANTOS, M. G. V. P. História da arte. 16. ed. São Paulo: Ática, 2005.
_____. História da arte. 17. ed. São Paulo: Ática, 2012.
STRICKLAND, C.; BOSWELL, J. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno. 
15. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.
TRINDADE, S. História da Arte. Bahia: Faculdade de Tecnologia e Ciências, 2007.
 81
gabarito
1. b
2. c
3. A busca de uma ordem e de uma disciplina que superasse o ideal de infinitude 
do espaço das catedrais góticas. Na arquitetura renascentista, a ocupação do 
espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal 
forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer 
ponto em que se coloque. 
4. b
5. c
6. A arte do Rococó refletia, portanto, os valores de uma sociedade fútil que bus-
cava nas obras de arte algo que lhe desse prazer e a levasse a esquecer seus 
problemas reais. Os assuntos explorados pelos artistas deveriam ser as cenas 
graciosas, realizadas de tal forma que refletissem uma sensualidade sutil.
Professora Dra. Paula Piva Linke 
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Impressionismo e Pós-impressionismo 
• Arte Moderna
• Arte Pós-moderna 
Objetivos de Aprendizagem
• Apresentar as características do Impressionismo e Pós-
impressionismo, que deram espaço a Arte Moderna.
• Apresentar os movimentos que fazem parte da Arte 
Moderna e seus artistas. 
• Apresentar os movimentos que fazem parte da arte Pós-
moderna e seus artistas.
ARTE NO SÉCULO XIX E XX
III
unidade
INTRODUÇÃO
Olá caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à terceira Unidade do livro de 
História da Arte e do Design. O objetivo desta unidade é o de conhecer-
mos um

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais