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HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 1 COLÔNIA QUESTÃO 01 (EsFCEx)Sobre as relações entre colonos e jesuítas, no que diz respeito ao uso da mão de obra indígena, analise as afirmativas abaixo e, em seguida, assinale a alternati- va correta. I. O uso da mão de obra escrava pelos colonos não con- flitava com os interesses da Coroa e nem com os dos jesuítas, mas ao insistirem no cativeiro indígena, os colonos despertaram a oposição dos inacianos. II. As relações contrárias aos padres jesuítas por parte dos colonos acentuou-se pelo fato de os lusos acredita- rem que os inacianos retardavam o desenvolvimento de suas atividades econômicas ao dificultar o uso da mão de obra indígena. III. Os jesuítas foram expulsos da Capitania de São Vicente porque os colonos os denunciaram por trans- formar índios aldeados em escravos da Companhia. a) somente I está correta b) somente II está correta c) somente III está correta d) somente I e II estão corretas e) somente II e III estão corretas QUESTÃO 02 (EsFCEx) Quanto à presença holandesa no nordeste brasileiro, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta. I. A primeira tentativa de conquista holandesa no Brasil ocorreu em 1624. O alvo era Salvador, a capital da co- lônia. II. Em 1630 os holandeses chegaram a Pernambuco, dominando, sem maiores problemas, Recife e Olinda, apesar dos preparativos de defesa efetuados pelos per- nambucanos. III. No governo de Maurício de Nassau não houve a menor preocupação com a reorganização da produção açucareira, sendo esse administrador holandês um forte aliado dos senhores de engenho de Pernambuco. IV. Depois da saída de Maurício de Nassau do Brasil, a administração holandesa tornou-se dura e violenta. a) Somente I, II e III estão corretas. b) Somente I, II e IV estão corretas. c) Somente I e III estão corretas. d) Somente II e III estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas QUESTÃO 03 (EsFCEx) Um clima de tensão e revolta tomou conta das camadas mais altas da sociedade quando o governa- dor da capitania, o Visconde de Barbacena, anunciou que haveria uma nova derrama. Ou seja, haveria uma nova cobrança forçada de impostos atrasados. Os fatos do enunciado acima se aplicam ao movimento que atin- giu o Brasil durante o século XVIII e que se denominou: a) Revolta de Vila Rica. b) Guerra dos Emboabas. c) Guerra da Cisplatina. d) Inconfidência Mineira. e) Conjuração Baiana QUESTÃO 04 (EsFCEx) Sobre a escravidão africana no Brasil e cor- reto afirmar que: a) no inicio do trafico negreiro para o Brasil, a maioria dos africanos provinha da Guine, na África Ocidental, e integravam dois grandes grupos unidos por semelhanças linguísticas e culturais: bantos e sudaneses. b) Recife e Salvador, por se tratarem de grandes produ- tores de cana-de-açúcar, foram os principais entrepostos escravistas, do inicio ao fim da escravidão no Brasil. Receberam, sobretudo, africanos bantos. c) os escravos urbanos eram mais vigiados porque con- viviam com os seus proprietários no reduzido espaço da casa da cidade, enquanto que os escravos rurais ficavam mais isolados trabalhando nas lavouras, favorecendo as rebeliões e as fugas. d) no quilombo de Palmares, símbolo da resistência africana, Ganga Zumba, então líder daquele quilombo, foi substituído por Zumbi que, em 20 de novembro de 1694, venceu as forcas comandadas por Domingos Jor- ge Velho. Por sua vitória contra a opressão, o 20 de novembro passou a ser o Dia da Consciência Negra. e) os africanos, ao chegarem no Brasil, eram divididos pelos colonizadores em duas categorias: a dos bocais, que reunia os recém-chegados – fossem bantos ou suda- neses – que nada sabiam da cultura dos portugueses; e a dos ladinos, africanos aculturados que já entendiam a língua e alguns costumes dos colonizadores. QUESTÃO 05 (EsFCEx) No século XV, Portugal e Espanha deram início à expansão marítima europeia, da qual resultaram grandes impérios coloniais, a exemplo do Brasil. As afirmativas abaixo dizem respeito às várias explicações acerca do expansionismo e dos descobrimentos portu- gueses dos séculos XV e XVI. Analise-as e, a seguir, assinale a alternativa correta. I. A busca por rotas comerciais alternativas na tentativa de escapar das altas taxas cobradas pelos turco- otomanos, a partir do domínio estabelecido por eles no Mediterrâneo oriental em 1453. II. O desenvolvimento de instrumental tecnológico para navegação, a partir de estudos realizados por cartógra- HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 2 fos, astrônomos, matemáticos e navegadores na Escola de Sagres. III. A aliança entre portugueses, venezianos e genoveses para fortalecer o monopólio que mantinham sobre o Mediterrâneo, visando anular os prejuízos causados pela invasão árabe na península Ibérica ocorrida naquele período. IV. As aspirações da burguesia mercantil que havia consolidado a sua relação com a Coroa durante a Revo- lução de Avis, entre 1383 e 1385, quando as forças de Castela foram expulsas de Portugal e Dom João I assu- miu o trono. a) Somente a I está correta. b) Somente a I e a III estão corretas. c) Somente a I, a II e a IV estão corretas. d) Somente a I, a III e a IV estão corretas. e) Somente a II e a IV estão corretas. QUESTÃO 06 (EsFCEx) Inegavelmente, fatores políticos europeus influenciaram a História do Brasil ao longo dos tempos. Em particular, a invasão holandesa no nordeste brasilei- ro durante o século XVII está relacionada: a) à Guerra dos Cem Anos que colocou as terras fla- mengas sob a égide do domínio britânico obrigando os holandeses a buscarem novas terras para alocar a popu- lação perseguida. b) ao confronto entre lusitanos e castelhanos na região de fronteira de Portugal. Esse conflito fragilizou as defesas da metrópole ibérica permitindo a ação holande- sa no Brasil. c) às Guerras de Reconquista contra os mouros que deixou os portugueses à mercê do controle financeiro dos banqueiros holandeses. d) aos Atos de Navegação estabelecidos pelo governo inglês. Essa medida prejudicou enormemente os interes- ses marítimos holandeses deixando a nação flamenga com a única opção de ocupar as zonas produtoras de açúcar. e) à União Ibérica que atrapalhou os interesses holande- ses no comércio do açúcar levando o governo da Holan- da a optar pela ocupação das zonas produtoras no nor- deste. QUESTÃO 07 (EsFCEx) A máquina administrativa colonial portugue- sa primou pelos zelos fiscais e pela preservação da so- berania lusitana sobre as terras brasileiras. Acerca dos mecanismos de controle criados por Portu- gal, é correto afirmar: a) as câmaras municipais representavam a única mani- festação autônoma da colônia. Entre suas atribuições estava a possibilidade de contratar serviços, nomear os capitães-mores e distribuir sesmarias. b) o Regimento Geral estabelecia as regras fiscais na própria Colônia. O Regimento trazido pelos primeiros capitães-donatários determinava ainda os direitos e deveres dos mesmos. c) o objetivo principal da criação do Governo Geral, estabelecido em Salvador em 1549, era centralizar a administração metropolitana na própria Colônia. d) tanto donatários como sesmeiros possuíam as mes- mas obrigações fiscais, oportunidades fundiárias e direi- tos arrecadatórios determinados pelas Cartas de Doação. e) os “homens bons” representantes da elite colonial tinham seu poder muito mais determinado pela quanti- dade de terras que possuíam do que pela quantidade de escravos. Os forais regulavam o tamanho destas propri- edades. QUESTÃO 08 (EsFCEx) Sobre os conflitos no Brasil colonial pode-se destacar dois modelos, nãoexclusivos, de revoltas e rebeliões que tensionaram o domínio português e con- tribuíram para o desgaste do sistema colonial, a saber: I. o primeiro modelo caracterizou-se por diversos levan- tes de colonos que se sentiam prejudicados com as altas taxas de impostos cobrados pela Coroa e com o exercí- cio do monopólio exercido pelas companhias mercanti- listas. Estes movimentos não tinham caráter anticolonial e independentista, porém, serviram para mostrar a exis- tência de interesses de uma população já enraizada no Brasil. Receberam o nome de rebeliões nativistas. II. o segundo modelo caracterizou-se por revelar, clara- mente, a intenção em lutar pela emancipação do Brasil em relação à Portugal mostrando-se possuidor de algu- ma consciência nacional, além de certa organização política. Não se limitou a contestar determinados aspec- tos da dominação colonial, como impostos, mas questi- onava o próprio pacto colonial. Buscava a independên- cia política, apesar de circunscritos às regiões em que aconteceram. Recebeu o nome de rebeliões anticoloni- ais. Assinale a alternativa que combina, respectivamente, movimentos relacionados a cada um dos modelos aci- ma. a) Guerra dos Emboabas e Guerra dos Mascates. b) Inconfidência Mineira e Revolta de Beckman. c) Conjuração Baiana e Inconfidência Mineira. d) Rebelião de Vila Rica e Conjuração Baiana. e) Inconfidência Mineira e Guerra dos Mascastes QUESTÃO 09 (Ufg 2010) Leia o texto a seguir. […] se me representou que, pelas notícias que tinham adquirido com as entradas que haviam feito pelos ser- tões dessa América, se lhes fazia certo haver neles mi- nas de ouro e prata, e pedras preciosas, cujo descobri- mento senão havia intentado pela distância em que fica- ram as tais terras, aspereza dos caminhos, e povoações de índios bárbaros que nelas se achavam aldeados; […] e porque deste descobrimento de minas podiam resultar grandes interesses à minha fazenda, se ofereciam a me HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 3 irem fazer esse serviço tão particular, à sua custa, não só conquistando com guerra aos gentios bárbaros que se lhes opuserem mas também procurando descobrir os haveres que nas ditas terras esperavam achar, […] e que fazendo o serviço que se ofereciam esperavam ser-lhes remunerado com as honras e prêmios. Resposta de D. João V ao pedido de licença dos bandeirantes, 14 de fevereiro de 1721. In: PALACÍN, Luís; GARCIA, Ledonias; AMA- DO, Janaína. História de Goiás em documentos. Goiânia: Editora da UFG, 1995. p. 22. (Adaptado). O documento remete às relações entre o Rei e os súdi- tos, no período colonial no Brasil, estabelecendo que a) a exploração aurífera seria feita com base nos inves- timentos da Coroa nas expedições. b) os gentios seriam protegidos por meio da proibição de sua escravização. c) o conhecimento da fauna e da flora do sertão seria prioritário para os interesses da Coroa. d) a recompensa dos bandeirantes estaria assegurada em caso de sucesso da expedição. e) as expedições em áreas distantes e infestadas de gen- tios seriam excluídas do patrocínio real. QUESTÃO 10 (Uece 1996) "A armada de Martim Afonso de Sousa, que deveria deixar Lisboa a 3 de dezembro de 1531, vinha com poderes extensíssimos, se comparados aos das expedições anteriores, mas tinha como finalidade principal desenvolver a exploração e limpeza da costa, infestada, ainda e cada vez mais, pela atividade dos comerciantes intrusos." (HOLANDA, Sérgio Buarque de. "As Primeiras Expedições." in: HOLANDA, Sérgio Buarque de. (org) HISTÓRIA GERAL DA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA. Tomo I, Volume 1. São Paulo: DI- FEL, 1960. p. 93.) Com base nesta citação, assinale a alternativa que indica corretamente os principais objetivos das primeiras ex- pedições portuguesas às novas terras descobertas na América: a) expulsar os contrabandistas de pau-brasil e combater os holandeses instalados em Pernambuco b) garantir as terras brasileiras para Portugal, nos termos do Tratado de Tordesilhas, e expulsar os invasores es- trangeiros c) instalar núcleos de colonização estável, baseados na pequena propriedade familiar, e escravizar os indígenas d) estabelecer contatos com as civilizações indígenas locais e combater os invasores franceses na Bahia QUESTÃO 11 (Ufes 1996) A organização da agromanufatura açucarei- ra no Brasil Colônia está ligada ao sentido geral da colonização portuguesa, cuja dinâmica estava baseada na a) pesada carga de taxas e impostos sobre o trabalho livre, com o objetivo de isentar de tributos o trabalho escravo. b) unidade produtiva voltada para a mobilidade mercan- til interna, ampliada pelo desenvolvimento de atividades artesanais, industriais e comerciais. c) estrutura de produção, que objetivava a urbanização e a criação de maior espaço para os homens livres da colônia. d) pequena empresa, que procurava viabilizar a produ- ção açucareira apenas para o mercado interno. e) propriedade latifundiária escravista, para atender aos interesses da Metrópole Portuguesa de garantir a produ- ção de açúcar em larga escala para o comércio externo. QUESTÃO 12 "No decorrer do período colonial no Brasil os interesses entre metropolitanos e colonos foram se ampliando. O descontentamento se agravou quando, a 10. de abril de 1680, a Coroa estabeleceu a liberdade incondicional dos indígenas, proibindo taxativamente que fossem escravizados. Além disso confiou-os aos jesuítas, que passaram a ter a jurisdição espiritual e temporal das aldeias indígenas. Visando solucionar o problema da mão de obra para as atividades agrícolas do Maranhão, o governo criou a Companhia do Comércio do Estado do Maranhão (1682). Durante vinte anos, a Companhia teria o monopólio do comércio importador e exportador do Estado do Mara- nhão e do Grão-Pará. Cabia-lhe fornecer dez mil escra- vos africanos negros, à razão de quinhentos por ano, durante o período da concessão outorgada." (AQUINO, Rubim Santos Leão de [et al.]. "Sociedade Brasileira: uma história através dos movimentos sociais". 3a ed., Rio de Janeiro: Record, 2000.) Pelos elementos mercantilistas, geográficos e cronológi- cos, o conflito inferido do texto foi a Revolta a) dos Emboabas. b) dos Mascates. c) de Amador Bueno. d) de Filipe dos Santos. e) de Beckman. QUESTÃO 13 "De todas as colônias inglesas, a melhor é o reino de Portugal" Dito popular, Portugal - século XVIII, citado por Teixeira, F. M. P., "Brasil História e Sociedade". Assinale a alternativa que explica, corretamente, a afir- HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 4 mação anterior. a) As relações econômico-comerciais entre Inglaterra e Portugal estavam baseadas no Pacto Colonial, o que garantia vultosos lucros aos ingleses. b) A Inglaterra participava dos lucros da mineração brasileira, visto as trocas comerciais favoráveis a ela, estabelecidas com Portugal pelo Tratado de Methuen. c) O declínio do setor manufatureiro em Portugal, de- corrente do Embargo Espanhol, tornou a economia lusa altamente dependente das exportações agrícolas ingle- sas. d) A Revolução Industrial inglesa foi possível, graças à importação de matéria-prima barata proveniente de Portugal. e) Portugal e Inglaterra eram parceiros no comércio com as colônias portuguesas na Ásia, entretanto o transporte era realizado por navios ingleses, o que lhes garantia maior participação nos lucros daí advindos. Gabarito 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 d a b C e e c d D 1 b e e b OUTRAS QUESTÕES QUESTÃO 01 (Ufsm 2011) As duas figuras simbolizam dois processos econômicos que se consolidaram e se expandiramno século XVIII, provocando amplas e irreversíveis modificações nos respectivos ecossistemas. As relações históricas entre os dois processos podem ser consideradas a) meramente cronológicas, pois ambos se desenvolve- ram nos inícios do século XVIII, época em que se ex- pandia, tanto na Europa quanto nas Américas coloniza- das pelos europeus, a utilização do trabalho escravo dos negros africanos devidamente controlados e administra- dos pelos seus proprietários, os membros da elite bran- ca. b) muito tênues, na medida em que apenas representam dois exemplos isolados de destruição predatória dos ambientes naturais, seja para extrair riquezas minerais em zonas rurais despovoadas, seja para promover a urbanização das cidades industriais afetadas pela polui- ção, prevenindo os efeitos danosos dessa poluição na vida e na saúde da crescente população. c) significativas, pois, desde a assinatura do tratado de Methuen (1703), o Estado português ficou subordinado aos interesses da Inglaterra: como as importações dos 'panos' tecidos pelas manufaturas inglesas custavam mais caro para Portugal do que as receitas com as ex- portações de 'vinhos' para o mercado inglês, o ouro extraído das regiões mineiras da América colonial lusi- tana foi amplamente transferido para o mercado inglês, aí contribuindo para sedimentar as precondições para o desenvolvimento da Revolução Industrial. d) de reciprocidade, pois o processo de urbanização das cidades industriais inglesas inspirou o planejamento urbano das povoações coloniais americanas que se ex- pandiram para o interior, permitindo antecipar e corrigir problemas como: ocupação intensa e acelerada, traçado das ruas e das praças, integração do setor rural com o urbano, articulação com as demais vilas e cidades e com os portos de escoamento da produção mineira. e) de modernização, pois os novos produtos da moderna tecnologia industrial inglesa puderam ser importados pelos proprietários das minas e dos escravos, permitindo incrementar a produção colonial, diminuir os custos e obter maiores lucros, dinamizando a economia e a soci- edade da mineração e encaminhando o Estado português para a emancipação da hegemonia da Inglaterra. QUESTÃO 02 (Espcex) O conflito armado travado na segunda metade do século XVIII e que ficou conhecido como Guerras Guaraníticas, a) foi uma reação dos índios de Sete Povos das Missões, liderados por alguns jesuítas, à ocupação de suas terras e à possível escravização. b) ocorreu entre paulistas com o apoio de diversas tribos guaranis e os emboabas, pela hegemonia da extração do ouro das Minas Gerais. c) definiu a conquista da Colônia do Sacramento por tropas luso-brasileiras. d) provocou a assinatura do Tratado de Lisboa, pelo qual Portugal devolvia a área conhecida como Sete Povos das Missões à Espanha. e) abriu caminho para a conquista e ocupação, por parte dos portugueses, da calha do rio Solimões – Amazonas. HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 5 QUESTÃO 03 (Espcex(Aman 2011) Sobre o Governo Geral, instalado no Brasil pelo regimento de 1548, pode-se afirmar que a) acabou, de imediato, com o sistema de capitanias hereditárias. b) teve total sucesso ao impor a centralização política em toda a colônia, como forma de facilitar a defesa do território. c) teve curta duração, pois foi dissolvido durante a ocu- pação francesa do Rio de Janeiro, em 1555. d) durou até 1808, apesar de, a partir de 1720, os gover- nadores passarem a ser chamados de vicereis. e) adotou, desde o início, o Rio de Janeiro como única capital, em virtude do grande sucesso da cultura canavi- eira nas províncias do Rio de Janeiro e São Paulo. QUESTÃO 04 (Ufpr 2011) A chamada União das Coroas Ibéricas (1580–1640) consistiu no domínio do Reino de Castela sobre o de Portugal. Naquele momento, os reis da dinastia dos Habsburgos, Felipe II, III e IV, subjugaram toda a Península Ibérica, e Madri tornou-se capital dos vastos impérios coloniais português e espanhol, reduzindo a importância e o sta- tus da cidade de Lisboa. Sobre esse período, considere as seguintes afirmativas: 1. O domínio castelhano da Península Ibérica, idealiza- do por séculos, teve lugar graças à guerra movida pelo Habsburgo Felipe II contra o Rei Dom Sebastião, da casa dinástica de Avis, que então detinha a Coroa portu- guesa. 2. O controle holandês sobre o Nordeste açucareiro (1630–1654) constituiu um resultado direto do controle de Castela sobre Portugal, como consequência da difi- culdade castelhana de controlar militarmente tanto o império espanhol como o português. 3. Várias instituições e repartições administrativas, eclesiásticas e judiciárias foram criadas, visando uma maior aproximação entre o Brasil e Castela. Entre tais repartições e instituições, estão o Conselho de Índias, mais tarde Conselho Ultramarino, as Visitações do Santo Ofício às partes do Brasil e o Tribunal Superior da Relação, criado na Bahia em 1609. 4. A restauração e consolidação de uma nova dinastia detentora da Coroa portuguesa, a de Bragança, decorre- ram de um tratado de paz firmado entre Madri e Lisboa, o qual pôs fim pacificamente à dominação castelhana da parte lusa da Península Ibérica. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa 4 é verdadeira. b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. QUESTÃO 05 (Ufrs 2011) Observe no mapa abaixo a região platina Sobre as intervenções luso-brasileiras ocorridas na Ban- da Oriental durante o período joanino, são feitas as seguintes afirmações. I. O vice-rei Francisco Elio, sitiado em Montevidéu pelas tropas artiguistas, declarou guerra à Corte portu- guesa em 1811, provocando a invasão das forças milita- res lusitanas. II. A intervenção em 1816 justificava-se pela necessida- de de se defender o Rio Grande do Sul e de se reestabe- lecer a tranquilidade dos proprietários rurais, ameaçada pelas reformas sociais de Artigas. III. Na primeira intervenção, as forças militares estacio- naram em Maldonado; na segunda, alcançaram a capital oriental, recebendo apoio do Cabildo local. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. QUESTÃO 06 (Unicamp 2011) A arte colonial mineira seguia as proposições do Concí- lio de Trento (1545-1553), dando visibilidade ao catoli- cismo reformado. O artífice deveria representar passa- gens sacras. Não era, portanto, plenamente livre na definição dos traços e temas das obras. Sua função era criar, segundo os padrões da Igreja, as peças encomendadas pelas con- frarias, grandes mecenas das artes em Minas Gerais. (Adaptado de Camila F. G. Santiago, “Traços europeus, cores minei- ras: três pinturas coloniais inspiradas em uma gravura de Joaquim Carneiro da Silva”, em Junia Furtado (org.), Sons, formas, cores e movimentos na modernidade atlântica. Europa, Américas e África. São Paulo: Annablume, 2008, p. 385.) HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 6 Considerando as informações do enunciado, a arte colo- nial mineira pode ser definida como a) renascentista, pois criava na colônia uma arte sacra própria do catolicismo reformado, resgatando os ideais clássicos, segundo os padrões do Concílio de Trento. b) barroca, já que seguia os preceitos da Contrarrefor- ma. Era financiada e encomendada pelas confrarias e criada pelos artífices locais. c) escolástica, porque seguia as proposições do Concílio de Trento.Os artífices locais, financiados pela Igreja, apenas reproduziam as obras de arte sacra europeias. d) popular, por ser criada por artífices locais, que incluí- am escravos, libertos, mulatos e brancos pobres que se colocavam sob a proteção das confrarias. QUESTÃO 07 (Upe 2010) O trabalho cria riquezas sociais que, nem sempre, são divididas e servem para efetivar sociedades equilibradas. O uso da escravidão mostra a existência da exploração, mesmo nos tempos modernos. A escravidão a) foi utilizada nas colônias europeias até o século XVIII, na agricultura, apresentando grande lucrativida- de nos negócios agrícolas. b) tinha lugar no trabalho doméstico, apenas nas colô- nias portuguesas e inglesas, sendo ineficaz no comércio. c) conseguiu se firmar nas colônias espanholas; sem êxitos expressivos, nas colônias inglesas, devido aos preconceitos raciais. d) deu condições para favorecer o crescimento da bur- guesia, que lucrava com o comércio da época e firmava seus interesses. e) inexistiu no trabalho, nas minas de ouro da América, sendo utilizada na agricultura latifundiária e nos servi- ços urbanos. QUESTÃO 08 (Ufg 2010) Leia o texto a seguir. […] se me representou que, pelas notícias que tinham adquirido com as entradas que haviam feito pelos ser- tões dessa América, se lhes fazia certo haver neles mi- nas de ouro e prata, e pedras preciosas, cujo descobri- mento senão havia intentado pela distância em que fica- ram as tais terras, aspereza dos caminhos, e povoações de índios bárbaros que nelas se achavam aldeados; […] e porque deste descobrimento de minas podiam resultar grandes interesses à minha fazenda, se ofereciam a me irem fazer esse serviço tão particular, à sua custa, não só conquistando com guerra aos gentios bárbaros que se lhes opuserem, mas também procurando descobrir os haveres que nas ditas terras esperavam achar, […] e que fazendo o serviço que se ofereciam esperavam ser-lhes remunerado com as honras e prêmios. Resposta de D. João V ao pedido de licença dos bandeirantes, 14 de fevereiro de 1721. In: PALACÍN, Luís; GARCIA, Ledonias; AMA- DO, Janaína. História de Goiás em documentos. Goiânia: Editora da UFG, 1995. p. 22. (Adaptado). O documento remete às relações entre o Rei e os súdi- tos, no período colonial no Brasil, estabelecendo que a) a exploração aurífera seria feita com base nos inves- timentos da Coroa nas expedições. b) os gentios seriam protegidos por meio da proibição de sua escravização. c) o conhecimento da fauna e da flora do sertão seria prioritário para os interesses da Coroa. d) a recompensa dos bandeirantes estaria assegurada em caso de sucesso da expedição. e) as expedições em áreas distantes e infestadas de gen- tios seriam excluídas do patrocínio real. QUESTÃO 09 (Enem) O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura em que foi preso, não tinha mais do que 80 réis e oito fi- lhos, declarava que “Todos os brasileiros se fizesse franceses, para viverem em igualdade e abundância”. MAXWELL, K. Condicionalismos da independência do Brasil. SILVA, M. N. (Org.). O império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986. O texto faz referência à Conjuração Baiana. No contex- to da crise do sistema colonial, esse movimento se dife- renciou dos demais movimentos libertários ocorridos no Brasil por a) defender a igualdade econômica, extinguindo a pro- priedade, conforme proposto nos movimentos liberais da França napoleônica. b) introduzir no Brasil o pensamento e o ideário liberal que moveram os revolucionários ingleses na luta contra o absolutismo monárquico. c) propor a instalação de um regime nos moldes da república dos Estados Unidos, sem alterar a ordem soci- oeconômica escravista e latifundiária. d) apresentar um caráter elitista burguês, uma vez que sofrera influência direta da Revolução Francesa, pro- pondo o sistema censitário de votação. e) defender um governo democrático que garantisse a participação política das camadas populares, influencia- do pelo ideário da Revolução Francesa. QUESTÃO 10 (Enem 2001) Rui Guerra e Chico Buarque de Holanda escreveram uma peça para teatro chamada "Calabar", pondo em dúvida a reputação de traidor que foi atribuí- da a Calabar, pernambucano que ajudou decisivamente os holandeses na invasão do Nordeste brasileiro, em 1632. - Calabar traiu o Brasil que ainda não existia? Traiu Portugal, nação que explorava a colônia onde Calabar havia nascido? Calabar, mulato em uma sociedade es- cravista e discriminatória, traiu a elite branca? HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 7 Os textos referem-se também a esta personagem. Texto I: "... dos males que causou à Pátria, a História, a inflexí- vel História, lhe chamará infiel, desertor e traidor, por todos os séculos" Visconde de Porto Seguro, in: SOUZA JÚNIOR, A. Do Recôncavo aos Guararapes. Rio de Janeiro: Bibliex, 1949. Texto II "Sertanista experimentado, em 1627 procurava as minas de Belchior Dias com a gente da Casa da Torre; ajudara Matias de Albuquerque na defesa do Arraial, onde fora ferido, e desertara em consequência de vários crimes praticados..." (os crimes referidos são o de contrabando e roubo). CALMON P. História do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1959. Pode-se afirmar que: a) A peça e os textos abordam a temática de maneira parcial e chegam às mesmas conclusões. b) A peça e o texto I refletem uma postura tolerante com relação à suposta traição de Calabar, e o texto II mostra uma posição contrária à atitude de Calabar. c) Os textos I e II mostram uma postura contrária à atitude de Calabar, e a peça demostra uma posição indi- ferente em relação ao seu suposto ato de traição. d) A peça e o texto II são neutros com relação à suposta traição de Calabar, ao contrário do texto I, que condena a atitude de Calabar. e) A peça questiona a validade da reputação de traidor que o texto I atribui a Calabar, enquanto o texto II des- creve ações positivas e negativas dessa personagem. QUESTÃO 11 (Faap 1996) Os principais portos de desembarque de negros no Brasil foram: a) Santos, Vitória e Belém b) Salvador, Recife e Rio de Janeiro c) Rio Grande e Fortaleza d) Espírito Santo e Porto Alegre e) nas ilhas atlânticas portuguesas QUESTÃO 12 (Ufes 1996) A organização da agromanufatura açucareira no Brasil Colônia está ligada ao sentido geral da coloniza- ção portuguesa, cuja dinâmica estava baseada na a) pesada carga de taxas e impostos sobre o trabalho livre, com o objetivo de isentar de tributos o trabalho escravo. b) unidade produtiva voltada para a mobilidade mercantil interna, ampliada pelo desenvolvimento de atividades artesanais, industriais e comerciais. c) estrutura de produção, que objetivava a urbanização e a criação de maior espaço para os homens livres da colônia. d) pequena empresa, que procurava viabilizar a produção açucareira apenas para o mercado interno. e) propriedade latifundiária escravista, para atender aos interesses da Metrópole Portuguesa de garantir a produção de açúcar em larga escala para o comércio externo. QUESTÃO 13 (Uece 1996) "A armada de Martim Afonso de Sousa, que deveria deixar Lisboa a 3 de dezembro de 1531, vinha com poderes extensíssimos, se comparados aos das expedições anteriores, mas tinha como finalidade principal desenvolver a exploração e limpeza da costa, infestada, ainda e cada vez mais, pela atividade dos comerciantes intrusos." (HOLANDA, Sérgio Buarque de. "As Primeiras Expedições." in: HOLANDA, Sérgio Buarque de. (org) HISTÓRIA GERAL DA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA. Tomo I, Volume 1. São Paulo: DI- FEL, 1960. p. 93.) Com base nesta citação,assinale a alternativa que indica corretamente os principais objetivos das primeiras ex- pedições portuguesas às novas terras descobertas na América: a) expulsar os contrabandistas de pau-brasil e combater os holandeses instalados em Pernambuco b) garantir as terras brasileiras para Portugal, nos termos do Tratado de Tordesilhas, e expulsar os invasores es- trangeiros c) instalar núcleos de colonização estável, baseados na pequena propriedade familiar, e escravizar os indígenas d) estabelecer contatos com as civilizações indígenas locais e combater os invasores franceses na Bahia QUESTÃO 14 (Unitau 1995) Considere as seguintes proposições: I - A Constituição, de 25 de Março de 1824, instituía a religião Católica Romana como sendo oficial do Estado brasileiro. II - A Carta Constitucional, de 24 de Fevereiro de 1891, estabelecia para o Brasil um Estado Federativo, um sistema de governo parlamentarista e o sufrágio univer- sal. III - A Constituição, de 16 de Julho de 1934, instituía uma única Câmara, subordinando ainda as suas decisões ao Poder Executivo. IV - A extinção da autonomia dos Estados e a hipertro- fia do Poder Executivo caracterizavam a Constituição de 10 de Novembro de 1937. A alternativa que contém afirmações corretas é: a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I e IV. e) I e III. QUESTÃO 15 (Unesp 1994) A partir de 1750, com os Tratados de Limites, fixou-se a área territorial brasileira, com pe- quenas diferenças em relação a configuração atual. A expansão geográfica havia rompido os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas. No período colonial, os HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 8 fatores que mais contribuíram para a referida expansão foram: a) criação de gado no vale do São Francisco e desenvol- vimento de uma sólida rede urbana. b) apresamento do indígena e constante procura de ri- quezas minerais. c) cultivo de cana-de-açúcar e expansão da pecuária no Nordeste. d) ação dos donatários das capitanias hereditárias e Guerra dos Emboabas. e) incremento da cultura do algodão e penetração dos jesuítas no Maranhão. QUESTÃO 16 (Fuvest 1993) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) As distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfru- tar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio trans- formou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígenes e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor." (Stuart B. Schwartz, SEGREDOS INTERNOS) A partir do texto pode-se concluir que: a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, no- breza e campesinato, existente na Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da sociedade brasileira colo- nial. b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade europeia nos séculos XV e XVI. c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram ne- nhum tipo de influência sobre a constituição da socieda- de colonial. d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros, tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade colonial. e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não alte- rou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos XVI e XVII. QUESTÃO 17 (Unesp 2010) A cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana, e vinha, Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. (...) Estupendas usuras nos mercados, Todos, os que não furtam, muito pobres, E eis aqui a Cidade da Bahia. (Gregório de Matos. “Descreve o que era realmente naquelle tempo a cidade da Bahia de mais enredada por menos confu- sa”. In: Obra poética (org. James Amado), 1990.) O poema, escrito por Gregório de Matos no século XVII, a) representa, de maneira satírica, os governantes e a desonestidade na Bahia colonial. b) critica a colonização portuguesa e defende, de forma nativista, a independência brasileira. c) tem inspiração neoclássica e denuncia os problemas de moradia na capital baiana. d) revela a identidade brasileira, preocupação constante do modernismo literário. e) valoriza os aspectos formais da construção poética parnasiana e aproveita para criticar o governo. Gabarito 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 c a d B d b d d e 1 e b e b D b d a TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Os africanos não escravizavam africanos, nem se reco- nheciam então como africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a um navio euro- peu um grupo de cativos, não estava vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considera- da por ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada. (...) O comércio transatlântico (...) fazia parte de um proces- so de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa. (Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008. Adaptado.) HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 9 QUESTÃO 01 (Unesp 2012) Ao caracterizar a escravidão na África e a venda de escravos por africanos para europeus nos sécu- los XVI a XIX, o texto a) reconhece que a escravidão era uma instituição pre- sente em todo o planeta e que a diferenciação entre homens livres e homens escravos era definida pelas características raciais dos indivíduos. b) critica a interferência europeia nas disputas internas do continente africano e demonstra a rejeição do comér- cio escravagista pelos líderes dos reinos e aldeias então existentes na África. c) diferencia a escravidão que havia na África da que existia na Europa ou nas colônias americanas, a partir da constatação da heterogeneidade do continente africano e dos povos que lá viviam. d) afirma que a presença europeia na África e na Améri- ca provocou profundas mudanças nas relações entre os povos nativos desses continentes e permitiu maior inte- gração e colaboração interna. e) considera que os únicos responsáveis pela escraviza- ção de africanos foram os próprios africanos, que apro- veitaram as disputas tribais para obter ganhos financei- ros. QUESTÃO 02 (Unesp 2012) Ao caracterizar a “integração econômica do Atlântico”, o texto a) destaca os diferentes papéis representados por africa- nos, europeus e americanos na constituição de um novo espaçode produção e circulação de mercadorias. b) reconhece que europeus, africanos e americanos se beneficiaram igualmente das relações comerciais esta- belecidas através do Oceano Atlântico. c) afirma que a globalização econômica se iniciou com a colonização da América e não contou, na sua origem, com o predomínio claro de qualquer das partes envolvi- das. d) sustenta que a escravidão africana nas colônias euro- peias da América não exerceu papel fundamental na integração do continente americano com a economia que se desenvolveu no Oceano Atlântico. e) ressalta o fato de a América ter se tornado a principal fornecedora de matérias-primas para a Europa e de que alguns desses produtos eram usados na troca por escra- vos africanos. QUESTÃO 03 (Unicamp simulado 2011) Os ventos e as correntes marítimas constituíam um entrave considerável ao tráfi- co de escravos índios pela costa do Atlântico Sul. Ao contrário, nas travessias entre Brasil e Angola, zarpava- se com facilidade de Pernambuco, da Bahia e do Rio de Janeiro, até Luanda ou a Costa da Mina. (Adaptado de Luiz Felipe de Alencastro, O trato dos viventes: forma- ção do Brasil no Atlântico Sul (séculos XVI e XVII). São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 61-63.) Podemos relacionar as condições geográficas brasileiras ao sistema de exploração colonial na medida em que a) a dificuldade de fazer o tráfico de escravos índios do norte para o sul da colônia pela navegação litorânea levou os habitantes do sul a penetrarem o interior por terra, a fim de buscar uma outra via para a captura de nativos. b) a facilidade da travessia entre Brasil e Angola levou ao desenvolvimento do tráfico de escravos africanos, forma encontrada pelas capitanias do sul da colônia para compensar a falta de escravos índios para suas lavouras de café. c) o tráfico de escravos índios do norte para o sul era feito parcialmente por terra, expandindo o território além da linha de Tordesilhas, o que levou ao povoamen- to e desenvolvimento do interior da colônia em detri- mento do litoral. d) a dificuldade da navegação litorânea para o tráfico de escravos índios e o alto custo da navegação atlântica para o tráfico de escravos africanos fizeram com que a lavoura paulista se desenvolvesse com a mão de obra livre. QUESTÃO 04 (Unesp 2011) Entre as formas de resistência negra à es- cravidão, durante o período colonial brasileiro, podemos citar a) a organização de quilombos, nos quais, sob supervisão de autoridades brancas, os negros podiam viver livremente. b) as sabotagens realizadas nas plantações de café, com a introdução de pragas oriundas da África. c) a preservação de crenças e rituais religiosos de origem africana, que eram condenados pela Igreja Católica. d) as revoltas e fugas em massa dos engenhos, seguidas de embarques clandestinos em navios que rumavam para a África. e) a adoção da fé católica pelos negros, que lhes proporcio- nava imediata alforria concedida pela Igreja. QUESTÃO 05 (Ufu 2011) Sobre os quilombos no Brasil colonial, é correto afirmar que: a) formaram-se quilombos em várias regiões do Brasil, havendo o convívio entre populações escravas africanas e indígenas, tendo como principal exemplo o Quilombo dos Palmares, no atual estado de Alagoas. b) os quilombolas dependiam da permissão dos senhores das propriedades próximas para transitar pelas cidades circunvizinhas, bem como para comercializar os produtos de suas terras. c) todos os quilombos possuíam um exército próprio, de modo a proteger suas terras contra o avanço de inimigos, assim como uma complexa organização social. d) as maiores populações quilombolas no Brasil formaram- se nas regiões de maior produção monocultora de exporta- ção, como os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 10 QUESTÃO 06 (Ufrs 2011) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, referentes ao período das invasões holandesas no Nordeste brasileiro. ( )A motivação principal das invasões batavas ao Brasil está relacionada à conjuntura da União Ibérica, que fez com que os adversários da Espanha se tornas- sem hostis a Portugal. ( )O ataque às regiões produtoras de açúcar, inicial- mente na Bahia e depois em Pernambuco, foi realizado pela Companhia das índias Orientais. ( )Em função do desenvolvimento urbano e de uma política conciliadora entre luso-brasileiros e batavos, o governo de Nassau é considerado a "idade de ouro" do domínio holandês na América. ( )A chamada Restauração Pernambucana foi uma consequência do processo de endividamento dos lavra- dores de cana luso-brasileiros com o governo holandês. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) V - F - V - V. b) V - F - F - V. c) F - V - V - F. d) F - F - V - V. e) V - V - F - F. QUESTÃO 07 (Ufpr 2011) As reformas pombalinas, encetadas por Sebastião José de Carvalho e Mello (1699–1782), o Marquês de Pombal, tiveram efeito entre 1755, logo após o terremoto de Lisboa, e 1777, quando esse esta- dista perdeu sua proeminência na administração do império português. Sobre as reformas que implantou ao longo de sua administração como ministro de Dom José I, é correto afirmar: a) Tiveram grande impacto sobre o Brasil, uma vez que se criaram companhias de comércio em todas as capita- nias, com o objetivo mais amplo de racionalizar o co- mércio e implantar um rígido sistema colonial, vincu- lando metrópole e colônia. b) Ativeram-se, no campo da educação, ao ensino bási- co, deixando de lado as instituições universitárias portu- guesas. c) Basearam-se na aliança e aproximação à Ordem Jesu- ítica, que recebeu impulsos e estímulos fundamentais por seu papel na educação oferecida no Reino e nas colônias. d) Consistiram, entre outras medidas, na criação de instituições e repartições públicas vitais à administração do Reino e suas colônias, como o Erário Régio. e) Reforçaram, graças ao seu caráter absolutista, distin- ções de raça e classe em Portugal e suas colônias, impe- dindo a ascensão social de negros, índios e indianos existentes nos domínios lusos. QUESTÃO 08 (Ufrs 2011) Observe, no mapa abaixo, as principais rotas de do tráfico negreiro para o Brasil. A esse respeito, considere as seguintes afirmações. I. A rota da Alta Guiné trazia escravos das regiões dos atuais Senegal, Guiné-Bissau e Serra Leoa para o de- nominado Estado do Grão-Pará e do Maranhão. II. A rota da Costa da Mina trazia escravos das regiões dos atuais Gana, Benin e Nigéria, para as capitanias setentrionais e meridionais da América portuguesa. III. A rota de Angola trazia escravos para a capitania fluminense com ramificações que levaram ao estuário platino. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III. QUESTÃO 09 (Fuvest 2011) Quando os Holandeses passaram à ofen- siva na sua Guerra dos Oitenta Anos pela independência contra a Espanha, no fim do século XVI, foi contra as possessões coloniais portuguesas, mais do que contra as espanholas, que os seus ataques mais fortes e mais per- sistentes se dirigiram. Uma vez que as possessões ibéri- cas estavam espalhadas por todo o mundo, a luta subse- quente foi travada em quatro continentes e em sete ma- res e esta luta seiscentista merece muito mais ser cha- mada a Primeira Guerra Mundial do que o holocausto de 1914-1918, a que geralmente se atribui essa honra duvidosa. Como é evidente, as baixas provocadas pelo conflito ibero-holandês foram em muito menor escala, mas a população mundial era muito menor nessa altura e a luta indubitavelmente mundial.Charles Boxer, O império marítimo português, 1415-1825. Lisboa: Edições 70, s.d., p.115. HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 11 Podem-se citar, como episódios centrais dessa “luta seiscentista”, a a) conquista espanhola do México, a fundação de Sal- vador pelos portugueses e a colonização holandesa da Indonésia. b) invasão holandesa de Pernambuco, a fundação de Nova Amsterdã (futura Nova York) pelos holandeses e a perda das Molucas pelos portugueses. c) presença holandesa no litoral oriental da África, a fundação de Olinda pelos portugueses e a colonização espanhola do Japão. d) expulsão dos holandeses da Espanha, a fundação da Colônia do Sacramento pelos portugueses e a perda espanhola do controle do Cabo da Boa Esperança. e) conquista holandesa de Angola e Guiné, a fundação de Buenos Aires pelos espanhóis e a expulsão dos ju- deus de Portugal. QUESTÃO 10 (Ufrs 2011) Leia o texto abaixo. Os ilhéos, huma vez que as Missoens nam se desocuparam, já se accomodam & alguns athe tornaram-se grandes pro- prietários & abastados fazendeiros. Já nam querem mais voltar para o Archipelago, apezar de jamais esquecerem os padecimentos sem conta que passaram. ASSIS BRASIL, Luiz Antônio. Um quarto de légua em quadro. 5. ed. Porto Alegre: Movimento, 1986. p. 190. A partir da leitura do texto, considere as afirmações abaixo. I. O autor refere-se à imigração açoriana para o Rio Grande do Sul no século XVIII. II. As dificuldades econômicas impossibilitaram qualquer processo de mobilidade social. III. O foco principal da corrente migratória dirigiu-se para a região missioneira. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. QUESTÃO 11 (Unesp 2011) Artigo 5.º — O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colô- nias é declarada boa presa. (...) Artigo 7.º — Nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou das colônias inglesas, ou lá tendo estado, desde a publicação do presente decreto, será recebida em porto algum. Artigo 8.º — Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, transgredir a disposição acima, será apresada e o navio e sua carga serão confiscados como se fossem propriedade inglesa. (Excerto do Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte. Citado por Kátia M. de Queirós Mattoso. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea (1789-1963), 1977.) Esses artigos do Bloqueio Continental, decretado pelo Imperador da França em 1806, permitem notar a disposição francesa de a) estimular a autonomia das colônias inglesas na América, que passariam a depender mais de seu comércio interno. b) impedir a Inglaterra de negociar com a França uma nova legislação para o comércio na Europa e nas áreas coloniais. c) provocar a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, por meio da ocupação militar da Península Ibéri- ca. d) ampliar a ação de corsários ingleses no norte do Oce- ano Atlântico e ampliar a hegemonia francesa nos mares europeus. e) debilitar economicamente a Inglaterra, então em processo de industrialização, limitando seu comércio com o restante da Europa. QUESTÃO 12 (Unicamp 2011) Em carta ao rei D. Manuel, Pero Vaz de Caminha narrou os primeiros contatos entre os indí- genas e os portugueses no Brasil: “Quando eles vieram, o capitão estava com um colar de ouro muito grande ao pescoço. Um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. Outro viu umas contas de rosário, brancas, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dissesse que dariam ouro por aquilo. Isto nós tomávamos nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as con- tas e o colar, isto nós não queríamos entender, porque não havíamos de dar-lhe!” (Adaptado de Leonardo Arroyo, A carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: Melhoramentos; Rio de Janeiro: INL, 1971, p. 72-74.) Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o contato entre as culturas indígena e europeia foi a) favorecido pelo interesse que ambas as partes de- monstravam em realizar transações comerciais: os indí- genas se integrariam ao sistema de colonização, abaste- cendo as feitorias, voltadas ao comércio do pau-brasil, e se miscigenando com os colonizadores. b) guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova terra, principalmente por meio da extração de riquezas, interesse que se colocava acima da compreen- são da cultura dos indígenas, que seria quase dizimada junto com essa população. c) facilitado pela docilidade dos indígenas, que se asso- ciaram aos descobridores na exploração da nova terra, viabilizando um sistema colonial cuja base era a escra- vização dos povos nativos, o que levaria à destruição da sua cultura. d) marcado pela necessidade dos colonizadores de obte- rem matéria-prima para suas indústrias e ampliarem o mercado consumidor para sua produção industrial, o que levou à busca por colônias e à integração cultural das populações nativas. HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 12 QUESTÃO 13 (Fuvest 2011) É assim extremamente simples a estrutura social da colônia no primeiro século e meio de coloni- zação. Reduz-se em suma a duas classes: de um lado os proprietários rurais, a classe abastada dos senhores de engenho e fazenda; doutro, a massa da população espú- ria dos trabalhadores do campo, escravos e semilivres. Da simplicidade da infraestrutura econômica – a terra, única força produtiva, absorvida pela grande exploração agrícola – deriva a da estrutura social: a reduzida classe de proprietários e a grande massa, explorada e oprimida. Há naturalmente no seio desta massa gradações, que assinalamos. Mas, elas não são contudo bastante pro- fundas para se caracterizarem em situações radicalmente distintas. Caio Prado Jr., Evolução política do Brasil. 20ª ed. São Paulo: Brasi- liense, p.28-29, 1993 [1942]. Neste trecho, o autor observa que, na sociedade coloni- al, a) só havia duas classes conhecidas, e que nada é sabido sobre indivíduos que porventura fizessem parte de outras. b) havia muitas classes diferentes, mas só duas estavam diretamente ligadas a critérios econômicos. c) todos os membros das classes existentes queriam se transformar em proprietários rurais, exceto os pequenos trabalhadores livres, semilivres ou escravos. d) diversas classes radicalmente distintas umas das outras compunham um cenário complexo, marcado por conflitos sociais. e) a população se organizava em duas classes, cujas gradações internas não alteravam a simplicidade da estrutura social. QUESTÃO 14 (Unesp 2010) Sobre o emprego da mão de obra escrava no Brasil colonial, é possível afirmar que a) apenas africanos foram escravizados, porque a Igreja Católica impedia a escravização dos índios. b) as chamadas “guerras justas” dos portugueses contra tribos rebeldes legitimavam a escravização de índios. c) interesses ligados ao tráfico negreiro controlado pelos holandeses forçavam a escravização do africano. d) os engenhos de açúcar do Nordeste brasileiro empre- gavam exclusivamente indígenas escravizados. e) apenas indígenas eram escravizados nas áreas em que a pecuária e o extrativismo predominavam. QUESTÃO 15 (Unemat 2010) Uma das características do período colonial brasileiro se refere ao denominado “exclusivo” colonial. Sobre o tema, assinale a alternativa correta. a) Apesar do controle exercidopela metrópole portu- guesa, a colônia brasileira estava liberada para comerci- alizar com outras nações. b) As concepções que regulavam as normas do “exclu- sivo” colonial foram criadas segundo os preceitos da revolução industrial. c) A regra básica, que regia o “exclusivo” colonial, era permitir que navios estrangeiros transportassem produ- tos da colônia brasileira desde que pagassem os devidos impostos. d) Um dos princípios básicos, que regiam as relações comerciais definidas pelo “exclusivo”, era obter maior lucro possível com a revenda dos produtos da colônia e, ao mesmo tempo, lucrar com a venda de produtos da metrópole, sem concorrência na Colônia. e) O “exclusivo” colonial funcionou de maneira eficaz e, com isto, pode evitar todas as formas de desvio, in- clusive o contrabando, reflexo da capacidade de Portu- gal monopolizar seu comércio colonial. QUESTÃO 16 (Ufc 2010) Por aproximadamente três séculos, as relações de produção escravistas predominaram no Brasil, em espe- cial nas áreas de plantation e de mineração. Sobre este sistema escravista, é correto afirmar que: a) impediu as negociações entre escravos e senhores, daí o grande número de fugas. b) favoreceu ao longo dos anos a acumulação de capital em razão do tráfico negreiro c) possibilitou a cristianização dos escravos, fazendo desa- parecer as culturas africanas. d) foi combatido por inúmeras revoltas escravas, como a dos Malês e a do Contestado. e) foi alimentado pelo fluxo contínuo de mão de obra afri- cana até o momento de sua extinção em 1822. QUESTÃO 17 (Pucmg 2010) A expulsão dos judeus da Espanha pelos reis católicos, em 1492, levou cerca de cem mil refugiados para Portugal, onde experimentaram ainda mais amargas vicissi- tudes do que na pátria. Foram forçados em 1497, por or- dem do rei D. Manuel, juntamente com os judeus seus correligionários portugueses, a se converterem ao cristia- nismo, fenômeno que deu origem à era dos cristãos novos. A fuga dos portugueses cristãos-novos para o Brasil era mais fácil do que para qualquer lugar da Europa. Apesar de as leis que os proibiam de emigrar do Reino serem sempre renovadas, cristãos-novos conseguiam embarcar clandesti- namente para o Novo Mundo, considerado por muitos como a Terra Prometida, pagando aos pilotos das naus, que muitas vezes eram também cristãos-novos. (...) Espalhados por um imenso território, os cristãos-novos pouco conheci- am sobre o verdadeiro sentido da religião judaica. Muitas cerimônias eram praticadas semi-inconscientemente, obe- HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 13 decendo a ensinamentos herdados através de gerações. Sem considerar os cristãos novos que foram fiéis ao catoli- cismo e conseguiram diluir-se na sociedade ampla, os que permaneceram nas margens criaram uma tradição de clan- destinidade, sem a qual é impossível conhecer e reconstitu- ir a sociedade colonial. (Adaptado de NOVINSKY, Anita. Inquisição: prisioneiros do Brasil. 2002.) Pesquisadores estimam hoje, no Brasil, que pelo menos um décimo da população descenda dos cristãos- novos que vieram de Portugal e existem muitos brasileiros cujos sobrenomes aparecem nas listas de denunciados e de sen- tenciados pelo Tribunal do Santo Ofício. De acordo com essa noção e com o texto acima, é CORRETO afirmar que: a) no Brasil, com a ausência física da Corte, os convertidos não tiveram problemas para disseminar suas práticas reli- giosas judaicas e esquecer o catolicismo. b) os judeus convertidos ao cristianismo, ou cristãos-novos, se espalharam pelo imenso território e marcaram sua pre- sença na composição da sociedade brasileira. c) os cristãos-novos consideraram o Novo Mundo como a Terra Prometida, tal comparação se dava pela liberdade da vida dos que vinham para a Colônia em relação ao Reino. d) no processo de transferência do Reino para a Colônia, diferentemente do que ocorreu no século XVI, embarca- ram clandestinamente aqueles cristãos-novos que tinham consciência do judaísmo. QUESTÃO 18 (Fuvest 2010) Os primeiros jesuítas chegaram à Bahia com o governador-geral Tomé de Sousa, em 1549, e em pouco tempo se espalharam por outras regiões da colô- nia, permanecendo até sua expulsão, pelo governo de Portugal, em 1759. Sobre as ações dos jesuítas nesse período, é correto afirmar que a) criaram escolas de arte que foram responsáveis pelo desenvolvimento do barroco mineiro. b) defenderam os princípios humanistas e lutaram pelo reconhecimento dos direitos civis dos nativos. c) foram responsáveis pela educação dos filhos dos colonos, por meio da criação de colégios secundários e escolas de “ler e escrever”. d) causaram constantes atritos com os colonos por de- fenderem, esses religiosos, a preservação das culturas indígenas. e) formularam acordos políticos e diplomáticos que garantiram a incorporação da região amazônica ao do- mínio português. QUESTÃO 19 (Cesgranrio 2010) Analise os dados relativos ao século XVIII apresentados no quadro a seguir. Os altos preços cobrados nas Minas Mercadorias Valor em São Paulo Valor nas Minas 1 cavalo 10 mil réis 120 mil réis 1 libra de açúcar 120 réis 1.200 réis 1 boi de corte 2 mil réis 120 mil réis FREIRE, Américo e outros. História em curso – O Brasil e suas relações com o mundo ocidental. Rio de Janeiro: FGV, 2008, p. 91. A justificativa das cifras apresentadas é que a) os preços das mercadorias em São Paulo tornaram-se os menores do Brasil com a urbanização e o povoamento das regiões mineradoras, já que os trabalhadores e, consequen- temente, os consumidores migraram para o interior da colônia. b) os preços tornaram-se elevados na região das Minas, devido à necessidade de abastecimento da população em crescimento, à dificuldade de acesso à região e à pequena disponibilidade de mão de obra, empregada preferencial- mente na mineração. c) os preços tornaram-se exorbitantes na área da mineração porque não havia disponibilidade de mão de obra na região mineira, já que a escravidão era proibida e todo e qualquer trabalho deveria ser assalariado ou contratado. d) os preços elevados dos alimentos e do transporte na região das Minas serviu como atrativo para a manutenção da população que retornava para a área açucareira de Per- nambuco e constituiu uma tentativa de manter Minas Ge- rais como polo econômico da colônia. e) o alto valor das mercadorias, com a decadência da mine- ração, foi mantido pela Corte Portuguesa, atendendo aos comerciantes mineiros, como forma de garantir seu poder político e frear o deslocamento da população para São Paulo, onde já corriam boatos sobre a emancipação. QUESTÃO 20 (Fuvest 2010) “E o pior é que a maior parte do ouro que se tira das minas passa em pó e em moeda para os reinos estranhos e a menor quantidade é a que fica em Portugal e nas cidades do Brasil...” João Antonil. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas, 1711. Esta frase indica que as riquezas minerais da colônia a) produziram ruptura nas relações entre Brasil e Portu- gal. b) foram utilizadas, em grande parte, para o cumprimen- to do Tratado de Methuen entre Portugal e Inglaterra. c) prestaram-se, exclusivamente, aos interesses mercan- tilistas da França, da Inglaterra e da Alemanha. d) foram desviadas, majoritariamente, para a Europa por meio do contrabando na região do rio da Prata. e) possibilitaram os acordos com a Holanda que assegu- raram a importação de escravos africanos. QUESTÃO 21 (Pucrj 2010) Sobre as comunidades negras de africanos e afrodescendentes no Brasil, durante o período colonial, estão corretas as afirmações a seguir, À EXCEÇÃO de uma. Indique-a. a) Na América Portuguesa, os africanos e seus descenden- tes não conseguiamconstruir laços de parentesco, uma vez que, na situação de cativeiro, podiam ser vendidos para outro senhor. b) Na sociedade colonial, havia diferenciação social no interior da própria comunidade negra, uma vez que os africanos e afrodescendentes poderiam ser escravos, forros ou livres. HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 14 c) Os africanos que chegavam à América Portuguesa bus- cavam, na situação de cativeiro, se aproximar daqueles que tinham vindo da mesma região de origem da África, prati- cantes de tradições semelhantes. d) Na América Portuguesa, as irmandades constituíram um espaço onde os africanos e seus descendentes puderam recriar uma identidade e instituir formas de solidariedade, principalmente em face da morte e da doença. e) As relações entre africanos e crioulos eram conflituosas, pois os últimos, por terem nascido no Brasil, recebiam dos seus senhores um tratamento diferenciado daquele dispen- sado aos africanos. QUESTÃO 22 (Unesp 2010) A Independência do Brasil do domínio por- tuguês significou o rompimento com a) a economia europeia, sustentada pela exploração eco- nômica dos países periféricos. b) o padrão da economia colonial, baseado na exportação de produtos primários. c) a exploração do trabalho escravo e compulsório de ín- dios e povos africanos. d) o liberalismo econômico e a adoção da política metalista ou mercantilista. e) o sistema de exclusivo metropolitano, orientado pela política mercantilista. QUESTÃO 23 (Uece 2010) Leia o fragmento a seguir atentamente “Em seguida, veio a mãe de D. João, em seus 73 anos, a rainha Maria I. Dizem que quando a carruagem corria para as docas, ela teria gritado: não vá tão depressa, pensarão que estamos fugindo. Ao chegar ao porto, ela teria se recusado a descer...” WILCKEN, Patrick. Império à deriva: a corte portuguesa no Rio de Janeiro (1808-1821). Rio de Janeiro: Objetiva, 2010, p. 44-46. O episódio narrado acima está relacionado com a a) fuga da Família Real Portuguesa para a Colônia Bra- sileira. b) chegada da Família Real Portuguesa ao Rio de Janei- ro. c) chegada da Família Real Portuguesa a Salvador, primeiro porto após a fuga de Portugal. d) fuga da Família Real Portuguesa de Recife, antes do desembarque no Rio de Janeiro. QUESTÃO 24 (Enem 2010) Em 2008 foram comemorados os 200 anos da mudança da família real portuguesa para o Brasil, onde foi instalada a sede do reino. Uma sequência de eventos importantes ocorreu no período 1808-1821, durante os 13 anos em que D. João VI e a família real portuguesa perma- neceram no Brasil. Entre esses eventos, destacam-se os seguintes: • Bahia – 1808: Parada do navio que trazia a família real portuguesa para o Brasil, sob a proteção da marinha britâ- nica, fugindo de um possível ataque de Napoleão. • Rio de Janeiro – 1808: desembarque da família real por- tuguesa na cidade onde residiriam durante sua permanência no Brasil. • Salvador – 1810: D. João VI assina a carta régia de aber- tura dos portos ao comércio de todas as nações amigas, ato antecipadamente negociado com a Inglaterra em troca da escolta dada à esquadra portuguesa. • Rio de Janeiro – 1816: D. João VI torna-se rei do Brasil e de Portugal, devido à morte de sua mãe, D. Maria I. • Pernambuco – 1817: As tropas de D. João VI sufocam a revolução republicana. GOMES. L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. São Paulo: Editora Planeta, 2007 (adaptado) Uma das consequências desses eventos foi a) a decadência do império britânico, em razão do contra- bando de produtos ingleses através dos portos brasileiros, b) o fim do comércio de escravos no Brasil, porque a Ingla- terra decretara, em 1806, a proibição do tráfico de escravos em seus domínios. c) a conquista da região do rio da Prata em represália à aliança entre a Espanha e a França de Napoleão. d) a abertura de estradas, que permitiu o rompimento do isolamento que vigorava entre as províncias do país, o que dificultava a comunicação antes de 1808. e) o grande desenvolvimento econômico de Portugal após a vinda de D. João VI para o Brasil, uma vez que cessaram as despesas de manutenção do rei e de sua família. QUESTÃO 25 (Fuvest 2010) “Eis que uma revolução, proclamando um governo absolutamente independente da sujeição à corte do Rio de Janeiro, rebentou em Pernambuco, em março de 1817. É um assunto para o nosso ânimo tão pouco simpático que, se nos fora permitido [colocar] sobre ele um véu, o deixaríamos fora do quadro que nos propu- semos tratar.” F. A. Varnhagen. História geral do Brasil, 1854. O texto trata da Revolução pernambucana de 1817. Com relação a esse acontecimento é possível afirmar que os insurgentes a) pretendiam a separação de Pernambuco do restante do reino, impondo a expulsão dos portugueses desse território. b) contaram com a ativa participação de homens negros, pondo em risco a manutenção da escravidão na região. c) dominaram Pernambuco e o norte da colônia, decre- tando o fim dos privilégios da Companhia do Grão-Pará e Maranhão. d) propuseram a independência e a república, congre- gando proprietários, comerciantes e pessoas das cama- das populares. e) implantaram um governo de terror, ameaçando o direito dos pequenos proprietários à livre exploração da terra. HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 15 QUESTÃO 26 (Enem 2010) Eu, o Príncipe Regente, faço saber aos que o presente Alvará virem: que desejando promover e adiantar a riqueza nacional, e sendo um dos mananciais dela as manufaturas e a indústria, sou servido abolir e revogar toda e qualquer proibição que haja a este respei- to no Estado do Brasil. Alvará de liberdade para as indústrias (1º de Abril de 1808). In: Bona- vides, P.; Amaral, R. Textos políticos da História do Brasil. Vol. 1. Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado). O projeto industrializante de D. João, conforme expres- so no alvará, não se concretizou. Que características desse período explicam esse fato? a) A ocupação de Portugal pelas tropas francesas e o fechamento das manufaturas portuguesas. b) A dependência portuguesa da Inglaterra e o predomí- nio industrial inglês sobre suas redes de comércio. c) A desconfiança da burguesia industrial colonial dian- te da chegada da família real portuguesa. d) O confronto entre a França e a Inglaterra e a posição dúbia assumida por Portugal no comércio internacional. e) O atraso industrial da colônia provocado pela perda de mercados para as indústrias portuguesas. QUESTÃO 27 (Ufmg 2010) O século XVIII foi palco de uma série de movimentos e sedições, nos quais, em diferentes graus e a partir de diferentes estratégias, os vassalos da América Portuguesa procuraram redefinir o formato de suas relações com a Coroa Portuguesa. Considerando-se esse contexto, é CORRETO afirmar que a) a revolta de Filipe dos Santos, em Minas Gerais, na primeira metade desse século, reforçou os mecanismos de controle sobre os vassalos. b) a revolta do Vintém e a do Quebra-quilos, na segunda metade desse século, ao desafiarem a Coroa, colocaram em crise a sede do Vice-Reinado. c) a revolta dos Távora procurou estabelecer novos limites para a cobrança do Subsídio Literário, destinado à educação dos vassalos. d) os conflitos entre paulistas e emboabas, nas Minas Gerais, levaram à instalação das casas de fundição nessa Capitania. QUESTÃO 28 (Enem 2ª aplicação 2010) Chegança Sou Pataxó, Sou Xavante e Carriri, Ianomâmi, sou Tupi Guarani, sou Carajá. Sou Pancaruru, Carijó, Tupinajé, Sou Potiguar,sou Caeté, Ful-ni-ô, Tupinambá Eu atraquei num porto muito seguro, Céu azul, paz e ar puro... Botei as pernas pro ar. Logo sonhei que estava no paraíso, Onde nem era preciso dormir para sonhar. Mas de repente me acordei com a surpresa: Uma esquadra portuguesa veio na praia atracar. Da grande-nau Um branco de barba escura, Vestindo uma armadura me apontou pra me pegar. E assustado dei um pulo da rede, Pressenti a fome, a sede, Eu pensei: “vão me acabar”. Levantei-me de Borduna já na mão. Aí, senti no coração, O Brasil vai começar. NÓBREGA, A.; FREIRE, W. CD Pernambuco falando para o mundo, 1998. A letra da canção apresenta um tema recorrente na his- tória da colonização brasileira, as relações de poder entre portugueses e povos nativos, e representa uma crítica à ideia presente no chamado mito a) da democracia racial, originado das relações cordiais estabelecidas entre portugueses e nativos no período anterior ao início da colonização brasileira. b) da cordialidade brasileira, advinda da forma como os povos nativos se associaram economicamente aos por- tugueses, participando dos negócios coloniais açucarei- ros. c) do brasileiro receptivo, oriundo da facilidade com que os nativos brasileiros aceitaram as regras impostas pelo colonizador, o que garantiu o sucesso da coloniza- ção. d) da natural miscigenação, resultante da forma como a metrópole incentivou a união entre colonos, ex-escravas e nativas para acelerar o povoamento da colônia. e) do encontro, que identifica a colonização portuguesa como pacífica em função das relações de troca estabele- cidas nos primeiros contatos entre portugueses e nati- vos. QUESTÃO 29 (Enem 2ª aplicação 2010) Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito. Eram pardos, todos nus. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são corredios. CAMINHA, P. V. Carta. RIBEIRO, D. et al. Viagem pela história do Brasil: documentos. São Paulo: Companhia das Letras, 1997 (adapta- do). HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 16 O texto é parte da famosa Carta de Pero Vaz de Cami- nha, documento fundamental para a formação da identi- dade brasileira. Tratando da relação que, desde esse primeiro contato, se estabeleceu entre portugueses e indígenas, esse trecho da carta revela a a) preocupação em garantir a integridade do colonizador diante da resistência dos índios à ocupação da terra. b) postura etnocêntrica do europeu diante das caracterís- ticas físicas e práticas culturais do indígena. c) orientação da política da Coroa Portuguesa quanto à utilização dos nativos como mão de obra para colonizar a nova terra. d) oposição de interesses entre portugueses e índios, que dificultava o trabalho catequético e exigia amplos recur- sos para a defesa recursos para a defesa da posse da nova terra. e) abundância da terra descoberta, o que possibilitou a sua incorporação aos interesses mercantis portugueses, por meio da exploração econômica dos índios. QUESTÃO 30 (Enem 2010) Os vestígios dos povos Tupi-guarani en- contram-se desde as Missões e o rio da Prata, ao sul, até o Nordeste, com algumas ocorrências ainda mal conhe- cidas no sul da Amazônia. A leste, ocupavam toda a faixa litorânea, desde o Rio Grande do Sul até o Mara- nhão. A oeste, aparecem (no rio da Prata) no Paraguai e nas terras baixas da Bolívia. Evitam as terras inundáveis do Pantanal e marcam sua presença discretamente nos cerrados do Brasil central. De fato, ocuparam, de prefe- rência, as regiões de floresta tropical e subtropical. PROUS. A. O Brasil antes dos brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Editor, 2005. Os povos indígenas citados possuíam tradições culturais específicas que os distinguiam de outras sociedades indígenas e dos colonizadores europeus. Entre as tradi- ções tupi-guarani, destacava-se a) a organização em aldeias politicamente independen- tes, dirigidas por um chefe, eleito pelos indivíduos mais velhos da tribo. b) a ritualização da guerra entre as tribos e o caráter semissedentário de sua organização social. c) a conquista de terras mediante operações militares, o que permitiu seu domínio sobre vasto território. d) o caráter pastoril de sua economia, que prescindia da agricultura para investir na criação de animais. e) o desprezo pelos rituais antropofágicos praticados em outras sociedades indígenas. QUESTÃO 31 (Ufv 2010) Sobre o período Pré-colonial, é CORRETO afirmar: a) Um grupo de mercadores portugueses, representados por Fernão de Loronha, arrendou o direito de explora- ção do território, no início do século XVI. b) A extração de pau-brasil era destinada à exportação dessa madeira para a construção de fortes e edifícios administrativos portugueses nas possessões ultramarinas do Oriente, como Goa e Nagasaki. c) A administração do Governador-Geral Duarte da Costa permitiu a utilização da mão de obra indígena na instauração de feitorias que, mais tarde, possibilitariam a implementação dos engenhos de açúcar. d) A produção de cana-de-açúcar em Pernambuco e São Vicente, assim como de algodão, no Maranhão, permitiu a expansão da presença portuguesa para além dos limi- tes impostos pelo Tratado de Tordesilhas. QUESTÃO 32 (Mackenzie 2010) Neste ano, em que comemoramos as relações Brasil- França, verificamos que as interfaces que ligam as duas nações são marcantes ao longo de toda a nossa história. A presença da família real portuguesa no Brasil, em 1808, motivou, entre outros eventos, a vinda da Missão Artística Francesa, em 1816, porque a) o estilo neoclássico trazido pelos artistas franceses traduzia o modelo ideal de civilização, de acordo com os padrões da classe dominante europeia, sendo essa a imagem que o governo português desejava transmitir, nesse momento, do Brasil. b) a arte acadêmica, fruto da Missão Francesa chefiada por Joaquim Lebreton, tinha, como objetivo, alterar o gosto e a cultura nacional, ainda marcadamente influen- ciada pela opulência do Barroco e pela tradição indíge- na. c) a arte acadêmica, afastando-se dos motivos religiosos e exaltando o poder civil, as datas e os personagens HISTÓRIA DO BRASIL TEL: (61) 4102-8485/4102-7660 SITE: www.cursodegraus.com.br 17 históricos, agradava mais às classes populares nacionais, ansiosas por imitarem os padrões europeus. d) somente artistas franceses poderiam retratar, com exatidão e competência, a paisagem e os costumes bra- sileiros, modificados com a vinda da família real para a colônia. e) era necessário criar, na colônia, uma Academia Real de Belas Artes, a fim de cultivar e estimular, nos trópi- cos, a admiração pelos padrões intelectuais e estéticos portugueses, reconhecidamente superiores. QUESTÃO 33 (Uff 2010) Em 1980, Clara Nunes gravou Brasil Mesti- ço. Um de seus maiores sucessos, “Morena de Angola”, é parte integrante desse disco. Morena de Angola Morena de Angola Que leva o chocalho Amarrado na canela. Será que ela mexe o chocalho Ou o chocalho é que mexe com ela? (Chico Buarque) Sobre a influência angolana na mestiçagem no Brasil, deve-se considerar: a) a presença angolana no Brasil é residual, sem impac- to, e influenciou muito mais na área de ocupação espa- nhola do que na área de ocupação portuguesa nas Amé- ricas. b) a mestiçagem no Brasil sempre foi identificada como procedente, principalmente, de nossa herança asiática, com presença predominantemente angolana. c) a
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