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Exame de Ordem Exame de Ordem XXX DIREITO TRIBUTÁRIO TRIBUTO Livro Eletrônico PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Jéssica Souza, Kamilla Fernandes, Larissa Carvalho e Yasmim Magno SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Juliane Fenícia de Castro, Laís Rodrigues e Thaylinne Gomes Lima REVISOR(A): Equipe Gran Online DIAGRAMADOR: Washington Nunes Chaves CAPA: Equipe Gran Cursos Online Gran Cursos Online SBS Quadra 02, Bloco J, Lote 10, Edifício Carlton Tower, Sala 201, 2º Andar, Asa Sul, Brasília-DF CEP: 70.070-120 Capitais e regiões metropolitanas: 4007 2501 Demais localidades: 0800 607 2500 Seg a sex (exceto feriados) / das 8h às 20h www.grancursosonline.com.br/ouvidoria TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recupe ração de informações ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor. © 07/2019 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. THIAGO RÖSLER Thiago Rösler é formado em Direito (UFRGS/ UNIC) e Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). É professor de Direito Tributário e Legislação Tributária, especialista em concursos da área fiscal. É mestrando em Direito Constitucional (IDP) e Especialista (pós- graduação) em Direito e Controle Externo (FGV), Direito Tributário (Anhanguera) e Contabilidade Pública (Unisul). Já exerceu os cargos de Tenente do Exército e Analista Tributário da Receita Federal. É Auditor do Tribunal de Contas do Mato Grosso desde 2013, ocupando a função de Supervisor de Controle Externo de Contratações Públicas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 4 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Tributo ......................................................................................................5 1. Apresentação .........................................................................................5 2. Tributo ................................................................................................11 2.1. Entendendo o que é Direito Tributário: a Relação Jurídico-Tributária ..........11 2.2. Tributo e Imposto e Classificação Pentapartida .......................................12 2.3. Tributo: Conceito ...............................................................................17 2.4. Tributo: Natureza Jurídica ...................................................................26 2.5. Tributo: Espécies................................................................................28 Resumo ...................................................................................................62 Questões Comentadas em Aula ..................................................................69 Questões de Concurso ...............................................................................83 Gabarito ................................................................................................ 100 Gabarito Comentado ............................................................................... 101 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 5 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler TRIBUTO 1. Apresentação Bom dia, boa tarde, boa noite e boa madrugada, caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) ao nosso Curso de Direito Tributário para o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil! Vamos atrás dela ! Aqui quem vos fala (escreve) é o professor Thiago Rösler! Neste curso você terá acesso a TODO o conteúdo de direito tributário da prova do exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Eu já fiz esse exame, quando estava no quinto semestre, para treinar, e depois no décimo, sei o que você está passan- do e o que precisa! Passei nas duas vezes que fiz... Na primeira com um pouco de sorte e na segunda já foi para detonar mesmo, com uma pontuação alta. Em am- bos, escolhi a área de direito tributário por ser uma das que mais me identifico no mundo jurídico. Veja no índice que dividi nossa aula em poucos capítulos e neste primeiro quero contar para você, caro(a) aluno(a), como trabalharemos. Nosso curso funcionará da seguinte forma: apresentaremos brevemente o con- teúdo, explicando os principais conceitos e nuances da matéria de forma direta e objetiva, como deve ser para o exame da ordem. Utilizaremos mapinhas mentais (e ao longo do curso utilizaremos mapas e tabelinhas em branco para você preen- cher e para te ensinar COMO estudar) e completaremos o exame da parte teórica (que compreende doutrina, leis e entendimentos judiciais) com questões, MUITAS QUESTÕES da Fundação Getúlio Vargas. Resolveremos TODAS as questões das provas passadas da OAB! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 6 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler As que não resolvermos é porque não estão atualizadas ou por algum motivo não se aplica mais ao nosso estudo. Você deve estar atento(a) também às revisões, para que não caia na “curva do esquecimento”. Desenvolvida, em 1885, por um psicólogo alemão, Herman Ebbinghaus, a curva do esquecimento (Forgetting Curve) ilustra a capacidade cerebral que temos para armazenar as informações recém-adquiridas. Ebbinghaus conseguiu, por meio de várias experiências, mensurar o efeito do tempo na memória. Obser- ve o gráfico a seguir: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 7 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Para você ter uma ideia, 24h após uma aula, esquecemos entre 60%-80% do que foi ensinado. Em outras palavras, lembramos somente entre 20%-40%. Após 30 dias, sem revisões programadas, esquecemos 97% do conteúdo daquela aula. Note que, na curva, a recomendação é de que você revise horas depois. Mas, baseado em estudos mais modernos, recomendamos que você revise a matéria antes de passar uma noite de sono. No nosso caso também revisaremos a matéria antes de iniciar a aula seguinte! Voltando ao nosso curso! Se você não sabe, a OAB costuma ter um padrão a cada prova e, na disciplina de direito tributário, são 4 questões que perseguiremos aqui. Recomendo fortemente que você escolha tributário para a segunda fase, pois é uma das matérias com menos peças a serem estudadas! Só para você ter uma ideia, veja como estão distribuídasas questões (arredondei para demonstrar ape- nas as questões aproveitáveis) e veja que a cada aula teremos um grande avanço rumo aos 10% da pontuação que você precisa (4 das 40!) para a segunda fase (e com este material que você está lendo, a Aula 00, já atacamos logo a quinta maté- ria mais importante de tributário). Questões OAB por matéria Crédito Tributário 24 Impostos 10 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar (matéria de hoje) 12 Legislação Tributária 10 Conceito e Classificação de Tributos 5 Obrigação Tributária 5 Responsabilidade Tributária 5 Competência 4 Repartição da Receita Tributária 3 Administração Tributária 3 Simples 1 Execução Fiscal 1 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 8 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Apresentação Prazer, é uma honra poder contribuir com sua trajetória de concurseiro, com sua trajetória profissional. Sou Thiago Rösler, leciono Direito Tributário e Legislação Tributária Municipal e Estadual há aproximadamente 4 anos. Sou um entusiasta do tema, fiz pós-graduação na área e constantemente me atualizo sobre o assunto – neste ano publiquei artigo no livro Processo Ad- ministrativo Tributário no Mato Grosso (https:// lumenjuris.com.br/direito-financeiro-e-tributario/ processo-administrativo-tributario-no-mato-gros- so-2018/). Atualmente estou finalizando o Mestrado em Direito Constitucional, no IDP, em Brasília, e exerço o cargo de Auditor do Tribunal de Contas do Mato Grosso, atuando no dia a dia com a Supervisão e fiscalização de licitações e contratos que a Admi- nistração Pública firma com particulares. Já fui concurseiro e sei das dificuldades de cada um e, na base da dor, apren- di os atalhos da legislação tributária – fui aprovado para o ISS Porto Alegre, ICMS Paraná e ICMS Rio Grande do Sul. Antes disso... Bem, antes disso eu fui REPROVADO em vários (sim, até perdi as contas, mas tipo uns 10, ou seja, eu, uma pessoa normal, consegui e para alcançar o sucesso tive que ser resiliente e perse- verante – e desde já quero contar e fomentar com essas valores aí dentro dessa sua cabecinha – que vai ficar uma cabeçona de fiscal de tanto estudar. Acabei optando pela minha atual carreira , na minha cidade de coração, Cuia- bá-MT. Sou gaúcho de Porto Alegre, já morei em algumas cidades do Brasilzão (Campinas, Resende, Jaguarão e até Salvador)! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 9 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Ah, também sou pai da Maria Júlia , de 3 meses, uma inspiração diária para que você tenha uma excelente aula!!!! Então estaremos juntos na ansiedade e na caminhada para a prova, virando noites juntos (todas as noites eu acordo... rs), cada um com suas atividades hehehe! Bom, a ideia não é falar de mim, mas apenas quero te deixar tranquilo(a): você estará bem preparado com o professor que aqui vai virar noites para lhe entregar uma boa aula para que no dia da prova você se sinta e esteja preparado! Ah, muito importante: responderei suas dúvidas em até 24h. Para isso, uti- lize o canal da área do aluno! Geralmente responderei no horário do almoço e após as 18h – pois você sabe que sou servidor público e durante a jornada de trabalho não misturo as coisas. Estou com a nobre missão de conduzir você, futuro(a) advogado(a), ao GRAU MÁXIMO em Direito Tributário! Com isso, vamos escrever nossa missão: GABARITAR DIREITO TRIBUTÁRIO! Você entendeu, querido(a)?! Vamos repetir e, para que fique bem claro, agora você grita em voz bem alta aí na sua casa, para que sua mãe/pai/esposa/marido venha perguntar se você está passando bem mesmo: “VOU GABARITAR AS QUESTÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO!!” Certo. Nossa primeira missão ficou clara. E você sabe... Missão dada, “parceiro”, é missão cumprida! Nossa prova será feita PELA INIMIGA FGV. Nosso curso será escrito em pdf (teoria e questões), com todas as expli- cações necessárias para você gabaritar as questões! Também utilizaremos esquemas com mapas mentais e fichas de aula ! Va- mos ver nosso conteúdo programático, já organizado na ordem em que as aulas serão apresentadas: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 10 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler 5 Tributo (definição e classificação). 5.1 Impostos. 5.2 Taxas. 5.3 Contribuição de Melhoria 5.4 Contribuições especiais 5.5 Empréstimos Compulsórios 2 Princípios tributários 2.1 Princípio da legalidade tributária. 2.2 Princípio da anterioridade tribu- tária (anual e nonagesimal). 2.3 Princípio do non olet. 2.4 Princípio da capacidade contributiva. 2.5 Princípio da isonomia 2.6 Princípio da irretroatividade tributária. 2.7 Princípio da vedação ao confisco. 2.8 Princípio da não limitação ao tráfego de pessoas e bens e a ressalva do pedágio. 3 Limitações ao poder de tributar. 7 Benefícios fiscais 7.1 Imunidade 7.1.1 Imunidade geral e recíproca 7.1.2 Imunidade dos templos religiosos 7.1.3 Imunidade não autoaplicável. 7.1.4 Imunidade de imprensa. 7.1.5 Imunidade dos fonogramas e videogramas. 6 Competência Tributária 1 Fontes do Direito Tributário 1.1 Constituição da República 1.2 Lei Complementar 1.3 Lei Ordiná- ria 1.4 Tratados e Convenções internacionais 1.5 Decretos 1.6 Atos normativos administrativos 1.7 Decisões normativas 1.8 Práticas reiteradas 1.9 Convênios 4 Vigência, aplicação, interpretação e integração da lei tributária. 10. Obrigação Tributária. 10.1 Fato Gerador e hipótese de incidência. 10.2 Sujeição ativa e passiva. 10.3 Solidariedade. 10.4 Capacidade tributária. 10.5 Domicílio tri- butário. 11 Crédito Tributário. 11.1 Constituição do crédito Tributário (lançamento). 11.2 Suspensão do crédito tributário. 11.3 Extinção do crédito tributário. 12 Prescrição e decadência. 11.4 Exclusão do crédito tributário. 7.2 Isenção. 7.3 Anistia. 7.4 Remissão.7.5 Outros benefícios fiscais. 8. Distribuição das Receitas Tributárias. 9 Responsabilidade Tributária. 9.1 Responsabilidade e solidariedade. 9.2 Responsabilidade dos sucessores. 9.3 Responsabilidade de terceiros. 9.4 Subs- tituição Tributária. 9.5 Responsabilidade por infrações. 9.6 Denúncia espontânea. 9.7 Multas tri- butárias. 14 Processo Administrativo Tributário. 11.5 Garantias e Privilégios do Crédito Tributário. 13 Administração Tributária. 13.1 Fiscalização. 13.2 Dívida Ativa. 13.3 Certidões Negativas. 14.1 Estrutura do processo administrativo tributário. 14.2 Contencioso administrativo. 14.3 Processo de Consulta. 15 Processo Judicial Tributário. 15.1 Controle concentrado de constitucionalidade - Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). 15.2 Ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária. 15.3 Ação anulatória de débito fiscal. 15.4 Mandado de segurança. 15.5 Ação de repetição de indébito. 15.6 Ação de consignação em pagamento. 15.7. Ação de Execução Fiscal. 15.7.1 Embargosà execução fiscal. 15.7.2 Exceção de Pré Executividade. 15.8 Medida Cautelar Fiscal. 15.9. Recursos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 11 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Pegue o seu e a sua Foi dada a largada para GABARITAR DIREI- TO TRIBUTÁRIO! Para a aula de hoje, temos o seguinte roteiro: Tributo. Conceito. Natureza Jurídica e Espécies. 2. Tributo A partir de agora, sangue nos olhos ! A proposta (e missão!) de hoje é entendermos o que se passa no direito tribu- tário. Qual o motivo de se cobrar imposto... Quem integra a relação de cobrança e quais tipos (espécies) de tributos existem? 2.1. Entendendo o que é Direito Tributário: a Relação Jurídico- Tributária A primeira coisa que você deve saber sobre o direito tributário é que ele foi de- finido, doutrinariamente falando, como um ramo do direto público, ao lado, por exemplo, do direito administrativo e constitucional. Essa divisão é apenas didática, pois o direito é uno, indivisível, ok? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 12 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler No direito tributário, assim como lá no direito administrativo, temos uma re- lação vertical, em que o Estado (União, Estados e Distrito Federal e Municípios) aparece com uma situação de supremacia perante o particular. De um lado temos o Estado (não pagamos tributos para o governo do PT ou do PSDB, mas sim para o Estado1, ok?) e de outro temos as pessoas que vivem nele. No direito tributário, vamos chamar o Estado de sujeito ativo e as pessoas que pa- gam tributo de sujeito passivo (ou contribuinte!). Relação Jurídico-Tributária Sujeito Ativo (Estado = U, E, DF e M) Sujeito Passivo = Contribuinte (Eu, você, derp, as empresas etc.) Não precisa decorar este conceito mas entenda que na relação jurídico-tributá- ria, há um sujeito passivo que normalmente tem uma obrigação tributária (tributo ou multa) a ser prestada (paga) a um sujeito ativo! Ela não é uma relação de poder, mas sim uma relação jurídica, estando sujeitas a limitações – que chamamos de limitações ao poder de tributar, tema das próximas aulas. Entendida esta relação, precisamos estudar o objeto dela: os tributos! 2.2. Tributo e Imposto e Classificação Pentapartida Primeiramente, saiba que tributo não é sinônimo de imposto. Vamos repetir, ao longo do curso, as coisas importantes... 1 Sempre entenda Estado como um dos entes políticos: União na esfera federal, Estados e DF na esfera esta- dual e Municípios na esfera municipal. Lembre-se que o DF é um ente misto, tendo natureza estadual e municipal ao mesmo tempo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 13 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Saiba, ainda, que IMPOSTO não é sinônimo de tributo, mas apenas uma ESPÉ- CIE do gênero. Assim, o imposto é um tributo, mas não podemos afirmar que tudo que pagamos é imposto, ok? Cotidianamente vemos exemplos errados disso. Nos jornais, é comum os apresentadores ou os repórteres comentarem sobre o “aumento de impostos”, quando na verdade querem falar de tributos! Isso acon- tece para que se tenha uma linguagem mais simplificada com o público – se você perguntar na rua, vão saber o que é imposto, mas não necessariamente o que é uma contribuição de melhoria! Outro exemplo é o impostômetro, que geralmente engloba todos os tributos (como contribuições sobre o lucro, taxas etc.). Gênero é algo (um grupo maior) que tem vários subgrupos, ok? É uma pala- vrinha muito usada para definirmos conceitos. Precisamos saber algumas coisas a respeito da classificação doutrinária dos tributos: i) o CTN prevê apenas 3 tributos (impostos, taxas e contribuições de melhoria), trata-se de uma classificação ternária ou tripartite. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 14 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Código Tributário Nacional Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. ii) já a CF/1988 prevê 5 tributos, conforme entendimento do STF (pentapartite ou quinquipartida). O texto da CF/1988 prevê 3 tributos no art. 145 e em diversos outros dispositivos há outras menções a tributos. CF/1988 Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I – impostos; II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou po- tencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. Vou te apresentar no mapinha a seguir todas as ESPÉCIES do gênero tributo: Veja que já destaquei a classificação ternária (de 3!), do CTN (saiba que o CTN é de 1966... Por isso que ele não previu todas as espécies de tributos exis- tentes hoje, muitas décadas depois). Também ressaltei que a posição do Supre- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 15 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler mo Tribunal Federal, que se posicionou pela classificação pentapartida ou quinquipartida (de 5, né, cabeça!). A Fundação Getúlio Vargas (FGV) já cobrou isso em prova: Questão 1 (FGV/PROCURADOR/2014) Em um precedente específico, o STF deta- lhou as espécies tributárias à luz do Sistema Tributário implantado pela Constitui- ção de 1988. Isso se deu no julgamento do Recurso Extraordinário n. 138.284-CE, do qual foi Relator o Ministro Carlos Velloso, cujo voto foi acompanhado pela una- nimidade dos demais Ministros. Em tal precedente, o STF concluiu que as espécies tributárias são a) impostos e taxas. b) impostos, taxas e contribuições de melhoria. c) impostos, taxas e empréstimos compulsórios. d) taxas, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios. e) impostos, taxas, empréstimos compulsórios e contribuições de melhoria e pa- rafiscais. Letra e. Fácil a resposta, né? Letra “e”, pois o posicionamento do STF é pela classificação com 5 espécies de tributos. Agora que sintetizamos as espécies, quero que você preencha nossa primeira ficha (pode parecer fácil para alguns, mas esse nível vai subir e muito, pode esperar!): O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 16 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago RöslerFicha 1.1 ESPÉCIES DE TRIBUTOS Classificação Quinquipartida Classificação Tripartida 1. 2. 3. 4. 5. Vamos conhecer o quadro completo: Depois estudaremos uma a uma, começando pelo conceito de TRIBUTO e desmiti- ficando cada uma de suas espécies. Sabedores do que é um imposto, seremos os chatos da casa ao corrigirmos nos- sos parentes, amigos, colegas etc., quando eles falarem errado “to pagando muito imposto!!!”... aí você manda um #VEJA BEM... Você paga muito tributo... Dentro dos tributos, existem os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria, que são da classificação ternária original da década de 60... Posteriormente, com o advento da CF/1988 (seja bem chato e fale “constituição cidadã”), o STF entende que há 5 tributos, além dos três primeiros, temos as contribuições sociais e os empréstimos compulsórios. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 17 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Que papinho ! Você já deve imaginar que no direito tributário estudaremos ALGO (um tribu- to ou multa) que alguém (nós, contribuintes) paga para outro alguém (o Estado, o governo, podendo ser o Estado Federal (a união), o Estado (o ente estadual), o Distrito Federal ou o Município. Vamos colocar a cachola para funcionar (para pensar!) e entender esta relação de pagamento, à qual damos o nome de relação jurídico-tributária (como bons futuros fiscais, vamos utilizar a nomenclatura correta)! 2.3. Tributo: Conceito O conceito e tributo é dado pelo Código Tributário Nacional: Conceito de Tributo Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Reparou nos elementos do conceito? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 18 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Daqui tiramos o porquê de a multa não ser tributo: multa é sanção. Logo, multa não pode ser tributo! Professor... mas este mimimi de conceito cai em prova? Sim! O examinador adora mimimis... E nós? Bem, nós AMAMOS mimimis, pois amamos o que o examinador adora. Questão 2 (FGV/AUDITOR/2014) Assinale a opção que apresenta elemento estra- nho ao conceito legal de tributo. a) Prestação compulsória. b) Prestação pecuniária. c) Prestação com natureza de sanção. d) Prestação cobrada mediante atividade administrativa vinculada. e) Prestação instituída em lei. Letra c. Veja que são questões recentes e de concursos de cargos tops! No enunciado da questão, pede-se o elemento ESTRANHO ao conceito legal de tributo... Bem, o conceito legal de tributo prevê que ele deve ser compulsório (ok na letra “a”), deve ser pecuniário (ok na letra “b”), que ele não pode ser punição (OPA VIZINHO! Letra “c” incorreta), que ele tem que ser cobrado mediante atividade administrati- va vinculada (ok na letra “d”) e que deve ser previsto em lei (letra “e”, ok). Assim, o gabarito é a letra c”, pois é a única alternativa que não atende ao enunciado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 19 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler O elemento apresentado é característico, inclusive, da multa, que é quaaase um tributo – mas não é! Isto também caiu já neste ano, agorinha, em janeiro de 2018! Você aí que já se achava nível hard em tributário... E você aí que está começan- do a caminhar pela matéria... Conceito de tributo ainda cai, viu? Foi na prova para auditor-fiscal de Rondônia: Questão 3 (FGV/AUDITOR-FISCAL/2018) De acordo com a definição de tributo, segundo o Código Tributário Nacional, assinale a afirmativa incorreta. a) A compensação financeira pela exploração de recursos minerais não é tributo, por ausência do caráter compulsório. b) A concessão de desconto ao contribuinte do IPVA, que não tenha cometido in- frações de trânsito, viola o conceito de tributo, pois o tributo não é sanção por ato ilícito. c) O serviço militar obrigatório não é tributo, por ser uma obrigação compulsória não pecuniária. d) O acréscimo no valor do IPTU, a título de multa administrativa por ausência de inscrição imobiliária, viola o conceito de tributo, por se tratar de sanção por ato ilícito. e) Os agentes públicos envolvidos na cobrança do tributo não podem agir moti- vados por pressupostos de conveniência e oportunidade, devendo cumprir o que determina a lei, pois a cobrança do tributo é atividade administrativa plenamente vinculada. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 20 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Letra b. Na letra “a”, se não há caráter compulsório, então não estamos falando de tributos – essa compensação é um outro tipo de receita; na “c”, não temos pecúnia (dinhei- ro!) envolvido no serviço militar obrigatório, então não há que se falar em tributo; na letra e”, um dos elementos do tributo, o último de nossa figura do conceito de tributo. As alternativas que poderiam deixar o candidato em pane eram a “b” e a “d”. Na “d”, se aumentarmos o valor de um imposto, como o IPTU, por meio de uma multa, estaremos diante de uma violação ao conceito de tributo. Não é que não possamos ter multa: podemos, porém, a multa é algo isolado – ela vai aumentar o valor total a pagar, mas isso será a título de multa – o valor do imposto permanece o mesmo! Na letra “b”, não temos uma sanção envolvida – pelo contrário, quer se motivar o bom comportamento no trânsito – esse é o nosso gabarito, pois a alternativa está errada. Vejamos uma ficha dos conceitos do tributo e, em seguida, vamos tratar das espécies. Vimos 5 elementos... Você consegue lembrar deles (tente completar a ficha sem olhar a figura do início da página): Ficha 1.2 CONCEITO DE TRIBUTO (elementos) 1 2 3 4 5 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 21 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Agora que sabemos cada partezinha do conceito, vamos conversar um pouco sobre elas. Vou montar um esquema para que você possa ver o todo e as observa- ções (que serão bem objetivas, dentro da ideia de enxugarmos páginas sem perder qualidade): Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Prestação pecuniária, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir:• pecúnia significa dinheiro, ou seja, o tributo deve ser pago em moeda corrente (o que engloba, logicamente, pagamentos mediante boletos, darf, guias...); • cujo valor nela se possa exprimir significa que há outras hipóteses de paga- mento que não em moeda (que é a regra geral); o CTN, no art. 162, deter- mina que o pagamento é efetuado: I – em moeda corrente, cheque ou vale postal; II – nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo me- cânico. Repare que o cheque, o vale, o selo e a estampilha (que é um selo fiscal) repre- sentam valores que podem representar a moeda. Assim, não é permitido o paga- mento de tributo que não em dinheiro ou os casos que o CTN traz. • Não posso trabalhar em troca do pagamento de tributo, por exemplo (o que seria uma prestação in labora); • Não posso entregar bens em troca do pagamento de tributo (prestação in natura). Porém, existe uma exceção trazida pela lei: a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. A dação em pagamento em O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 22 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler bens imóveis é uma forma de extinção do crédito tributário, ou seja, é uma exceção à pecúnia – mas veja que o valor de um imóvel pode ser exprimida em dinheiro. Essa exceção surgiu via Lei Complementar, sendo plenamente válida. Daí tentaram fazer isso com bens móveis... seria possível nós pagarmos tributos pela entrega de bens, se houvesse uma lei prevendo isso? Teeeeêmpo... [tic tac tic tac tic tac] Não, caro(a) aluno(a)! O Distrito Federal tentou fazer isso e o STF decidiu que isso seria “Ofensa ao princípio da licitação na aquisição de materiais pela adminis- tração pública.” Prestação compulsória: O pagamento de tributo não pode ser ignorado, sendo obrigatório. O tributo é uma receita derivada, pois provém do patrimônio do particular. Não pode ser sanção para ato ilícito: Essa é a principal diferença do tributo para a multa: a sanção. Assim, jamais pode o Estado (U, E, DF, M) instituir um tributo para penalizar alguém. Até existe uma função extrafiscal em algumas alíquotas: por exemplo, o cigarro tem altíssimas alíquotas de IPI e de ICMS, sendo mais caro que um gênero básico de alimentação como o leite. Essa função extrafiscal não é sanção (parece, né? Mas não é!). Já a multa sim, essa é sanção! Ex.: multa se você sonegar imposto de renda. Instituída em lei: Somente por Lei pode ser instituído um tributo – e aí também valem as Medidas Provisórias, ok? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 23 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: Quando falamos em atividade administrativa vinculada, precisamos diferenciá-la da atividade discricionária. Uma atividade vinculada significa obrigatoriedade: o servidor que cobra tributos não pode optar por não cobrar, ele deve realizar a cobrança, sob pena de responsa- bilidade funcional. Já na atividade discricionária haveria uma série de opções den- tre as quais o servidor poderia escolher, optando por realizar ou não a atividade. Vamos ver o que a FCC acha disso tudo? Questão 4 (FCC/SEFAZ-MA/2016) De acordo com a definição do Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação a) compulsória, em moeda ou em quaisquer tipos de bens e direitos, cujo valor nela se possa exprimir, que constitua ou não sanção de ato ilícito, instituída pela legislação tributária e cobrada mediante atividade administrativa ou judicial plena- mente vinculada. b) pecuniária compulsória, em moeda ou em quaisquer tipos de bens e direitos, cujo valor nela se possa exprimir, que constitua ou não sanção de ato ilícito, ins- tituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa ou judicial plenamente vinculada. c) compulsória, preferencialmente em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída pela legislação tributária e cobra- da mediante atividade administrativa plenamente vinculada. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 24 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler d) pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. e) compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que constitua ou não sanção de ato ilícito, instituída pela legislação tributária e cobrada mediante atividade administrativa ou judicial plenamente vinculada. Letra d. Sem maiores necessidades de comentários aprofundados – já que a banca cobrou conhecimento literal do art. 3º do CTN: Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 2.3.1. Tributo x Multa Tributo não é multa! Imposto não é sinônimo de tributo, apesar de ser um tributo. A multa é uma sanção dada ao particular pelo fato de ele ter descumprido uma obrigação prevista na legislação tributária. O CTN utiliza o nome de “penalidade pecuniária” para multa. Tributo não é multa e estou aqui pensando se você já sabe o porquê... Olha como caiu: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 25 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Questão 5 (FCC/ISS-SP/2012) Um contribuinte deixou de emitir o documento fis- cal referente a uma prestação de serviço tributada pelo ISS, tributo de competên- cia municipal, e, como consequência, foi-lhe aplicada penalidade pecuniária pelo descumprimento dessa obrigação acessória (art. 230, caput, inciso V, alínea “a” do Decreto Municipal n. 52.703/11) Essa penalidade pecuniária a) é taxa, pois tem a finalidade de ressarcir o erário pelo dano causado pelo des- cumprimento de uma obrigação acessória. b) é imposto, pois está prevista na legislação do ISS. c) não é imposto, mas é tributo, em sentido amplo, pois tem natureza compulsória. d) é tributo, porque é cobrado por meio de atividade vinculada, conforme estabe- lece o Código Tributário Nacional. e) não é tributo, pois sanção pelo cometimento de ato ilícito não pode ser definida como tributo. Letra e. Assim, a multa, apesar de ser uma obrigação tributária principal (veremos este conceito nas aulas seguintes), não é tributo, pois ele não pode ser sanção por ato ilícito! Sua multa de trânsito, por exemplo, não é um tributo! Logo, apenas a última aten- de ao nosso enunciado. A multa que o descumprimento da obrigação de emitir nota fiscal gera não é tributo! O conteúdo deste livro eletrônicoé licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 26 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler 2.4. Tributo: Natureza Jurídica O CTN determina que: Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II – a destinação legal do produto da sua arrecadação. Assim, temos que o fato gerador (calma, calma, caro(a) aluno(a), nós apren- deremos o que é fato gerador neste curso!), [que é aquilo que o sujeito passivo pratica no mundo real e dá ensejo à cobrança de tributo (falando aqui a grosso modo, mas tecnicamente falando, o fato gerador está previsto em lei como uma conduta abstrata e, quando alguém incide nesta conduta, há subsunção do fato (no mundo real) à norma (mundo das leis), o que gera a obrigação tributário e, após o lançamento do tributo, gera o crédito tributário)] que determina a natureza jurídica específica do tributo. Para aprendermos cada uma das espécies do mapinha que vimos, precisamos saber as características de cada um desses tributos. Somente depois disso é que podemos “classificá-lo”. É importante saber, ainda, aquilo que NÃO é levado em conta para se de- terminar a natureza jurídica (classificação!) do tributo: Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II – a destinação legal do produto da sua arrecadação. Quanto ao fato gerador da obrigação principal, calma, veremos o que é isso nas aulas seguintes. Atenha-se aos incisos I e II do art. 4º do CTN (aliás, abra seu O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 27 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler CTN e grife esse art. 4º agora mesmo!). Não interessa para sabermos se o tributo é imposto ou taxa o NOME dele, as características formais nem a destinação legal da arrecadação! Agora é imprescindível a gente fragmentar as espécies e estudar cada uma separadamente. É o fato gerador, portanto, que vai determinar em qual das 5 espécies será en- quadrado o tributo! Olha como o tema é recorrente em prova: Questão 6 (FCC/SEFAZ-SC/2018) Conforme estabelece o Código Tributário Nacio- nal, a natureza específica do tributo é determinada a) pelo legislador, ao elaborar a norma legal, pois ao estabelecer sua denominação, a destinação do valor arrecadado e a progressividade da base de cálculo, é que se especifica a natureza do tributo. b) pela autoridade fazendária, pois, ao interpretar e aplicar a norma legal, sobre os fatos ocorridos, faz surgir o débito tributário e se revela a natureza jurídica da exação. c) pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a denominação dada pelo legislador e a destinação legal do produto da arrecadação. d) pela alíquota, sendo irrelevantes a base de cálculo e o fato gerador, pois se a alí- quota é crescente, a natureza do tributo é progressiva, se é decrescente, o tributo é regressivo. e) pelo Poder Judiciário, pois ao julgar os processos que lhe são apresentados, a autoridade judiciária desvenda a natureza do tributo, sua progressividade e a justa destinação dos recursos arrecadados. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 28 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Letra c. Veja, caro(a) aluno(a), foi uma questão bem literal e até meio “viajada”. Bastava o conhecimento do quarto artigo do CTN, ou seja, conceitos iniciais, para acertá-la: Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II – a destinação legal do produto da sua arrecadação. Gabarito é a terceira 😉! 2.5. Tributo: Espécies Vejamos as 5 espécies de tributos que a Constituição Federal (conforme enten- dimento do STF!) nos traz. 2.5.1. Impostos Comecemos pelo conceito do CTN (e você grife com o marca texto amarela): Conceito de Imposto Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação inde- pendente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Isso quer dizer que o imposto não depende de uma atividade do Estado. O im- posto tem como norteadora uma ideia de solidariedade social. Não há um caráter retribuído: eu não pago imposto em troca de algo específico, mas sim em troca de um bem-estar geral. Aqui surge o conceito de tributos VINCULADOS e NÃO VINCULADOS. Repare que o tributo é não vinculado a qualquer atividade estatal específica! Guarde muito O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 29 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler bem esta ideia: o imposto é aquilo que pagamos para o “bolo geral das receitas”... Esse bolo geral é de onde saem os recursos que custeiam os serviços públicos e que pagam o funcionamento da máquina pública. Para provar que eu não estamos loucos nem mentindo, olha que fácil : Questão 7 (FCC/TRT20/2016) De acordo com o Código Tributário Nacional, a exa- ção cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se a) empréstimo compulsório, quando sua ocorrência for eventual. b) imposto, tanto quando a competência for da União, como quando for dos Esta- dos ou dos Municípios. c) expectativa de benefício, decorrente de pagamento de contribuição social. d) taxa, pelo uso potencial de serviço público específico e divisível. e) preço público, por serviço a ser prestado em exercício futuro. Letra b. Resposta: os impostos. São eles os tributos que independem de uma ação do esta- do – o Estado não precisa lhe prestar qualquer serviço nem lhe entregar nada em troca para lhe cobrar imposto! Os existentes hoje são os seguintes (arts. 153, 155 e 156 da CF/1988 para os im- postos federais, estaduais e municipais!): O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 30 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Dessa forma, guarde que impostos são: • não contraprestacionais, não retributivos; • utilizados para os serviços universais, uti universi. Questão 8 (FCC/PGE-BA/2013) O art. 16, do Código Tributário Nacional, define o imposto como sendo a obrigação que tem por fato gerador uma situação indepen- dente de qualquer atividade estatal específica, relacionadaao contribuinte. Sobre o imposto, é correto afirmar que a) é classificado como tributo não vinculado, pois no aspecto material de sua hipó- tese de incidência não há qualquer atividade estatal específica. b) é classificado como tributo não vinculado, pois não pode, de forma absoluta e sem qualquer exceção, ter sua receita vinculada a qualquer órgão, fundo ou despesa. c) o fato gerador não se presta a indicar a capacidade contributiva do contribuinte, por ser tributo não vinculado. d) se submete à regra da legalidade, não se admitindo sua instituição ou majora- ção por ato do Poder Executivo. e) a competência para instituição e majoração de imposto é classificada constitu- cionalmente como comum, pois todos os entes federados a possuem. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 31 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Letra a. Como os impostos são o grande bolo de onde o Estado tira recursos para financiar suas atividades (políticas públicas, serviços, pagar os servidores, entre outros), dizemos que seu fato gerador não é vinculado a qualquer atividade estatal. Quando a banca fala em aspecto material de hipótese de incidência, ela está se referindo ao próprio fato gerador, por isso a primeira é o nosso gabarito. Temos um esclarecimento em relação à segunda assertiva: os impostos, em regra, não podem ter sua receita vinculada a qualquer atividade. Porém, existem exce- ções para a vinculação da receita de impostos para saúde e educação! Daí o erro da alternativa “b”. Repare que a banca mistura a vinculação do fato gerador do imposto a uma atividade estação (que não existe) com a vinculação da RECEITA do imposto a alguma destinação específica, que é outra coisa – e também, como regra, não pode ser feita. Questão 9 (FCC/PGM DE JOÃO PESSOA/2012) Um tributo que tenha por caracte- rísticas ser não vinculado a uma atividade estatal, admita, por expressa e excepcio- nal previsão constitucional, destinação específica do produto da arrecadação e não admita previsão de restituição ao final de determinado período classifica-se como a) taxa. b) contribuição de intervenção no domínio econômico. c) imposto. d) empréstimo compulsório. e) contribuição social. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 32 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Letra c. Aluno(a), olha o conceito de tributo: o seu fato gerador (responsável pela natureza jurídica!) não é vinculado a uma atividade estatal específica e em regra não pode ter sua receita vinculada. Nosso gabarito é a letra c”. 2.5.2. Taxas Começamos com o texto constitucional das taxas: Taxas na CF/1988 Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. Questão 10 (FCC/PGM DE RECIFE/2014) A Prefeitura do Recife, por meio de sua Secretaria de Finanças, resolveu enviar proposta ao legislativo municipal para a instituição de novas taxas aplicáveis aos munícipes recifenses. É prescrição norma- tiva constitucional que deve ser observada por esta proposta legislativa: a) Instituir em 2014 taxa para o custeio do serviço de iluminação pública que possa ser cobrada ainda no primeiro semestre do mesmo ano, tendo em vista as neces- sidades deste serviço nos bairros carentes do Recife. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 33 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler b) Instituição de taxas cobradas pela valorização de imóveis decorrente de obras públicas municipais, tomando-se o cuidado de não atribuir às taxas instituí das ba- ses de cálculo própria de imposto. c) Instituição de taxas pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos es- pecíficos e divisíveis, prestados ao contribuinte, desde que elas não tenham base de cálculo própria de impostos. d) Instituição de taxas pelo exercício potencial ou efetivo do poder de polícia ou pela utilização de serviços públicos específicos e indivisíveis, prestados ao contribuinte. e) Sempre que possível, instituir taxas que tenham caráter pessoal e que sejam graduadas segundo a capacidade econômica dos contribuintes. Letra c. Vimos que a CF/1988 exige que a instituição de taxas seja pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte, desde que elas não tenham base de cálculo própria de impostos. O CTN vai nos adicionar mais conhecimento. Vejamos: Taxas no CTN Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pe- los Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Portanto, a taxa pode ter duas razões para ocorrer (no direito tributário chamamos isso de “Fato gerador”, será melhor explicado futuramente): 1) Exercício regular do poder de polícia; 2) utilização, efetiva ou potencial (EOUP), de serviço público específico e divisível (EED), prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 34 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. Cai em prova: a taxa não pode ser calculada em função do capital das empresas! Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limi- tando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abs- tenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à or- dem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempe- nhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: I – utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua dis- posição mediante atividadeadministrativa em efetivo funcionamento; II – específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de interven- ção, de utilidade, ou de necessidades públicas; III – divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. #tenso né? Mas te ajudamos. Saiba que a taxa é RETRIBUTIVA, ou seja, ela é paga em TRO- CA de alguma coisa (o imposto não, lembra?). Essa alguma coisa pode ser: i) o poder de polícia; ii) o serviço público; Daí o legislador se preocupou em definir o que é poder de polícia e qual serviço público que está abrangido para que se dê a ocorrência da taxa. Questão 11 (FGV/ISS-NITERÓI/2015) A Constituição Federal prevê várias espé- cies tributárias, entre as quais a modalidade cujo fato gerador pode ser o exercício do poder do Estado de limitar as liberdades individuais em prol do bem da coletivi- dade. Esse tributo é: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 35 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler a) empréstimo compulsório; b) contribuição de melhoria; c) imposto; d) taxa; e) contribuição parafiscal. Letra d. Nosso gabarito é a letra “d” (TAXA), pois essa limitação do poder é inerente ao po- der de polícia. É taxa decorrente do poder de polícia! Deve-se ressaltar que há prescindibilidade (isso é igual a dizer que não precisa) de comprovação do efetivo exercício do poder de polícia, ou seja, não precisa haver efetiva fiscalização no estabelecimento para que se cobre essa taxa, bastando haver um órgão constituído de fiscalização. O primeiro ponto, portanto, é saber que existem dois tipos de taxas: de serviços públicos e de polícia. A taxa é um tributo vinculado a uma atividade estatal especí- fica, portanto. Feita esse esclarecimento, vejamos a confusão existente entre taxa e preço público: Precisamos discernir “taxas x tarifas públicas” (ou preços públicos). Existe uma grande controvérsia sobre o que é taxa (tributo, que é pago ao Estado) e sobre o que é tarifa ou preço público (que pode ser pago ao particular, e que não é tributo). Veja a súmula do STF que despensa em prova: Súmula n. 545 do STF: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 36 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Questão 12 (FGV/TJ-PA/2009) A taxa e o preço público se caracterizam por: a) o preço público ser receita derivada do Estado e a taxa ser receita originária. b) a cobrança da taxa obedecer ao princípio da proporcionalidade do uso e a do preço público não. c) o preço público poder ser cobrado pela utilização potencial do serviço, enquanto e a taxa não poder. d) a taxa ter como sujeito ativo pessoa jurídica de direito público e o preço público poder ser exigido por pessoa jurídica de direito privado. e) o regime jurídico da taxa ser sui generis, já o dos preços públicos ser, sobretudo, contratual. Letra d. Nosso gabarito é a letra “d”. Os serviços públicos podem, além de serem taxados, serem remunerados de outra forma – não haverá taxa, mas tarifa ou preços públi- cos. Nas taxas, o único sujeito ativo que pode existir é o Estado – na condição de pessoa jurídica de direito público. No preço público, um ente privado poderá exigir do contribuinte uma prestação pecuniária – que não será tributo! Aluno(a)... Custas judiciais são taxas! Vamos destacar? As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de taxa de serviço. Questão 13 (FGV/OAB-XVII/2015) Em 17/07/2014, o Tribunal de Justiça do Es- tado X da Federação instituiu, por meio de Provimento da Corregedoria Geral da Justiça, as custas judiciais e os emolumentos cartorários vigentes a partir da data da publicação. Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 37 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler a) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de preço público e, portanto, não estão sujeitos às limitações constitucionais ao poder de tributar. b) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de taxa de serviço. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os princípios da legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal. c) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de contri- buição social. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os princípios da legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal. d) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de taxa de poder de polícia. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os prin- cípios da legalidade e da anterioridade de exercício. Letra b. Sobre os princípios envolvidos, peço paciência, estudaremos nas próximas aulas, apenas fique atento(a) à natureza jurídica das custas judiciais e dos emolumentos cartorários, que são taxas! Questão 14 (FGV/SEFAZ-RJ/2011) Lei Estadual instituiu pedágio a ser cobrado por empresa privada, concessionária, para os usuários de determinada rodovia que passa pelo território de diferentes municípios, sem, no entanto, estabelecer via alternativa, gratuita, de trânsito. Considerando a hipótese acima, assinale a alter- nativa correta. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 38 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler a) O Pedágio, no caso, tem natureza de tarifa e, como tal, apresenta obrigatoria- mente a característica da compulsoriedade. b) A cobrança do pedágio por pessoa jurídica de direito privado é compatível com o princípio da indelegabilidade da competência tributária. c) O pedágio, na situação retratada, tem natureza de taxa, não podendo ser cobra- do pela empresa concessionária, conforme aduz o princípio da irrenunciabilidade. d) O oferecimento de via alternativa gratuita é condição necessária para a cobrança de pedágio. e) É vedado o estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de pedágio, por imposição constitucional. Letra b. Essa foi mais uma questão para diferenciar taxa de preço público... E a aplicabili- dade disso nos pedágios, já cobrada anteriormente pela banca FGV. Nosso gabarito é a letra “b”... A tarifa pública, quando cobrada por particular, não ofende o princí- pio da Indelegabilidade, pois não se trata de delegação de competência tributária (trataremos da competência mais à frente... Guarde agora que no caso hipotético acima, o pedágio seria uma TARIFA (ou preço público) e não uma taxa)! A FGV adora inventar casinhoshipotéticos na prova e te pedir um posicionamento sobre eles! Na letra “a” fala-se em Compulsoriedade, o que não existe para tarifa, apenas para taxa. Na letra “c”, não podemos ter uma taxa cobrada por empresa privada. A letra “d”, está errada, pois na lei que disciplina o regime de concessão de serviços públicos (Lei n. 8.987/1995) não se exige obrigatoriedade de outro serviço gratuito, em que pese haver diversos entendimentos de que quando não há outra via gratuita disponível para o usuário, ele tem direito ao ressarcimento do pedágio. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 39 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler O tema é polêmico, mas foque no objetivo da questão, que destacou o fato de o preço público não ser delegação! Na letra “e”, totalmente descabida, algo que sa- bemos até na prática, por vivenciar pedágios em nosso cotidiano. Para um fechamento de taxas x tarifas: Súmula n. 545 do STF: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu. Obs.:� não existe mais esse princípio da anualidade, mas permanece a questão da previsão orçamentária. TAXA x TARIFA ou Preço Público TAXA PREÇO PÚBLICO É tributo, precisa de lei Não é tributo, origina-se em contrato É compulsória, porque é tributo Facultativa Regime de Direito Público Regime de Direito Privado ou Híbrido Receita Derivada Receita Originária Exemplos: – Taxa de Serviços Diversos (comum nos municípios) – Taxa Judiciária (existe nos Estados e União) Exemplos: – Tarifa de Energia Elétrica – Tarifa de Água Aluno(a), agora vamos listar algumas súmulas... Elas são meio autoexplicativas, não tem motivo para ficar “inventando moda” em cima delas, pois é literalmente que elas podem e vão aparecer nas provas: Súmulas Vinculantes do STF: Súmulas Vinculante n. 12 – Taxa de matrícula – A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal. Súmulas Vinculante n. 19 – Taxa de coleta de lixo – A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal. Súmulas Vinculante n. 29 – Um ou mais elementos da base de cálculo dos impostos – É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 40 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Súmulas Vinculante n. 41 – Taxa de iluminação pública – O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. [o correto é por contribuição de iluminação pública] Súmulas do STF: Súmula n. 595 – É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do Imposto Territorial Rural. Súmula n. 667 – Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa. Súmula n. 670 – O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado median- te taxa. Súmula n. 665 – É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e va- lores mobiliários instituída pela Lei n. 7.940/1989. Súmulas STJ: Súmula n. 80 – A taxa de melhoramento dos portos não se inclui na base de cálculo do ICMS. Questão 15 (FCC/ANALISTA/2018) O valor pago em pedágio, por usuários de es- trada pública cuja exploração tenha sido concedida à iniciativa privada, é a) contribuição de melhoria. b) taxa de serviço. c) preço público. d) empréstimo compulsório. e) imposto inominado. Letra c. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 41 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler O pedágio pago nas rodovias, se há um particular envolvido na cobrança (o conces- sionário), é um preço público, ok? Caso não haja esse particular, ou seja, seja co- brada diretamente pelo Estado (o que dificilmente vemos acontecer hoje em dia), aí seria uma taxa. Guarde essa informação! 2.5.3. Contribuições de Melhoria Aluno(a), vamos pensar. Às vezes, o governo realiza obras públicas que benefi- ciam determinada região. Assim, os imóveis dela ficam valorizados. Por exemplo, a construção de uma Arena de futebol moderna, com um lago, local para prática de skate, caminhada, brincadeiras para criançada... Os imóveis dos arredores que valiam R$ 100.000,00 passaram a valer R$ 200.000,00. Não é justo para quem não teve obra perto de casa nem é justo para o Estado, pois é um “enriquecimento sem causa” daqueles que têm imóveis por ali. Dessa for- ma, foi criada a contribuição de melhoria (que tem origem na Inglaterra, quando foram realizadas obras nas margens do Rio Tâmisa, o que possibilitou uma série de benefícios para os proprietários dos imóveis locais). Veja o texto da CF/1988: Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. O STF entende que “Sem valorização imobiliária decorrente de obra pública não há contribuição de melhoria, porque a hipótese de incidência desta é a valorização e a sua base de cálculo é a diferença entre os dois momentos: o anterior e o poste- rior à obra pública, vale dizer o quantum da valorização imobiliária”. Isso quer dizer que precisa haver incremento do valor de mercado dos imóveis! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 42 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Aluno(a), entenda, isso não é automático... Precisa haver um edital prevendo o total do investimento da obra, pois o Estado não pode cobrar dos imóveis mais do que gastou. Outro ponto importante é que o mero recapeamento asfáltico, sem incremento de valor dos imóveis, não é suficiente para gerar contribuição de me- lhoria! Se for um novo asfalta, do qual provenha valorização imobiliária, aí sim! Encerrando aqui os ensinamentos da contribuição de melhoria, vejamos o texto do CTN: Contribuição de Melhoria no Código Tributário Nacional Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliá- ria, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Veja, o limite total é o valor da obra; o limite individual é o valor acrescido a cada imóvel. Já caiu uma questãobobinha da (ESAF) querendo saber se esses limites esta- vam previstos na CF... E não estão! Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mí- nimos: I – publicação prévia dos seguintes elementos: a) memorial descritivo do projeto; b) orçamento do custo da obra; c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; d) delimitação da zona beneficiada; e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; II – fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; III – regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impug- nação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 43 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da par- cela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. § 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. Aluno(a), leia tudo acima e foque no destacado! Sobre a Contribuição de Melhoria, você deve saber que há um Decreto-lei n. 195/1967, recepcionado pela CF/1988 como Lei Complementar, que também regula este tributo! Não apenas o CTN! Conforme o referido decreto-lei, a Contribuição de Melhoria “tem como fato ge- rador o acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas direta ou indiretamente por obras públicas”. É o decreto (status de Lei Complementar, ple- namente válido!) que explicita quais obras podem dar origem a uma cobrança da contribuição de melhoria (não se preocupe em gravar os casos, citei apenas para conhecimento geral, não vão lhe cobrar quais casos são ou não de contribuição de melhoria): Art. 2º Será devida a Contribuição de Melhoria, no caso de valorização de imóveis de propriedade privada, em virtude de qualquer das seguintes obras públicas: I – abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e outros melhoramentos de praças e vias públicas; II – construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e viadu- tos; III – construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido inclusive todas as obras e edificações necessárias ao funcionamento do sistema; IV – serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações de redes elétricas, telefônicas, transportes e comunicações em geral ou de suprimento de gás, funiculares, ascensores e instalações de comodidade pública; V – proteção contra secas, inundações, erosão, ressacas, e de saneamento de drena- gem em geral, diques, cais, desobstrução de barras, portos e canais, retificação e regu- larização de cursos d’água e irrigação; VI – construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e melhoramento de estradas de rodagem; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 44 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler VII – construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos; VIII – aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações em desenvolvimento de plano de aspecto paisagístico. Questão 16 (FCC/SEFAZ-GO/2018) A contribuição de melhoria é uma espécie de tributo expressamente mencionada na Constituição Federal e no Código Tributário Nacional. De acordo com as normas do CTN, esta contribuição pode ser cobrada pelo Estado, para fazer face a) a despesas referentes à limpeza de um campo de futebol de propriedade do clu- be da região, que conseguiu, com isso, melhorar a qualidade de vida das crianças que residiam nas suas redondezas. b) ao custo de obras públicas referentes à edificação, pelo poder público estadual, de uma escola e de um parque públicos, os quais acabaram valorizando a região como um todo, inclusive os imóveis circunvizinhos. c) ao custo extraordinário incorrido pelo poder público, referente à alteração de destinação dos prédios históricos da região, ocasionando a valorização do acervo histórico mobiliário que neles se contra. d) ao custo dos reparos promovidos em uma pista elevada para bicicletas, que, embora tenha ocasionado a depreciação dos imóveis circunvizinhos a ela, solucio- nou os problemas de tráfego da região. e) ao custo extraordinário incorrido pelo poder público, referente à contratação de professores estrangeiros, contratados para lecionar na faculdade estadual local, tornando-a uma faculdade de ponta no Brasil. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIDIANE HELENA DE SOUZA - 07691806639, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 45 de 128www.grancursosonline.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO Tributo Prof. Thiago Rösler Letra b. Aluno(a), o custo de obras públicas, ou seja, feitas pelo poder público, de qualquer dos entes da federação, das quais decorram valorização imobiliária é o que pode ensejar a cobrança de contribuição de melhoria (gabarito é a segunda!). Deve ha- ver, portanto, valorização em $$$$ dos imóveis, não bastando que se melhore a qualidade de vida, como foi exposto na primeira alternativa. Questão 17 (FCC/SEFAZ-SC/2018) A Constituição Federal estabelece que a “União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tribu- tos: (...) contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas”. O Código Tribu- tário Nacional, porém, é mais específico e estabelece que este tributo é a) de competência exclusiva da União, arrecadado mediante rateio em nível na- cional e tem por finalidade fazer face ao custo de obras públicas que sejam ne- cessárias, mas onerosas demais para serem custeadas pelo poder público federal, isoladamente. b) instituído para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária. c) instituído para fazer face ao custo de obras em prédios públicos, das quais de- corra a valorização destes. d) de competência privativa da União, tem como fato gerador obras públicas reali- zadas por ela e que beneficiam mais de um Estado, tem como contribuinte apenas pessoas jurídicas de direito público, e tem como limite de arrecadação o custo da obra realizada em cada uma destas unidades federadas. 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