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1. TECIDO EPITELIAL CONCEITO (características): Células poliédricas (apresentam forma), justapostas. Pouca ou nenhuma MEC – chamada de glicocálix: delgada camada glicoproteica que envolve as células epiteliais; produzido por essas células; participa de algumas funções fisiológicas das células, como fagocitose e pinocitose. Se origina dos 3 folhetos germinativos – epiderme: ectoderma; vasos: mesoderma; mucosa: endoderma Núcleo acompanha a forma das células Dividido em: de revestimento; glandular; neuroepitelial. FUNÇÕES: revestimento, secreção (glândula parótida), captação de estímulo (língua), absorção (intestino delgado), filtração, excreção, reabsorção (rim), proteção (pele), facilitar troca de substância ou gases (pulmão). CLASSIFICAÇÃO Ep. de Revestimento No de camadas Simples Simples pseudoestratificado Estratificado Forma Queratinizado Pavimentoso Não queratinizado Cúbico Cilíndrico/colunar/prismático de Transição (só no estratificado) ex.: bexiga Demais classificações: com células caliciformes / Ciliada, esteociliada Polo apical Polo basal Lâmina basal (não visível): apoia as células epiteliais, limita o tecido epitelial do conjuntivo, delicada rede de fibrilas composta por colágeno IV, glicoproteínas (laminina e entactina) e proteoglicanos; apresentam polarização celular (polos basal e apical) Membrana basal (visível) = lâmina basal + lâmina reticular (camada de fibras reticulares - conjuntivas) (ex.: pele) OU fusão de duas lâminas basais (ex.: pulmão e rim) Avascularizado → nutrido pelo tecido conjuntivo por difusão Constante renovação (mitose; a velocidade de renovação depende da localização do epitélio) Adesão: ação das caderinas (glicoproteínas transmembrana) Forte força de coesão COMPLEXOS JUNCIONAIS I. Junções oclusivas - Zônula de oclusão: próxima ao polo apical; a junção forma um cinturão que veda o espaço intercelular e impede que substâncias estranhas passem entre uma célula e outra, pois diminuiria a adesão. As células se juntam em alguns pontos de seus folhetos externos. II. Junções de ancoragem - Zônula de adesão: ocorre o afastamento das membranas com acúmulo de material eletro denso no espaço intracitoplasmático onde há a inserção de vários filamentos do citoesqueleto da célula (ex.: de actina) Complexo unitivo = z. de oclusão + z. de adesão - Desmossomo: placa rígida em forma de disco; internamente tem a placa de ancoragem; filamentos intermediários presentes no citoplasma se inserem na placa ou formam alças que retornam ao citoplasma (caderina). - Hemidesmossomo: prendem a célula à lâmina basal; contém integrinas - Interdigitações: dobras da membrana para aumentar a adesão III. Junção de comunicação - Junções tipo gap (nexos): canal por onde passam íons, informações nutricionais e AMP cíclico ESPECIFICAÇÕES DA SUPERFÍCIE LIVRE - Microvilos: projeções da membrana em forma de dedos de luva, aumentam a superfície de contato, aumentando a absorção. Ex.: intestino delgado (borda estriada), túbulo contorcido proximal do rim (orla em escova). - Cílios: 9 pares de microtúbulos na periferia e 1 par central, móvel, função de produção de movimento, organizados e de mesmo tamanho Ex.: traqueia, tuba uterina. 1 - Estereocílios: projeções da membrana bastante alongadas e anastomosadas (ramificadas), imóvel, desorganizados, só em homens. Ex.: canal eferente e epidídimo. A função talvez possa estar relacionada à maturação dos espermatozoides. - Flagelos: cílio longo, função de produção de movimento. Toda glândula se forma a partir de uma superfície epitelial de revestimento, onde essas células epiteliais começam a se proliferar por divisão mitótica e a se aprofundar para dentro do tecido conjuntivo. A partir daí, a glândula pode seguir 2 caminhos: se diferenciam em uma porção secretora e em um ducto excretor OU desaparecem as células do ducto e fica apenas a porção secretora. CLASSIFICAÇÃO Ep. glandular No de células Unicelular ex.: célula caliciforme Pluricelular Forma de secreção Exócrina Tem porção secretora e ducto excretor Excretam para uma superfície externa ou para cavidade interna Ex.: sudorípara, mamária, parótida, sublingual, submandibular de acordo com o ducto: simples ou composta (ramificado) de acordo com a forma da porção secretora: tubulosas, acinosas ou túbulo- acinosas Endócrina Desaparece as células do ducto e fica apenas a porção secretora Secreção jogada na corrente sanguínea (Hormônios) Cordonal Porção secretora em forma de cordões maciços de células e os vasos sanguíneos passam entre eles - secreção jogada diretamente na corrente sanguínea Ex.: paratireoide, suprarrenal, hipófise Vesicular Porção secretora em forma de vesículas/folículos/bolsas e os vasos sanguíneos ficam ao redor – porção secretora produz, armazena temporariamente, depois jogam na corrente sanguínea Ex.: tireoide Mista Ex.: pâncreas Ex.: Glândula sudorípara: exócrina simples tubulosa enovelada Glândula parótida: exócrina composta acinosa Glândula submandibular: exócrina composta túbulo-acinosa 2 2. TECIDO CONJUNTIVO CONCEITO (características): Diversos tipos de células Muita MEC – constituída por um emaranhado de fibras e por Substância Fundamental Amorfa (SFA) Plasma intersticial: liquido que se origina do sangue e banha o tecido conjuntivo Origem: mesênquima (células mesenquimais que tem a capacidade de se diferenciar em todas as células do tecido conjuntivo, ou células mesenquimatosas indiferenciadas) Fácil reparação Vascularizado MEC - constituída de proteínas fibrosas que vão constituir as fibras que são embebidas por um gel hidrofílico de polissacarídeos e proteínas. As fibras do tecido conjuntivo têm como função formar um arcabouço estrutural e elástico de vários tipos de tecidos conjuntivo. SFA - gel incolor e hidratado que fica entre as células, transparente. Formado de proteoglicanas, glicoproteínas adesivas e glicosaminoglicanas. Tem como função facilitar a circulação de nutrientes, hormônios e outros mensageiros químicos pelo tecido conjuntivo. *Glicoproteínas adesivas (laminina e fibronectina): permitem a adesão das células aos componentes de sua matriz *Glicosaminoglicanas: são dissacarídeos de amina e ácido urônico. Forma de escova de limpar mamadeira. Cerne central: proteico. Espículas: glicosaminoglicanas FUNÇÕES: sustentação estrutural (tec. ósseo), preenchimento, armazenamento (tec. adiposo - triglicerídeos), transporte (sangue), defesa e proteção, reparação. FIBRAS – constituídas de proteínas polimerizadas, formando estruturas alongadas. Formam 2 grandes sistemas de acordo com sua proteína: Colágeno → SIST. COLÁGENO: Fibras colágenas e Fibras reticulares Elastina → SIST. ELÁSTICO: Fibras elásticas FIBRAS COLÁGENAS Colágeno é a proteína mais abundante do corpo. A molécula de colágeno (tropocolágeno) é longa e formada por 3 cadeias peptídicas enroladas em hélices (cadeias alfa). Existem varias cadeias alfa e cada uma delas é codificada por um gene, originando os diversos tipos de colágeno I – Produzido por células do tecido conjuntivo como fibroblastos, odontoblastos e osteoblastos. Localização: tendões, ligamentos, ossos, dentes, etc. 90% do total do colágeno no corpo dos mamíferos. II – Produzida por células cartilaginosas. Forma fibras finas. Localização: cartilagens hialina e elástica. III – Produzido pelo fibroblasto e células reticulares. Forma as fibras reticulares. Geralmente, associado ao tipo I. IV – Produzido por células epiteliais, não participa dos tec. conjuntivo. Forma: lâminas basais. V – Ocorre nos mesmos tecidos onde tem colágeno I e associado a ele para formar fibrilas. XI – Localização: cartilagens hialina e elástica, participando da estrutura das fibrilas colágenas junto com o colágeno II. Fibras colágenas Tipo I: + frequentes; Brancas a olho nu; acidófilas: coradas com eosina (rosadas); formam feixes; longas e tortuosas;birrefringentes. Biossíntese do colágeno: para ocorrer a formação de uma proteína é necessário inicialmente que ocorra a replicação do DNA para a formação do RNAm (Transcrição) que sai do núcleo para o citoplasma para que ocorra a Tradução (no REG). Síntese de preprocolágeno. Depois ocorre a clivagem do peptídeo-sinal (que começa a sequência de AA) formando o procolágeno. Logo em seguida, ocorre a HIDROXILAÇÃO da lisina e da prolina em hidroxilisina e hidroxiprolina*. Para ocorrer essa hidroxilação desses AA, é necessária a presença da vitamina C. (Escorbuto – um dos sintomas é o sangramento das gengivas e mobilidade dos dentes. Paciente que tem escorbuto perde o dente porque não está ocorrendo a síntese do colágeno por carência de vitamina C. Assim, as fibras colágenas do ligamento periodontal, que inserem o dente no alvéolo, não estão sendo repostas. Importante também para o processo de cicatrização, já que na reparação há a formação de tecido conjuntivo). Depois, há a glicosilação com adição de galactose ou gliconil galactose. Nesse momento se forma a cadeia alfa e há união de 3 cadeias com 2 peptídeos de registro. O peptídeo de registro alinha essas cadeias no REG (impedindo que elas formem agregados) e depois elas se dobram em forma de tripla hélice. Como não há a agregação, impede que as cadeias formem as fibrilas no interior da célula. Secreção da molécula do procolágeno por exocitose para o meio extracelular. Há a remoção dos peptídeos de registro por proteases. 3 Polimerização do colágeno para formar a fibrila Síntese da fibra colágena começa dentro da célula (citoplasma) e termina fora. Dentro da célula forma a molécula do colágeno, mas a fibra é formada fora. FIBRAS RETICULARES (III): + delicadas; transparentes a olho nu e quando coradas com HE; fibras argirófilas (negras, coradas com prata); formam redes que apoiam os órgãos Formam o arcabouço (esqueleto) de alguns órgãos: os hemocitopoiéticos (ex.: baço, medula óssea), em torno de fibras musculares e em alguns órgãos que apresentam células epiteliais (ex.: rim, fígado) FIBRAS ELÁSTICAS: + delgadas; amarelas a olho nu; coradas com eosina (rosadas) ou com orseína (específica para fibras elásticas); sem estrias; presente em vasos de grande calibre como na camada média a. aorta Formam uma malha ramificada e irregular na pele Podem ser classificadas de acordo com o componente estrutural da elastina como: elaunínicas ou oxitalânicas CÉLULAS FIBROBLASTOS: vários prolongamentos irregulares, fixa Núcleo claro, grande e ovoide Cromatina fina Nucléolo evidente Abundante quantidade de REG e CGolgi desenvolvido Responsável pela síntese da matriz extracelular - produz todas as fibras do tecido conjuntivo e a SFA (assim, é uma célula ativa) Pode ser tornar um FIBRÓCITO: menor e fusiforme (perde os prolongamentos citoplasmáticos), fixa Núcleo menor e alongado Deficiência de REG e CGolgi (célula inativa, produz nada) Célula recente. Caso precise, ele pode voltar a ser um fibroblasto, como em uma lesão MACRÓFAGO: movimentação ameboide emitindo pseudópodes, móvel Núcleo ovoide e forma de rim Superfície irregular devido aos pseudópodes (com saliências e reentrâncias) Citoplasma com fagossomos Origina-se dos monócitos do sangue (monócito atravessa a parede dos vasos por diapedese e vai para o tecido conjuntivo, passa a ser macrófago) Alta capacidade fagocitária: célula de defesa – pode defender por si só, se juntar a outros macrófagos, sendo uma célula gigante multinucleada ou sendo uma célula apresentadora de antígeno. *Quando um antígeno entra no tecido conjuntivo, o monócito vai ser avisado por quimiotaxia. Por diapedese, ele sai da corrente sanguínea e vai para o tecido conjuntivo e se desloca por movimentação ameboide e chega até o antígeno, fagocitando-o. *Quando um antígeno é mais forte que o macrófago, o macrófago chama outros por quimiotaxia e começam a se juntar (célula gigante multinucleada), mas esse processo demora. Essa célula é encontrada geralmente nas inflações crônicas. *Normalmente, o macrófago chama os leucócitos (célula mais forte) por quimiotaxia, como nas inflamações agudas. MASTÓCITO: célula grande e globosa Citoplasma com grânulos basófilos. Dentro desses grânulos geralmente tem: heparina (anticoagulante), sulfato de condroidina e histamina (potente vasodilatador). Núcleo esférico e central Superfície celular com receptores para as imunoglobulinas (anticorpos) Metacromáticos: capacidade de mudar a cor do corante utilizado Participa da inflamação, por conta da heparina, e tem papel importante na alergia, por conta da histamina. Geralmente quem tem alergia não é quem entrou em contato pela primeira vez com o antígeno. 1aa vez: anticorpos produzidos vão parar na superfície dos mastócitos. 2a vez: mesma coisa, só que em quantidade maior. Assim, não tem mais receptores para os anticorpos se acoplarem. O mastócito, percebendo isso, rompe a parede citoplasmática e libera os grânulos de histamina, dando início ao processo alérgico. Há vasodilatação, liquido vai para o tecido conjuntivo, há o inchaço chamado de edema. PLASMÓCITO: Células ovoides Núcleo esférico e excêntrico Citoplasma basófilo, porque apresenta muito REG Cromatina em grumos, semelhante a uma roda de carroça Sintetizam e secretam anticorpos (imunoglobulinas) 4 CÉLULA ADIPOSA: pode ser de duas maneiras Unilocular/comum/amarela – única gotícula de gordura no citoplasma que empurra o núcleo para a periferia, dando a célula um aspecto de anel com a pedra invertida; encontrada mais em adultos. Multilocular/parda – várias gotículas de gordura, o núcleo fica mais central; encontrada mais em recém-nascidos e animais que hibernam. Armazenamento de energia na forma de triglicerídeos (durante o processo histológico, o xilol remove toda a gordura da célula adiposa) LEUCÓCITOS: Glóbulos brancos do sangue Saem da corrente sanguínea e vão para o tec. conjuntivo por diapedese Principais do tec. conjuntivo: Neutrófilos, eosinófilos e linfócitos. Só o linfócito pode voltar para a corrente sanguínea. Defesa contra microrganismos EDEMA Plasma intersticial: líquido que vem do sangue. Por pressão hidrostática, o líquido vai sair em nível das arteríolas para o tecido conjuntivo, banhando esse tecido. Porém, por uma pressão osmótica, esse líquido vai retornar ao sangue em nível das vênulas, só que a pressão hidrostática é maior que a osmótica, ou seja, sai mais do que retorna, restando um pouco de líquido. Normalmente, esse líquido restante é drenado pelos vasos linfáticos. Porém, se houver acúmulo desse líquido no meio extracelular, está se formando um EDEMA. Causas: Obstrução dos vasos linfáticos Obstrução venosa Metástase de tumores Retorno venoso insuficiente Desnutrição Aumento da permeabilidade vascular CLASSIFICAÇÃO Propriamente dito Frouxo Denso Modelado Não modelado Especial Elástico Reticular Mucoso Adiposo Cartilaginoso Ósseo FROUXO: consistência delicada e flexível Preenche espaços entre os outros tecidos Apoia e nutre epitélios Apresenta células, fibras e SFA nas mesmas proporções DENSO: flexível e + resistente Branco a olho nu Predomínio de fibras colágenas Classificação de acordo com a orientação das fibras: Modelado: fibras em uma só direção devido a força de tração, paralelas. Forma tendões Denso não modelado: fibras em várias direções, desorganizadas. Ex.: Derme ELÁSTICO: grande elasticidade, feixe de fibras elásticas Amarelado a olho nu Pouco frequentes: ligamento amarelo da coluna vertebral, suspensor do pênis, camada média dos vasos RETICULAR: fibras reticulares, forma de rede Órgãos formadores das células do sangue e arcabouço de sustentação MUCOSO: consistência gelatinosa, predomínio de SFA (muita matriz extracelular) Poucas fibras As principais células são os fibroblastos Forma: cordão umbilical (ao redor dos vasos) e na polpade um dente jovem 5 ESTROMA: tecido de sustentação de um órgão. PARÊNQUIMA: conjunto de células responsáveis pelas funções típicas do órgão. 5. TECIDO ÓSSEO Tecido especial do tecido conjuntivo (então é formado por células, fibras e SFA). Especial por ter matriz (fibras + SFA) calcificada, mineralizada e é chamada e matriz óssea. Funções: principal constituinte do esqueleto Suporta pressões Apoio e suporte p as partes moles Protege órgãos vitais (como cérebro, coração, pulmão) Aloja e protege a medula óssea Apoio para os músculos estriados esqueléticos para promover o movimento do corpo Grande fonte de íons, principalmente cálcio e fosfato, e toda célula para seu metabolismo precisa de cálcio MATRIZ ÓSSEA: mineralizada - tem parte Orgânica: Colágeno do tipo I Proteoglicanas Sialoproteínas BMP’s (proteínas morfogenéticas ósseas) Osteocalcinas Osteopontinas Osteonectinas Inorgânica(minerais):Ca2+ Fósforo Bicarbonato Citrato Mg, Na, K Parte inorgânica: Fibras colágenas tipo 1 + Cristal de Hidroxiapatita = Resistência e Dureza Osso s/ parte orgânica – quebradiço | Osso s/ parte inorgânica – flexível, mole CÉLULAS Células osteoprogenitoras: Célula fonte mesenquimal, podem se diferenciar a qualquer momento em osteoblastos Fusiformes com núcleo oval e pouco corado Citoplasma escasso Pouco REG e Complexo de Golgi Num osso já formado, são encontradas nas camadas mais internas do periósteo e do endósteo. Osteoblastos: arranjo epitelial (juntas) na periferia da matriz óssea ↑ativ: forma cuboide ↓ativ: forma achatada Produção de matriz óssea: produzem a parte orgânica e ajudam também na mineralização dessa matriz Osteoide: matriz orgânica recém-sintetizada pelos osteoblastos que ainda não foi mineralizada Depositam a matriz orgânica no meio extracelular – fibras começam a se depositam ao redor das células (matriz osteoide) que começa a se tornar mineralizada. As células não perdem a ligação, continuam presas por zônula de oclusão. Porém, vão se afastando e começam a adquirir vários prolongamentos. O lugar onde o osteoblasto começa a ficar preso dentro da matriz passa a ser chamado de lacuna. E começam a se formar canalículos ao redor dos prolongamentos. As células passam a ser osteócitos. Osteócitos: forma de amêndoa Cheio de prolongamentos citoplasmáticos (canalículos) que ligam a outros osteócitos Manutenção da matriz óssea Não tem muitas organelas relacionadas à síntese, pois a função do osteócito é apenas manter a matriz óssea. E como é que ele mantém? O osso é um tecido conjuntivo vascularizado, porém é um tecido mineralizado. Se não existisse essa comunicação entre as células, não existiria a difusão de nutrientes para essas células. Céls mesenquimais → céls progenitoras → osteoblastos → osteócitos → monócitos → osteoclasto Se juntam e formam o cristal de hidroxiapatita 6 Osteoclastos: se origina dos monócitos do sangue. Quando o monócito sai da corrente sanguínea e vai para o tecido ósseo, ele vai se tornar um macrófago. Macrófago é uma célula móvel por movimentação ameboide Movimento ameboide Multinucleada Periferia da matriz (ao lado dos osteoblastos) Ativo: preso em depressões da matriz (lacuna de Howship) Destrói matriz para remodelação óssea (juntamente com o osteoblasto, um forma e outro destrói. Ele destrói quando está precisando de cálcio e tem que manter os níveis estáveis) OSTEOCLASTOGÊNESE Existe uma membrana associada à membrana citoplasmática dos osteoblastos chamada de RANKL e que existe um receptor dessa proteína nos osteoclastos chamada de RANK. A proteína e o receptor vão interagir. Existe outro receptor solúvel para o RANKL chamado osteoprotegerina, que também é produzida pelos osteoblastos. Quando está faltando cálcio no sangue, o primeiro local que sente essa falta é a tireoide. Detectando a falta de cálcio, a tireoide libera o hormônio Paratormônio. Esse paratormônio vai parar num receptor que está na membrana dos osteoblastos. Quando ocorre a interação hormônio-receptor, essa ligação vai imediatamente estimular os osteoblastos a sintetizar o RANKL e também o fator estimulante de colônia-macrófago. Esse fator é um mediador que vai mandar um aviso para os monócitos que estão no sangue. Esses monócitos atravessam a corrente sanguínea, vão para o osso e lá se tornam macrófagos. O macrófago vai induzir a expressão do RANK, quando isso acontece. O RANK vai se ligar ao RANKL e nesse momento tem-se a formação de um osteoclasto, que ainda está imaturo (não está reabsorvendo osso). Para se tornar um osteoclasto maduro, ele tem que se aderir à matriz óssea através da proteína integrina. A superfície do macrófago voltado pra matriz óssea começa a adquirir prolongamentos citoplasmáticos e essa célula começa a sintetizar a anidrase carbônica, onde a anidrase carbônica vai atuar nessa reação do CO2 e H2O liberando H+ para o meio extracelular. Esses H+ deixam o ambiente ácido e essa acidez destrói a parte inorgânica, liberando cálcio. O osteoclasto também começa a sintetizar outras enzimas como hidrolases, colagenases e gelatinases, que vão também ser liberadas pelas células para destruir a parte orgânica. E assim, o osteoclasto destrói (EM SUPERFÍCIE) tanto a parte orgânica como a inorgânica. Quando os níveis de cálcio já estão bons, tem que parar a atividade dos osteoclastos. Como ele para? O próprio osteoblasto vai liberar osteoprotegerina que concorre com a ligação do RANK com o RANKL. A liberação de osteoprotegerina faz com que outros osteoclastos surjam na região. Os que já tão lá para sob o efeito da calcitonina. A calcitonina tem receptor no osteoclasto. Assim, não chega mais pra destruir e os que estão lá não destroem mais. Periósteo e endósteo são membranas conjuntivas que revestem o osso externamente e internamente. REVESTIMENTO Periósteo: mais grosso, dividido em duas camadas: mais externa – fibrosa e resistente(rica em fibras colágenas I mais interna – celular, onde ficam céls osteogênicas, osteoblastos Endósteo: reveste internamente os canais de Havers, os canais de Volkmann, as cavidades do osso esponjoso e o canal medular. Fibras de Sharpey: fibras de tecido conjuntivo, colágeno I, que adere o periósteo ao osso. Se você está fazendo uma cirurgia em osso, se você descolar o periósteo, tem-se que recolocar o periósteo quando terminar, pois ele é fonte de células osteogênicas. CLASSIFICAÇÃO: Anatômica: Osso compacto: sem cavidades visíveis Diáfise óssea: mais osso compacto (externamente) e uma fina camada de osso esponjoso ao redor do canal medular Osso chato: duas camadas de osso compacto e uma finíssima camada de osso esponjoso no meio (essa fina camada recebe o nome de Díploe) Osso esponjoso: tem cavidades visíveis separadas por trabéculas ósseas, nessas cavidades tem medula óssea. Epífise óssea: mais osso esponjoso e uma fina camada de osso compacto (mais externo). No microscópio, sempre vai ver medula óssea separada por trabéculas ósseas Histológica: Primário/Imaturo: 1o tecido ósseo formado, onde as fibras colágenas ainda estão desorganizadas. Secundário/Maduro/Haversiano: arranjo concêntrico das fibras em torno de um canal (sist. de Havers) Sistema de Havers: cilindro longo paralelo à diáfise dos ossos longos que é constituído por um canal central (canal de Havers) e circundados por lamelas ósseas concêntricas. 7 Os canais de Havers se comunicam entre si e com o canal medular através dos canais de Volkmann, que têm uma orientação +- perpendicular com os de Havers. No osso secundário, os osteócitos ficam entre as fibras colágenas, entre as lamelas ósseas. Mesmo o osso sendo mineralizado, ele é vascularizado totalmente, porquea difusão dos nutrientes vai acontecer por esses canais e também através dos canalículos. TECNICAS HISTOLÓGICAS Por desgaste: sem a parte orgânica (não vê célula, nem fibra) – tem as lacunas Desmineralização: sem a parte inorgânica (tecido conjuntivo mole, corado com HE a matriz óssea fica rósea porque tem fibra colágena) A classificação de osso tem que ter: compacto/esponjoso; primário/secundário; por desgaste corado ou não corado/desmineralização. SISTEMA CIRCUNFERENCIAL Interno: fibras colágenas ao redor do canal medular. Intermédio: entre o sistema circunferencial interno e externo ficam os sistemas de Havers. E entre os sistemas de Havers ficam restos de lamelas que foram deixadas pelo processo de remodelação Externo: fibras colágenas na superfície do osso, paralelo ao periósteo HISTOGÊNESE – Ossificação Intramembranosa: osso se forma de uma membrana conjuntiva mesenquimal. No desenvolvimento embrionário, as células mesenquimais se tornam osteoblastos e estes começam a formar osso no meio dessa membrana conjuntiva que é o mesênquima. Formador de ossos chatos e maxilares(*mandíbula tem uma parte que se forma por processo endocondral) Quando o osso já está formado, esse tipo é responsável pelo crescimento em espessura dos ossos longos através do periósteo e do crescimento dos ossos curtos Centro de ossificação primária (céls mesenquimais → aumento do número de RE e CGolgi → osteoblastos → começa a formar a matriz osteoide → mineraliza) No microscópio: parecido com tecido ósseo esponjoso (trabéculas ósseas), só que nele tem medula óssea (tec adiposo ou céls hematopoiéticas) entre as trabéculas e aqui tem tecido conjuntivo mesenquimal (mesênquima) Endocondral: o tecido ósseo se forma a partir de um molde de cartilagem hialina (o 1o esqueleto do embrião é de cartilagem hialina, essa cartilagem vai ser substituída por tecido ósseo pelo processo endocondral) – para isso tem que haver hipertrofia dos condrócitos (crescem para diminuir a matriz cartilaginosa entre eles); depois esses condrócitos vão morrer por apoptose e as lacunas onde eles estavam são preenchidas por células mesenquimais, que se tornam osteoblastos e estes começam a depositar osso – no osso longo ocorre tanto na epífise (ocorre primeiro, formando os centros de ossificação primária) quanto na diáfise (centro de ossificação primária), mas entre as duas ainda permanece um pouco de cartilagem (disco epifisário - responsável pelo crescimento do osso em comprimento) No disco epifisário, identifica-se 5 zonas: 1a: zona de cartilagem em repouso – cartilagem normal 2a: zona de cartilagem proliferativa/de multiplicação/seriada – condrócitos se multiplicam e ficam em série como se fosse uma pilha de moedas 3a: zona de cartilagem hipertrófica – condrócitos aumentam de tamanho, pois é onde vão morrer 4a: zona de cartilagem calcificada/ calcificação 5a: zona de ossificação – tecido ósseo formado A todo instante osteoblasto está depositando e osteoclasto está destruindo (reabsorção seletiva), para manter os níveis de cálcio constantes. Durante o crescimento, isso é importante também porque permite manter a forma do osso e a distribuição adequada do tecido hematopoiético. Isso pode acontecer também em resposta às forças mecânicas, como por exemplo, reabsorção onde há pressão e formação onde há tensão, como nos aparelhos ortodônticos dente Fratura / Processo de reparação óssea O osso pode cicatrizar por reparação ou por regeneração. Regeneração - voltou a ser exatamente como era Reparação – no lugar de formar osso ele pode formar tecido conjuntivo, cicatriza, mas não volta a ser como era (fibrose óssea). Em uma fratura, ocorre hemorragia local, destruição de matriz e morte das células ósseas, que são removidas pelos macrófagos e pelos osteoclastos. Depois, o periósteo e o endósteo começam a liberar as células 8 osteoprogenitoras que se diferenciam em osteoblastos. Estes produzirão a matriz e se tornarão osteócitos do osso primário. Os pedaços de osso primário e cartilagem formam um calo. As trações nesse calo e a ação dos osteoclastos o remodelam e o osso se torna secundário (o osso definitivo). 1. Hemorragia local, destruição de matriz e morte das células. 2. Proliferação de periósteo/endósteo em volta da fratura (se houver adequada vascularização). 3. Formação de osso primário (além do que preenche a fratura, com um tempo o calo vai desaparecendo por remodelação feita pelos osteoclastos) → osso secundário por remodelação. 6. TECIDO MUSCULAR Células com microfilamentos responsáveis pela contração muscular, e juntamente com os ossos, vão dar movimento ao corpo. Origem: Mesênquima (assim como o tecido conjuntivo), as células mesenquimais vão se diferenciar nos mioblastos, a partir dessas células que se formam as células que vão originar os tecidos. Classificação: Músculo Estriado Esquelético Músculo Estriado Cardíaco Músculo Liso *Estriados: apresentam estriações transversais claras e escuras Componentes celulares: Sarcolema = membrana plasmática Sarcoplasma = citoplasma Retículo Sarcoplasmático = Ret. endoplasmático liso Sarcossoma = mitocôndria Fibra muscular = célula muscular Tec. muscular Estriado Esquelético • Contração forte, rápida, voluntária e descontínua (arritmada) • 5 característic Bas: fibras cilíndricas, alongadas, estriadas, multinucleadas (mioblastos se fundem) e núcleos periféricos • Fibras → Feixes → Músculo • Para essa organização, existem membranas conjuntivas: Endomísio: reveste fibra Perimídio: reveste feixe Epimísio: reveste músculo essas membranas são importantes porque é através delas que os vasos sanguíneos vão penetrar no músculo (Tec. Musc. é vascularizado) • Dentro do sarcoplasma das fibras exitem várias miofibrilas que, por suas vez, são formadas por vários sarcômeros e dão o aspecto estriado • Sarcômero: unidade funcional da contração muscular que é encontrado numa miofibrila entre uma linha Z e outra sucessiva. Uma miofibrila é formada por vários sarcômeros. MO: faixas claras e escuras que são contituídas por miofilamentos: finos e grossos (ME) faixa clara: miofilamentos finos Faixa escura: mofilamentos finos e grossos miofilamentos finos estão inseridos na linha Z miofilamentos grossos estão inseridos na linha M a contração muscular acontece entre uma linha Z e outra Proteínas → Miofilamentos grossos e finos → Sarcômero (2 semi-bandas I, 1 banda A) → Miofibrilas(estriação) → Fibras → Feixes → Músculo Retículo Sarcoplasmático envolve cada miofibrila 9 Proteínas: Contráteis: Actina e Miosina Reguladoras: Tropomiosina e Troponina filamento FINO: composto por 3 proteínas diferentes - actina, tropomiosina e Troponina filamento GROSSO: composto por 1 proteína - miosina • Actina 20-25% do total das proteínas do sarcômero grande em forma de bastão polímeros longos (actina F ilamentosa), formado por vários monômeros globulares (actina G) cada monômero de actina G interage com a miosina • Miosina 55% do total (actina + miosina) grande em forma de bastão 2 cadeias peptídicas enroladas em hélice = porção filamentosa (cauda) porção globulosa (cabeça) - cada filamento tem 1 cabeça - dotada de atividade atpásica, ou seja, existe um ATP que vai ser quebrado, liberando energia proteólise: meromiosina leve e meromiosina pesada (cabeça e uma pequena parte do bastão) • Tropomiosina (miosina sem cabeça) semelhante a miosina molécula longa e fina 2 cadeias peptídicas enroladas localização: faz parte do filamento fino, enrolada na molécula de actina • Troponina: 3 subunidades - TNC: afinidade pelos íons Cálcio - TNI: inibe a ligação da actina com a miosina. Para ocorrer a contração, a miosina tem que se ligar a actina, mas isso nem sempre vai ocorrer. - TNT: ligada a tropomiosina, formando o complexo troponina-tropomiosina 10 Mecanismo de Contração Muscular Se o músculo é estriado esquelético é porque ele tem a contraçãovoluntária. Se ela é voluntária, esse desejo de contrair sai de algum lugar e sai do SNC e se propaga através de um impulso nervoso que acontece por despolarização da membrana até chegar na placa motora. O impulso nervoso para o sarcolema → túbulos T → Retículo Sarcoplasmático Dentro do Retículo Sarcoplasmático existe uma concentração de cálcio. Isso significa que quando o impulso chegar lá, vai liberar o cálcio. Cálcio liberado vai parar na troponina C. Quando eles se juntam, o complexo troponina-tropomiosina fica pesado, então, a tropomiosina entra mais para o sulco central da actina levando a troponina, imediatamente sai do lugar. Saindo do lugar, a subunidade TNI também sai do lugar e torna-se possível a ligação da miosina com a actina. No momento da ligação da actina com a tropomiosina, como a cabeça da miosina é dotada de atividade atpásica, o ATP quebra, liberando energia. A energia deforma a cabeça da miosina, e como ela já está ligada a actina, ocorre o deslizamento do filamento fino com um grosso,ocorrendo a contração muscular. Túbulo T é responsável pela contração uniforme de cada fibra. Localização: entre uma banda A e uma semi banda I. Ultra-estrutura Reticulo sarcoplasmático: regula o fluxo dos íons Cálcio rede de cisternas do REL concentração de cálcio Túbulos transversais ou túbulos T: contração uniforme de cada fibra despolarização da placa motora ao RS envolvem as junções A-I de cada sarcômero Tríades: 1 túbulo T e 2 extensões do RS Placa motora: Unidade motora = fibra muscular + fibra nervosa Classificação: de acordo com sua estrutura e composição bioquímica Tipo I ou fibras lentas: ricas em sarcoplasma (mioglobulina) 11 cor vermelho-escura fosforilação dos ácidos graxos Tipo II ou fibras rápidas: cor vermelho-clara (pouca mioglobulina) subdividida em A,B e C(mais rápida) e a energia p esse tipo de fibra vem da glicólise Tec. muscular Estriado Cardíaco • Contração forte, rápida, involuntária e contínua (ritmada) • 5 características: fibras alongadas, anastomosadas, estriações transversais, 1 ou 2 núcleos centrais, discos intercalares esses discos intercalares são complexos juncionais que fazem com que as fibras fiquem mais unidas. Podem aparecer na forma reta ou na de escada(partes transversais e laterais). Se encontram especificações como zônula de adesão, desmossomos e junções tipo gap. Ultra-estrutura: proteínas organizadas em sarcômeros (=) RS: menos desenvolvidos e irregulares Túbulos T: maiores e + numerosos; nível da banda Z Díases: 1 túbulo T e 1 cisterna RS O miocárdio tem um sistema próprio de auto-estimulação: ocorre a morte cerebral, mas o músculo cardíaco continua se contraindo. Tec. muscular Liso Característica: associação de células longas, fusiformes, dispostas em camadas (fibras coladinhas) núcleo longo e central fibras reticulares e capacidade de sintetizar glicocálix não possue placas motoras. O impulso nervoso passa por vesículas de pinocitose, por isso as fibras estão dispostas em camadas. Um dos motivos também por que a contração é lenta (participam da transmissão do impulso mantém a união entre as células) ausência de troponina. Calmodulina faz aa ação da troponina (carrear o cálcio) trama tridimenciona - corpos densos: lugares do sarcolema ondem ficam inseridas as proteínas sem túbulos T e RS reduzido corte transversal:pouco espaço entre uma fibra e outra Atividade Contrátil Miosina + Actina - têm que estar fosforiladas Ca2+ se liga a Calmodulina → complexo Calmodulina Ca2+ → ativa a cinase(quebra) da molécula de miosina (meromiosina leve e pesada) → quando quebra é que a miosina se liga a actina → Contração muscular 7. TECIDO NERVOSO Formado por 2 tipos de células Neurônios (recebem e transmitem o impulso nervoso) e Células da Glia (ficam ao redor do neurônio, cada uma com uma função específica; não participam do impulso nervoso diretamente) Divisão: Sistema Nervoso Central: Encéfalo e Medula espinhal Periférico: Nervos e Gânglios Regiões anatomicamente: Substância branca e cinzenta Funções: Detectar, transmitir, analisar e utilizar impulsos gerados por estímulos nervosos Organizar e coordenar o funcionamento das funções motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas Neurônios: morfologia - dendritos, corpo celular ou pericário, axônio Classificação: de acordo com o tamanho e forma de seus prolongamentos - multipolar: apresenta vários prolongamentos - bipolar: apresenta 2 prolongamentos (ex.: retina) - pseudo-unipolar: durante o desenvolvimento embrionário ele era bipolar, aí os 2 prolongamentos se fundiram e depois se dividiram (ex.: gânglios cerebroespinhais) de acordo com a função - sensitivo: capta estímulos do meio ambiente ou do próprio corpo - interneurônio/de associação: entre neurônios em um circuito neural, liga um motor a um sensorial - motor: controla os órgãos efetores 12 Dendritos: prolongamentos citoplasmáticos que aumentam a superfície celular dos neurônios não apresentam C.Golgi, sendo encontradas poucas organelas apresenta gêmulas ou espinhas: 1o local de processamento dos impulsos nervosos; participam da plasticidade dos neurônios Corpo celular: centro trófico da célula; onde está o núcleo e a maioria das células função receptora e integradora (estímulos excitatórios/inibitórios) núcleo esférico com cromossomos distendidos (alta atividade sintética: constantemente produzindo neurotransmissores) nucléolo evidente e central citoplasma rico em Corpúsculo de Nissl (RER) aparelho de Golgi desenvolvido e mitocôndrias neurofilamentos/neurofibrilas * tanto os dendritos como o corpo celular podem receber o impulso nervoso Axônios: responsável pela transmissão do impulso nervoso cone de implantação: porção inicial que sai do corpo celular segmento inicial: parte em que o axônio é envolvido por células envoltórias telodendro: porção terminal onde ocorre a transmissão do impulso de um neurônio para outro neurônio ou para um órgão efetor (músculo ou glândula) axoplasma: citoplasma pobre em organelas (neurofilamentos são frequentes) fluxo axoplasmático: movimento de moléculas e organelas ao longo dos axônios - anterógrado: direção à terminação axônica - retrógrado: direção ao corpo celular Comunicação sináptica: Fenda sináptica: espaço entre as membranas de duas células nervosas Membranas pré e pós-sinápticas Vesículas sinápticas: contém mediadores químicos responsáveis pela transmissão do impulso nervoso. Esses mediadores podem ou não ter receptores na membrana pós-sináptica. Se não tiver, o impulso não passa adiante. O impulso passa no neurônio por despolarização da membrana. Quando chega nas terminações axônicas vai abrir os canais de cálcio. Ocorre influxo (entrada) de cálcio que vai promover a exocitose das vesículas sinápticas, ou seja, a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica. Esses neurotransmissores reagem com os receptores que estão na membrana pós-sináptica fazendo com que ocorra a despolarização no próximo neurônio. 13 Classificação: axo-somática: axônio de um neurônio e corpo celular de outro axo-dendrítica *essas duas acimas são as mais comum e nas quais vai ocorrer de fato a transmissão do impulso nervoso axo-axônica dendro-dendrítica Células da glia / Neuróglia Células do SNC: • Astrócitos: maiores células da glia rico em prolongamentos núcleo esférico e central pés vasculares da neuroglia = emitem prolongamentos que envolvem os vasos sanguíneos (participando da barreira hematocefálica) 2 tipos: * Protoplasmáticos: citoplasma abundante e granuloso prolongamentos ramificados e espessos localização: substância cinzenta do encéfalo e da medula * Fibroso: prolongamentos lisos, delgados e longos não se ramificam com frequência localização: substância branca do encéfalo e da medula • Oligodendrócitos menores que os astrócitos núcleo esférico poucos e curtos prolongamentos localização: substância branca e cinzenta céls satélites:envolvem os axônios e quando essa célula envoltória se enrola em forma de espiral forma a bainhas de mielina; quando só envolve, não tem bainha de mielina • Micróglia (prima do macrófago e do osteoclasto) – origem: monócitos pericário alongado 14 núcleo denso e alongado pouco numerosas prolongamentos curtos, cobertos por saliências finas aspecto espinhoso localização: substância branca e cinzenta células macro-fágicas (SMF) participam da inflamação e reparação do SNC Micróglia Oligodendrócito • Células ependimárias origem: revestimento interno do tubo neural se mantêm em arranjo epitelial (diferente das outras células da glia) revestem as cavidades do encéfalo (4 ventrículos) e medula espinhal (canal medular) céls cilíndricas ciliadas (movimentar o líquido cefalorraquidiano) e com base afilada núcleos alongados Células do SNP: Céls de Schwann = mesma função do oligodendrócito Céls satélites do gânglio: ao redor do corpo celular dos neurônios gânglio Fibra nervosa: axônios e suas células envoltórias (oligodentrócitos ou céls de Schwann) que formam: Feixes ou tractos: SNC Nervos: SNP Classificação: - Mielínica: Céls envoltórias envolvem e se enrolam em espiral Bainha de mielina é descontínua nódulos de Ranvier: pontos sem mielina cada internódulo é formado por uma célula de Schwann/oligodendrócito - Amielínica: várias fibras envolvidas por uma única célula envoltória localização: SNC e SNP Nervos: fibras nervosas agrupadas em feixes Revestimento: Epineuro – reveste o nervo externamente (geralmente tem muito tecido adiposo que serve como isolante) Perineuro – reveste feixes de fibras nervosas Endoneuro – reveste fibras nervosas Função: estabelecer comunicações entre os centros nervosos e os órgãos da sensibilidade e os efetores Classificação: sensitivo: possue fibras de sensibilidade (aferentes) motor misto: possue fibras dos dois tipos (ex.: nervo trigêmeo) Gânglios: acúmulo de corpos celulares de neurônios fora do SNC órgãos esféricos protegidos por cápsulas conjuntivas e sempre associados a nervos antes de um gânglio: nervo préganglionar; depois de um gânglio: nervo pósganglionar 2 tipos: *Cerebroespinhais: que podem ser cranianos(base do crânio) ou espinhais(saem da medula espinhal) neurônios pseudounipolares (forma redonda) com grande quantidade de céls satélite Zona cortical (periférica): vários pericários e poucas fibras Zona central: fibras * do SNAutônomo = intramurais: estão no meio de “muros” de tecido muscular; forma de bulbo encontrados especialmente nas vísceras (camada muscular) neurônio multipolar possuem pequeno número de céls nervosas com raras céls satélites os pericários não mostram localização periférica SNC Substância branca: fibras mielínicas, oligodendrócitos, astrócitos fibrosos e céls da micróglia Substância cinzenta: corpos de neurônios, fibras amielínicas, astrócitos protoplasmáticos e céls da micróglia 15 Medula Espinhal: subst. Branca na periferia e subst. Cinzenta no centro formando o H medular No meio da medula, tem o canal medular revestido por células ependimárias Cerebelo: Zona cortical: subs cinzenta: Camada granulosa (menores neurônios do nosso corpo), camada de céls de Purkinje (uma ao lado da outra); camada molecular (poucos neorônios, mais fibras) Zona central: subst. branca Cérebro: Zona cortical: subs cinzenta - com muitos e pequenos neurônios multipolares, forma piramidal, estrelada ou fusiforme Zona central: subst. branca SNAutônomo: dividido em simpático (neurotransmissor: noradrenalina) e parassimpático (neurotransmissor: acetilcolina) Meninges: membranas conjuntivas que revestem o SNC; divididas em 3 camadas • Dura-máter Externa Constituída por tec. conj. denso revestido por um epitélio pavimentoso simples espaço epidural: na medula espinhal, entre a tec. ósseo e a dura-máter espaço subdural entre a dura-mater e a aracnoide, podem aparecer em processos patológicos • Aracnoide Meio Constituída por tec. conj. sem vasos revestido por um epitélio pavimentoso simples dividida em duas partes: membranosa (voltada para a dura-máter) traves (voltada para a pia-máter) espaço subaracnóideo: entre as traves e onde passa o líquido cefalorraquidiano • Pia-máter Mais interna, em contato com o tecido nervoso Ricamente vascularizados (vê na lâmina) Constituída por tec. pavimentoso simples Bem aderida ao tecido nervoso, seguindo todas as saliências e reentrâncias 16 BARREIRA HEMATOCEFÁLICA: constituída pelos vasos sanguíneos contínuos ou somáticos (não apresentam fenestrações, não são muito permeáveis) que são envolvidos pelos pés vasculares da neuroglia, dificultando ainda mais a passagem de substância do sangue para o tecido nervoso PLEXOS COROIDES: dobras altamente vascularizadas da pia-máter que fazem saliência para dentro dos ventrículos revestidas por epitélio cúbico simples Função: produzir o líquido cefalorraquidiano. No normal, o epitélio da pia-mater é pavimentoso, mas quando vai formar o plexo coroide o epitélio fica cúbico João Victor Lima – MedFacid XXIII 17
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