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TECIDOS - epitelial, conjuntivo, ósseo, muscular e nervoso

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1. TECIDO EPITELIAL 
CONCEITO (características): ​Células poliédricas (apresentam forma), justapostas. Pouca ou nenhuma 
MEC – chamada de glicocálix: delgada camada glicoproteica que envolve as células epiteliais; produzido 
por essas células; participa de algumas funções fisiológicas das células, como fagocitose e pinocitose. Se 
origina dos 3 folhetos germinativos – epiderme: ectoderma; vasos: mesoderma; mucosa: endoderma 
Núcleo acompanha a forma das células ​Dividido em​: de revestimento; glandular; neuroepitelial. 
FUNÇÕES​: revestimento, secreção (glândula parótida), captação de estímulo (língua), absorção 
(intestino delgado), filtração, excreção, reabsorção (rim), proteção (pele), facilitar troca de substância ou 
gases (pulmão). 
CLASSIFICAÇÃO ​Ep. de Revestimento 
No de camadas 
Simples Simples pseudoestratificado Estratificado 
Forma 
Queratinizado Pavimentoso 
Não queratinizado 
Cúbico Cilíndrico/colunar/prismático de Transição (só no estratificado) ex.: bexiga Demais classificações: 
com células caliciformes / Ciliada, esteociliada 
Polo apical 
Polo basal 
Lâmina basal ​(não visível): apoia as células epiteliais, limita o tecido epitelial do conjuntivo, delicada rede 
de fibrilas composta por colágeno IV, glicoproteínas (laminina e entactina) e proteoglicanos; apresentam 
polarização celular (polos basal e apical) ​Membrana basal ​(visível) = lâmina basal + lâmina reticular 
(camada de fibras reticulares - conjuntivas) (ex.: pele) OU fusão de duas lâminas basais (ex.: pulmão e 
rim) 
Avascularizado → nutrido pelo tecido conjuntivo por difusão Constante renovação (mitose; a velocidade 
de renovação depende da localização do epitélio) Adesão: ação das caderinas (glicoproteínas 
transmembrana) Forte força de coesão 
COMPLEXOS JUNCIONAIS ​I. Junções oclusivas 
- Zônula de oclusão: próxima ao polo apical; a junção forma um cinturão que veda o espaço intercelular e 
impede que substâncias estranhas passem entre uma célula e outra, pois diminuiria a adesão. As células 
se juntam em alguns pontos de seus folhetos externos. II. Junções de ancoragem 
- Zônula de adesão: ocorre o afastamento das membranas com acúmulo de material eletro denso no 
espaço intracitoplasmático onde há a inserção de vários filamentos do citoesqueleto da célula (ex.: de 
actina) Complexo unitivo = z. de oclusão + z. de adesão 
- Desmossomo: placa rígida em forma de disco; internamente tem a placa de ancoragem; filamentos 
intermediários presentes no citoplasma se inserem na placa ou formam alças que retornam ao citoplasma 
(caderina). 
- Hemidesmossomo: prendem a célula à lâmina basal; contém integrinas - Interdigitações: dobras da 
membrana para aumentar a adesão 
III. Junção de comunicação 
- Junções tipo gap (nexos): canal por onde passam íons, informações nutricionais e AMP cíclico 
ESPECIFICAÇÕES DA SUPERFÍCIE LIVRE - Microvilos: ​projeções da membrana em forma de dedos 
de luva, aumentam a superfície de contato, aumentando a absorção. Ex.: intestino delgado (borda 
estriada), túbulo contorcido proximal do rim (orla em escova). ​- Cílios: ​9 pares de microtúbulos na 
periferia e 1 par central, móvel, função de produção de movimento, organizados e de mesmo tamanho 
Ex.: traqueia, tuba uterina. 
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- Estereocílios: ​projeções da membrana bastante alongadas e anastomosadas (ramificadas), imóvel, 
desorganizados, só em homens. Ex.: canal eferente e epidídimo. A função talvez possa estar relacionada 
à maturação dos espermatozoides. ​- Flagelos: ​cílio longo, função de produção de movimento. 
Toda glândula se forma a partir de uma superfície epitelial de revestimento, onde essas células epiteliais 
começam a se proliferar por divisão mitótica e a se aprofundar para dentro do tecido conjuntivo. A partir 
daí, a glândula pode seguir 2 caminhos: se diferenciam em uma porção secretora e em um ducto excretor 
OU desaparecem as células do ducto e fica apenas a porção secretora. 
CLASSIFICAÇÃO ​Ep. glandular 
No de células 
Unicelular ex.: célula caliciforme Pluricelular 
Forma de 
secreção 
Exócrina 
Tem porção secretora e ducto excretor Excretam para uma superfície externa ou para cavidade interna 
Ex.: sudorípara, mamária, parótida, sublingual, submandibular 
de acordo com o ducto: simples ou composta (ramificado) 
de acordo com a forma da porção secretora: tubulosas, acinosas ou túbulo- acinosas 
Endócrina 
Desaparece as células do ducto e fica apenas a porção secretora Secreção jogada na corrente 
sanguínea (Hormônios) 
Cordonal Porção secretora em forma de cordões maciços de células e os vasos sanguíneos passam 
entre eles - secreção jogada diretamente na corrente sanguínea Ex.: paratireoide, suprarrenal, hipófise 
Vesicular Porção secretora em forma de vesículas/folículos/bolsas e os vasos sanguíneos ficam ao redor 
– porção secretora produz, armazena temporariamente, depois jogam na corrente sanguínea Ex.: tireoide 
Mista Ex.: pâncreas Ex.: Glândula sudorípara: exócrina simples tubulosa enovelada Glândula parótida: 
exócrina composta acinosa Glândula submandibular: exócrina composta túbulo-acinosa 
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2. TECIDO CONJUNTIVO 
CONCEITO (características): ​Diversos tipos de células Muita MEC – constituída por um emaranhado de fibras e por 
Substância Fundamental Amorfa (SFA) Plasma intersticial: liquido que se origina do sangue e banha o tecido conjuntivo 
Origem: mesênquima (células mesenquimais que tem a capacidade de se diferenciar em todas as células do tecido 
conjuntivo, ou células mesenquimatosas indiferenciadas) Fácil reparação Vascularizado 
MEC ​- constituída de proteínas fibrosas que vão constituir as fibras que são embebidas por um gel hidrofílico de 
polissacarídeos e proteínas. As fibras do tecido conjuntivo têm como função formar um arcabouço estrutural e elástico de 
vários tipos de tecidos conjuntivo. ​SFA ​- gel incolor e hidratado que fica entre as células, transparente. Formado de 
proteoglicanas, glicoproteínas adesivas e glicosaminoglicanas. Tem como função facilitar a circulação de nutrientes, 
hormônios e outros mensageiros químicos pelo tecido conjuntivo. 
*Glicoproteínas adesivas (laminina e fibronectina): permitem a adesão das células aos componentes de 
sua matriz 
*Glicosaminoglicanas: são dissacarídeos de amina e ácido urônico. Forma de escova de limpar 
mamadeira. Cerne central: proteico. Espículas: glicosaminoglicanas 
FUNÇÕES: ​sustentação estrutural (tec. ósseo), preenchimento, armazenamento (tec. adiposo - triglicerídeos), transporte 
(sangue), defesa e proteção, reparação. 
FIBRAS ​– constituídas de proteínas polimerizadas, formando estruturas alongadas. Formam 2 grandes sistemas de 
acordo com sua proteína: 
Colágeno → SIST. COLÁGENO: Fibras colágenas e Fibras reticulares Elastina → SIST. ELÁSTICO: Fibras elásticas 
FIBRAS COLÁGENAS ​Colágeno é a proteína mais abundante do corpo. A molécula de colágeno (tropocolágeno) é longa 
e formada por 3 cadeias peptídicas enroladas em hélices (cadeias alfa). Existem varias cadeias alfa e cada uma delas é 
codificada por um gene, originando os diversos tipos de colágeno 
I – Produzido por células do tecido conjuntivo como fibroblastos, odontoblastos e osteoblastos. Localização: tendões, 
ligamentos, ossos, dentes, etc. 90% do total do colágeno no corpo dos mamíferos. II – Produzida por células 
cartilaginosas. Forma fibras finas. Localização: cartilagens hialina e elástica. III – Produzido pelo fibroblasto e células 
reticulares. Forma as fibras reticulares. Geralmente, associado ao tipo I. IV – Produzido por células epiteliais, não 
participa dos tec. conjuntivo. Forma: lâminas basais. V – Ocorre nos mesmos tecidos onde tem colágeno I e associado a 
ele para formar fibrilas. XI – Localização: cartilagens hialina e elástica, participando da estrutura das fibrilas colágenas 
junto com o colágeno II. ​Fibras colágenas Tipo I: ​+ frequentes​; ​Brancas a olho nu; acidófilas: coradas com eosina 
(rosadas); formam feixes; ​longas e tortuosas;birrefringentes. 
Biossíntese do colágeno: para ocorrer a formação de uma proteína é necessário inicialmente que ocorra 
a replicação do DNA para a formação do RNAm (Transcrição) que sai do núcleo para o citoplasma para que ocorra a 
Tradução (no REG). Síntese de preprocolágeno. Depois ocorre a clivagem do peptídeo-sinal (que começa a sequência de 
AA) formando o procolágeno. 
Logo em seguida, ocorre a ​HIDROXILAÇÃO ​da lisina e da prolina em hidroxilisina e hidroxiprolina*. ​Para ocorrer essa 
hidroxilação desses AA, é necessária a presença da vitamina C. ​(Escorbuto – um dos sintomas é o sangramento das 
gengivas e mobilidade dos dentes. Paciente que tem escorbuto perde o dente porque não está ocorrendo a síntese do 
colágeno por carência de vitamina C. Assim, as fibras colágenas do ligamento periodontal, que inserem o dente no 
alvéolo, não estão sendo repostas. Importante também para o processo de cicatrização, já que na reparação há a 
formação de tecido conjuntivo). 
Depois, há a glicosilação com adição de galactose ou gliconil galactose. Nesse momento se forma a cadeia alfa e há 
união de 3 cadeias com 2 peptídeos de registro. ​O peptídeo de registro alinha essas cadeias no REG (impedindo que elas 
formem agregados) e depois elas se dobram em forma de tripla hélice. Como não há a agregação, impede que as 
cadeias formem as fibrilas no interior da célula. ​Secreção da molécula do procolágeno por exocitose para o meio 
extracelular. Há a remoção dos peptídeos de registro por proteases. 
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Polimerização do colágeno para formar a fibrila 
Síntese da fibra colágena começa dentro da célula (citoplasma) e termina fora. Dentro da célula forma a molécula do 
colágeno, mas a fibra é formada fora. 
FIBRAS RETICULARES ​(III): + delicadas​; ​transparentes a olho nu e quando coradas com HE; fibras argirófilas (negras, 
coradas com prata); formam redes que apoiam os órgãos Formam o arcabouço (esqueleto) de alguns órgãos: os 
hemocitopoiéticos (ex.: baço, medula óssea), em torno de fibras musculares e em alguns órgãos que apresentam células 
epiteliais (ex.: rim, fígado) 
FIBRAS ELÁSTICAS: ​+ delgadas; amarelas a olho nu; coradas com eosina (rosadas) ou com orseína (específica para 
fibras elásticas); sem estrias; presente em vasos de grande calibre como na camada média a. aorta Formam uma malha 
ramificada e irregular na pele Podem ser classificadas de acordo com o componente estrutural da elastina como: 
elaunínicas ou oxitalânicas 
CÉLULAS FIBROBLASTOS: ​vários prolongamentos 
irregulares, fixa 
Núcleo claro, grande e ovoide Cromatina fina Nucléolo evidente Abundante quantidade de REG e CGolgi 
desenvolvido Responsável pela síntese da matriz extracelular - produz todas as fibras do tecido conjuntivo e a 
SFA (assim, é uma célula ativa) 
Pode ser tornar um ​FIBRÓCITO​: menor e fusiforme (perde os prolongamentos citoplasmáticos), fixa 
Núcleo menor e alongado Deficiência de REG e CGolgi (célula inativa, produz nada) Célula recente. 
Caso precise, ele pode voltar a ser um fibroblasto, como em uma lesão 
MACRÓFAGO: ​movimentação ameboide emitindo pseudópodes, móvel 
Núcleo ovoide e forma de rim Superfície irregular devido aos pseudópodes (com saliências e reentrâncias) Citoplasma 
com fagossomos Origina-se dos monócitos do sangue (monócito atravessa a parede dos vasos por diapedese e vai para 
o tecido conjuntivo, passa a ser macrófago) 
Alta capacidade fagocitária: célula de defesa – pode defender por si só, se juntar a outros 
macrófagos, sendo uma célula gigante multinucleada ou sendo uma célula apresentadora de antígeno. *Quando um 
antígeno entra no tecido conjuntivo, o monócito vai ser avisado por quimiotaxia. Por diapedese, ele sai da corrente 
sanguínea e vai para o tecido conjuntivo e se desloca por movimentação ameboide e chega até o antígeno, 
fagocitando-o. *Quando um antígeno é mais forte que o macrófago, o macrófago chama outros por quimiotaxia e 
começam a se juntar (célula gigante multinucleada), mas esse processo demora. Essa célula é encontrada geralmente 
nas inflações crônicas. *Normalmente, o macrófago chama os leucócitos (célula mais forte) por quimiotaxia, como nas 
inflamações agudas. 
MASTÓCITO: ​célula grande e globosa 
Citoplasma com grânulos basófilos. Dentro desses grânulos geralmente tem: heparina 
(anticoagulante), sulfato de condroidina e histamina (potente vasodilatador). 
Núcleo esférico e central Superfície celular com receptores para as imunoglobulinas (anticorpos) Metacromáticos: 
capacidade de mudar a cor do corante utilizado Participa da inflamação, por conta da heparina, e tem papel importante na 
alergia, por conta da histamina. Geralmente quem tem alergia não é quem entrou em contato pela primeira vez com o 
antígeno. 1aa vez: anticorpos produzidos vão parar na superfície dos mastócitos. 2a vez: mesma coisa, só que em 
quantidade maior. Assim, não tem mais receptores para os anticorpos se acoplarem. O mastócito, percebendo isso, 
rompe a parede citoplasmática e libera os grânulos de histamina, dando início ao processo alérgico. Há vasodilatação, 
liquido vai para o tecido conjuntivo, há o inchaço chamado de edema. 
PLASMÓCITO: ​Células ovoides 
Núcleo esférico e excêntrico Citoplasma basófilo, porque 
apresenta muito REG Cromatina em grumos, semelhante a 
uma roda de carroça Sintetizam e secretam anticorpos 
(imunoglobulinas) 
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CÉLULA ADIPOSA: ​pode ser de duas maneiras 
Unilocular/comum/amarela – única gotícula de gordura no citoplasma que empurra o núcleo para a 
periferia, dando a célula um aspecto de anel com a pedra invertida; encontrada mais em adultos. 
Multilocular/parda – várias gotículas de gordura, o núcleo fica mais central; encontrada mais em 
recém-nascidos e animais que hibernam. 
Armazenamento de energia na forma de triglicerídeos (durante o processo histológico, o xilol remove toda 
a gordura da célula adiposa) 
LEUCÓCITOS: ​Glóbulos brancos do sangue 
Saem da corrente sanguínea e vão para o tec. conjuntivo por diapedese Principais do tec. conjuntivo: 
Neutrófilos, eosinófilos e linfócitos. Só o linfócito pode voltar para a corrente sanguínea. 
Defesa contra microrganismos 
EDEMA ​Plasma intersticial: líquido que vem do sangue. Por pressão hidrostática, o líquido vai sair em 
nível das arteríolas para o tecido conjuntivo, banhando esse tecido. Porém, por uma pressão osmótica, 
esse líquido vai retornar ao sangue em nível das vênulas, só que a pressão hidrostática é maior que a 
osmótica, ou seja, sai mais do que retorna, restando um pouco de líquido. Normalmente, esse líquido 
restante é drenado pelos vasos linfáticos. Porém, se houver acúmulo desse líquido no meio extracelular, 
está se formando um EDEMA. Causas: Obstrução dos vasos linfáticos 
Obstrução venosa Metástase de tumores Retorno venoso insuficiente Desnutrição Aumento da 
permeabilidade vascular 
CLASSIFICAÇÃO 
Propriamente dito 
Frouxo 
Denso Modelado 
Não modelado 
Especial 
Elástico Reticular Mucoso Adiposo Cartilaginoso 
Ósseo 
FROUXO: ​consistência delicada e flexível 
Preenche espaços entre os outros tecidos Apoia e nutre epitélios Apresenta células, fibras e SFA nas 
mesmas proporções ​DENSO: ​flexível e + resistente 
Branco a olho nu Predomínio de fibras colágenas Classificação de acordo com a orientação das fibras: 
Modelado: ​fibras em uma só direção devido a força de tração, paralelas. Forma tendões ​Denso não 
modelado: ​fibras em várias direções, desorganizadas. Ex.: Derme 
ELÁSTICO: ​grande elasticidade, feixe de fibras elásticas 
Amarelado a olho nu Pouco frequentes: ligamento amarelo da coluna vertebral, suspensor do pênis, 
camada média dos vasos 
RETICULAR: ​fibras reticulares, forma de rede 
Órgãos formadores das células do sangue e arcabouço de sustentação 
MUCOSO​: consistência gelatinosa, predomínio de SFA (muita matriz extracelular) 
Poucas fibras As principais células são os fibroblastos Forma: cordão umbilical (ao redor dos vasos) e na 
polpade um dente jovem 
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ESTROMA: ​tecido de sustentação de um órgão. ​PARÊNQUIMA: ​conjunto de células responsáveis pelas 
funções típicas do órgão. 
5. TECIDO ÓSSEO 
Tecido especial do tecido conjuntivo (então é formado por células, fibras e SFA). Especial por ter matriz 
(fibras + SFA) calcificada, mineralizada e é chamada e matriz óssea. Funções: principal constituinte do 
esqueleto 
Suporta pressões Apoio e suporte p as partes moles Protege órgãos vitais (como cérebro, coração, 
pulmão) Aloja e protege a medula óssea Apoio para os músculos estriados esqueléticos para promover o 
movimento do corpo Grande fonte de íons, principalmente cálcio e fosfato, e toda célula para seu 
metabolismo precisa de cálcio 
MATRIZ ÓSSEA​: mineralizada - tem parte ​Orgânica​: Colágeno do tipo I 
Proteoglicanas Sialoproteínas BMP’s (proteínas morfogenéticas ósseas) Osteocalcinas Osteopontinas 
Osteonectinas ​Inorgânica​(minerais):Ca2+ 
Fósforo Bicarbonato Citrato Mg, Na, K 
Parte inorgânica: Fibras colágenas tipo 1 + Cristal de Hidroxiapatita = Resistência e Dureza 
Osso s/ parte orgânica – quebradiço | Osso s/ parte inorgânica – flexível, mole 
CÉLULAS Células osteoprogenitoras: ​Célula fonte mesenquimal, podem se diferenciar a qualquer 
momento em osteoblastos Fusiformes com núcleo oval e pouco corado Citoplasma escasso Pouco REG 
e Complexo de Golgi Num osso já formado, são encontradas nas camadas mais 
internas do periósteo e do endósteo. ​Osteoblastos: ​arranjo epitelial (juntas) na periferia da matriz óssea 
↑ativ: forma cuboide ↓ativ: forma achatada Produção de matriz óssea: produzem a parte orgânica e 
ajudam também na 
mineralização dessa matriz Osteoide: matriz orgânica recém-sintetizada pelos osteoblastos que ainda 
não 
foi mineralizada Depositam a matriz orgânica no meio extracelular – fibras começam a se depositam ao 
redor das células (matriz osteoide) que começa a se tornar mineralizada. As células não perdem a 
ligação, continuam presas por zônula de oclusão. Porém, vão se afastando e começam a adquirir vários 
prolongamentos. O lugar onde o osteoblasto começa a ficar preso dentro da matriz passa a ser chamado 
de lacuna. E começam a se formar canalículos ao redor dos prolongamentos. As células passam a ser 
osteócitos. 
Osteócitos: ​forma de amêndoa 
Cheio de prolongamentos citoplasmáticos (canalículos) que ligam a outros osteócitos Manutenção da 
matriz óssea Não tem muitas organelas relacionadas à síntese, pois a função do osteócito é apenas 
manter a matriz óssea. E como é que ele mantém? O osso é um tecido conjuntivo vascularizado, porém é 
um tecido mineralizado. Se não existisse essa comunicação entre as células, não existiria a difusão de 
nutrientes para essas células. 
Céls mesenquimais → céls progenitoras → osteoblastos → osteócitos 
→ monócitos → osteoclasto 
Se juntam e formam o cristal de hidroxiapatita 
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Osteoclastos: ​se origina dos monócitos do sangue. Quando o monócito sai da corrente 
sanguínea e vai para o tecido ósseo, ele vai se tornar um macrófago. Macrófago é uma 
célula móvel por movimentação ameboide 
Movimento ameboide Multinucleada Periferia da matriz (ao lado dos osteoblastos) Ativo: preso em depressões da matriz 
(lacuna de Howship) Destrói matriz para remodelação óssea (juntamente com o osteoblasto, um forma e outro destrói. Ele 
destrói quando está precisando de cálcio e tem que manter os níveis estáveis) 
OSTEOCLASTOGÊNESE 
Existe uma membrana associada à membrana citoplasmática dos osteoblastos chamada de RANKL e 
que existe um receptor dessa proteína nos osteoclastos chamada de RANK. A proteína e o receptor vão interagir. Existe 
outro receptor solúvel para o RANKL chamado osteoprotegerina, que também é produzida pelos osteoblastos. 
Quando está faltando cálcio no sangue, o primeiro local que sente essa falta é a tireoide. Detectando a 
falta de cálcio, a tireoide libera o hormônio Paratormônio. Esse paratormônio vai parar num receptor que está na 
membrana dos osteoblastos. Quando ocorre a interação hormônio-receptor, essa ligação vai imediatamente estimular os 
osteoblastos a sintetizar o RANKL e também o fator estimulante de colônia-macrófago. Esse fator é um mediador que vai 
mandar um aviso para os monócitos que estão no sangue. Esses monócitos atravessam a corrente sanguínea, vão para 
o osso e lá se tornam macrófagos. O macrófago vai induzir a expressão do RANK, quando isso acontece. O RANK vai se 
ligar ao RANKL e nesse momento tem-se a formação de um osteoclasto, que ainda está imaturo (não está reabsorvendo 
osso). Para se tornar um osteoclasto maduro, ele tem que se aderir à matriz óssea através da proteína integrina. 
A superfície do macrófago voltado pra matriz óssea começa a adquirir prolongamentos citoplasmáticos e 
essa célula começa a sintetizar a anidrase carbônica, onde a anidrase carbônica vai atuar nessa reação do CO2 e H2O 
liberando H+ para o meio extracelular. Esses H+ deixam o ambiente ácido e essa acidez destrói a parte inorgânica, 
liberando cálcio. 
O osteoclasto também começa a sintetizar outras enzimas como hidrolases, colagenases e gelatinases, 
que vão também ser liberadas pelas células para destruir a parte orgânica. E assim, o osteoclasto destrói (EM 
SUPERFÍCIE) tanto a parte orgânica como a inorgânica. 
Quando os níveis de cálcio já estão bons, tem que parar a atividade dos osteoclastos. Como ele para? O 
próprio osteoblasto vai liberar osteoprotegerina que concorre com a ligação do RANK com o RANKL. A liberação de 
osteoprotegerina faz com que outros osteoclastos surjam na região. Os que já tão lá para sob o efeito da calcitonina. A 
calcitonina tem receptor no osteoclasto. Assim, não chega mais pra destruir e os que estão lá não destroem mais. 
Periósteo e endósteo são membranas conjuntivas que revestem o osso externamente e internamente. 
REVESTIMENTO Periósteo​: mais grosso, dividido em 
duas camadas: 
mais externa – fibrosa e resistente(rica em fibras colágenas I mais interna – celular, onde ficam céls osteogênicas, 
osteoblastos ​Endósteo​: reveste internamente os canais de Havers, os canais de Volkmann, as cavidades do osso 
esponjoso e o canal medular. Fibras de Sharpey: fibras de tecido conjuntivo, colágeno I, que adere o periósteo ao osso. 
Se você está fazendo uma cirurgia em osso, se você descolar o periósteo, tem-se que recolocar o periósteo quando 
terminar, pois ele é fonte de células osteogênicas. 
CLASSIFICAÇÃO: Anatômica: ​Osso compacto: sem cavidades visíveis Diáfise óssea: mais osso compacto 
(externamente) e uma fina camada de osso esponjoso ao redor do canal medular Osso chato: duas camadas de osso 
compacto e uma finíssima camada de osso esponjoso no meio (essa fina camada recebe o nome de Díploe) 
Osso esponjoso: tem cavidades visíveis separadas por trabéculas ósseas, nessas cavidades tem 
medula óssea. Epífise óssea: mais osso esponjoso e uma fina camada de osso compacto (mais externo). No microscópio, 
sempre vai ver medula óssea separada por trabéculas ósseas 
Histológica: ​Primário/Imaturo: 1o tecido ósseo formado, onde as fibras colágenas ainda estão desorganizadas. 
Secundário/Maduro/Haversiano: arranjo concêntrico das fibras em torno de um canal (sist. de Havers) 
Sistema de Havers: cilindro longo paralelo à diáfise dos ossos longos que é constituído por um canal central (canal de 
Havers) e circundados por lamelas ósseas concêntricas. 
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Os canais de Havers se comunicam entre si e com o canal medular através dos canais de Volkmann, que têm uma 
orientação +- perpendicular com os de Havers. No osso secundário, os osteócitos ficam entre as fibras colágenas, entre 
as lamelas ósseas. Mesmo o osso sendo mineralizado, ele é vascularizado totalmente, porquea difusão dos nutrientes 
vai acontecer por esses canais e também através dos canalículos. 
TECNICAS HISTOLÓGICAS Por desgaste: ​sem a parte orgânica (não vê célula, nem fibra) – tem as lacunas 
Desmineralização: ​sem a parte inorgânica (tecido conjuntivo mole, corado com HE a matriz óssea fica rósea porque tem 
fibra colágena) 
A classificação de osso tem que ter: compacto/esponjoso; primário/secundário; por desgaste corado ou não 
corado/desmineralização. 
SISTEMA CIRCUNFERENCIAL Interno​: fibras 
colágenas ao redor do canal medular. 
Intermédio: ​entre o sistema circunferencial interno e externo ficam os sistemas de Havers. E entre os sistemas de 
Havers ficam restos de lamelas que foram deixadas pelo processo de remodelação 
Externo: ​fibras colágenas na superfície do osso, paralelo ao periósteo 
HISTOGÊNESE – Ossificação Intramembranosa: ​osso se forma de uma membrana conjuntiva mesenquimal. No 
desenvolvimento embrionário, as células mesenquimais se tornam osteoblastos e estes começam a formar osso no meio 
dessa membrana conjuntiva que é o mesênquima. Formador de ossos chatos e maxilares(*mandíbula tem uma parte que 
se forma por processo endocondral) Quando o osso já está formado, esse tipo é responsável pelo crescimento em 
espessura dos ossos longos através do periósteo e do crescimento dos ossos curtos Centro de ossificação primária (céls 
mesenquimais → aumento do número de RE e CGolgi → osteoblastos → começa a formar a matriz osteoide → 
mineraliza) No microscópio: parecido com tecido ósseo esponjoso (trabéculas ósseas), só que nele tem medula óssea 
(tec adiposo ou céls hematopoiéticas) entre as trabéculas e aqui tem tecido conjuntivo mesenquimal (mesênquima) 
Endocondral: ​o tecido ósseo se forma a partir de um molde de cartilagem hialina (o 1o esqueleto do embrião é de 
cartilagem hialina, essa cartilagem vai ser substituída por tecido ósseo pelo processo endocondral) – para isso tem que 
haver hipertrofia dos condrócitos (crescem para diminuir a matriz cartilaginosa entre eles); depois esses condrócitos vão 
morrer por apoptose e as lacunas onde eles estavam são preenchidas por células mesenquimais, que se tornam 
osteoblastos e estes começam a depositar osso – no osso longo ocorre tanto na epífise (ocorre primeiro, formando os 
centros de ossificação primária) quanto na diáfise (centro de ossificação primária), mas entre as duas ainda permanece 
um pouco de cartilagem (disco epifisário - responsável pelo crescimento do osso em comprimento) No disco epifisário, 
identifica-se 5 zonas: 1a: zona de cartilagem em repouso – cartilagem normal 2a: zona de cartilagem proliferativa/de 
multiplicação/seriada – condrócitos se multiplicam e ficam em série como se 
fosse uma pilha de moedas 3a: zona de cartilagem hipertrófica – condrócitos aumentam de tamanho, pois é 
onde vão morrer 4a: zona de cartilagem calcificada/ calcificação 5a: zona de ossificação – tecido ósseo formado A todo 
instante osteoblasto está depositando e osteoclasto está destruindo (reabsorção seletiva), para manter os níveis de cálcio 
constantes. Durante o crescimento, isso é importante também porque permite manter a forma do osso e a distribuição 
adequada do tecido hematopoiético. Isso pode acontecer também em resposta às forças mecânicas, como por exemplo, 
reabsorção onde há pressão e formação onde há tensão, como nos aparelhos ortodônticos dente 
Fratura / Processo de reparação óssea ​O osso pode cicatrizar por reparação ou por regeneração. Regeneração - 
voltou a ser exatamente como era Reparação – no lugar de formar osso ele pode formar tecido conjuntivo, cicatriza, mas 
não volta a ser como era (fibrose óssea). 
Em uma fratura, ocorre hemorragia local, destruição de matriz e morte das células ósseas, que são 
removidas pelos macrófagos e pelos osteoclastos. Depois, o periósteo e o endósteo começam a liberar as células 
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osteoprogenitoras que se diferenciam em osteoblastos. Estes produzirão a matriz e se tornarão osteócitos do osso 
primário. Os pedaços de osso primário e cartilagem formam um calo. As trações nesse calo e a ação dos osteoclastos o 
remodelam e o osso se torna secundário (o osso definitivo). 
1. Hemorragia local, destruição de matriz e morte das células. 2. Proliferação de periósteo/endósteo em volta da fratura 
(se houver adequada vascularização). 3. Formação de osso primário (além do que preenche a fratura, com um tempo o 
calo vai desaparecendo por remodelação feita pelos osteoclastos) → osso secundário por remodelação. 
6. TECIDO MUSCULAR 
Células com microfilamentos responsáveis pela contração muscular, e juntamente com os ossos, vão dar movimento ao 
corpo. ​Origem​: Mesênquima (assim como o tecido conjuntivo), as células mesenquimais vão se diferenciar nos 
mioblastos, a partir dessas células que se formam as células que vão originar os tecidos. ​Classificação: ​Músculo 
Estriado Esquelético 
Músculo Estriado Cardíaco Músculo Liso *Estriados: apresentam estriações 
transversais claras e escuras ​Componentes celulares: ​Sarcolema = 
membrana plasmática 
Sarcoplasma = citoplasma Retículo Sarcoplasmático = 
Ret. endoplasmático liso Sarcossoma = mitocôndria 
Fibra muscular = célula muscular 
Tec. muscular Estriado Esquelético 
• Contração forte, rápida, voluntária e descontínua (arritmada) 
• 5 característic Bas: fibras cilíndricas, alongadas, estriadas, multinucleadas (mioblastos se fundem) e núcleos periféricos 
• Fibras → Feixes → Músculo 
• Para essa organização, existem membranas conjuntivas: Endomísio: reveste fibra 
Perimídio: reveste feixe Epimísio: reveste músculo essas membranas são importantes porque é através delas que os 
vasos sanguíneos vão penetrar no músculo (Tec. Musc. é vascularizado) 
• Dentro do sarcoplasma das fibras exitem várias miofibrilas que, por suas vez, são formadas por vários sarcômeros e 
dão o aspecto estriado 
• Sarcômero: unidade funcional da contração muscular que é encontrado numa miofibrila entre uma linha Z e outra 
sucessiva. Uma miofibrila é formada por vários sarcômeros. MO: faixas claras e escuras que são contituídas por 
miofilamentos: finos e grossos (ME) faixa clara: miofilamentos finos Faixa escura: mofilamentos finos e grossos 
miofilamentos finos estão inseridos na linha Z miofilamentos grossos estão inseridos na linha M a contração muscular 
acontece entre uma linha Z e outra 
Proteínas → Miofilamentos grossos e finos → Sarcômero (2 semi-bandas I, 1 banda A) → Miofibrilas(estriação) → 
Fibras → Feixes → Músculo Retículo 
Sarcoplasmático envolve cada miofibrila 
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Proteínas​: Contráteis: Actina e Miosina Reguladoras: Tropomiosina e Troponina filamento 
FINO: composto por 3 proteínas diferentes - actina, tropomiosina e Troponina filamento 
GROSSO: composto por 1 proteína - miosina 
• ​Actina ​20-25% do total das proteínas do sarcômero grande em forma de bastão polímeros longos 
(actina F ilamentosa), formado por vários monômeros globulares (actina G) cada monômero de 
actina G interage com a miosina 
• ​Miosina ​55% do total (actina + miosina) grande em forma de bastão 2 cadeias peptídicas enroladas em hélice = 
porção filamentosa (cauda) porção globulosa (cabeça) - cada filamento tem 1 cabeça - dotada de atividade atpásica, 
ou seja, existe um ATP que vai ser quebrado, liberando energia 
proteólise: meromiosina leve e meromiosina pesada (cabeça e uma pequena parte do bastão) 
• ​Tropomiosina ​(miosina sem cabeça) semelhante a miosina molécula longa 
e fina 2 cadeias peptídicas enroladas localização: faz parte do filamento fino, 
enrolada na molécula de actina 
• ​Troponina: ​3 subunidades - TNC: afinidade pelos íons Cálcio - TNI: inibe a ligação da actina com a miosina. Para 
ocorrer a contração, a miosina tem que se ligar a actina, mas isso nem sempre vai ocorrer. - TNT: ligada a 
tropomiosina, formando o complexo troponina-tropomiosina 
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Mecanismo de Contração Muscular ​Se o músculo é estriado esquelético é porque ele tem a contraçãovoluntária. Se 
ela é voluntária, esse desejo de contrair sai de algum lugar e sai do SNC e se propaga através de um impulso nervoso 
que acontece por despolarização da membrana até chegar na placa motora. O impulso nervoso para o sarcolema → 
túbulos T → Retículo Sarcoplasmático Dentro do Retículo Sarcoplasmático existe uma concentração de cálcio. Isso 
significa que quando o impulso chegar lá, vai liberar o cálcio. Cálcio liberado vai parar na troponina C. Quando eles se 
juntam, o complexo troponina-tropomiosina fica pesado, então, a tropomiosina entra mais para o sulco central da actina 
levando a troponina, imediatamente sai do lugar. Saindo do lugar, a subunidade TNI também sai do lugar e torna-se 
possível a ligação da miosina com a actina. No momento da ligação da actina com a tropomiosina, como a cabeça da 
miosina é dotada de atividade atpásica, o ATP quebra, liberando energia. A energia deforma a cabeça da miosina, e 
como ela já está ligada a actina, ocorre o deslizamento do filamento fino com um grosso,ocorrendo a contração muscular. 
Túbulo T é responsável pela contração uniforme de cada fibra. Localização: entre uma banda A e uma semi banda I. 
Ultra-estrutura ​Reticulo sarcoplasmático: regula o fluxo dos íons Cálcio 
rede de cisternas do REL concentração de cálcio Túbulos transversais 
ou túbulos T: contração uniforme de cada fibra 
despolarização da placa motora ao RS envolvem as junções A-I de cada 
sarcômero Tríades: 1 túbulo T e 2 extensões do RS ​Placa motora: ​Unidade 
motora = fibra muscular + fibra nervosa ​Classificação: ​de acordo com sua 
estrutura e composição bioquímica Tipo I ou fibras lentas: ricas em sarcoplasma 
(mioglobulina) 
11 
cor vermelho-escura fosforilação dos ácidos graxos Tipo II ou fibras 
rápidas: cor vermelho-clara (pouca mioglobulina) 
subdividida em A,B e C(mais rápida) e a energia p esse tipo de fibra vem da glicólise 
Tec. muscular Estriado Cardíaco 
• Contração forte, rápida, involuntária e contínua (ritmada) 
• 5 características: fibras alongadas, anastomosadas, estriações transversais, 1 ou 2 núcleos centrais, discos intercalares 
esses discos intercalares são complexos juncionais que fazem com que as fibras fiquem mais unidas. Podem aparecer na 
forma reta ou na de escada(partes transversais e laterais). Se encontram especificações como zônula de adesão, 
desmossomos e junções tipo gap. ​Ultra-estrutura: ​proteínas organizadas em sarcômeros (=) 
RS: menos desenvolvidos e irregulares Túbulos T: maiores e + numerosos; nível da banda Z Díases: 1 túbulo T e 1 
cisterna RS O miocárdio tem um sistema próprio de auto-estimulação: ocorre a morte cerebral, mas o músculo cardíaco 
continua se contraindo. 
Tec. muscular Liso ​Característica: associação de células longas, fusiformes, dispostas em camadas 
(fibras coladinhas) 
núcleo longo e central fibras reticulares e capacidade de sintetizar glicocálix não possue placas motoras. O impulso 
nervoso passa por vesículas de pinocitose, por isso as fibras estão dispostas em camadas. Um dos motivos também por 
que a contração é lenta (participam da transmissão do impulso mantém a união entre as células) 
ausência de troponina. Calmodulina faz aa ação da troponina (carrear o cálcio) trama tridimenciona - corpos 
densos: lugares do sarcolema ondem ficam inseridas as proteínas sem túbulos T e RS reduzido corte 
transversal:pouco espaço entre uma fibra e outra ​Atividade Contrátil 
Miosina + Actina - têm que estar fosforiladas Ca2+ se liga a Calmodulina → complexo Calmodulina Ca2+ → ativa a 
cinase(quebra) da molécula de miosina (meromiosina leve e pesada) → quando quebra é que a miosina se liga a actina 
→ Contração muscular 
7. TECIDO NERVOSO 
Formado por 2 tipos de células Neurônios (recebem e transmitem o impulso nervoso) e Células da Glia (ficam ao redor do 
neurônio, cada uma com uma função específica; não participam do impulso nervoso diretamente) ​Divisão: ​Sistema 
Nervoso Central: Encéfalo e Medula espinhal 
Periférico: Nervos e Gânglios ​Regiões anatomicamente: 
Substância branca e cinzenta ​Funções: ​Detectar, transmitir, analisar e utilizar impulsos 
gerados por estímulos nervosos 
Organizar e coordenar o funcionamento das funções motoras, viscerais, endócrinas e 
psíquicas ​Neurônios​: morfologia - dendritos, corpo celular ou pericário, axônio ​Classificação: ​de acordo 
com o tamanho e forma de seus prolongamentos 
- multipolar: apresenta vários prolongamentos - bipolar: apresenta 2 prolongamentos (ex.: retina) - pseudo-unipolar: 
durante o desenvolvimento embrionário ele era bipolar, aí os 2 prolongamentos se fundiram e depois se dividiram (ex.: 
gânglios cerebroespinhais) 
de acordo com a função 
- sensitivo: capta estímulos do meio ambiente ou do próprio corpo - interneurônio/de associação: entre 
neurônios em um circuito neural, liga um motor a um sensorial - motor: controla os órgãos efetores 
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Dendritos: ​prolongamentos citoplasmáticos que aumentam a superfície celular dos neurônios 
não apresentam C.Golgi, sendo encontradas poucas organelas apresenta gêmulas ou espinhas: 1o local de 
processamento dos impulsos nervosos; participam da plasticidade dos neurônios ​Corpo celular: ​centro trófico da célula; 
onde está o núcleo e a maioria das células 
função receptora e integradora (estímulos excitatórios/inibitórios) núcleo esférico com cromossomos distendidos (alta 
atividade sintética: constantemente produzindo neurotransmissores) 
nucléolo evidente e central citoplasma rico em Corpúsculo de Nissl (RER) 
aparelho de Golgi desenvolvido e mitocôndrias neurofilamentos/neurofibrilas * 
tanto os dendritos como o corpo celular podem receber o impulso nervoso 
Axônios: ​responsável pela transmissão do impulso nervoso 
cone de implantação: porção inicial que sai do corpo celular segmento inicial: parte em que o axônio é envolvido por 
células envoltórias telodendro: porção terminal onde ocorre a transmissão do impulso de um neurônio para outro neurônio 
ou para um órgão efetor (músculo ou glândula) 
axoplasma: citoplasma pobre em organelas (neurofilamentos são frequentes) fluxo 
axoplasmático: movimento de moléculas e organelas ao longo dos axônios 
- anterógrado: direção à terminação axônica - 
retrógrado: direção ao corpo celular 
Comunicação sináptica: ​Fenda sináptica: espaço entre as membranas de duas células nervosas Membranas pré e 
pós-sinápticas Vesículas sinápticas: contém mediadores químicos responsáveis pela transmissão do impulso nervoso. 
Esses mediadores podem ou não ter receptores na membrana pós-sináptica. Se não tiver, o impulso não passa adiante. 
O impulso passa no neurônio por despolarização da membrana. Quando chega nas terminações axônicas vai abrir os 
canais de cálcio. Ocorre influxo (entrada) de cálcio que vai promover a exocitose das vesículas sinápticas, ou seja, a 
liberação de neurotransmissores na fenda sináptica. Esses neurotransmissores reagem com os receptores que estão na 
membrana pós-sináptica fazendo com que ocorra a despolarização no próximo neurônio. 
13 
Classificação: ​axo-somática: axônio de um neurônio e corpo celular de outro 
axo-dendrítica *essas duas acimas são as mais comum e nas quais vai ocorrer de fato 
a transmissão do impulso nervoso 
axo-axônica 
dendro-dendrítica 
Células da glia / Neuróglia 
Células do SNC: 
• ​Astrócitos: ​maiores células da glia rico em prolongamentos núcleo esférico e central pés vasculares da neuroglia = 
emitem prolongamentos que envolvem os vasos sanguíneos (participando da barreira hematocefálica) 2 tipos: * 
Protoplasmáticos: citoplasma abundante e granuloso 
prolongamentos ramificados e espessos localização: substância cinzenta do 
encéfalo e da medula * Fibroso: prolongamentos lisos, delgados e longos 
não se ramificam com frequência localização: substância 
branca do encéfalo e da medula 
• ​Oligodendrócitos ​menores que os astrócitos núcleo esférico poucos e curtos prolongamentos localização: 
substância branca e cinzenta céls satélites:envolvem os axônios e quando essa célula envoltória se enrola em forma 
de espiral forma a bainhas de mielina; quando só envolve, não tem bainha de mielina 
• ​Micróglia ​(prima do macrófago e do osteoclasto) – origem: monócitos 
pericário alongado 
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núcleo denso e alongado pouco numerosas 
prolongamentos curtos, cobertos por saliências finas 
aspecto espinhoso localização: substância branca e 
cinzenta células macro-fágicas (SMF) participam da 
inflamação e reparação do SNC 
Micróglia Oligodendrócito 
• ​Células ependimárias ​origem: revestimento interno do tubo neural se mantêm em arranjo 
epitelial (diferente das outras células da glia) revestem as cavidades do encéfalo (4 
ventrículos) e medula espinhal (canal medular) céls cilíndricas ciliadas (movimentar o líquido 
cefalorraquidiano) e com base afilada núcleos alongados 
Células do SNP: 
Céls de Schwann = mesma função do oligodendrócito Céls satélites do 
gânglio: ao redor do corpo celular dos neurônios gânglio 
Fibra nervosa: ​axônios e suas células envoltórias (oligodentrócitos ou céls de Schwann) que formam: 
Feixes ou tractos: SNC Nervos: SNP ​Classificação: ​- Mielínica: 
Céls envoltórias envolvem e se enrolam em espiral 
Bainha de mielina é descontínua nódulos de Ranvier: pontos sem mielina 
cada internódulo é formado por uma célula de Schwann/oligodendrócito 
- Amielínica: várias fibras envolvidas por uma ​única ​célula envoltória 
localização: SNC e SNP 
Nervos​: fibras nervosas agrupadas em feixes Revestimento: Epineuro – reveste o nervo externamente (geralmente tem 
muito tecido adiposo que serve como isolante) 
Perineuro – reveste feixes de fibras nervosas Endoneuro – reveste fibras nervosas Função: estabelecer 
comunicações entre os centros nervosos e os órgãos da sensibilidade e os efetores Classificação: sensitivo: 
possue fibras de sensibilidade (aferentes) 
motor misto: possue fibras dos dois tipos (ex.: nervo trigêmeo) ​Gânglios​: 
acúmulo de corpos celulares de neurônios fora do SNC 
órgãos esféricos protegidos por cápsulas conjuntivas e sempre associados a nervos 
antes de um gânglio: nervo préganglionar; depois de um gânglio: nervo pósganglionar 
2 tipos: *Cerebroespinhais: que podem ser cranianos(base do crânio) ou 
espinhais(saem da medula espinhal) neurônios pseudounipolares (forma redonda) com grande 
quantidade de céls satélite Zona cortical (periférica): vários pericários e poucas fibras Zona central: fibras 
* do SNAutônomo = intramurais: estão no meio de “muros” de tecido muscular; forma de bulbo 
encontrados especialmente nas vísceras (camada muscular) neurônio multipolar possuem 
pequeno número de céls nervosas com raras céls satélites os pericários não mostram localização 
periférica 
SNC ​Substância branca: ​fibras mielínicas, 
oligodendrócitos, astrócitos fibrosos e céls da micróglia ​Substância cinzenta: ​corpos de neurônios, fibras 
amielínicas, astrócitos protoplasmáticos e céls da micróglia 
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Medula Espinhal: ​subst. Branca na periferia e subst. Cinzenta no centro formando o H medular No 
meio da medula, tem o canal medular revestido por células ependimárias 
Cerebelo: ​Zona cortical: subs cinzenta: Camada granulosa (menores neurônios do nosso corpo), camada de céls de 
Purkinje (uma ao lado da outra); camada molecular (poucos neorônios, mais fibras) 
Zona central: subst. branca 
Cérebro: ​Zona cortical: subs cinzenta - com muitos e pequenos neurônios multipolares, forma piramidal, estrelada ou 
fusiforme 
Zona central: subst. branca 
SNAutônomo: ​dividido em simpático (neurotransmissor: noradrenalina) e parassimpático (neurotransmissor: acetilcolina) 
Meninges: ​membranas conjuntivas que revestem o SNC; divididas em 3 camadas 
• ​Dura-máter ​Externa Constituída por tec. conj. denso revestido por um epitélio pavimentoso simples 
espaço ​epi​dural: na medula espinhal, entre a tec. ósseo e a dura-máter espaço ​sub​dural entre a 
dura-mater e a aracnoide, podem aparecer em processos patológicos 
• ​Aracnoide ​Meio Constituída por tec. conj. sem vasos revestido por um epitélio 
pavimentoso simples dividida em duas partes: membranosa (voltada para a dura-máter) 
traves (voltada para a pia-máter) espaço ​sub​aracnóideo: entre as traves e onde 
passa o líquido cefalorraquidiano 
• ​Pia-máter ​Mais interna, em contato com o tecido nervoso Ricamente 
vascularizados (vê na lâmina) Constituída por tec. pavimentoso simples Bem 
aderida ao tecido nervoso, seguindo todas as saliências e reentrâncias 
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BARREIRA HEMATOCEFÁLICA: ​constituída pelos vasos sanguíneos contínuos ou somáticos (não apresentam 
fenestrações, não são muito permeáveis) que são envolvidos pelos pés vasculares da neuroglia, dificultando ainda mais a 
passagem de substância do sangue para o tecido nervoso 
PLEXOS COROIDES: ​dobras altamente vascularizadas da pia-máter que fazem saliência para dentro dos ventrículos 
revestidas por epitélio cúbico simples Função: produzir o líquido cefalorraquidiano. No normal, o epitélio da pia-mater é 
pavimentoso, mas quando vai formar o plexo coroide o epitélio fica cúbico 
João Victor Lima – MedFacid XXIII 
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