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O-Cisma-de-Koatay-108

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O CISMA DE KOATAY 108 
 
1 
 
O CISMA DE 
KOATAY 108 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“MEU FILHO, 
A NOSSA DOUTRINA NÃO DIVIDE. DIVIDIU! ENTÃO NÃO É 
A DOUTRINA DE JESUS, NÃO É A NOSSA DOUTRINA...” 
KOATAY 108 
 
CCESB – COMUNIDADE CRÍSTICA ESPIRITUALISTA SETA BRANCA 
 
VOLUME 1 
REGENTE TUMUCHY 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
3 
 
 
COMUNIDADE CRÍSTICA ESPIRITUALISTA SETA 
BRANCA 
 
 
 
 
 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REGENTE TUMUCHY 
VOLUME 1 – 1.ª EDIÇÃO 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
4 
 
Edição do autor 
 
 
Este livro, no seu todo ou em parte poderá ser reproduzido ou 
transmitido, sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, 
mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros sem 
autorização prévia. 
 
Texto original: Bezerra Neto 
Direção Editorial: Trino Tumuchy 
Adaptação e revisão: Trino Tumuchy. 
 
 
Edição do autor 
St. Baixio dos Monteiros, 00050 
Distrito Romualdo - Crato 
Home page: www.doutrinadoamanhecer.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUMUCHY, REGENTE. 
O Cisma de Koatay 108. Crato: edição do autor, 2008. 
86p 
ISBN: 
CDD: 920 
 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Filho, 
o homem que tentar fugir 
de suas metas cármicas ou 
juras transcendentais será 
devorado ou se perderá 
como um pássaro que 
tenta voar na escuridão da 
noite!” 
 
Pai Seta Branca 
 
 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
6 
 
SUMÁRIO 
 
MENSAGEM AOS TRINOS ..................................................... 7 
INTRODUÇÃO ............................................................................ 9 
A ERA DO JAGUAR ................................................................ 16 
O DESENLACE ......................................................................... 18 
FORÇA DECRESCENTE ....................................................... 21 
PODER ........................................................................................ 21 
EVANGÉLICO ........................................................................... 21 
INICIÁTICO .............................................................................. 23 
DECRESCENTE ....................................................................... 24 
OS TRINOS ................................................................................ 27 
TRINO TUMUCHY ................................................................. 28 
TRINO ARAKEN ..................................................................... 30 
TRINO SUMANÃ ..................................................................... 32 
TRINO AJARÃ .......................................................................... 33 
A DENSA BARREIRA ETÉRICA ........................................ 35 
AS EMISSÕES........................................................................... 37 
CISMA DE IRESHIM .............................................................. 40 
A CISÃO TRINÁRIA ............................................................... 43 
UM GRITO DE ALERTA ....................................................... 53 
INSTRUÇÕES DOUTRINÁRIAS ........................................ 59 
OS INSTRUTORES ................................................................. 59 
LITERATURA ........................................................................... 63 
O CISMA DE KOATAY 108 ................................................. 64 
ANEXOS ..................................................................................... 67 
PARTIDA EVANGÉLICA (UM GRITO DE ALERTA) 
(KOATAY 108) ........................................................................ 67 
UM GRITO DE ALERTA (TRINO TUMUCHY) ............. 76 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
7 
 
 
MENSAGEM AOS TRINOS 
 
Meu Filho Trino, 
O desenvolvimento se avança diante de 
uma prosperidade. Quisera eu assim trazer 
afirmações precisas para a grande jornada que é este 
3º 7º. O mundo exige a tua força, serás o medianeiro 
do Sol e da Lua e do Mar. O vento te soprará eflúvios 
do ouro e da prata para que eu: filho querido possa 
sentir-me em paz sabendo que a tua mesa está 
completa. E então, filho! Sabendo completo te 
enviarei todos aqueles que sofrem pelo frio e pela 
fome no triste propósito de te encontrar. 
Espero que as intempéries das mudanças 
cármicas ao caírem de chofre em teu orbe não vos 
atinjam, porque de ti dependerão os demais 
abnegados deste 3º 7º. Não duvides dos grandes 
sinais do céu, nem dos furacões, nem menosprezes 
os seres que tentarem erguer-se do chão, porque 
filho querido! Onde tua voz será o governo, será 
ouvida e ressoará no canto universal. Filho Jaguar, 
filho Esparta, ao cruzar as espadas em teu peito exigi 
que empunhasse sempre dividindo da Direita para a 
Esquerda, resguardando-se na Conduta Doutrinária... 
na ciência e na Fé, porque tudo te pertencerá na 
alegria na dor. A filosofia dividirás o bem e o mal. Na 
religião o amor unirás todas as pérolas e elas 
enfeitarás o caminho onde um dia caminharás junto 
a quem tanto suspiras. 
Aprenda para melhor ensinar, não 
esquecendo que um dia aqui em teu plano deixarás 
de me ouvir em “Neiva”, tornando-se mais difícil os 
nossos contatos. Aproveite filho, falar com Neiva à 
linguagem universal. Em tua Lei, amor, tolerância e 
humildade. Tens as rédeas da força Etero-Magnética, 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
8 
 
força absoluta que vem de Deus. Jesus em seu manto 
sagrado tudo emite. Todo Universo ouve o teu 
sagrado juramento que fizeste com as seguintes 
palavras: Oh Senhor fira-me quando o meu 
pensamento afastar-se de Ti, e mais ao tomar o 
cálice: Este é o teu sangue, ninguém jamais poderá 
contaminar-se por mim. Deus terá tudo por estas 
palavras. 
Salve Deus! O teu Pai. 
Seta Branca, que ora vive o teu amor. 
Simiromba também teu Pai. 
(Se um dia cansares de ler esta carta, 
arremesse-a sobre as chamas que te convierem). 
Vale do Amanhecer, 30/12/78. 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
9 
 
INTRODUÇÃO 
 
“Quem ouve estas minhas palavras e as põe por 
obra assemelha-se a um homem sensato que 
edificou a sua casa sobre a rocha. Desabaram 
aguaceiros, transbordaram os rios, sopraram os 
vendavais e deram de rijo contra a casa: mas ela 
não caiu porque estava construída sobre a rocha. 
Quem, pelo contrário, ouve estas minhas palavras 
e não as põe por obra parece-se com um homem 
insensato que edificou a sua casa sobre areia. 
Desabaram aguaceiros, transbordaram os rios, 
sopraram os vendavais, dando de rijo contra 
aquela casa, e ela caiu, ruindo com grande fragor.” 
Jesus. 
 
Salve Deus, meus irmãos. Que a paz de 
Jesus esteja em nossos corações. 
Para uma melhor compreensão do que 
aqui vai exposto, faz-se necessário a explanação de 
algumas posições e de alguns fatos ocorridos há 
cerca de vinte e cinco anos na Doutrina do 
Amanhecer. São fatos vivenciados pela alta 
hierarquia doutrinária, que explicam e justificam 
nossa posição. 
No começo do ano de 1983, tia Neiva já 
apresenta sinais evidentes de cansaço e abatimento. 
Então, em fins de abril, escreve uma de suas últimas 
cartas aos seus filhos jaguares. Tal mensagem 
somente vem a público em 5 de abril de 1985 pelo 
então Primeiro Mestre Sol, Trino Tumuchy, Mário 
Sássi, num curso denominado ‘Partida Evangélica’, a 
pedido da própria clarividente. A carta mostrava 
uma tia Neiva preocupada, tensa, desejosa de 
promover mudanças urgentes e estruturais em 
vários setores doutrinários: os caminhos às 
consagrações, a escalada ao mestrado, a formação de 
mestres instrutores etc.. 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
10 
 
Nesta carta, que ficou conhecida 
extraoficialmente como “UM GRITO DE ALERTA”, tia 
Neiva, tristemente, faz referência às ninfas 
missionárias, preocupadas somente com o exterior, 
com suas indumentárias, mas sem qualquer 
compreensão a respeito do seu sacerdócio, da sua 
missão. 
Anos mais tarde, em 1990, após o 
desencarne de tia Neiva,o mestre Tumuchy também 
lança uma mensagem, seu último recado aos 
jaguares, esta, oficialmente intitulada “UM GRITO DE 
ALERTA”, que vinha confirmar o que, em 1983, tia 
Neiva, em sua visão, de certa forma nos prenunciava. 
Deste modo, baseados no acervo de 
Koatay 108, suas cartas, mensagens e aulas, escritas 
e gravadas; baseados, sobretudo, em sua vida, 
ensinamentos e exemplos; inspirados nas 
mensagens, nos livros e folhetos do Primeiro Mestre 
Tumuchy e, sobretudo respaldados nos fatos que 
aconteceram depois do desencarne de tia Neiva até 
os dias atuais, nos sentimos obrigados à realização 
deste trabalho, chamado “O CISMA DE KOATAY 108”. 
Esses fatos, aos quais nos referimos, 
demonstram claramente grandes rupturas e graves 
problemas na diretoria administrativa do Vale do 
Amanhecer, composta, hoje, basicamente pelos filhos 
de tia Neiva – Gilberto e Raul Zelaya. Tais mestres 
são responsáveis por uma política doutrinária 
desigual, confusa, personalista, sectarista e 
improcedente, que dia a dia, compromete todo o 
Poder Evangélico-Iniciático-Decrescente, trazido e 
deixado por tia Neiva. 
Ressalta-se, sobretudo, no presente 
trabalho, que não há nenhum vínculo, compromisso 
ou subordinação de nossa parte em relação à 
diretoria da entidade Vale do Amanhecer. O mesmo 
se dá em relação ao Templo Mãe e a OSOEC - Obras 
Sociais da Ordem Espiritualista Cristã – Vale do 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
11 
 
Amanhecer – Brasília DF. Assim como fazemos 
questão de salientar que não concordamos com sua 
política doutrinária e suas diretrizes administrativas. 
Esclarecemos e salientamos mais uma 
vez, muito respeitosamente aos senhores deste 
mestrado: 
 Trinos; 
 Trinos Regentes; 
 Adjuntos Arcanos; 
 Adjuntos Regentes; 
 Adjuntos Rama 2000; 
 Adjuntos Koatay 108; 
 Presidentes de templos externos; 
 Sétimos Raios e demais 
componentes. 
 
Devido a muitos fatos ocorridos com 
relação à gestão da Doutrina do Amanhecer, somos 
obrigados, por questão de compromisso junto à 
Doutrina de Jesus, a assumir esta posição. 
Tais fatos nos revelam com bastante 
clareza e enorme tristeza, uma crise institucional, 
ocasionando um total desgoverno e desmonte de 
toda a estrutura da instituição Vale do Amanhecer – 
Templo Mãe, tanto no sentido administrativo, quanto 
executivo e doutrinário. 
Referimo-nos a uma regência injusta, 
uma política de desenvolvimento doutrinário 
contraditória, incoerente e confusa; uma diretriz 
equivocada e deturpada ofendendo e ameaçando 
toda a estrutura crística estabelecida por Tia Neiva. 
Esclarecemos também, desde já, que a 
Doutrina foi recebida pela médium responsável pela 
fundação da entidade Vale do Amanhecer. 
Entendemos, assim, que tia Neiva, embora seja 
fundadora da instituição Vale do Amanhecer, não é 
sua proprietária, assim como também não é a 
fundadora da Doutrina do Amanhecer, pois essa 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
12 
 
pertencente a Jesus. O seu regente é o Pai Seta 
Branca, a não ser quando confundimos essa ordem 
de valores. Afigura-se lamentável esse engano. 
Desassociamos assim, por uma 
evidência lógica, dois pontos fundamentais para a 
compreensão da nossa posição: primeiro: ‘instituição 
Vale do Amanhecer’ e ‘Doutrina do Amanhecer’. 
Segundo: ‘tia Neiva fundadora’ e não ‘tia Neiva 
proprietária’ do Vale do Amanhecer. 
Nem todos que se consideram do Vale 
do Amanhecer praticam a Doutrina do Amanhecer. 
Para essa definição não basta somente estar usando 
o mesmo uniforme e participar dos rituais do Vale do 
Amanhecer. Não basta compor a mais alta 
hierarquia, ter esta ou aquela consagração, mas sim, 
estar vivendo comprometido com a essência da 
Doutrina de Jesus, em obediência aos seus princípios, 
como funcionário do sistema crístico. Pertencer à 
entidade, à ordem, não significa viver a Doutrina do 
Amanhecer. Outro lamentável engano... 
Entendemos assim, que toda a 
estruturação deixada por Tia Neiva está sendo 
destruída. A Doutrina perdeu sua finalidade, sua 
função, a sua verdadeira identidade e objetivo, sendo 
assaltada e deturpada pelo personalismo de uma 
minoria que, por fatores genéticos, baseados num 
sobrenome, se intitulam pretensiosamente 
proprietários da Doutrina do Amanhecer, a Doutrina 
de Jesus. Esta mesma minoria, em nome de funções, 
IMPERIOSAMENTE impõe a todo corpo mediúnico 
suas ordens, oprimido, perseguindo e punindo 
arbitrariamente como se fossem deuses, usando 
ideologicamente o discurso de ‘manter tudo como tia 
Neiva deixou’. Esse é um nobre discurso. Contudo, 
pelas consequências de suas atitudes sabemos que 
ele não é verdadeiro. 
Assumimos essa posição e decisão por 
uma série de motivos, entre os quais: 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
13 
 
 Compromisso e 
consciência, de responsabilidade e dever moral para 
com a Doutrina de Jesus; 
 Em respeito à 
vida sacerdotal de Tia Neiva, a médium, a mãe, de 
todos os Jaguares, que se colocava como um simples 
instrumento a serviço do Pai Seta Branca, e que 
somente ensinou o “amai-vos uns aos outros”, o 
perdão, a compreensão e a humildade. 
 Em respeito e 
lealdade aos ensinamentos de tia Neiva, nos 
ensinando a não tolerar o intolerável: padrões 
inferiores de orgulho, vaidade e egocentrismo, 
mergulhando a prática mediúnica num plano de 
mediocridades, como o que temos assistido, 
bastando para isso uma ligeira visita aos vários ‘sites 
oficiais’ do Vale do Amanhecer. 
 Em respeito a 
todo mestre ou ninfa do corpo mediúnico, que 
desconhecedor da atual situação sofre as 
consequências dos desmandos e imposições de uma 
minoria personalista. 
 Em respeito a 
todos aqueles que buscam nessa Doutrina auxílio e 
esperança. 
Não temos como, e não nos permitimos 
ser corresponsáveis com tais atitudes e incoerências 
cometidas pela diretoria hierárquica do Templo Mãe, 
que se impõe pelo autoritarismo e por uma 
administração que denominamos de antidoutrina. 
Não reconhecemos assim, autoridade, 
confiabilidade nesses senhores e senhoras que se 
definem pelas suas próprias atitudes, como pessoas 
ineficientes nas funções que ocupam; que não 
atendem as necessidades e os compromissos 
elevados e exigidos a tão nobre tarefa, de comandar 
todo esse sistema doutrinário na terra. 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
14 
 
Assim sendo, anunciamos, a todos os 
jaguares, a realização deste trabalho e a fundação de 
uma entidade que denominamos ASSTEN – 
Associação dos Templos Independentes do Nordeste. 
Trata-se de uma associação independente que nasce 
com a finalidade e objetivos que se seguem: 
 Reestruturar o poder descrente da 
Doutrina, trazendo de volta a irrigação e alimentação 
espiritual, através da recomposição do quadro 
hierárquico e funcional. 
 Reunificar a prática doutrinária 
mediúnica. 
 Restabelecer as linhas Crísticas da 
Doutrina do Amanhecer. 
 Abrir espaço para o diálogo a 
respeito dos perigos pelos quais passa a missão dos 
jaguares. E mais do que isso, buscando conscientizar 
todos os jaguares da atual situação, bem como da 
urgente necessidade de se mudar os rumos 
doutrinários. 
Acima de tudo, reafirmamos mais uma 
vez nossos juramentos – de cuidar e manter as linhas 
evangélicas que tia Neiva sempre ensinou: as linhas 
do Evangelho primitivo, o Evangelho sem retoques 
de Nosso Senhor Jesus Cristo – sua essência, sua 
pureza, sua energia, bem como as linhas evolutivas 
de uma verdadeira transformação, pois o Jaguar se 
perdeu e hoje somos como qualquer instituição 
religiosa, vivendo somente os aspectos exteriores da 
vida. 
Não há outro objetivo em nossas 
intenções. Nossa única missão é trabalhar para 
manter e dar continuação ao que Tia Neiva deixou; 
desenvolver e zelar pelas linhas doutrinárias e 
evangélicas que formam os fundamentos dessa 
ordem espiritualista; o Evangelho de Jesus, a alma da 
Corrente Indiana do Espaço, a corrente iniciática. 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
15 
 
Que a paz de Jesus esteja entre nós. 
Salve Deus. 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
16 
 
A ERA DO JAGUAR 
 
“Não temais o fimdos tempos e nem o que dizem 
os profetas. Lembrai-vos somente do que disse 
Jesus, o Caminheiro: Amar a Deus sobre todas as 
coisas e ao próximo como a ti mesmo. Alertai-vos, 
filhos! Não vos abateis pelos falsos rumores e, 
também, não vos arraigueis aos castelos e 
edifícios ornamentais em vosso redor, de baço 
brilho, amontoando-se e marginalizando a 
própria civilização que conquistastes, construída 
com tantos sacrifícios”. 
Pai Seta Branca. 
Em 1959 Nasce a UESB – União 
Espiritualista Seta Branca. Inicia-se a nova jornada 
do Jaguar. Daí em diante tem início a formação da 
Corrente Mestra ou Doutrina do Jaguar; a Doutrina 
do Amanhecer e todo o conjunto doutrinário 
ritualístico, agora tendo como meta o 
desenvolvimento do Sistema Crístico, tendo a frente 
como mentor espiritual um veterano e experiente 
espírito, acostumado e empenhado às grandes lutas 
e conquistas dos ciclos civilizatórios do homem. 
A missão do Jaguar abrange muito além 
dos limites da terra. Trata-se de uma jornada de 
contexto planetário, onde a nova ordem é trabalhar 
na limpeza psíquica moral coletiva de vários planos 
do sistema solar. Para isso Capela se move e 
comanda, sob a regência de um príncipe arcano, o 
Simiromba de Deus. 
Seta Branca, Agora, do plano espiritual 
dirige a terceira e última etapa de implantação do 
sistema crístico de Jesus na terra. Para isso, manda 
seus filhos e suas tribos para o Brasil – a pátria mãe 
do Evangelho - com o objetivo de protegê-lo, 
prepará-lo e desenvolvê-lo para ser a estrela guia, 
Estrela Sublimação do mundo. A estrela testemunha 
sob a luz do Evangelho. Se no mundo espiritual esse 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
17 
 
excelso espírito, comanda e determina suas legiões 
para ajudar a terra no processo de transição do III 
milênio, Tia Neiva, no plano físico, teve a 
responsabilidade de preparar os Jaguares 
encarnados para recepcionar e representar os 
grandes arcanos e suas falanges numa conjunção 
planetária, simétrica e assimétrica de dois planos, 
pois Jesus não quer que o homem sofra. 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
18 
 
O DESENLACE 
 
Os acontecimentos daquele distante 
quinze de novembro de 1985 ficaram gravados em 
nossa mente e em nossos corações, de forma 
indelével. Vivíamos, em verdade, nos deslumbrando, 
nos alimentando do mundo espiritual que se 
manifestava na figura de tia Neiva. Estar perto de 
Koatay 108 era respirar o aroma das matas, o mundo 
dos encantos, os mundos civilizados, dos grandes 
iniciados; ela, magistral e majestosamente nos 
perfumava; emanava-nos na luz do seu amor. Nós 
então respirávamos a atmosfera que ela nos 
proporcionava, a atmosfera dos encantados, dos 
iluminados... 
Mas isso não era uma sensação 
provocada pela sua mediunidade. Vidência, 
clarividência, audiência ou qualquer outro tipo de 
mediunidade não tem a capacidade produzir nos 
corações, nas almas de todos que ali se encontravam, 
o que tia Neiva produzia. Esse fenômeno é extraído 
somente do amor incondicional, o amor ensinado e 
vivido por Jesus. O que se sentia era, na verdade, a 
materialização do amor crístico. 
Após o desencarne, nos primeiros 
momentos as sensações de orfandade e perda foram 
os sentimentos que nos caracterizaram durante os 
rituais necessários, de vigília e sepultamento. O 
templo escuro, iluminado a velas; as lágrimas, o 
choro convulso, a dor, estampada na face de todos 
que ali chegavam denunciava o tamanho e a 
importância que Tia Neiva havia conquistado ao 
longo dos seus quase trinta anos de uma vida 
entregue incondicionalmente à sua missão. A todo 
instante, pessoas de todos os pontos do país 
chegavam, em diversas caravanas, derramando seu 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
19 
 
pranto, e, numa atitude contraditória, ansiosas por 
se despedir da ‘mãezona’. 
Tia Neiva desencarnou em 15 de 
novembro de 1985, vítima de complicações 
respiratórias, deixando uma comunidade de 
milhares de pessoas – seus filhos jaguares, que 
agora, aos olhos de todos pareciam órfãos, do 
carinho da mãe em Cristo Jesus. 
Mas, os sucessos daquela madrugada já 
eram por nós esperados. O desencarne de tia Neiva – 
todos nós sabíamos – não tardaria. Havia já algum 
tempo que ela sofria dores atrozes, devido à água 
que se acumulava nos seus pulmões, minando-lhe a 
resistência orgânica, levando-a com certa 
regularidade a internamentos que a todos colocavam 
em estado de alerta. 
O ritual que se iniciou numa sexta-feira, 
15, terminou no domingo, 17, quando o caixão 
desceu ao túmulo escuro, enquanto o Mantra de 
Simiromba era solenemente envergado, entre 
lágrimas e soluços. 
Entretanto, passada a consternação do 
momento e a tristeza de uma breve despedida, havia 
chegado a hora dos continuadores da missão de 
Koatay 108... Os herdeiros assumiriam a plena 
condução da Doutrina do Amanhecer na terra. Tia 
Neiva havia desencarnado e em seu lugar ficariam os 
Trinos, como continuadores de todas as suas 
diretrizes e determinações. Seriam eles os pilares 
que manteriam toda a estruturação. 
Hoje, vinte e três anos depois da 
partida de tia Neiva, deveríamos nos questionar, de 
forma incisiva: 
O que aconteceu? 
Por que a separação? 
Por que tantos abalos ao Vale do 
Amanhecer, que hoje tem uma imagem negativa 
diante da opinião pública? 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
20 
 
O que aconteceu com os Trinos? 
 
 
1. SERÁ QUE O JAGUAR APRENDEU E 
ASSIMILOU O QUE PRECISAVA PARA O 
CUMPRIMENTO DE SUA MISSÃO? 
2. QUAL FOI A VERDADEIRA MENSAGEM QUE 
TIA NEIVA QUIS NOS TRANSMITIR? 
 
 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
21 
 
FORÇA DECRESCENTE 
 
Ao longo de toda sua vida missionária, 
tia Neiva se encarregou e se empenhou na 
estruturação da Doutrina do Amanhecer - um 
compêndio tão antigo, nessa terra, quanto o homem, 
vindo das Escolas do Oriente Maior, plantado no 
ocidente para contribuir ou influenciar no 
pensamento ocidental, cumprindo assim, a 
determinação do espaço, de promover a paz entre o 
pensamento oriental e o pensamento ocidental, e 
desse casamento, a união da religião e da ciência. 
Ao desencarnar, Tia Neiva deixou toda 
a infraestrutura de funcionamento no plano físico em 
perfeita sintonia e sincronia com o plano espiritual, o 
que poderíamos resumir de Poder Evangélico-
Iniciático-Decrescente. Explicamos: 
 
PODER 
 
União de várias forças individuais, que 
se empenham num mesmo propósito, num mesmo 
objetivo e com mesmo sentido. Cada mestre, cada 
ninfa traz sua força, que isoladamente pouco pode 
realizar. Entretanto, quando unidos, uns dispondo da 
força dos outros, formamos uma coroa de forças; 
somos um poder – forças unidas para um objetivo 
comum. São forças em condição de convergência. São 
homens e mulheres que canalizam em união suas 
energias com a mesma intenção. Nesse sentido, 
inicia-se a transformação. O indivíduo abandona o 
particular, para se dedicar ao coletivo. 
 
EVANGÉLICO 
 
Porque se baseia exclusivamente no 
Evangelho de Jesus, não se admitindo qualquer tipo 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
22 
 
de demanda em relação a essa verdade. Porque o mal 
convive com o bem, mas o bem não admite 
convivência com o mal. Amor, humildade e 
tolerância são seus pontos básicos e fundamentais. 
Sim meus irmãos, falamos de Jesus. Falamos do anjo 
que das regiões celestiais desceu a este planeta. Em 
Sua Doutrina não há meio termo. É ser ou não ser. 
Ela é a Sublime Canção do Amor, oferenda divina nos 
possibilitando a grande caminhada evolutiva. Nele, 
encontraremos duas linguagens: a dos homens, que 
se encantam com as palavras, as recitam, mas não 
compreendem a sua extensão e profundidade. Leem 
somente com os sentidos físicos, sua assimilação é 
exterior e superficial. A esses Jesus costumava dizer: 
“Que as palavras matam, e o espírito vivifica”. 
Por outro lado, temos o Evangelho dos 
iniciados ou iniciático, a linguagem interior lida 
pelos sentidos espirituais, compreendida e vivida na 
sua essência mais pura. Por aqueles que atingiram 
uma maturidade planetária, construída por uma 
caminhadamilenar, e compreenderam que nem só 
de pão vive o homem. 
O Evangelho é uma poesia em 
parábolas. Versos que se compõem de preceitos 
morais, como um caminho que, ao ser percebido, nos 
leva as transformações da alma, e não somente dos 
sentidos físicos. Alma: poderíamos defini-la como, a 
casa dos nossos sentimentos. 
Jesus conhecia a alma humana, o seu 
estado evolutivo e sua natureza psicológica. 
Conhecia os vários estados de almas encarnadas, que 
habitavam a Escola da Terra, então foi graduando o 
conhecimento como a colocá-lo em degraus, na 
medida que avançamos no crescimento interior, e 
vamos nos tornando conscientes, vamos subtraindo 
de suas palavras em parábolas, as verdades que ele 
anunciou. 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
23 
 
O seu sacrifício, sua vida, sua missão e 
sua mensagem se constituem no mais perfeito 
exemplo de abnegação, de dedicação e renúncia a 
nós, de amor e respeito a tudo que somos. Jesus foi o 
perfeito vivendo o imperfeito que ainda vive dentro 
de nós. Foi o Maior Instrutor Universal que desceu 
de seu plano celeste para se vestir de carne. 
Diminuído se fez homem para nos mostrar o 
verdadeiro caminho que nos leva a libertação, 
compondo em suas caminhadas a mais bela e nobre 
liturgia. 
Assim, vivemos e sentimos essa 
doutrina, que está além da nossa compreensão. Nem 
tudo entendemos, mas nos guardamos da mais 
absoluta certeza de que Jesus anunciou um caminho, 
esse caminho é o do amor, do amor incondicional, o 
único capaz de vencer todas as diferenças, todos os 
preconceitos, capaz de tornar todos irmãos 
independente de cor, raça e crença. 
 
INICIÁTICO 
 
Livre de superstições, dogmas e 
crendices, sem falsos conceitos e preconceitos. É o 
homem do terceiro milênio, objetivo, claro, direto. 
Seu pensamento é reto, prático, simples, livre de 
sentimentalismos e falsas ideias. Não se prende a 
dogmas, nem a falsos preceitos. Analisa e responde a 
tudo pela luz da razão maior, a ciência espiritual – o 
conhecimento transcendente, da vida eterna. É o ser 
metafísico, que compreendeu o ilusório, venceu o 
estado maya e vê além das densas barreiras 
materiais. Suas intenções são claras, límpidas; seus 
gestos nobres; é polido sem ser artificial. Não causa 
ansiedade por suas atitudes e olhares; procura 
pensar antes nos outros e depois em si mesmo; suas 
ações são a confirmação de suas palavras; é, em 
suma, um verdadeiro cavalheiro. 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
24 
 
 
DECRESCENTE 
 
Porque depende de uma estrutura 
hierárquica constituída, de perfeita harmonia entre 
os seus constituintes ou regentes, desde o seu mais 
alto nível até a base do corpo mediúnico, sendo esta 
condição indispensável para a perfeita e segura 
comunicação interplanos. 
Mas o caráter decrescente, no sentido 
doutrinário, não se restringe ao conceito de 
decrescência, somente, mas diz respeito a cada 
regente em perfeita sintonia com o seu mentor, 
desde os trinos, passando pelos adjuntos de toda 
ordem, os sétimos raios até a base da pirâmide 
mediúnica. Significa cada mestre, em sintonia com os 
seus mentores e dentro da sua missão, dispondo do 
que, transcendentalmente, lhe pertence. 
Força decrescente é o principio que 
sustenta toda a Corrente Indiana do Espaço, em 
perfeita sintonia com este plano vibratório. É o fator 
disciplinante, gerando ordem e progresso. Propicia 
administração de toda energia acumulada, passando 
pela absorção, captação, gestão e distribuição de 
todas as energias absorvidas nos rituais e nos 
intercâmbios com o mundo da luz para todo corpo 
mediúnico. É a força decrescente, na gestão de todo 
este sistema doutrinário chamado Vale do 
Amanhecer que ordena perfeitamente todo o 
princípio de trabalho e administração das energias 
de toda ordem. Então, há forças maiores e outras que 
delas dependem, decrescem, para que possam 
coexistir em perfeita ordem e lei. Força decrescente 
é força positiva, concreta, de caráter vibrador e 
dominante que não tem caráter individual, mas 
participativo nos seus níveis bem definidos. Significa 
dizer que não se manifesta na figura de um 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
25 
 
presidente, mas de um conselho administrador de 
políticas doutrinárias. 
Sem esta força ordenadora e 
distributiva a desorganização nos levaria à 
impossibilidade de administração desse sistema 
doutrinário, pela ausência da harmonia entre suas 
partes constituintes; pelo desentendimento entre 
seus regentes e representantes. Fica-se sem a 
decrescência da força que gerencia todo o princípio 
existente. 
Ao mesmo tempo, ao formarmos um 
corpo dito mediúnico, a força decrescente assegura a 
irrigação fluídica de todas as partes deste corpo, 
sendo perfeitamente similar ao sistema circulatório. 
Essa irrigação leva fluidos espirituais a cada 
integrante da doutrina. É o sistema pelo qual são 
transportados os nutrientes espirituais a cada um 
dos trabalhadores. São energias que sustentarão o 
médium na corrente e lhe proporcionará a resolução 
dos conflitos, a mudança dos pensamentos, a 
evolução dos conceitos entre outros tantos aspectos. 
Evidentemente, o corpo que sofre 
problemas de circulação, logo sofrerá também, 
devido às necroses que lhe são consequentes. Isso 
porque as células não se alimentam. Não recebem o 
‘ar puro’ dos mundos iluminados. 
Ao desencarnar, tia Neiva deixa todo o 
sistema definido e, na figura dos trinos, os guardiões 
maiores dessa magnífica estrutura. Cabia ao 
conselho trinário, somente a administração do que já 
estava erguido, da seguinte forma: 
1. Manter a natureza EVANGÉLICA, INICIÁTICA E 
DECRESCENTE em todo sistema doutrinário. A 
ausência de qualquer uma dessas 
‘propriedades’ descaracteriza todo o sistema, 
impedindo a assistência da Corrente do 
Amanhecer, impedindo a ação da Corrente 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
26 
 
Mestra. Estruturar todo este sistema 
doutrinário foi a missão de Koatay 108. 
2. Tia Neiva cumpriu sua missão. Trouxe do 
mundo espiritual todas as ordens e estruturou, 
edificou o sistema doutrinário, o poder 
evangélico-iniciático-decrescente. 
3. Em 1985 toda a magnífica estrutura de 
correspondência com os planos iluminados 
estava funcionando. Estávamos numa sintonia 
vertical com o mundo espiritual. Tia Neiva 
desencarna e entrega aos seus herdeiros a 
missão de preservar a sua obra. 
4. Os herdeiros no nível hierárquico mais alto são: 
1º Mestre Sol Trino Tumuchy – Mário Sassi; 1º 
Mestre Jaguar Trino Arakem – Nestor 
Sabatovicz; 1º Mestre Sol Trino Sumanã – 
Michel Hanna; Força auxiliar: Mestre Sol Trino 
Ajarã – Gilberto Zelaya. A estes homens cabe a 
missão de zelar e preservar toda essa magnífica 
estrutura. 
 
 
 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
27 
 
OS TRINOS 
 
“Meu filho, tenha esta cartinha como um 
despertar do seu Sacerdócio. Digo coisas nesta 
carta, redigida por sua Mãe Clarividente, em 
Cristo Jesus. Mestre herdeiro deste 
Amanhecer! Ainda não tirastes os velhos 
ressentimentos e, com palavras, estás 
colocando mais terra em seu coração. O 
sacerdócio é amor, tolerância e humildade. Ser 
porta-voz de sua mãe clarividente é algo difícil, 
porém, lembre-se dela e terás forças para 
seguir. Por que todo este acervo que te cerca? 
O dia em que alguém for tratado diferente, 
fugirão todos”. 
Tia Neiva, 14/08/84. 
 
Ao morrer tia Neiva deixa cada regente, 
em sintonia com seus mentores, em suas funções 
claramente definidas. Estávamos alinhados – em 
perfeita sintonia com o mundo espiritual. 
Eles deveriam então assumir e 
continuar exercendo suas funções, preservando a 
força decrescente em perfeita obediência ao 
Evangelho Crístico, em sintonia com a Corrente 
Indiana do Espaço. Frisamos mais uma vez: perfeita 
obediência ao Evangelho Crístico. Esta é a mais 
fundamental condição para que o padrão vibratório 
não sofresse danos após o desencarne de Koatay 
108. 
Mas uma perfeita obediência aos 
princípios crísticos, não significa uma vida de asceta, 
entregue aos rigores das escolas orientais, 
extremadas em suas disciplinas. Os compromissosde 
um regente, não estão muito além dos compromissos 
que temos como homem e como cidadão, que nos 
exigem uma consciência social, uma conduta na vida. 
O sacerdócio estará a exigir essa mesma 
consciência social e espiritual, em obediência ao 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
28 
 
santo juramento, porque nos diz o Pai Seta Branca: 
“as leis físicas que nos chamam a razão são as 
mesmas que nos conduzem a deus”. 
 Na harmonia e sintonia entre os trinos 
estaria toda a nossa segurança e toda a manutenção 
do poder ao qual já nos referimos. 
Trino é a força que constrói os canais 
espirituais por onde navegam todas as emissões do 
corpo mediúnico, garantindo suas passagens não 
somente pelo nêutron, mas, sobretudo, pelo mundo 
etérico, sem ameaças de o médium não ser ouvido, 
escutado e atendido. 
Os trinos formam a tríade onde todo o 
sistema doutrinário e ritualístico está edificado; são 
eles que representam as raízes espirituais que 
formam o poder decrescente-evangélico-iniciático 
que desce para assistir o corpo mediúnico em sua 
totalidade, propiciando a todos, condições de uma 
transformação e evolução no sistema crístico. Os 
trinos são formados por três raízes espirituais, que 
partem do oráculo de Simiromba: Tumuchy, Araken, 
Sumanã. 
 
TRINO TUMUCHY 
 
MÁRIO SÁSSI 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
29 
 
 
Os Tumuchys constituem a região que 
existe na linha intelectual onde estão se 
comprometendo com as grandes conquistas 
científicas... É um poder absoluto, de amplo 
desenvolvimento. Tem grandes dificuldades com seu 
povo, em razão da pouca receptividade na terra. 
Como Koatay 108, sua força não tem meio termo. 
Tumarã, que é o reino dos Tumuchys se coloca em 
seu mestre formando três atons... Os tumuchys se 
elevam às grandes pesquisas científicas. Seu 
representante era o Trino Mário Sássi. É o intérprete 
da Doutrina, o responsável pelas edições gravadas 
ou escritas pela clarividente: aulas... 
Tumuchy é uma força objetiva, prática 
e positiva. É uma força que se expande e alcança todo 
o corpo mediúnico, propiciando a todos um 
desenvolvimento igual. Ele é válido para todos, e não 
apenas para um indivíduo. Quando se desloca vai 
atingindo o seu ponto máximo, impregnando e 
despertando a consciência para um estado científico. 
É fenômeno natural, que se impõe 
sempre agindo conforme rígidos critérios científicos 
e doutrinários, esclarecendo e explicando, pela razão 
lógica, todos os fenômenos espontâneos. Sua 
projeção é direta preparando o médium para ser um 
missionário do Cristo. Possui Tumarã, povo, a força 
de um idealismo, como também da força de 
inovação, conversão, transformação e ascensão. 
No método interativo, tecnológico, o 
poder Tumuchy se desloca em sua raiz nos 
propiciando todos os meios científicos para o 
desenvolvimento intelectual do médium, sempre 
renovando suas projeções que se deslocam através 
de amacês que continuamente vêm trazendo o seu 
povo e as energias para o aperfeiçoamento dos 
chakras. Possui seu próprio sistema de 
procedimentos. Para isso trabalha com uma 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
30 
 
programação, em que o médium pode (e, por vezes, 
necessita) continuamente intervir e controlar o 
curso das suas atividades mediúnicas para o seu 
aperfeiçoamento, fornecendo sempre novos canais 
que são entradas nos planos espirituais. Diz-se do 
meio de comunicação, que permite o médium 
interagir, de forma dinâmica, com a fonte ou o 
emissor. 
Tumuchy é uma instituição espiritual 
com poderes de realização de certos processos 
doutrinários, como adaptação, integração, comando 
administrativo. É o Trino Regente com a função de 
dar continuidade às normas de organização da 
Doutrina, como também agir na relação de 
interdependência entre os poderes e fatos 
doutrinários. É o responsável pelo desenvolvimento 
mediúnico. Por ser a raiz científica, trabalha na 
formação dos instrutores. 
 
 
TRINO ARAKEN 
 
NESTOR SABATOVICZ 
 
Trino Araken é o poder executivo da 
Doutrina, que se impõe rigidamente, segundo as leis 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
31 
 
que regem nossos conceitos, expandindo-se a todo 
corpo mediúnico, no sentido realizador, de execução 
das leis, normas e rituais. É força objetiva, prática, 
direta e positiva. Seu perfil é disciplinador, mesmo 
austero, grave, rígido. É por isso, força vibradora, no 
sentido de promover a desagregação e substituição 
de conceitos, imprimindo fortemente novos padrões 
psíquicos. Arakem é força neutralizadora, força 
neutrônica, abrindo os campos gravitacionais, 
alterando os focos de todos os sistemas humanos. 
Seu representante era o Primeiro Mestre Jaguar 
Trino Arakem, Nestor Sabatovicz. 
Representa a raiz espiritual na 
execução das leis que formam o 3º 7º, ou seja, 
governa desde o primeiro plano até o sétimo plano 
existencial da humanidade. Força mística, governada 
pelos impulsos de uma religiosidade equilibrada 
pelos Tumuchys, que trazem a manifestação pela 
ciência e pela razão. A união destes dois trinos 
propicia a prática de um misticismo equilibrado, 
sadio, desde uma simples manifestação ao mais alto 
grau de elevação de um ritual. 
O Ministro Arakem viveu na terra como 
José de Arimatéia, espírito que conduziu Jesus ao 
Tibet aos doze anos de idade, para que lá ele fosse 
iniciado. Tem na Doutrina, entre outras 
incumbências, a de zelar e promover o perfeito 
funcionamento dos rituais. É o comandante maior e 
força acionadora no templo, suas escalas e seus 
trabalhos. Em sua força absoluta, vibradora e 
positiva, dispõe as linhas estruturais do mestrado – 
força ritualística, iniciática, trazendo a todos os 
mantras de forças necessários para essa realização. 
Traz e fornece ao corpo mediúnico a força mística. 
Trabalha no desenvolvimento mediúnico, e formação 
de novos instrutores, juntamente com o 
representante Tumuchy. São também de sua 
responsabilidade os trabalhos de Contagem. 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
32 
 
 
TRINO SUMANÃ 
 
MICHEL HANNA 
 
O Trino Sumanã é na Doutrina, o 1º 
Mestre Curador, agindo na linha do Cavaleiro da 
Lança Vermelha, da cura desobsessiva, a verdadeira 
cura do espírito. É a força dos grandes iniciados que 
se movem em suas manifestações para a cura do 
espírito. Age silenciosamente, entre todo o corpo 
mediúnico, bastando ao seu representante somente 
circular no interior do templo. Sumanã não é força 
dominante-vibradora como Arakem e Tumuchy, 
porém de igual poder realizador. Na terra, foi Lucas, 
o médico apóstolo de Jesus. Trabalha na linha da 
complacência, brandura, tolerância, e por isso, 
acomoda em vez de desagregar. Age nos três reinos 
de nossa natureza, cura do plexo físico, da alma e do 
espírito. 
É de sua incumbência o teste 
mediúnico, para os aspirantes ingressantes na 
Doutrina. No desenvolvimento, atua junto aos 
doutrinadores, em suas formações e técnicas. Está 
ligado às grandes estruturações junto ao mestrado e 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
33 
 
ao corpo espiritual, que se unificam na força de 
Sumanã. 
 
TRINO AJARÃ 
 
GILBERTO ZELAYA 
 
Trino ligado à coordenação dos templos 
externos. É a força ligada às grandes amacês, que 
entram em ação no plano etérico e interpenetram no 
plano físico, trazendo as ordens dos mundos de 
Simiromba para serem distribuídas e executadas na 
linha dos regentes que compõem na terra os grandes 
canais receptores dessas energias. Ajarã é o mestre 
responsável pela grande força de harmonia e 
equilíbrio físico-psíquico-espiritual de toda tribo 
jaguar. 
É importante ressaltar que ao contrário 
do que acontece no sistema físico, a herança ou o 
processo de sucessão nessa Doutrina do Amanhecer 
não se dá pelos laços consangüíneos. Não há a lógica 
familiar, ditada pelo sobrenome herdado. Na 
corrente do Amanhecer, a sucessão acontece por 
uma conjuntura espiritual, de homens e mulheres, 
espíritos que antes de nascerem assumiram 
compromissos missionários junto a Jesus. A sucessão 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
34 
 
se dá na lógica da regência, ou seja, quando alguémdesencarna, o regente assume. 
O governo doutrinário, no que diz 
respeito às diretrizes e políticas após o desencarne 
de tia Neiva não ficaria a cargo de seus filhos, nem de 
suas filhas, como foi fartamente especulado na 
época, mas sob o governo de uma junta 
administrativa. O trino constituído pelos mestres 
Mário Sássi, o Tumuchy; Nestor Sabatovicz, o 
Arakem; Michel Hanna, o Sumanã e, como força 
auxiliar, na coordenação dos templos externos, 
Gilberto Zelaya, o trino Ajarã. 
 
 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
35 
 
 
A DENSA BARREIRA ETÉRICA 
 
Estes representantes compunham a 
hierarquia no mais alto nível, dessa doutrina na 
terra. Mas para que entendamos ainda mais 
claramente a incumbência destes homens, outras 
explicações são necessárias. 
O homem encarnado vive na terra, 
possibilitado por seu equipamento constituído. Após 
receber a permissão para encarnar, o homem abre os 
olhos neste mundo e nele passa a interagir. Assim vai 
acumulando experiências, construindo e moldando 
seu psiquismo, registrando e interagindo aqui 
através do seu sistema sensorial – mente física, ou 
simplesmente cérebro. Esse é o universo palpável a 
todos nós; é o mundo conceituado, físico. Todos os 
nossos sentidos estão ajustados vibratoriamente 
para captar as impressões deste plano denso. 
Sobre esse mundo material, está o 
mundo etérico, ou simplesmente etérico. Trata-se de 
uma região que não é visível aos olhos físicos, onde 
atualmente cerca de vinte e quatro bilhões de 
espíritos desencarnados e in-luz vivem e interagem, 
de acordo com as suas necessidades. 
Toda essa comunidade etérica, por 
motivos diversos, que fogem ao escopo deste 
trabalho, exerce uma enorme pressão sobre o mundo 
dos encarnados, com ele interagindo a todo instante 
e em diversos níveis, que vão de uma simples 
atuação até casos de avançada obsessão. 
Mas o mais importante aqui, a se 
observar, é que ele funciona como uma barreira 
densa, impedindo o contato do homem físico com o 
mundo espiritual. Isso significa que ele se interpõe 
entre a terra e os mundos civilizados, os mundos 
iluminados dos grandes iniciados. 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
36 
 
Assim o homem encarnado não tem 
como se comunicar com o astral superior. Ele pede e 
não é escutado; reza e os seus ais não têm eco no 
mundo espiritual, porque a sua voz e o seu chamado 
se perde na escuridão etérica, não ultrapassando o 
nêutron, não havendo meios para seu pensamento 
atingir os planos luminosos, pois há uma distância e 
um mundo a serem vencidos, superados. 
Uma das incumbências desse conselho 
trinário é, através de uma vivência irrepreensível no 
Evangelho Redivivo de Jesus, em respeito à força 
decrescente, sustentar determinados canais, por 
onde se realiza o intercâmbio dos encarnados com o 
mundo espiritual. São grandes tubos luminosos, por 
onde navegam as emissões, que assim, vencem a 
escuridão etérica e alcançam os grandes ministros, 
fazendo repercutir as vozes deste plano nos mundos 
civilizados. 
Então dessa forma o homem é 
escutado, pois suas preces navegam com segurança, 
vencendo esse grande espaço habitado denominado 
etérico. O homem conversa com seus ancestrais, pois 
uma vez mantidos esses canais, não há empecilhos 
para o contato do mundo espiritual. 
Essa é a única forma possível de 
sustentação da estrutura trazida por tia Neiva, sem a 
qual todos os órgãos e setores da Doutrina começam 
a não ser irrigados pelas energias espirituais. 
Fica claro que uma das atribuições dos 
trinos é a manutenção destes canais para que o 
mundo espiritual possa aqui se manifestar 
seguramente e todo corpo possa receber a irrigação 
espiritual e promover as reformas necessárias, 
possibilitando a evolução dos conceitos, a iluminação 
do corpo mediúnico... 
 
 
 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
37 
 
 
AS EMISSÕES 
 
A emissão é a sublime canção composta 
por energias hieros. Hieros são energias extraídas de 
um desenvolvimento humano que atingiu um estado 
de sentimentos nobres, sublime, elevado. Seres 
Hierofantes, são entidades iluminadas, iniciados 
renascidos que possuem uma condição doutrinária, e 
devido a esse estado evolutivo exemplificam numa 
vivência crística, o caminho dos Devas, ou Dharmon-
Oxinto. Ela é uma conquista de um ser hierático. 
Estado de consciência espiritual que possui um 
Iniciado. O ser iniciado é aquele que possui condição 
de manipular, recepcionar e emitir energias 
planetárias. Esse ser, torna-se uma grande usina de 
energias e substâncias especiais. 
Ela é uma linguagem evoluída do ser 
espiritual. É a linguagem do ser em evolução, que já se 
desprendeu, se libertou de estágios que 
compreendem “estados de inconsciência”, estado 
Religioso de superstições, preconceitos, fanatismo, da 
vida conceituada. Esse ser iniciado já possui uma 
consciência de si mesmo. Atingiu um grau de 
maturidade e desenvolvimento espiritual, humano e 
mediúnico, assumindo e se ajustando a outra 
realidade da vida. A vida na eternidade. 
Ela é um poema que foi escrito pelas 
árduas lutas evolutivas, dores seculares, realizações e 
conquistas na caminhada milenar, representando a 
conquista de um estado interior; ela é um fenômeno 
científico que se dá pela formação de um processo em 
atividade, distante de um simples comportamento 
religioso exteriorizado. 
 
Quando realizada, atinge os canais de 
navegação sustentados pelos trinos e ultrapassa a 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
38 
 
barreira do nêutron, atravessando os planos etéricos 
e penetrando nas regiões vibracionais dos espíritos 
iluminados. Ela é uma composição do ser 
evangelizado que se entrelaça no autoconhecimento 
que possui um iniciado, constituído pela visão 
tridimensional da vida. 
Num sentido mais técnico, é a ação de 
pôr em circulação a energia do médium para uma 
finalidade específica. É a cura física, psíquica e 
espiritual. É uma arma doutrinária, possibilitando o 
reequilíbrio daqueles que dela recebem os mantras e 
fluidos, na faixa do amor incondicional. É a emissão, a 
arma que atende aos enfermos, promovendo a 
desobsessão. Através dela, manipula-se a energia 
vital, energia ectoplasmática, mística, energia 
vibracional, energias extra-físicas, energia psíquica e 
mental. Todas essas energias formam o que na 
Doutrina do Amanhecer conhecemos por força 
universal. 
Deste modo, no momento do desencarne 
de tia Neiva, toda a tribo Jaguar dispunha de toda 
estrutura que lhe permitia o contato com a Corrente 
Indiana do Espaço. Observe: 
 
1. A força evangélico-iniciática estava 
estruturada em Tia Neiva. A força 
decrescente funcionava no seu nível mais 
alto nos Trinos Tumuchy, Arakem e 
Sumanã. Os trinos em sintonia vertical 
mantinham os canais de emissão e 
recepção através do nêutron e do plano 
etérico. 
 
2. O médium tem sua emissão, que é a sua 
composição, o seu canto universal, capaz, 
naquele momento, de navegar nos canais 
sustentados pelos trinos anteriormente 
citados, pois estes estavam em sintonia. O 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
39 
 
intercâmbio com o mundo espiritual 
acontecia. 
 
 
 
CANAIS DE EMISSÃO E 
RECEPÇÃO DOS 
TRINOS TUMUCHY, 
ARAKEM E SUMANA. 
FORÇA DECRESCENTE 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
40 
 
 
CISMA DE IRESHIM 
 
Mas, se, por algum motivo os trinos se 
desentendem, se separam, então o poder está 
fragmentado e a alimentação espiritual, 
comprometida. Não demora e os setores 
constituintes desse sistema, dessa organização se 
tornarão enfraquecidos e sofreremos uma espécie de 
falência múltipla dos órgãos da Doutrina. 
É, entretanto interessante observar que 
tanto esse conhecimento a respeito do poder tríade-
decrescente quanto o rompimento dele não nos é 
novidade. Todas as grandes escolas filosóficas, 
iniciáticas, que passaram por esta terra conheciam e 
manipulavam energias através do trino constituído. 
O hinduísmo e os essênios são exemplos clássicos 
conhecidos por suas realizações e capacidade que 
tinham; fruto do poder trinário. O cristianismo 
nascente, na escola do caminho seestruturara da 
mesma forma, na singela figura dos apóstolos. O 
universo em si apóia-se no conceito trinário: PAI-
FILHO-ESPIRITO; CORPO-ALMA-ESPÍRITO, AMOR-
HUMILDADE-TOLERANCIA. 
Vivemos também essa conjuntura 
diversas vezes em eras remotas, sempre guiados 
pelo Pai Seta Branca. Numa delas, há milênios atrás 
um grupo de espíritos estava encarnado na África, e 
de lá emitiam para toda terra, as luzes de um poder 
supremo, divino. Entretanto, a vaidade, o orgulho e o 
egoísmo – o triângulo invertido – tomou conta de 
tudo, nos orientando e nos determinando nas 
práticas ritualísticas, nas condutas de nossas vidas. 
Aqueles sacerdotes, gradativamente foram se 
afastando de Deus. Tudo ali tomou dimensões tão 
distantes dos propósitos iniciais que aquela rica raiz 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
41 
 
foi recolhida pela espiritualidade maior. Todas 
aquelas luzes se retiraram e as forças manipuladas 
ali já não vinham da Cabala de Ariano, das raízes do 
céu. Os grandes iniciados se afastaram e com eles o 
éon crístico também se retirou, nos deixando 
sozinhos. 
Naquela era distante, passou-se a gerar 
simplesmente o que se conhece, ou se deveria 
conhecer por correntes neutras nativas. Essas 
correntes são formadas por forças etéricas e 
telúricas de elementos rudes, sendo caracterizadas 
pela grande capacidade eletromagnética possuem. 
No templo, ou melhor, na prática mediúnica, esta 
corrente está sempre submetida ao governo de um 
comandante, que age movido pela natureza dos seus 
sentimentos. Eis o perigo. São energias disponíveis 
em seu estado natural, que pela reunião homens e 
mulheres – médiuns começam a se movimentar, 
formando um circuito de forças, uma corrente 
magnética. Então, de acordo com esse governo, de 
acordo com as intenções de quem a maneja, essa 
corrente se movimenta. Caso haja o haver Crísitco 
essa corrente é iluminada. Caso não haja, essa 
mesma corrente agirá de acordo com as intenções de 
quem a comanda, em desobediência a uma ética 
superior, agindo sempre de acordo com as intenções 
de quem a comanda. Sobre a formação dessas 
correntes, tia Neiva fala: 
 
“Magia neutra ou nativa é capaz de engrandecer o 
trabalho ou provocar o desastre, dependendo isso 
daqueles que manejam o seu magnetismo. Em si o 
magnetismo não é bom nem mau; ele apenas existe, 
dependendo sua ação do agente nativo neutro, que é 
capaz de gerar o bem ou produzir o mal. Por exemplo: 
abre-se um trabalho de magia neutra nativa, capaz de 
produzir correntes magnéticas com todos os seus 
perigos. Nele não há aperfeiçoamento da alma, além 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
42 
 
de correr o perigo do acrisolamento no baixo astral, 
dos vales negros. Porém, nada há nas leis etéricas que 
impeçam a realização desses trabalhos, que não 
passam de correntes eletromagnéticas sem a luz do 
éon.” 
Tia Neiva, 04/10/1977 
 
Em outras palavras, naquela era 
distante, transgredimos a lei, fazendo com que todo 
aquele manancial de forças ficasse atado ao nosso 
personalismo, sem uma ética que nos ditasse o 
caminho a seguir. Tanto agíamos na magia branca de 
nosso senhor, como agíamos movidos por nossas 
próprias intenções. Fazíamos assim o bem e o mal. 
Acontece, que no mundo real, onde as 
razões se distanciam e um ideal superior existe, não 
há meio termo, havendo somente uma filosofia. É 
uma lei que não admite qualquer tipo de 
transigência. 
Nasce aí o baixo mediunismo; o 
trabalho sem lei, atendendo indistintamente ao bem 
e ao mal, sem um código ético que pudesse orientar e 
disciplinar toda aquela prática e que até hoje causa 
dor e sofrimento. O cisma de Ireshim, a respeito do 
qual aqui nos reportamos e a respeito do qual nos 
ensinava tia Neiva, foi uma dura experiência que nos 
fez voltar. Vivíamos essa conjuntura e não soubemos 
nos conduzir de acordo com as leis imutáveis, e 
principalmente com a lei maior de todas: a do amor 
incondicional. Ela se torna então uma faca de dois 
gumes. O resultado foi o recolhimento da corrente, 
feita pelo Pai Seta Branca. A história dos Equitumãns, 
de certa forma, se repetia... 
 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
43 
 
 
A CISÃO TRINÁRIA 
 
“Meus filhos Jaguares, no decrescer desse 
decênio, cumpriu-se em 2010 o presságio de 
1990: início do litigioso caminho, confirmado 
pela injustificável máxima: olho por olho, dente 
por dente. [...] Salve Deus filhos, nesses 
minutos finais que antecedem à chegada de 
2011, envolvendo todos numa atmosfera de 
incertezas, em não podendo nos obstar, 
deixemos nesse injurioso cenário de luto, os 
mortos enterrarem seus mortos. Agradecidos a 
Deus, a Jesus pela transcendência que nos une 
e nos certifica a hereditariedade, Pai e filho, no 
despedimos consternados pela desnecessária 
afirmação: Jesus é amor e perdão”. 
Seta Branca, vosso pai. 
 
O homem encarnado, no contexto geral 
da palavra tem a tendência natural de conservar seus 
hábitos e costumes. Num sentido mais amplo e 
doutrinário, estaremos sempre expostos ao risco do 
passado, ou seja, teremos chances consideráveis de 
seguirmos os caminhos transcendentais 
anteriormente tomados. É a famosa indução 
transcendental, sobre a qual tantas vezes ouvimos, 
falamos e sob à qual estamos todos, sem exceção, 
sujeitos. Portanto, não é difícil supor, por menos 
conhecimento que se tenha, que corremos o risco do 
baixo mediunismo – da linha cruzada. Do feiticismo. 
Foi assim com os Equitumãns; foi assim na África – o 
cisma de Ireshim. E o caminho mais curto para isso 
está na separação, no sectarismo, no personalismo. 
Segundo Mário Sássi, o 1.º Mestre Sol 
Trino Tumuchy, há algum tempo que os trinos 
passavam por essa situação, com a separação e cisão 
trinária. Ela ocorreu onde justamente nunca poderia 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
44 
 
acontecer: no quadro hierárquico em seu nível mais 
alto, constituído na figura dele, trino Tumuchy, do 
Trino Arakém e do trino Sumanã. 
Coloque-se aí uma quarta figura: a do 
trino Ajarã, força auxiliar na coordenação dos 
templos externos e teremos os quatro homens 
responsáveis por toda assistência espiritual do Vale 
do Amanhecer. Os quatro responsáveis por toda a 
irrigação, administração e manejo dessa estrutura. 
Tumuchy, Arakem e Sumanã, como raízes do 
Amanhecer e uma quarta força de caráter auxiliar. 
Segundo seu Mário, a separação dos 
trinos começou com o abandono e demolição parcial 
da Casa Grande, ocorrida na sequência do 
desencarne de tia Neiva. Principal ponto de 
irradiação no Vale do Amanhecer, a Casa Grande 
representa todo o esteio familiar onde o Evangelho 
de Jesus pode ser exemplificado. É o coração da 
Doutrina, onde o auxílio se faz a quem por ali 
aportar. Representa e exemplifica o amor 
incondicional de nosso senhor Jesus Cristo. 
Nos tempos em que tia Neiva estava 
encarnada era assim que funcionava. E isso também 
não nos é novidade; no cristianismo nascente, os 
apóstolos da escola do caminho viviam numa grande 
hospedaria onde prestavam socorro aos chegantes, 
doentes e desesperados. Assim viveram também os 
nagôs na era dos oito. O que eram os congás, senão a 
casa dos pretos velhos funcionando como grandes 
templos a beira da estrada a servir aos viajantes e 
precisados? Essa é a exata definição da casa grande 
de Pai João e Pai Zé Pedro; é a definição da nossa 
casa grande. Desativá-la representou a desativação 
do coração do Vale do Amanhecer. Abandonou-se o 
sentimento de família, condição primordial para a 
vivência crística. 
Pontuando a desativação da casa 
grande, seu Mário segue sua narrativa nos falando 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
45 
 
sobre as reuniões trinárias, que deveriam acontecer 
regularmente e em ambiente apropriado. Segundo 
ele, estas passaram, primeiramente, a acontecer em 
lugar impróprio e depois a simplesmente não 
acontecer. Em sua narrativa, entretanto, o Tumuchy 
não menciona o que se deve entender por “ambiente 
impróprio”. Menciona sim, grande preocupação e 
contrariedade e segue afirmando que as decisões de 
toda ordem passaram a se polarizar em duasfiguras 
básicas: o trino Ajarã, e seu trabalho junto aos 
templos externos e o trino Arakem, voltado para o 
templo mãe. Frisa, porém, que todo o cuidado dos 
trinos atuantes passou a ser com a parte esotérica da 
doutrina. Explicando melhor: com seus aspectos 
físicos e funcionais. A essência filosófica – o 
Evangelho Crístico ficou relegado a um segundo 
plano. 
Todo esse processo vivido 
continuamente desde o desencarne de Koatay 108 
até meados de 1990 culminou com o afastamento do 
Tumuchy de suas atividades, fato este por todos 
acompanhado com muita tristeza e espanto. Tristeza 
por seu Mário, o irmão. Espanto pelo Tumuchy, o 
Trino. Porque ninguém, com certeza nunca imaginou 
o Vale do Amanhecer sem esses dois universos. 
Sobretudo porque pelo andar da 
carruagem, ou seja, na sequência hierárquica natural 
a ser seguida seria ele o presidente, da ordem 
quando Koatay 108 desencarnasse; o mais velho, o 
mais experiente, o pai da tribo encarnada. Sem uma 
lógica aparente, sobretudo do ponto de vista 
espiritual, logo após aquele 15/nov/85 a presidência 
passou às mãos do trino Ajarã, assumindo o 
Tumuchy função muito mais decorativa do que 
participativa. 
Não estaria aí a razão de todo o atual 
desmonte doutrinário pelo qual passamos? Teria o 
trino Ajarã essa incumbência? Teria o trino Ajarã 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
46 
 
força espiritual para essa atribuição? Ou estaria o 
mestre Gilberto Zelaya ocupando o espaço e a função 
que naturalmente pertenceriam ao trino Tumuchy, e 
por isso mesmo provocando a quebra da força 
decrescente? 
Longe de qualquer julgamento, em 
entrevista1 realizada ainda durante o velório de tia 
Neiva, no Turigano, na presença dos Trinos Arakem, 
Sumanã e Ajarã, nos idos de 1985, seu Mário fala 
sobre documentos e instruções que ele, somente 
naquela ocasião, havia tomado conhecimento. Deixa-
nos entrever que determinadas decisões somente 
naquele momento lhe eram participadas. A 
entrevista, entretanto nos parece confusa. Seu Mário 
também parece confuso; além do desencarne de tia 
Neiva, ele nos parece desamparado, surpreso, como 
alguém que foi, na última hora, surpreendido por 
grave notícia. Que documentos seriam esses? Que 
instruções seriam essas? Por que motivo o Tumuchy 
não saberia de todas as instruções deixadas por tia 
Neiva? 
Mesmo porque, todos no Amanhecer 
sabem que são três as nossas raízes: Tumuchy, 
Arakem e Sumanã. Ajarã, em toda sua força, não 
constitui uma raiz do Amanhecer. É força auxiliar, 
que se destacou na figura do mestre Gilberto a partir 
do momento em que os templos externos se 
avolumaram. Mas, num outro questionamento, e se 
não tivéssemos tantos templos externos, teria o trino 
Ajarã tanto destaque nessa estrutura? 
O que, realmente, motivou uma 
mudança neste nível no quadro hierárquico da 
doutrina? E, se um motivo maior impedisse seu 
Mário de exercer sua função, por que então o seu 
 
1
 A referida entrevista encontra-se disponível 
no seguinte endereço eletrônico: 
http://www.youtube.com/watch?v=wt2YUUMjm
80&feature=relmfu 
http://www.youtube.com/watch?v=wt2YUUMjm80&feature=relmfu
http://www.youtube.com/watch?v=wt2YUUMjm80&feature=relmfu
O CISMA DE KOATAY 108 
 
47 
 
regente não assumiu o seu lugar? Afinal, é ou não é 
essa a função do regente? Perguntas como essas 
ainda permanecem sem respostas diante do corpo 
mediúnico, bem como nos parece claro que o alto 
escalão dos Zelayas não faz questão, e, pelo 
contrário, não deseja esclarecimentos dessa ordem. 
Sobretudo, quando a proposta era a de 
manter tudo como Koatay 108 deixou. Não seria 
incoerente uma alteração tão profunda? Qual seriam 
as reais atribuições do mestre Gilberto Zelaya à 
frente dos templos externos? 
O mesmo questionamento pode-se 
fazer em relação ao trino Ypoarã – mestre Raul 
Zelaya, que atualmente é o imediato do trino Ajarã, e 
presidente do templo mãe. 
Será que não viveríamos uma espécie 
de bipolarização da Doutrina, nas figuras do mestre 
Gilberto e do mestre Raul? Será que não estaríamos 
vivendo um monopólio familiar na Doutrina? 
Seriam os filhos de tia Neiva, mestre 
Raul e mestre Gilberto, os trinos maiores, a frente de 
corpo mediúnico? Será que eles estão nas suas 
verdadeiras funções? Não teriam eles, outras 
incumbências? Por que tia Neiva não os fez trinos 
maiores, Tumuchy e Arakem, por exemplo? 
Teria, o Vale do Amanhecer, se tornado 
um ambiente de politicagem e disputa de poder? 
Estariam os parentes de tia Neiva, numa disputa por 
poder, num concurso para ver quem manda mais? 
Todos esses acontecimentos ainda permanecem em 
total obscuridade diante do corpo mediúnico. 
Na mensagem que Koatay 108 destina 
ao mestre Gilberto, ela é categórica no que diz 
respeito às funções de seu filho físico: trabalhar em 
acordo com a força decrescente, força essa que ela 
mesma nos descreve: 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
48 
 
“Em acordo com o Primeiro Mestre Sol Trino 
Tumuchy, com o Primeiro Mestre Jaguar Trino 
Arakem e com o Primeiro Mestre Sol Trino Sumanã, e 
em acordo com a regência dos mestres Adjuntos, 
GILBERTO ZELAYA, Ministro Ajarã, força decrescente, 
meu Filho Herdeiro desta Doutrina, será Coordenador 
dos Templos Externos e tem a minha LEI para 
executar qualquer CONSAGRAÇÃO nesta Doutrina.” 
 
Por que razão tia Neiva escreveria 
dessa forma “TUMUCHY – ARAKEM – SUMANA – 
MESTRES ADJUNTOS – MINISTRO AJARÔ? Por que 
razão ela mencionaria força decrescente? Em 
seguida, continua sua mensagem: 
“Mestre GILBERTO, a sua missão é caminhar paralelo, 
ombro a ombro.” 
 
Salve Deus meus irmãos. O que tia 
Neiva quer dizer com ‘caminhar paralelo, ombro a 
ombro’? Nesse ponto, não está definida a função do 
trino Ajarã? 
E por qual razão tia Neiva adverte 
dessa forma? Será que ela sabia, ou de alguma forma 
pressentia o que aconteceria com seu desencarne? 
Voltando ao Tumuchy, em sua 
narrativa, ele não nos elucida muito bem a questão; 
percorre conosco o ambiente do templo mãe naquela 
época. Descreve-nos a forma como os tronos 
estavam funcionando. Fala em “robôs místicos”, 
“fiscais” e “chefes” referindo-se diretamente aos 
doutrinadores e comandantes. Indo além, nos relata 
a forma mecanizada e excessivamente padronizada 
com que os trabalhos acontecem no templo, bem 
como referencia uma disciplina exageradamente 
rígida e quase punitiva, que inibe os aparás em suas 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
49 
 
manifestações. Não apontaria essa narrativa para um 
ataque etérico em massa? 
Num sentido mais amplo, traça um 
perfil do corpo mediúnico que tanto serviu para 
aquela época quanto para hoje. Tristeza, falta de 
vibração, moral frouxa, desarmonia, corpo 
mediúnico doente são expressões saídas de seu 
próprio punho; o abandono do Evangelho também. 
Em seguida, numa demonstração de absoluta lucidez 
e coerência, atribui toda a responsabilidade deste 
processo aos trinos, que estão desarmonizados e 
isolados, uns dos outros. 
Entretanto, até esse ponto de sua 
narrativa o leitor pode pensar que isso não seria 
motivo para depois de tantos anos de trabalho ao 
lado de Koatay 108, que ele, o Tumuchy, renunciasse 
sua missão, o seu sacerdócio, abandonando a 
Doutrina. Ou ainda, que o quadro fosse realmente 
grave, a recondução seria certa. A não ser que 
motivos maiores o impedissem de continuar na sua 
função. 
Na sequência da narrativa, tais motivos 
aparecem muito mais claros. Há registros de 
represálias, repressões e ameaças, tanto a ele, seu 
Mário, quanto ao adjunto Yuricy, ninfa sol Edelves. 
Seguindo a carta de seu Mário, havia o trabalho de 
incorporação do Pai Seta Branca, realizado no 
templo, que acontecia segundo a regência e comando 
desta ninfa. Não citando os nomes dos aparás, seu 
Mário fala que os grandes iniciados, os comandantes 
espirituais de todo o conjunto doutrinário-
ritualístico começaram ali a se manifestar, 
realizando diversas curas. 
No entanto, a conjuntura de 
desarmonia entre os trinos já havia chegado ao 
templo ejá se fazia sentida em todo Vale do 
Amanhecer. Informa também que, como prova de 
que eram eles, muitas curas foram realizadas. 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
50 
 
O trabalho foi reprimido justamente 
por outros trinos, aos quais seu Mário não identifica. 
O ritual, desta forma, não pôde mais ser realizado no 
templo, sendo transferido para a casa do adjunto 
Yuricy – ninfa Edelves - que naquelas circunstâncias 
não havia ainda cedido às pressões, mesmo já sendo 
considerada ‘fora da lei’. Aí está justamente o ponto 
principal da ameaça. Ou suspendia-se o trabalho, ou 
teria sua casa invadida. 
Quando procurado, o Tumuchy 
hospeda então a referida ninfa em sua própria casa, 
para onde também os trabalhos são transferidos. A 
ameaça agora diz respeito à suspensão do que seu 
Mário chama “privilégios do adjunto Yuricy”. Fica 
clara a intenção, por parte dos que eram contra o 
trabalho, de tirar a regência da ninfa Edelves, razão 
pela qual ela retrocede. Não há, porém, registro 
algum de nomes nesse trecho da carta. 
Sabe-se, porém, que um dos que eram 
contra o trabalho era o trino Ajarã, que instou ainda 
o Tumuchy a abandonar essas práticas, dizendo 
mesmo “não admitir” que isso acontecesse. Segundo 
todos, essa era uma prática fora da lei. 
Este é um período tenso. Seu Mário 
demonstra indignação em suas linhas. Questiona que 
lei é essa, que impedem as manifestações do Pai Seta 
Branca. Demonstra indignação por ser considerado 
fora da lei e mesmo ao leitor desatento mostra certo 
grau de revolta por ser retirado arbitrariamente de 
suas funções como Tumuchy. 
Por outro lado, por que o trino Ajarã 
era terminantemente contra a realização desse 
trabalho? Teria ele essa autoridade diante do Trino 
Tumuchy para ‘não admitir’ alguma coisa? E os 
outros Trinos? Quais eram suas posições? Não 
estariam aí, evidências de uma indisposição do Ajarã 
para com o Tumuchy? Ataques pessoais no radar, 
diante do corpo mediúnico, segundo nos referencia 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
51 
 
seu Mário, não nos indicaria uma falta absoluta de 
ética doutrinária por parte do trino Ajarã? 
Mesmo que não se dê crédito de 
imediato à narração do Trino Tumuchy, torna-se 
difícil desaboná-lo, simplesmente porque os fatos 
falam por si mesmos. É o mestre que assina 
praticamente todos os folhetos, fascículos, livros, 
manuais e publicações em geral do Vale do 
Amanhecer, sempre com o aval e sob a assinatura da 
clarividente. Foi a pessoa que mais próxima esteve 
de tia Neiva, sendo mesmo o seu porta-voz direto, o 
seu intérprete pessoal, sempre à frente de todo 
processo doutrinário-instrutivo no Vale do 
Amanhecer. 
Nesse ponto, parece claro que, sem 
espaço para continuar seu trabalho, seu Mário se 
afasta da Doutrina. Esse é um momento-chave, de 
grande importância em todo o processo de desmonte 
da magnífica estrutura deixada em funcionamento 
por Koatay 108. O desentendimento e a desarmonia 
se instalam. Quebra-se a estrutura trinária. Os trinos 
estão separados. Isso era tudo que não podia 
acontecer... Destroem-se os canais de navegação, de 
emissão e recepção de toda tribo encarnada. O 
exemplo fora dado a todos, de forma inquestionável 
pelo mais alto escalão hierárquico do Amanhecer. O 
afastamento do Tumuchy expõe a todos a situação 
dos trinos. Não haveria condições de, pelo menos 
exercerem uma tolerância técnica, de uns para com 
os outros? Haveria, entre os trinos, um quadro de 
ódio? 
Não seria, essa situação, um prato cheio 
ao mundo etérico? De fato, o foi. E ele se planta entre 
o plano físico e o mundo espiritual. A força cruzada 
se faz sentir no templo. A corrente se afasta. Caímos 
no baixo mediunismo. Então observe. A sequência é 
lógica: 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
52 
 
1. A separação dos trinos, iniciada com o 
afastamento do Tumuchy e regência do Ajarã 
destrói a força decrescente. O personalismo 
expõe as frágeis bases evangélicas, 
demonstrando que a iniciática era uma condição 
à qual os trinos não correspondiam. 
2. Os canais de emissão e recepção, que 
dependem dos trinos deixaram de existir. A tribo 
não se comunica seguramente com o plano dos 
mentores. O etérico fecha os contatos. 
3. As emissões de todos, que necessitavam dos 
canais de emissão e recepção dos trinos, 
passaram a não atingir os mundos superiores, 
ficando nas teias do etérico. 
4. Sem auxílio espiritual, os sintomas se 
espalham e aparecem no Vale do Amanhecer. 
Força cruzada, baixo mediunismo; queda da 
voltagem da corrente; perda de capacidade 
desobsessiva... 
 
 
CISMA DE KOATAY 108 
Após o rompimento 
entre os trinos os 
canais não mais 
existem. As 
emissões não 
vencem o etérico. A 
corrente se afasta. 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
53 
 
 
UM GRITO DE ALERTA 
 
“Quantas vezes, vendo uma filha missionária com 
indumentária trazida do céu, bem vestida 
fisicamente, porém, em seu íntimo despida de 
compreensão e, de qualquer esclarecimento de 
seu sacerdócio. Mesmo que ela não tenha 
aprendido, fica livre a minha consciência, pois 
não deixei de ensinar”. 
Tia Neiva, 27/04/1983 
 
Diante de tantos fatos ocorridos na 
diretoria administrativa do Vale do Amanhecer, 
voltamos ao ponto inicial deste trabalho. 
Em 27 de abril de l983, Tia Neiva nos 
escreve uma mensagem, talvez uma das últimas 
escritas de seu próprio punho. A essa carta ela 
nomeou “UM GRITO DE ALERTA”. 
Preocupada com os rumos que a 
Doutrina estava tomando por falta de evangelização, 
tia Neiva descreve um roteiro novo, uma retomada 
de posição, ou um reposicionamento completo nas 
linhas estruturais da Doutrina. 
Ela estava preocupada com a falta de 
assimilação evangélica do corpo mediúnico, pois a 
evangelização é o alicerce onde todo o conhecimento 
deve repousar. Mas havia outra preocupação, esta 
mais oculta por trás da mensagem intitulada de 83 - 
a premonição do seu desencarne que se daria no 
final de l985. 
Não que ela soubesse precisamente do 
seu desencarne. Mas certamente tinha conhecimento 
de que seu tempo estava terminando na terra e tudo, 
agora dependeria dos continuadores da terceira 
etapa do plano traçado no céu pelo Pai Seta Branca. 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
54 
 
Então tia Neiva informa ao Mestre 
Tumuchy dos perigos e riscos que estamos correndo 
por falta de uma compreensão evangélica, e pede 
que inicie um curso que foi denominado ‘Partida 
Evangélica’. Nessa carta nossa mãe fala em 
reestruturar o desenvolvimento mediúnico, bem 
como a escalada ao mestrado e o corpo de 
instrutores. Transcrevemos aqui, alguns trechos da 
referida carta: 
 
“Meu filho, só Deus, o Grande Deus nos daria 
afirmações tão claras nessa missão, neste sacerdócio. 
A missão de Koatay l08 vai brilhar por todo esse 
universo.” 
Koatay 108. Partida Evangélica, 27/04/1983 
 
Tia Neiva percebe os perigos futuros. 
Ela analisa e observa que o corpo mediúnico está 
decaindo em seu padrão vibracional. Os elementos 
de transformações, ou seja, a evangelização, não está 
ocorrendo no nível de propiciar as mudanças 
personais necessárias ao missionário e que 
possibilite o cumprimento de sua missão. 
Essa posição fica bastante clara quando 
ela se refere às ninfas missionárias: 
 
“Quantas vezes, vendo uma filha missionária com 
indumentária trazida do céu, bem vestida fisicamente, 
porém em seu íntimo, despida de compreensão e de 
qualquer esclarecimento de seu sacerdócio. Mesmo 
que ela não tenha aprendido, fica livre a minha 
consciência, pois não deixei de ensinar”. 
Koatay 108. Partida Evangélica, 27/04/1983 
 
 
Em seguida aponta, em sua fala, as falhas do 
processo, tentando corrigi-las: 
 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
55 
 
“Filho, agora eu quero a vida evangélica; vamos agora 
fazer algumas renovações e enfrentar as coisas que eu 
nunca tive oportunidade de fazer. Quero uma nova 
distribuição de mestres para o curso evangélico. 
Teremos novos instrutores para o desenvolvimento de 
médiuns a caminho das iniciações. Estes terão que 
adquirir conhecimentos evangélicos. E se tratará de 
Jesus, ou de suavida. Serão conhecimentos de 
precisão, com mestres escolhidos com muito amor. 
Quero o Jesus caminheiro, quero o Jesus nazareno, 
quero Jesus redivivo, quero Jesus de Reili e Dubali...” 
 Koatay 108. Partida Evangélica, 27/04/1983 
 
O que vem a ser Partida Evangélica? 
Por que saiu da Inspiração de uma carta intitulada, 
“Um Grito de Alerta”? Por que novos instrutores? 
Houve naquela época uma grande 
movimentação espiritual, principalmente vinda dos 
Sandays (estrelas), que se aproximaram e 
intensificaram mais as suas projeções nos mestres, 
marcando a suas posições, definindo e especificando 
o nível de suas atuações. 
Posicionando cada um de acordo com a 
missão que havia pedido antes de nascer. Esse 
ajustamento ou reposicionamento se deu pelas 
afinidades, pelo traço do perfil espiritual de cada um, 
pela natureza de suas forças, definindo suas áreas de 
atuações, cumprindo exigência evolutiva, conduta 
moral, e padrão vibratório. Seriam os últimos 
retoques preparativos para o cumprimento da 
missão de Koatay 108, que teria seu fim de 
preparação marcado a partir do seu desencarne. 
Pelas dificuldades encontradas, de 
respostas aos seus sinais; pela avaliação do grau 
evolutivo do corpo mediúnico, que se traduziu em 
pouca receptividade, devido a pouca assimilação e 
vivência evangélica dos componentes no processo 
das transformações e evolução de seus corações, nas 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
56 
 
linhas de desenvolvimento do amor, do perdão, da 
tolerância e da humildade. 
Pela falta desses elementos 
evangélicos os médiuns não conseguiam agasalhar as 
heranças transferidas do plano espiritual, dos 
Sandays, estrelas que vinham de Capela para a 
acoplagem final, a concretização efetiva e definitiva 
da sintonia vertical. Não agasalhando estas estrelas, 
colocou-se em risco todo o plano de execução, e 
metas estabelecidas pelos mentores espirituais. 
Não responderam às últimas 
preparações para que tudo ficasse no alinhamento 
perfeito, em sintonia vertical, em perfeita sintonia 
com os mentores para que eles pudessem realizar o 
grande trabalho de transmigração de energias 
planetárias para o socorro da humanidade. 
Tia Neiva fala claramente em 
reposicionamento, ou retomada de posição. Significa 
recompor, restabelecer, reorganização de todo o 
corpo mediúnico, desde o menor médium, ao maior 
hierarquicamente. Como também, rever posições 
desde o desenvolvimento mediúnico, ao último nível 
e grau de formação do mestrado e linhas evangélicas. 
Esse alerta visava um maior 
aperfeiçoamento da corrente no nível individual. Um 
convite para que compreendêssemos a necessidade 
do amor incondicional, alertando para a percepção 
que a doutrina de Jesus só poderia ser comandada 
pelo amor; o amor e a tolerância, condição única 
para evitar os riscos e perigos de interferências 
futuras na infraestrutura, ou seja, no poder 
decrescente-iniciático deixado, fundamental para a 
execução da missão do Pai Seta Branca. 
Fica claro pela data da mensagem que 
ela não teve condições de empreender o que 
desejava. O agravamento de seu estado de saúde 
trouxe muitas dificuldades e complicações, 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
57 
 
impossibilitando-a de levar à frente as renovações 
de que falava. 
Questionamentos então saltam de 
nossa mente de forma involuntária: só se renova ou 
se altera aquilo que não atende prontamente as 
necessidades e objetivos a que se propõe. Ninguém 
muda, substitui ou altera aquilo que está 
funcionando perfeitamente. Deste modo, o que a 
levou a pretender tais renovações? Estaria o 
desenvolvimento mediúnico cumprindo seu papel? 
Os programas, planejamentos e execuções estavam 
atingindo os objetivos desejados pelos nossos 
mentores? O processo instrutivo-doutrinário estava 
atingindo suas metas? Os critérios para a escalada ao 
mestrado são leis imutáveis ou são normas que 
devem estar regularmente passando pela análise dos 
instrutores e dos comandantes da Doutrina? 
Tia Neiva tinha uma visão muito clara 
do futuro, seu senso Crístico atingia também os 
mestres dirigentes que flutuavam entre a 
consciência transcendental e a personalidade 
transitória. Fatos vividos naquele tempo expunham 
as fraturas doutrinárias e morais na regência da 
Doutrina deixando-a bastante preocupada, quanto 
aos rumos que estávamos tomando. Por essa visão, 
chamou sua carta de “Um Grito de Alerta”. 
O número de médiuns da Doutrina 
estava aumentando gradativamente; o 
desenvolvimento de antes, sua estrutura, etapas e 
funcionamento, não atendia mais as necessidades 
atuais. Ele se mostrava deficitário, e o seu modelo 
obsoleto, ultrapassado. Eram precárias as instruções 
evangélicas, o que gerava graves consequências para 
o futuro do mestre em formação. 
Em outra mensagem, também de seu 
próprio punho, essa de 17 de maio de 1984, tia Neiva 
demonstra preocupação em relação à Iniciação 
Dharmo-Oxinto. Nessa mensagem fica bem clara a 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
58 
 
posição de Koatay 108, e vem somente reforçar a 
mensagem de 1983: 
 
“Na continuação do que venho advertindo, quero 
explicar a vocês... vamos falar na INICIAÇÃO 
DHARMO-OXINTO: a Iniciação Dharmo-Oxinto está 
dentro da lei de uma conduta doutrinária. É difícil 
falar sobre a Iniciação Dharmo-Oxinto, difícil por ser 
tão sublime. Uma iniciação mal conduzida, não 
sabemos a quem fará mais mal; a quem recebeu, a 
mim, Koatay 108 ou ao indivíduo que o conduziu até o 
salão iniciático.” 
TIA NEIVA, 17/05/1984. 
 
Em seguida: 
 
“Meu filho, mestre Jaguar, nosso povo está 
aumentando e sabemos pois, que tudo que temos é 
adquirido com trabalho e amor... Meus filhos, sinto 
dizer que estamos correndo riscos em nossa vida 
iniciática se não formarmos aquele velho critério que 
eu sempre digo. A Iniciação, a hora efetivamente em 
iniciar o homem, dando direito de seu trabalho na 
linha espiritual.” 
TIA NEIVA, 17/05/1984. 
 
Não seria essa uma das razões para 
determinadas mudanças? Será que a mensagem de 
tia Neiva não foi demasiadamente clara? 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
59 
 
INSTRUÇÕES DOUTRINÁRIAS 
 
 
OS INSTRUTORES 
Cada ser humano compreende a vida 
pela sua visão, pela sua perspectiva individual. Esse 
nos parece ser é um princípio não discutível. Cada 
um está num estágio evolutivo diferenciado, e, 
devido a esse fator, cada um possui uma visão 
própria das coisas e dos fatos de acordo com o seu 
entendimento pessoal. 
Com os instrutores do Amanhecer este 
processo não é diferente. Isso nos leva, fatalmente, a 
concluir que cada instrutor, em sua didática, fornece 
sua visão, seu entendimento, sua percepção e, muitas 
vezes sua interpretação sobre a Doutrina. 
Historicamente, esse tem sido um caminho perigoso, 
porque posso usar a verdade da Doutrina e adaptá-la 
às minhas conveniências, deturpando a verdade aos 
meus interesses pessoais, de tal modo, que abandono 
a verdade maior e divulgo a minha verdade, o meu 
ponto de entendimento. Então, falo de Jesus, mas não 
ensino sobre o Evangelho, porque não o vivo em 
“Filhos, agora eu quero a vida evangélica; 
vamos agora fazer algumas renovações e 
enfrentar as coisas que eu nunca tive 
oportunidade de fazer. Quero uma nova 
distribuição de mestres para um curso 
evangélico. Teremos novas instruções para 
estes mestres e irei formar novos instrutores, 
para o desenvolvimento de médiuns a 
caminho das iniciações. Estes terão que 
adquirir conhecimentos evangélicos. E se 
tratará de Jesus, ou da sua vida. Serão 
conhecimentos de precisão, com mestres 
escolhidos com muito amor. Quero Jesus o 
caminheiro, quero Jesus o Nazareno, quero 
Jesus redivivo, quero Jesus de Reili e Dubali”. 
Tia Neiva, 27/04/83 
O CISMA DE KOATAY 108 
 
60 
 
mim... Então, o que falo não tem poder fixador, de 
impregnação. São palavras vazias... 
Num outro aspecto, todo o processo de 
instrução na Doutrina do Amanhecer foi estruturado 
em aulas expositivas. A didática obedecida era a de 
monólogos explicativos. Embora louváveis, os 
esforços dos instrutores, muitas

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