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GEOPROCESSAMENTO SUMÁRIO • Geoprocessamento Mensagem do Fundador04 Apresentação da Disciplina04 07 Importância do Geoprocessamento na Arquitetura e Urbanismo Introdução ao Geoprocessamento 10 15 19 24 Conhecer Dados Geográficos Espaciais Utilização Dados Vetoriais Utilização Dados Matriciais SUMÁRIO 29 33 40 45 49 53 57 Compreensão do Uso do Geoprocessamento na Elaboração do EIV Geoprocessamento de Informações Obtidas pelo Sensoriamento Remoto Criação de Tabelas Relacionais Georreferenciamento de Dados Geoespaciais Elaboração de Cartogramas Sensoriamento Remoto, Sistemas de Informação Geográfica e Geoprocessamento Elaboração de Mapas Temáticos • Geoprocessamento 4 • Geoprocessamento MENSAGEM DO FUNDADOR O CESCAGE é uma instituição que acredita no poder transformador da educação. É muito mais do que ensinar; é abrir caminho para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Chegamos até aqui graças ao trabalho e dedicação de centenas de pessoas que oferecem o seu melhor para que o acadêmico receba uma formação completa e comprometida com o futuro. Temos orgulho de possuir mais de 3 mil alunos formados ao longo de 20 anos de existência. Temos um compromisso sério com a sociedade. Nossa razão de ser é contribuir para que todos sejam atingidos direta e indiretamente com nosso trabalho. É maravilhoso visualizar o acadêmico interagindo com a sociedade através das clinicas de odontologia ou fisioterapia; sem falar da preciosa ajuda que a sociedade tem à disposição através do Núcleo de Prática Jurídica, totalmente de graça para todos que precisarem de apoio jurídico. O CESCAGE recebe há vários anos o Selo Social Ouro, um reconhecimento da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa pelo trabalho em responsabilidade social. É um tesouro imenso que recebe a cidade, os funcionários, os alunos e toda a região dos Campos Gerais. Você tem nas mãos agora um poderoso instrumento: este material de apoio produzido pelo Núcleo de Ensino a Distância do CESCAGE. Desejamos que você possa aproveita-lo da melhor maneira, pois trouxemos o que há de melhor nas inovações gráficas e visuais para que você seja o principal privilegiado. Nós acreditamos em você.E temos a certeza de que você tem todas as condições para ser um grande profissional. Bons estudos! Prof. Tit. Pós Ph.D. Dr José Sebastião Fagundes Cunha Desembargador do TJPR Fundador do GRUPO CESCAGE. 5 • Geoprocessamento CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS Coordenador Geral Pedagógico: Prof. Titular Pós-Ph.D. Desembargador J.S. Fagundes Cunha Coordenadora Geral: Drª Érika Zanoni Fagundes Cunha Ponta Grossa, 2020 6 • Geoprocessamento APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Sejam bem-vindos à disciplina de Geoprocessamento! Esta disciplina tem por objetivo geral dar subsídio teórico para a análise e manipulação de dados geoespaciais, além de despertar a capacidade crítica, analítica e de tomada de decisão, nos diferentes níveis de atuação e estimular a reflexão sobre o uso institucional do Geoprocessamento. Ao final da disciplina vocês serão capazes de aplicar os conceitos a respeito das ciências, técnicas e tecnologias que integram o Geoprocessamento, aplicado na área de Arquitetura e Urbanismo. A disciplina de Geoprocessamento apresenta a carga horária semestral de 72h, onde 36h serão trabalhadas presencialmente e 36h em EAD. As 36h em EAD serão divididas em 12 módulos, onde serão trabalhados os conteúdos de acordo com os respectivos módulos: Modulo 1: Introdução ao Geoprocessamento. Modulo 2: Importância do Geoprocessamento da Arquitetura e Urbanismo. Modulo 3: Conhecer dados Geográficos Espaciais. Modulo 4: Utilização dados Vetoriais. Modulo 5: Utilização dados Matriciais. Modulo 6: Criação de tabelas relacionais. Modulo 7: Georreferenciamento de dados geoespaciais. Modulo 8: Elaboração de Cartogramas. Modulo 9: Compreensão do uso do Geoprocessamento na elaboração do EIV. Modulo 10: Geoprocessamento de informações obtidas pelo Sensoriamento Remoto. Modulo 11: Sensoriamento Remoto, Sistemas de Informação Geográfica e Geoprocessamento. Modulo 12: Elaboração de mapas temáticos. 7 • Geoprocessamento MÓDULO 1 Objetivo Específico Compreender a Informação Geográfica e o Geoprocessamento. O que é Empreendedorismo? Introdução ao Geoprocessamento Noções de Floricultura: Aspectos Econômicos e Sociais da Floricultura, Sistemas de Produção de Plantas Ornamentais e Principais Espécies de Plantas Ornamentais Planejamento e Exploração de Aves Introdução ao Geoprocessamento 8 • Geoprocessamento Introdução Conceitos Básicos da Ciência da Geoinformação 1.1 1.2 O termo Geoprocessamento refere- se a disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica. Esta tecnologia, denotada por Geoprocessamento, influência de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional. Num país de dimensão continental como o Brasil, com uma grande carência de informações adequadas para a tomada de decisões sobre os problemas urbanos, rurais e ambientais, o Geoprocessamento apresenta um enorme potencial, principalmente se baseado em tecnologias de custo relativamente baixo, em que o conhecimento seja adquirido localmente. Designa-se por Informação Geográfica, Informação Geoespacial, ou Geoinformação toda informação passível de espacialização próxima à Terra, ou seja, tem algum tipo de vínculo geográfico que permite sua localização. Este pode ser um ponto, um endereço, um território, entre outros (REZENDE, 2003). Os dados espaciais georreferenciados requeridos como parte das operações científicas, administrativas ou legais. Tais dados espaciais costumam estar associados a informação alfanumérica e são catalogados segundo esquemas designados metadados. Estima-se que 80% dos dados corporativos existentes em todo o mundo possuem esta componente geográfica (CENTENO, 2004). A informação geográfica ou geoespacial é criada geralmente pela manipulação de dados geográficos num sistema computorizado designado sistema de informação geográfica. Os sistemas podem incluir computadores e redes de computadores, standards e protocolos para o fluxo de dados entre várias aplicações. As aplicações típicas são inventário urbano, planejamento urbano, planejamento ambiental, inventário de recursos hídricos, localização, espacialização, representação aereal, etc (ASSAD e SANO, 1998). Geoprocessamento é um método que permite a coleta, armazenamento, recuperação, transformação e exibição de dados espaciais do mundo real para um conjunto particular de propósitos, com 9 • Geoprocessamento a capacidade de inserir e integrar numa única base de dados, informações espaciais provenientes de dados cartográficos, dados censitários, de cadastro urbano e rural, de imagens de satélite, de redes e modelos numéricos de terreno (BURROUGH, 1986). O Geoprocessamento é a informatização das informações cartográficas, ou seja, mapas, cartas topográficas e plantas – informações também chamadas de georreferenciadas, devido ao conjunto de dados referentes a geografia de uma certa região (MENEGUETTE,1994). Essas informações são coletadas e registradas para uso prático na implantação de organizações públicas ou privadas, como escolas, casas, empresas, rodovias e muitos outros empreendimentos que demandam dados para minimizar gastos e tempo de execução (MONICO, 2000). O potencial de informações que podem ser obtidas com as técnicas de Geoprocessamento tem permitido condições de extração de informações georreferenciadas de parcelas do espaço geográfico (SANTOS; QUINTANILHA; FUKUMORI, 2005). Observa-se no Brasil uma nova tendência, a do uso das Geotecnologias como ferramenta de apoio à tomada de decisões. Eduardo Sampaio Nardelli, Arquiteto e Urbanista e membro do Comitê Executivo da SIGRADI(Sociedade Ibero- Americana de Gráfica Digital), fez uma pesquisa juntamente com a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte no ano de 1992, onde detectou um problema na hora da realização das matrículas escolares, principalmente quanto as filas que se formavam em frente as Escolas/Colégios nos dias das matrículas. Com a ajuda de um Sistema de Informação Geográfica (SIG), relacionou-se no mapa da cidade, através de uma aplicação chamada processamento com polígonos, o cadastro dos alunos com as Escolas/Colégios mais próximos de suas residências, num raio de 600m de proximidade. A resposta da população foi muito positiva, pois agora os pais e familiares não precisariam passar a noite em uma fila para conseguir uma matrícula escolar. Nada impede de que um país como o Brasil utilize de sistemas como o SIG, uma questão que certamente deveria merecer uma maior reflexão por parte do atual governo em relação ao uso do Geoprocessamento, é sua aplicação na gestão urbana e planejamento urbano. Neste primeiro módulo foram apresentados alguns principais conceitos sobre Geoprocessamento e um exemplo de aplicação. No Módulo II, veremos a importância do Geoprocessamento para a Arquitetura e Urbanismo, serão discutidos outros conceitos importantes e apresentados exemplos do uso do Geoprocessamento na Arquitetura. 10 • Geoprocessamento Empreendedor,Empresário, Administrador, Empreendimento e Empresa MÓDULO 2 Objetivo Específico Entender a importância das análises geoespaciais nos projetos relacionados a Arquitetura e Urbanismo. Softwere para o Geoprocessamento Noções de Floricultura: Ambiente Protegido, Formas de Propagação e Adubação das Plantas Ornamenitais Produção de Bezerras Importância do Geoprocessamento na Arquitetura e Urbanismo 11 • Geoprocessamento Introdução Geoprocessamento em Arquitetura e Urbanismo 2.1 2.2 Geoprocessamento são sistemas que estabelecem uma interface entre dados gráficos e alfanuméricos. Aplicado à Arquitetura e Urbanismo os dados cadastrais migram do CAD (edifícios, lotes- quadras) para o Sistema de Informações Geográficas (SIG), onde se convertem em dados numéricos e gráficos (área de projeção do edifício, área total construída e área dos lotes e quadras). A partir daí os dados podem ser correlacionados com outras informações necessárias como número de pavimentos, utilização, população, economias e renda, permitindo que se analise a distribuição espacial (mapas temáticos) de informações como densidade, economias, habitantes por m², renda, índice de aproveitamento, taxa de ocupação, zoneamentos. O rápido acesso a este tipo de informação, bem como de sua expressão espacial, torna este sistema um instrumento indispensável ao planejamento e monitoramento das questões urbanas como tráfego e transportes, equipamentos urbanos, acessibilidade e uso do solo entre outros, e que referem, fundamentalmente à qualidade de vida dos centros urbanos. Diversas informações necessárias a um pleno conhecimento do território são espacialmente distribuídas. Sem um amplo conhecimento destas é extremamente difícil para a administração pública realizar um adequado planejamento. Nesse contexto, o uso do Geoprocessamento tem se apresentado bastante eficaz para possibilitar aos gestores uma visão mais completa sobre os municípios e auxiliando nas tomadas de decisões. O Brasil tem mais de 5 mil municípios, de diversas extensões territoriais. Administrá-los é uma tarefa complexa, pois se deve suprir ao máximo às necessidades da população, seja em educação, seja em saúde, seja em transporte, etc. Para KOHLSDORF (1985), o Planejamento Urbano possui dois fatores cruciais no modo de pensar e agir sobre a cidade. O primeiro é assumir a cidade como um processo contínuo. O planejamento, dentro dessa concepção, é entendido como um processo-subsídio a tomadas de decisões que têm a função de transformar a cidade de acordo com objetivos pré-estabelecidos. O segundo é a entrada em cena de contribuições vindas de outras disciplinas, tais como a Arquitetura e Urbanismo, Sociologia, a Geografia e a Economia, etc. 12 • Geoprocessamento Assim o Planejamento Urbano assumiu característica multidisciplinar ao longo do tempo. O planejamento da intervenção estatal nas aglomerações urbanas através de órgãos de governo locais é chamado Planejamento Urbano. As principais áreas de atuação do Estado nessas aglomerações urbanas são a provisão de infra-estrutura e a regulação do uso do espaço, visando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à injustiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, conforme o Estatuto da Cidade (MARCONDES, 1999). O Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257, em 10 de julho de 2001) é a lei que regulamenta a política urbana nacional, expressa nos artigos 182 e 183 da Constituição Federal. Ele é fruto de 12 anos de discussões e seu principal objetivo é garantir o direito de todos à cidade, ou seja, às riquezas naturais, aos serviços, à infraestrutura e à qualidade de vida (ESTATUTO DA CIDADE,2004). O estatuto descreve uma série de instrumentos para corrigir distorções do crescimento urbano, sendo o mais importante deles o Plano Diretor Urbano (PDU), que é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana, sendo obrigatório para municípios com mais de vinte mil habitantes, integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, com áreas de especial interesse turístico ou com significativo impacto ambiental ou em áreas nas quais o poder público pretenda realizar parcelamento ou edificação compulsórios, impor imposto sobre propriedade predial e territorial urbano progressivo no tempo ou realizar desapropriação (ESTATUTO DA CIDADE,2004). No site da Prefeitura Municipal de Ponta Grosa, é possível encontrar informações pertinentes sobre o Plano Diretor Urbano (PDU), que é um dos principais instrumentos de implementação das políticas urbanas no âmbito municipal, sendo lei aprovada pela Câmara dos Vereadores. Ele tem por finalidade organizar o crescimento e o funcionamento da cidade e garantir a qualidade de vida. Para tal define áreas de proteção ambiental e de patrimônio histórico, delimita as regiões e os critérios para instalação de atividades econômicas ou grandes obras e ainda ordena o trânsito e a expansão da área edificada (PIETRO, 2010). Espera-se da administração pública que garanta direitos básicos e qualidade de vida à população. Pontes, estradas pavimentadas, escolas, hospitais, serviços de transporte coletivo, coleta de lixo, tratamento e distribuição de água, entre outros, são realizações esperadas de qualquer prefeitura. O comum entre essas informações é que todas estão geograficamente distribuídas pelo território. Ter profundo conhecimento deste é vital para que se atinjam as metas de cada governo. Nesse contexto, o uso do Geoprocessamento tem se apresentado bastante eficaz para possibilitar aos gestores uma visão mais completa sobre os municípios e auxiliando nas tomadas de decisões, como representado na Figura 1 a seguir (CAVENAGHI e LIMA, 2006). 13 • Geoprocessamento Figura 01: Uso de Geoprocessamento na administração municipal Fonte: CAVENAGHI e LIMA, 2006. O Geoprocessamento, popularizado com o Google Earth, os automóveis e celulares com receptores GNSS (Global Navigation Satelite System) e as imagens de satélite, consiste em uma tecnologia que vem sendo largamente utilizada no apoio às decisões em Políticas Públicas (ASSAD e SANO, 1998). Cada setor de uma prefeitura, auxiliado por técnicas de Geoprocessamento, consegue melhor planejar suas tarefas e também melhor atender aos usuários internos e externos. Setores de cadastro têm facilidade em gerir os registros imobiliários e também em passar as informações aos cidadãos através de mapas e memoriais descritivos que podem ser rapidamente visualizados via SIG.Serviços de distribuição de água, luz e gás podem ter um melhor planejamento de manutenção e mais facilidade de acesso em reparos. Cidadãos podem via mapas interativos na Internet verificar rotas das linhas de ônibus, horários de coleta seletiva de lixo em determinados pontos da cidade ou mesmo procurar uma escola ou posto de saúde mais próximo de sua casa (MENEGUETTE, 1994). As possibilidades de aplicações do Geoprocessamento por um arquiteto e urbanista, referem-se ao mapeamento do uso do solo urbano em classes detalhadas; à estimativa populacional por bairro, através da contagem de unidades residenciais; identificação, mapeamento, análise de loteamentos clandestinos e a elaboração de propostas preliminares de regularização urbanística desses loteamentos; mapeamento da segregação residencial; estimativa de áreas impermeabilizadas; mapeamento dos vazios urbanos; discriminação de densidades construtivas, entre outras. A possibilidade de acesso aos dados geográficos pela população consolida o Geoprocessamento enquanto instrumento útil ao processo de argumentação coletiva que caracteriza o planejamento participativo. A visualização mais incisiva 14 • Geoprocessamento da realidade sócio espacial de cada região permite a identificação dos anseios imediatos da população, o que facilita o diálogo entre os diferentes atores urbanos (MONICO, 2000). Em diversos locais do Brasil e do mundo o Geoprocessamento tem se mostrado útil em atividades que visam fins de construção e de melhoria. O otimismo dos especialistas reflete um real avanço nas pesquisas e nas aplicações. A melhor utilização do dinheiro público, o equilíbrio orçamentário dos municípios, uma política tributária mais adequada, identificação e resposta mais rápidas dos problemas da população e o aumento da participação destes nas políticas públicas são metas passíveis de serem atingidas com mais facilidade ao se lançar mão dessas novas tecnologias. 15 • Geoprocessamento Perfil Empreendedor MÓDULO 3 Objetivo Específico Conhecer os dados geográficos espaciais e sua importância. Sistema de Informação Geográfica - SIG Noções de Floricultura: Substrato e Conservação Pós Colheita de Plantas Ornamentais Recria de NovilhasConhecer DadosGeográficos Espaciais 16 • Geoprocessamento Introdução Dados Geográficos Espaciais 3.1 3.2 O que são dados geográficos? Esta pergunta é respondida ao entendermos que o que diferencia os chamados dados geográficos dos demais é sua componente espacial. Por isso eles também são chamados de dados espaciais. Quando falamos em “componente espacial” queremos dizer que estes dados buscam ser representações da superfície terrestre e estão relacionados com seu posicionamento, ou localização no espaço geográfico, em outras palavras, podem ser posicionados em determinada região geográfica, tendo por base suas coordenadas. Assim, de acordo com essas informações, torna-se possível a análise do espaço geográfico. Muitas vezes os termos dado e informação são utilizados indiscriminadamente com o mesmo sentido, porém eles possuem significado bem distinto. O Dado pode ser descrito como como um conjunto de diferentes observações que são coletadas e armazenadas. Já a informação é um dado que é útil para responder questionamentos ou para solucionar um problema. Por exemplo, a digitalização de vários mapas vai gerar um grande volume de dados após horas de trabalho pesado, porém esses dados só serão transformados em informação útil após a execução de algumas análises (ASSAD, 1998). Os dados geográficos são organizados digitalmente em um banco de dados geográfico. Esse banco de dados pode ser considerado como uma coleção de dados referenciados espacialmente que se comporta como um modelo da realidade. O banco de dados espacial possui dois componentes fundamentais: Posicionamento Geográfico e seus respectivos atributos e propriedades. Resumindo, a resposta para duas perguntas: Aonde está? O que é? (MENEGUETE, 1994). O posicionamento geográfico está ligado ao fato de que todas as propriedades físicas possuem uma localização que devem ser especificadas de uma única forma. Para se especificar um posicionamento de forma absoluta deve ser utilizado um sistema de coordenadas. Para áreas pequenas pode ser utilizado um sistema de coordenadas simples, como um plano cartesiano com algum ponto de referência de base. Porém para áreas maiores é necessária a utilização de projeções cartográficas oficiais e validadas. 17 • Geoprocessamento Conforme ilustra a Figura 1, os dados geoespaciais (dados geográficos) são agrupados em duas grandes classes ou modelos de representação, a saber: vetorial e raster, este último também chamado de dados matriciais ou de raster. Estas “classes de representação” se referem a forma na qual os dados espaciais são armazenados (vetores ou matrizes). Figura 1: Dados geográficos espaciais Fonte: GOMES, 2018. DADOS GEOGRÁFICOS VETORES MATRIZES Dados espaciais armazenados no modelo vetorial tem a localização e os atributos gráficos de cada objeto representadas por pelo menos um par de coordenadas (CÂMARA; JUNIOR; MONTEIRO, 2010). Nesta classe as entidades podem ser apresentadas na forma de pontos ou linhas (arcos e demais elementos lineares) ou polígonos (áreas). Conforme a Figura 2 a seguir. Figura 2: Modelo de dado geoespacial vetorial Fonte: MENEGUETE, 1994. 18 • Geoprocessamento Pontos são utilizados para representar, por exemplo, base de coordenadas de localização, ocorrências de doenças, eventos naturais, etc. Linhas tem aplicação na representação de redes de esgoto, traçado de rios, estradas e semelhantes. Polígonos podem representar desde lotes de uma quadra até continentes. Com respeito aos polígonos é digno de nota observar que estes dividem o plano em duas regiões: o interior, que em geral inclui a fronteira do polígono fechado e o exterior. Na classe matricial a representação é feita através de uma matriz composta de um certo número de colunas e linhas, onde cada célula tem um valor correspondente ao atributo analisado e pode ser localizada pelo cruzamento entre as linhas e colunas (CÂMARA; JUNIOR; MONTEIRO, 2010). A Figura 3 abaixo ilustra a representação matriz/raster em duas diferentes resoluções espaciais. Note que as células da imagem da esquerda são maiores que as da imagem da direita, o que significa que a segunda tem melhor resolução espacial. Figura 3: Modelo de dado geoespacial matricial Fonte: MONICO, 2000. Qualquer descrição da realidade é sempre uma abstração, sempre parcial e sempre uma das muitas interpretações que podem ser feitas; isto é chamado de modelagem do mundo real e não é uma exata representação, algumas características são aproximadas, outras simplificadas e algumas são ignoradas (ASSAD, 1998). Portanto, qual o melhor: dados vetoriais ou matriciais? A melhor resposta para esta pergunta é, com certeza, resumida em uma única palavra: Depende! A opção pelo uso do modelo vetorial ou matricial dependerá de diversos fatores, pois ambos apresentam vantagens e desvantagens na sua utilização. Por exemplo, a classe matriz representa melhor fenômenos com variação contínua no espaço. Já o armazenamento na forma de vetores (por coordenadas) é mais preciso. 19 • Geoprocessamento Sucesso e Insucesso no processo Empreendedor de Negócios MÓDULO 4 Objetivo Específico Compreender a utilização dos dados vetoriais Arquitetura de um SIGNoções de Floricultura: Doenças e Pragas de Plantas OrnamentaisReprodução Utilização Dados Vetoriais 20 • Geoprocessamento Introdução Modelagem do Dado Vetorial 4.1 4.2 Os dados espaciais, em SIG (Sistemas de Informação Geográfica), têm formatos primários (arranjo de dados para armazenamento ou apresentação): vector e/ou vetorial. Por definição, vetores são elementos de dados que permitem descrever posição e direção. Em SIG, um vetoré a representação gráfica de feições como mapa, sem o efeito de generalização de uma grade matricial. As linhas são analógicas, isto é, não são quebradas em células ou em fragmentos, mas são contínuas do seu início ao seu final. Portanto, a forma representada é mais acurada, como um mapa real. Geralmente um tema é composto de várias feições do mesmo tipo (pontos, linhas ou polígonos. Cada feição possui atributos que são visualizados em uma tabela associada. Cada ponto, linha ou polígono de um tema, tem um registro na tabela, mesmo que esse valor seja nulo. Feições representadas de acordo com o modelo de dados vetorial são representadas por ponto, linha e polígono. Como esperado, o ponto é representado com um símbolo (um X neste caso), e a linha e o polígono aparecem como representações gráficas simples (ASSAD, 1998). As feições vetoriais são definidas primariamente pela sua forma, mais especificamente pela linha de contorno de sua forma. Em SIG, o sistema vetorial é uma estrutura de dados baseada em coordenadas, isso significa que cada ponto é localizado por suas coordenadas (X, Y) (ASSAD, 1998). Pontos de forma são os extremos e as dobras que definem o contorno da feição. No início e no final de cada feição de linha ou polígono há um nó. A cada dobra (mudança de direção) há um vértice. Os nós são pontos extremos e os vértices são pontos intermediários, para definir a forma (MONICO, 2000). Feições pontuais são nós isolados. Uma forma é registrada por meio das coordenadas de seus pontos de forma. As cadeias interligam pontos de forma para representar o contorno da feição. As cadeias são vetores (daí o termo sistema vetorial), ou caminhos de estruturas de dados que não são parte dos elementos de dados armazenados; as cadeias não são linhas reais, mesmo que apareçam no monitor, mas definem e apresentam a conexão entre pontos de forma (também são chamadas arcos, limites ou ligações) (MENEGUETTE, 1994). 21 • Geoprocessamento Os arquivos de dados de sistema vetorial armazenam somente as coordenadas de cada nó e de cada vértice; o hardware representa graficamente as cadeias de conexão. Em um monitor de visualização, somente as cadeias são vistas, como a definição da feição. Os nós e os vértices são os elementos que são realmente armazenados, ao passo que as cadeias são um componente virtual (existem em efeito, mas não em forma real) (CAMARA, et. al., 2018). A apresentação visual é produzida por conveniência ou necessidade humana, mas não é necessária para o computador. Este é um formato de armazenamento de dados eficiente. Os nós e os vértices podem ser inspecionados a partir de condições de visualização especiais para edição (MONICO, 2000). As estruturas de dados vetoriais também são conhecidas como modelo arco-nó por usar cadeias (arcos) e pontos extremos (nós). Uma feição linear reta é uma cadeia única (dois nós conectados por uma cadeia), enquanto que uma linha complexa em diversas cadeias que determinam segmentos individuais. Os polígonos consistem em três ou mais cadeias que envolvem uma região. Polígonos conectados normalmente compartilham diversos nós (MENEGUETTE, 1994). A utilização dos dados vetoriais é regida pelas feições que necessitam ser representadas, por exemplo, quanto aos tipos de dados vetoriais (ASSAD, 1998). Os pontos são representados por um único vértice, ou seja, por apenas um par de coordenadas, definindo a localização de objetos que não apresentam área nem comprimento. Por exemplo, os poços da imagem 1, são denotados por pontos na versão vetorial. Figura 1: Exemplo de utilização do dado vetorial na feição ponto. 22 • Geoprocessamento As linhas são representadas por no mínimo dois vértices conectados que expressam elementos que possuem comprimento ou extensão linear. Por exemplo, na Figura 2, o rio preserva suas curvas e as regiões de floresta tem forma realística. A única limitação é a espessura das linhas usadas para representar a feições. FIGURA 2: Exemplo de utilização do dado vetorial na feição linha Fonte: GOMES, 2018. Polígonos são representados por no mínimo três vértices conectados, sendo que o primeiro vértice possui coordenadas idênticas ao do último gerando polígonos fechados que definem elementos geográficos com área e perímetro. Por exemplo, na Figura 3, estão delimitados os polígonos que classificam os diferentes usos do solo. 23 • Geoprocessamento FIGURA 3: Exemplo de utilização do dado vetorial na feição polígono Fonte: ENGGROW, 2018 A representação vetorial é a mais adequada para identificar objetos, individualizáveis no terreno, onde se requer precisão. A representação varredura por sua vez é mais adequada para fenômenos e grandezas que variam continuamente no espaço, como veremos no próximo módulo. 24 • Geoprocessamento Identificando Ideias e Oportunidades de Negócios: Visão Empreendedora e Criatividade MÓDULO 5 Objetivo Específico Compreender a utilização dos dados matriciais Modelagem de um SIGPaisagismo: Importância, Histórico, Conceitos e DefiniçõesVacas em Lactação Utilização Dados Matriciais 25 • Geoprocessamento Introdução Modelagem do Dado Matricial 5.1 5.2 Quando falamos em “componente espacial” queremos dizer que estes dados buscam ser representações da superfície terrestre e estão relacionados com seu posicionamento, ou localização no espaço geográfico, em outras palavras, podem ser posicionados em determinada região geográfica, tendo por base suas coordenadas. Assim, de acordo com essas informações, torna-se possível a análise do espaço geográfico. Na classe matricial a representação é feita através de uma matriz composta de um certo número de colunas e linhas, onde cada célula tem um valor correspondente ao atributo analisado e pode ser localizada pelo cruzamento entre as linhas e colunas. No formato matricial, a cena tem uma estrutura de células de grade. A cada célula da grade uma identidade de feição única é atribuída, normalmente um número. A célula é a unidade mínima de mapeamento, o que significa que é o menor tamanho com que qualquer feição da paisagem pode ser representada e mostrada. Todas as feições na área de uma célula são reduzidas a uma simples identificação de célula. Isso significa que todo o objeto presente na região coberta por uma célula é acumulado e combinado em uma única identificação, isso é uma generalização da paisagem e de suas feições. Por exemplo, se uma célula cobre uma região de 100x100m, toda informação da terra interna é codificada com um único valor (embora seja possível usar um código que denote duas ou mais feições específicas) (MONICO, 2000). Pelo fato de que o valor ou código de uma célula representar todas as feições dentro de uma grade, este não mantém corretos o tamanho, a forma ou a localização, para feições individuais (ASSAD, 1998). O rio, por exemplo, de fato é mais estreito do que uma célula, mas somente uma célula inteira pode ser codificada como rio, assim, o rio aparece mais largo do que realmente é. Também se deve notar, a mudança na forma do rio, que se torna mais geométrica do que sinuosa (curva) devido a sua representação por células quadradas. Outras feições são generalizadas (Figura 1). 26 • Geoprocessamento Figura 1: Estrutura de dados matriciais, representação de um rio disposto em linhas e colunas formadas por pixels. Mesmo nos casos em que “nada” exista (não haja dados), a célula deve ser codificada. A maioria dos temas em SIG apresenta apenas as feições que são necessárias em uma região; apresentar tudo o que pertence a uma paisagem poderia ser uma confusão (MONICO, 2000). Por exemplo, há apenas três poços na região da Figura 2, e no formato matricial aparecem três células codificadas como 1. No entanto, o resto da região deve ser codificada como 0, para indicar que não há dados, ou não há poços. Figura 2: Estrutura de dados matriciais.27 • Geoprocessamento Em geral, um mapa SIG usa vários milhares de células (muitas para serem vistas individualmente sem ampliação), para tornar as feições reconhecíveis. Para alguns projetos, a generalização espacial não é importante, mas outras demandam por acurácia em forma e em localização (ASSAD, 1998). Uma imagem digital pode ser definida por uma função bidimensional, da intensidade de luz refletida ou emitida por uma cena, na forma I (x,y); onde os valores de I representam, a cada coordenada espacial (x,y), a intensidade da imagem nesse ponto. Essa intensidade é representada por um valor inteiro, não-negativo e finito (CAMARA et al., 2018). A cada ponto imageado pelos sensores, corresponde a uma área mínima denominada "pixel" (picture cell), que deve estar geograficamente identificado, e para o qual são registrados valores digitais relacionados a intensidade de energia refletida em faixas (bandas) bem definidas do espectro eletromagnético (MENEGUETTE, 1994). O conjunto de pixeis (matriz) pode formar imagens multiespectrais, as quais são coloridas, ou pancromáticas, preta e branca (Figura 3 A e B). As principais características das imagens são: resolução espacial, mede a menor separação angular ou linear entre dois objetos (MENEGUETTE, 1994). Por exemplo, uma resolução de 20 metros implica que objetos distanciados entre si a menos que 20 metros, em geral não serão discriminados pelo sistema; resolução espectral: é uma medida da largura das faixas espectrais do sistema sensor. Por exemplo, um sensor que opera na faixa de 0.4 a 0.45 m tem uma resolução espectral menor do que o sensor que opera na faixa de 0.4 a 0.5 um; resolução radiométrica: está associada à sensibilidade do sistema sensor em distinguir dois níveis de intensidade do sinal de retorno. Por exemplo, uma resolução de 10 bits (1024 níveis digitais) é melhor que uma de 8 bits. Figura 3 - A: Imagem Multiespectral Figura 3 - B: Imagem Panorâmica 28 • Geoprocessamento Qual o Melhor: Dados Vetoriais ou Matriciais? 5.3 A melhor resposta para esta pergunta é, com certeza, resumida em uma única palavra: Depende! A opção pelo uso do modelo vetorial ou matricial dependerá de diversos fatores, pois ambos apresentam vantagens e desvantagens na sua utilização. Por exemplo, a classe matricial representa melhor fenômenos com variação contínua no espaço. Já o armazenamento na forma de vetores (por coordenadas) é mais preciso. 29 • Geoprocessamento Vantagens e Riscos de Empreender MÓDULO 6 Objetivo Específico Entender a elaboração e o uso dos bancos de dados relacionais em Geotecnologias. Sistema de Posicionamento Global - GPSParques Boas Práticas de Manejo na Ordenha Criação de Tabelas Relacionais 30 • Geoprocessamento Introdução Conceitos Básicos em Banco de Dados Espaciais 6.1 6.2 Os SIG (Sistemas de Informação Geográfica) precisam armazenar grandes quantidades de dados e torná-los disponíveis para operações de consulta e análise. Os Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados (SBGD) são ferramentas fundamentais para os SIG, embora muitos ainda utilizem sistemas de arquivos para fazer o gerenciamento dos dados. Isto dificulta por exemplo, o intercâmbio de dados e ainda obriga os usuários a conhecerem as estruturas de armazenamento de dados. Um Banco de Dados Geográfico é uma coleção de dados referenciados espacialmente, que funciona como um modelo da realidade. Um banco de dados é um modelo da realidade por representar um conjunto selecionado de fenômenos da realidade, que podem estar associados a diferentes períodos de tempo (passado, presente ou futuro). Modelagem de dados geográficos é o processo de discretização que converte uma realidade geográfica complexa em um conjunto finito de registros ou objetos de um banco de dados. Elementos da realidade modelados em um banco de dados geográfico têm duas identidades: o elemento na realidade, denominado entidade e o elemento representado no banco de dados, denominado objeto. Uma terceira identidade usada em aplicações cartográficas é o símbolo usado para representar entidades/objetos como uma feição no mapa. A entidade, é um fenômeno de interesse na realidade que não pode ser subdividido em fenômenos do mesmo tipo. Por exemplo, uma floresta pode ser dividida em florestas menores, enquanto que uma cidade se for dividida, suas partes não serão cidades e sim bairros ou distritos. O objeto, é a representação digital de uma (ou parte de uma) entidade. A representação digital varia de acordo com a escala utilizada (ex.: um aeroporto pode ser representado por um ponto ou uma área, dependendo da escala em uso). O atributo descreve características das entidades, normalmente de forma não- espacial. Exemplos são o nome da cidade, diâmetro de um duto, etc. 31 • Geoprocessamento Por fim, Camada (layer), os objetos espaciais em um BD Geográfico podem ser agrupados e dispostos (apresentados) em camadas (ou temas). Normalmente, uma camada contém um único tipo de entidade ou um grupo de entidades conceitualmente relacionadas (ex.: uma camada pode representar somente as rodovias de uma região, ou pode representar também as ferrovias) (ASSAD, 1998). Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados 6.3 Os modelos de dados existentes para SIG estão relacionados com as diferentes formas de percepção da realidade que podem ser empregadas. Para Goodchild (1990), estes modelos de dados podem ser divididos segundo duas visões: visão de campo e visão de objetos. Quando a realidade observada possui uma distribuição contínua no espaço, como por exemplo temperatura ou relevo, os objetos do banco de dados são, na verdade, criações do processo de modelagem e são representados usando-se o modelo de campos. Por outro lado, muitas entidades existem independentemente de qualquer processo de modelagem, como por exemplo, uma rua, que possui dimensões bem definidas. Além disso, algumas vezes é necessário representar situações onde mais de um objeto compartilha uma mesma posição geográfica (ex. um cruzamento de avenidas), o que não é possível no modelo de campo (CAMARA, et. al., 2005). O modelo de objetos permite a representação destes tipos de dados, conforme: a) Amostragem Irregular de Pontos - o banco de dados contém um conjunto de tuplas (linhas, x,y,z) representando valores coletados em um conjunto finito de localizações irregularmente espaçadas. b) Contornos - o banco de dados contém um conjunto de linhas, cada uma com um valor z associado. (Ex.: curvas de nível) c) Polígonos - a área é particionada em um conjunto de polígonos, onde cada localização pertence a exatamente um único polígono. Cada polígono tem um valor que é único em todas as posições dentro do polígono. Os limites dos polígonos são descritos por pares ordenados de coordenadas x e y. d) Amostragem Regular de Pontos - como no item a, porém com pontos distribuídos regularmente. (ex.: Modelo de elevação de terreno) e) Grade de Células - a área é particionada em uma grade regular de células, onde o valor da cada célula corresponde ao valor da variável para todas as posições dentro da célula. (ex.: imagens de satélites) 32 • Geoprocessamento f) Rede Triangular Irregular - a área é particionada em triângulos irregulares. O valor da variável é definido em cada vértice do triângulo e varia linearmente sobre o triângulo. (ex.: TIN - rede irregular triangularizada) Cada um desses modelos pode ser representado em um banco de dados como um conjunto de pontos, linhas, áreas ou células. Normalmente, os modelos d e e são mapeados no modelo matricial, enquanto os demais são mapeados no modelo vetorial (GOODCHILD,1991). No Modelo de Objetos, os objetos são representados como pontos, linhas ou áreas. Dois objetos podem estar localizados na mesma posição geográfica, ou seja, podem possuir coordenadas idênticas. Muitas implementações não fazem distinção no bancode dados, entre modelos de objetos e de campos. Por exemplo, um conjunto de linhas pode representar contornos (modelo de campos) ou estradas (modelo de objetos), embora as implicações das interseções sejam muito diferentes nos dois casos. O modelo de objetos é mais adequado para aplicações sócio- econômicas, que tratam com entidades criadas pelo homem (ex. rede de transporte, monumentos, escolas, etc), enquanto que os modelos de campo são mais adequados para aplicações ambientais. Banco de dados cartográficos são usados em muitos pacotes para confecção de mapas, onde as operações de análise são menos importantes do que rotinas que auxiliam no posicionamento de rótulos, bibliotecas de símbolos cartográficos, etc. Um banco de dados cartográfico pode ser convertido em um banco de dados topológico através do cálculo e identificação dos relacionamentos entre objetos. Este processo é conhecido como Construir Topologia (Building Topology) (LAURINI, 1992). A maioria dos SIG utilizam os Modelos de Dados Topológicos, os quais usam estruturas de dados que possibilitam o armazenamento de alguns tipos de relacionamentos, sendo que a ênfase principal é dada nos relacionamentos de conectividade entre linhas de uma rede (contendo arestas interligadas por nós) e nos relacionamentos de vizinhança entre áreas (representadas por polígonos) adjacentes. Outros tipos de relacionamentos entre objetos espaciais, como por exemplo, se uma linha "cruza" uma área ou se um ponto está "dentro" de uma área, são calculados a partir das coordenadas desses objetos (MENEGUETTE, 1994). Conclui-se, portanto, que um banco de dados relacional é uma coleção de dados com relacionamentos predefinidos entre si. Esses itens são organizados como um conjunto de tabelas com colunas e linhas. As tabelas são usadas para reter informações sobre os objetos a serem representados no banco de dados. Cada coluna da tabela retém um determinado tipo de dado e um campo armazena o valor em si de um atributo. As linhas na tabela representam uma coleção de valores relacionados de um objeto ou uma entidade. Cada linha em uma tabela pode ser marcada com um único identificador chamado de chave principal. Já as linhas entre as várias tabelas podem ser associadas usando chaves estrangeiras. Esses dados podem ser acessados de várias formas diferentes, sem reorganizar as tabelas do banco de dados eles mesmos (MONICO, 2000). 33 • Geoprocessamento Como Iniciar um Empreendimento? MÓDULO 7 Objetivo Específico Aprender a georreferenciar um dado geográfico usado em Geoprocessamento. Classificação de Receptores GPSJardins Suínos - Cuidados com Leitões Recém-nascidos Georreferenciamento de Dados Geoespaciais 34 • Geoprocessamento Introdução Como Georreferenciar um Dado Espacial - Modelo Matricial 7.1 7.2 Com o amplo uso do software de Sistema de Informação Geográfica (SIG) para a tomada de decisão e análise da informação geográfica, uma etapa de extrema importância é o processo de georreferenciamento, o qual implica na qualidade da análise e na qualidade cartográfica (ASSAD, 1998). Este processo é de extrema importância no tratamento da informação geográfica, pois está relacionado diretamente com a compreensão do “arquivo digital” e da qualidade cartográfica desejada, respectivamente (CÂMARA et al., 2005). Entretanto, com os avanços tecno científicos a execução deste processamento tornou-se rotineiras e, muitas vezes, realizada de modo mecânico; o que pode conduzir a desatenção dos profissionais que produzem e publicam documentos cartográficos (MENEGUETTE, 1994). Por isto, considera-se imprudente aceitar o resultado do georreferenciamento de modo acrítico (MONICO, 2000). Faça download de uma Carta Topográfica, por exemplo, “SF-22-Y-B- III-1.jpg”, indicando o caminho onde deseja organizar seus dados. De volta ao QGIS clique em Raster > Georreferenciador > Georreferenciador. FIGURA 1: Iniciando o Georreferenciamento 35 • Geoprocessamento Uma tela auxiliar é exibida na qual você deve clicar em Arquivo > Abrir raster. Indique o caminho onde você salvou o arquivo JPG adquirido no site do IBGE. Em seguida uma nova caixa de diálogo será mostrada na qual é possível definir o Sistema de Coordenadas de Referência da Camada. Note que há uma mensagem de alerta: “Esta camada não parece ter alguma projeção especificada, esta camada terá sua projeção especificada como sendo igual à do Projeto, mas você pode mudar isso selecionando uma projeção diferente abaixo”. No caso da carta topográfica que foi escolhida para este tutorial não há necessidade de fazer alterações, portanto clique em OK. Imediatamente a carta topográfica é exibida na tela auxiliar. FIGURA 2: Ajustando o sistema de coordenadas de referência Para o georreferenciamento serão necessários pelo menos 5 Pontos de Controle (GCP), bem localizados e bem distribuídos por toda a carta topográfica, por exemplo, pontos próximos aos 4 cantos e um ponto no centro. Aplique zoom no canto inferior esquerdo da carta topográfica e em seguida clique em Editar > Adicionar Ponto. 36 • Geoprocessamento FIGURA 3: Adicionando pontos de controle O primeiro ponto que será adotado para o georreferenciamento está na interseção das linhas do quadriculado UTM, sendo que a coordenada X consta como 450 km e a coordenada Y consta como 7540 km N, ou seja, 450000 m e 7540000 m, respectivamente. Sendo assim, mova o cursor até o ponto desejado e clique com o botão esquerdo do mouse. Uma caixa de diálogo é mostrada onde as coordenadas devem ser digitadas. Em seguida clique em OK e note que abaixo da imagem é mostrada uma tabela com a primeira linha preenchida. FIGURA 4: Adicionando pontos de controle no mapa 37 • Geoprocessamento Mova a imagem na tela até mostrar o canto inferior direito da carta topográfica, depois clique em Adicionar > Ponto. Clique sobre o segundo ponto do procedimento, que corresponde àquele localizado na interseção do quadriculado UTM no qual as coordenadas são 474 km E e 7540 km N, ou seja, 474000 m e 7540000m, respectivamente. Digite as coordenadas e clique em “OK”. Observe que a segunda linha da tabela será preenchida com os dados associados ao segundo ponto. Repita o procedimento para o terceiro ponto, localizado nas proximidades do canto superior direito, cujas coordenadas são 474000 e 7566000, respectivamente. Depois faça o mesmo para o quarto ponto, próximo ao canto superior esquerdo, cujas coordenadas são 450000 e 7566000, respectivamente. O quinto ponto está localizado nas proximidades do centro da folha topográfica do IBGE, cujas coordenadas são 460000 m e 7556000 m, respectivamente. Tendo criado os 5 pontos de controle (GCP) clique em para iniciar o georreferenciamento. FIGURA 5: Iniciando o processamento dos pontos Para tanto é necessário definir o tipo de transformação (clique em OK no aviso): FIGURA 6: Configuração do software 38 • Geoprocessamento Uma nova caixa de diálogo é exibida, na qual é possível escolher o Tipo de Transformação (mantenha Polinomial 1, que significa adotar como modelo matemático um polinômio de primeiro grau, adequado ao número de pontos de controle escolhidos). É possível também escolher o método de reamostragem (mantenha vizinho mais próximo), o nível de Compresssão (mantenha NONE). Em Raster de Saída clique no ícone para escolher o caminho onde salvar o arquivo e o nome desejado para ele (por padrão o QGIS sugere manter o nome atual do arquivo e acrescenta “modificado” na frente do nome, você pode aceitar a sugestão ou alterar para o nome que preferir). Em SRC de destino já consta EPSG 22522 (que está de acordo com os dados originais da carta topográfica do IBGE que está em UTM Zona 22 Sul em Córrego Alegre). FIGURA 7: Ajustes do processamento A carta topográfica georreferenciada é exibida no QGIS e ao mover o cursor na tela é possível constatarque as coordenadas UTM são exibidas na barra de status. Note na figura 22 que são mostrados ainda os 5 pontos de controle utilizados no georreferenciamento, pois a caixa de diálogo ainda está ativa, somente foi minimizada. Maximize a caixa do Georreferenciador e escolha Arquivo > Salvar GCP como..., indique o caminho onde salvar o resultado da transformação polinomial (arquivo de extensão points). Esse procedimento é recomendado pois futuramente você poderá retomar a atividade e melhorar o resultado através da adição de mais pontos de controle e até mesmo escolha de um polinômio de maior grau, se assim o desejar. 39 • Geoprocessamento FIGURA 8: Imagem Georreferenciada Feche a caixa de diálogo do Georreferenciador, salve o Projeto. O mesmo procedimento pode ser adotado para outras cartas topográficas, de desde que sejam observadas as propriedades adequadas e imagem de satélite, porém nesse caso, você deve ter as coordenadas de pontos conhecidos na imagem. Nesse caso, essas coordenas podem ser recolhidas no Google Earth. 40 • Geoprocessamento Franquias (franchising) no Empreendedorismo MÓDULO 8 Objetivo Específico Conhecer as principais técnicas para a produção de cartogramas temáticos georreferenciados. Processamento de ImagemJardins Leitoas e ReproduçãoElaboração de Cartogramas 41 • Geoprocessamento Introdução Os Diferentes Cartogramas Temáticos 8.1 8.2 Nesta aula você estudará especificamente algumas das diferentes técnicas de elaboração dos cartogramas temáticos, um dos recursos mais importantes para a compreensão de uma grande variedade de temas hoje tratados pela Arquitetura e Urbanismo e também por profissionais de outras áreas afins. Em virtude das facilidades cada vez maiores de manuseio com as informações e com os dados oriundos do mundo real, a necessidade da produção de cartogramas temáticos deve fazer parte da realidade em muitas áreas do conhecimento e por isso a sua importância em estudá-los. O cartograma temático é um tipo de representação em que uma série de informações pode ser aplicada em um mapa-base de uma área qualquer, o que se dá pela tradução para a forma gráfica dos valores que representam as variações de intensidade dos fatos ou fenômenos estudados. Essa tradução é feita com o preenchimento de áreas usando os recursos de variáveis visuais como a cor e o valor ou com a implantação em forma de pontos e linhas de tamanhos e espessuras equivalentes, ou ainda, pela representação através de figuras geométricas proporcionais. Enfim, os cartogramas destinam-se a representar a distribuição absoluta ou relativa dos dados relativos a fatos ou fenômenos geográficos ou não, nas suas diversas áreas de ocorrência. A elaboração dos cartogramas temáticos tem como ponto de partida a delimitação da parcela da realidade que se deseja estudar. Essa definição irá determinar a escala do mapa-base que dará suporte para a exposição do tema. Em seguida, o assunto a ser exposto levará o pesquisador a escolher o tipo de cartograma mais adequado para realizar a representação gráfica, ou visual dos dados, a fim de possibilitar uma leitura eficaz dos mesmos. É importante ressaltar a necessidade, em qualquer estudo, de se buscar dados e informações em fontes seguras e confiáveis, pois serão estas que darão credibilidade ao trabalho elaborado (ASSAD, 1998). 42 • Geoprocessamento 8.2.1 Cartograma Temático de Pontos Os cartogramas de pontos são documentos cartográficos de fácil elaboração. O método pelo qual se chega a este tipo de cartograma consiste em atribuir-se um valor quantitativo para cada ponto que, lançado sobre um fundo cartográfico, ou mapa-base, designará a quantidade do elemento mapeado em cada unidade territorial (Figura 1). A escolha da escala do mapa-base determinará o valor de cada ponto, pois, dependendo do espaço disponível em cada unidade de área, será definido não só o seu valor, mas também o tamanho de cada ponto, que deverá ser o mesmo em toda a área da representação. Entretanto, é possível o uso de pontos de tamanhos diferentes, desde que apareçam em uma legenda (CAMARA et. al., 2005). É importante ressaltar ainda que a finalidade deste tipo de cartograma não é a de fornecer ao leitor os dados precisos, pois, ao traduzir graficamente, os dados normalmente serão generalizados. Quando há a necessidade de precisão, ou de detalhamento, deve-se recorrer à fonte dos dados, que deve estar indicada na parte de baixo do cartograma, para se fazer uma leitura mais precisa do fato representado. Figura 1: Cartograma temático de pontos 8.2.2 Cartograma Temático de fluxos ou fluxogramas Quando se pretende representar ocorrências espaciais de natureza dinâmica, ou seja, que representam deslocamentos, os fluxogramas são os cartogramas mais indicados. Também chamados de cartogramas de fluxos, estes representam todos os tipos de deslocamentos ou de 43 • Geoprocessamento movimentos com base em suas intensidades que, em geral, são mostradas por barras de larguras proporcionais. Esse tipo de cartograma pode ser comparado ao sistema de abastecimento de água de uma cidade ou a uma rede fluvial, onde diversas fontes primárias alimentam fontes secundárias e assim sucessivamente, até chegarem aos locais de maior convergência, quando os fluxos se apresentam mais espessos (MENEGUETTE, 1994). A elaboração de uma boa escala de representação dos valores para compor a legenda é fundamental, havendo ainda a possibilidade de representar com cores ou tonalidades diferentes, variações de um mesmo fenômeno ou temática, o que será feito considerando-se a escala do cartograma. As larguras dos fluxos proporcionais devem ser escolhidas de acordo com as intensidades maiores e menores de maneira que ambas possam ser avaliadas visualmente (Figura 2). FIGURA 2: Cartograma temático de fluxo 8.2.3 Cartograma Temático coropléticos O Cartograma Coroplético é aquele que mostra as quantidades no interior de uma superfície, que pode ser uma unidade político-administrativa ou unidade de área qualquer. Em sua origem, a palavra coroplético vem dos termos gregos “choros” que tem o significado de área e “plethos” que quer dizer valor. Assim, a distribuição dos dados estatísticos relativos às áreas ou divisões político-administrativas de uma região pode ser feita com eficiência através desse tipo de cartograma (MONICO, 2000). Basicamente, os cartogramas coropléticos representam as quantidades 44 • Geoprocessamento que correspondem a cada divisão, com o uso de cores e de suas tonalidades, dispostas segundo uma intensidade visual crescente de modo que os valores absolutos ou relativos sejam representados a partir do menor para o maior de maneira coerente e proporcional (Figura 3). FIGURA 3: Cartograma temático coroplético Ressalta-se que no mundo atual, boa parte das ocorrências espaciais se manifesta em forma de números que coletados, direta ou indiretamente, são depois elaborados e analisados para auxiliarem na compreensão dessas ocorrências. Mas os números sozinhos não conseguem comunicar com eficiência os aspectos da realidade que abordam. Os cartogramas temáticos são parte da linguagem cartográfica e têm a possibilidade de expressar com eficiência as ocorrências espaciais. Através de pontos, fluxos, cores ou tonalidades, linhas de igual valor ou de figuras proporcionais, é possível o profissional de uma área afim, elaborar uma representação significativa de uma temática que seja por ele estudada, auxiliando na sua compreensão. 45 • Geoprocessamento Plano de Negócio (PN): Características e Tipologias MÓDULO 9 Objetivo Específico Compreender a importância do uso das técnicas de Geoprocessamento para a elaboração de um Estudo de Impacto da Vizinhança. Interpretação de Imagem Planejamento Paisagístico Suínos - Recria de Leitões e Planejamento da Atividade Compreensão do Uso do Geoprocessamentona Elaboração do EIV 46 • Geoprocessamento Introdução Estudo de Impacto de Vizinhança 9.1 9.2 O desenvolvimento da política urbana no Brasil, prevista no art. 182 da Constituição Federal, foi aprimorado com a promulgação do Estatuto da Cidade (Lei 10.527/2001), que definiu, dentre outros instrumentos, o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). O estudo tem o escopo de avaliar os impactos positivos e negativos do empreendimento ou atividade em relação à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, garantindo-se assim o convívio social entre os moradores dos centros urbanos. Para elaborar um EIV, cada instituição deverá levar alguns fatores em conta, a fim de gerar um Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV), que deverá conter algumas pautas relacionadas aos impactos causados e às medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias que terão de ser propostas. O relatório, ainda, deve conter algumas informações básicas do edifício a ser construído como: localização, área, dimensão, volumetria, levantamento planialtimétrico do terreno e levantamento de infraestrutura da área. Neste aspecto, o Geoprocessamento se torna uma ferramenta imprescindível para a elaboração de um EIV. Toda e qualquer ocupação/ inscrição (edifício, hospital, indústria, empreendimento habitacional) de objeto no espaço geográfico, mais precisamente no espaço urbano, repercute enquanto causa ou efeito de um conjunto de relações socioculturais, econômicas e políticas na área que o circunscreve (MATINS JUNIOR e LIMA, 2016). A análise desse conjunto de relações denominamos de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). Podem ser positivos ou negativos sobre o seu entorno, variando em função da escala (tamanho) e atividade econômica do respectivo empreendimento (MATINS JUNIOR e LIMA, 2016). Com efeito, o EIV é um estudo prévio, que deve ser associado a todo o processo de implementação do respectivo empreendimento desde seu anteprojeto até as conjecturas posteriores a sua efetivação, o que garante sua aprovação e viabilização. O EIV e consequentemente o Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV) são dois documentos distintos que têm por 47 • Geoprocessamento finalidade produzir uma análise minuciosa e objetiva dos impactos e efeitos causados no entorno de qualquer empreendimento que apresente uma estrutura física capaz de modificar a paisagem (TEIXEIRA e MOURA, 2014). Tanto o EVI quanto o RIV tomam como orientação o Estatuto da Cidade, instituído pela Lei nº 10.257/2001, que o previu enquanto instrumento mediador entre interesse privado e a garantia da qualidade de vida da população urbana que gravita no entorno do empreendimento. O EIV coloca-se como uma política necessária e fundamental para o desenvolvimento sustentável de uma cidade. Reflexo dessa necessidade é a sua implementação, que garante sua obrigatoriedade na grande maioria das cidades e consta efetivamente em seus Planos Diretores (TEIXEIRA e MOURA, 2014). É no limite, dimensão obrigatória por lei a qualquer tipo de projeto, ou seja, sua viabilização, aprovação, alvará de funcionamento dos mais diversos empreendimentos estão estritamente associados ao EIV. De acordo com a supracitada lei, os municípios deverão criar outros dispositivos legais para definir os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal. Geoprocessamento Aplicado na Elaboração do EIV 9.3 O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões: a) Aspectos do meio ambiente: Insolação, ventilação, iluminação, volume de resíduos gerados, poluição em todas as suas formas, transformação da paisagem, permeabilidade do solo. No âmbito urbano quanto à: a) Sistema Viário: Sobrecarga do sistema viário, demanda de transporte público, demanda de estacionamento. b) Infraestrutura Urbana: Sistema de esgoto sanitário, sistema de distribuição de água, sistema de distribuição de energia de qualquer fonte, telefonia/comunicação, adensamento populacional, intervenções no patrimônio natural, cultural e histórico e distribuição de equipamentos urbanos. 48 • Geoprocessamento c) Aspectos Econômicos: Variação do valor imobiliário, alterações de distribuição de trabalho e renda. O EVI e o RIV se inserem em um novo contexto social e econômico, conjuntura em que as políticas públicas relacionadas ao planejamento urbano passam por novos crivos. A nova gestão pública (Conselhos Gestores, Conselhos de Representantes Municipais e Conselhos de Orçamento Participativo) impõe a necessidade de novos e inovadores mecanismos de equalização entre interesses privados e demandas sociais (ASSAD, 1998). Neste sentido, as técnicas de Geoprocessamento, como o Sensoriamento Remoto (SR) e Sistemas de Informação Geográfica (SIG) tornam-se uma prática imprescindível para os estudos de análise espacial, tendo em vista a necessidade de monitoramento de áreas que estão sujeitas às constantes intervenções humanas e à possível recuperação das que já sofreram algum tipo de alteração (MENEGUETTE, 1994). Os dados extraídos do Sensoriamento Remoto podem ser trabalhos de forma organizada com o uso do SIG, podendo ser tanto semânticos quanto alfanuméricos, de ordem quantitativa ou qualitativa, os quais serão inseridos de acordo com o objetivo de estudo. Essa estruturação aumenta a capacidade de análise e monitoramento da realidade territorial, de forma a economizar tempo e custos (SILVA, 2005). As informações geradas pelo Sensoriamento Remoto e estruturadas em um SIG servem para subsidiar o processo de entendimento da ocorrência de eventos, predição e simulação, proporcionando a tomada de decisões por meio de criação de cenários futuros, podendo aplicar- se o planejamento de estratégias sobre determinado aspecto da realidade, proporcionando à visão geral da área, a localização da área de interesse, a preparação de roteiro para ida campo, a geração de banco de dados semânticos e numéricos, relacionando-os com os mapas de diversos temas (CÂMARA et. al., 2005). O uso do Geoprocessamento na elaboração do EIV corrobora de forma contundente para a aprovação do empreendimento; oferece um conjunto de dados e informações que possibilitaram a contrapartida adequada para o funcionamento do respectivo empreendimento; estabelece parâmetros para a viabilização de ações concreta que tenham como objetivo de salvaguarda o ambiente atingido; contribui para o estabelecimento das reformas necessárias para a viabilidade e implantação do empreendimento; auxilia o projeto a entrar em consonância com os Estudos de Impacto Ambiental (MONICO, 2000). 49 • Geoprocessamento Plano de Negócios (PN): Construção e Utilização dos Planos MÓDULO 10 Objetivo Específico Conhecer a aplicação do Geoprocessamento nos dados de Sensoriamento Remoto. Introdução ao Georreferenciamento Paisagismo em Áreas Urbanas Reprodução e Produção de Bezerros de Corte Geoprocessamento de Informações Obtidas pelo Sensoriamento Remoto 50 • Geoprocessamento Introdução Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto 10.1 10.2 Para trabalhar com Sensoriamento Remoto, é fundamental ter ao menos algumas noções básicas de Geoprocessamento, dado que todo o material de trabalho consiste em dados georreferenciados, ou seja, espacialmente indexados. A partir da década de 1930, o Sensoriamento Remoto e SIG passaram a ser usados nos levantamentos espaciais, com a utilização de fotografias aéreas como mapa base, sendo que na década de 1960, um novo impulso ocorreu com o desenvolvimento de novas técnicas cartográficasque foram inseridas como suporte aos mapeamentos (ANDRADE et. al. 1998). As informações geradas pelo Sensoriamento Remoto e estruturadas em um SIG servem para subsidiar o processo de entendimento da ocorrência de eventos, predição e simulação, proporcionando a tomada de decisões por meio de criação de cenários futuros, podendo aplicar- se o planejamento de estratégias sobre determinado aspecto da realidade, proporcionando à visão geral da área, a localização da área de interesse, a preparação de roteiro para ida campo, a geração de banco de dados semânticos e numéricos, relacionando-os com os mapas de diversos temas (MIRANDA et al., 1995). As técnicas de Geoprocessamento, como o Sensoriamento Remoto (SR) torna-se uma prática imprescindível para os estudos de análise ambiental e urbana, tendo em vista a necessidade de monitoramento de áreas que estão sujeitas às constantes intervenções humanas e à possível recuperação das que já sofreram algum tipo de alteração (BARBOSA; SOARES; MEDEIROS, 2006). As informações adquiridas por Sensoriamento Remoto são representadas na forma de imagem, seja ela fotográfica, orbital, radar ou uma imagem obtida usando laser. A imagem é formada a partir da variação da intensidade da energia (Figura 1) proveniente dos diferentes pontos da superfície terrestre, por meio de ondas eletromagnéticas que formam o espectroeletromagnético (CENTENO, 2004). 51 • Geoprocessamento FIGURA 1: Espectroeletromagnético Fonte: https://www.infoescola.com/fisica/espectro-eletromagnetico/ As imagens obtidas por meio das técnicas de Sensoriamento Remoto refletem a situação geográfica real no momento da aquisição da imagem, representando os modelos da superfície terrestre. As imagens produzidas são caracterizadas pelas resoluções: espacial, espectral, radiométrica, temporal e pela largura da faixa imageada (ASSAD e SANO, 1998). Os componentes do Sensoriamento Remoto são modernos sensores capazes de transmitir, receptar, armazenar e processar dados, com o objetivo de estudar o ambiente terrestre nos domínios físico, espacial e temporal, por meio de registro e análise das interações entre a radiação eletromagnética e os elementos terrestres (ROCHA, 2007). Um projeto de interpretação de imagens consiste em definir primeiro quais são seus objetivos, ou seja, o tema de mapeamento e o propósito de aplicação, a localização e os limites da área a ser mapeada, a legenda de mapeamento e consequentemente a escala cartográfica e o nível de detalhamento desejado. Com isso podemos produzir produtos de Sensoriamento Remoto, dentro das possibilidades acessíveis, que melhor servem para o propósito do projeto (CAMARA et. al. 2005). A interpretação visual dos dados de Sensoriamento Remoto sob a forma digital ou analógica (fotografias aéreas e imagens orbitais) busca a identificação de feições impressas nessas imagens e a determinação de seu significado. Em resultado, a interpretação de imagens consiste em um processo para a obtenção de mapas temáticos através da utilização de dados de Sensoriamento Remoto. Nesses termos, a interpretação de imagens tem que ser vista não como um processo completo em si, mas apenas como um passo para a construção de um mapa de uma dada região, posto que a informação extraída das imagens necessita ainda de ser conferida através de verificação do campo (Figura 2). https://www.infoescola.com/fisica/espectro-eletromagnetico/ 52 • Geoprocessamento Nesse sentido, os trabalhos de campo são muito importantes, tanto para auxiliar no levantamento de áreas de treinamento que servem para extração de padrões amostrais e definição de chaves de interpretação, como também para corrigir, aperfeiçoar e validar o mapa obtido da interpretação visual (MENEGUETTE, 1994). Figura 2: Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto Fonte: Adaptado de Soares Filho (2000) Sistema de processamento de imagens Produtos cartográficos georreferênciado Digitalização de mapas Análises geográficas Análises estatísticas Gerenciador de dados Banco de atributos Base de dados espaciais As áreas de aplicação da interpretação de imagens são inúmeras, como é o caso do próprio Sensoriamento Remoto. Alguns exemplos podem ser citados como: uso do solo, geologia, pedologia, urbanismo, vegetação, agricultura, oceanografia, etc. Desse modo, a importância do Sensoriamento Remoto para o Geoprocessamento está no fato que este consiste atualmente na maior fonte de dados para os Sistemas de Informação Geográfica, sobretudo em países carentes de informações cartográficas atualizadas, como é o caso do Brasil (MONICO, 2000). Portanto, como vantagens do Sensoriamento Remoto, pode-se citar que é então através da interpretação de seus produtos que são obtidos os mapas de regiões remotas, de difícil acesso, e sobretudo a um menor custo, permitindo também a detecção de objetos e fenômenos não perceptíveis pela visão humana, através da utilização de outras faixas de radiação eletromagnética além do visível, como o infravermelho, e ainda possibilitando ter visão global sobre uma região ou fenômeno estudado, através da utilização de imagens de satélite de cobertura regional. 53 • Geoprocessamento O Intraempreendedorismo nas Organizações MÓDULO 11 Objetivo Específico Conhecer os conceitos e aplicações do Sensoriamento Remoto, SIG e Geoprocessamento. Georreferenciamento de Imóveis Rurais - Norma Paisagismo em Rodovias e Paisagismo Rural Nutrição de Bezerros de Corte Sensoriamento Remoto, Sistemas de Informação Geográfica e Geoprocessamento 54 • Geoprocessamento Introdução Interação do Sensoriamento Remoto e SIG no Geoprocessamento 11.1 11.2 Os termos Sensoriamento Remoto, Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e Geoprocessamento estão relacionados, porém, são conceitualmente diferentes. O Sensoriamento Remoto é uma ciência que visa o desenvolvimento da obtenção de imagens da superfície terrestre por meio da detecção e medição quantitativa das respostas das interações da radiação eletromagnética com materiais terrestres. Ou ainda, é o uso de sensores de radiação eletromagnética para inferir propriedades de objetos na superfície terrestre. O Geoprocessamento refere- se ao conjunto de técnicas ligadas à informação espacial, que vão desde a coleta, tratamento, manipulação, até a análise dos dados espaciais voltado para um objetivo específico. Já os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são sistemas dedicados ao tratamento de dados geográficos, ou seja, são sistemas que preservam o atributo locacional de dados espaciais. Eles são capazes de armazenar, manipular, visualizar e editar grandes quantidades de dados estruturados em um banco de dados. O SIG e o Sensoriamento Remoto são Geotecnologias que estão incluídas no conceito de Geoprocessamento. Os dados manipulados no SIG são obtidos por meio do Sensoriamento Remoto, ou seja, sem a imagem de satélite haveria uma fonte a menos de dados no SIG. Todos os três conceitos estão interligados e são de grande importância para qualquer profissional que trabalhe com Geotecnologia. O potencial de informações que podem ser obtidas com as técnicas de Geoprocessamento tem permitido condições de extração de informações georreferenciadas de parcelas do espaço geográfico. O uso do Geoprocessamento para o mapeamento serve como subsídio para planejamentos urbanos, levantamento de uso da terra, manejo, monitoramentos ambientais e outros (SANTOS; QUINTANILHA; FUKUMORI, 2005). As técnicas de Geoprocessamento, como o Sensoriamento Remoto (SR) e Sistemas de Informação Geográfica (SIG) 55 • Geoprocessamento tornam-se uma prática imprescindível para os estudos de análise espacial, tendo em vista a necessidade de monitoramento de áreas que estão sujeitas às constantes intervenções humanas e à possível recuperação das que já sofreram algum tipo de alteração (BARBOSA; SOARES; MEDEIROS, 2006).O Sensoriamento Remoto pode ser definido como a aquisição de informação sobre um objeto a partir de medidas feitas por um sensor que não se encontra em contato físico direto com ele. As informações são derivadas da detecção e mensuração das modificações impostas sobre os campos de força eletromagnéticos, acústicos ou potenciais (NOVO, 1999). Segundo Jensen (2000) o Sensoriamento Remoto pode ser usado para medir e monitorar importantes características biofísicas e atividades humanas na Terra. As imagens adquiridas por Sensoriamento Remoto e suas técnicas de extração de informações a respeito do espaço físico territorial são utilizadas por técnicos e cientistas das mais diversas áreas os quais necessitam ter conhecimento e detalhamento da superfície física, sem a necessidade do contato físico com o objeto em estudo. Os dados de Sensoriamento Remoto permitem realizar um estudo e o imageamento de regiões de difícil acesso devido à declividade, desta forma, possibilitando uma visão sinóptica da superfície terrestre por meio da receptividade (JENSEN, 2000). As informações adquiridas por Sensoriamento Remoto são representadas na forma de imagem, seja ela fotográfica, orbital, radar ou uma imagem obtida usando laser. A imagem é formada a partir da variação da intensidade da energia proveniente dos diferentes pontos da superfície terrestre (CENTENO, 2004). As imagens obtidas por meio das técnicas de Sensoriamento Remoto refletem a situação geográfica real no momento da aquisição da imagem, representando os modelos da superfície terrestre. As imagens produzidas são caracterizadas pelas resoluções: espacial, espectral, radiométrica, temporal e pela largura da faixa imageada. Os componentes do Sensoriamento Remoto são modernos sensores capazes de transmitir, receptar, armazenar e processar dados, com o objetivo de estudar o ambiente terrestre nos domínios físico, espacial e temporal, por meio de registro e análise das interações entre a radiação eletromagnética e os elementos terrestres (ROCHA, 2007). Os dados extraídos do Sensoriamento Remoto podem ser trabalhos de forma organizada com o uso do SIG, podendo ser tanto semânticos quanto alfanuméricos, de ordem quantitativa ou qualitativa, os quais serão inseridos de acordo com o objetivo de estudo. Essa estruturação aumenta a capacidade de análise e monitoramento da realidade territorial, de forma a economizar tempo e custos (SILVA, 2005). SIG é um método que permite a coleta, armazenamento, recuperação, transformação e exibição de dados espaciais do mundo real para um conjunto particular de propósitos, com a capacidade de inserir e integrar numa única base de 56 • Geoprocessamento dados, informações espaciais provenientes de dados cartográficos, dados censitários, de cadastro urbano e rural, de imagens de satélite, de redes e modelos numéricos de terreno (BURROUGH, 1986). A origem do SIG não foi a partir de uma única área do conhecimento, além da área da computação, outras três ciências contribuíram de forma significativa para o avanço de SIG, como a Cartografia Assistida por Computador (CAM), o Sensoriamento Remoto e os Sistemas de Análise Espacial (VIEIRA; DELAZARI, 2006). As informações geradas pelo Sensoriamento Remoto e estruturadas em um SIG (Figura 1) servem para subsidiar o processo de entendimento da ocorrência de eventos, predição e simulação, proporcionando a tomada de decisões por meio de criação de cenários futuros, podendo aplicar-se o planejamento de estratégias sobre determinado aspecto da realidade, proporcionando à visão geral da área, a localização da área de interesse, a preparação de roteiro para ida campo, a geração de banco de dados semânticos e numéricos, relacionando-os com os mapas de diversos temas (MIRANDA et al., 1995). Figura 1: Interação do Sensoriamento Remoto, SIG e Geoprocessamento Fonte: Gomes, 2018. GEOPROCESSAMENTOSENSORIAMENTOREMOTO SIG Com a integração do Geoprocessamento com dados advindos do Sensoriamento Remoto e dados temáticos aplicados na estrutura do SIG é possível estabelecer relações de variáveis representantes do meio físico e fenômenos ambientais (ANTONIO, 2009). O SIG e Sensoriamento Remoto são suportes importantes para planejamento urbano, pois tornam possível automatizar e integrar dados para o manejo sustentável dos recursos naturais e ordenamento territorial, (BOCCO; VELÁSQUEZ; TORRES, 2000). São instrumentos base para construção de sistemas inteligentes e de apoio à tomada de decisão, que em conjunto fortalecem a avaliação e o monitoramento dos recursos, servindo de base material para o desenvolvimento. 57 • Geoprocessamento Educação Empreendedora, Ensino de Empreendedorismo e Empreendedorismo Social MÓDULO 12 Objetivo Específico Compreender a elaboração e diferenciação de mapas temáticos. Processos do Georreferenciamento Planejamento e Projeto de Arborização Terminação de Bovinos de Corte Elaboração de Mapas Temáticos 58 • Geoprocessamento Introdução Elaboração de Mapas Temáticos 12.1 12.2 Neste último módulo veremos os principais produtos finais do Geoprocessamento, representados em forma de cartogramas, mapas, cartas, etc. Já foi ensinado que os mapas são representações gráficas feitas geralmente em uma superfície plana (como papel), com a finalidade de apresentar informações da realidade, eles fazem parte da humanidade desde os tempos remotos (ASSAD, 1998). Os mapas geográficos temáticos são aqueles que abordam temas específicos. Eles são importantes, pois revelam dados e informações específicas sobre países, regiões, continentes, cidades e etc. Esses mapas temáticos podem apresentar aspectos políticos, físicos, populacionais, ambientais, econômicos, entre outros (CAMARA et. al., 2005). Com o advento do geoprocessamento de dados e com o uso das geotecnologias, a criação, manipulação e visualização de mapas temáticos em ambientes de SIG (Sistemas de Informações Geográficas) consolidaram, junto juntamente com a cartografia digital, um novo paradigma nas geociências. A sua capacidade de trabalho com dados geográficos de forma dinâmica, associada à funcionalidade de desktop Mapping¹, garantem aos usuários impressionante flexibilidade para representação de uma gama maior de informações e permitem a produção de mapas temáticos de forma mais rápida e eficiente (ARANTES e FERREIRA, 2011). Como ponto de partida para elaboração de um mapa, deve-se considerar o sistema de coordenadas cartesianas, mais conhecido como plano cartesiano. Pensado e elaborado por René Descartes, objetiva localizar pontos num plano bidimensional, o plano cartesiano é formado por dois eixos, perpendiculares entre si, um horizontal e outro vertical, que se cruzam 0 (zero), origem das coordenadas. O eixo horizontal é denominado abscissa (X), e o vertical, ordenada (Y) (MARTINELLI, 2014). Elaborar um mapa significa explorar, sobre o plano, as correspondências entre todos os dados de um mesmo componente da informação (localização). As duas dimensões (X e Y) do plano identificam a localização do lugar, do caminho ou da área (longitude e latitude) (MARTINELLI, 2014). Os mapas podem mostrar além da localização do lugar, do caminho ou da área, isto é, fazer mais do que apenas responder à 59 • Geoprocessamento questão “onde fica? ”. Atualmente precisam responder também a outras questões como “o que? ”, “por que? ”, “quando?”, “quanto? ”, “em que ordem? ”, “com que finalidade? ”, etc (MARTINELLI, 2014). Os fatos e fenômenos que compõem a realidade geográfica a ser representada em um mapa podem ser consideradas dentro de um raciocínio de analise ou de síntese. Os mapas são elaborados a partir de dados sobre os aspectos que interessam a abordagem de certo tema. Para tanto, esses dados, quando forem numéricos, são organizados em tabelas que congregam especificamente as series ditas geográficas – aquelas cujos dados
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