Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
18/09/2015 Artigo 18 ao 21 Capítulo V DO ADVOGADO EMPREGADO (do artigo 18 ao artigo 21) Legislação comentada e gratuita. Direito Com Ponto Com http://www.direitocom.com/estatutodaadvocaciacomentado/tituloidaadvocaciadoartigo1ao43/capitulovdoadvogadoempregadodoartigo18ao… 1/8 Navegue pelos temas GUIA DE DIREITOS BATALHA DA VIDA Código de Defesa do Consumidor COMENTADO Código de Processo Civil COMENTADO Código Tributário Nacional COMENTADO Comparativo do Código de Processo Civil Consolidação Das Leis Trabalhistas COMENTADA Declaração Universal dos Direitos Humanos COMENTADA Estatuto da Advocacia COMENTADO (3ª edição Ampliada e Revisada) Estatuto da Criança e Adolescente COMENTADO Estatuto do Idoso COMENTADO Lei Anticorrupção COMENTADA (Lei nº 12.846/2013) Lei da Propriedade Industrial COMENTADA (Lei 9.279/96) Lei de Alienação Parental COMENTADA (Lei n.º 12.318/10) Lei de Arbitragem COMENTADA Lei de Direitos Autorais COMENTADA (Lei 9.610/1998) Lei das Eleições (Lei 9.504) COMENTADA Lei de Juizados Especiais Cíveis COMENTADA (Lei 9.099/95) 10Curtir0Tweetar 0 Última Alteração: 21 de agosto de 2015 Capítulo V DO ADVOGADO EMPREGADO (do artigo 18 ao artigo 21) Você está em: Direito Com Ponto Com » Estatuto da Advocacia COMENTADO (3ª edição Ampliada e Revisada) » TÍTULO I ‐ Da Advocacia (Do artigo 1º ao artigo 43) » Capítulo V ‐ DO ADVOGADO EMPREGADO (do artigo 18 ao artigo 21) » Artigo 18 ao 21 AutorCoordenador: Flávio Olimpio de Azevedo Artigo 18 ao 21 Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia. Parágrafo único. O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego. Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da profissão, não poderá exceder a duração diária de quatro horas contínuas e a de vinte horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva.[1] § 1º Para efeitos deste artigo, considerase como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades externas, sendolhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação. § 2º As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um adicional não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito. § 3º As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento. Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados.[2] Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em acordo.[3] Apoiadores Campanha ISPED Doutorado Na Argentina faça uma busca Buscar em todos os temas Share Home Conceito Autores Mapa do Site LOGIN http://www.direitocom.com/batalha-da-vida http://www.direitocom.com/codigo-de-defesa-do-consumidor-comentado http://www.direitocom.com/cpc-comentado http://www.direitocom.com/codigo-tributario-nacional-comentado http://www.direitocom.com/comparativo-do-codigo-de-processo-civil http://www.direitocom.com/clt-comentada http://www.direitocom.com/declaracao-universal-dos-direitos-humanos http://www.direitocom.com/estatuto-da-advocacia-comentado http://www.direitocom.com/estatuto-da-crianca-e-adolescente-comentado http://www.direitocom.com/estatuto-do-idoso-comentado http://www.direitocom.com/lei-anticorrupcao-comentada http://www.direitocom.com/lei-da-propriedade-industrial-comentada http://www.direitocom.com/lei-de-alienacao-parental-comentada http://www.direitocom.com/lei-de-arbitragem-comentada http://www.direitocom.com/lei-9-6101998-lei-de-direitos-autorais-comentada http://www.direitocom.com/lei-das-eleicoes-lei-9-504-comentada http://www.direitocom.com/lei-de-juizados-especiais-civeis-comentada-9099-95 https://twitter.com/intent/tweet?original_referer=http%3A%2F%2Fwww.direitocom.com%2Festatuto-da-advocacia-comentado%2Ftitulo-i-da-advocacia-do-artigo-1-ao-43%2Fcapitulo-v-do-advogado-empregado-do-artigo-18-ao-artigo-21%2Fartigo-18o-ao-21o&ref_src=twsrc%5Etfw&text=Artigo%2018%20ao%2021&tw_p=tweetbutton&url=http%3A%2F%2Fwww.direitocom.com%2Festatuto-da-advocacia-comentado%2Ftitulo-i-da-advocacia-do-artigo-1-ao-43%2Fcapitulo-v-do-advogado-empregado-do-artigo-18-ao-artigo-21%2Fartigo-18o-ao-21o&via=DireitoComPontoCom https://twitter.com/search?ref_src=twsrc%5Etfw&q=http%3A%2F%2Fwww.direitocom.com%2Festatuto-da-advocacia-comentado%2Ftitulo-i-da-advocacia-do-artigo-1-ao-43%2Fcapitulo-v-do-advogado-empregado-do-artigo-18-ao-artigo-21%2Fartigo-18o-ao-21o http://www.direitocom.com/ http://www.direitocom.com/estatuto-da-advocacia-comentado http://www.direitocom.com/estatuto-da-advocacia-comentado/titulo-i-da-advocacia-do-artigo-1-ao-43 http://www.direitocom.com/estatuto-da-advocacia-comentado/titulo-i-da-advocacia-do-artigo-1-ao-43/capitulo-v-do-advogado-empregado-do-artigo-18-ao-artigo-21 http://www.direitocom.com/?author=22 http://posestacio.cers.com.br/ http://www.concursospublicos.alfaconcursos.com.br/receita_sp/?utm_campaign=receita_federal_sp&utm_source=direito.com&utm_medium=banner http://direitocompontocom.wix.com/direitocom http://sp.alfaconcursos.com.br/site/analista-do-bacen-banco-central-materias-comuns-a-todas-areas/?utm_campaign=car_bancarias_presencial&utm_source=direito.com&utm_medium=banner http://www.isped.com.br/doutorado http://www.isped.com.br/doutorado http://www.direitocom.com/ http://www.direitocom.com/batalha-da-vida javascript:void(0); http://www.direitocom.com/ http://www.direitocom.com/conceito http://www.direitocom.com/autores http://www.direitocom.com/mapa-do-site http://www.direitocom.com/login/ 18/09/2015 Artigo 18 ao 21 Capítulo V DO ADVOGADO EMPREGADO (do artigo 18 ao artigo 21) Legislação comentada e gratuita. Direito Com Ponto Com http://www.direitocom.com/estatutodaadvocaciacomentado/tituloidaadvocaciadoartigo1ao43/capitulovdoadvogadoempregadodoartigo18ao… 2/8 Lei de Falências COMENTADA (Lei 11.101) Lei do Inquilinato COMENTADA (Lei 8.245/91) 3,8 milCurtir 50. ADVOGADO EMPREGADO — ISENÇÃO TÉCNICA Apesar de os advogados, segundo levantamento realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil, almejarem ter seu próprio escritório de advocacia, a maioria trabalha sob a égide de uma relação de emprego. Já foi o tempo do advogado profissional liberal. Conforme observou Sólon Cunha[4]: “(…) logo após a conclusão dos seus estudos, o Bacharel recebia ajuda familiar para iniciar suas atividades na nova profissão: a sala ao lado do Fórum, local com mesa, cadeiras e uma máquina de escrever (…) Os livros utilizados na faculdade davam início à pequena e eficiente biblioteca (…) Mas a proliferação das faculdades de Direito no Brasil criou maior oferta de profissionais, mais do que a demanda por serviços poderia absorver”. Com o aparecimento das sociedades de advogados, advogados não sócios passaram a prestar serviços às sociedades mediante remuneração. Segundo Solón Cunha: “O advogado ‘não sócio’ passou a prestar serviços diários à sociedade, de forma remunerada e habitual. Como a característica de profissional liberal havia predominado na carreira, por tantos anos, o contratante considerou aqueles advogados ‘autônomos’.Durante muito tempo as partes não admitiram a possibilidade de o advogado ser contratado como ‘empregado’. Alegavam que não havia subordinação na relação estabelecida entre dois advogados, mesmo que um deles fosse sócio do tomador de serviços e o outro, ‘não sócio’, prestador de serviços com dependência à sociedade”.[5] Na lição de Solón Cunha “embora a Consolidação das Leis do Trabalho seja genericamente aplicável a todos os trabalhadores, o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (EOAB), na reforma publicada em 1994, dedicou o Capítulo V a proteger o exercício da profissão pelo Advogado Empregado”.[6] A invasão de advogados (são mais de 500 mil inscritos), com potencial de significativo crescimento, pois quase 60 mil bacharéis em direito são formados por ano, numa economia que nas últimas décadas não tem crescido, acarreta oferta desproporcional de profissionais, que se sujeitam a todas as modalidades de trabalho, principalmente empregados mal remunerados. Mesmo diante desse quadro, a independência e total autonomia profissional do advogado, ainda que empregado, deve ser preservada, sem qualquer intromissão de terceiros na diretriz de seus trabalhos. A subordinação é elemento do contrato de trabalho (art. 3º da CLT), mas o causídico possui uma relação empregatícia diferenciada e atenuada dos moldes tradicionais. As ordens e a intromissão do empregador são limitadas apenas ao campo administrativo, não se podendo intervir na atuação técnica do advogado. Nesse diapasão, conforme afirma Nélio Reis[7], ao citar o jurista francês P. Durand, a independência das profissões liberais e a capacidade técnica que delas se exige “não podem colocar um médico ou um advogado ‘sous la subordination technique d’un simple particulier’”. Paulo Luiz Netto Lôbo[8] bem define a relação advogado–empregador: “Entendese por isenção técnica do advogado empregado a total autonomia quanto à correta aplicação dos atos, meios e prazos processuais, sem interferência do empregador. O advogado empregado não pode prosseguir orientação tecnicamente incorreta, mesmo quando ditada pelo empregador. Em suma, na atuação técnica o advogado deve seguir apenas sua consciência profissional e ética. Nessa área estritamente profissional, a relação de emprego não o alcança”. http://www.direitocom.com/lei-de-falencias-lei-11-101-comentada http://www.direitocom.com/lei-8-24591-lei-do-inquilinato-comentada http://www.facebook.com/Direitocompontocom http://twitter.com/dircompontocom http://www.linkedin.com/company/ow7-internet-e-informa-o-ltda?trk=hb_tab_compy_id_3149552 http://www.direitocom.com/estatuto-da-advocacia-comentado/titulo-i-da-advocacia-do-artigo-1-ao-43/capitulo-v-do-advogado-empregado-do-artigo-18-ao-artigo-21/artigo-18o-ao-21o 18/09/2015 Artigo 18 ao 21 Capítulo V DO ADVOGADO EMPREGADO (do artigo 18 ao artigo 21) Legislação comentada e gratuita. Direito Com Ponto Com http://www.direitocom.com/estatutodaadvocaciacomentado/tituloidaadvocaciadoartigo1ao43/capitulovdoadvogadoempregadodoartigo18ao… 3/8 Nesse sentido, acrescenta Orlando de Assis Corrêa[9], ao citar Francisco Ary Montenegro Castelo: “‘A independência profissional se constitui, destarte, num bem sagrado que o advogado tem o dever de salvaguardar, repelindo com firmeza toda e qualquer intromissão que possa comprometer a função social de sua nobre profissão, ainda que revestida da roupagem da subordinação, devida pelos que os exercem como empregados.(…)’”. Cabe ao empregador não ignorar e respeitar as restrições éticas do advogado, como bem aborda Ruy A. Sodré[10]: “Por outro lado, o empregador, quando contrata o advogado, não pode ignorar que ele está subordinado a regulamentação profissional e ao Código de Ética. Por este e pelo Estatuto, está o profissional obrigado a recusar o patrocínio de causa que considere ilícita ou imoral, sendo de sua exclusiva competência a orientação técnica da causa”. Mas é necessário um enfoque realista da independência do advogado sob o manto da relação de emprego, conforme bem ressalta Luiz Lopes Burmeister[11]: “A subordinação dos advogados empregados a seus empregadores não pode, é certo, lhes retirar independência técnica, científica e ética, em seus atos, mas seria irrealismo ingênuo pensarse que tal advogado empregado possa se comportar em relação a seu empregador com a mesma independência, desenvoltura, autonomia, com que deve atuar o advogado autônomo, profissional liberal autêntico, em relação a seu cliente, na escolha da tese de defesa, na adoção de mecanismos processuais etc.”. 51. INTERESSES PESSOAIS DO EMPREGADOR O Estatuto, em seu artigo 18, parágrafo único, preceitua que o advogado não é obrigado a prestar trabalhos que extrapolam a órbita da relação de emprego, atendendo a interesse pessoal dos empregadores. É comum, principalmente nas pequenas e médias empresas, as atividades de seus sócios estarem acopladas às da empresa. O advogado é chamado para atender a inúmeras demandas que nada têm a ver com o contrato de trabalho, geralmente em horários fora da jornada de trabalho, para atender a questões de litígio familiar, reclamações trabalhistas de empregados domésticos etc. Diante disto, o advogado que presta esses serviços é credor de honorários da pessoa física contratante desses trabalhos. 52. SALÁRIO MÍNIMO PROFISSIONAL A norma estabelecida no artigo 11 do Regulamento Geral delega ao sindicato de advogados e, na sua falta, à federação ou confederação de advogados a representação destes nas convenções coletivas para negociação com os empregadores do piso salarial. “O salário profissional do advogado empregado não chegou a ser estabelecido em nível nacional, preferindo o legislador admitir que a negociação coletiva regional regulamentasse a matéria, podendo ser intermediada pelo Sindicato dos Advogados.”[12] Não havendo tratativa, seja por meio de dissídio, seja por acordo coletivo, como ocorre em qualquer categoria de trabalhadores, sentença normativa fixará o piso salarial dos advogados. 18/09/2015 Artigo 18 ao 21 Capítulo V DO ADVOGADO EMPREGADO (do artigo 18 ao artigo 21) Legislação comentada e gratuita. Direito Com Ponto Com http://www.direitocom.com/estatutodaadvocaciacomentado/tituloidaadvocaciadoartigo1ao43/capitulovdoadvogadoempregadodoartigo18ao… 4/8 O valor do piso salarial do advogado tem de ser condizente com a dificuldade do trabalho, assim ensina Gladston Mamede[13]: “Garante a Constituição, em seu art. 7º, V, ser direito do trabalhador ter piso salarial proporcional à extensão e à complexidade de seu trabalho. A regra visivelmente aplicase ao trabalhador da advocacia, cujo trabalho é complexo e de relevante importância, a ponto de ser definido, pelo legislador constitucional, como indispensável à administração da advocacia, e pelo legislador ordinário, como um serviço público, exercido como função social e múnus público”. 53. JORNADA DE TRABALHO DO ADVOGADO E REFLEXOS A jornada de trabalho do advogado regular é fixada em quatro horas diárias e vinte semanais. As excludentes são as hipóteses de acordo ou convenção coletiva, ou em caso de dedicação exclusiva, quando a jornada é igual à dos trabalhadores em geral, que executam seu ofício por oito horas diárias e quarenta semanais, e serão remuneradas como extraordinárias as horas que excederem a jornada normal (nos termos do artigo 12, parágrafo único do Regulamento). Na lição de Solón Cunha, a questão da jornada foi polêmica sendo que ficou estabelecido, “a partir de 4 de julho de 1994, a jornada de quatro horas diárias e de vinte horas semanais. São duas as possíveis exceçõesestabelecidas no Estatuto: disposição em contrário admitida por norma coletiva (acordo ou convenção); ou o regime de dedicação exclusiva.”[14] No regime de não dedicação exclusiva, as horas extras que excederem a jornada de quatro horas são remuneradas em 100%, conforme jurisprudência iterativa representada pelo seguinte julgado: “Advogado empregado. JORNADA DE TRABALHO. Lei 8.906/94. A jornada de trabalho do advogado empregado é de quatro horas, de acordo com o que dispõe o artigo 20 da Lei 8.906/94, sendo extras e remuneradas com o adicional de no mínimo 100% aquelas que excederem esse limite diário, salvo se existir validamente acordo ou convenção coletiva de trabalho em direção contrária ou ocorrendo dedicação exclusiva, o que não aconteceu nos autos. Recurso do reclamado improvido. TRT. 13ª Região, Acórdão nº 058922”. Para fins de recebimento de horas extras, o advogado não é considerado como cargo de confiança, também conforme jurisprudência pacífica do Superior Tribunal do Trabalho: “Advogado Empregado. Não se confunde com aquele inerente ao cargo de confiança a que se refere o artigo duzentos e vinte e quatro, parágrafo segundo, da CLT. O mandato ‘in casu’, constitui a ‘habilitação’ para que o advogado possa exercer suas funções técnicas, não configurando qualquer posição especial que possa ele ostentar perante os demais empregados” (Proc. TSTRR nº120.698/94, 2ª Turma, Rel. Min. Hylo Gurgel, Diário da Justiça de 8.9.1995, p. 28662). O trabalho advocatício é peculiar. Os deslocamentos a fóruns e delegacias são freqüentes. Mesmo para aqueles que trabalham em tarefas consultivas, há necessidade de idas a bibliotecas, repartições públicas, cartórios, juntas comerciais etc. Para efeito de jornada de trabalho e seus reflexos, são computadas todas as horas em trânsito, ou seja, a hora de saída do local de trabalho e a hora do retorno. O adicional noturno é devido ao advogado no percentual de 25% para o trabalho no período da noite, considerandose para este fim o período compreendido entre as vinte horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, conforme dispõe o parágrafo terceiro do artigo 20 do Estatuto. 18/09/2015 Artigo 18 ao 21 Capítulo V DO ADVOGADO EMPREGADO (do artigo 18 ao artigo 21) Legislação comentada e gratuita. Direito Com Ponto Com http://www.direitocom.com/estatutodaadvocaciacomentado/tituloidaadvocaciadoartigo1ao43/capitulovdoadvogadoempregadodoartigo18ao… 5/8 54. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA NA RELAÇÃO DE EMPREGO É direito do advogado empregado o recebimento dos honorários de sucumbência, que não integram o salário ou a remuneração para efeitos trabalhistas e previdenciários por decorrer unicamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego (nos termos do art. 14 do Regulamento da Advocacia). A jurisprudência do TST é neste sentido, conforme julgado RR 647.953/2000. “O Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil estabelece duas posições asseguradas aos advogados empregados. A primeira, que afirma que sucumbência pertence, automaticamente, ao advogado empregado, quando esse atua nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada. A segunda, que condiciona à existência de acordo prévio, a partilha dos honorários em sucumbência entre o advogado empregado e a sociedade de advogados. Dessa forma, se o empregador for a pessoa física ou jurídica (empresa) estranha ao ramo da advocacia, o direito do advogado empregado à sucumbência é automático. Mas, se o empregador for a sociedade de advogados, cuja receita é também a própria sucumbência, a ‘partilha’ dependerá de acordo prévio. Na falta de acordo, não há partilha exigível”.[15] Os membros da sociedade de advogados não devem “confundir partilha da sucumbência com a partilha do lucro da sociedade. O lucro das sociedades de advogados pode ter origem em outras fontes de receitas, que não a sucumbência judicial. O Estatuto não fala em acordo para partilhar tais receitas, restringindose à sucumbência”.[16] O advogado público, qualquer que seja o regime da contratação, faz jus aos honorários sucumbenciais quando vencedor da causa, não constituindo qualquer vantagem pessoal, mas fruto de seu trabalho. Há intensa resistência da Administração Pública no pagamento dessa verba, o que é inconcebível, por ser direito patrimonial do advogado. Deveria até ser incentivado o recebimento dela, pois advém de vitórias obtidas em juízo, o que resulta em importantes vantagens econômicas ao erário. Na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.1944, o Supremo Tribunal Federal deu interpretação ao artigo 21 do Estatuto, assertando que “os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados (…) visto que a disposição é supletiva da vontade das partes, podendo haver estipulação em contrário, por ser direito disponível” (site STF). Desta forma pode haver estipulação em contrato de trabalho que o advogado empregado não participe do recebimento dos honorários de sucumbência ou apenas de parte da verba. As partes são livres para contratar. JURISPRUDÊNCIA DA OAB Exercício profissional — Advogado empregado — Uso de uniforme padrão — Violação da independência funcional. A advocacia, mais do que profissão liberal, é tratada pelo ordenamento ético‐jurídico como instrumento de realização da Justiça, de participação dos cidadãos no regime democrático e de defesa das liberdades públicas. A condição de empregado, atuando em departamento jurídico de empresa, particular ou estatal, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional do advogado. O uso de uniforme de trabalho faz lembrar as extintas ou decadentes ditaduras totalitárias, não se compadecendo com a liberdade, a honra, a nobreza e a dignidade da advocacia. Cumpre ao advogado subordinado representar junto à Ordem dos Advogados sobre atos dos superiores hierárquicos que lhe obstarem o livre exercício da profissão. Inteligência dos artigos 5º, X, e 133 da CF; 7º, I, e 18 do EAOAB; 4º do CED e 2º da Res. 3/92 do TED I. Proc. E‐2.978/2004 — v.u., em 15.7.2004, do parecer e ementa do Rel. Dr. Luiz Francisco Torquato Avólio — Rev. Dr. Ricardo Garrido Júnior — Presidente Dr. João Teixeira Grande. TED‐OAB/SP. Sociedade de advogados — Advogado empregado — Convenção coletiva de trabalho — Salário mínimo — Honorários de sucumbência. O advogado empregado tem regramento delineado nos arts. 18 a 21 do EAOAB e arts. 11 a 14 do Regulamento Geral. O salário mínimo é regulamentado no art. 19 do EAOAB e é estabelecido através de convenção coletiva de trabalho ajustada entre o Sindicato dos Advogados e o Sindicato das Sociedades de Advogados. Os honorários de sucumbência decorrem da fixação prevista nos arts. 21 e 22 do EAOAB. Proc. E‐2.132/00 — v.u. em 14.9.2000 do parecer e voto do Dr. Benedito Édison Trama — Rev. Dr. José Roberto Bottino 18/09/2015 Artigo 18 ao 21 Capítulo V DO ADVOGADO EMPREGADO (do artigo 18 ao artigo 21) Legislação comentada e gratuita. Direito Com Ponto Com http://www.direitocom.com/estatutodaadvocaciacomentado/tituloidaadvocaciadoartigo1ao43/capitulovdoadvogadoempregadodoartigo18ao… 6/8 — Presidente Dr. Robison Baroni. ACÓRDÃO Nº 4.365. EMENTA: Conduta incompatível com a advocacia. Advogados que em petição comunicam o desligamento da querelante por justa causa. Não‐configuração de falta ético‐disciplinar. Não comete infração ético‐disciplinar o advogado que comunica, em petição ao magistrado, o desligamento de advogado empregado, informando que a rescisão se deu por justa causa, emface do abandono de emprego, requerendo que as publicações sejam efetuadas em nome dos novos patronos. Vistos, relatados e discutidos estes autos de processo disciplinar nº 5.846/2001, acordam os membros da Segunda Turma Disciplinar — TED II, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, em julgar improcedente a representação e determinar o arquivamento dos autos. Sala das Sessões, 25 de agosto de 2004. (aa) José Maria de Almeida Rezende — Presidente; Carlos Alberto Mariano — Relator — Publicado no DOESP em 17.11.2004 — TED‐OAB/SP. Exercício profissional — Associação de defesa de interesses de consumidores — Advogado empregado ou contratado por associação de defesa de interesses de consumidores. Comete infração ética o advogado que aceita trabalhar, como empregado ou como autônomo, para propiciar a captação de causas e clientes, por intermédio de associação de defesa de interesses de consumidores, entidade leiga, não inscrita na OAB. A infração se avoluma à medida que o advogado se sujeita a trabalhar sem participação em honorários sucumbenciais. O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestigio da classe e da advocacia. O advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em qualquer circunstância (EAOB — artigo 21 e seu parágrafo 1º). Republicação para que seja desconsiderada e tornada sem efeito a publicação anterior, por erro de inserção da mesma. Proc. E‐2.944/2004 — v.u., em 19.8.2004, do parecer e ementa do Dr. Luiz Antônio Gambelli, vencidos o Relator Dr. Osvaldo Aristodemo Negrini Júnior e Revisor Dr. Zanon de Paula Barros — Presidente Dr. João Teixeira Grande. TED‐OAB/SP. Publicidade — Advogado empregado de sindicato — Limitações. O sindicato empregador detém liberdade de fazer publicidade de suas atividades e serviços como melhor lhe aprouver; entretanto, se o advogado empregado deste sindicato participar, deve o mesmo, antes da veiculação do anúncio, observar rigorosamente os parâmetros estabelecidos pelos artigos 28 “usque” 34 do CED e Provimento nº 94/2000, do Conselho Federal. Precedentes: E‐2.591/02, E‐ 2.456/01, E‐2.342/01, E‐2.587/02 e E‐2.610/02. II — Advogados empregados de sindicatos — Pretensão de estender a assessoria jurídica aos não sindicalizados — Impossibilidade — Os advogados empregados dos sindicatos devem restringir seu mister aos interesses coletivos ou individuais da categoria (art. 8º, III, da Carta Magna), sob pena de violar princípios éticos e estatutários da advocacia. Precedentes: E‐2.343/01 e E‐1.632/98. III — Advogados empregados. TED‐I‐OAB/SP. 449a. Sessão de 17 de outubro de 2002. ACÓRDÃO Nº 6.016. EMENTA: Advogado empregado que, atuando em causa trabalhista sob seu exclusivo patrocínio, permite que estagiária de direito, por ele substabelecida, levante importância judicial depositada em favor do cliente, sem que, mais tarde, preste contas do dinheiro ao constituinte, sob o argumento de que tal verba rescisória foi entregue ao titular do escritório, do qual era apenas empregado, não perde a responsabilidade sobre os atos praticados. Representação procedente com aplicação de suspensão por 30 (trinta) dias, que se arrastará até a efetiva prestação de contas. Vistos, relatados e examinados estes autos de Processo SC‐2.655/03 (Origem: PD 0299/00), acordam os membros da Terceira Câmara do Conselho Seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, em conhecer do recurso interposto contra decisão da Quarta Turma do Tribunal de Ética e Disciplina — TED IV, que aplicou ao querelado a pena de suspensão do exercício profissional pelo prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável até efetiva e real prestação de contas, por caracterizadas as infrações previstas nos incisos XX e XXI do artigo 34 do EAOAB, nos termos dos §§ 1º e 2º, inciso I, do artigo 37 do mesmo diploma legal, e, no mérito, negar‐lhe provimento, mantendo a decisão recorrida, determinando, ainda, instauração de processo “ex officio”, visando a exclusão do querelado do quadro de advogados da OAB, nos termos do inciso I do artigo 38 da Lei nº 8.906/94. Sala das Sessões, 22 de novembro de 2004. Aristeu José Marciano — Presidente em exercício; Edson Rodrigues dos Passos — Relator — Publicado no DOESP em 4.4.2005. RECURSO 2007.08.02314‐05/SCA‐PTU. Recte.: L.C.Z. (Advs.: Euro Bento Maciel OAB/SP 24768 e Outros). Recdos.: Conselho Seccionalda OAB/São Paulo e Maria Auxiliadora Almeida Junqueira. Relator: Conselheiro Federal José Sebastião Espíndola (MS). EMENTA 004/2012/SCA‐PTU. Recurso Especial – Levantamento judicial de valores em nome do constituinte – Ausência de prestação de contas – Alegação de contrato verbal – Prova de vínculos empregatícios entre Representante e Representado à época dos fatos – Impossibilidade de contrato de prestação de serviços autônomo – Infração ética caracterizada. 1. Havendo vínculo empregatício entre o Representante e o Representado no período que houve a interposição da ação que resultou em 18/09/2015 Artigo 18 ao 21 Capítulo V DO ADVOGADO EMPREGADO (do artigo 18 ao artigo 21) Legislação comentada e gratuita. Direito Com Ponto Com http://www.direitocom.com/estatutodaadvocaciacomentado/tituloidaadvocaciadoartigo1ao43/capitulovdoadvogadoempregadodoartigo18ao… 7/8 crédito em favor do constituinte não há que se falar em contrato de prestação de serviços em razão da existência de vínculo empregatício. 2. A retenção de valores levantados em nome do constituinte e a ausência de prestação de contas, bem como sua resistência em fazer, caracteriza infração ética esculpida nos incisos XX e XXI, do artigo 34, do EAOAB, a penalidade de suspensão pelo prazo de 30 (trinta) dias prorrogáveis até a efetiva prestação de contas, nos termos dos parágrafos 1º e 2º, inciso I, do artigo 37 do mesmo diploma legal, é medida que se impõe. 3. Recurso conhecido e negado provimento. ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos os autos do processo em referência, acordam os membros da Primeira Turma da Segunda Câmarado CFOAB, por unanimidade, em conhecer do recurso e negar provimento, nos termos do voto do Relator, que integra o presente. Brasília, 14 de fevereiro de 2012. Gilberto Piselo do Nascimento, Presidente. José Sebastião Espíndola, Relator. [1]Ver art. 12 do Regulamento Geral. [2]Ver anexo: STF – ADI nº 1194. [3]Ver anexo: STF – ADI nº 1194. [4]Cunha , Sólon de Almeida. Advogado empregado. Revista do Advogado , São Paulo, v. 23, n. 74, p. 87, dez. 2003. [5]Id., loc. cit. [6]Cunha , Sólon de Almeida. op. cit., p. 89. [7]REIS, Nélio. O advogado no direito do trabalho . Rio de Janeiro: Forense, 1965. p. 41. [8]LÔBO, Paulo Luiz Netto. op. cit., p. 127. [9]CORRÊA, Orlando de Assis. op. cit., p. 92. [10]SODRÉ, Ruy de Azevedo. A ética profissional e o Estatuto do Advogado , p. 412. [11]BURMEISTER, Luiz Lopes. Advogado empregado. In: Conferência NACIONAL da OAB, 13. Anais … São Paulo, 1990. p. 959. [12]Cunha , Sólon de Almeida. op. cit., p. 90. [13]MAMEDE, Gladston. Fundamentos da legislação do advogado, cit., p. 81. 18/09/2015 Artigo 18 ao 21 Capítulo V DO ADVOGADO EMPREGADO (do artigo 18 ao artigo 21) Legislação comentada e gratuita. Direito Com Ponto Com http://www.direitocom.com/estatutodaadvocaciacomentado/tituloidaadvocaciadoartigo1ao43/capitulovdoadvogadoempregadodoartigo18ao… 8/8 « artigo anterior: Artigo 15 ao 17 » Próximo artigo: Artigo22 ao 26 » [14]Cunha , Sólon de Almeida. op. cit., p. 90. [15]Id., loc. cit. [16]Id. Ibid., p. 92. Comente! Você precisa estar logado para comentar. Se você ainda não é cadastrado, clique aqui para se registrar Home | Autores | Links | Login | Fale com o autor | Conceito | Notícias | Artigos | Diretório de Advogados | Entre em Contato © Direito Com Ponto Com 2015 Todos os Direitos Reservados | Termos e Condições | Fale Conosco http://www.direitocom.com/estatuto-da-advocacia-comentado/titulo-i-da-advocacia-do-artigo-1-ao-43/capitulo-iv-da-sociedade-de-advogados-do-artigo-15-ao-artigo-17/artigo-15o-ao-17o http://www.direitocom.com/estatuto-da-advocacia-comentado/titulo-i-da-advocacia-do-artigo-1-ao-43/capitulo-vi-dos-honorarios-advocaticios-do-artigo-22-ao-artigo-26/artigo-22o-ao-26o http://www.direitocom.com/login/ http://www.direitocom.com/wp-login.php?stealth_reg_key=uk0ksmcnm3uoue5s0rjaq46cua&action=register http://www.direitocom.com/ http://www.direitocom.com/autores http://www.direitocom.com/links http://www.direitocom.com/login/ http://www.direitocom.com/autores http://www.direitocom.com/conceito http://www.direitocom.com/noticias http://www.direitocom.com/artigos/ http://www.direitocom.com/diretorio/planos/ http://www.direitocom.com/entre-em-contato/ http://www.direitocom.com/termos-e-condicoes http://www.direitocom.com/entre-em-contato http://www.agenciatribo.com.br/
Compartilhar