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CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
1 
Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 
Aula 11: 
 
Hoje, adentraremos em um outro assunto importantíssimo, muito 
cobrado não só em provas objetivas, mas também um dos assuntos 
campeões em provas discursivas. Muito atenção ao processo 
legislativo, ok?! 
Vamos nessa: 
 
Processo Legislativo: 
O que é o processo legislativo? 
Todo processo pressupõe uma sequência ordenada de atos 
(procedimentos) com a finalidade se alcançar uma finalidade. No caso 
em questão, a finalidade é a produção legislativa. 
Neste estudo sobre o processo legislativo (também chamado de 
“processo legiferante”) veremos o rito de elaboração, limitações e 
procedimentos em geral para se elaborarem os atos normativos 
primários, ou seja, aqueles que retiram o seu fundamento de 
validade diretamente do texto constitucional. 
Assim, temos, segundo o art. 59 da Constituição, que o processo 
legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
Todas as normas acima são atos primários, não vemos ali os 
decretos, portarias e etc. que seriam os "atos secundários", já que 
decorrem dos atos primários. Todos os atos ali presentes são também 
infraconstitucionais, com exceção das emendas, que após serem 
promulgadas se incorporam ao texto constitucional com mesmo 
status deste. Assim, podemos esquematizar na "pirâmide de Kelsen": 
CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
2 
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Observação 1 – Os atos primários não são somente estes 7 ali 
previstos. Embora não elencados como parte do “processo legislativo” 
pela Constituição, o Supremo Tribunal Federal e a doutrina 
reconhecem com atos primários outras normas como o Decreto 
Autônomo e o Regimento Interno dos Tribunais, pois são atos 
normativos que retiram seu fundamento de validade diretamente do 
texto da Constituição, sem que sejam simples atos regulamentares 
de outras normas. Alexandre de Moraes ainda cita os atos normativos 
expedidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 103-B, §4º, I) 
como pertencente a tal grupo. 
 
Observação 2 – Embora as emendas à Constituição tenham status 
idêntico às demais normas constitucionais, a doutrina costuma dizer, 
que a emenda constitucional enquanto proposta (PEC) teria, ainda, 
um status de ato infraconstitucional, pois a PEC deve respeitar os 
limites impostos pelo texto da Constituição, sendo assim, 
hierarquicamente subalterna. Após a promulgação, quando a emenda 
efetivamente passar a integrar o texto da constituição, será elevada 
ao status constitucional se impondo sobre todo o resto do 
ordenamento e não possuindo distinções hierárquicas com as normas 
originárias. 
 
1. (ESAF/AFT/2010) A emenda à Constituição Federal, 
enquanto proposta, é considerada um ato infraconstitucional. 
Comentários: 
Segundo a doutrina a emenda constitucional enquanto proposta 
(PEC) teria seria considerado um ato infraconstitucional, já que 
respeitar os limites impostos pelo texto da Constituição. Após a 
promulgação, no entanto, seria elevada ao status constitucional sem 
diferenciação hierárquica perante as normas originárias. 
Gabarito: Correto. 
 
 
 
Emendas Constitucionais 
Lei Complementar 
Lei Ordinária 
Lei Delegada 
Medida Provisória 
Decreto Legislativo 
Resolução 
CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES 
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Hierarquia entre as normas: 
Não existe qualquer hierarquia entre normas de um mesmo patamar. 
Ou seja, não há hierarquia entre normas constitucionais originárias e 
normas constitucionais derivadas (oriundas de emendas); também 
não há qualquer hierarquia das normas infraconstitucionais entre si, a 
diferença delas se situa no âmbito da matéria tratada e não no 
campo hierárquico. 
Não há também o que se falar em hierarquia entre os ordenamentos 
de entes distintos. Ou seja, não existe superioridade hierárquica de 
uma norma federal sobre uma estadual, ou de uma norma estadual 
sobre a Municipal. A exceção a isso é apenas a Constituição Federal, 
que na verdade não é uma norma “federal” e sim “nacional” 
(aplicável a toda a federação), sendo o diploma máximo, superior na 
organização interna de todo o país. 
É de se destacar ainda que, embora não haja hierarquia entre normas 
de ordenamentos distintos da federação, existem interferências 
constitucionalmente estabelecidas, como a necessidade de lei 
estadual respeitar certas normas gerais federais, e ainda a 
possibilidade presente no art. 24 da Constituição (matéria legislativa 
concorrente) de que norma federal superveniente suspenda a eficácia 
da norma estadual que legislou plenamente na omissão legislativa da 
União. 
Veja que, por não haver hierarquia, não se fala em “revogação” da 
norma estadual, mas de uma “suspensão”. 
 
2. (ESAF/AFTE-RN/2005) Em razão da estrutura federativa do 
Estado brasileiro, as normas federais são hierarquicamente 
superiores às normas estaduais, porque as Constituições estaduais 
estão limitadas pelas regras e princípios constantes na Constituição 
Federal. 
Comentários: 
Não há o que se falar em hierarquia entre os ordenamentos federais, 
estaduais e municipais, pois as entidades políticas no Brasil são 
dotadas de autonomia, e esta pressupõe uma independência entre os 
entes. Mas, não é errado dizer que as Constituições Estaduais estão 
limitadas pela Federal, pois na verdade, a Constituição não é apenas 
federal e sim de toda a República Federativa do Brasil, sendo assim 
uma norma "nacional" e não meramente "federal". 
Gabarito: Errado. 
 
3. (ESAF/AFT/2004) Por não existir hierarquia entre leis 
federais e estaduais, não há previsão, no texto constitucional, da 
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possibilidade de uma norma federal, quando promulgada, suspender 
a eficácia de uma norma estadual. 
Comentários: 
Realmente não há hierarquia entre normas federais e estaduais, 
porém, temos, na Constituição Federal, certas matérias no art. 24 
chamadas “matérias de legislação concorrente”. Ao se regulamentar 
estas matérias, a União fará normas gerais e, observando estas 
normas gerais, o Estados farão normas específicas. Se a norma geral 
da União inexistir, os Estados não precisam observar “nada”, poderão 
legislar de forma plena. Porém, se futuramente sobrevier uma norma 
geral editada pela União, esta irá suspender toda a parte a qual o 
Estado legislou livremente que for contrária aos preceitos 
estabelecidos nesta norma geral. Não suspende tudo, mas apenas o 
que for contrário. 
Gabarito: Errado. 
 
Formalidades do processo legislativo: 
Art. 59, parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a 
elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. 
Essa lei complementar existe, é a LC 95/98. 
 
4. (FCC/TJAA-TJ-PI/2009) O processo legislativo NÃO 
compreende a elaboração de: 
a) decretos legislativos. 
b) emendas à Constituição. 
c) medidas provisórias. 
d) resoluções. 
e) portarias. 
Comentários: 
O processo legislativo, segundo o art. 59 da Constituição, 
compreende a elaboração de 7 normas, sendo que 6 delas são 
infraconstitucionais de mesma hierarquia e 1 delas (EC) é norma de 
hierarquia equivalente às normas constitucionais originárias. São 
elas: I - emendas à Constituição;II - leis complementares; III - leis 
ordinárias; IV - leis delegadas;V - medidas provisórias; VI - decretos 
legislativos; VII - resoluções. 
Gabarito: Letra E. 
 
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5. (CESGRANRIO/AdvogadoJr. - Petrobrás/2010) De acordo 
com o texto da Constituição Federal, o processo legislativo NÃO 
compreende a elaboração de 
a) emendas à Constituição. 
b) medidas provisórias. 
c) leis delegadas. 
d) decretos. 
e) resoluções. 
Comentários: 
O processo legislativo, segundo o art. 59 da Constituição, 
compreende a elaboração de 7 normas, sendo que 6 delas são 
infraconstitucionais de mesma hierarquia e 1 delas (EC) é norma de 
hierarquia equivalente às normas constitucionais originárias. São 
elas: I - emendas à Constituição;II - leis complementares; III - leis 
ordinárias; IV - leis delegadas;V - medidas provisórias; VI - decretos 
legislativos; VII - resoluções. 
Gabarito: Letra D. 
 
6. (CESGRANRIO/Analista-DNPM/2006) Conforme a 
Constituição, o processo legislativo NÃO compreende a elaboração 
de: 
(A) emendas à Constituição. 
(B) medidas provisórias. 
(C) decretos legislativos. 
(D) resoluções. 
(E) portarias. 
Comentários: 
Novamente. O processo legislativo, segundo o art. 59 da 
Constituição, compreende a elaboração de 7 normas, sendo que 6 
delas são infraconstitucionais de mesma hierarquia e 1 delas (EC) é 
norma de hierarquia equivalente às normas constitucionais 
originárias. São elas: I - emendas à Constituição;II - leis 
complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas;V - medidas 
provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. 
Gabarito: Letra E. 
 
7. (CESPE/Técnico Legislativo- Sênior I AL-ES/2011) O 
processo legislativo é o conjunto de atos e atividades destinados à 
elaboração de normas jurídicas. 
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Comentário: 
Esta definição corretamente se encaixa no conceito de processo 
legislativo. 
Gabarito: Correto 
 
8. (CESPE/Analista-Câmara dos Deputados/2012) O 
processo legislativo compreende a elaboração de emendas à 
Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas e 
medidas provisórias. Os decretos legislativos e as resoluções — que 
tratam de matérias de competência privativa do Senado Federal e da 
Câmara dos Deputados — são considerados atos internos do Poder 
Legislativo, que não necessitam de sanção presidencial e, portanto, 
não compõem o processo legislativo. 
Comentário: 
Primeiramente importante destacar que os decretos legislativos e as 
resoluções estão compreendidos no processo legislativo. O fato de 
dependeram ou não de sanção presidencial não guarda relação com 
as espécies normativas, lembrando que as emendas constitucionais 
dispensam a sanção presidencial. Confira no art. 59 da Constituição: 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - 
emendas à Constituição; II - leis complementares;III - leis 
ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - 
decretos legislativos; VII - resoluções. 
Gabarito: Errado. 
 
9. (CESPE/Técnico Legislativo- Sênior I AL-ES/2011) O 
processo legislativo compreende a elaboração de leis ordinárias, de 
leis complementares, de leis delegadas, de resoluções administrativas 
dos tribunais, bem como dos decretos regulamentares. 
Comentários: 
O processo legislativo não compreende nem as resoluções 
administrativas dos tribunais nem os decretos regulamentares, 
apenas aquelas 7 normas constantes no art. 59 da Constituição, quais 
sejam: I - emendas à Constituição; II - leis complementares;III - leis 
ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - 
decretos legislativos; VII - resoluções. 
As "resoluções" que aqui se encontram não são "resoluções 
administrativas", mas sim espécies de normas que podem ser 
expedidas pela Casas Legislativas, notadamente para regulamentar 
aquelas matérias que estão no art. 51 e 52 da Constituição. Já o 
Decreto-Legislativo não se confunde com "decreto regulamentar". 
Decreto-Legislativo é espécie normativa privativa do Congresso, para 
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dispor sobre os temas de sua competência exclusiva, disposta no art. 
49 da Constituição. Já o decreto regulamentar é o decreto elaborado 
pelo Presidente da República para regulamentar a forma como 
algumas leis devem ser aplicadas. 
Gabarito: Errado. 
 
10. (CESPE/TCE-AC/2009) Segundo a CF, emenda constitucional 
disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das 
leis. 
Comentários: 
Não existe nenhuma disposição na Constituição que tenha como 
redação "emenda constitucional disporá sobre", isto porque, deste 
modo, iria criar-se uma disposição regulamentar de status 
constitucional, o que não tem lógica alguma. O enunciado trata do 
art. 59 parágrafo único da Constituição, que diz "Cabe à lei 
complementar dispor sobre a elaboração, redação, alteração e 
consolidação das leis". 
Gabarito: Errado. 
 
11. (FGV/Técnico Legislativo – Senado/2008) Consoante os 
termos do art. 59 da Constituição brasileira, as seguintes normas 
estão compreendidas no regular processo legislativo: 
a) resoluções e decretos. 
b) medidas provisórias e estatutos. 
c) leis programáticas e leis delegadas. 
d) decretos legislativos e resoluções. 
e) leis complementares e leis suplementares. 
Comentários: 
O processo legislativo, segundo o art. 59 da Constituição, 
compreende a elaboração de 7 normas, sendo que 6 delas são 
infraconstitucionais de mesma hierarquia e 1 delas (EC) é norma de 
hierarquia equivalente às normas constitucionais originárias. São 
elas: I - emendas à Constituição;II - leis complementares; III - leis 
ordinárias; IV - leis delegadas;V - medidas provisórias; VI - decretos 
legislativos; VII - resoluções. 
Gabarito: Letra D. 
 
12. (FEPESE/PGE-SC/2009) Lei ordinária disporá sobre a 
elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. 
Comentários: 
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Isso é papel da lei complementar. 
Gabarito: Errado. 
 
Noções sobre o trâmite do Processo Legislativo: 
O processo legislativo básico é aquele onde se faz as “leis ordinárias”, 
o nome é “ordinária”, pois é a lei comum, que segue a ordem natural. 
Este será o processo legislativo mais completo e para o qual a 
Constituição deu maior atenção. O processo da lei complementar é o 
mesmo da lei ordinária, a única diferença é o quórum exigido para 
votação – na lei complementar necessita-se da maioria absoluta dos 
votos (mais da metade do efetivo da Casa), enquanto na lei ordinária 
basta a maioria simples (mais da metade dos presentes). 
Além das leis complementares e ordinárias, no entanto, sabemos que 
existem outras 5 espécies de normas sujeitas a processo legislativo, 
essas normas (emendas constitucionais, decretos legislativos, leis 
delegadas, resoluções e medidas provisórias) possuem trâmites 
particulares, muitas vezes com ausência de algumas das fases do 
processo comum das leis ordinárias, conforme veremos. 
As fases básicas de um processo legislativo são as seguintes: 
1ª - Fase introdutória: 
É a fase onde alguém toma a iniciativa de um projeto de lei, levando 
o tem à discussão. 
Existem casos na Constituição onde teremos iniciativa exclusiva para 
certos temas (ex. só o Presidente pode iniciar as matérias do art. 61 
§1º, só o STF pode iniciar a discussão sobre o estatuto da 
Magistratura previsto na CF, art. 93) e outros casos onde a iniciativa 
será concorrente, podendo ser tomada por diversas autoridades 
distintas. 
A iniciativa é, em regra, apresentada à Câmara dos Deputados, sendo 
exceção a isto quando ela for tomada pro Senadores ou Comissão do 
Senado, quando irá se instaurar a discussão diretamente no Senado 
Federal. 
 
2ª - Fase Constitutiva: 
Após ser tomada a iniciativa, deverá se deliberar a respeito do 
projeto e proceder a votação para fins de aprovação/rejeição do 
mesmo. A fase constitutivase divide em duas etapas: 
Deliberação parlamentar – Consiste na discussão do projeto e sua 
aprovação/rejeição. 
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Deliberação executiva – Consiste da sanção ou veto do chefe do 
Poder Executivo ao projeto que tenha sido aprovado na deliberação 
parlamentar 
Sanção é o ato do chefe do Executivo através do qual ele 
“concorda” com a deliberação parlamentar e assim faz nascer 
a lei1. Caso não concorde com o projeto ele deverá vetá-lo (total ou 
parcialmente). 
A sanção é o procedimento que faz a lei se tornar um ato perfeito e 
acabado, terminando a sua fase de “construção”. Assim, a sanção 
transforma o “projeto” em “lei”. 
 
3ª - Fase Complementar: 
Caso o projeto tenha sido sancionado pelo chefe do Executivo, ele 
chega na sua fase complementar, que consiste na promulgação da lei 
e na sua publicação. Para José Afonso da Silva, a fase complementar 
estaria fora do processo legislativo, pois a lei já foi criada com a 
sanção, sendo esta fase complementar uma condição de validade 
para lei. 
Promulgar é “declarar a existência da lei”. Com a sanção na fase 
constitutiva termina-se a “construção” da lei, desta forma, a 
promulgação incide sobre um ato perfeito e acabado apenas 
atestando que a lei existe e cumpriu o todo o seu rito constitutivo. 
Publicar a lei é comunicar aos destinatários que a ordem jurídica 
foi inovada. 
Ainda que com a publicação da lei, em regra, ela não começa a viger 
instantaneamente, ela deverá respeitar um período para que as 
pessoas tomem conhecimento da inovação, na ausência de disposição 
expressa, este período de “latência”, chamado de “vacatio legis” é 
de 45 dias, no entanto, a LC 95/98 permite que para leis de 
menores repercussões possa ser adotada a cláusula de “entrada em 
vigor na data de sua publicação”. 
 
13. (CESPE/ Juiz – TJ-CE/2012) A promulgação é entendida 
como o atestado de existência da lei; desse modo, os efeitos da lei 
somente se produzem depois daquela. 
 
1 Esta é a posição de José Afonso da Silva que diz que a sanção terminaria o 
processo legislativo propriamente dito, posição que é seguida por Alexandre de 
Moraes, que ainda endossa como defendida por Michel Temer, Manoel Gonçalves 
Ferreira Filho e Pontes de Miranda, entre outros. Há, no entanto, posições 
contrárias a esta, que diz ser a promulgação o procedimento que transforma o 
projeto em lei. Seguiremos a primeira posição. 
CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
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Comentários: 
O enunciado está correto, já que a promulgação é o ato que declara 
existência da lei, informa que a ordem jurídica foi inovada, sendo 
condição para que a lei possa produzir efeitos. 
Gabarito: Correto 
 
14. (CESPE/TJDFT/2008) A promulgação de uma lei torna o ato 
perfeito e acabado, sendo o meio pelo qual a ordem jurídica é 
inovada. A publicação, por sua vez, é o modo pelo qual se dá 
conhecimento a todos sobre o novo ato normativo que se deve 
cumprir. 
Comentários: 
O CESPE seguiu a linha doutrinária segundo a qual a “sanção” torna o 
ato perfeito e acabado, inovando a ordem jurídica. A promulgação 
apenas “declara que a ordem jurídica foi inovada”, ou seja, a 
promulgação declara que um projeto de lei foi sancionado. Assim, a 
promulgação já incide sobre um ato perfeito e acabado, sendo errado 
dizer que ela “torna” o ato perfeito e acabado. O resto do enunciado 
está correto, realmente a publicação é o modo pelo qual se dá 
conhecimento a todos sobre o novo ato normativo que se deve 
cumprir. 
Gabarito: Errado. 
 
Repristinação: 
 
15. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) Quanto ao processo 
legislativo, o fenômeno consistente na ocorrência de uma norma 
revogadora de outra anterior, que tenha revogado uma mais antiga, 
e que recoloque esta última novamente em estado de produção de 
efeitos é denominado repristinação. 
Comentários: 
A repristinação é o fenômeno em que uma norma que havia sido 
revogada volta a vigorar, após a norma que a revogou também ter 
sido, por sua vez, revogada por uma terceira norma. Porém, este 
fenômeno não é aceito no Brasil de forma tácita, apenas de forma 
expressa. Ou seja, imaginemos uma lei "A" que é revogada pela lei 
"B". Se uma lei "C" vier a revogar a lei "B", não podemos dizer que a 
lei "A" será automaticamente repristinada (voltará a vigorar), isso só 
ocorrerá caso a lei "C" diga expressamente que "volta a vigorar as 
disposições da lei A", caso contrário, não se admite a repristinação. 
Gabarito: Correto. 
CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES 
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Emendas Constitucionais: 
Vamos falar agora sobre o processo legislativo para a reforma da 
Constituição. 
 
Iniciativa (fase introdutória): 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante 
proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos 
Deputados ou do Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das 
unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, 
pela maioria relativa de seus membros. 
A iniciativa legislativa para a proposição de emenda constitucional é 
concorrente, ou seja, a Constituição não fez reservas de matérias que 
só poderiam ter iniciativa da emenda tomada por um ou outro 
legitimado (diferente do que veremos no art. 61 §1º). Assim, 
independente do tema tratado, qualquer dos legitimados acima 
poderá iniciar a “proposta de emenda constitucional (PEC)”. 
 
16. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008) Com relação ao Processo 
Legislativo, é correto afirmar que a Constituição poderá ser 
emendada mediante proposta de, no mínimo, dois terços dos 
membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal 
Comentários: 
Para propor uma emenda constitucional, os deputados ou senadores, 
devem reunir pelo menos 1/3 do efetivo de sua Casa, não precisa 2/3 
(vide CF, art. 60). 
Gabarito: Errado. 
 
17. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) A Constituição poderá ser 
emendada mediante proposta da maioria simples, no mínimo, dos 
membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. 
Comentários: 
O mínimo que se exige de Deputados ou Senadores para que uma 
proposta de emenda constitucional seja aceita, é de 1/3 (CF, art. 60). 
Gabarito: Errado. 
 
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18. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) A Constituição poderá ser 
emendada mediante proposta de mais da metade das Assembléias 
Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma 
delas, pela maioria absoluta de seus membros. 
Comentários: 
Não há necessidade da maioria absoluta. Basta maioria relativa 
(simples), de acordo com a Constituição, em seu art. 60, III. 
Gabarito: Errado. 
 
19. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) O Presidente da República 
pode, isoladamente, apresentar proposta de emenda à Constituição. 
Comentários: 
O Presidente da República é a única autoridade que poderá, 
isoladamente, propor emendas à Constituição (CF, art. 60) 
Gabarito: Correto. 
 
20. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) A Constituição poderá ser 
emendada mediante proposta de um terço, no mínimo, dos membros 
do Senado Federal. 
Comentários: 
Perfeitamente de acordo com o art. 60 da Constituição Federal, que 
estabelece, que a Constituição poderá ser emendada mediante 
proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados 
ou do Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da 
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de 
seus membros. 
Gabarito: Correto. 
 
21. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009)A CF pode ser emendada 
por proposta de assembleia legislativa de uma ou mais unidades da 
Federação, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de 
seus membros. 
Comentários: 
Precisa-se da reunião de mais da metade das assembléias 
legislativas, uma só não basta (CF, art. 60, III). 
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Gabarito: Errado. 
 
22. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) A CF 
admite emenda constitucional por meio de iniciativa popular. 
Comentários: 
Isso não é possível. A iniciativa popular é capaz de propor apenas 
projetos de leis ordinárias e complementares. 
A iniciativa para emendas é somente aquela que vimos no art. 60. 
Gabarito: Errado. 
 
23. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Um deputado federal, diante da 
pressão dos seus eleitores, pretende modificar a sistemática do 
recesso e da convocação extraordinária no âmbito do Congresso 
Nacional. Assim, no caso narrado, para que modificação pretendida 
seja votada pelo Congresso Nacional, a proposta de emenda 
constitucional deverá ser apresentada por, no mínimo, um terço dos 
membros da Câmara dos Deputados. 
Comentários: 
Exatamente. É uma das formas de iniciativa para a Emenda 
Constitucional, prevista pelo art. 60 da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
24. (ESAF/Analista Administrativo – ANEEL/2006) A 
Constituição Federal prevê a possibilidade de apresentação de 
proposta de Emenda à Constituição conjuntamente pelo Senado 
Federal e pela Câmara dos Deputados, sendo necessário, nesse caso, 
que a iniciativa seja apoiada por um número de Parlamentares 
equivalente a um terço do número total de membros do Congresso 
Nacional. 
Comentários: 
Não há previsão para proposta conjunta. A iniciativa deve acontecer 
segundo o art. 60 da Constituição, através de: 
� De 1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do 
Senado; 
� Do Presidente da República; ou 
� De mais da metade das Assembléias Legislativas, com maioria 
relativa em cada uma delas. 
Gabarito: Errado. 
 
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Limitação circunstancial 
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência 
de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de 
sítio. 
Veja que, nos termos da Constituição, não há impedimentos para que 
haja a deliberação sobre a proposta na vigência de intervenção 
federal, de estado de defesa ou de estado de sítio, o que não pode 
ocorrer é a efetivação da emenda, ou seja, a sua promulgação. É 
diferente do que está no §4º onde, “em tese”, sequer poderá haver a 
deliberação sobre o assunto. 
 
25. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) A Constituição Federal 
poderá ser emendada na vigência do estado de defesa, mediante 
proposta de dois quintos do Congresso Nacional. 
Comentários: 
Segundo a Constituição, em seu art. 60 § 1º, a Constituição não 
poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado 
de defesa ou de estado de sítio. Trata-se de uma "limitação 
circunstancial" ao poder de reforma da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
26. (CESPE/Analista - EBC/2011) Durante a vigência do estado 
de sítio, apenas a fase da votação das propostas de emenda à 
Constituição Federal fica suspensa. 
Comentários: 
O texto constitucional estabelece no seu art. 60 §1º que a 
Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção 
federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Assim, nos termos 
da Constituição, não há impedimentos para que haja a deliberação 
sobre a proposta na vigência de intervenção federal, de estado de 
defesa ou de estado de sítio, o que não pode ocorrer é a efetivação 
da emenda, ou seja, a sua promulgação. 
Gabarito: Errado. 
 
27. (ESAF/ENAP/2006) A aprovação de Emenda Constitucional 
durante o estado de sítio só é possível se os membros do Congresso 
Nacional rejeitarem, por quorum qualificado, a suspensão das 
imunidades dos Parlamentares durante a execução da medida. 
Comentários: 
A questão necessita ser “traduzida”. Ela tentou relacionar aquela 
disposição constitucional do art. 53 § 8º que diz “as imunidades de 
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Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só 
podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros 
da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do 
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da 
medida” com a reforma constitucional. Não há qualquer relação de 
uma cosia com a outra. A Constituição é taxativa: não poderá haver 
emenda durante a vigência de intervenção federal, de estado de 
defesa ou de estado de sítio. Não há exceções. 
Gabarito: Errado. 
 
28. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Não poderá ser objeto de 
deliberação a proposta de emenda à Constituição, na vigência de 
intervenção federal, estado de defesa ou estado de sítio. 
Comentários: 
A ESAF nessa questão se prendeu na literalidade da Constituição. A 
Constituinção diz em seu art. 60 §1º: a Constituição não poderá ser 
emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa 
ou de estado de sítio. Vemos, então, que a deliberação pode 
acontecer, o que não poderá acontecer é a efetivação da emenda. 
Gabarito: Errado. 
 
29. (ESAF/MRE/2004) O texto constitucional brasileiro não 
poderá ser emendado durante a vigência de intervenção federal, 
salvo se a emenda à Constituição tiver sido proposta antes da 
decretação da intervenção. 
Comentários: 
Durante a intervenção, não poderá ocorrer a emenda ao texto em 
nenhum caso (CF, art. 60 §1º). É uma "limitação circunstancial" ao 
poder de reforma. A vigência da intervenção impede que haja 
promulgação de emendas, independente da data da propositura. 
Gabarito: Errado. 
 
Limitação Procedimental (fase constitutiva e fase 
complementar) 
§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se 
aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos 
respectivos membros. 
§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas 
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com 
o respectivo número de ordem. 
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Primeiramente, perceba que emenda constitucional não passa por 
sanção/veto do Presidente da República, vamos mais além: veja que 
o Poder Executivo não tem qualquer participação nas fases 
constitutiva e complementar das emendas. 
Diferentemente do que ocorre no procedimento de elaboração das 
leis, onde o Executivo é responsável por sancionar, promulgar e 
publicar a norma, no procedimento de reforma constitucional, a única 
participação do Executivo é na faculdade que tem o Presidente da 
República para iniciar a proposta. 
Observação – Quem promulga a emenda são as Mesas de ambas as 
Casas Legislativas e não a Mesa do Congresso. 
 
30. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) A emenda à Constituição 
será promulgada pelo Presidente da República. 
Comentários: 
Não existe fase de emenda constitucional que passe pelo Poder 
Executivo, ela nasce no Legislativo e por ali é promulgada. A 
Constituição, então, dispõe em seu art. 60 § 3º que a emenda à 
Constituição será promulgada pelas Mesas de ambas as Casas, com o 
respectivo número de ordem. 
Gabarito: Errado. 
 
31. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) A Emenda à Constituição 
será promulgada pelo Presidente do Congresso Nacional, após 
votada, em único turno, pela maioria absoluta dos seus membros. 
Comentários: 
A Constituição, então, dispõe em seu art. 60 § 3º que a emenda à 
Constituição será promulgada pelas Mesas de ambas as Casas, com o 
respectivo número de ordem. Além disso, deverá ser votadaem 2 
turnos, em cada Casa do Congresso, e aprovada pelo voto de 3/5 dos 
membros da Casa em cada um deles. 
Gabarito: Errado. 
 
32. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) Depende de 
deliberação do Congresso Nacional, em sessão conjunta, a aprovação 
de emenda constitucional, em dois turnos de votação. 
Comentários: 
A emenda constitucional não é votada em sessão conjunta, ela é 
votada em cada Casa do Congresso separadamente em dois turnos 
de votação em cada uma delas. 
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Gabarito: Errado. 
 
33. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) A proposta de emenda 
constitucional será aprovada se obtiver, em cada Casa do Congresso 
Nacional, em dois turnos, três quintos dos votos dos respectivos 
membros. 
Comentários: 
A proposta de emenda deverá ser discutida e votada em cada Casa 
do Congresso, em 2 turnos de votação em cada uma, e será 
aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos 
membros, tudo isso nos termos do art. 60 § 2º da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
34. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) A proposta de emenda será 
promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal. 
Comentários: 
Perceba que as emendas constitucionais não estão sujeitas à 
promulgação pelo Presidente da República, nem apreciação para 
sanção ou veto. Elas serão promulgadas no próprio Poder Legislativo 
(CF, art. 60 §3º). 
Gabarito: Correto. 
 
35. (CESPE/Promotor de Justiça MPE-PI/2012) A proposta de 
emenda constitucional será aprovada, após votação em dois turnos 
em cada casa do Congresso Nacional, se obtiver três quintos dos 
votos dos respectivos membros em cada votação, ficando a casa 
legislativa na qual tenha sido concluída a votação encarregada de 
enviar o projeto de emenda ao presidente da República, que, 
aquiescendo, o sancionará. 
Comentários: 
O erro da questão está em dizer que as emendas constitucionais 
serão sancionadas pelo Presidente da República, conforme 
estabelecido no art. Art. 60, § 3º da Constituição, que diz que a 
emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de 
ordem. 
Gabarito: Errado. 
 
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36. (CESPE/CBM-DF/2011) Cabe à casa legislativa na qual 
tenha sido concluída a votação de emenda à Constituição Federal 
enviar a referida emenda ao presidente da República para 
promulgação e consequente publicação. 
Comentários: 
O erro está em afirmar que a emenda à Constituição deve ser 
enviada à sanção do Presidente da República. Lembre-se que 
emendas não necessitam de sanção presidencial. Veja que a banca 
insistente afirma que as emendas devem ser enviadas à promulgação 
do Presidente, o que não é verdade, se ligue. Por fim, importante 
lembrar que tal regra vale para as leis, conforme previsto no art. 66 
da CR. 
Gabarito: Errado. 
 
37. (CESPE/TJAA-STM/2011) Proposta de emenda constitucional 
deve ser discutida e votada nas duas Casas do Congresso Nacional, 
em turno único, considerando-se aprovada se obtiver três quintos dos 
votos dos seus respectivos membros. Na fase constitutiva do seu 
processo legislativo, conta-se com a participação do presidente da 
República, e a promulgação deve realizar-se, conjuntamente, pelas 
Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. 
Comentários: 
A questão se equivoca ao dizer que será em turno único, quando na 
verdade será em dois turnos de votação em ambas as Casas. Outro 
erro é que o Presidente não participa da sua fase constitutiva (fase de 
deliberação/aprovação/sanção/veto - lembrando que não há 
sanção/veto para emendas), participa apenas da fase introdutória 
(iniciativa). 
Lembrando que na fase complementar (promulgação e publicação) 
também é ausente a participação do Presidente da República. 
Gabarito: Errado. 
 
38. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Uma vez preenchido o requisito 
da iniciativa e instaurado o processo legislativo, a proposta de 
emenda à CF será discutida e votada em cada Casa do Congresso 
Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em 
ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 
Comentários: 
Isso aí. Essa é a perfeita disposição do mandamento constitucional 
estabelecido no art. 60 §2º. 
Gabarito: Correto. 
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39. (CESPE/AGU/2009) Não há veto ou sanção presidencial na 
emenda à Constituição. 
Comentários: 
A Constituição não previu a fase de sanção ou veto do Presidente às 
propostas de emendas constitucionais. Estas são iniciadas no 
Legislativo e por ali terminam, sendo promulgadas pelas Mesas das 
Casas Legislativas. 
Gabarito: Correto. 
 
40. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A proposta de emenda 
constitucional deve ser discutida e votada em cada casa do 
Congresso Nacional em dois turnos, considerando-se aprovada, se 
obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 
A casa na qual tenha sido concluída a votação deve enviar o projeto 
de emenda ao presidente da República, para que este, aquiescendo, 
o sancione. 
Comentários: 
Emenda constitucional não se sujeita à sanção nem ao veto do 
Presidente. 
Gabarito: Errado. 
 
41. (CESPE/AJAA - TRT 5ª/2009) Prescinde de sanção do 
presidente da República emenda constitucional que tenha sido 
regularmente aprovada no Congresso Nacional. 
Comentários: 
Prescindir é o mesmo que dispensar, não haver necessidade. Emenda 
constitucional dispensa ou não dispensa sanção do Presidente? Sim, 
dispensa, ou seja, prescinde de sanção. 
Gabarito: Correto. 
 
42. (ESAF/AFTN/1998) A Câmara dos Deputados atua como 
Casa revisora no que diz respeito a projetos de Emenda 
Constitucional aprovados pelo Senado Federal. 
Comentários: 
No processo legislativo de emendas à Constituição, não há o que se 
falar em “casa revisora”, pois o inteiro teor do projeto deve ser 
aprovado em dois turnos em cada Casa, sendo assim uma votação 
autônoma, não cabendo a uma Casa propor emendas não apreciadas 
anteriormente pelos 2 turnos da Casa anterior. 
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Gabarito: Errado. 
 
43. (ESAF/analista administrativo – ANEEL/2006) A emenda à 
Constituição será promulgada pela Mesa do Congresso Nacional, com 
o respectivo número de ordem, em sessão conjunta das duas Casas. 
Comentários: 
Será pela mesa de ambas as casas e não do Congresso em conjunto 
(CF, art. 60 §3º). 
Gabarito: Errado. 
 
44. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) A promulgação de emendas à 
Constituição Federal compete às Mesas da Câmara e do Senado, não 
se sujeitando à sanção ou veto presidencial. 
Comentários: 
A Constituição não previu a fase de sanção ou veto do Presidente às 
propostas de emendas constitucionais. Estas são iniciadas no 
Legislativo e por ali terminam, sendo promulgadas pelas Mesas das 
Casas Legislativas. É o que dispõe a Constituição em seu art. 60 §3º. 
Gabarito: Correto. 
 
45. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) A emenda à Constituição Federal só 
ingressa no ordenamento jurídico após a sua promulgação pelo 
Presidente da República, e apresenta a mesma hierarquia das normas 
constitucionais originárias. 
Comentários: 
É correto dizer que a emenda apresenta a mesma hierarquia das 
normas constitucionais originárias, já que pelo princípio da unidade 
da Constituição, não podemos fazer diferenciação hierárquica entre 
normas constitucionais. Porém, nos termos do art. 60 §3º, a 
promulgação de emendas à Constituição Federal compete às 
Mesas da Câmara e do Senado, não se sujeitando à sanção ou 
veto presidencial nem a promulgação por parte do Executivo. 
Gabarito: Errado.46. (ESAF/MRE/2003) Nenhuma norma da Constituição, mesmo 
que não seja materialmente constitucional, pode ser alterada por 
maioria simples ou mesmo absoluta. 
Comentários: 
Todas as normas da Constituição só poderão ser alteradas pelo rito 
do art. 60, que exige maioria de 3/5 dos membros das Casas 
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Legislativas. Isso porque nossa Constituição é classificada como rígida 
(necessita sempre de procedimento especial para alteração) e não 
uma constituição semi-flexível, ou semirrígida (que faria diferença 
entre normas materiais e não-materiais). 
Gabarito: Correto. 
 
47. (FGV/Advogado-Senado/2008) Podem apresentar proposta 
de emenda à Constituição Federal: o Presidente da República; um 
terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do 
Senado Federal; e mais da metade das Assembleias Legislativas das 
unidades de federação, manifestando-se, cada uma delas, pela 
maioria relativa de seus membros. A proposta de emenda à 
Constituição será submetida à discussão e votação em cada casa 
legislativa, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver três 
quintos de votos favoráveis dos membros de cada casa. 
Comentários: 
Está correta a assertiva, já que expôs o conteúdo do art. 60 da 
Constituição: 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante 
proposta: 
I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos 
Deputados ou do Senado Federal; 
II – do Presidente da República; 
III – de mais da metade das Assembleias Legislativas das 
unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, 
pela maioria relativa de seus membros. 
Depois, também expôs de forma correta o mandamento do art. 60, 
em seu §2.º: 
§ 2.º – A proposta será discutida e votada em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se 
aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos 
respectivos membros. 
Gabarito: Correto. 
 
Limitação Material – Cláusulas Pétreas 
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda 
tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
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IV - os direitos e garantias individuais. 
Perceba que, em princípio, a Consituição protegeu as cláusulas 
pétreas de tal forma que não se poderá sequer haver deliberação 
sobre a matéria. Obviamente isso é “em tese”, já que muitas vezes a 
ofensa está implícita e somente durante as discussões é que tais 
ofensas são percebidas e impugnadas. 
Segundo o STF, as limitações materiais ao poder constituinte de 
reforma, que o art. 60, §4º da Lei Fundamental enumera, não 
significam a intangibilidade literal da respectiva disciplina na 
Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencial 
dos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege2. 
Isso quer dizer que é possível haver modificação (literal) nas 
matérias protegidas como cláusulas pétreas, elas não são imutáveis, 
o que não pode é reduzir o alcance destas matérias, ferindo o núcleo 
essencial. Poderá ainda haver alterações no caso de fortalecimento do 
alcance delas. Embora este seja o entendimento majoritário, algumas 
bancas já consideraram estas cláusulas como insuscetíveis de 
alteração. 
Considerações: 
• A forma republicana não é cláusula pétrea, é apenas um 
princípio sensível (CF, art. 34, VII). 
• Voto obrigatório não é cláusula pétrea, apenas o fato de ser 
direto, secreto, universal e periódico. 
• Lembre-se que são gravados de forma pétrea apenas os 
direitos e garantias individuais, mas estes não se resumem 
ao art. 5º da CF, estando espalhados ao longo dela. 
• Os quatro incisos vistos acima são as cláusulas pétreas 
expressas ou explícitas da CF, temos também outras que são 
consideradas implícitas, a saber: 
� o povo como titular do poder constituinte; 
� o poder igualitário do voto. 
� o próprio art. 60 (que estabelece os procedimentos de 
reforma); 
Essa vedação à alteração do art. 60 é o que chamamos de proibição à 
"dupla revisão", ou seja, é vedado que o legislador primeiramente 
modifique o art. 60, desprotegendo as matérias gravadas como 
pétreas, e depois edite outra emenda extinguindo as cláusulas. 
Alguns entendem que essa vedação de modificação do art. 60 seria 
absoluta, não podendo o legislador alterar este rito, nem facilitando, 
nem dificultando o processo, assim, não poderia, por exemplo, ser 
 
2
 ADI 2.024, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 3-5-07, DJ de 22-6-07. 
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aumentado o rol de cláusulas pétreas ou tornar mais rígido os 
critérios de aprovação das emendas. Este tema não é pacífico. 
 
48. (FCC/TJAA-TJ-PI/2009) Será objeto de deliberação a 
proposta de emenda à Constituição Federal referente 
a) à forma federativa de Estado. 
b) à instalação da justiça itinerante. 
c) ao voto direto, secreto, universal e periódico. 
d) à separação dos Poderes. 
e) aos direitos e garantias individuais. 
Comentários: 
Questão simples, trata-se das cláusulas pétreas ou "limitação 
material" ao poder de reforma da Constituição. Segundo a 
Constituição, em seu art. 60, §4º, a única assertiva que não traz uma 
cláusula pétrea é a letra B. 
Gabarito: Letra B. 
 
49. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) As cláusulas pétreas têm como 
significado último prevenir a erosão da Constituição Federal, inibindo 
a tentativa de abolir o projeto constitucional deixado pelo 
constituinte. 
Comentários: 
Diz-se que as cláusulas pétreas são a essência do pensamento 
constituinte, protegidas de qualquer redução para que os fins 
inicialmente pensados não sejam descaracterizados. 
Gabarito: Correto. 
 
50. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) É possível que uma reforma 
constitucional crie novas cláusulas pétreas segundo entendimento 
pacífico da doutrina constitucional. 
Comentários: 
O erro básico é dizer "entendimento pacífico", isso não é pacífico, há 
divergências sobre o tema. Adotamos porém a posição de que assim 
como não se pode enfraquecer o art. 60, também não se pode 
dificultar os procedimentos ali estabelecidos, já que o Constituinte 
estabeleceu de forma taxativa o procedimento para se reformar a 
Constituição. 
Gabarito: Errado. 
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51. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) A mera alteração redacional de 
uma norma originária componente do rol de claúsulas pétreas não 
importa em inconstitucionalidade. 
Comentários: 
O que não se pode é abolir ou reduzir o alcance dos institutos e 
princípios protegidos. Alterá-los de forma meramente formal ou 
fortalecê-los não são hipóteses vedadas. 
Gabarito: Correto. 
 
52. (FCC/EPP-SP/2009) Seria possível uma emenda à 
Constituição de 1988 que suprimisse a competência do Conselho 
Nacional de Justiça de controlar a atuação financeira do Poder 
Judiciário. 
Comentários: 
Não há qualquer limitação material (cláusula pétrea) expressa no art. 
60 §4º da Constituição, nem implícita, que impeça a modificação das 
competências e estrutura do Conselho Nacional de Justiça. 
Gabarito: Correto. 
 
53. (FCC/EPP-SP/2009) Seria possível uma emenda à 
Constituição de 1988 que atribuísse aos Estados a competência para 
legislar sobre registros públicos. 
Comentários: 
Entre as cláusulas pétreas da Constituição, não encontra-se qualquer 
limitação para a alteração das competências legislativas dispostas 
para os entes públicos. 
Gabarito: Correto. 
 
54. (FCC/EPP-SP/2009) Seria possível uma emenda à 
Constituição de 1988que alargasse o cabimento de habeas data, de 
modo a viabilizar a obtenção de informações relativas aos familiares 
do impetrante. 
Comentários: 
Embora o habeas data seja protegido por cláusula pétrea, segundo o 
art. 60 §4º da Constituição, por se enquadrar na relação de "direitos 
e garantias individuais", a jurisprudência admite a alteração das 
cláusulas pétreas quando feitas para fortalecê-las. Seria vedada, 
então, apenas a abolição ou redução de seu alcance. 
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55. (FCC/EPP-SP/2009) Seria possível uma emenda à 
Constituição de 1988 que reinstituísse o sistema eleitoral da 
Constituição do Império (1824), em que delegados de eleitores de 
primeiro grau elegiam os representantes políticos em nível nacional e 
regional. 
Comentários: 
Segundo o art. 60 §4º da Constituição, é inviável uma emenda que 
altere as características do voto de ser "direto, secreto, universal e 
periódico". Lembrando que a qualidade de "obrigatório" não foi 
protegida como cláusula pétrea. 
Gabarito: Errado. 
 
56. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) Ao petrificar o voto cristalizou-
se a impossibilidade do poder constituinte derivado excluir o voto do 
analfabeto ou do menor entre 16 e 18 anos. 
Comentários: 
As características do voto que são protegidas como cláusulas pétreas 
são o seu caráter direto, secreto, universal e periódico. Assim, por ser 
o voto obrigatoriamente universal, não se pode excluir parcela da 
população autorizada pelo legislador constituinte originário do 
exercício do voto. 
Gabarito: Correto. 
 
57. (FCC/Procurador - Recife/2008) Os tratados internacionais 
que versem sobre direitos fundamentais não se submetem aos limites 
materiais aplicáveis a emendas à Constituição. 
Comentários: 
O art. 5 §3º da Constituição Federal dispõe que os tratados e 
convenções internacionais sobre direitos humanos que forem 
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por 
três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes 
às emendas constitucionais. Como são "equivalentes às emendas 
constitucionais" devem, na jurisprudência do Supremo, respeitar os 
mesmos limites materiais impostos pelo texto constitucional. 
Gabarito: Errado. 
 
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58. (CESPE/BB CERT/2010) Proposta de alteração da forma 
federativa do Estado brasileiro deve- se dar, necessariamente, por 
meio de emenda constitucional. 
Comentários: 
A forma federativa de Estado é uma cláusula pétrea logo não pode 
ser alterada, nem mesmo por emenda constitucional. 
Gabarito: Errado. 
 
59. (CESPE/DPE-PI/2009) A jurisprudência do STF considera 
que os limites materiais ao poder constituinte de reforma não 
significam a intangibilidade literal da disciplina dada ao tema pela 
Constituição originária, mas sim a proteção do núcleo essencial dos 
princípios e institutos protegidos pelas cláusulas pétreas. 
Comentários: 
Segundo o STF, as limitações materiais ao poder constituinte de 
reforma, que o art. 60, § 4º, da Lei Fundamental enumera, não 
significam a intangibilidade literal da respectiva disciplina na 
Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencial 
dos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege. 
Gabarito: Correto. 
 
60. (ESAF/AFT/2010) As limitações expressas circunstanciais 
formam um núcleo intangível da Constituição Federal, denominado 
tradicionalmente por "cláusulas pétreas". 
Comentários: 
As cláusulas pétreas são as limitações materiais. As limitações 
circunstanciais são as que impedem a emenda da Constituição 
durante certas circunstâncias (estado de sítio, estado de defesa e 
intervenção federal) – CF, art. 60 §1º. 
Gabarito: Errado. 
 
61. (ESAF/PGFN/2007) É viável reforma constitucional que 
aperfeiçoe o processo legislativo de emenda constitucional, tornando-
o formalmente mais rigoroso. 
Comentários: 
Deixando de lado as posições doutrinárias contrárias, este foi o pen-
samento seguido pela banca ESAF, ou seja, o pensamento de que 
seria inviável qualquer alteração do processo previsto no art. 60. 
Gabarito: Errado. 
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62. (ESAF/TCU/2006) Segundo a doutrina majoritária, no caso 
brasileiro, não há vedação à alteração do processo legislativo das 
emendas constitucionais, pelo poder constituinte derivado, uma vez 
que a matéria não se enquadra entre as hipóteses que constituem as 
cláusulas pétreas estabelecidas pelo constituinte originário. 
Comentários: 
O enunciado descreveu o que se chama de “dupla revisão”. Segundo 
o Supremo, não se pode alterar o rito disposto no art. 60 da 
Constituição, com o objetivo de se fazer uma nova emenda, agora 
pelo novo procedimento. Trata-se de uma cláusula pétrea (limitação 
material) implícita na Constituição Federal. 
Gabarito: Errado. 
 
63. (ESAF/Advogado-IRB/2004) Pacificou-se, entre nós, o 
entendimento de que as cláusulas pétreas da Constituição podem ser 
modificadas pelo mecanismo denominado de "dupla revisão". 
Comentários: 
É vedada a dupla revisão, ou seja, o procedimento de se modificar o 
rito estabelecido no art. 60 para que, após essa modificação, se 
façam mudanças que antes não eram possíveis. Trata-se de uma 
cláusula pétrea (limitação material) implícita na Constituição Federal. 
Gabarito: Errado. 
 
64. (ESAF/analista administrativo – ANEEL/2006) A 
transformação do Brasil em um Estado unitário, com sistema de 
governo parlamentarista, pode ser feita por emenda à Constituição, 
desde que mantido o voto direto, secreto, universal e periódico. 
Comentários: 
O federalismo é uma cláusula pétrea da Constituição (CF, art. 60 
§4º). Assim, não se pode deliberar sobre emenda tendente a abolir 
ou relativizar tal forma de Estado. 
Gabarito: Errado. 
 
65. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Constitui limitação material implícita 
ao poder constituinte derivado, a proposição de emenda 
constitucional que vise à modificação de dispositivos referentes aos 
direitos sociais, considerados cláusulas pétreas. 
Comentários: 
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Independente da discussão sobre os direitos sociais estarem 
gravados ou não como cláusulas pétreas implicitas (tendencia que 
não costuma ser aceita para ESAF, que não tende a adotá-los como 
cláusulas pétreas), deve-se notar que é incorreto o termo 
“modificação” já que, mesmo que fossem considerados cláusulas 
pétreas, o que não se poderia é abolir ou reduzir direitos. Quando se 
diz “modificar”, isso engloba “aumentar”, “fortalecer”, o que é 
plenamente possível. 
Gabarito: Errado. 
 
66. (FGV/Fiscal-SEFAZ-MS/2006) Não constitui cláusula pétrea: 
a) a forma federativa do Estado. 
b) a separação de poderes. 
c) os direitos e garantias individuais. 
d) o voto secreto. 
e) o sistema político. 
Comentários: 
Analisando a questão, vemos que, dentre as assertivas, somente o 
sistema político não foi protegido. Todas as demais constituem 
cláusulas pétreas expressas no art. 60, § 4.º, da Constituição. Cabe 
ainda ressaltar que, sobre o voto, não se pode modificar suas 
qualidades de “direto, secreto, universal e periódico”, mas nada 
impede a modificação da sua qualidade de “obrigatório”, pois esta 
não foi protegida. 
Gabarito: Letra E. 
 
67. (FGV/Analista Legislativo – Senado/2008) Senador da 
República apresenta projeto de emenda constitucional, aduzindo ser 
necessário restringir a utilização do habeas corpus tendo em vista a 
necessidade de combater o crime organizado, notadamente aquele do 
colarinho branco, bem como os grupos armados que, pelo tráficode 
drogas, aguçam a violência urbana. À luz das regras constitucionais 
em vigor, pode-se afirmar que: 
a) o sistema constitucional proíbe a apresentação da emenda por ferir 
direitos individuais. 
b) situações de calamidade pública, aí incluída a social, permitem 
limitar quaisquer direitos, sendo completamente livre o constituinte 
derivado. 
c) desde que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, no 
exercício de suas atribuições regimentais, aprove o projeto, estará 
sanado qualquer eventual vício de inconstitucionalidade. 
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d) a emenda colide com a perspectiva republicana. 
e) somente o plenário do Senado poderá aferir a constitucionalidade 
e oportunidade da medida, que será submetida, necessariamente, a 
referendo popular. 
Comentários: 
O Senador pretende restringir a utilização do habeas corpus. 
Independentemente do motivo para tal restrição, a Constituição veda 
expressamente que emenda constitucional reduza o alcance dos 
direitos e garantias individuais, logo, a proposta de emenda 
constitucional não poderá ter seu prosseguimento. 
Gabarito: Letra A. 
 
Limitação Temporal 
A limitação temporal ocorre quando somente depois de decorrido 
certo lapso temporal a Constituição poderá ser reformada. A CF/88 
não estabeleceu nenhuma limitação temporal, mas, tal limitação 
pode ser encontrada em Constituições de outros países. 
 
Princípio da irrepetibilidade (Limitação Formal) 
§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada 
ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova 
proposta na mesma sessão legislativa. 
Atenção: as bancas examinadoras frequentemente tentam 
confundir os candidatos trocando "sessão legislativa" pelo 
termo "legislatura", tornando a questão incorreta. Embora 
seja uma "pegadinha clássica", ainda confunde muitos candidatos no 
momento da prova. 
Essa limitação formal conhecida como "princípio da irrepetibilidade", 
ocorre para projetos de leis (ordinárias e complementares), 
propostas de emendas constitucionais, e medidas provisórias. A 
diferença entre eles é que, em se tratando de emendas 
constitucionais e medidas provisórias, este princípio é absoluto, veja: 
• Emendas Constitucionais (CF, art. 60 § 5º) – A matéria 
constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma 
sessão legislativa. 
• Medidas provisórias (CF, art. 62 § 10 ) - É vedada a 
reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que 
tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decur-
so de prazo. 
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• Leis ordinárias e complementares (CF, art. 67) - A matéria 
constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir 
objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante 
proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das 
Casas do Congresso Nacional 
Assim, somente para as "leis" (ordinárias e complementares) é que 
temos a relatividade de poder apresentar novamente o projeto, desde 
que mediante a proposta da maioria absoluta dos membros da Casa 
Legislativa. 
 
68. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) A matéria constante de 
proposta de emenda rejeitada somente poderá ser objeto de nova 
proposta na legislatura subseqüente à da rejeição. 
Comentários: 
O correto seria "sessão legisaltiva" e não legislatura. 
Gabarito: Errado. 
 
69. (FCC/Procurado - TCE - AL/2008) A Constituição da 
República veda que matéria constante de proposta de emenda 
constitucional rejeitada ou havida por prejudicada seja objeto de 
nova proposta na mesma sessão legislativa. Considerando a 
classificação doutrinária das limitações ao poder constituinte 
reformador, esta vedação constitucional caracteriza-se como 
limitação de ordem circunstancial. 
Comentários: 
Trata-se de uma limitação formal. As limitações circunstanciais são as 
que impedem que a CF sofra emendas em determinadas 
circunstâncias (vigência de intervenção federal, estado de sítio ou 
estado de defesa). 
Gabarito: Errado. 
 
70. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) A matéria constante de 
proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode 
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
Comentários: 
Trata-se do "princípio da irrepetibilidade" para as emendas 
constitucionais, disposto no §5º do art, 60, sendo uma limitação 
formal ao procedimento de reforma da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
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71. (CESPE/Analista - EBC/2011) Matéria constante de proposta 
de emenda constitucional rejeitada não pode ser objeto de nova 
proposta na mesma sessão legislativa. 
Comentários: 
Este é o principio da irrepetibilidade, que é absoluto para as Emendas 
Constitucionais. De forma diferente acontece no caso de leis, onde 
um projeto de lei rejeitado poderá ser objeto de nova deliberação na 
mesma sessão legislativa, caso haja maioria absoluta dos membros 
da Casa. Os projetos de Emendas rejeitados ou prejudicados não 
poderão ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa, 
em nenhum caso (CF, art. 60 §5º). 
Gabarito: Correto. 
 
72. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Uma 
proposta de emenda constitucional que tenha sido rejeitada ou 
prejudicada somente pode ser reapresentada na mesma sessão 
legislativa mediante a propositura da maioria absoluta dos membros 
de cada casa do Congresso Nacional. 
Comentários: 
Só para as leis é que a CF abre a possibilidade do projeto ser 
reapresentado na mesma sessão legislativa mediante a propositura 
da maioria absoluta dos membros. 
Gabarito: Errado. 
 
73. (ESAF/analista administrativo – ANEEL/2006) A matéria 
constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada não 
poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa, 
mesmo que a nova proposta seja apoiada por três quintos dos 
Parlamentares da sua Casa de origem. 
Comentários: 
Este é o principio da irrepetibilidade, que é absoluto para as Emendas 
Constitucionais. De forma diferente acontece no caso de leis, onde 
um projeto de lei rejeitado poderá ser objeto de nova deliberação na 
mesma sessão legislativa, caso haja maioria absoluta dos membros 
da Casa. Os projetos de Emendas rejeitados ou prejudicados não 
poderão ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa, 
em nenhum caso (CF, art. 60 §5º). 
Gabarito: Correto. 
 
74. (ESAF/TCU/2006) A matéria constante de proposta de 
emenda à Constituição rejeitada só poderá ser objeto de uma nova 
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proposta, na mesma legislatura, se tiver o apoiamento de três 
quintos dos membros de qualquer das Casas. 
Comentários: 
A questão comete 2 erros. Trata-se do princípio da irrepetibilidade, 
que é absoluto em se tratando de Emendas Constitucionais. Ou seja, 
ainda que haja manifestação do Congresso, proposta de emenda à 
Constituição rejeitada não poderá ser objeto de uma nova proposta, 
na mesma sessão legislativa. Perceba que ainda foi trocado o 
termo sessão legislativa por legislatura (CF, art. 60 §5º). 
Gabarito: Errado. 
 
Emendas de Revisão: 
CF, ADCT, art. 3º → A revisão constitucional será realizada 
após 5 anos, contados da data de promulgação da CF, pelo 
voto da maioria absoluta dos membros do Congresso 
Nacional em sessão unicameral. 
Essas emendas têm o mesmo poder das vistas acima, mas, percebe-
se que foi um procedimento mais simples (bastava maioria absoluta 
em sessão unicameral, enquanto as outras será 3/5, em 2 turnos, 
nas duas Casas), porém, após o uso deste poder de revisão, ele se 
extinguiunão podendo mais ser utilizado e nem se pode por EC criar 
outro similar. 
 
75. (ESAF/SEFAZ–CE/2007) A revisão constitucional prevista por 
uma Assembleia Nacional Constituinte, possibilita ao poder 
constituinte derivado a alteração do texto constitucional, com menor 
rigor formal e sem as limitações expressas e implícitas originalmente 
definidas no texto constitucional. 
Comentários: 
A revisão também deve observar limitações constitucionais embora 
realmente possua um menor rigor formal. 
Gabarito: Errado. 
 
Quadro-resumo da reforma constitucional: 
Iniciativa da Emenda 
Constitucional de Reforma 
(CF, art. 60) 
 
1. De pelo menos 1/3 dos 
Deputados ou Senadores; 
2. Do Presidente da 
República; 
3. De mais da metade das 
Assembléias Legislativas das 
unidades da Federação, 
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manifestando-se, cada uma 
delas, pela maioria relativa de 
seus membros. 
Limitação circunstancial 
(CF, art. 60 §1º) 
 
A Constituição não poderá ser 
emendada na vigência de 
intervenção federal, de estado 
de defesa ou de estado de sítio. 
Limitação Procedimental 
(CF, art. 60 §2º) 
 
A proposta será discutida e votada 
em cada Casa do Congresso 
Nacional, em dois turnos, 
considerando-se aprovada se 
obtiver, em ambos, 3/5 do votos
dos respectivos membros. 
Promulgação 
(CF, art. 60 §3º) 
 
A emenda à Constituição será 
promulgada pelas Mesas da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal, 
com o respectivo número de ordem. 
Limitação Material Expressa 
(Cláusulas Pétreas Expressas) 
(CF, art. 60 §4º) 
 
1. a forma federativa de 
Estado; 
2. o voto direto, secreto, 
universal e periódico; 
3. a separação dos Poderes; 
4. os direitos e garantias 
individuais. 
Limitação Material Implícita 
(Cláusulas Pétreas Implícitas) 
(Reconhecidas pela doutrina e 
jurisprudência) 
 
1. o povo como titular do 
poder constituinte; 
2. o poder igualitário do voto. 
3. o próprio art. 60 (que 
estabelece os procedimentos de 
reforma); 
Princípio da irrepetibilidade 
(Limitação Formal) 
(CF, art. 60 §5º) 
 
A matéria constante de proposta de 
emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de 
nova proposta na mesma sessão 
legislativa. 
Limitação Temporal A limitação temporal ocorre quando 
somente depois de decorrido certo 
lapso temporal a Constituição pode-
rá ser reformada. A CF/88 não 
estabeleceu nenhuma limitação 
temporal, mas, tal limitação pode 
ser encontrada em Constituições de 
outros países. 
 
 
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Questões "gerais" sobre emendas constitucionais: 
 
• Questões da FCC: 
 
76. (FCC/AJAA - TRF 1ª/2011) No que tange à Emenda 
Constitucional, é correto afirmar: 
a) A Constituição Federal, em situação excepcional, poderá ser 
emendada na vigência de intervenção federal. 
b) Pode ser objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a 
abolir a forma federativa de Estado. 
c) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta de um 
quarto, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do 
Senado Federal. 
d) A matéria constante de proposta de emenda havida por 
prejudicada poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão 
legislativa. 
e) A proposta de emenda será discutida e votada em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se 
obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 
Comentários: 
Letra A – Errado. Trata-se de uma limitação circunstancial que não 
admite exceções (CF, art. 60 §1º). 
Letra B – Errado. Trata-se de uma cláusula pétrea expressa na 
Constituição Federal, constituindo-se uma limitação material (CF, art. 
60 §4º). 
Letra C – Errado. O mínimo exigido para a proposta é 1/3 dos 
Deputados ou Senadores, e não 1/4 (CF, art. 60). 
Letra D – Errado. Trata-se de uma limitação formal, chamada de 
“princípio da irrepetibilidade” (CF, art. 60 §5º). 
Letra E – Correto. Este é o rito exigido para a aprovação das 
propostas de emendas constitucionais (CF, art. 60 §2º). 
Gabarito: Letra E. 
 
77. (FCC/TJAA-TJ-PI/2009) Diante das limitações materiais que 
a Constituição de 1988 impõe ao Poder Constituinte derivado de 
revisão, NÃO seria admissível proposta de emenda que: 
a) suprimisse a competência do Conselho Nacional de Justiça de 
controlar a atuação financeira do Poder Judiciário. 
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b) reinstituísse o sistema eleitoral da Constituição do Império (1824), 
em que delegados de eleitores de primeiro grau elegiam os 
representantes políticos em nível nacional e regional. 
c) atribuísse aos Estados a competência para legislar sobre registros 
públicos. 
d) atribuísse às regiões metropolitanas capacidade legislativa em 
assuntos de interesse metropolitano, observadas as normas gerais 
estabelecidas pelo Estado respectivo. 
e) alargasse o cabimento de habeas data, de modo a viabilizar a 
obtenção de informações relativas aos familiares do impetrante. 
Comentários: 
A questão fala da revisão constitucional, disposto nos ADCT, art. 3º: 
A revisão constitucional será realizada após 5 anos, contados da data 
de promulgação da CF, pelo voto da maioria absoluta dos membros 
do Congresso Nacional em sessão unicameral. 
O motivo da revisão era o temor de que a nova ordem constitucional 
causasse alguma instabilidade no Estado, assim, após 5 anos, 
poderiam fazer um procedimento simplificado de revisão da 
Constituição e acabar com a instabilidade que porventura viesse a 
acontecer. O temor não se concretizou e foram aprovadas apenas 6 
emendas, sem grandes mudanças estruturais. 
Segundo a doutrina - o poder de revisão é único, após ter sido usado 
ele se exauriu não podendo ser criado novamente. 
Segundo o STF - não pode o estado-membro criar revisão 
constitucional. 
Ainda segundo o Supremo, as emendas de revisão deviam observar 
as mesmas limitações materiais impostas para a reforma da 
Constituição. Desta forma: 
Letra A - Errado. Não se trata de uma limitação material (cláusula 
pétrea), logo, poderia modificar. 
Letra B - Correto. O voto deve ser direto e universal (além de secreto 
e periódico). Assim, não poderia a revisão estabelecer tal 
procedimento. 
Letra C - Errado. Isso não iria ferir cláusula pétrea alguma. 
Letra D - Errado. Isso também não iria ferir cláusula pétrea alguma. 
Letra E - Errado. Na jurisprudência do STF, a limitação material deve 
ser entendida como uma impossibilidade de abolição ou redução da 
eficácia dos institutos elencados. Uma emenda que viesse a fortalecê-
los não estaria incorrendo em vício algum. 
Gabarito: Letra B 
 
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78. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-SP/2011) Proposta 
de emenda à Constituição da República tendo por objeto a introdução 
do direito ao afeto familiar dentre os direitos individuais é 
apresentada por Deputado Federal, sendo aprovada por dois terços 
dos membros da Câmara dos Deputados e três quintos do Senado 
Federal, em dois turnos de votação, em cada uma das Casas 
legislativas. A proposta assim aprovada é promulgada pelas Mesas 
das Casas do Congresso Nacional. Referida proposta é incompatível 
com a Constituição, pois 
a) padece de vício de iniciativa. 
b) não se atingiu o quórum necessário para aprovação na Câmara 
dos Deputados. 
c) não se atingiu o quórum necessário para aprovação no Senado 
Federal. 
d) versa sobre matéria de direitos fundamentais, vedada à ação de 
reforma constitucional. 
e) a promulgação é ato de competência exclusiva do Presidente da 
República. 
Comentários: 
Precisamos desmembrar o enunciado:Iniciativa – Proposta por Deputado Federal... Isso pode? Não! O 
parlamentar não pode isoladamente propor uma emenda 
constitucional. Ele precisa reunir pelo menos 1/3 da Casa Legislativa. 
Objeto - Introdução do direito ao afeto familiar dentre os direitos 
individuais. Isso pode? Sim! Pois está ampliando direitos individuais e 
não os enfraquecendo, aí pode! 
Aprovação - Dois terços dos membros da Câmara dos Deputados e 
três quintos do Senado Federal, em dois turnos de votação, em cada 
uma das Casas legislativas. Ai tá certo? 
Sim, pois a Constituição exige 3/5 em dois turnos. 
3/5 = 60% dos votos. 
A Câmara dos Deputados aprovou com 2/3, o que é 66% dos votos, é 
mais do que 3/5. 
Promulgação - Pelas Mesas das Casas do Congresso Nacional. Tá 
certinho! 
Dessa forma, o único vício foi na iniciativa. 
Gabarito: Letra A. 
 
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79. (FCC/Assessor - TCE-PI/2009) Decorre da caracterização e 
dos limites impostos pela Constituição Federal ao Poder de Reforma 
Constitucional: 
a) A reforma constitucional manifesta-se por meio do Poder 
Constituinte Derivado Decorrente, o qual é caracterizado como 
derivado, limitado e condicionado. 
b) Não poderão ser promulgadas emendas constitucionais na vigência 
de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio, 
salvo em caso de guerra declarada. 
c) O procedimento estabelecido para o exercício regular do Poder de 
Reforma não se aplicou às seis emendas constitucionais de revisão, 
promulgadas em 1994, as quais foram aprovadas pelo voto da 
maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão 
unicameral. 
d) A matéria constante de proposta de emenda constitucional 
rejeitada ou havida por prejudicada poderá ser objeto de nova 
proposta na mesma sessão legislativa, mediante pedido da maioria 
absoluta dos membros de uma das Casas do Congresso Nacional. 
e) São limites materiais do Poder de Reforma, expressos na 
Constituição Federal a forma federativa de Estado, o voto direto, 
secreto, universal e periódico, o respeito às Forças Armadas, a 
separação dos Poderes e os direitos e garantias fundamentais. 
Comentários: 
Letra A - Errado. O correto seria poder constituinte derivado 
reformador. O poder decorrente é o poder de elaborar as 
constituições estaduais. 
Letra B - Errado. No caso de guerra também não poderá. É uma 
limitação circunstancial. 
Letra C - Perfeito. Aplicou-se um procedimento mais simples. Em vez 
de precisar de 3/5 dos votos, em 2 turnos, bastava o voto da maioria 
absoluta, em sessão unicameral. 
Letra D - Errado. Trata-se do "princípio da irrepetibilidade", que 
ocorre para projetos de leis (ordinárias e complementares), 
propostas de emendas constitucionais, e medidas provisórias. A 
diferença entre eles é que, em se tratando de emendas 
constitucionais e medidas provisórias, este princípio é absoluto, veja: 
• Emendas Constitucionais (CF, art. 60 § 5º) – A matéria 
constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma 
sessão legislativa. 
• Medidas provisórias (CF, art. 62 § 10 ) - É vedada a 
reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que 
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tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decur-
so de prazo. 
• Leis ordinárias e complementares (CF, art. 67) - A matéria 
constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir 
objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante 
proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das 
Casas do Congresso Nacional 
Letra E - Errado. "O respeito às Forças Armadas" ??? - Viajou, não é 
mesmo?! 
Gabarito: Letra C. 
 
80. (FCC/TCM-CE/2010) Proposta de emenda à Constituição 
visando acrescer o direito à alimentação ao rol dos direitos 
fundamentais é apresentada pelo Presidente da República ao 
Congresso Nacional. Iniciada a votação pela Câmara dos Deputados, 
a proposta obtém a aprovação de 365 e 290 membros, em primeiro e 
segundo turnos, respectivamente. 
Nessa hipótese: 
a) a proposta deverá ser submetida à apreciação do Senado Federal, 
para votação em dois turnos. 
b) a proposta é considerada rejeitada, não podendo a matéria ser 
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
c) a proposta sequer poderia ter sido submetida a deliberação, por 
versar sobre direito fundamental. 
d) a votação deveria ter começado no Senado Federal, por se tratar 
de proposta de iniciativa do Presidente da República. 
e) o Presidente da República não possui iniciativa para apresentar a 
proposta, por versar sobre matéria de competência exclusiva do 
Congresso Nacional. 
Comentários: 
A questão faz um resumo sobre as emendas constitucionais. Vamos 
analisar cada ponto: 
1º - iniciativa: Presidente da República. Pode ou não? Sim. 
2º - Objeto: Acrescentar "alimentação" nos direitos fundamentais. 
Pode ou não? Sim. 
3º - Aprovação: deveria ser 3/5 em dois turnos. A câmara tem 
atualmente 513 deputados, logo, 3/5 seriam 308 votos. Desta forma, 
embora tenha alcançado 3/5 no primeiro turno, não alcançou no 
segundo turno da Câmara, devendo ser considerada rejeitada. 
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Como consequência da rejeição, temos o princípio da irrepetibilidade: 
a matéria constante não pode ser objeto de nova proposta na mesma 
sessão legislativa. 
Gabarito: Letra B. 
 
81. (FCC/Auditor - TCE - AL/2008) Considere que a Constituição 
de um determinado Estado preveja que o Poder Legislativo possa 
reformar a Constituição, ordinariamente, a cada cinco anos e, 
extraordinariamente, a qualquer momento, desde que assim decidam 
quatro quintos dos parlamentares. Em qualquer hipótese, as 
alterações da Constituição deverão ser aprovadas por maioria de dois 
terços dos membros do Legislativo, cabendo ao Presidente da 
República promulgar o ato normativo de reforma. Suponha, por fim, 
que exista proibição de reforma constitucional na vigência de estado 
de sítio. O procedimento acima descrito é similar ao de reforma da 
Constituição brasileira de 1988 no que diz respeito à necessidade de 
promulgação da emenda pelo Presidente da República. 
Comentários: 
A CF/88 atribui competência às mesas das Casas legislativas para a 
promulgação das emendas (CF, art. 60 §3º). A única semelhança do 
procedimento descrito, com o atual processo de reforma no Brasil é 
quanto à existência de limitações circunstanciais ao poder de reforma 
da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
• Questões da ESAF: 
 
82. (ESAF/AFT/2010) Sabe-se que a Constituição Federal, apesar 
de ser classificada como rígida, pode sofrer reformas. A respeito das 
alterações na Constituição, podemos afirmar que 
I. a emenda à Constituição Federal, enquanto proposta,é considerada 
um ato infraconstitucional. 
II. de acordo com a doutrina constitucionalista, a Constituição Federal 
traz duas grandes espécies de limitações ao Poder de reformá-la, as 
limitações expressas e as implícitas. 
III. as limitações expressas circunstanciais formam um núcleo 
intangível da Constituição Federal, denominado tradicionalmente por 
“cláusulas pétreas”. 
IV. vários doutrinadores publicistas salientam ser implicitamente 
irreformável a norma constitucional que prevê as limitações 
expressas. 
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Assinale a opção verdadeira. 
a) II, III e IV estão corretas. 
b) I, II e III estão incorretas. 
c) I, III e IV estão corretas. 
d) I, II e IV estão corretas. 
e) II e III estão incorretas. 
Comentários: 
I - Correto. A PEC é considerada pela doutrina como

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