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PROCESSO PENAL DE CONHECIMENTO – 2017/02 
Professora: Cristina 
 
 1 
AVALIANDO SEU CONHECIMENTO 
Nome do aluno: ___________________________________________________________________ 
Matrícula: ________________________________________________________________________ 
 
****************************************************** 
 
1- 0AB-2010 - Márcio foi denunciado pelo crime de bigamia. O advogado de defesa peticionou ao juízo criminal 
requerendo a suspensão da ação penal, por entender que o primeiro casamento de Márcio padecia de nulidade, fato 
que gerou ação civil anulatória, em trâmite perante o juízo cível da mesma comarca. Nessa situação hipotética, 
a) a ação penal deverá ser suspensa até que a nulidade do primeiro casamento de Márcio seja resolvida definitivamente 
no juízo cível. 
b) deverá o juízo criminal, de ofício, extinguir a punibilidade de Márcio, uma vez que o delito de bigamia foi revogado. 
c) considerando-se a independência das instâncias, o processo criminal deverá ter seguimento independentemente do 
desfecho da ação anulatória civil. 
d) apesar de as instâncias cível e criminal serem independentes, o juízo criminal poderá, por cautela, determinar a 
suspensão da ação penal até que se resolva, no juízo cível, a controvérsia relativa à nulidade do primeiro casamento de 
Márcio. 
GABARITO LETRA A 
 
2- Considerando o tema “Questões Prejudiciais”, marque a resposta CORRETA: 
a) o sistema adotado pelo CPP sobre o tema é o do predomínio da jurisdição penal; 
b) em processo-crime, a qualidade de ascendência da vítima com o autor do ato infracional gera uma prejudicial 
heterogênea obrigatória; 
c) em processo-crime de receptação, a existência de crime anterior gera uma prejudicial homogênea; 
d) cabe recurso em sentido estrito (art. 581 do CPP) da decisão que denegar a suspensão com base em arguição de 
questão prejudicial facultativa conforme o previsto no art. 93, § 2º, CPP. 
Letra A errada, pois é critério misto; letra b errada, pois isso só pode ocorrer na hipótese do art. 181, II, CP; letra d errada 
pelo disposto no próprio art. 93, §2º. Letra C é a correta: suponha-se que dois réus foram denunciados no mesmo 
processo, um por furto (155, CP) e outro por receptação (168, CP). É claro que a discussão sobre o furto tem que vir 
antes, já que se comprovada a inexistência deste, obviamente também estará prejudicada a caracterização da 
receptação. Em outras palavras, se não houve furto (ou qualquer outro crime contra o patrimônio), a coisa adquirida 
não tinha origem ilícita e, por conseqüência, não há como se configurar o crime de receptação. 
 
3- Considerando o tema “Questões Prejudiciais”, marque a resposta INCORRETA: 
a) o legislador ao inserir a expressão: “estado civil de pessoas” no artigo 92 do CPP, pelo entendimento doutrinário, tal 
conceito abrange não só as questões sobre a personalidade, como também ao estado família, a capacidade e o gozo 
das prerrogativas políticas; 
b) a prejudicial admitida gera causa suspensiva do curso da prescrição, em conformidade com o art. 116, I, CP; 
PROCESSO PENAL DE CONHECIMENTO – 2017/02 
Professora: Cristina 
 
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c) a atuação do Ministério Público na propositura da ação civil, disposto no parágrafo único do art. 92 do CPP é de 
PARTE; 
d) questão prejudicial e preliminar tem o mesmo significado no processo penal. 
Letra D - JUSTIFICATIVA: A PREJUDICIAL é uma condicionante para a sentença de mérito, ou seja, à existência ou não 
do crime, sendo, portanto, de natureza material; é autônoma, o que significa que pode fazer parte de processo distinto; 
e ainda, pode ser julgada no juízo cível ou criminal. Ex: 92 e 93 CPP. A PRELIMINAR impede o julgamento do mérito, ela 
diz respeito a pressupostos processuais de validade (suspeição, incompetência, litispendência, coisa julgada), ou seja, 
você não consegue chegar ao mérito, sendo, portanto, de natureza processual; não é autônoma, sempre está ligada ao 
processo onde é julgada a ação principal; é julgada pelo juízo criminal. Ex: 95 CPP (exceções). 
 
4- O Ministério Público ofereceu ação penal em face de Tião Gavião, imputando-lhe o crime de estelionato em virtude 
deste ter vendido um casebre situado em Búzios, cuja propriedade seria de terceiro, a uma turista capixaba. O acusado 
requereu ao juiz criminal a suspensão do processo sob a argumentação de que havia ação de usucapião em que ele 
pleiteava o reconhecimento da propriedade do citado casebre como sua. A questão civil ainda não tinha transitado em 
julgado, pois estava em fase recursal. O juiz criminal não acolheu o pedido da defesa, dando seqüência à ação penal que 
resultou na condenação de Tião. Pergunta-se: 
a) A existência de ação civil em que se discutia a usucapião poderia ser entendida como causa prejudicial ao processo 
crime de estelionato? Se positivo, qual a espécie de prejudicial? 
Sim, a existência de ação civil poderia ser entendida como prejudicial ao processo de estelionato. Contudo, essa 
prejudicial seria aquela denominada prejudicial heterogênea facultativa, prevista no artigo 93, CPP, que diz respeito à 
matéria distinta do estado civil das pessoas. 
b) Poderia o juiz criminal, sabendo da existência da ação civil, suspender a ação penal? 
Na hipótese sim, pois em sendo prejudicial heterogênea facultativa fica a critério do juiz, segundo seu prudente arbítrio, 
suspender ou não o processo criminal. 
 
5- Qual é o sistema de solução de questões prejudiciais adotado no nosso ordenamento? Explique as questões 
prejudiciais heterogêneas e cite seus respectivos artigos: 
Sistema misto ou eclético: As soluções são dadas tanto pelo juiz penal quanto pelo juiz extrapenal, dependendo se a 
prejudicial for obrigatória ou facultativa. 
Prejudicial Heterogênea Obrigatória - art. 92, CPP, ocorre quando é imposta a suspensão do processo criminal até o 
julgamento da prejudicial. É o que ocorre na hipótese prevista no art. 92 do CPP, quando a questão versar sobre o estado 
civil das pessoas. Estado da pessoa é o status que ela possui e pode se referir à família (casado, solteiro etc). 
Prejudicial Heterogênea Facultativa - art. 93, CPP ocorre quando fica a critério do juiz, segundo seu prudente arbítrio, 
suspender ou não o processo criminal. Aqui a questão NÃO VERSA SOBRE o estado civil das pessoas. A suspensão só é 
necessária quando a questão for “de difícil solução” e já tiver previamente ação no juízo cível. Caso o juiz criminal possa 
decidir a questão, ele deverá fazê-lo, evitando, assim, a suspensão do processo. 
 
 
 
PROCESSO PENAL DE CONHECIMENTO – 2017/02 
Professora: Cristina 
 
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6- Diferencie questão prejudicial de questão preliminar: 
Deve-se distinguir a questão prejudicial da questão preliminar, pois enquanto a preliminar impede o julgamento do 
mérito e diz respeito a pressupostos processuais de validade (litispendência, causas extintivas da punibilidade, etc), ou 
seja, você não consegue chegar ao mérito, a prejudicial é uma condicionante para a sentença de mérito, ou seja, à 
existência ou não do crime, e, assim, é de direito material, ou seja, diz respeito ao próprio mérito. O juiz irá julgar o 
mérito, mas de maneira harmônica com o primeiramente decidido na questão prejudicial, mesmo que esta tenha sido 
decidida fora do juízo penal (prejudicial heterogênea). 
 
7- Diferencie as exceções peremptórias das dilatórias e, segundo este critério, classifique as hipóteses abaixo e cite seus 
respectivos dispositivos legais: 
(a) litispendência 
(b) incompetência 
(c) coisa julgada 
(d) ilegitimidade de parte 
(e) suspeição 
São dilatórias as exceções cuja solução não põe termo ao processo principal como as exceções de suspeição 95, I 
(impedimento ou incompatibilidade) e incompetência 95, II. São peremptórias aquelas que, se acolhidas, acarretam a 
extinção do processo. São elas as exceções de coisa julgada 95, V e litispendência 95, III e a da ilegitimidade de parte 95, 
IV. 
 
8- Carlitos foi denunciadopela prática do delito de falsidade documental. No ato da defesa, o advogado de Carlitos opõe 
exceção de suspeição, com base no artigo 254, III, CPP. O juiz, ao receber a exceção, determina sua autuação em 
apartado e, reconhecendo a procedência da recusa, julga extinta a ação penal principal. Está correto o juiz? Justifique. 
Não, pois deveria ter agido em conformidade com o artigo 99 do CPP, ou seja, deveria apenas ter sustado a marcha do 
processo, mandando juntar aos autos a petição do recusante (e não em apartado) e determinado, por despacho, a 
remessa dos autos ao substituto legal. 
 
9- Ciro foi denunciado pela prática do delito de estelionato efetuado contra Túlio. Sendo Túlio amigo íntimo do juiz 
perante o qual foi oferecida a denúncia, o advogado de Ciro opôs a exceção de suspeição, alegando ser o juiz suspeito 
para o julgamento da causa. O juiz, ao receber a exceção, mandou juntá-la aos autos da ação principal e julgou-a 
improcedente, dizendo que tal motivo de suspeição somente existiria em relação às partes, e a vítima não era parte 
naquela ação penal. Está correto o juiz? Fundamente: 
Não, pois deveria o juiz proceder em conformidade com o artigo 100 do CPP, ou seja, deveria mandar autuar em 
apartado a petição dar sua resposta e determinar a sua remessa ao Tribunal a quem competisse o julgamento da 
exceção. Ademais, o motivo de suspeição existe, pois, o artigo 254 abrange as partes em sentido material, quais sejam, 
réu e vítima. 
 
10- Jeremias foi denunciado pelo delito de roubo, cometido na cidade de Cabo Frio. No ato da defesa o advogado de 
Jeremias argu iu a incompetência do juízo, motivo pelo qual os autos foram remetidos ao juiz da comarca de São Pedro 
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Professora: Cristina 
 
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da Aldeia. Nesta comarca, embora entendesse ser incompetente para o conhecimento da ação penal, o juiz continuou 
no feito e determinou a intimação das partes para que, se quisessem, suscitassem conflito de competência. Agiu 
corretamente o juiz? 
Não, pois seguindo o artigo 115, III CPP, qualquer dos juízes em conflito podem suscitar o incidente, inclusive nos próprios 
autos (CPP art. 116, § 1º). 
 
11- Raimundo Nonato foi indiciado pela prática do delito de roubo. Ainda na fase de inquérito policial, o juiz da 5ª Vara 
Criminal da Comarca de Xique Xique recebeu dois pedidos de prisão preventiva formulados por dois Promotores de 
Justiça. Ante tal fato, o juiz suscitou o conflito positivo de competência junto ao Tribunal de Justiça. Agiu corretamente 
o magistrado? 
Não, pois o conflito de competência pressupõe autoridades judiciárias em conflito. In casu, trata-se de conflito de 
atribuições a ser dirimido no âmbito do próprio MP. 
 
12- O Promotor de Justiça com atribuições perante a 15ª Vara Criminal da Capital recebeu autos de inquérito policial 
que investigou crime de extorsão. Entendendo ser a hipótese de arquivamento, este peticionou ao juiz competente, 
requerendo o arquivamento por extinção da punibilidade, o que foi devidamente acolhido e deferido pelo juiz, com 
decisão publicada no DO. Intimado da decisão, o Promotor tomou a devida ciência. Sete meses após, a autoridade 
policial teve notícias de novas provas e, após obtê-las, enviou-as para a nova Promotora da 15ª Vara Criminal, pois o 
antigo Promotor havia sido promovido. Esta ofereceu ação penal com base nas novas provas obtidas pela autoridade 
policial acerca daquela mesma extorsão, sendo a inicial recebida pelo juiz. Citado, o acusado nomeia você como 
advogado para atuar em sua defesa. Qual a medida cabível ao caso e qual é o fundamento jurídico? 
Deverá ser feita exceção de coisa julgada material em razão da decisão de arquivamento anterior das investigações. Na 
coisa julgada não há uma lide pendente, mas sim, sentença transitada em julgado em caso idêntico. Deve ser observado 
o fato naturalístico. Se Tício foi absolvido do furto de um relógio, não poderá ser processado por esse mesmo fato por 
receptação deste mesmo relógio. 
 
13- Breno foi preso em flagrante em 02.11.2011 e denunciado pela prática de furto qualificado. Como possui 
antecedentes criminais, aguardava preso o curso do processo. Em 05.02.2012, instaurou-se, por iniciativa da defesa, 
um incidente de sanidade, tendo o réu sido recolhido ao manicômio judiciário. Entretanto, passados oito meses o exame 
ainda não havia sido realizado em virtude de não haver na comarca dois peritos oficiais. A defesa ingressou com HC, 
questionando a internação e a demora na realização do exame. O questionamento procede? 
De acordo com o artigo 150, §1º do CPP o prazo para a conclusão do exame é de no máximo 45 dias, podendo ser 
prorrogado caso haja necessidade demonstrada pelos peritos. Hoje a perícia é realizada por um perito oficial, portador 
de diploma de curso superior ou, à falta de perito oficial, por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso 
superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do 
exame (art. 159, §1º, CPP).

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