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RELATÓRIO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Análise Econômico-Financeira- Lojas Americanas S.A. Agosto/2019 3 Elaborado por: Leandro de Assis Rodrigues Disciplina: Contabilidade Financeira Turma: PGO_CTFINPOSEAD-36_22072019_1. 4 1. Introdução: Dia após dia, temos que lidar que inúmeras decisões para que consigamos manter nossas finanças controladas, e, não é diferente com as empresas. O mundo coorporativo requer, diariamente, que seus gestores tomem decisões, visando a maximização do lucro, a solvência e também a estratégia a ser seguida para o melhor futuro da empresa. Essas decisões diárias envolvem além da entidade, empresas fornecedoras de crédito, fornecedores de insumos, acionistas, clientes, governo e etc. Em comum, para todas essas pessoas físicas ou jurídicas citadas, faz-se necessário o conhecimento da avaliação econômico-financeira da empresa a qual estará se relacionando, para que então possa definir se existirá e sob qual forma a relação com a entidade. Para isso, é de suma importância a elaboração e análise das demonstrações contábeis da entidade, que tem como finalidade, gerar informações acerca da situação patrimonial e econômica-financeira da empresa, onde cada usuário irá desfrutar e utilizar dessas informação de acordo com suas necessidades. Assim, temos que,” O principal objetivo da administração financeira empresarial é maximizar o valor da empresa no mercado que, por sua vez, é influenciado pelos dados contábeis. A análise das demonstrações financeiras permite: avaliar tendências nas operações ao longo do tempo; planejar os negócios e elaborar os orçamentos internos; comparar o desempenho da empresa com o de outras do mesmo segmento.” (COSTA, Luiz; LUND, Myrian, 2018, p.13). O presente relatório tem como objetivo apresentar as demonstrações contábeis da empresa Lojas Americanas S.A., referentes aos anos de 2016 e 2017, e fornecer a análise dessas demonstrações, de acordo com seus indicadores econômicos e financeiros. Neste relatório será demonstrado o Balanço Patrimonial e Demonstrativo de Resultado do Exercício, bem comos suas análises que contemplam: Análise vertical, análise horizontal, indicadores de liquidez, de endividamento, lucratividade e rentabilidade. Lojas Americanas S.A. é uma empresa brasileira do segmento de varejo fundada em 1929 na cidade de Niterói (Rio de Janeiro). A empresa conta com mais de 1320 estabelecimentos de vendas em todo o Brasil. É a quarta maior empresa varejista do país, segundo ranking do Ibevar de 2015. 5 A Lojas Americanas tem sua sede na cidade do Rio de Janeiro e conta com quatro centros de distribuição. A rede comercializa mais de 80 mil itens de quatro mil empresas diferentes. A companhia Lojas Americanas encerrou o segundo trimestre de 2019 com um lucro líquido de R$ 63,62 milhões. No acumulado dos últimos doze meses, a empresa acumulou um lucro líquido de R$ 222,98 milhões. No dia 30 Junho 2019, a companhia Lojas Americanas possuía um ativo total de R$ 30,47 bilhões e um patrimônio líquido de R$ 6,04 bilhões. 6 2. Análise das demonstrações contábeis anos 2016 e 2017- Lojas Americanas S.A. A partir de agora será explicado cada análise das demonstrações contábeis (Balanço Patrimonial e Demonstrativo de Resultado do Exercício- DRE) da companhia Lojas Americanas S.A. referentes aos anos de 2016 e 2017. Antes de iniciar com a exposição das análises, faz-se importante explicar a importância de cada uma dessas demonstrações contábeis. O Balanço Patrimonial destina a evidenciar, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade. No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os elementos do patrimônio, e contém o Passivo e Patrimônio Líquido (origens dos recursos) e Ativo (destinação dos recursos- investimentos). O Demonstrativo de Resultado do Exercício tem como objetivo confrontar receitas, custos e despesas de uma empresa, com a finalidade de se apurar o resultado líquido da mesma (lucro ou prejuízo). Pensam outros autores que,”Temos que o balanço patrimonial da entidade é a relação de seus ativos, passivos e patrimônio líquido em uma data específica”. (LIMEIRA, André Luiz et al, 2015,p.29). Segundo o mesmo autor: “Na demonstração do resultado, a informação corresponde ao intervalo de tempo entre os dois balanços. Na DRE, encontraremos todos os elementos que se caracterizam como receitas e despesas reconhecidas dentro do período. O confronto entre as receitas e as despesas evidenciará o resultado da entidade no respectivo momento da apuração. O resultado, quer dizer, o lucro ou o prejuízo do exercício será determinado pela diferença entre as receitas reconhecidas menos as despesas incorridas.” (LIMEIRA, André Luiz et al, 2015,p.34). Feito a devida explicação acerca das demonstrações contábeis que serão tratadas neste relatório, em seguida, será feita a análise econômico-financeira dessas demonstrações, através das análises vertical e horizontal e ainda dos indicadores econômicos de liquidez, de endividamento, de lucratividade e de rentabilidade. 7 2.1. Análises de estrutura e evolução: a. Análise Vertical: A Análise vertical mostra os percentuais que cada item das demonstrações financeiras atinge em relação ao somatório de seu grupo. De acordo com Luiz G. A. Costa e Myrian L. M. P. Lund (2018:27), “A análise vertical facilita a avaliação da estrutura do ativo, passivo e patrimônio líquido, bem como da participação de cada item da demonstração de resultado na formação do lucro ou prejuízo. Tem por objetivo o estudo das tendências da empresa, por meio da sua estrutura financeira e econômica”. Análise Vertical Balanço Patrimonial: Abaixo, está demonstrado o Balanço Patrimonial da companhia Lojas Americanas S.A referente aos anos de 2016 e 2017, já com os respectivos percentuais da Análise Vertical. 8 Na Análise vertical do Balanço Patrimonial, o ativo total, R$ 12.769.527 para o ano de 2016, e R$ 17.400.408 para o ano de 2017, representam respectivamente o patrimônio total de cada exercício. Sendo assim, podemos concluir que: Ano 2016: O ativo circulante representa 51,66% do ativo total; O ativo não circulante representa 48,34% do ativo total; O ativo realizável a longo prazo representa 6,15% do ativo total; O ativo imobilizado representa 18,38% do ativo total; O ativo intangível representa 2,94% do ativo total; O passivo circulante representa 33,96% do ativo total; O passivo não circulante representa 50,45% do ativo total; O patrimônio líquido representa 15,59% do ativo total. Portanto, pode-se concluir que, para o ano de 2016, que a empresa Lojas Americanas S.A. foi consideravelmente mais financiada por recurso de terceiros (total do passivo), que atingiu o percentual total de 84,41%, do que por recursos próprios (patrimônio líquido), que perfez o percentual de 15,59%. O fato acima é explicado pelos 78,13% que a empresa possuiu de passivo, referentes a empréstimos e financiamentos e a dívidas com fornecedores acerca de mercadorias adquiridas a prazo. Entretanto, é importante ressaltar que somente 28,74% das contas acima foram realizadas no curto prazo, tendo o restante de 49,39% dessas contas fixadas no longo prazo. 9 Ano 2017: O ativo circulante representa 57,60% do ativo total; O ativo não circulante representa 42,40% do ativo total; O ativo realizável a longo prazo representa 5,69% do ativo total; O ativo imobilizado representa 16,15% do ativo total; O ativo intangível representa 2,23% do ativo total; O passivo circulante representa 31,72% do ativo total; O passivo não circulante representa 41,72% do ativo total; O patrimônio líquido representa 26,56% do ativototal. Dos percentuais acima, pode-se verificar que a empresa Lojas Americanas S.A. permaneceu, no ano de 2017, sendo mais financiada por recurso de terceiros (total do passivo), que atinge o percentual total de 73,44%, que por recursos próprios (patrimônio líquido), que perfaz o percentual de 26,56%. Ainda, pode-se verificar que a maior parte das dívidas da empresa estão fixadas no longo prazo. Com a apresentação dos indicadores de endividamento, mais a frente neste relatório, ficará mais claro, e será possível entender melhor sobre as dívidas da companhia. Existe ainda uma conta que chama a atenção, a conta disponível, constituída por caixa e bancos, perfez o percentual de 11,66% do ativo total, que significa uma boa parcela do dinheiro da empresa, que terminou o exercício “parado” sem trazer qualque ganho para a companhia. 10 Análise Vertical do Demonstrativo de Resultado do Exercício- DRE. Abaixo, está demonstrado o Demonstrativo de Resultado do Exercício da companhia Lojas Americanas S.A referente aos anos de 2016 e 2017, já com os respectivos percentuais da Análise Vertical. Ano 2016: Na análise vertical da DRE, da companhia Lojas Americanas S.A., sabe-se que a receita líquida (R$ 10.372.345) representa 100%, logo, temos que: Os custos dos bens ou serviçoes vendidos representam 64,37% da receita; O lucro bruto representa 35,63% da receita; As depesas operacionais representam 22,00% da receita; O resultado antes das receitas e despesas financeiras representa 13,64% da receita; O resultado antes dos tributos sobre o lucro representa 2,85% da receita; O lucro líquido do período representa 2,04% da receita. 11 Portanto, de acordo com a análise efetuada acima, podemos verificar que a empresa atingiu uma lucratividade de 2,04% no ano de 2016, e ainda que os custos dos bens ou serviços vendidos consumiram 64,37% da receita. Ano de 2017: Na análise vertical da DRE, da companhia Lojas Americanas S.A., sabe-se que a receita líquida (R$ 11.000.183) representa 100%, logo, temos que: Os custos dos bens ou serviçoes vendidos representam 64,64% da receita; O lucro bruto representa 35,36% da receita; As depesas operacionais representam 22,39% da receita; O resultado antes das receitas e despesas financeiras representa 12,98% da receita; O resultado antes dos tributos sobre o lucro representa 3,57% da receita; O lucro líquido do período representa 2,16% da receita. De acordo com a análise efetuada acima, podemos verificar que a empresa atingiu uma lucratividade de 2,16% no ano de 2017, aumentando sua lucratividade em relação ao ano de 2016, e ainda, que os custos dos bens ou serviços vendidos consumiram 64,64% da receita. b. Análise Horizontal: A análise horizontal tem por finalidade demonstrar a evolução da empresa ao longo de dois ou mais períodos. “Pela utilização da técnica denominada análise horizontal, podemos perceber a evolução de cada elemento do patrimônio ou do resultado empresarial em uma séria de períodos. ...O objetivo da análise horizontal é permitir o exame da evolução histórica de cada uma das contas que compõem as demonstrações contábeis.” (PEARSON, 2015, p.34). 12 Análise Horizontal do Balanço Patrimonial: Abaixo, está demonstrado o Balanço Patrimonial da companhia Lojas Americanas S.A, referente aos anos de 2016 e 2017, já com os respectivos percentuais da análise horizontal. Na análise vertical, os valores do ano 2016 representam a base de comparação para os valores do ano de 2017, diante disso, temos que: O ativo total teve um aumento de 36,27% em relação ao ano de 2016; O ativo circulante teve um aumento de 51,93% em relação ao ano de 2016; O ativo não circulante teve um aumento de 19,52% em relação ao ano de 2016; O passivo circulante teve um aumento de 27,29% em relação ao ano de 2016; 13 O passivo não circulante teve um aumento de 12,67% em relação ao ano de 2016; O patrimônio líquido aumentou em 132,19% em relação ao ano de 2016; Além dos percentuais acima, destacam-se ainda, o aumento de 172,36% do aporte de capital próprio realizado em 2017 em relação ao ano de 2016, o aumento de 592% do disponível, o que caracteriza um boa quantidade de dinheiro parado em caixa, e o aumento de 75,88% de empréstimo e finananciamento a curto prazo. Análise Horizontal do Demosntrativo de Resultado do Exercício: Abaixo, está demonstrado o DRE da companhia Lojas Americanas S.A, referente aos anos de 2016 e 2017, já com os respectivos percentuais da análise horizontal. A tabela acima nos permite verificar que (tendo como base de comparação os valores de 2016 ): Houve um aumento de 6,49% da receita líquda da empresa; O lucro bruto da entidade aumentou em 5,25%; As depeseas operacionais tiveram uma elevação de 7,93%; 14 O resultado antes das despesas e receitas financeiras aumentou em 0,93%; O resultado antes dos tributos sobre o lucro teve um aumento de 33,15%; O lucro líquido do exercício teve um aumento de 12,27%. As análises vertical e horizontal representam critérios interessantes na análise econômico-financeira da empresa. Porém, podemos vislumbrar uma maior profundidade do conhecimento acerca da situação da empresa, através dos indicadores econômico-financeiros, os quais apresentaremos em seguida. 2.2. Análise por indicadores econômico-financeiros: De acordo com Luiz Costa e Myrian Lund (2018: p.36) “A análise de indicadores é útil não apenas para acompanhar historicamente o desempenho econômico e financeiro da empresa, como também para compararmos o desempenho de empresas dentro de um mesmo setor”. Este tipo de análise consegue nos fornecer a leitura correta dos valores constantes nas demonstrações contábeis da empresa, nos mostrando, por exemplo, se as dívidas adquiridas pela empresa as tornam insolventes ou não, haja vista que, duas empresas podem ter o mesmo valor de dívidas, entretanto, as composições das dívidas de cada uma que irão dizer se estas empresas estão ou não solventes, análise esta possível de ser feita através de seus indicadores de endividamento. Os indicadores que serão demonstrados a seguir são: de Liquidez, de endividamento, de lucratividade e de rentabilidade. a. Indicadores de Liquidez: Os indicadores de liquidez têm por finalidade medir a situação financeira da empresa, em relação a sua capacidade de pagamento, ou seja, condição da empresa de saldar dívidas. Abaixo demonstraremos todos os indicadores de liquidez, quais sejam: liquidez corrente, liquidez seca, liquidez imediata e liquidez geral. Para a elaboração dos cálculos abaixo foram verificados os valores constantes no Balanço Patrimonial da empresa Lojas 15 Americanas S.A. referentes aos anos de 2016 e 2017 e devidamento dispostos nos quadros 1 e 3 do presente relatório. Indicador de liquidez corrente: A liquidez corrente indica o quanto à empresa dispõe no ativo circulante para arcar com o pagamento do passivo circulante, que pode ser medido através da fórmula abaixo: ILC = Ativo Circulante / Passivo Circulante. ILC (2016) = 6.596.830/4.336.474 = 1,52. ILC (2017) = 10.022.613/5.519.766 = 1,82. Logo, através dos indicadores acima, verifica-se que em 2016 a empresa dispunha de $1,52 de capital de giro (recursos de curto prazo) para pagar cada $1,00 de dívidas de curto prazo. Este indicador ainda teve uma elevação em 2017, onde a companhia passou a dispor de $1,82 de recurso de curto prazo para cada $1,00 de dívida de curto prazo, revelando-se assim com uma capacidade de solvência. Indicador de liquidez seca: A liquidez seca indica o quanto à empresa dispõe no ativo circulante para arcar com o pagamento do passivo circulante, desconsiderando o estoque, ou seja, identifica o grau de dependência do estoque para saldar as dívidas de curtoprazo. A liquidez seca pode ser medida através da fórmula: ILS = (Ativo Circulante – Estoque)/Passivo Circulante. ILS (2016) = (6.596.830-2.146.536)/4.336.474 = 1,03. ILS (2017) = (10.022.613-2.400.868)-5.519.766 = 1,38. Nota-se que mesmo retirando os estoques, tanto no ano de 2016 quanto no ano de 2017, a empres Lojas Americanas demonstrar ter capacidade de arcar com suas dívidas de curto prazo apenas com seus recursos de curto prazo, dispondo de $1,03 de recursos para cada $1,00 de dívida em 2016 e $1,38 de recursos para cada $1,00 de dívida em 2017. 16 Enretanto, podemos perceber que existe uma dependência maior dos estoques no ano de 2016 em relação ao ano de 2017, que pode ser confirmado através do cálculo do GDE, que nada mais é a diferença entre a liquidez corrente e liquidez seca dividido pela liquidez corrente, vejamos: GDE (2016) = (LC-LS)/LC = (1,52-1,03)/1,52 = 32,23% GDE (2017) = (LC-LS)/LC = (1,82-1,38)/1,82 = 24,17%. Indicador de Liquidez Imediata: Este indicador demostra a capacidade financeira que a empresa tem de arcar com suas dívidas de curto prazo, considerando-se somente suas disponibilidades (caixa e banco). Para André Luiz Limeira et al (2015, p.86), “Também conhecido como liquidez instantânea, esse índice mede a capacidade financeira da empresa para honrar seus compromissos de curto prazo contando apenas com suas disponibilidades.” E ainda: “A liquidez imediata apresenta sempre um índice inferior à unidade, pois não é considerado normal a empresa manter um saldo de caixa e bancos em nível elevado visando garantir pagamentos que vencerão no curto prazo. Pode-se concluir, por esse indicador, que, uma vez em crescimento, a empresa pode estar imobilizando recursos em tesouraria deixando de gerar recursos no giro dos negócios” (LIMEIRA, André Luiz et al, 2015,p.86). A liquidez imediata pode ser apurada através da seguinte formulação: ILI = Disponvel/Passivo Circulante ILI (2016) = 293.239/4.336.474 = 0,07 ILI (2017) = 2.029.213/5.519.766 = 0,37 17 Através dos números acima, podemos dizer que em 2016 a empresa teve uma gestão de fluxo de caixa eficiente, o que significa dizer que o capital fopi empregado no giro operacional do negócio. Já em 2017, verifica-se um indicar bem mais elevado, o que significa dizer que a empresa manteve uma parcela considerável de dinheiro parada no disponível da empresa, sem trazer nenhum tipo de ganho financeiro para a entidade. Índice de liquidez geral: Temos que, “A liquidez geral, ou índice de solvência geral, é uma medida da capacidade da empresa para honrar todas as suas obrigações (de curto e longo prazos) contando, para isso, com seus recursos realizáveis em curto e longo prazo.” (LIMEIRA, André Luiz et al, 2015,p.87). A liquidez geral pode ser medida através da fórmula abaixo: ILG = (AC + RLP)/(PC + PNC). Onde; AC = Ativo circulante; RLP = Realizável a longo prazo; PC = Passivo circulante; PNC = Passivo não circulante. Sendo assim, temos: ILG (2016) = (6.596.830+785.025) / (4.336.474+6.442.597) = 0,68. ILG (2017) = (10.022.613 + 990.528) / (5.519.766 + 7.258.958) = 0,86. Os resultados acima nos mostram que, para o ano de 2016, a empresa dispunha de $ 0,68 de recursos de longo e curto prazo para cada $ 1,00 de dívidas totais, e, para o ano de 18 2017, a empresa dispunha de $ 0,86 de recursos de longo e curto prazo para cada $ 1,00 de dívidas totais. Mesmo o indicador estando abaixo da unidade, é importante destacar que a empresa financia o seu ativo com uma boa parcela de recursos no longo prazo (conforme verificamos na análise vertical) e ainda, que no curto prazo, apresenta uma folga financeira, conforme pudemos ratificar com o indicador de liquidez corrente e também o de liquidez seca. Desta forma, o indicador de liquidez geral, por si só, neste caso, não traz maiores preocupações para a empres Lojas Americanas S.A. b. Indicadores de endividamento ou estrutura de capital: Os índices de estrutura de capital calculam a segurança que a empresa oferece aos capitais de terceiros e revelam sua política de obtenção de recursos, demonstram ainda a porcentagem dos ativos que foi financiado com capitais de terceiros e próprios, e se a empresa tem dependência de recursos de terceiros. Temos os seguintes indicadores de endividamento, quase sejam: indicador de endividamento geral, composição do endividamento, passivo oneroso sobre ativo, composição do passivo oneroso sobre ativo e imobilização do patrimônio líquido. Para a elaboração dos cálculos abaixo foram verificados os valores constantes no Balanço Patrimonial da empresa Lojas Americanas S.A. referentes aos anos de 2016 e 2017 e devidamento dispostos nos quadros 1 e 3 do presente relatório. Indicador de endividamento geral: Este indicador aponta o grau de endividamento da empresa, e se a empresa possuiu maior dependência por capital próprio ou capital de terceiros para financiamento do seu ativo. IEG = ((passivo circulante + passivo não circulante) / ativo total) x 100. IEG (2016) = ((4.336.474 + 6.442.597) / 12.769.5270) x 100 = 84,41. IEG (2017) = ((5.519.766 + 7.258.958) / 17.400.408) x 100 = 73,44 19 O indicador acima, nos mostra que a empresa depende de 84,41% e 73,44% de capital de terceiros para financiar as aplicações totais realizadas na entidade, para os anos de 2016 e 2017 respectivamente. Ou seja, somente 15,59% e 26,56% dos recursos são financiados por capital próprio, para os anos de 2016 e 2017 respectivamente. Desta forma, podemos dizer que a companhia possui um elevado grau de endividamento, o que aumenta o fator de risco. Entretanto, reassalta-se que a dependência de capital de terceiros reduziu em 11% de 2016 para 2016, demomstrando uma tendência favorável para a redução do seu endividamento e consequentemente de seu risco. Composição do endividamento: Este indicador tem como finalidade mostrar se a maior parte das dívidas da empresa está alocada no curto prazo ou no longo prazo (superior a 1 ano). Abaixo, pode ser verificada a fórmula para apuração da composição do endividamento: Composição do Endividamento = (PC / (PC + PNC)) x 100. Onde; PC - Passivo circulante; PNC – Passivo não circulante. Logo, temos que: Composição do endividamento (2016) = (4.336.474 / (4.336.474 + 6.442.597)) x 100 = 40,23. Composição do endividamento (2017) = (5.519.766 / (5.519.766 + 7.258.958)) x 100 = 43,19. Os resultados acima nos mostram que 40,23% e 43,19% dos endividamentos nos anos de 2016 e 2017 respectivamente, concentram-se no curto prazo, ou seja, a maior parte do endividamento da companhia está concentrada no longo prazo. 20 A companhia deve começar a se preocupar com o fato de ter elevado o seu percetual de concentração de dívida no curto prazo de 40,23% para 43,19% entre os anos de 2016 e 2017, mas essa tendência somente pode ser confirmada com a análise de outros exercícios. Passivo oneroso sobre ativo (POSA) Este índice mostra o quanto a empresa depende de fontes onerosas de capital no financiamento dos investimentos totais da empresa, ou seja, demonstra a dependência da companhia em obter recursos junto a instituições financeiras. POSA = (Passivo circulante financeiro + passivo não circulante) / Ativo total POSA (2016) = ((1.233.657 + 6.306.674) / 12.769.527) x 100= 59,05. POSA (2017) = ((2.169.848 + 7.001.300) / 17.400.408) x 100 = 52,71. Nota-se que, no ano de 2016, 59,05% das aplicações efetuadas no ativo se deram por meio de recursos onerosos de terceiros, tendo ocorrido ainda, este tipo de financiamento em 52,71% das aplicações efetuadas no ativo no ano de 2017. Apesar do considerável aumento de financiamentos e empréstimos no ano de 2017, principalmente no que refere-se ao período de curto prazo, este fato foi devidamente compensado pelo aumento de 172,36%do capital social realizado (conforme verificado na análise horizontal), ou seja, embora tenha havido um aumento dos recursos onerosos, a integralização do capital próprio fez com que houve uma queda na dependência de instituições financeiras no financiamento do ativo. Composição do POSA: Este índice demonstra o quanto do passivo oneroso encontra-se no curto ou longo prazo, conforme fórmula abaixo: Composição POSA = (PC Oneroso / (PC oneroso + PNC Oneroso) x 100. Composição POSA (2016) = (1.233.657 / 1.233.657 + 6.306.674) x 100= 16,36%. Composição POSA (2017) = (2.169.848 / 2.169.848 + 7.001.300) x 100 = 23,66%. 21 A Composição do POSA nos mostra que, para o ano de 2016, 16,36% do passivo oneroso está alocado no curto prazo e consequentemente, 83,64% está alocado no longo prazo, bem como em 2017, 23,66% está alocado no curto prazo e 76,34% está alocado no longo prazo. Ou seja, tivemos um aumento percentual de passivo oneroso no curto prazo. Imobilização do Patrimônio Líquido: Para André Luiz Limeira et al (2015, p.84), “O índice exprime o quanto dos ativos investimentos, imobilizado e intangível da empresa é financiado pelo seu patrimônio líquido, evidenciando, dessa forma, a maior ou menor dependência de aporte de recursos de terceiros para manutenção de seus negócios.” A fórmula para apuração deste indicador é: IPL= ((Ativo não circulante - Realizavel a longo prazo) / Patrimonio Líquido) x 100. IPL (2016) = ((6.172.697-785.025)/1.990.456) x 100 = 270,68%. IPL (2017) = ((7.377.795-990.528)/4.621.684) x 100 = 138,20%. Os índices acima nos mostram que o capital próprio, não se mostrou sozinho, suficiente para cobrir os investimentos, imobilizado e intangível, necessitando assim complementar tais aplicações com recursos de terceiros, o que se espera que se faça a longo prazo. Após as demonstrações dos indicadores financeiros, seguiremos com as demonstrações dos indicadores econômicos. 22 c. Indicadores de lucratividade: Os indicadores de lucratividade avaliam a performance econômica da empresa em relação a seus resultados. Para André Luiz Limeira et al (2015, p.88), “Os índices de lucratividade têm a finalidade de avaliar as margens auferidas no resultado da empresa, sejam relacionadas ao produto ou à eficiência do negócio.” Para a elaboração dos cálculos abaixo foram verificados os valores constantes no Demonstrativo de Resultado do Exercício da empresa Lojas Americanas S.A. referentes aos anos de 2016 e 2017 e devidamento dispostos nos quadros 2 e 4 do presente relatório. Margem bruta: Margem bruta é um indicador que corresponde ao percentual de cada real de venda que restou após a empresa ter deduzido os custos das vendas, ou seja, a lucratividade auferida sobre a mercadoria, produto ou serviço comercializado pela empresa. A margem bruta é apurada através da fórmula abaixo: MB = (Lucro bruto / Receita Líquida) x 100 MB (2016) = (3.695.947 / 10.372.345) x 100 = 35,63% MB (2017) = (3.890.164 / 11.000.183) x 100 = 35,36% Verifica-se, através dos cálculos acima, que a empresa obteve 35,63% e 35,36% de lucratividade sobre o produto comercializado para os anos de 2016 e 2017 respectivamente, ou seja, que houve uma sobra desses percentuais da receita líquida para aracar com as despesas operacionais e ainda gerar lucro verificado nesses anos. 23 Margem operacional: Este indicador representa o quanto se obtém de lucro operacional a cada unidade vendida,de forma a avaliar o ganho operacional da empresa em relação a seu faturamento líquido. A margem operacional é apurada através da fórmula abaixo: MO = (Lucro operacional / Receita Líquida) x 100 Sendo o Lucro operacional igual ao resultado antes dos tributos sobre o lucro. MO (2016) = (295.153 / 10.372.345) x 100 = 2,85%. MO (2017) = (393.005 / 11.000.183) x 100 = 3,57%. Verifica-se que apesar de ter uma margem bruta na casa de 35%, houve um consumo considerável dessa margem bruta pelo montante das despesas operacionais da empresa, fazendo com que a margem operacional resultasse em 2,85% e 3,57% para os anos de 2016 e 2017 respectivamente, o que representa um pequeno aumento de eficiência no negócio. Esse consumo da margem bruta pelas despesas operacionais pode ter sido ocasionado por um maior esforço de vendas pela empresa que não se refletiu no faturamento, haja vista o elevado montante gasto com despesas com vendas. Margem líquida: Esse índice demonstra o retorno líquido da empresa sobre seu faturamento líquido, diferindo da margem operacional em função de deduzir do lucro operacional o impacto do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro, além das participações no resultado. A margem líquida é apurada através da fórmula abaixo: Margem Líquida = (lucro líquido / receita líquida) x 100. MO (2016) = (211.657 / 10.372.345) x 100 = 2,04%. MO (2017) = (237.628 / 11.000.183) x 100 = 2,16%. 24 A empresa Lojas Americanas S.A. teve um retorno sobre o faturamente líquido de 2,04% em 2016 e 2,16% em 2017, acompanhando a pequena elevação refletida na margem operacional. Esses baixos percentuais de retorno sobre o faturamento liquído demonstram que a empresa Lojas Americanas não teve uma boa eficácia no uso dos seus recursos. d. Indicadores de rentabilidade: De acordo com Luiz G. A. Costa e Myrian L. M. P. Lund (2018:27), “Os indicadores de rentabilidade medem a eficiência dos ativos quando comparam o resultado da empresa (resultado da atividade ou resultado líquido) com o ativo e a rentabilidade obtida pelos acionistas quando comparam o lucro com o patrimônio líquido”. Para a elaboração dos cálculos abaixo foram verificados os valores constantes no Balanço Patrimonial e no Demonstrativo de Resultado do Exercício da empresa Lojas Americanas S.A. referentes aos anos de 2016 e 2017 e devidamento dispostos nos quadros 1 e 2 do presente relatório. Rentabilidade do Patrimônio Líquido (ROE): Este indicador também é conhecido como retorno sobre o capital próprio, mede a remuneração dos capitais próprios investidos na empresa, ou seja, quanto a empresa ofereceu de riqueza aos sócios, no periodo. Serva ainda para analisar se o redimento obtido está compatível com outras alternativas de aplicação, do ponto de vista dos investidores. A formula do RPL é: RPL = (lucro liquido / patromônio liquid) x 100. RPL (2016) = (211.657 / 1.990.456) x 100 = 10,63%. RPL (2017) = (237.628 / 4.621.684) x 100 = 5,14%. 25 Diante dos calculus expostos acima, verifica-se que a empresa Lojas Americanas S.A. apresentou, em 2016, uma rentabilidade do patrimônio liquido de 10,63%, o que significa que os acionistas obtiveram uma remuneração de 10,63% sobre o capital investido na empresa. Em 2017 a rentabilidade diminuiu para 5,14%. Repare que apesar do aumento do lucro liquido do exercício no ano de 2017, a rentabilidade reduziu para cerca da metade da verificada para o ano de 2016, isso se deu pelo considerável aporte de capital próprio realiazado no ano de 2017, já que, mesmo com um aumento de 172,36% do capital social realizado para o ano de 2017 quando comparado com o ano de 2016, não se refletiu num giro do negócio que pudesse gerar um maior faturamento. Rentabilidade do ativo (ROI): Esse indicador tem como objetivo medir a porcentagem do lucro líquido gerado em relação ao investimento total da empresa (ativo total), ou seja, indica em que taxa a empresa remunera os investimentos totais nela aplicados. A fórmula do ROI é: ROI = (Lucro liquido / ativo total) x 100. ROI (2016) = (211.657 / 12.769.527) x 100 = 1,66%. ROI (2017) = (237.628 / 17.400.408) x 100 = 1,37%. Os calculos acima nos mostram que um ROI de 1,66% para o ano de 2016 e 1,37% para o ano de 2017. Isso significa dizer que o payback da entidade (tempo em que se recupera os investimentos totaisefetuados na empresa) que de acordo com o percentual apurado em 2016 , temos um payback de aproximadamente 60 anos, e de acodo com o percentual apurado em 2017, temos um payback de 73 anos. 26 3. Conclusão [Apresente as suas considerações finais sobre a situação econômica e financeira da empresa.] 27 4. Referências bibliográficas [Liste as fontes de consulta utilizadas na elaboração do relatório de acordo com os referenciais da ABNT.] 5.
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