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TIPOS DE VEGETAÇÃO NO BRASIL

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TIPOS DE VEGETAÇÃO NO BRASIL 
Introdução
Em função da grande extensão territorial e da existência de diversos tipos de clima, se desenvolveu no Brasil uma rica diversidade de formações vegetais. Em cada bioma, encontramos tipos específicos de árvores, arbustos, gramíneas e plantas.
· Caatinga - Região: sertão nordestino.’
Formações vegetais: arbustos, árvores baixas de pequeno porte e cactos. Podemos destacar como exemplos: aroeira, angico, juazeiro e as seguintes cactáceas, mandacaru e xique-xique.
Vegetação conhecida como típica do Nordeste brasileiro, de clima semiárido e xerófita (adaptada à escassez de água), a caatinga ocupa cerca de 11% do território nacional e engloba, além dos estados nordestinos, o norte de Minas Gerais. É a área socialmente mais crítica do país e considerada região semiárida mais povoada do mundo, cerca de 27 milhões de pessoas vivem neste domínio. A caatinga vem sendo desmatada de forma acelerada, principalmente para consumo industrial e doméstico de lenha nativa e para formação de pastagens e campos agrícolas. A fauna é representada por répteis, roedores, arara-azul, asa-branca, cutia, etc. 
· Campos (pampa) - Região: áreas do centro e sul do Rio Grande do Sul.
Formações vegetais: presença de árvores de pequeno porte, arbustos e vegetação rasteira (gramíneas). As principais espécies vegetais são: pinheiro-do-paraná, Cabreúva, imbuia, canafístula e açoita-cavalo. 
são vegetações encontradas em áreas dispersas no território brasileiro, são composições herbáceas, exibe aspectos diversos e podem ser encontrados em restritas extensões. A particularidade desse tipo de cobertura vegetal é o fato de seu aparecimento descontínuo ao longo da superfície nacional.
Essa formação vegetal ocorre, em geral, em regiões de relevo plano ou então em áreas de climas frios e secos. No Brasil existem diversas tipos de formação campestre: campos meridionais, campos da Hileia e campos de altitude. 
Campos meridionais: são encontrados, especialmente, no Rio Grande do Sul (Campanha Gaúcha) e no Mato Grosso do Sul (Campos de Vacaria). Nessas áreas a principal atividade econômica desenvolvida é a pecuária e criação de gados.
Campos Hileia: formação campestre identificada em áreas sujeitas a inundações, como o litoral do Amapá, Ilha de Marajó e o Golfão Maranhense.
Campos de altitude: vegetação composta por herbáceas encontradas acima de 100 metros de altitude, é encontrada na Serra da Mantiqueira (Sudeste) e na região serrana de Roraima.
· Cerrado Região: centro-oeste.
Formações vegetais: árvores retorcidas, arbustos e herbáceas (exemplos: barba de bode e capim-gordura). As árvores e arbustos se caracterizam pela presença de casca grossa e raízes profundas, para obtenção de água no período de poucas chuvas. 
Ocupa a porção central do Brasil e representa cerca de 20% do território. O clima é marcado pela presença de duas estações, uma seca e uma úmida. Apesar da intensa devastação que vem sofrendo ao longo das décadas – é especialmente no cerrado que está localizado o agronegócio brasileiro – O seu elevado potencial aquífero reflete-se na presença de nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata).
Com alta biodiversidade, o cerrado abriga mais de 11 mil espécies de plantas já catalogadas, que sofrem com a extinção, assim como os animais: 137 espécies estão ameaçadas. Depois da mata atlântica, o cerrado é o domínio que mais sofreu alterações advindas da ocupação humana.
· Floresta Amazônica - região norte.
Formações vegetais: árvores de médio e grande porte. Presença de matas de terra firme, matas de várzea e matas de igapó. Como exemplos de árvores: seringueiras, castanheiras e cauchos.
O domínio amazônico possui clima equatorial – quente e úmido – e resguarda mais de um terço das espécies que vivem na Terra. Está localizado na maior bacia hidrográfica do mundo, com cerca de 6 milhões de km², formada por mais de mil afluentes que alimentam sua artéria principal: o rio Amazonas.
A floresta amazônica úmida ocupa cerca de 49% do território nacional, se estendendo ainda por oito países vizinhos. Em 1953, foi estabelecida a Amazônia Legal, um limite territorial maior do que aquele ocupado pela floresta, utilizado para fins administrativos. A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso, além de parte do estado do Maranhão. 
· Mata Atlântica - Região: costa sudeste, sul e leste.
Formações vegetais: formações vegetais heterogêneas. Exemplos mais comuns: ipê, pau-brasil, jacarandá, palmito, bambus e palmeiras.
É a vegetação mais afetada pelas ações do homem, já que se estende por toda faixa oriental do Brasil e sofreu os primeiros impactos do processo colonizador.
Originalmente, estendia-se por 17 estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí). Hoje restam cerca de apenas 8,5% de remanescentes florestais acima de 100 hectares, em comparação à cobertura original. Quase 72% da população brasileira vive na faixa de abrangência deste domínio. É considerada um hotspot mundial, ou seja, uma área rica em biodiversidade e ao mesmo tempo uma das mais ameaçadas do planeta.
Sua composição original da Mata Atlântica é um mosaico de vegetações com florestas ombrófilas densas, aberta e mista; florestas estacionais deciduais e semideciduais; campos de altitude, mangues e restingas. 
· Mata dos Cocais - Região: presente em áreas de transição entre a caatinga e a floresta amazônica, nos estados do Ceará, Piauí, Maranhão, Pará e norte de Tocantins. 
Formações vegetais: presença de florestas tropicais. Exemplos de espécies vegetais: buriti, carnaúba, palmeiras (açaí, por exemplo) e oiticica. 
é classificada como Mata de Transição, posto que se localiza entre as Florestas Úmidas da Amazônia e o clima semiárido do sertão, que é a Caatinga. Seu clima pode ser Equatorial Úmido ou Semiárido, com temperatura anual de 26°C, além de um inverno seco e verão chuvoso. A partir de duas qualidades de palmeiras há o babaçu e a carnaúba, onde a população nativa através do cocô do babaçu é extraído um óleo aproveitado nas indústrias de alimento e farmacêutica. Além disso, a sua casca serve para fabricar estofados e embalagens, sendo assim, sua fonte de renda.
Há uma fauna bastante diversificada, vivem ali animais da Amazônia, Caatinga e Cerrado, espécies que podemos citar é: gavião-rei, ariranha, arara-vermelha, lobo-guará, gato-do-mato e macaco-prego.
· Pantanal - Região: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Formações vegetais: vegetação complexa e heterogênea (matas ciliares, aguapés, arbustos, plantas rasteiras e árvores de pequeno, médio e grande porte). As principais espécies são: aroeira, ipê, angico, mandacaru, palmeiras, figueiras, orquídeas e buriti.
O Pantanal é uma grande depressão aluvial. Aziz Ab’Saber classificou o Pantanal mato-grossense como uma “paisagem de exceção”, que “inclui ecossistemas do domínio dos cerrados e ecossistemas do Chaco, além de componentes bióticos do nordeste seco e da região periamazônica”. Por isso, é considerado uma zona de transição, composta por fisionomias bastante heterogêneas. As paisagens são constantemente modificadas pelas chuvas periódicas, que provocam o transbordamento dos rios.
Os manguezais ocorrem em locais onde haja encontro de águas dos rios com a do mar, estando associados às margens de baías, barras, enseadas, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras. Dessa forma, é considerado um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e marinho. A cobertura vegetal está adaptada à ação diária das marés de água salgada e salobra. A riqueza biológica formada neste encontro permite que essas áreas sejam consideradas grandes “berçários” naturais, já que a fauna encontra condições ideais para reprodução, criadouro e abrigo.Além disso, a vegetação de mangue ajuda a reter sedimentos, evitar erosão e estabilizar a costa.
Dentre os principais fatores que impactam diretamente a vida dos manguezais estão aterro, desmatamento, deposição de lixo, lançamento de esgoto e efluentes industriais, construções de marinas e pesca predatória.

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