Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Instalações Prediais Hidráulicas HELENA ALVES MOREIRA Engenheira Civil, Mestre em Recursos Hídricos e Tecnologia Ambiental, Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho Divulgar os principais métodos de dimensionamento e normas, utilizados nos projetos de instalações prediais hidráulico-sanitárias e respectivas tecnologias de execução de obras. Dar subsídios e conhecimentos para fiscalização de obras. OBJETIVOS Desenvolver capacitação para elaboração de projeto técnico de instalações prediais hidráulico-sanitárias. Divulgar os principais problemas provenientes de um projeto mal elaborado e de uma obra mal executada. OBJETIVOESPECÍFICOS Para a elaboração de um projeto de instalação hidráulica é necessário: As plantas completas do projeto arquitetônico; Consultar o autor do projeto, para se adequar as condições de estéticas do projeto arquitetônico; Consultar o calculista para se obter melhor técnica e economia no projeto; Localização adequada das caixas dágua, da rede de abastecimento do prédio, das bombas e dos pontos de utilização; Utilização das escalas apropriadas: Plantas baixas, pavimento tipo, cobertura , etc. – 1:50 Detalhes – 1:20 ou 1:25 RECOMENDAÇÕES PROJETO Planta, cortes, detalhes isométricos(perspectiva a cavaleira), com dimensionamento e traçado dos condutores; Memoriais descritivos, justificativas e de cálculo; Especificações do material e normas para a sua aplicação; Orçamento, compreendendo o levantamento das quantidades e dos preços unitário e global da obra. RECOMENDAÇÕES PROJETO CARVALHO, Roberto Jr. “Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura”, Editora Edgard Blucher, 2007. CREDER, H. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. Rio de Janeiro: LTC, 2012. NETTO, Azevedo J. “Manual de Hidráulica”, 8a Edição, Editora Edgard Blucher, São Paulo, 2005. BIBLIOGRAFIA BÁSICA MELO, VANDERLEY DE OLIVEIRA, “Instalações Prediais Hidráulico-Sanitárias”, Editora Edgard Blucher, 2000. BORGES, Ruth Silveira Borges. “Manual de Instalações Prediais Hidráulico -Sanitárias e de Gás”, Editora PINI, São Paulo, 1992. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR NBR 5626/98 – Instalações Prediais de Água Fria De acordo com a NBR-5626/98 as partes constituintes de uma instalação predial de água fria são: RAMAL PREDIAL: tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a instalação predial; ALIMENTADOR PREDIAL: tubulação compreendida entre o ramal predial e a primeira derivação ou válvula de flutuador de reservatório; RESERVATÓRIO INFERIOR: reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação elevatória, destinada a reservar água e a funcionar como de sucção da instalação elevatória; PARTES CONSTITUINTES DE UMA INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO: tubulação compreendida entre o ponto de tomada no reservatório inferior e o orifício de entrada da bomba; INSTALAÇÃO ELEVATÓRIA: conjunto de tubulações , equipamentos e dispositivos destinados a elevar a água para o reservatório de distribuição; TUBULAÇÃO DE RECALQUE: tubulação compreendida entre o orifício de saída da bomba e o ponto de descarga no reservatório de distribuição; RESERVATÓRIO SUPERIOR: reservatório ligado ao alimentador predial ou a tubulação de recalque, destinado a alimentar a rede predial de distribuição; PARTES CONSTITUINTES DE UMA INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA AUTOMÁTICO DE BÓIA: dispositivo instalado no interior de um reservatório para permitir o funcionamento automático da instalação elevatória entre seus níveis operacionais extremos; EXTRAVASOR: tubulação destinada a escoar os eventuais excessos de água dos reservatórios e das caixas de descarga; BARRILETE: conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as colunas de distribuição; COLUNA DE DISTRIBUIÇÃO: tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais; PARTES CONSTITUINTES DE UMA INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA RAMAL: tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais; SUB-RAMAL: tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho sanitário; PEÇA DE UTILIZAÇÃO: dispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a utilização da água; REDE PREDIAL DE DISTRIBUIÇÃO: conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos; PARTES CONSTITUINTES DE UMA INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA Para uma instalação predial de Água Fria estar bem projetada é necessário que: seja contínuo o fornecimento de água aos usuários, e em quantidade suficiente, armazenando ao máximo a um custo mais baixo possível e minimizando ao máximo os problemas decorrentes da interrupção do funcionamento do sistema público; preserve-se a qualidade da água; limite-se as pressões e as velocidades a valores adequados para evitar vazamentos e ou ruídos indesejáveis. INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA concepção do projeto: é a etapa mais importante do projeto pois são definidos nesta fase o tipo do prédio, pontos de utilização, o sistema de abastecimento e distribuição, localização dos reservatórios, etc; determinação das vazões; dimensionamento: memorial descritivo e justificativo, cálculos, normas de execução, especificação de materiais e equipamentos utilizados, plantas, esquemas hidráulicos, desenhos isométricos, relação de materiais. ETAPAS DE PROJETO Rede pública de abastecimento ou por um sistema privado ENTRADA E FORNECIMENTO DE ÁGUA FRIA INSTALAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS - APAC e CPRH ENTRADA E FORNECIMENTO DE ÁGUA FRIA SISTEMA DIRETO Abastecimento das peças de utilização é feito diretamente com água da rede de distribuição sem reservação. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO SISTEMA INDIRETO Abastecimento das peças de utilização é feito através de reservatório de armazenamento da edificação. Com ou sem bombeamento. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO SISTEMA INDIRETO SEM BOMBEAMENTO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO SISTEMA INDIRETO COM BOMBEAMENTO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO SISTEMA MISTO Algumas peças de utilização são ligadas com águas provenientes da rede e outras do reservatório ou de ambos Fatores que influem no consumo de água: Características físicas do clima Renda familiar Características da habitação Características do abastecimento de água Características culturais da comunidade Tarifa CONSUMO DE ÁGUA Variações no consumo: Variação anual – crescimento com o tempo devido ao aumento da população ou alterações nos hábitos higiênicos e desenvolvimento industrial Variação mensal – varia entre meses de inverno e verão Variação diária – consumo diário associado as variações mensais Variação horária – hora de pico e de consumo reduzido CONSUMO DE ÁGUA Meio rural - 50 L/hab/dia Pequena cidade - 50 a 100 L/hab/dia Cidade Média - 100 a 200 L/hab/dia Grande cidade - 200 a 300 L/hab/dia Cidades densamente povoadas - 500 L/hab/dia CONSUMO DE ÁGUA Cálculo da população a ser atendida CONSUMO DE ÁGUA Apartamentos e residências: (a) Dormitório de até 12 m2 : 02 pessoas (b) Dormitório de mais de 12 m2: 03 pessoas Cinemas, teatros e templos: Cada 0 7 m2 de áreas: 01 pessoas Para prédios de apartamento ou residências: NP = (3 NDs1+2 NDs2 +NDe ) Naptos Npav NP – número de pessoas a serem atendidas NDs1 - número de dormitórios com área maior a 12 m2 NDs2 – número de dormitórios com área até 12 m2 Nde – número de dormitórios de serviço Naptos – número de apartamentos Npav – número de pavimentos CONSUMO DE ÁGUA Cálculo da população a ser atendida CONSUMO DE ÁGUA CONSUMO DIÁRIO Calcula-se o consumo diário pela fórmula: Cd = Cp x n Cd = Consumo diário Cp = Consumo per capita n = Número de ocupantes ESTIMATIVA DE CONSUMO ESTIMATIVA DE CONSUMO Exercício: Calcular o consumo diário de um Prédio de padrão médio, com 10 pavimentos, 4 apartamentos por pavimento,3 quartos sociais (dois de 15 m2 e um de 11 m2) e um de serviço por apartamento. ESTIMATIVA DE CONSUMO RESERVATÓRIOS Os reservatórios domiciliares têm sido utilizados para compensar a falta de água na rede pública, resultante de falhas no funcionamento do sistema de abastecimento ou de programação da distribuição. Os principais inconvenientes do uso dos reservatórios domiciliares são de ordem higiênica, por facilidade de contaminação, do custo adicional e complicações na rede predial e devido ao possível desperdício de água durante a ausência do usuário. As conseqüências da existência dos reservatórios são mais graves para os usuários que se localizam próximos de locais específicos da rede de distribuição, como pontas de rede, onde, em geral, a concentração de cloro residual é às vezes inexistente. RESERVATÓRIOS Os reservatórios devem ser construídos com materiais de qualidade comprovada e estanque. Os materiais empregados na sua construção e impermeabilização não devem transmitir à água, substâncias que possam poluí-la. Devem ser construídos de tal forma que não possam servir de pontos de drenagem de águas residuárias ou estagnadas em sua volta. A superfície superior externa deve ser impermeabilizada e dotada de declividade mínima de 1:100 no sentido das bordas. Devem ser providos de abertura convenientemente localizada que permita o fácil acesso ao seu interior para inspeção e limpeza, e dotados de rebordos com altura mínima de 0,05 m. Essa abertura deverá ser fechada com tampa que evite a entrada de insetos e outros animais e/ou de água externa. RESERVATÓRIOS A reserva para combate a incêndios pode ser feita nos mesmos reservatórios da instalação predial de água fria, porém, à capacidade para esta finalidade devem ser acrescidos os volumes referentes ao consumo. A reserva de incêndio de cada tipo de sistema, sprinklers ou hidrantes, deve ser armazenada, na sua totalidade, somente em um dos reservatórios (superior ou inferior). Se a capacidade de cada reservatório ultrapassar 6 m3, deve-se adotar dois compartimentos com todos os acessórios. RESERVATÓRIOS De acordo com a NBR 5626/98: A reservação (Rt) deve ser maior que o consumo diário (CD):Rt>CD Na prática, para edificações convencionais, adota-se uma reservação para um período de um dia (24 horas), admitindo-se uma interrupção no abastecimento durante este período. A reservação mínima prevista para residências uni-familiares é de 500L: Rmin=500 L A reserva total deve ser menor que o triplo do consumo diário, evitando-se a reservação de grandes volumes: RT<3.CD Portanto: CD < Rt < 3.CD DIMENSIONAMENTO Distribuição da reservação de acordo com a NBR 5626/98: Havendo somente um reservatório, este deverá estar em nível superior (Rs) e conter toda a reservação necessária. Havendo reservatório inferior e superior: a indicação prática para os casos usuais, recomenda 40% (2/5) do consumo diário no reservatório superior e 60% (3/5) no inferior. Reservas adicionais de combate a incêndio podem estar no Ri (no caso de sprinklers) e/ou Rs (no caso de hidrantes). Reservas adicionais para aparelhos de ar condicionado deve ser verificado junto ao projetista, podendo estar tanto no Rs, quanto no Ri. DIMENSIONAMENTO A função do reservatório inferior é armazenar uma parte da água destinada ao abastecimento e deve existir quando: O reservatório superior não puder ser abastecido diretamente pelo ramal alimentador. O volume total a ser armazenado no reservatório superior for muito grande (principalmente em prédios de apartamentos). Quando a edificação apresenta mais de 4 pavimentos acima do nível médio da rua onde se localiza o distribuidor público. RESERVATÓRIO INFERIOR (RI) O volume do reservatório é estabelecido em função do consumo diário (CD) e das necessidades de água para combate a incêndios (Vci): CR = 2.CD VRi = 0,6.CD + Vci Onde: VRi - é o volume do reservatório inferior m3 CR - é o consumo de reservação Vci - é o volume para combater incêndio por sprinklers (m3) RESERVATÓRIO INFERIOR (RI) RESERVATÓRIO INFERIOR (RI) RESERVATÓRIO INFERIOR (RI) O reservatório superior deve ter capacidade adequada para atuar como regulador de distribuição e é alimentado por uma instalação elevatória ou diretamente pelo alimentador predial. O volume do reservatório é estabelecido em função do consumo diário (CD) e das necessidades de água para combate a incêndios VRs = 0,4CD + Vci Onde: VRs - é o volume do reservatório superior (m3) Vci - é o volume para combater incêndio (m3) RESERVATÓRIO SUPERIOR (RS) RESERVATÓRIO SUPERIOR (RS) RESERVATÓRIO SUPERIOR (RS) RESERVATÓRIO SUPERIOR (RS) Reservatórios moldados in loco - cilíndrico e o de paralelepípedo. Os reservatórios de concreto devem ser executados de acordo com a NBR 6118 - Projeto de Estruturas de Concreto Para o dimensionamento dos reservatórios moldados in loco, utiliza-se a fórmula: V = A × h Onde: V = volume = capacidade do reservatório (m³) A = área do reservatório (m²) h = altura do reservatório (m) TIPOS DE RESERVATÓRIOS Reservatórios industrializados - fibrocimento, metal, polietileno ou fibra de vidro. NBR 14799 – Reservatório poliolefínico para água potável - Requisitos; NBR 14800 – Reservatório poliolefínico para água potável - Instalações em obra. Recomenda-se um espaço mínimo em torno da caixa de 60 cm, podendo chegar a 45 cm para caixas de até 1 000 litros TIPOS DE RESERVATÓRIOS REDE DE DISTRIBUIÇÃO Existem vários componentes empregados nos sistemas prediais de água fria: tubos e conexões, válvulas, registros, hidrômetros, bombas, reservatórios etc. Os materiais mais comumente utilizados nos tubos são: cloreto de polivinila (PVC rígido), aço galvanizado e cobre. Para uso em instalações prediais de água fria, utilizam-se dois tipos: o PVC rígido soldável marrom, com diâmetros externos que variam de 20 mm a 110 mm, e o PVC rígido roscável branco, com diâmetros que vão de ½” a 4”. REDE DE DISTRIBUIÇÃO As normas brasileiras dividem os tubos de PVC em duas áreas de aplicação: Tubos de PVC rígido para adutoras e redes de água (EB-183) Tubos de PVC rígido para instalações prediais de água fria (EB-892) REDE DE DISTRIBUIÇÃO Os tubos de EB-183 são comercializados como PBA, PBS e F e só são usados em adutoras, redes de água, redes enterradas de prevenção contra incêndios e em instalações industriais. REDE DE DISTRIBUIÇÃO TUBOS PBA TUBOS PBS TUBOS FLANGEADO REDE DE DISTRIBUIÇÃO Tubo Soldável Tubo Roscável Os tubos destinados às instalações prediais de água podem ser com juntas soldáveis ou com juntas roscáveis. Barrilete é o conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as colunas de distribuição. O barrilete pode ser: concentrado ou ramificado BARRILETE As colunas de distribuição de água fria derivam do barrilete, descem na posição vertical e alimentam os ramais nos pavimentos que, por sua vez, alimentam os sub-ramais das peças de utilização COLUNAS, RAMAIS E SUB-RAMAIS Torneiras; Misturadores; Registros de gaveta; Registros de pressão; Válvulas de descarga; Válvulas de retenção; Válvulas de alívio ou redutoras de pressão; DISPOSITIVOS CONTROLADORES DE FLUXO Segundo a NBR 5626, o fechamento de qualquer peça de utilização não pode provocar sobre-pressão, em qualquer ponto da instalação, que supere mais de 200 kPa (20 mca) a pressão estática neste ponto. A máxima pressão estática permitida é de 40 mca (400 kPa) e a mínima pressão de serviço é de 0,5 mca (5 kPa). As tubulações devem ser dimensionadas de modo que a velocidade da água, em qualquer trecho de tubulação, não atinja valores superiores a 2,5 m/s. DIMENSIONAMENTO As primeiras informações que precisamos saber para o dimensionamento das redes de distribuição de água fria são: Quantas e quais são as peças de utilização que esta tubulaçãoatende. A quantidade de água (vazão) que cada peça necessita para funcionar perfeitamente. (esta quantidade de água está relacionada com o numero chamado de “peso relativo das peças de utilização”, (segundo tabela). DIMENSIONAMENTO DIMENSIONAMENTO DIMENSIONAMENTO a vazão do ramal é dada por: onde: Q é em l/s C é o coeficiente de descarga = 0,30 l/s P é a soma dos pesos correspondentes a todas as peças de utilização alimentadas através do trecho considerado (ver Tabela 6, extraída da NBR 5626) DIMENSIONAMENTO 1 bacia sanitária com válvula de descarga, 1 ducha higiênica, 1 lavatório (torneira ou misturador, 1 chuveiro elétrico, 1 pia (torneira ou misturador), 1 tanque 1 torneira de jardim. Exemplo de dimensionamento Exemplo de dimensionamento Exemplo de dimensionamento Os detalhes isométricos, geralmente, são elaborados nas escalas 1:20 ou 1:25 Traça-se a planta cega do compartimento com esquadro de 60°. Locam-se os eixos dos pontos de consumo de água (lavatório, bacia sanitária, ducha higiênica, chuveiro etc.). Traça-se uma linha pontilhada do eixo das peças até a altura dos pontos de consumo. Traçam-se os ramais internos, unindo os pontos de consumo. Indicam-se, nos ramais e sub-ramais, os diâmetros correspondentes. DETALHES ISOMÉTRICOS BS – bacia sanitária c/ válvula h = 33 cm BCA – bacia sanitária c/ caixa acoplada h = 20 cm DC – ducha higiênica h = 50 cm BI – bidê h = 20 cm BH – banheira de hidromassagem h = 30 cm CH – chuveiro ou ducha h = 220 cm LV – lavatório h = 60 cm MIC – mictório h = 105 cm MLR – máquina de lavar roupa h = 90 cm MLL – máquina de lavar louça h = 60 cm PIA – pia h = 110 cm TQ – tanque h = 115 cm TL – torneira de limpeza h = 60 cm TJ – torneira de jardim h = 60 cm RP – registro de pressão h = 110 cm RG – registro de gaveta h = 180 cm VD – válvula de descarga h = 110 cm ALTURA DOS PONTOS Velocidade da água, em qualquer trecho da tubulação, não atinja valores superiores a 2,5 m/s. No cálculo da velocidade, usar a expressão v = 4 x 103 x Q x π-1 x d-2 onde: v é a velocidade, em metros por segundo; Q é a vazão estimada, em litros por segundo; d é o diâmetro interno da tubulação, em milímetros VELOCIDADE DA ÁGUA Nas instalações prediais, consideram-se três tipos de pressão: Estática; Dinâmica; Pressão de serviço. PRESSÕES MÍNIMAS E MÁXIMAS Pressão estática - pressão nos tubos com a água parada. Em uma instalação predial de água fria, em qualquer ponto, a pressão estática máxima não deve ultrapassar 40 m.c.a. (metros de coluna d’água PRESSÃO ESTÁTICA Isso significa que a diferença entre a altura do reservatório superior e o ponto mais baixo da instalação predial não deve ser maior que 40 metros PRESSÃO ESTÁTICA Pressão dinâmica - pressão com a água em movimento. Calculada pelo valor da pressão estática menos as perdas de cargas distribuídas e localizadas. PRESSÃO DINÂMICA Com relação à pressão dinâmica, de acordo com a NBR 5626, em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão da água em regime de escoamento não deve ser inferior a 0,50 m.c.a. O fechamento de qualquer peça de utilização não pode provocar sobrepressão em qualquer ponto da instalação que seja maior que 20 m.c.a. acima da pressão estática nesse ponto. Isso significa que a pressão de serviço não deve ultrapassar a 60 m.c.a., pois é o resultado da máxima pressão estática (40 m.c.a.) somada à máxima sobrepressão (20 m.c.a.). PRESSÃO DE SERVIÇO VÁLVULAS REDUTORAS DE PRESSÃO DISPOSITIVOS CONTROLADORES DE PRESSÃO PRESSURIZADOR Distribuídas - ocasionadas pelo movimento da água na tubulação; Localizadas - ocasionadas por conexões, válvulas, registros etc. PERDA DE CARGA Maior comprimento de tubos, maior número de conexões, tubos mais rugosos e menores diâmetros geram maiores atritos e choques e, consequentemente, maiores perdas de carga e menor pressão nas peças de utilização PERDA DE CARGA De acordo com a NBR 5626 para calcular a perda de carga distribuída: Para tubos rugosos (tubos de aço, galvanizado ou não): J = 20,2 × 106 × Q1,88 × d–4,88 Para tubos lisos (tubos de plástico, cobre ou liga de cobre): J = 8,69 × 106 × Q1,75 × d–4,75 onde: J = perda de carga unitária, em quilopascals por metro; Q = vazão estimada na seção considerada, em litros por segundo; d = diâmetro interno do tubo, em milímetros. CÁLCULO DA PERDA DE CARGA As perdas localizadas (perdas pontuais), ocorridas nas conexões, registros etc. pela elevação da turbulência da água nesses locais são obtidas através da Tabela de Perda de Carga Localizada NBR 5626 que fornece as perdas localizadas, diretamente em “comprimento equivalente de canalização. Portanto, a perda de carga total do sistema será a somatória das perdas distribuídas e localizadas CÁLCULO DA PERDA DE CARGA CÁLCULO DA PERDA DE CARGA CÁLCULO DA PERDA DE CARGA Para calcular a pressão dinâmica em qualquer ponto da instalação, utiliza-se a seguinte fórmula: Pd = Pe – hf onde: Pd = pressão dinâmica Pe = pressão estática hf = perda de carga total CÁLCULO DA PRESSÃO DINÂMICA ROTINA PARA DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES ROTINA PARA DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES Exercício Soma dos Pesos Vazão Diâmetro Diâmetro Interno Velocidade v = 4 x 10 3 x Q x π -1 x d -2 Perda de carga unitária (distribuída) Para tubos rugosos (tubos de aço, galvanizado ou não): J = 20,2 × 106 × Q1,88 × d–4,88 Para tubos lisos (tubos de plástico, cobre ou liga de cobre): J = 8,69 × 106 × Q1,75 × d–4,75 Comprimento Equivalente Comprimento Equivalente Comprimento Equivalente A NBR 5626:1998 estabelece que a pressão estática (quando não há escoamento) em qualquer ponto de utilização da rede predial de distribuição seja inferior a 400kPa (40mca) para proteger a tubulação contra pressão e golpe de aríete Pressão Requerida A instalação de recalque deve ser dimensionada para vazão de recalque mínima equivalente a 15% do consumo diário(CD), para tanto, são necessárias 6,66 horas de trabalho do conjunto moto-bomba escolhido. DIMENSIONAMENTO SISTEMA ELEVATÓRIO Considera C = 1,3 para determinar o diâmetro: diâmetro da tubulação, (m) X é o N° de horas trabalhadas/24 Q é a vazão, (m3/s ) Para o diâmetro de sucção adota-se um diâmetro comercial acima do de recalque. CANALIZAÇÃO DE RECALQUE Para o exemplo dado, calcular os diâmetros das canalizações de recalque e sucção. CD = 12.800 l / dia. Admitindo a vazão mínima igual a 15% CD = 1,92m3, por hora: Exercício Qr = (1,92/3600) = 5,33.10-4 m3 /s. X=(1/0,15)/24 = 6,66/24 =0,2778 drec = 0,022 m = 22mm interno, adotar Φ comercial de 1‖ ou 32mm. dsuc = Um Φ comercial acima = 1¼‖ ou 40mm. Resolução ALTURA MANOMÉTRICA Hm = Hg + Hs + Hr Hm = altura manométrica; Hg = desnível entre o nível mínimo no RI e a saída de água no RS Hs = perda de carga na sucção Hr = perda de carga no recalque ALTURA MANOMÉTRICA Hs= J x L Hs = perda de carga L= Comprimento do tubo + comprimento equivalente J = Declividade da linha piezométrica pela Norma NBR – 5626 tem-se: Perda de carga CÁLCULO DA POTÊNCIA DA BOMBA
Compartilhar