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Semiologia Cardiovascular Profº José Eduardo Adão História Clínica e Anamnese: A Entrevista Principais Sintomas da Cardiopatia Dispneia Dor precordial ou angina Palpitações Edema Diminuição da capacidade de executar atividades da vida diária (AVD) Ir ao mercado ou a padaria Dificuldade para tomar banho Trocar de roupa Higienização Dispneia Em relação ao esforço: Elevação de FR; Falência de VE; Cardiopatas de classes funcionais I, II, III e IV. Em relação à posição: Ortopneia (piora da congestão pulmonar e desconforto ao deitar); Platipneia (quando pessoa assume a posição sentada ou em pé – posição vertical); Dispneia paroxística noturna (quando o paciente encontra-se deitado em repouso Dispneia Súbita (edema agudo, asma brônquica, embolia pulmonar, pneumotórax); De esforço (ICC classes II e III; doenças pulmonares restritivas – fibroses, deformidades de caixa torácica); De repouso (ICC classe IV, asma brônquica, enfisema pulmonar, PNM, derrame pleural, pneumotórax, IAM); Paroxística (ICC, asma). Cheyne-Stokes ou Dispneia Periódica Períodos de apneia seguidos de períodos de movimentos respiratórios superficiais que se tornam gradativamente profundos. Em seguida esses movimentos vão diminuindo paulatinamente; Elevação dos níveis de CO2 As pausas duram em torno de 15 a 30 seg.; Sonolência, torpor, inconsciência; Miose; Cianose; Dor torácica ou Angina Uma das principais manifestações de doença cardíaca; Oriunda de várias estruturas intratorácicas; Localização, Irradiação, duração; Características do desconforto; O que causa, o que alivia; Frequência, sequência que ocorre; Sintomas associados Angina Desconforto no tórax e/ou áreas adjacentes associado a isquemia miocárdica. Comumente descrito como sensação de desconforto. Angina instável – até 20 min de dor Grave e prolongada – acima de 20 min - com fadiga (IAM) Pode englobar a região do braço esquerdo e o lado esquerdo do tórax superior (região retroesternal) Pode acontecer ao repouso ou durante a execução do esforço físico. Diagnóstico diferencial: Hipertensão pulmonar (isquemia de VD ou dilatação de artérias pulmonares); Pericardite (inflamação) Dissecção aórtica (dor retroesternal súbita e intensa) Palpitações Percepção incômoda dos batimentos cardíacos: “batimentos mais fortes”; “falhas”; “arrancos”; “paradas”; “coração pulando”. Podem ser: Lentas, intensas, fortes, rítmicas, arrítmicas A gravidade está relacionada ao tipo de arritmia que causa a palpitação Avaliada por eletrocardiograma devido a relação com o sistema de condução do impulso elétrico do coração: células de Purkinje e feixe de His Esforço Durante esforço físico Remissão ao repouso Ritmo Cardíaco Falhas, arrancos, tremor Distúrbios Emocionais Perdas familiares Ansiedade Extra-sístoles (disparo de curta duração) Taquicardia paroxística Taquicardia sinusal Depressão Outras causas Hipertireoidismo Febre Hipoglicemia Anemia Edema Frequente em casos de IC (insuficiência cardíaca) Falha na função do ventrículo esquerdo Causa um aumento da pressão dentro do sistema venoso Extravasamento de líquido para o espaço intersticial Edema em extremidades de MMII, principalmente – ação da gravidade Diminuição da Capacidade de Executar Tarefas Diárias Como uma das funções do coração é enviar o oxigênio aos tecidos, além da associação com a dispneia, a disfunção do sistema cardiovascular pode prejudicar o envio de oxigênio, assim como o envio de nutrientes e a retirada de metabólitos (lactato) dos músculos, o que diminui a capacidade muscular de gerar trabalho. Por exemplo, a falta de oxigênio nos músculos das pernas pode prejudicar a capacidade de caminhar desses pacientes. Avaliação dos Sinais Físicos na Cardiopatia Cianose Pulso arterial Ausculta cardíaca Alterações da pressão arterial Cianose Quando a pele ou as mucosas adquirem uma coloração azulada – suspeita hipoxemia Nas extremidades é denominada periférica Nas mucosas - boca - é denominada de cianose central Pulso Arterial Verifica frequência, amplitude e o ritmo Palpação do pulso arterial nas extremidades, na região anterior do punho, pela palpação da artéria radial Ausculta Cardíaca Os sons da ausculta cardíaca são produzidos, principalmente, pelo fechamento das válvulas presentes no coração Válvulas atrioventriculares (mitral e tricúspide) – primeira bulha Válvulas Semilunares (aórtica e pulmonar) – segunda bulha Uma terceira bulha pode ser ouvida em alguns casos – enchimento ventricular posterior a uma sístole Outros ruídos podem ainda ocorrer em consequência do inadequado funcionamento das estruturas cardíacas Sopros Estalido de abertura da mitral Atrito pericárdico Alterações da Pressão Arterial A pressão arterial é determinada pela interação da força da contração do ventrículo esquerdo, da resistência dos vasos que compõem o sistema circulatório e da quantidade de sangue circulante É considerado normal quando a pressão sistólica está entre 110 mmHg e 140 mmHg e a diastólica entre 70 mmHg e 90 mmHg ao repouso A baixa pressão arterial pode também ser causada pela falta de força de contração do coração – podendo levar a casos de síncope O aumento da pressão arterial pode ser causado por um aumento da resistência vascular e pode exigir o aumento do trabalho cardíaco Avaliação dos Gases Sanguíneos Arteriais Gasometria arterial: Verifica o equilíbrio entre a pressão dos gases oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) e o pH no sangue arterial Valores alterados na gasometria podem refletir uma falha do sistema circulatório Potencial Hidrogeniônico (pH) 7,35 – 7,45 Pressão de oxigênio (PO2) 80 mmHg - 100 mmHg Pressão de CO2 (PCO2) 35 mmHg - 45 mmHg Lactato – considerados normais valores abaixo de 2 mmol/L Monitorização Cardíaca em Terapia Intensiva Cateter de Swan-Ganz Pacientes em estado de choque são também monitorados por sistemas mais avançados. É o caso da monitorização por meio da cateterização da artéria pulmonar Cateter Swan-Ganz – inventado por Jereme Swan e William Ganz Inserido por meio de uma veia periférica até a artéria pulmonar Um balonete localizado na ponta do cateter é insuflado para medir a pressão da artéria pulmonar e a pressão de oclusão da artéria pulmonar, além de hipertensão Atividades da Sessão 1.1 Tosse e expectoração Inspiração profunda Fechamento da glote Aproximação das cordas vocais Retenção de ar nos pulmões Brusca contração de músculos da parede abdominal Violento deslocamento ascendente do diafragma Expulsão do ar Síncope I - Causas cardíacas a) Arritmias e transtornos da condução b) Diminuição do débito cardíaco Bradiarritmias (bloqueio atrioventricular) Taquiarritmias (taquicardia paroxística ventricular IAM Obstrução de fluxo sanguíneo pulmonar Tetralogia de Fallot Hipertensão Pulmonar Primária Estenose pulmonar Embolia pulmonar c) Regulação vasomotora anormal Estenose aórtica Hipotensão postural ou ortostática d) Diminuição mecânica do retorno venoso Mixoma auricular Trombose de prótese valvar cardíaca Síndrome de Stokes-Adams Perda da consciência Convulsões Provocada por parada cardíaca; taquicardia intensa; flutter ou fibrilação ventricular Frequente em portadores de cardiopatia chagástica Pode apresentar de início: Tonturas, vertigens, escurecimento visual, evacuação e diurese involuntária; Pode haver parada respiratória Reversão em alguns segundos ou morte II - Causas extracardíacas a) Metabólicas b) Neurogênicas Hipoglicemia Síndrome do seio carotídeo c) Obstruções “extracardíacas” do fluxo de sangue Alcalose respiratória por hiperventilação Hipóxia Síncope vasovagal Síncope da micção Neuralgia glossofaríngea Arteriosclerose cerebral e de vasos da crossa da aorta Reflexo da tosse Compressão torácica Tamponamento cardíaco Manobra de valsalva
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