Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Módulo I Tanques sépticos e pós-tratamento Ricardo Franci Gonçalves Eng. Civil e Sanitarista, D.Ing. Fluxo Ambiental Ltda. EPP. Fossa Séptica – Conceito e Aplicação Restrições ao Uso; Localização e Distâncias Mínimas æ O sistema de fossas sépticas deve preservar a qualidade das águas superficiais e subterrâneas, mediante estrita observância das prescrições da NBR 7229/1993 æ É vedado o encaminhamento ao tanque séptico de: águas pluviais e despejos capazes de causar interferência negativa na fase do processo de tratamento ou elevação excessiva da vazão de esgoto afluente, como os provenientes de piscinas e lavagem de reservatórios de água. æ Devem ser localizadas o mais próximo possível do banheiro, com tubulação o mais reta possível e com no mínimo 15m abaixo de qualquer manancial de água (poço, cisterna, etc) æ Devem observar as seguintes distâncias horizontais mínimas: a)1,50m de construções, limites de terreno, sumidouro, valas de infiltração e ramal predial de água;; b)3,0m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento de água;; c)15,0m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer natureza. OBS: As distâncias mínimas são computadas a partir da face externa mais próxima aos elementos considerados. Restrições ao Uso;; Localização e Distâncias Mínimas Funcionamento n Retenção: a retenção do liquido pode variar de 12 a 24 hs ( mais usual) n Decantação : Paralelo á retenção processa-se a sedimentação de 60% a 70% dos sólidos, formando o lodo. A mistura de gases, com óleos, graxas, gorduras , forma a escuma Funcionamento ( continuação) n Digestão ;; o lodo e a escuma são modificados pelas bactérias anaeróbias, provocando uma destruição total ou parcial de organismos patogênicos n Redução de volume: a digestão provoca uma redução de volume dos sólidos, por transformar parte do sólido em líquidos e gases. Fonte: Manual de Saneamento - FUNASA Funcionamento n Após a digestão, o efluente pode ser lançado em sumidouros, valas de infiltração ou outro corpo receptor. n O tanque séptico não remove bactérias do esgoto. n Serve de separador do sólido do líquido e diminuição do volume de sólidos. Eficiência de um tanque séptico n A eficiência somente sobre SS e matéria orgânica (DBO5 ou DQO) n O ideal é que sejam retidos 60% dos sólidos e em torno de 50% a redução de DBO Parâmetros Eficiência de Remoção Eficiência de Remoção Azevedo Netto e Lothar Hess (apud Batalha, 1986) Vieira e Sobrinho (1983) DBO 40% a 60% 62% DQO 30% a 60% 57% SS 50% a 70% 56% OG 70% a 90% CTerm 55% NBR 7229 - Aplicação do sistema 4.1.1 O sistema de tanques sépticos aplica-se primordialmente ao tratamento de esgoto doméstico e, em casos plenamente justificados, ao esgoto sanitário. 4.1.2 O emprego de sistemas de tanque séptico para o tratamento de despejos de hospitais, clínicas, laboratórios de análises clínicas, postos de saúde e demais estabelecimentos prestadores de serviços de saúde deve ser previamente submetido à apreciação das autoridades sanitárias e ambiental competentes, para a fixação de eventuais exigências específicas relativas a pré e pós- tratamento. 4.1.3 Mesmo nos casos em que seja admitido o tratamento de esgoto sanitário com presença de substâncias tóxicas, nos termos das seções precedentes, cuidados especiais devem ser tomados na disposição do lodo. 4.1.4 O sistema deve ser dimensionado e implantado de forma a receber a totalidade dos despejos, com exceção dos despejos especificados em 4.3.2. NBR 7229 - Aplicação do sistema Sistemas Individuais para residências ou condomínios isolados ou valas de infiltração, ou pós-‐filtros anaeróbios de fluxo ascendente. ht tp :// w w w 2. po rto al eg re .rs .g ov .b r/d m ae / Condições de execução n Para o tanque séptico , podem ser remetidos os despejos domésticos de cozinhas, lavatórios, vasos sanitários, lavanderias, banheiros, ralos, etc. n Deve ser evitado, ou feito um reservatório separado, para substâncias contaminantes. n Deve ser feita uma caixa de gordura para reter estas substâncias, antes de remeter para o tanque séptico. ESGOTO PRIMÁRIO ESGOTO SECUNDÁRIO TUBO DE VENTILAÇÃO æTanque séptico de câmara única æTanque séptico de câmaras em série NBR 7229 / 1993 NBR 7229 / 1993 NBR 7229 / 1993 Tanque séptico de câmara única Unidade de apenas um compartimento, em cuja zona superior devem ocorrer processos de sedimentação e de flotação e digestão da escuma, prestando-se a zona inferior ao acúmulo e digestão do lodo sedimentado Tanque séptico cilíndrico n O diâmetro mínimo deve ser de 0,90m n O nível da água ( entrada) 0,25 m. 50 100 100 50 100 100 100 h 1/3.h d = 1100 D = 1400 htot = 1900 200 100 Dimensões minimas à NBR 7229 Tanque séptico de câmaras em série Unidade com dois ou mais compartimentos contínuos, dispostos seqüencialmente no sentido do fluxo do líquido e interligados adequadamente, nos quais devem ocorrer, conjunta e decrescentemente, processos de flotação, sedimentação e digestão. NBR 7229 / 1993 Dimensões minimas à NBR 7229 DIMENSIONAMENTO NBR 7229 / 1993 Dimensionamento n Tanque séptico com câmara única V= 1000+ N (C. T+ K Lf) V à volume útil em litros N à número de pessoas C à contribuição de despejo (litros/pessoa/dia) Tà período de retenção em dias Kà taxa de acumulação de lodo digerido em dias. Lfà Contribuição de lodo fresco em litros/pessoa (residencias igual a1, sanitários publicos 4, outros 0,2) NBR 7229 / 1993 Taxa de acumulação total de lodo - K Taxa de acumulação total de lodo (K), em dias, por Intervalos entre limpezas e temperatura do mês mais frio NBR 7229 / 1993 Período de detenção dos despejos T por faixa de contribuição diária L NBR 7229 / 1993 Dimensionamento n Recomenda-se uma capacidade útil mínima de 1500 litros. n Relação entre comprimento e largura 2:1 n A profundidade nunca deve ser inferior a 0,80m à O recomendado é 1,20m + 0,20m para a escuma e gases = 1,40m Recomendações de dimensionamento n Fossas sépticas muito rasas, a secção transversal ficará reduzida pelo acúmulo de lodo. n Em fossas muito estreitas, a velocidade é grande e prejudica a sedimentação. n Fossas muito largas, produzem zonas mortas, reduzindo a capacidade do tanque. Dispositivos de entrada e saída n Podem ser feitas com tubos ou chicanas n Desnível de entrada e de saída – 5cm n Altura do “tê” de entrada em relação a laje de cima à 30 cm n Altura do “tê” de saída em relação laje de cima à 35 cm EXEMPLO à DIMENSIONAMENTODA FOSSA SÉPTICA. Edifício com 8 Pavimentos tipo com 4 apartamentos por pavimentos, Padrão Médio(2 Dormitórios sendo um de Casal, Sala, Cozinha, Banheiro, Área de Serviço). População à 5 pessoa por apartamento, 5 Pessoas da Administração condominial e 1% de Visitas 1º Passo: Determinação do Numero de contribuintes (N) N = 8 x 4 x 5 + 5 + 0,01(8 x 4 x 5) = 166,6 = 167 hab 2º Passo: Determinação das contribuições unitárias de esgoto(C) e de Lodo Fresco (Lf) Tomando a Resistência com padrão Médio Temos Pela Tabela 1 NBR7229/1993 os seguintes valores: C = 130 litros/dia x pessoa Lf = 1 litros/dia x pessoa 3º Passo: Determinação do período de detenção (T) Para a determinação do período de detenção consulta- se a tabela 2 (NBR7229/1993). Porém, antes disso é preciso calcular a contribuição diária, obtida a partir do produto entre a contribuição diária por pessoa vezes o número de pessoas. C(diária) = N x C = 167 x 130 = 21710 litros/dia Tomando 21710 litros/dia como contribuição diária consulta-se a Tabela 2 (NBR7229/1993) e Obtemos: T = 0,50 dias 4º Passo: Determinação da taxa de acumulação total de lodo(K), por intervalo entre limpeza e temperatura de mês mais frio. Admitindo um valor de temperatura média para o mês mais frio do ano, compreendendo t>200, para o caso de Belém – PA, e um intervalo entre limpeza da fossa de 4 anos, consulta-se a tabela 3 (NBR7229/1993), obtém-se K = 177 dias 5ºPasso: Cálculo do volume útil (V) V = 1000 + N (C x T + K x Lf) – NBR7229/1993 Colocando os dados obtidos nos passos anteriores, temos: V= 1000 + 167(130 x 0,50 + 177 x 1) V = 41.414 litros V = 41,414 m3 6º Passo: Determinação das dimensões Conforme os dados da NBR 7229: Prof. Mínima = 1,80m e Prof. Máxima = 2,80m 4,30 = 0,75 + h + 1,00à h = 2,55 m à OK h = 2,55m à A = 41,414/2,55 = 16,24 m2 Solução Tipo Cilíndrica D = 4,54 m Solução Tipo Prismática L = 2B à A = 2B2 = 16,24 m2 à B = 2,85 m à L = 5,70 m TIPOS DE FOSSAS q FOSSAS SÉPTICAS PRÉ- MOLDADAS q FOSSAS SÉPTICAS FEITAS NO LOCAL q SUMIDOROS q BIOFOSSAS q FOSSAS ECOLÔGICAS Principais disposições da NBR 7229/1993 – Aspectos Construtivos: • Geratriz inferior do tubo de entrada 5 cm acima da superfície do líquido. • Dispositivos de entrada e saída devem ter submersão em torno de 1/3 da altura útil ou no mínimo 40 cm Detalhes de dispositivo de entrada e saída Fonte: PROSAB, 1999 Principais disposições da NBR 7229/1993 – Aspectos Construtivos – Descarga de Lodo • Todo reator deve ter um dispositivo de inspeção • Pressão hidrostática – Fundo a 45º • Remoção por sucção (carro limpa-fossa) - Raio de limpeza – 1,50m - Fundo plano Efluentes de Tanques Sépticos: NBR 13969/1997 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação :Por caminhão limpa-‐fossa à prever uma tubulação de 0,15 m, cuja extremidade inferior de verá se situar a 0,20 m do fundo. à Facilita a introdução do mangote da bomba Descarga p/ pressão hidrostática à instalar dispositivo hidráulico, com tubo de diâmetro mínimo (100 mm) e com altura hidrostática mínima de 1,20 m. üLimpeza à anualmente ü25 litros de lodo como inóculo üEvitar acender fósforos üColuna de ventilação Disposição do lodo e escuma n A falta de limpeza no período fixado em projeto à diminuição acentuada da sua eficiência. n Poucos tanques sépticos à enterrar a uma profundidade mínima de 0,60m pode ser uma solução, desde que o local escolhido não crie um problema sanitário. n Muitos tanques sépticos ou fossa grande à lodo encaminhado para um leito de secagem. n Não é admissível o lançamento de lodo e escuma nos corpos de água ou galerias de águas pluviais. DISPOSIÇÃO DO EFLUENTE NBR 7229 / 1993 Fatores são considerados na seleção: ü Taxa de infiltração do esgoto no solo ü Disponibilidade de espaço ü Inclinação do terreno ü Profundidade do lençol freático ü Natureza e profundidade do leito rochoso ü Variação do fluxo de esgoto ü Distância das águas superficiais e poços ü Valas de filtração ou filtro anaeróbio – lançam seus efluentes em corpos d’água receptores A NBR-‐7229 à dois métodos p/ determinação da taxa de absorção do solo. üO 1º deve ser feito no terreno que irá receber o sumidouro ou as valas de infiltração. Fonte: Manual de Saneamento - FUNASA A taxa de infiltração de água no solo, adotando se o menor valor de toda obtida nos cinco meses pode ser estimada por um ábaco: Fonte: Manual de Saneamento - FUNASA Fonte: Manual de Saneamento - FUNASA SUMIDOUROS NBR 7229 / 1993 NBR 13969/1997 Sumidouros n Também conhecidos como poços absorventes ou fossas absorventes, são escavações feitas no terreno para disposição final do efluente de tanque séptico, que se infiltram no solo pela área vertical (parede). n ABNT, NBR nº 13.969/1997 à uso favorável somente nas áreas onde o aqüífero é profundo, onde possa garantir a distância mínima de 1,50m (exceto areia) entre o seu fundo e o nível aqüífero máximo”. Exemplo à dimensionamento de sumidouro: Uma casa com oito pessoas contribui com 1.200 litros de efluente por dia. Calcular a área necessária das paredes do sumidouro. O teste de infiltração de um terreno indicou o tempo (t) igual a quatro minutos para o abaixamento de 1cm na escala graduada. n O coeficiente (Ci) é fornecido pelo gráfico ou pela seguinte fórmula: n Calculando o coeficiente de infiltração: Ci = 490 / (4 + 2,5) = 75,4 L/m2.d n Área de parede do sumidouro: n Considerando D = 1,5 m para o sumidouro, a sua profundidade será: Podem ser construídos com: tijolos, blocos, ou pedra ou ainda por anéis pré-‐moldados de concreto, desde que sejam feitos furos na parede lateral e deixado o fundo livre para permitir a infiltração. Lateral externa e o fundo àpreenchidos com pedra britada nº 04. Lages de Cobertura à Concreto armado, dotadas de abertura de inspeção com no mínimo 0,60 m na menor dimensão, com tampões hermeticamente fechados Sumidouro VALAS DE INFILTRAÇÃO NBR 7229 / 1993 NBR 13969/1997 n Conjunto de canalizações assentado a uma profundidade determinada, em um solo cujas características permitam a absorção do esgoto efluente do tanque séptico. n A percolação do líquido através do solo resulta no tratamento do esgoto, antes que o mesmo contamine as águas subterrâneas e de superfície. n A área por onde são assentadas as canalizações de infiltração tambémsão chamados de “campo de nitrificação”. Fonte: Manual de Esgotamento Sanitário, Cap. 3 Quando a taxa de absorção do solo estiver na faixa entre 20L/m².dia e 40L/m².dia Argilas pouco siltosas e/ou arenosas (Batalha, 1986) Detalhes construtivos Detalhes construtivos n Para determinação da área de infiltração do solo, utiliza-se a mesma fórmula do sumidouro, ou seja: A = V/Ci n Para efeito de dimensionamento da vala de infiltração, a área encontrada se refere apenas ao fundo da vala. n Em valas escavadas em terreno, com profundidade entre 0,60m e 1,00m, largura mínima de 0,50m e máxima de 1,00m, devem ser assentados em tubos de drenagem de no mínimo 100mm de diâmetro; n A tubulação deve ser envolvida em material filtrante apropriado e recomendável para cada n Tipo de tubo de drenagem empregado, sendo que sua geratriz deve estar a 0,30m acima da soleira das valas de 0,50m de largura ou até 0,60m, para valas de 1,00m de largura. n Sobre a câmara filtrante deve ser colocado papelão alcatroado, laminado de plástico, filme de termoplástico ou similar, antes de ser efetuado o enchimento restante da vala com terra; n A declividade da tubulação deve ser de 1:300 a 1:500; n Deve haver pelo menos duas valas de infiltração para disposição do efluente de um tanque séptico com comprimento máximo de cada vala de infiltração é de 30m e espaçamento mínimo entre as laterais de duas valas de infiltração é de 1,00m; n A tubulação de efluente entre o tanque séptico e os tubos instalados nas valas de infiltraçãodeve ter juntas tomadas; n Comprimento total das valas de infiltração é determinado em função da capacidade de absorção do terreno, calculada segundo a formula A=V/Ci; Exemplo à dimensionamento de valas de infiltração: O efluente diário de um tanque séptico é de 2.100 litros e o coeficiente de infiltração do terreno é de Ci = 68 litros/m2/dia. Dimensionar as valas de infiltração. A = V / Ci = 2100 / 68 = 30,9 m2 Exemplo à dimensionamento de valas de infiltração: O efluente diário de um tanque séptico é de 2.100 litros e o coeficiente de infiltração do terreno é de Ci = 68 litros/m2/dia. Dimensionar as valas de infiltração. A = V / Ci = 2100 / 68 = 30,9 m2 n O comprimento total de valas para uma vala com largura de B = 0,60m será: L = A / B = 51,5m de comprimento total n Considerando três valas de infiltração (n = 3), o comprimento de cada uma será: Lv = L / n = 51,5 / 3 = 17,2 m n Esquema de instalação de tanque séptico e valas de infiltração a seguir ... Esquema de instalação de uma vala de infiltração ≥ 7m árvore ≥3mLençol freático VALAS DE FILTRAÇÃO NBR 7229 / 1993 NBR 13969/1997 n Os sistemas de valas de filtrações são constituídos de duas canalizações superpostas,com a camada entre as mesmas ocupada com areia. n O sistema deve ser empregado quando o tempo de infiltração do solo não permite adotar outro sistema mais econômico (vala de infiltração) e /ou quando a poluição do lençol freático deve ser evitada. Valas de filtração Detalhes construtivos Detalhes construtivos O sistema deve ser empregado quando: üo tempo de infiltração do solo não permite adotar outro sistema mais econômico (vala de infiltração ou sumidouro);; üquando a poluição do lençol freático deve ser evitada. üQuando requer uma elevada remoção de poluentes;; üQuando o corpo receptor puder receber esta constribuição. Vala de filtração Vala de filtração Funções das partes componentes do sistema Canalização superior Funciona como sistema de irrigação subsuperficial (valas de infiltração) Canalização superior Funciona como sistema drenagem Camada de areia Realiza efetivamente o tratamento, tem a finalidade de “filtrar” física e biológicamente o líquido percolado. Vala de filtração Em geral deve-se adotar as mesmas recomendações sugeridas para vala de infiltração, a não ser aquelas específicas ao caso presente, tais como: ü A profundidade da vala é de 1,20m e 1,50m e a largura na soleira é de 0,50m;; ü Efluente do tanque séptico é conduzido a vala de filtração de tubulação, com o diâmetro mínimo DN 100mm;; ü As camadas de pedras deverão ser constituídas de pedregulho ou cascalho (diâmetro médio de 0,4 a 0,6 mm, no mínimo 0,25);; ü A largura do fundo das valas deverá ser de 0,50 m;; ü As valas deverão ter extensão mínima de 6,0 m por pessoa, sendo pelo menos duas valas por fossa. Vala de filtração Vala de filtração Taxa da aplicação Limitada a 100 L/m2.d Efluentes de fossa séptica Limitada a 200 L/m2.d Efluentes de tratamento aeróbio Limitada a 38 L/m2.d Se desejar um efluentes final de alta qualidade Exemplo de Dimensionamento Dimensionar um sistema de valas de filtração para uma residência cuja a fossa séptica apresenta um volume útil já determinado de 3.380L/d. O coeficiente adotado é de 50 L/m2.d, largura da vala adotado= 0,50 m. Contribuintes 26 pessoas. Solução: 1º Passo: Determinação do Volume de Contribuição Diária (Q) O volume de contribuição diária (Q) adotado será o equivalente ao volume útil da fossa séptica, já fornecido pelo problema de 3.380L/d. 2ºPasso: Cálculo da área de infiltração do solo Para o cálculo da área de infiltração do solo utiliza-se fórmula apresentada Substituindo os dados obtidos nos passos anteriores: V= 3.380 litros C1=50 litros/m² x dia A= 3.380/ 50 A= 67,2 m² Ci/QA = 3ºPasso: Determinação do comprimento total, mínimo, da vala L: L = A/largura fixada L = 67,2/0,50 = 135 m2 Adotar como tentativa, 5 valas espaçadas de 1,0 m com comprimento menor que 30 m: L = 135/5 = 27 m Verificação da taxa de aplicação = 135m/26(habitantes)= 5,2 m/hab. A taxa não satisfaz o mínimo de 6,0 m/hab. Aplicar a taxa mínima de 6,0 m/hab, então: L=6,0m/hab x 26hab = 156m FILTROS ANAERÓBIOS NBR 7229 / 1993 NBR 13969/1997 nUma alternativa ao tratamento do efluente das fossas sépticas, quando o destino final é o corpo d'água receptor. nEficiência inferior as da vala de infiltração (75 a 95%) Forma: cilindrica ou prismática de seção retangular ou quadrada, dotado de fundo perfurado falso. Material de enchimento: brita nº 4, bambus ou eletrodutos cortados em pedaços. Função: fixação do filme biológico responsável pela degradação da matéria orgânica. ü camada de biofilme aderida ao meio suporte ü dispersa, retida nos interstícios do meio suporte ü flocos ou grânulos retidos no fundo falso Biofilme anaeróbio – Forma de ocorrência da biomassa Principais fatores de influência– Meio suporte ü Tem a finalidade de reter sólidos no interior do reator, seja na forma aderida, seja nos interstícios do meio suporte ou abaixo deste ü Deve ser inerte e com elevado índice de vazios ü Pedras britadas, material plástico, elementos cerâmicos - Sentido de Fluxo no Reator - Fluxo ascendente ou Horizontal – Leito afogado - Fluxo descendente afogados – Importância do lodo retido - Fluxo descendente não afogados – Importância do Biofilme Principais fatores de influência – Colmatação do meio suporte • Principal problema atribuído aos filtros anaeróbios • Necessidade de pré-tratamento efetivo • Necessidade de remoção periódica do lodo excedente FILTRO ANAERÓBIO Fonte: NBR 13969/1997 – Dimensionamento • V = 1,60 x N x C xTd Onde: V= volume útil (L) N= número de contribuintes C= contribuição unitária (L/pessoa dia) Td= tempo de detenção (dias) Fonte: NBR 13969/1997 – Geometria do tanque • cilíndrico ou prismático • altura do fundo falso: 0,60 m (incl. laje) • altura da camada de meio suporte: 0,60 m • altura da lâmina d’água livre (acima do meio suporte) Dimensionamento n O dimensionamento do filtro anaeróbio deve seguir as recomendações da NBR 13.969/1997. A NBR 13.969/1997 considera como parâmetros para dimensionamento o número de pessoas a serem atendidas, a contribuição de despejos e o período de detenção de despejos. n Os dois primeiros seguem o mesmo padrão do apresentado no dimensionamento do Tanque Séptico, enquanto o período de detenção de despejos sofre alteração com relação à norma referente à NBR 7.229/1993. n Na NBR 13.969/1997 as faixas de temperatura – uma variável na determinação do tempo de detenção – são diferentes. Alguns dos valores sugeridos são: n a) Até 1500 litros de contribuição diária e 15ºC ≤ t ≤ 25ºC: período de detenção de1, 00 dia;; n b) De 1501 a 3000 litros de contribuição diária e 15ºC ≤ t ≤ 25º: período de detenção de 0,92 dias;; n n O dimensionamento é realizado através da seguinte equação (NBR 13.969/1997): n No presente caso, a contribuição diária de esgoto e o tempo de detenção hidráulica serão: q N . C = 15 x 130 = 1950 litros/dia q T = 0,92 dias (15 oC < temperatura < 25 oC) q Logo: q Vútil = 1,6 x 1950 x 0,92 = 2.600 litros n n O filtro anaeróbio, quando precedido de tanque séptico, possui provável remoção de DBO5,20 situada entre 40 e 75 % segundo a NBR 13.969/1997. n O volume útil mínimo do leito filtrante deve ser de 1.000 L. n A altura do leito filtrante, já incluindo a altura do fundo falso, deve ser limitada a 1,20m. n A altura do fundo falso deve ser limitada a 0,60m já incluindo a espessura da laje. Ampliação de escala – Adaptar completamente as prescrições da NBR • dispositivo para distribuição do esgoto afluente • dispositivo para amostragem e para a retirada do lodo • dispositivo para acesso ao fundo falso Erros na utilização de esgotos - conscientização
Compartilhar