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PONTO de Mutação. Direção: Bernt Capra. Produzido: Klaus Lintschinger. Intérpretes: Liv Ullmann; Sam Waterston; John Heard. Roteiro: Fritjov Capra; Floyd Bryars. Local: Mont Saint-Michael. A. J. Cohen, 1990. 112'. Baseado na obra “O Ponto de Mutação”, de Fritjov Capra. Disponível em: https://youtu.be/72JHi0eEvJA. Acesso em: 20/04/2020.
Ponto de Mutação*
Raissa Meireles[footnoteRef:0] [0: Discentes do Curso de _______ da Faculdade Pitágoras, Vitória da Conquista, Bahia.] 
 Osmar Oliveira1
 Fritjov Capra nos traz uma obra de sensibilidade e reflexão sobre as bases da existência e da integração do pensamento e das ações humanas no contexto do desenvolvimento, na busca da equação da vida e do progresso equilibrado e sustentado.
 O político e o poeta se vêm em um dilema, cada qual preso em seu mundo, procurando nele o sucesso em sua direção, tal qual uma solitária Ilha. O terceiro personagem, busca o caminho, se transformar no isolamento, na fuga o perdão pelo resultado de suas ações e criações.
O filme apresenta discussões relevantes que permeiam o mundo científico, só que o modo como os diálogos se conduzem apesar de exigirem uma atenção à mais, não se constitui em algo enfadonho. Todas as questões levantadas, suscitam naquele telespectador mais atento, uma série de questionamentos principalmente referentes ao rumo da ciência moderna.
Fritjov Capra nasceu em 1 de Fevereiro de 1939 na cidade de Viena na Áustria, é um físico teórico e escritor que desenvolve trabalho na promoção da educação ecológica. Em 1966, recebeu seu doutorado em física teórica, pela Universidade de Viena, e tem dado palestras e escrito extensamente sobre as aplicações filosóficas da nova ciência.
 Capra se tornou mundialmente famoso com seu "O Tao da Física", traduzido em vários idiomas. Nele, traça um paralelo entre a física moderna (relatividade física quântica, física das partículas) e as filosofias e pensamentos orientais tradicionais, como o Taoista de Lao Tsé.
 Outro livro seu tornou-se referência para o pensamento sistemático: O Ponto de Mutação, cujo nome foi extraído de um hexagrama do I Ching. Nele, Capra compara o pensamento cartesiano, reducionista, modelo para o método científico desenvolvido nos últimos séculos, e o paradigma emergente do século XX, holista ou sistêmico (que vê o todo como indissociável, de modo que o estudo das partes não permite conhecer o funcionamento do organismo), em vários campos da cultura ocidental atual, como a medicina, a biologia, a psicologia e a economia.
O filme inicia com uma conversa entre duas pessoas, um poeta e um político que quer ser presidente dos EUA, os quais são amigos. Eles vão até uma “igreja”, avistam um relógio antigo e o poeta conclui que esta máquina foi a alavanca que separou o homem da natureza. Neste m omento, o poeta pergunta o que a ex-cientista, que estava também observando o relógio, acha. Desta forma os três engajam uma conversa sobre mecanicismo.
De acordo com a teoria da Gestalt, “ não se pode conhecer o todo por meio de duas partes, pois o todo é maior que a soma das partes”. A visão do todo proporciona um melhor entendimento do que a visão individualizada.
 Em certa parte do filme a ex -cientista cita o Brasil, que se desfaz a cada segundo de parte da floresta Amazônica para quitar dívidas externas, gerando sérios problemas ambientais. Desta forma, o Brasil teria um o lhar mecanicista, haja vista que cria um problema para resolver outro (não vê o todo).
Para resolver a crise do mundo, a cientista acredita que deveríamos mudar a no ssa percepção. Os sistemas não encorajam a prevenção, só a intervenção. Os mecanicistas não se preocupam em prevenir, mas em intervir. Se surgir a lgum problema, descobre-se o que está causando e resolve-se, no entanto, esquecem-se do todo. “A essência está na relação”. Relação de sons, forma a música.
Nesta ânsia, não poupam o custo do sacrifício da vida, da existência, aplicada a uma parcela da humanidade presa pelas quatro paredes dos modelos econômicos mecanicistas, que independente do custo social, só pensam na validação econômica de suas teorias e negociações. Os sistemas existentes não encorajam a prevenção, só a intervenção, que não consideram que só se constrói um modelo de sucesso no presente, se estimularmos o futuro.
No final, o que Capra deixa bem claro é o seguinte: A sobrevivência humana, que é ameaçada por várias ações igualmente humanas advindas de uma visão de mundo mecanicista e fragmentada, só será possível de formos capazes de mudar radicalmente os métodos e os valores subjacentes à nossa cultura individualista e materialista atual e à nossa tecnologia de exploração do meio ambiente. Esta mudança deverá, logicamente, refletir-se em atitudes mais orgânicas, holísticas e fraternas entre os seres humanos e entre estes e a natureza, em todos os seus aspectos.
O filme assim como o livro é muito bem estruturado, porém, de difícil compreensão por abordar vários temas históricos, com intuito de explicar o fato do mundo continuar mecanicista. É preciso muita atenção e pesquisas sobre os pontos abordados para que se possa compreender qual a mensagem que Fritjov Capra quis passar quando escreveu "O Ponto de Mutação".
Acreditamos 
REFERÊNCIAS
Disponível em: http://www.coladaweb.com/filosofia/pontodemutacao.htm. Acessado em: 20/04/2020
Disponível em: https://yogui.co/o-filme-ponto-de-mutacao-fritoj-capra-traz-questionamentos-profundos-do-mundo-que-vivemos/. Acessado em: 21/04/2020
Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fritjof_Capra. Acessado em: 21/04/2020
Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/4739763/resenha-do-filme-o-ponto-de-mutacao. Acessado em: 21/04/2020
Disponível em: http://www.overmundo.com.br/banco/resenha-do-filme-o-ponto-de-mutacao. Acessado em: 21/04/2020