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QUESTIONÁRIO UNIDADE I e II - ESTUDOS DISCIPLINARES XI

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Teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE I 
Curso: ESTUDOS DISCIPLINARES XI (6719-20_SEI_PD_0717_R_20201) 
• 
 
 
“A cada ano, os pesticidas químicos matam pelo menos três milhões de camponeses. 
A cada dia, os acidentes de trabalho matam pelo menos dez mil trabalhadores. 
A cada minuto, a miséria mata pelo menos dez crianças. 
Esses crimes não aparecem nos noticiários. São como as guerras, atos normais de canibalismo. 
Os criminosos andam soltos. As prisões não foram feitas para os que estripam multidões. A 
construção de prisões é o plano de habitação que os pobres merecem. ” 
 
Fonte: https://dissencialistas.wordpress.com/2012/10/11/eduardo-galeano-
criminologia/. Acesso em: 24 ago. 2016. 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas: 
 
I. Do texto, apreende-se que práticas econômicas e sociais vigentes causam a morte de 
milhões de cidadãos. 
II. Quando o autor afirma que “os criminosos estão soltos”, quer dizer que o sistema prisional 
tem vagas insuficientes para abrigar aqueles que são responsáveis por estripar multidões. 
III. Os pesticidas, os acidentes de trabalho e a miséria, por não serem indivíduos, não podem 
ser presos. Portanto, quando alguém morre por uma dessas causas, não há culpados. 
IV. O autor considera que a justiça poupa grandes corporações e instituições e defende a ideia 
de que as prisões sejam habitações destinadas aos mais pobres. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: b. 
I. 
Respostas: a. 
I e IV. 
 
b. 
I. 
 
c. 
I, III e IV. 
 
d. 
I, II e IV. 
 
e. 
II, III e IV. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: B 
Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O autor denuncia as mortes 
provocadas legitimamente pelo sistema. II – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, os criminosos são os que detêm o 
poder econômico e político e que não são responsabilizados pelos males que 
causam. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor aponta que os 
culpados são os que detêm o poder político e econômico. IV – Afirmativa 
incorreta. JUSTIFICATIVA. O último verso revela, ironicamente, a indignação do 
autor pelo fato de a justiça agir de forma diferenciada com os poderosos e com 
o povo. 
 
• Pergunta 2 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto e os quadrinhos a seguir: 
 
O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e imperial escravocrata, em que 
o negro ocupou fundamentalmente a posição de pessoa escravizada. O Brasil, em 1888, 
foi o último país a abolir a escravidão nas Américas. Um abolicionismo incompleto, que 
não permitiu incluir o negro na ordem social capitalista (BASTIDE; FERNANDES, 2008). 
A escravidão negra deixou marcas profundas de discriminação em nossa sociedade, 
inclusive escutamos insultos raciais atuais exigindo que negros e negras voltem “para a 
senzala”. Mas será que o racismo contra o negro brasileiro, atualmente, só existe por 
causa do “tempo do cativeiro”? Há pessoas racistas que nem sabem e nem mencionam 
esse contexto. Elas afirmam que não gostam de “negros”, têm raiva dos “pretos” e que 
estes são “fedidos”, “sujos” e “preguiçosos”. O racismo opera cotidianamente por meio 
de piadas, causos, ditos populares etc. Afinal de contas, temos uma variedade de 
expressões correntes na língua portuguesa recheadas de racismo contra os negros. 
 
Fonte: http://www.comfor.unifesp.br/wp-
content/docs/COMFOR/biblioteca_virtual /UNIAFRO. Acesso em: 13 jun. 2016. 
 
 
 
Fonte: http://photos1.blogger.com/blogger/7946/2941/1600/mafaldapreconceito1.1.gi
f. Acesso em: 18 jun. 2016. 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas: 
 
I. Os quadrinhos visam a criticar o fato de que as acusações de racismo têm se tornado 
cada vez mais frequentes. 
II. Os quadrinhos ilustram o comportamento descrito no texto: as pessoas mantêm na 
 
linguagem o seu preconceito. 
III. O texto coloca, entre as raízes do preconceito racial, o sistema escravocrata, que 
imperou até o final do século XIX, no Brasil. 
IV. De acordo com o texto, a abolição da escravidão no Brasil, embora tardia, permitiu 
que os negros se integrassem completamente à sociedade capitalista. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: a. 
II e III. 
Respostas: a. 
II e III. 
 
b. 
II e IV. 
 
c. 
I e III. 
 
d. 
I e II. 
 
e. 
I e IV. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: A 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Os quadrinhos 
criticam as pessoas que não se dão conta de que são racistas. II – 
Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A amiga de Mafalda fala em “pretos 
sujos”, o que confirma a ideia de que o racismo opera por falas e ações 
do cotidiano, como afirma o texto. III – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. “O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e 
imperial escravocrata”. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De 
acordo com o texto, o abolicionismo foi incompleto, pois o negro não 
pôde, realmente, se incluir na ordem social capitalista. 
 
 
• Pergunta 3 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Considere a ilustração e as afirmativas a seguir: 
 
 
 
Fonte: http://www.materiaincognita.com.br/wp-content/uploads/2012/04/TV-faz-
mal-ao-cerebro.jpg. Acesso em: 20 jun. 2016. 
 
I. O objetivo da ilustração é mostrar que os meios de comunicação tecem o 
conhecimento das crianças, contribuindo para um mundo mais bem informado. 
II. A ilustração é uma crítica aos meios de comunicação ultrapassados, que não 
promoviam o acesso à informação como a internet faz atualmente. 
III. A ilustração sugere que os meios de comunicação de massa provocam a perda de 
autonomia do raciocínio. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: c. 
III. 
Respostas: a. 
I. 
 
b. 
II. 
 
c. 
III. 
 
d. 
I e III. 
 
e. 
II e III. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: C 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A ilustração faz 
uma crítica ao modo como os meios de comunicação desfazem os 
pensamentos próprios dos indivíduos. II – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. A crítica refere-se à falta de pensamento crítico que os 
meios de comunicação causam; não se trata de uma questão de 
desenvolvimento tecnológico. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. 
A figura mostra a criança perdendo seu raciocínio próprio, ao ficar 
exposta à televisão. 
 
 
• Pergunta 4 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto de autoria de Vladimir Safatle e analise as afirmativas a seguir: 
 
Quem tem o direito de falar? Estabelecer que minorias só podem falar dos problemas 
de seu grupo é uma forma astuta de silenciamento. 
 
A política não é uma questão apenas de circulação de bens e riquezas. Ou seja, ela 
não se funda simplesmente em uma decisão a respeito de como as riquezas e os bens 
devem circular, como eles devem ser distribuídos. 
 
Embora essa seja uma questão central que mobiliza todos nós, ela não é tudo, nem é 
razão suficiente de todos os fenômenos internos ao campo que nomeamos "política". 
Na verdade, a política é também uma questão de circulação de afetos, da maneira 
com que eles irão criar vínculos sociais, afetando os que fazem parte destes vínculos. 
 
A maneira com que somos afetados define o que somos e o que não somos capazes 
de ver, o que somos e não somos capazes de sentir e perceber. Definido o que vejo, 
sinto e percebo, define-se o campo das minhas ações, a maneira com que julgo, o 
que faz parte e o que está excluído do meu mundo. 
 
Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos de 2015 foi a 
circulação de uma mera foto, a foto do menino sírio morto em um naufrágio no mar 
Mediterrâneo. 
 
Nesse sentido, foi muito interessante pesquisar as reações de certos europeus que 
invadiram sites de notícias de seu continente com posts e comentários. Uma 
quantidade impressionante deles reclamava daqueles jornais que decidiram publicara foto. Por trás de sofismas primários, eles diziam basicamente a mesma coisa: 
"parem de nos mostrar o que não queremos ver", "isto irá quebrar a força de nosso 
discurso". 
 
Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à condição de administrar uma 
certa zona de invisibilidade. 
 
É necessário que certos afetos não circulem, que a humanização bruta produzida pela 
morte estúpida de um refugiado não nos afete. Todo fascismo ordinário é baseado 
em uma desafecção. 
 
Toda verdadeira luta política é baseada em uma mudança nos circuitos hegemônicos 
de afetos. Prova disso foi o fato de tal foto produzir o que vários discursos até então 
não haviam conseguido: a suspensão temporária da política criminosa de indiferença 
em relação à sorte dos refugiados. 
 
Mas essa quebra da invisibilidade também se dá de outras formas. De fato, sabemos 
como faz parte das dinâmicas do poder decidir qual sofrimento é visível e qual é 
invisível. Mas, para tanto, devemos, antes, decidir sobre quem fala e quem não fala, 
qual fala ouvirei e qual fala representará, para mim, apenas alguma forma de 
ressentimento. 
 
 
Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é simplesmente calar quem não tem 
direito à voz. Isso é o que nos lembram todos aqueles que se engajaram na luta por 
grupos sociais vulneráveis e objetos de violência contínua (negros, homossexuais, 
mulheres, travestis, palestinos, entre tantos outros). 
 
Mas há, ainda, outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar sua fala. Assim, um 
será a voz dos negros e pobres, já que o enunciador é negro e pobre. O outro será a 
voz das mulheres e lésbicas, já que o enunciador é mulher e lésbica. A princípio, isto 
pode parecer um ato de dar voz aos excluídos e subalternos, fazendo com que negros 
falem sobre os problemas dos negros, mulheres falem sobre os problemas das 
mulheres e por aí vai. 
 
Essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e deveríamos estar mais atentos a tal 
estratégia de silenciamento identitário. Ao final, ela quer nos levar a acreditar que 
negros devem apenas falar dos problemas dos negros, que mulheres devem apenas 
falar dos problemas das mulheres. 
 
Pensar a política como circuito de afetos significa compreender que sujeitos políticos 
são criados quando conseguem mudar a forma como o espaço comum é afetado. 
 
Posso dar visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam, mas quando aceito 
limitar minha fala pela identidade que supostamente represento, não mudarei a 
forma de circulação de afetos, pois não conseguirei implicar quem não partilha minha 
identidade na narrativa do meu sofrimento. Minha produção de afecções continuará 
circulando em regime restrito, mesmo que, agora, codificada como região setorizada 
do espaço comum. 
 
Ser um sujeito político é conseguir enunciar proposições que implicam todo mundo, 
que podem implicar qualquer um, ou seja, que se dirigem a esta dimensão do 
"qualquer um" que faz parte de cada um de nós. É quando nos colocamos na posição 
de qualquer um que temos mais força de desestabilização de circuitos hegemônicos 
de afetos. 
 
O verdadeiro medo do poder é que você se coloque na posição de qualquer um. 
 
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/234248-quem-tem-o-direito-de-
falar.shtml. Acesso em: 13 jun. 2016. 
 
I. Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo silenciados, pois vivemos em um 
regime autoritário, não democrático. 
II. O autor defende que os políticos sejam os legítimos representantes dos grupos 
minoritários, já que as minorias tendem a ser silenciadas na sociedade. 
III. A publicação da foto do menino sírio, morto no naufrágio ao tentar chegar à 
Europa como imigrante, foi, segundo o texto, uma forma de sensacionalismo da 
imprensa e, por isso, gerou conflitos políticos. 
 
Assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: e. 
Nenhuma alternativa é correta. 
Respostas: a. 
Todas as afirmativas são corretas. 
 
b. 
Apenas as afirmativas I e II são corretas. 
 
c. 
Apenas as afirmativas II e III são corretas. 
 
d. 
Apenas a afirmativa III é correta. 
 
e. 
Nenhuma alternativa é correta. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: E 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor não 
afirma que vivemos em um regime autoritário e aponta como 
silenciamento a restrição de fala a apenas sujeitos representativos de 
determinado grupo. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor 
afirma que a política é também uma questão da circulação dos afetos 
e não atribui aos políticos o papel de representar grupos identitários. 
III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, a 
divulgação da foto contribuiu para a quebra de invisibilidade de uma 
questão importante no cenário atual. 
 
 
• Pergunta 5 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
Energia solar contra a escuridão do Amazonas: 
Brasil gera, com placas fotovoltaicas, apenas 0,02% da produção total de eletricidade 
 
Heriberto Araújo – 08 mai. 2016. 
 
A visão romantizada da Amazônia convida a pensar num lugar idílico em que a pegada 
humana esteja entre as menores do planeta. Mas a vida na maior reserva natural é 
dura para o homem, como Daniel Everett narrou em seu clássico Don’t Sleep, There are 
Snakes ( Não durma, há serpentes, sem tradução para o português). Comunidades 
 
inteiras vivem completamente desconectadas, e não apenas nas profundezas da selva, 
mas sim nas movimentadas margens dos rios — únicas vias de comunicação, num 
ambiente em que a eletricidade é um bem desejado, escasso e administrado a conta-
gotas. 
 
“No Estado do Amazonas há mais de dois milhões de pessoas sem eletricidade de 
qualidade”, explica Otacílio Soares Brito, membro do Instituto de Desenvolvimento 
Sustentável Mamirauá. “A enorme área da floresta torna inviável a criação de uma rede 
de distribuição e os povoados só conseguem produzir eletricidade das 6 às 10 da noite, 
com geradores a gasolina fornecidos pelo governo. Depois dessa hora, acaba tudo: luz, 
refrigeração e lazer”, relata do município amazônico de Tefé. 
 
O Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto para fornecer eletricidade por 
meio de painéis solares a dezenas de comunidades amazônicas de pescadores e 
camponeses, com o objetivo de melhorar suas condições de vida, segundo Soares Brito. 
 
Duas comunidades instalaram placas fotovoltaicas — um sistema flutuante, sobre boias 
no rio e, o outro, no telhado de uma fábrica de gelo — para permitir, a um, o envio da 
água desde o leito do rio até as casas, e ao outro, a fabricação de barras de gelo. O 
fornecimento da água do rio por meio de uma bomba elétrica alimentada por painéis 
permitiu, entre outras coisas, que as crianças passassem a tomar quantos banhos 
quisessem sem que seus pais fiquem com medo que um jacaré lhes tire a vida na 
escuridão das margens. 
 
“Estamos cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas também queremos permitir 
que elas agreguem valor a produtos como polpa de frutas e peixe. Sem gelo, esses 
produtos dificilmente podem ser comercializados no exterior ou simplesmente 
conservados”, diz Soares Brito. 
 
Os resultados positivos da fase experimental estão criando consciência nessa imensa 
região normalmente esquecida pelos centros brasileiros de poder, concentrados no 
sudeste e que priorizam as políticas públicas nas regiões densamente povoadas (de 
eleitores). Um grupo de pescadores da comunidade amazônica de Boa Esperança pediu 
ao Mamirauá a construção de uma pequena fábrica — prevista para abril — com 3 
congeladores alimentados por painéis solares para poder extrair das frutas a polpa, 
congelá-la e vendê-la em mercados situados a horas de barco do povoado, como 
Manaus. 
 
A revolução solar que alguns especialistas preveem para o Brasil durante a próxima 
década, após a implementação, em 1º de março, de novas regras que permitem,pela 
primeira vez, a geração distribuída de energia e sua ligação às redes de distribuição, 
trará consequências, principalmente, para os grandes centros urbanos. 
 
Depois de três anos de secas históricas e consequentes apagões, que evidenciaram a 
excessiva dependência do Brasil de seu sistema hidroelétrico, que gera cerca de 70% da 
eletricidade consumida, milhões de brasileiros poderão se tornar agora 
“prosumidores”, neologismo que reflete o novo paradigma sob o qual parece avançar a 
geração de eletricidade: o consumidor é o produtor de, pelo menos, uma parte de sua 
demanda. “Estamos diante do início de uma revolução, porque, pela primeira vez, a 
sociedade brasileira pode participar diretamente da criação de uma nova matriz 
energética”, diz Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia 
Fotovoltaica (Absolar). 
 
As regras aprovadas pela Aneel permitem, segundo Sauaia, “a geração compartilhada 
de energia solar entre vários clientes, que podem se agrupar em forma de consórcio ou 
de cooperativas, assim como a conexão de seus sistemas fotovoltaicos domésticos ou 
comerciais à rede elétrica para abastecê-la quando os painéis produzirem mais do que 
é consumido e vice-versa”. 
 
A Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares em todas as residências do 
país, a produção de energia abasteceria mais do que o dobro da totalidade da demanda 
dos domicílios brasileiros. Os especialistas indicam que a região brasileira menos 
exposta à irradiação solar tem potencial para gerar, pelo menos, 25% mais energia do 
que a região mais favorecida na Alemanha, país que já gera cerca de 7% de sua 
eletricidade com placas fotovoltaicas. 
 
Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/29/ciencia/1461915967_041451.html. A
cesso em: 10 jun. 2016. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
 
I. O novo paradigma da geração de energia elétrica é o de que o próprio consumidor 
produza 30% da sua demanda, tornando-se “prosumidor”. 
II. De acordo com a estimativa da Absolar, a instalação de painéis solares em todas as 
residências do país faria com que a produção brasileira de energia superasse a alemã 
em 18%. 
III. O projeto desenvolvido pelo Instituto Mamirauá tem como foco as comunidades da 
Amazônia, onde há, aproximadamente, dois milhões de pessoas sem acesso à energia 
elétrica de qualidade. 
IV. O principal problema da Amazônia é a seca, que afeta a sua produção hidrelétrica e, 
por isso, a energia solar é uma boa alternativa. 
 
Assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: c. 
Apenas a afirmativa III é correta. 
Respostas: a. 
Todas as afirmativas são corretas. 
 
b. 
Apenas as afirmativas I e II são corretas. 
 
 
c. 
Apenas a afirmativa III é correta. 
 
d. 
Apenas as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
e. 
Nenhuma afirmativa é correta. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: C 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto afirma que 
o “prosumidor” deve produzir uma parte da energia que consome, mas 
não determina essa porcentagem. II – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. De acordo com o texto, a região brasileira menos 
exposta à irradiação solar tem potencial para gerar, pelo menos, 25% 
mais energia do que a região alemã mais favorecida. Não há 
comparação referente à produção ou à capacidade geradora dos dois 
países. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. No texto, consta a 
informação de que, na região amazônica, há mais de 2 milhões de 
pessoas sem energia elétrica e melhorar as condições de vida das 
comunidades é o objetivo do Instituto Mamirauá, por meio da instalação 
de painéis solares. IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Não se 
afirma que o principal problema da Amazônia é a seca. Na verdade, 
trata-se de uma região bastante abastecida por complexos 
hidrográficos. O texto menciona que houve secas no Brasil, o que 
prejudicou a geração de energia hidroelétrica. 
 
• Pergunta 6 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto e a charge a seguir: 
 
ACNUDH condena violência em presídios brasileiros 
 
O Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas 
para os Direitos Humanos (ACNUDH) condenou a violência ocorrida nesta semana em 
distintos presídios brasileiros. 
Na Penitenciária Estadual de Cascavel, no Paraná, pelo menos cinco presos foram 
mortos durante uma rebelião. Informações indicam que duas das vítimas teriam sido 
decapitadas e mais duas foram jogadas do telhado do presídio. 
 
Em Minas Gerais, dois motins acabaram com outro preso morto e dezenas de feridos. 
Autoridades revelaram que mais um homem foi morto no complexo penitenciário de 
Pedrinhas, no Maranhão. 
“Pedimos às autoridades competentes uma apuração rápida, imparcial e efetiva dos 
 
fatos e das causas das revoltas, e que os responsáveis pelos crimes respondam na 
Justiça”, comentou o representante do ACNUDH, Amerigo Incalcaterra. “Ficamos 
consternados com o nível de violência observado recentemente nos presídios 
brasileiros. Não é admissível que, no Brasil, a violência e as mortes dentro das prisões 
sejam percebidas como normais e cotidianas”, disse Incalcaterra. 
 
Além disso, ele instou as autoridades brasileiras a adotarem medidas para prevenir a 
violência nas unidades prisionais. “Superlotação, condições penitenciárias 
inadequadas, torturas e maus-tratos contra detentos são uma realidade em muitos 
presídios do Brasil, e isso também contribui com a violência e constitui grave violação 
aos direitos humanos”, apontou o representante do escritório na América do Sul. “O 
país deve reformar seu sistema penitenciário, incluindo, pelo menos, uma revisão 
integral da política criminal brasileira e do uso excessivo da privação de liberdade 
como punição a crimes”, concluiu Incalcaterra. 
 
Fonte: Adaptado de: http://acnudh.org/pt-br/2014/08/21813/. Acesso em: 06 nov. 
2014. 
 
 
 
Fonte: http://www.diariodagardenia.com.br/2013_04_01_archive.html. Acesso em: 
06 nov. 2014. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta: 
 
I. A charge evidencia a inadequação do sistema prisional brasileiro e sugere a 
aplicação de penas alternativas. 
II. Segundo Amerigo Incalcaterra, os motins e as rebeliões têm estreita relação com a 
inadequação das unidades prisionais brasileiras. 
III. De acordo com o ACNUDH, a impunidade contribui com o aumento da violência 
no Brasil. 
Resposta Selecionada: b. 
Apenas a afirmativa II está correta. 
Respostas: a. 
Apenas a afirmativa I está correta. 
 
b. 
Apenas a afirmativa II está correta. 
 
c. 
Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
 
 
d. 
Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 
e. 
Apenas a afirmativa III está correta. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: B 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge não 
propõe penas alternativas. Há um comentário irônico sobre a falta de 
eficiência do sistema prisional brasileiro. II – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. No texto, há a declaração do representante do 
ACNUDH, Amerigo Incalcaterra, que culpa a superlotação e as más 
condições de vida nas prisões pelas revoltas. III – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O texto não aborda a impunidade. 
 
• Pergunta 7 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
Pesquisa aponta que 45,9% dos brasileiros não fazem exercícios físicos 
 
Pesquisa feita pelo Ministério do Esporte mostrou que 45,9% dos brasileiros de 15 a 
74 anos estão sedentários, o que significa cerca de 67 milhões de pessoas sem 
praticar nenhum esporte ou nenhuma atividade física. A maior fatia de sedentários 
está na região sudeste: 54,4%. 
Os motivos? Falta de tempo (para 58,8%), problemas de saúde (em 9,5% dos casos) e 
a preguiça ou falta de interesse, declarada por 11,8% dos entrevistados. A pesquisa 
teve 8.902 entrevistas pessoais, realizadas em 2013. Foi consideradosedentário 
quem declarou não ter feito esporte ou atividade física no tempo livre. 
 
Abandono: 
além de avaliar quem está sedentário, o Ministério também perguntou a quem 
estava parado, se havia deixado alguma prática física. Concluiu que quase 90% dos 
brasileiros abandonam a prática esportiva e viram sedentários até os 34 anos. Como 
a estudante Isabela Markman, 20 anos: “Eu fazia academia, mas parei no começo do 
ano e noto a diferença. Passear e brincar com minha cachorrinha me deixa mais 
cansada”. 
 
Fonte: Adaptado de: http://www.metrojornal.com.br/nacional/plus/brasileiros-se-
tornam-sedentarios-antes-dos-34-anos-diz-pesquisa-200699. Acesso em: 08 jun. 
2016. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta: 
 
I. De acordo com a pesquisa, 9,5% das pessoas apresentam problemas de saúde 
 
causados pelo sedentarismo. 
II. Conforme o texto, quase 90% dos brasileiros acima de 34 anos são sedentários, 
pois abandonam as práticas esportivas. 
III. Cerca de 60% dos brasileiros praticam futebol, segundo a pesquisa. 
Resposta Selecionada: a. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
Respostas: a. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
b. 
Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 
c. 
Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
 
d. 
Apenas a afirmativa III está correta. 
 
e. 
Todas as afirmativas estão corretas. 
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da 
resposta: 
Resposta: A 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De acordo com a 
pesquisa, 9,5% das pessoas apresentam problemas de saúde como 
motivo para uma vida sedentária. II – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. Conforme o texto, “quase 90% dos brasileiros 
abandonam a prática esportiva e viram sedentários até os 34 anos”. III 
– Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Entre os que declaram fazer 
algum esporte, 60% praticam futebol. 
 
 
• Pergunta 8 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Observe a charge e analise as afirmativas a seguir: 
 
 
 
Fonte: https://www.pinterest.com/gaagabriel/a-evolucao-humana-chargues/. Acesso 
em: 08 fev. 2015. 
 
I. A charge enaltece a evolução humana, ilustrando a saída de um passado primitivo e 
 
a chegada ao desenvolvimento tecnológico, que melhora as condições de vida da 
população. 
II. O código de barras, na figura, representa a “coisificação” do homem no atual 
sistema socioeconômico. 
III. A crítica da charge refere-se ao uso de novas tecnologias na atualidade, uma vez 
que elas não são acessíveis a todos. 
IV. A charge mostra que o ser humano ainda é primitivo, apesar das novas 
tecnologias. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: b. 
II. 
Respostas: a. 
II e IV. 
 
b. 
II. 
 
c. 
I e III. 
 
d. 
I e IV. 
 
e. 
II e III. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: B 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge mostra 
a transformação do ser humano em código de barras, parodiando a 
tradicional ilustração da evolução do homem. Não há qualquer 
menção à melhoria das condições de vida; trata-se de uma crítica à 
sociedade de consumo. 
II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O código de barras representa o 
consumo na nossa sociedade. Assim, vê-se que o homem se 
transformou em mercadoria, perdendo a sua identidade. III – 
Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A charge não se refere ao acesso 
das pessoas às novas tecnologias. IV – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. A charge não mostra o homem como primitivo, mas, 
sim, como “coisificado”, integrado ao mercado de consumo. 
 
 
• Pergunta 9 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia os quadrinhos e o trecho a seguir, que expõe o pensamento do professor e 
jornalista Ciro Marcondes Filho: 
 
 
 
Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/03/10/noticia_sau
de plena,147743/pesquisa-usa-personagens-de-tirinhas-para-explicar-funcao-de-
estereoti.shtml. Acesso em: 08 nov. 2014. 
 
Marcondes Filho (1986) descreve a prática sensacionalista como nutriente psíquico, 
desviante ideológico e descarga de pulsões instintivas. Caracteriza sensacionalismo 
como “o grau mais radical da mercantilização da informação: tudo o que se vende é 
aparência e, na verdade, vende-se aquilo que a informação interna não irá desenvolver 
melhor do que a manchete. Esta está carregada de apelos às carências psíquicas das 
pessoas e explora-as de forma sádica, caluniadora e ridicularizadora. (...) No jornalismo 
sensacionalista, as notícias funcionam como pseudoalimentos às carências do espírito. 
(...) O jornalismo sensacionalista extrai do fato, da notícia, a sua carga emotiva e 
apelativa e a enaltece. Fabrica uma nova notícia que, a partir daí, passa a se vender por 
si mesma”. 
 
Fonte: http://www.wejconsultoria.com.br/site/wp-content/uploads/2013/04/Danilo-
Angrimani-Sobrinho-Espreme-que-sai-sangue.pdf. Acesso em: 8 nov. 2014. 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as asserções e assinale a 
alternativa correta: 
 
I. A reação do personagem diante da televisão revela uma visão antagônica àquela 
apresentada por Marcondes Filho sobre o sensacionalismo. 
PORQUE 
 
II. De acordo com Marcondes Filho, as notícias sensacionalistas suprem as carências de 
informação dos receptores, uma vez que são comprometidas com os elementos factuais 
essenciais. 
 
Resposta 
Selecionada: 
e. 
As duas asserções são falsas. 
Respostas: a. 
As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a 
primeira. 
 b. 
 
http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/03/10/noticia_saude
http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/03/10/noticia_saude
As duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a 
primeira. 
 
c. 
A asserção I é verdadeira e a II é falsa. 
 
d. 
A asserção I é falsa e a II é verdadeira. 
 
e. 
As duas asserções são falsas. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: E 
Comentário: I – Asserção falsa. JUSTIFICATIVA. A reação não é antagônica 
ao que afirma Marcondes, pois ele comenta que o sensacionalismo 
explora as carências psíquicas das pessoas e, assim, elas são atraídas. II – 
Asserção falsa. JUSTIFICATIVA. O autor não afirma que as notícias 
sensacionalistas são comprometidas com os elementos factuais 
essenciais. Para ele, o sensacionalismo extrai dos fatos a sua carga mais 
apelativa. 
 
• Pergunta 10 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
EUA e China anunciam acordo para reduzir emissão de gases poluentes 
 
Os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, assinaram 
nesta quarta-feira (12.11.2014), em Pequim, um acordo para a luta contra a mudança 
climática, que incluirá reduções de suas emissões de gases do efeito estufa na 
atmosfera. A iniciativa constitui o primeiro anúncio de corte das emissões de gases 
poluentes por parte da China e mais um pelos EUA. 
 
Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 
11 anos, ou seja, até 2025, o que representa um número duas vezes maior que as 
reduções previstas entre 2005 e 2020. Os chineses se comprometem a cortar as 
emissões até 2030, embora isso possa começar antes. Segundo o presidente chinês, 
até lá, 20% da energia produzida no país vai ter origem em fontes limpas e 
renováveis. 
 
Estados Unidos e China representam, juntos, 45% das emissões planetárias de CO², 
um dos gases apontado como culpado pela mudança climática. A União Europeia 
representa 11% das emissões planetárias de CO². No mês passado, o bloco se 
comprometeu a reduzir em, pelo menos, 40% as emissões até 2030, na comparação 
 
com os níveis de 1990. 
 
Fonte: Adaptado de: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/11/eua-e-china-
anunciam-acordo-para-reduzir-emissao-de-gases-poluentes.html. Acesso em: 14 nov. 
2014. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
 
I. O comprometimento da China em reduzir as emissões de poluentes,até 2030, 
significa que a poluição proveniente do país continuará em crescente aumento por 
mais uma década. 
II. Apesar da importância do acordo entre Estados Unidos e China, a União Europeia 
será responsável por um corte maior nos volumes de gases poluentes emitidos do 
que o corte dos dois países, uma vez que reduzirá 40% das emissões. 
III. Se os Estados Unidos e a China, juntos, cumprirem a meta de cortar 28% da 
emissão dos gases poluentes, eles serão responsáveis por 27% das emissões 
planetárias, em 2025. 
 
Assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: a. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
Respostas: a. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
b. 
Apenas a afirmativa I está correta. 
 
c. 
Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
 
d. 
Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 
e. 
Apenas a afirmativa III está correta. 
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da 
resposta: 
Resposta: A 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto não 
afirma que a poluição proveniente dos gases emitidos pelos chineses 
continuará em crescimento até a data estipulada no acordo. A 
informação é de que “os chineses se comprometem a cortar as 
emissões até 2030, embora isso possa começar antes”. II – Afirmativa 
 
incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto afirma que EUA e China são 
responsáveis por quase metade das emissões de poluentes no mundo. 
Mesmo que a Europa tenha uma redução percentual maior das 
emissões de gases, o impacto não será o mesmo que o provocado pela 
redução da emissão de gases dos dois países. III – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. Porcentagens são valores relativos, que dependem do 
valor total sobre o qual são aplicadas. A redução de 28% na emissão 
de gases seria calculada com base no volume de gases emitidos pelos 
dois países e não sobre o total das emissões planetárias. 
 
 
Teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE II 
Curso: ESTUDOS DISCIPLINARES XI (6719-20_SEI_PD_0717_R_20201) 
• Pergunta 1 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a charge de autoria de Quino e o texto de autoria de Rubem Alves. 
 
 
 
Disponível em <http://blogs.sapo.pt/noauth?blog=perguntasparvas>. 
Acesso em 13 fev. 2015. 
 
Minha estrela é a educação. Educar não é ensinar matemática, física, química, 
geografia e português. Essas coisas podem ser aprendidas nos livros e nos 
computadores. Dispensam a presença do educador. Educar é outra coisa. De um 
educador pode-se dizer o que Cecília Meireles disse de sua avó – que foi quem a 
educou: “O seu corpo era um espelho pensante do universo”. O educador é um corpo 
cheio de mundos.... A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O mundo é 
maravilhoso, está cheio de coisas assombrosas. Zaratustra ria vendo borboletas e 
bolhas de sabão. A Adélia ria vendo tanajuras em voo e um pé de mato que dava flor 
amarela. Eu rio vendo conchas, teias de aranha e pipocas estourando.... Quem vê 
bem nunca fica entediado com a vida. O educador aponta e sorri – e contempla os 
olhos do discípulo. Quando seus olhos sorriem, ele se sente feliz. Estão vendo a 
mesma coisa. Quando digo que minha paixão é a educação estou dizendo que desejo 
ter a alegria de ver os olhos dos meus discípulos, especialmente os olhos das 
crianças. 
Disponível em <http://rubemalves.com.br/site/educador.php>. Acesso em 10 dez. 
2014. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
 
I. A charge e o texto apresentam visões semelhantes sobre o ato de ensinar e o de 
educar. 
II. De acordo com Rubem Alves, o educador deve espelhar o mundo para os alunos, 
transmitindo os conhecimentos escolares necessários ao seu desenvolvimento 
 
pessoal e profissional. 
III. Os olhos dos discípulos sorrindo simbolizam a compreensão dos alunos em relação 
ao que o educador apontou. 
IV. De acordo com a charge e o texto, o saber do educador não é importante; o 
conhecimento só é essencial no ato de ensinar. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: c. 
I e III. 
Respostas: a. 
II e III. 
 
b. 
I e IV. 
 
c. 
I e III. 
 
d. 
I, III e IV. 
 
e. 
II e IV. 
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da 
resposta: 
Resposta: C. 
Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Os dois textos 
indicam que há diferença entre ensinar e educar. Ensinar está ligado a 
transmitir conteúdo e educar está associado a despertar o olhar e a 
compreensão do outro. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. 
Rubem Alves não reduz o ato de educar à transmissão de informações 
escolares importantes para o sucesso individual. III – Afirmativa 
correta. JUSTIFICATIVA. O olhar sorridente dos discípulos indica que a 
missão do educador foi cumprida e que ele apontou corretamente a 
direção da compreensão. 
IV – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Nenhum dos textos afirma 
que o educador não deve ter conhecimento. 
 
 
• Pergunta 2 
0,5 em 0,5 pontos 
Leia o texto a seguir. 
 
 
 
Energia eólica no Brasil 
 
No início da década de 2000, uma grande seca no Brasil diminuiu o nível de água nas 
barragens hidrelétricas do país, causando uma grave escassez de energia. A crise, que 
devastou a economia do país e levou ao racionamento de energia elétrica, ressaltou a 
necessidade urgente do país em diversificar suas fontes de energia. (...) A primeira 
turbina de energia eólica do Brasil foi instalada em Fernando de Noronha em 1992. 
Dez anos depois, o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de 
Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar a utilização de outras fontes renováveis, 
como eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). (...) Desde a criação 
do Proinfa, a produção de energia eólica no Brasil aumentou de 22 MW em 2003 para 
cerca de 1.000 MW em 2011 (quantidade suficiente para abastecer uma cidade de 
cerca de 400 mil residências). (...) Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, 
publicado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobrás, o território 
brasileiro tem capacidade para gerar cerca de 140 GW. 
O potencial de energia eólica no Brasil é mais intenso de junho a dezembro, 
coincidindo com os meses de menor intensidade de chuvas, ou seja, nos meses em 
que falta chuva é exatamente quando venta mais! Isso coloca o vento como uma 
grande fonte suplementar à energia gerada por hidrelétricas, a maior fonte de 
energia elétrica do país. Durante esse período podem-se preservar as bacias 
hidrográficas fechando ou minimizando o uso das hidrelétricas. O melhor exemplo 
disto é na região do Rio São Francisco. Por essa razão, esse tipo de energia é 
excelente contra a baixa pluviosidade e a distribuição geográfica dos recursos 
hídricos existentes no país. A maior parte dos parques eólicos se concentra nas 
regiões nordeste e sul do Brasil. No entanto, quase todo o território nacional tem 
potencial para geração desse tipo de energia. 
 
Disponível em http://evolucaoenergiaeolica.wordpress.com/energia-eolica-no-
brasil/. Acesso em 05 nov. 2014 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
 
I. De acordo com o texto, a energia eólica é uma alternativa viável para atender à 
demanda de cidades com até 400 mil habitantes. 
II. Em 2011, a energia eólica gerada no Brasil foi de menos de 1% do potencial eólico 
do país. 
III. De 2003 a 2011, a produção de energia eólica cresceu 978%. 
Resposta Selecionada: b. 
Apenas a afirmativa II está correta. 
Respostas: a. 
Apenas a afirmativa I está correta. 
 b. 
 
Apenas a afirmativa II está correta. 
 
c. 
Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 
d. 
Apenas as afirmativas I e II estão corretas. 
 
e. 
Todas as afirmativas estão corretas. 
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da 
resposta: 
Resposta: B. 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto afirma 
que a energia eólica gerada em 2011 era suficiente para atender a 400 
mil residências, e não que se trata de uma alternativa para cidades de 
até 400 milhabitantes. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. De 
acordo com o texto, o Brasil tem capacidade para produzir 140 GW de 
energia eólica e, em 2011, produziu 1.000MW, o que equivale a 1 GW. 
Assim, a produção foi de menos de 1% do potencial. III – Afirmativa 
incorreta. JUSTIFICATIVA. No período, houve aumento de 978 MW, o 
que equivale a um crescimento de 4.445%. Chega-se a esse valor, com 
os seguintes cálculos: 978/22=44,45 e 44,45x 100 =4.445%. 
 
• Pergunta 3 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
 
Tá lá mais um corpo estendido no chão – Flavio Moura. 
 
Uma juíza de São Paulo mandou soltar o policial que matou o camelô Carlos Augusto 
Muniz Braga durante ação na Lapa, no último dia 18. De acordo com a ordem de 
soltura, o assassinato se deveu ao fato de que o braço esquerdo do PM foi seguro 
“bruscamente”. E ainda à situação tensa em que ele se encontrava, cercado de 
“populares insatisfeitos com a polícia no local”. O tumulto, no entender da juíza, 
justifica a necessidade de o policial “então encontrar-se armado”. O vídeo circulou 
por todo canto. 
 
O policial aponta por três minutos a arma em todas as direções. As pessoas em volta 
gritam “baixa a arma!”, enquanto dois colegas seus tentam imobilizar um vendedor 
de rua no chão. O vendedor se recusara a entregar os CDs piratas que tinha na mão. 
A polícia partiu pra cima e a situação se criou. 
 
Acuado, o assassino tira do bolso um spray de pimenta para dispersar o grupo ao 
redor. Ato contínuo, Carlos Augusto tenta tirar o spray de sua mão. É o que basta 
 
para ser executado. Ele ainda correu por alguns metros com a bala na cabeça, antes 
de tombar no asfalto. Isso às 17h, numa rua movimentada de um bairro de classe 
média de São Paulo. 
 
Não chega a surpreender a decisão da juíza (o nome da figura é Eliana Cassales Tosi 
de Melo e ela faz parte da 5ª Vara do Júri do Foro Central Criminal de São Paulo). A 
lógica peculiar é praxe entre seus colegas. Basta lembrar o juiz que recentemente 
queria manter preso o manifestante Fabio Hideki, detido injustamente em 
manifestação durante a Copa do Mundo, por considerá-lo “esquerda caviar”. 
 
O que assusta é a comoção relativamente branda em torno do episódio. Da 
declaração tosca do prefeito, “foi um ato isolado”, aos indignados de plantão das 
redes sociais, tudo se passou como se fosse mais um tropeço da polícia, entre tantos 
outros. 
 
Fiquei pensando o que ocorreria se a cena fosse na Paulista, nas manifestações de 
junho do ano passado. E se a vítima fosse um jovem de classe média quebrando uma 
vitrine de loja ou banco (gesto a meu ver mais grave do que vender CD pirata). O 
governo estadual corria o risco de ser deposto. 
 
Não custa lembrar que foi a violência policial o estopim para as manifestações de 
junho de 2013. As primeiras passeatas foram pequenas e reprovadas pela imprensa e 
pela maioria da população. Quando vieram à tona as cenas de manifestantes feridos 
por balas de borracha, o cenário virou. Dali em diante, os editoriais deram razão aos 
manifestantes e a classe média ganhou as ruas em defesa do direito de protestar. 
 
O episódio da semana passada me fez lembrar uma declaração do poeta Sergio Vaz, 
organizador dos saraus da Cooperifa. No documentário “Junho”, produzido pela TV 
Folha e bom retrato das manifestações do ano passado, ele pondera. “Bala de 
borracha? Se lá no meu bairro a polícia usasse bala de borracha meus amigos ainda 
estavam vivos”. 
 
Com todo respeito aos feridos em junho de 2013, o que se deu com o camelô Carlos 
Augusto é motivo para alguns milhares de passeatas. A letalidade da polícia brasileira 
é quatro vezes maior que a dos EUA e 100 vezes maior que a inglesa. Se antes o Rio 
era o palco dos principais descalabros da corporação, esse posto agora parece ser 
ocupado por São Paulo. 
 
Na véspera do assassinato na Lapa, a PM paulista transformou o centro da cidade 
num campo de guerra, com gás lacrimogêneo e barricadas em chamas para despejar 
200 ocupantes de um prédio vazio. Em apenas uma semana, a cidade viu repetir-se o 
despreparo e a truculência em duas regiões próximas. Se voltamos para trás no 
tempo, há exemplos a perder de vista. 
 
O governador segue blindado e na liderança das intenções de voto para as próximas 
eleições. E o prefeito, que não tem responsabilidade direta pela ação da PM, poderia 
retificar sua frase infeliz. Bem que a gente gostaria, mas o crime da semana passada 
não foi um ato isolado. 
 
Disponível em https://br.noticias.yahoo.com/blogs/flavio-moura/ta-la-mais-um-
corpo-estendido-no-chao-030622918.html. Acesso em 07 nov. 2014. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
 
I. O autor mostra-se indignado com a banalização da morte, afirmando que as 
pessoas não se mobilizam diante da violência da polícia, seja ela contra ricos ou 
pobres. 
II. O autor destaca que a violência policial contra os trabalhadores e contra os 
moradores de periferia geralmente não ganha grande repercussão na mídia e não 
estimula protestos populares. 
III. O objetivo do texto é criticar a pirataria, que é crime e gera confrontos entre 
ambulantes e policiais, espalhando violência pela cidade. 
IV. O texto critica a violência da polícia brasileira, mas defende a atuação repressiva 
diante de manifestações e crimes, uma vez que é esse o papel da instituição. 
 
Está correto o que se afirmar somente em: 
Resposta Selecionada: e. 
II. 
Respostas: a. 
I e II. 
 
b. 
II e III. 
 
c. 
I e IV. 
 
d. 
II e IV. 
 
e. 
II. 
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resposta: 
Resposta: E. 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor mostra-
se indignado com a banalização da morte, mas afirma que, em geral, 
só há protestos contra a morte provocada por policiais quando a 
vítima é de classe média ou alta. II – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. O autor comenta sobre o caso do camelô assassinado, 
que foi pouco divulgado pela imprensa e não gerou protestos, e 
 
atribui isso ao fato de ele ser pobre. III - Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O objetivo do texto é criticar a atuação violenta da 
polícia. IV - Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O autor não defende 
a atitude repressiva da polícia. 
 
• Pergunta 4 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
 
Geografia e meio ambiente: uma análise da legislação dos resíduos sólidos. 
Fernanda Sampaio da Silva 
 
O processo de industrialização foi responsável por grandes transformações urbanas. 
Influenciou a multiplicação de diversos ramos de serviços que caracterizam a cidade 
moderna. Também influenciou no desenvolvimento dos meios de transporte e 
comunicação, que interligaram distintas regiões. Foi responsável pela maior 
produtividade e pela consequente elevação da produção agrícola. Contribuiu ainda 
com o êxodo rural. Além disso, introduziu um novo modo de vida e novos hábitos de 
consumo, criou novas profissões, promoveu uma nova estratificação da sociedade e 
uma nova relação desta com a natureza. 
 
Algumas das tecnologias existentes hoje no mercado ainda trazem problemas ao 
meio ambiente. Entre os resíduos gerados pelo avanço desenfreado da produção e 
do consumo são encontrados os resíduos sólidos industriais, que podem trazer 
impactos com consequências para a saúde das pessoas e ao meio ambiente, desde 
uma escala local até mesmo global. 
 
Para que se possa reduzir a geração de resíduos sólidos industriais, minimizando 
possíveis impactos negativos ao meio ambiente, é necessário que haja um processo 
de gestão para a diminuição de resíduos durante o processo produtivo e/ou, quando 
possível, substituição do material utilizado, por outro que tenha maior facilidade de 
ser reciclado. Portanto, a reciclagem é um elemento importante para a minimização 
de resíduos em lixões e aterros sanitários. 
 
Assim, a geração e a disposição dos resíduos sólidos industriais em locais 
inapropriadosconstituem um problema ambiental e, por isso, seu gerenciamento 
deve ocorrer de forma correta e dentro da legislação, para que não seja 
comprometida a qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente. 
 
O controle do acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos 
sólidos perigosos deve ocorrer de acordo com a norma ABNT - NBR 1004 de 2004, 
que faz uma classificação dos resíduos. Os resíduos são classificados em Classe I 
quando se trata de resíduos sólidos perigosos (classificados pelo seu grau de risco à 
saúde pública) e Classe II quando são resíduos não perigosos. 
 
Os resíduos de Classe II são subdivididos em: Classe II A, quando não são inertes e 
 
Classe II B, inertes. Os resíduos sólidos gerados devem ser controlados nas indústrias, 
pois fazem parte do licenciamento pelo órgão ambiental competente. Por isso, para 
que esse órgão tenha conhecimento dos resíduos gerados, o Conselho Nacional do 
Meio Ambiente - CONAMA dispõe de uma resolução com o objetivo de inventariar os 
resíduos sólidos gerados em todo o país, para que seja elaborado o Plano Nacional 
para Gerenciamento de Resíduos Sólidos Gerados. O inventário é elaborado a partir 
de informações como quantidade, formas de acondicionamento e armazenamento e 
destinação final, enviadas trimestralmente ao órgão estadual competente (Resolução 
CONAMA Nº 313/2002). 
 
Disponível em http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-
2.2.2/index.php/reget/article/viewFile/4083 /2797. Acesso em 12 nov. 2014 (com 
adaptações). 
 
Com base nas informações do texto, analise as afirmativas e assinale a alternativa 
correta. 
 
I. O controle da geração de resíduos sólidos industriais depende da conscientização 
do consumidor a fim de que modifique seus hábitos. 
II. A redução na geração de resíduos sólidos está atrelada ao gerenciamento do 
acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos classificados 
como perigosos. 
III. A resolução CONAMA Nº 313/2002, que trata do Plano Nacional para 
Gerenciamento de Resíduos Sólidos, tem como objetivo conscientizar a área 
industrial para que exista a redução da geração de resíduos sólidos. 
Resposta Selecionada: e. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
Respostas: a. 
Apenas a afirmativa I está correta. 
 
b. 
Apenas a afirmativa II está correta. 
 
c. 
Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
 
d. 
Apenas a afirmativa III está correta. 
 
e. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: E. 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Os resíduos 
sólidos são gerados, como destaca o texto, pelos processos produtivos 
e, assim, a sua redução depende das indústrias, e não da 
conscientização do consumidor. II – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O texto destaca que os resíduos são gerados no 
processo de produção. III - Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. De 
acordo com o texto, a resolução tem o objetivo de inventariar os 
resíduos sólidos gerados em todo o país. 
 
• Pergunta 5 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto e analise as afirmativas a seguir. 
 
O celular se torna uma arma dos cidadãos contra a impunidade – Raquel Seco 
 
A polícia começou dizendo que o tiro que matou Carlos Augusto Braga na quinta-feira 
passada foi acidental. Poucas horas depois dos distúrbios no bairro da Lapa (São Paulo), 
desencadeados por uma operação contra a pirataria, a polícia se viu obrigada a 
retificar: o agente disparou contra a cabeça do vendedor ambulante de 30 anos quando 
este tentou tomar dele um spray de pimenta. Várias pessoas gravaram a cena. Os 
telefones celulares tornaram-se uma arma dos brasileiros contra a impunidade, 
especialmente das forças de segurança. A ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública 
registrou 1.890 mortes em operações policiais em 2012, atribuídas “rotineiramente” a 
tiroteios com grupos criminosos. 
 
O que aconteceria se ninguém tivesse filmado? Em 2013, 75,5% dos brasileiros com 
mais de 10 anos de idade tinham um telefone celular, 5% a mais que no ano anterior, 
segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 
 
Em 2012, Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, morreu em São Paulo depois de ser 
atingido por vários disparos da polícia. Um vizinho filmou-o sendo retirado de casa sob 
a acusação de ter participado em um assalto. Em dado momento, um policial se 
posiciona para atirar. Ouve-se um disparo e, quando a câmera volta a mostrar a rua, a 
viatura está indo embora. Os quatro policiais acusados foram absolvidos no mês 
passado. 
 
Em fevereiro, o país ficou chocado com a imagem de um adolescente agredido e 
acorrentado a um poste no Rio de Janeiro. Alguns vizinhos o castigaram por supostos 
roubos no bairro e produziram uma imagem especialmente dolorosa para uma nação 
que pôs fim à escravidão em 1888. Yvonne Bezerra de Melo, a mulher de 66 anos que 
alertou as autoridades, recebeu uma enxurrada de insultos nas redes sociais por ajudar 
“um delinquente”. 
 
Cláudia Silva Ferreira, faxineira de 38 anos, morreu em 16 de março deste ano atingida 
por uma bala perdida em uma favela do Rio de Janeiro. A viatura policial que a levava 
 
para o hospital arrastou seu corpo pendurado no porta-malas por 250 metros. Um 
motorista gravou tudo. O escândalo foi enorme. Seis policiais acusados de matá-la já 
haviam retornado ao trabalho em julho, embora em funções longe das ruas, de acordo 
com o jornal O Globo. 
 
Há algumas semanas, em um centro comercial de São Paulo, a polícia abordou dois 
jovens negros por suspeitar que tinham roubado uma loja de roupas. Até chegar o 
momento em que a dona do comércio defendeu os dois, confirmando que haviam 
pagado por tudo o que tinham na sacola. Dezenas de pessoas gravaram a cena para 
deixar claro o que estava acontecendo, enquanto uma multidão se reuniu para gritar 
em defesa dos jovens. Os garotos e o pai deles denunciaram o comportamento da 
polícia. 
 
A onda de linchamentos na América Latina também chegou ao Brasil. Em abril, durante 
a febre de execuções populares, o sociólogo José de Souza Martins dizia ao EL PAÍS: 
“Três anos atrás, eram três ou quatro por semana. Depois das manifestações de junho 
(de 2013), passaram a uma média de uma tentativa por dia. Hoje temos mais de uma 
tentativa por dia”. Um jovem de 24 anos foi espancado até a morte por vizinhos dentro 
do hospital onde era examinado para determinar se ele havia estuprado um menor. 
Uma pessoa filmou dezenas de pessoas invadindo o centro médico. No total, 24 
pessoas estão sendo investigadas. 
 
O presídio do Maranhão, que enfrenta problemas de corrupção, superlotação e 
insegurança, chamou a atenção da mídia novamente quando o jornal Folha de S. Paulo 
publicou o vídeo, extremamente violento, no qual três prisioneiros apareciam 
decapitados. 
 
Disponível 
em http://brasil.elpais.com/brasil/2014/09/21/sociedad/1411333593_390676.html. Ac
esso em 24 set. 2014. 
 
I. As imagens captadas por celulares, de acordo com o texto, podem ser uma arma para 
os cidadãos se defenderem da arbitrariedade do poder público. 
II. De acordo com o texto, os celulares têm contribuído para a redução da violência no 
Brasil. 
III. As imagens gravadas serviram de prova em 1.890 mortes ocorridas em operações 
policiais em 2012. 
 
É correto o que se afirma apenas em: 
Resposta Selecionada: a. 
I. 
Respostas: a. 
I. 
 
 
b. 
I e II. 
 
c. 
III. 
 
d. 
I e III. 
 
e. 
II e III. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: A. 
Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O texto cita vários 
casos em que o registro com o celular serviu de prova para revelar 
crimes e arbitrariedades do poder estatal. II – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O texto não cita redução da violência, muito menos 
provocada pelo uso do celular. A matéria apenas indica o celular como 
uma ferramenta de defesa dos cidadãos. III – Afirmativa incorreta.JUSTIFICATIVA. Esse número refere-se às mortes ocorridas em 
operações policiais em 2012. 
 
• Pergunta 6 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Com base no texto a seguir, analise as afirmativas. 
 
O vírus letal da xenofobia – Eliane Brum 
 
Uma epidemia, como Albert Camus sabia tão bem, revela toda a doença de uma 
sociedade. A doença que esteve sempre lá, respirando nas sombras (ou nem tão nas 
sombras assim), manifesta sua face horrenda. Foi assim no Brasil na semana passada. 
Era uma suspeita de ebola, fato suficiente, pela letalidade do vírus, para exigir o 
máximo de seriedade das autoridades de saúde, como aconteceu. Descobrimos, 
porém, a deformação causada por um vírus que nos consome há muito mais tempo, o 
da xenofobia. E, como o outro, o “estrangeiro”, a “ameaça”, era africano da Guiné, 
exacerbada por uma herança escravocrata jamais superada. 
 
O racismo no Brasil não é passado, mas vida cotidiana conjugada no presente. A peste 
não está fora, mas dentro de nós. Foi ela, a peste dentro de nós, que levou à violação 
dos direitos mais básicos do homem sobre o qual pesava uma suspeita de ebola. 
Contrariando a lei e a ética, seu nome foi exposto. Seu rosto foi exposto. O documento 
em que pedia refúgio foi exposto. Ele não foi tratado como um homem, mas como o 
rato que traz a peste para essa Oran chamada Brasil. Deste crime, parte da imprensa, 
se tiver vergonha, se envergonhará. 
 
 
Ainda existe a espera de um segundo teste para o vírus do ebola. Não importa se der 
negativo ou positivo, devemos desculpas. Não sei se há desamparo maior do que 
alcançar a fronteira de um país distante, nessa solidão abissal. E pedir refúgio, essa 
palavra-conceito tão nobre, ao mesmo tempo tão delicada. E então se sentir mal, e 
cada um há de saber como a fragilidade da carne nos escava. Corrói mesmo aqueles 
que têm o melhor plano de saúde num país desigual. Ele, desabitado da língua, era 
desterrado também do corpo. Para alcançar o que viveu o homem desconhecido, 
porque o que se revelou dele não é ele, mas nós, é preciso vê-lo como um homem, não 
como um rato que carrega um vírus. Para alcançá-lo, é preciso vestir o homem. Mas só 
um humano pode vestir um humano. 
 
E logo ouviu-se o clamor. Não é hora de fechar as fronteiras?, cobrou-se das 
autoridades. Que os ratos fiquem do lado de fora, onde sempre estiveram. Que os 
ratos apodreçam e morram. Para os ratos não há solidariedade nem compaixão. Parece 
que nada se aprendeu com a Aids, com aquele momento de vergonha eterna em que 
os gays foram escolhidos como culpados, o preconceito mascarado como necessária 
medida sanitária. 
 
E quem são os ratos, segundo parte dos brasileiros? 
 
Há sempre muitos, demais, nas redes sociais, dispostos a despejar suas vísceras em 
praça pública. No Facebook, desde que a suspeita foi divulgada, comprovou-se que 
uma das palavras mais associadas ao ebola era “preto”. “Ebola é coisa de preto”, 
desmascarou-se um no Twitter. “Alguém me diz por que esses pretos da África têm que 
vir para o Brasil com essa desgraça de bactéria (sic) de ebola”, vomitou outro. “Graças 
ao ebola, agora eu taco fogo em qualquer preto que passa aqui na frente”, defecou um 
terceiro. Acreditam falar, nem percebem que guincham. 
 
“Descrever uma epidemia é uma forma magistral de revelar as diversas formas de 
totalitarismo que maculam uma sociedade. Neste quesito, os brasileiros não 
economizaram. A divulgação, por meios de comunicação que atingem dezenas de 
milhões de pessoas, da foto de um homem negro, vindo da África, como suspeito de 
ebola, foi a apoteose do fantasma do estrangeiro como portador da doença”, afirmou a 
esta coluna Deisy Ventura, professora de direito internacional da Universidade de São 
Paulo, pesquisadora das relações entre direito e saúde, autora do livro Direito e Saúde 
Global – O caso da pandemia de gripe A (H1N1). “Veja que este fantasma é mobilizado 
em relação aos pobres, sobretudo negros, nunca em relação aos estrangeiros ricos e 
brancos. O escravagismo, terrível doença da sociedade brasileira, associa-se ao desejo 
conjuntural de dizer: este governo não deveria ter deixado essas pessoas entrarem. É 
uma espécie de lamento: tanto se esforçaram as elites para branquear este país, e 
agora querem preteá-lo?” 
 
A África desponta, de novo e sempre, como o grande outro. Todo um continente 
povoado por nuances e diversidades reduzido à homogeneidade da ignorância – a um 
fora. 
 
Como disse um imigrante de Burkina Faso à repórter Fabiana Cambricoli, do jornal O 
Estado de S. Paulo: “Os brasileiros não sabem que Burkina Faso é longe dos países que 
têm ebola. Acham que é tudo a mesma coisa porque somos negros”. 
 
Ele e dezenas de imigrantes de diversos países da África estão sendo hostilizados e 
expulsos de lugares públicos na cidade de Cascavel, no Paraná, onde o primeiro caso 
suspeito foi identificado. Tornaram-se “os caras com ebola”, apontados na rua “como 
os negros que trouxeram o vírus para o Brasil”. 
 
O ebola não parece ser um problema quando está na África, contido entre fronteiras. 
Lá é destino. O ebola só é problema, como escreveu o pesquisador francês Bruno 
Canard, porque o vírus saiu do lugar em que o Ocidente gostaria que ele ficasse. 
 
“A militarização da resposta ao ebola, que com a anuência do Conselho de Segurança 
das Nações Unidas, em setembro último, passou da Organização Mundial da Saúde a 
uma Missão da ONU, revela que a grande preocupação da comunidade internacional 
não é a erradicação da doença, mas a sua contenção geográfica”, reforça Deisy 
Ventura. 
 
Para o homem que alcançou o Brasil em busca de refúgio e teve sua dignidade violada 
na exposição de seu nome, rosto e documentos, ainda existe a espera de um segundo 
teste para o vírus do ebola. Não importa se der negativo ou positivo, devemos 
desculpas. Devemos reparação, ainda que saibamos que a reparação total é uma 
impossibilidade, e que essa marca pública já o assinala. Não é uma oportunidade para 
ele, é para nós. 
 
É preciso reconhecer o rato que respira em nós para termos alguma chance de nos 
tornarmos mais parecidos com um humano. 
 
Disponível 
em http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/13/opinion/1413206886_964834.html. Ace
sso em 13 out. 2014. 
 
I. Metaforicamente, a xenofobia é uma peste que se espalha na sociedade, alimentada 
por postagens em redes sociais. 
II. A xenofobia manifesta-se, no Brasil, contra o estrangeiro em geral, pois somos um 
povo ainda culturalmente atrasado. 
III. O ódio e o preconceito são geralmente dirigidos a grupos socialmente excluídos ou 
desprivilegiados. 
 
De acordo com o texto, é correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: d. 
I e III, apenas. 
Respostas: a. 
I, II e III. 
 
 
b. 
I, apenas. 
 
c. 
II, apenas. 
 
d. 
I e III, apenas. 
 
e. 
III, apenas. 
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da 
resposta: 
Resposta: D. 
Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A autora compara a 
xenofobia com uma peste, provocada por um vírus, e considera que o 
preconceito e o ódio têm sido disseminados nas redes sociais. II – 
Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto deixa claro que o 
preconceito se manifesta contra os imigrantes pobres, que vêm de 
países subdesenvolvidos. III – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. O texto destaca que o ódio e o preconceito se dirigem 
aos negros e aos pobres. 
 
• Pergunta 7 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto e a charge a seguir. 
 
Podemos modificar a forma de ensinar – José Manoel Moran 
 
Ensinar e aprender exigem, hoje, muito mais flexibilidade espaço-temporal, pessoal e 
de grupo, menos conteúdos fixos e processos mais abertos de pesquisa e de 
comunicação. Uma das dificuldades atuais é conciliar a extensão da informação, a 
variedade das fontes de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão, em 
espaços menos rígidos, menos engessados. Temos informações demais e dificuldade 
em escolherquais são significativas para nós e conseguir integrá-las dentro da nossa 
mente e da nossa vida. 
 
A aquisição da informação dependerá cada vez menos do professor. As tecnologias 
podem trazer hoje dados, imagens, resumos de forma rápida e atraente. O papel do 
professor - o papel principal - é ajudar o aluno a interpretar esses dados, a relacioná-
los, a contextualizá-los. 
 
Aprender depende também do aluno, de que ele esteja pronto, maduro, para 
incorporar a real significação que essa informação tem para ele, para incorporá-la 
vivencialmente, emocionalmente. Enquanto a informação não fizer parte do contexto 
 
pessoal - intelectual e emocional - não se tornará verdadeiramente significativa, não 
será aprendida verdadeiramente. 
 
Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os 
paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. 
Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no 
essencial. A Internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que 
pode ajudar-nos a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar 
e de aprender. 
 
Disponível 
em http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/T6%20TextoMoran.pdf. Acesso em 
18 dez 2014 (com adaptações). 
 
 
 
 
Disponível em http://www.cartuns.com.br/page1.html. Acesso em 18 dez. 2014. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
 
I. Segundo o texto, no futuro, os professores não serão mais necessários no processo 
de ensino e aprendizagem. 
II. A charge enaltece o fato de que já dispomos, hoje em dia, de profissionais 
autodidatas, que aprenderam suas profissões consultando a internet, o que 
corrobora o texto. 
III. A charge e o texto destacam a internet como forma de aprendizagem e 
consideram ultrapassadas as formas tradicionais de ensino. 
IV. Segundo o texto, é importante que o conteúdo a ser aprendido faça parte da 
realidade do aluno; se não o fizer, não há a necessidade de se ensinar tal conteúdo. 
Resposta Selecionada: a. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
Respostas: a. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
b. 
Apenas as afirmativas II e III estão corretas. 
 
c. 
Apenas as afirmativas I e IV estão corretas. 
 d. 
 
Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
 
e. 
Todas as afirmativas estão corretas. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: A. 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto não 
afirma que professores não serão necessários, mas que alunos terão 
mais acessos a dados e informações e que o papel dos professores será 
auxiliá-los na interpretação. I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A 
charge é irônica e revela o frágil preparo do candidato que tem como 
base de sua instrução o “Google”. III – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. A reportagem destaca a presença de tecnologias em 
novas formas de ensino, mas nem ela nem a charge consideram 
ultrapassados os modelos tradicionais. IV – Afirmativa incorreta. 
JUSTIFICATIVA. O texto afirma que a informação tem de passar a fazer 
parte do contexto do aluno para que a aprendizagem seja mais efetiva. 
 
• Pergunta 8 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
 
Criada por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), a 
tecnologia nomeada "Ecolágua" utiliza raios ultravioleta (UV) para purificar água de 
rios e torná-la potável em poucos segundos. A ideia surgiu após apelo de indígenas, 
que revelaram mortes por ingestão de água contaminada no interior do Amazonas. 
Segundo o desenvolvedor do equipamento, o pesquisador alemão Roland Vetter, a 
iniciativa para elaboração da tecnologia veio em forma de apelo. Índios da etnia Deni 
pediram ajuda para frear a ocorrência de doenças causadas por água contaminada. 
“Nós queríamos instalar para eles um secador solar para madeira e frutas. Eles 
disseram ‘É muito bom, mas não é disso que precisamos’. Eles estavam morrendo por 
ingerir água suja do rio Xeruã”, contou. 
 
Conforme Vetter, 11 índios Deni morreram vítimas de doenças diarreicas causadas 
por bactérias da espécie Escherichia coli somente em 2005. O quadro clínico, 
semelhante ao da cólera, assustou os indígenas. 
 
De acordo com o pesquisador, a desinfecção da água ocorre porque os 
microrganismos, em contato com os raios ultravioleta tipo C, perdem a capacidade 
de se multiplicar. Em termos técnicos, a luz provoca um dano fotoquímico 
instantâneo no material genético dos microrganismos, o que causa o efeito 
desinfetante. 
 
Anteriormente nomeado ‘Água Box’, o equipamento pesa cerca de 15 kg e pode 
"limpar" facilmente água de rios, poços e da chuva. De acordo com Vetter, água de 
 
rios urbanos, como a Bacia do Turamã, em Manaus, ou o Rio Tietê, em São Paulo, 
também pode ser purificada pelo equipamento, que realiza uma filtragem prévia para 
conter alguns resíduos sólidos, como areia e outros sedimentos. 
 
A luz do sol é capturada por painéis solares, que mantêm carregada uma bateria 
dentro do equipamento. Dessa forma, a tecnologia garante o funcionamento de uma 
lâmpada ultravioleta, responsável pela destruição dos microrganismos. Com o 
processo de filtragem adequado - cujo equipamento específico é anexado ao 
Ecolágua -, o pesquisador do Inpa, Ray Cleise, que fez parte da concepção da 
tecnologia, garante que águas turvas podem se tornar límpidas. 
 
A máquina garante a eficiência de desinfecção em 99,99%, conforme testes feitos em 
laboratório. Uma mostra d'água coletada do Rio Solimões constatou a contaminação 
por bactérias Escherichia coli, que estão presentes no intestino humano, além de 
índices de turbidez superiores ao admissível. Após o tratamento com a tecnologia, as 
bactérias foram destruídas e a turvação passou de 27,90 UNT - Unidade 
Nefelométrica de Turbidez - para 1,64 UNT. O produto começou a ser disponibilizado 
no mercado há cerca de dois meses, pela empresa Qluz Ecoenergia. De acordo com o 
empresário responsável pela venda do produto, Roberto Lavor, a expectativa é de 
que a máquina beneficie não só brasileiros, mas também pessoas de todas as regiões 
do mundo. "Nós temos um grande potencial de água doce, que não é mais potável, 
pois está suja e cheia de impurezas. Vivemos na maior bacia hidrográfica do planeta, 
mas que não garante aos ribeirinhos o acesso à água potável. O 'Ecolágua' é um 
instrumento viável que torna a água potável de forma quase instantânea", explicou 
Lavor. 
 
Disponível em http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2014/11/na-amazonia-
tecnologia-usa-raios-uv-e-sol-para-purificar-agua-de-rios.html. Acesso em 12 nov. 
2014 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
 
I. O raio ultravioleta do tipo C é usado para purificar a água de rios por meio de danos 
no material genético dos microrganismos. 
II. O equipamento desenvolvido pelo Inpa é composto por um conjunto de filtros 
para redução da turbidez da água. 
III. O Ecolágua tem painéis solares, que alimentam uma bateria responsável pelo 
funcionamento de uma lâmpada ultravioleta cuja função é danificar o material 
genético dos microrganismos. 
IV. O Ecolágua tem filtros que, alimentados por uma bateria, são capazes de retirar 
todo material particulado da água em tratamento. 
V. Ray Cleise, que fez parte da concepção do desenvolvimento do equipamento, 
garante que águas turvas podem se tornar límpidas apenas pela ação solar. 
Resposta Selecionada: c. 
Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
 
Respostas: a. 
Apenas as afirmativas I e V estão corretas. 
 
b. 
Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. 
 
c. 
Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 
 
d. 
Apenas a afirmativa III está correta. 
 
e. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
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Resposta: C. 
Comentário: O texto afirma que os microrganismos,quando expostos 
aos raios ultravioleta tipo C, perdem a capacidade de se multiplicar. 
Esse tipo de luz provoca danos fotoquímicos instantâneos no material 
genético das bactérias, o que gera efeito desinfetante. O texto 
descreve o Ecolágua como um equipamento composto de painéis 
solares, bateria e uma lâmpada ultravioleta. A aplicação de 
equipamentos de filtragem complementa a ação do Ecolágua. 
 
• Pergunta 9 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto a seguir. 
 
Para especialista da OMS, ebola pode ter matado milhares além do oficial. 
Especialista diz que famílias podem ter enterrado pessoas em segredo. Cálculo é 
baseado em taxa de mortalidade de países mais afetados. 
 
Agência France Presse (AFP) 
 
O número real de vítimas mortais da letal epidemia de ebola provavelmente 
excederá em milhares as 4.818 do último balanço, difundido pela Organização 
Mundial da Saúde (OMS), advertiu um especialista desta organização. "Há 
muitíssimas mortes não registradas nesta epidemia", afirmou à AFP Christopher Dye, 
responsável pela Estratégia da OMS, considerando que as vítimas mortais fora do 
registro oficial podem chegar a 5 mil. 
 
Para chegar a esse número, ele se baseou na taxa de mortalidade da doença nos 
países mais afetados (Guiné, Serra Leoa e Libéria), que é de 70%. A OMS estimou 
 
haver um total de 13.042 casos diagnosticados, o que significa que muitas mortes 
não foram comunicadas. 
 
Segundo Dye, uma explicação para essa diferença é que as pessoas teriam enterrado 
familiares em segredo, para evitar que autoridades interferissem em seus ritos 
funerários, que incluem lavar e tocar o morto. O contato com pessoas portadoras do 
vírus é o responsável por boa parte dos contágios, razão pela qual as autoridades 
sanitárias dos países afetados no oeste da África estão realizando um forte trabalho 
de conscientização para que os corpos das pessoas infectadas sejam incinerados. 
 
Disponível em http://g1.globo.com/bemestar/ebola/noticia/2014/11/para-
especialista-da-oms-ebola-pode-ter-matado-milhares-alem-do-oficial.html. Acesso 
em 07 nov. 2014 (com adaptações). 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas. 
 
I. Se a taxa de mortalidade é de 70% e o número total de casos é de 13.042, estimam-
se mais de 9.000 mortes. 
II. Segundo o texto, os rituais funerários de vários grupos revelam ignorância e atraso 
cultural e isso explica o fato de algumas doenças primitivas só existirem no 
continente africano. 
III. Segundo o texto, as pessoas enterram seus familiares em segredo porque as 
normas para evitar o contágio impediriam seus rituais. 
 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: a. 
I e III, somente. 
Respostas: a. 
I e III, somente. 
 
b. 
I e II, somente. 
 
c. 
III, somente. 
 
d. 
I, somente. 
 
e. 
I, II e III. 
 
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resposta: 
Resposta: A. 
Comentário: I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Calculando-se o 
produto 0,70x13.042, chega-se ao número de 9.129 mortes. II – 
Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O texto não afirma que os povos 
são ignorantes ou atrasados, apenas informa que deve haver mortes 
não declaradas. 
III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Os ritos incluem lavar e tocar 
os mortos, de acordo com o texto. Essas práticas seriam proibidas 
pelos órgãos públicos porque poderiam propagar o vírus. 
 
• Pergunta 10 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a charge e a notícia a seguir. 
 
 
 
Disponível em https://www.facebook.com/BoicoteOConsumismo/photos. 
Acesso em 13 nov. 2014. 
 
Brasil desperdiça 40 mil toneladas de alimentos todos os dias 
 
Embrapa diz que 19 milhões de pessoas poderiam ser alimentadas com alimento 
jogado fora. De acordo com o órgão, o desperdício ocorre, principalmente, durante a 
preparação de refeições. 
 
Mônica Clica/Flickr 
 
São Paulo 
– O desperdício de alimentos no Brasil chega a 40 mil toneladas por dia, segundo 
pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Empraba). Anualmente, a 
quantia acumulada é suficiente para alimentar cerca de 19 milhões de pessoas 
diariamente. De acordo com o estudo, a maior parte dos alimentos é desperdiçada 
durante o preparo das refeições. 
 
O nutricionista Gilcélio Gonçalves de Almeida explica que grande parte dos nutrientes 
dos alimentos está na casca e que se perde muito com o hábito de descascar legumes 
e frutas. “A casca da banana pode ser usada para fazer doce ou farofa e ela continua 
com as propriedades alimentares que ela tem”, argumenta. Além disso, o 
nutricionista aponta que a casca da abóbora ajuda a controlar o açúcar no sangue. 
 
Disponível em http://www.redebrasilatual.com.br. Acesso em 13 nov. 2014 (com 
adaptações). 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas. 
 
 
I. A culpa pelo desperdício de alimentos é, em grande parte, atribuída ao cultivo de 
produtos orgânicos, como mostram os dois textos, pois esse tipo de produção requer 
técnicas que descartam partes das frutas, das verduras e dos legumes. 
II. A crítica da charge baseia-se na oposição entre aqueles que podem escolher o 
consumo de produtos mais caros e os que não têm acesso à alimentação digna. 
III. O foco da charge é a crítica à produção de orgânicos, que, por serem em geral 
mais caros do que os não orgânicos, geram mais desperdícios. 
IV. De acordo com a notícia, estima-se que 19 milhões de pessoas passem fome no 
Brasil. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: e. 
II. 
Respostas: a. 
I e II. 
 
b. 
II e III. 
 
c. 
I e IV. 
 
d. 
II e IV. 
 
e. 
II. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: E. 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Nenhum dos 
textos culpa os produtos orgânicos pelo desperdício de alimentos. II – 
Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O humor é construído pelo 
contraste irônico dos personagens. De um lado, os que podem optar 
por produtos mais refinados, por terem bom poder aquisitivo; de 
outro, o menino pobre, que tem que se alimentar com o que acha no 
lixo. Também a polissemia da palavra “orgânico” contribui para o 
efeito humorístico. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O foco da 
charge é a crítica à desigualdade social existente no mundo. IV – 
Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A notícia afirma que o 
desperdício poderia alimentar 19 milhões de pessoas diariamente, e 
não que esse é o número de brasileiros que passam fome.

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