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INTRODUÇÃO ● não há um limite entre a realidade comum e o mundo privado, o mundo privado é tão real para o louco, que a passagem à ele é muito natural e sutil. ● delírio e sanidade devem ser rigidamente separados? ○ delírio é uma condição da sanidade? ● as atitudes (socialmente) perante a loucura moldam nossa relação com ela. ● teorias e terapias que fornecem instrumentos para compreensão da experiência e causa da loucura. ● a inexistência de tratamentos medicamentosos fez com que os estudos feitos pelos psiquiatras entrasse um novo equilíbrio com o passar do tempo. ○ mecanismos de reparação ● uma teoria psicanalítica da psicose não quer dizer que haja ou que deva haver, psicanálise. ○ é possível deixar os preconceitos contra a psicanálise de lado. ● o trabalho de reabilitação é quase mecânico. ○ O sujeito psicótico tornou-se menos uma pessoa a ser ouvida que um objeto a ser tratado. Não raro, a especificidade e a história de vida do paciente são simplesmente apagadas. ○ indivíduo desaparece para as pesquisas de resultados quantitativas. ● psicose ainda é equiparada às maneiras pelas quais algumas pessoas deixam de se enquadrar nas normas da sociedade. ● quando tentamos fazer a ponte do psicótico até a realidade, na maioria das vezes o mesmo vira as costas, porque tentamos conduzi-lo a nossa própria realidade, apenas para adaptá-lo socialmente, mesmo que posteriormente isso seja maléfico para o indivíduo. ● era do “eu falso” porque descobrimos nossas conclusões de acordo com o que o outro quer ouvir e não com a nossa própria autenticidade. ● a obsessão com resultados e “normalização” fazem as visões alternativas parecerem absurdas e implausíveis. ● psiquiatria humanizada. ● violência contra os sujeitos psicóticos, não mais física, mas pela imposição de mundo. ○ O clínico que tenta enxertar no paciente seu próprio sistema de valores e sua visão da normalidade torna-se igual ao colonizador que procura educar os nativos, sem dúvida para o bem deles. Quer o sistema seja secular e educativo, quer seja religioso, ele continua a demolir a cultura e a história da pessoa a quem pretende ajudar. ● descobrir no que consiste a realidade do psicótico e como isso pode ser útil a ele. ● apesar de muitas pessoas sofrerem muito por transtornos, não existe “doença mental” tendo em vista que não existe saúde mental: a pessoa “saudável também pode ter crenças delirantes ou sintomas que não geram conflitos na sua vida. ● todos nós temos problemas a lidar, doença mental pode ser considerado um esforço para reagir a essas dificuldades e elaborá-las. ● falsa dicotomia entre saúde e doença que obscurece o aspecto criativo e positivo dos fenômenos psicóticos.
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