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Classes de Palavras II: Verbos e suas Funções

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Aula 8: Classe de palavras II
Apresentação
Nesta aula, você vai estabelecer a relação entre os verbos e seus reais usos na língua portuguesa, relacionando-os a outras classes gramaticais no sintagma verbal. Além de observar o problema em relação às interjeições e verificar o uso das classes relacionais: conjunção e preposição.
Objetivos
· Identificar e analisar as classes de palavras (classes gramaticais) que compõem o sintagma verbal;
· Compreender o papel dos verbos no uso da língua;
· Discutir a classificação das interjeições como uma classe de palavras.
O Verbo
Quando observamos a etimologia da palavra ‘verbo’, percebemos o quanto esse elemento é complexo. A palavra verbo origina-se do latim verbum, que significa ‘palavra’.
"[...] os romanos quiseram dizer que o verbo é a palavra por excelência, a mais rica, a de morfologia mais farta. O verbo continua sendo em português a classe de palavras que assume o maior número de formas flexionadas [...] O que é menos evidente é que essa riqueza morfológica tem forte contrapartida semântica: ela faz com que, em qualquer sentença, seja reservada ao verbo a tarefa de prestar uma série de informações [...]”"- (ILARI E BASSO, 2006, p. 112).
Ao estudarmos os verbos, devemos observar que, em uma oração, ele nos transmite muitas informações, que contribuem para a compreensão acerca das intenções do autor de um texto
1- Em relação ao tempo em que algo ocorre (presente, passado, futuro);
2 - Em relação ao mundo real ou da fantasia, quando, por exemplo, uma criança nos conta uma história;
3 - Em relação à atitude do falante que pode afirmar algo, mas pode, também, modalizar seu discurso usando uma oração como “Ele estaria no local do crime.”
Exemplo1
1. Viver em uma grande cidade é muito perigoso.
2. Todos desejam viver.
A função dos modos e tempos verbais – Emprego dos modos verbais:
1 - Modo indicativo - Marca a realidade do fato expresso: há certeza na afirmação. Esse tempo é usado quando consideramos como certo, real ou verdadeiro o conteúdo daquilo que é dito ou está escrito. Exemplo: Caminho pela manhã para emagrecer.
2 - Modo subjuntivo - Marca a incerteza do fato expresso: não se sabe se o fato expresso pelo verbo ocorre, ocorreu ou ocorrerá. Esse modo é usado quando se dá como possível, duvidoso ou hipotético o conteúdo daquilo que está escrito ou é dito. Exemplo: Se eu caminhasse pela manhã, talvez emagrecesse.
3 - Modo imperativo - Marca pedido, ordem, súplica, conselho. Exemplo: Caminhe pela manhã e emagrecerá.
Para lembrar: “Vem pra Caixa você também”. O slogan da propaganda da Caixa Econômica causou certa polêmica. Isso porque a forma verbal ‘vem’ é uma forma da segunda pessoa do singular (tu) do imperativo afirmativo do verbo ‘vir’. Por isso, ela conflita com o pronome de tratamento ‘você’, que pertence à terceira pessoa.
Deixando de lado a discussão sobre ‘pra’ e ‘para a’, de acordo com a prescrição da gramática normativa, a frase deveria assumir uma das duas formas:
Vem pra Caixa tu também. / Venha pra Caixa você também.
Saiba mais
Para saber mais, leia o artigo a respeito da formação do subjuntivo e do imperativo.
Emprego dos tempos verbais
Da mesma forma que os modos do verbo veiculam significados, também, ao utilizarmos um determinado tempo verbal, devemos observar que ele imprime um sentido particular ao nosso texto.
Tempo presente:
a) O tempo presente do indicativo é usado para indicar: um fato atual.
Exemplo: Estamos na praia.
b) algo que acontece habitualmente.
Exemplo: Sempre tomo café após o almoço.  
c) algo que representa uma verdade universal.
Exemplo: O sol nasce todas as manhãs.
d) um fato futuro próximo a acontecer e de realização considerada certa.
Exemplo: Amanhã, viajamos para Paris.
e) o presente histórico, ou seja, aparece na narração de um fato passado, como forma de realçar esse acontecimento. Exemplo: Em 22 de abril de 1500, chega ao Brasil a nau de Cabral.
Pretérito perfeito:
Esse tempo verbal é usado quando estabelecemos limites na duração da fala.
Representa um fato concluído. Chama-se ‘perfeito’ porque, ao usá-lo, acredita-se que a ação tenha sido levada até o fim.
Pretérito imperfeito:
O pretérito imperfeito do indicativo caracteriza-se por expressar uma ação prolongada.
Não sendo possível esclarecer sobre a ocasião em que ela terminou ou teve início. Esse tempo verbal também é conhecido como o ‘tempo das fábulas’: ao dizer “Era uma vez” a pessoa que emite essa fala faz-nos passar do mundo real ao mundo da fantasia.
O uso mais frequente do pretérito imperfeito é para indicar algo habitual no passado. “Eu caminhava na beira da praia quando morava em Copacabana.”
Travaglia (2001, p. 212) comenta que é comum crianças, brincando de casinha, utilizarem o pretérito imperfeito como uma forma de marcar a irrealidade usando sentenças do tipo “Vamos brincar de casinha? Eu era a mãe, você era a filha e ela era a prima que vinha fazer uma visita.”
Exemplo2
Algumas pessoas confundem os usos do pretérito perfeito e do pretérito imperfeito. Vejamos:
a. Saiu de casa para viajar pelo mundo. Alguns anos depois, voltava à casa de sua mãe.
b. Saiu de casa para viajar pelo mundo. Alguns anos depois, voltou à casa de sua mãe.
Embora saibamos que, muitas vezes, os indivíduos utilizam os tempos verbais de forma inadequada, segundo a prescrição, ao utilizar nas frases acima o pretérito imperfeito temos duas situações:
A - O pretérito imperfeito tem-se por parte do falante um indicativo de dúvida quanto à volta do indivíduo à casa da mãe.
B - O uso de pretérito perfeito indicaria que o falante acreditava na volta da pessoa em questão à casa de sua mãe.
Segundo Ilari e Basso (2006, p. 113), se você ouvisse a frase “Ele veio para a festa de carro, mas morreu no caminho”, provavelmente acharia que essa frase soou estranha porque ‘veio’ nos transmite a ideia de uma ação acabada, fato que conflita com o que está exposto na segunda parte da sentença. No entanto, se disséssemos “Ele vinha para a festa, mas morreu no caminho” ou “Ele estava vindo para a festa, mas morreu no caminho”, esse conflito se desfaz. A essa distinção entre os tempos do passado, por exemplo, chamamos de aspecto verbal.
Saiba mais
Para saber mais, leia o artigo sobre aspecto verbal.
Pretérito mais-que-perfeito: Embora seja também um tempo indicativo de passado, seu uso mostra que o processo em questão, ainda que tenha ocorrido no passado, o fez de forma anterior ao que é indicado pelo pretérito perfeito. Além desse significado, segundo Garcia (1997, p. 71), esse tempo também indica desejo ou esperança.
Exemplos:
Atualmente, o uso desse tempo verbal está vinculado a ambientes de uso formal da língua. Em textos escritos com menor formalidade e na fala, é mais comum o emprego da forma composta: ‘eu tinha viajado’ em lugar de ‘viajara’.
Exemplos:
Ele trabalhara mais do que devia.
Quem me dera eu ganhasse na loto!
Futuro do presente: Representa o fato como não concluído e o situa em um tempo posterior ao presente. Esse tempo indicativo de futuro atua, basicamente, para mostrar um fato provável de ocorrer.
Exemplo:
Amanhã, irei à praia.
Embora não seja comum o uso desse tempo verbal com esse significado, o futuro do presente também pode ser usado em lugar do imperativo, para atenuar uma ordem, fazer um pedido, sugerir algo.
Exemplo:
“Honrarás pai e mãe”.
Com frequência, substituímos o futuro do presente pela locução verbal formada pelo verbo ir + verbo no infinitivo, como em “Vou sair cedo amanhã”.
Futuro do pretérito: Representa o fato como não concluído e o situa em um intervalo de tempo no passado. Exprime um fato futuro tomado em relação ao passado, sendo também usado para indicar dúvida em relação a algo. Usar o futuro do pretérito demonstra o grau de comprometimento de quem fala diante do tema tratado.
Exemplo:
Segundo me disseram, ele depositaria quase trinta mil no banco.
Ao usar ‘depositaria’, tem-se uma hipótese, um fato passível de ter ocorrido, mas, ainda assim, apenas uma possibilidade.
Observações gerais
I
O presente do indicativo indica um fato habitual presente,enquanto o pretérito imperfeito indica um fato habitual passado.
Exemplos:
• Eu compro pão todo dia.
• Eu comprava pão todo dia quando morava naquela rua.
II
Em Língua Portuguesa, usa-se o presente do indicativo do verbo estar mais o gerúndio do verbo para indicar que algo ocorre concomitante ao momento da fala.
Exemplo:
• Ele sempre come bem, mas hoje não está comendo nada.
As formas nominais do verbo
Os verbos apresentam três formas nominais: o infinitivo (amar, comer, dormir, pôr, ler), o particípio (amado, comido, dormido, posto, lido) e o gerúndio (amando, comendo, dormindo, partindo, lendo).
É comum a substantivação do infinitivo através da presença de um determinante como em ‘seu falar’, assim como o uso do particípio como adjetivo (‘Ele é malfalado no lugar em que mora). Assim, vale salientar quer o infinitivo pode assumir o valor de um substantivo, bem como o particípio pode assumir o valor de um adjetivo e, por isso, são conhecidos como formas nominais.
Saiba mais
Para saber mais, leia o artigo acerca do uso do infinitivo.
Problemas em relação ao uso do gerúndio em portuguêsa nos textos, falaremos um pouco mais sobre ele. Vejamos o trecho da letra da música a seguir:
Procissão
(Gilberto Gil)
Olha lá vai passando a procissão
Se arrastando que nem cobra pelo chão
As pessoas que nela vão passando
Acreditam nas coisas lá do céu
As mulheres cantando tiram versos
Os homens escutando tiram o chapéu
Eles vivem penando aqui na terra
Esperando o que Jesus prometeu [...]
Analise o uso do gerúndio usado em Procissão.
O problema em relação ao gerúndio reside no uso de sua forma composta: frequentemente o verbo ir conjugado + o verbo estar no infinitivo + o gerúndio. Dizer Vou estar dormindo na hora da novela está correto sob o ponto de vista da gramática normativa, já que o verbo indica uma ação que ocorre no momento de outra. Pode-se também usar essa estrutura quando dizemos Amanhã, vou estar trabalhando o dia todo, na qual essa estrutura indica um processo duradouro e contínuo.
Leitura
Leia o artigo acerca do uso dos particípios.
Verbos e esvaziamento semântico: a questão do vocabulário
1 - Todo ser humano normal aprende a falar a língua do grupo social ao qual pertence.  É preciso, no entanto que essa fala seja refinada pela escola; não devemos alimentar a ideia de que a fala é um ‘vale-tudo’. A escola faz com que nos preocupemos muito mais com nossa escrita do que com nossa fala. Sabemos que aprender a modalidade escrita da língua depende, em um primeiro momento,  de uma instrução adequada. Aprimorá-la passa por processos como o de organização sintática, de planejamento e de seleção vocabular. Se falarmos em um ambiente de maior formalidade, faz-se necessário o monitoramento e isso também ocorre na escolha de palavras que consideramos mais adequadas ao ambiente. Discutiremos a seguir a questão da escolha de verbos para compor um texto.
2 - Alguns verbos também se comportam assim. Analisemos os vários significados do verbo pôr nas sentenças a seguir: 
a) O funcionário pôs o aviso na parede. (= pendurou, colou)
b) O diretor pôs o dinheiro no banco. (= depositou)
c) Os pais sempre põem a culpa nos filhos. (= culpam os filhos)
d) O médico pôs a luva para a cirurgia. (= vestiu)
e) A bibliotecária pôs os livros na estante. (= guardou)
3 - Há outros casos como os dos verbos ver, ter, fazer, dentre outros, cujos empregos são mais amplos que outros mais específicos. Por exemplo:
O verbo ver pode ser substituído por observar, contemplar, distinguir, espiar, fitar etc.
O verbo dizer utilizado frequentemente em lugar de afirmar, revelar, declarar, anunciar, publicar.
O verbo fazer substituindo os verbos realizar, promover, determinar, estabelecer, fixar, aprovar, provocar, integrar, inaugurar etc.
Formas e Classificações de Neologismo
Os neologismos podem ser apresentados sob algumas formas e classificações, a fim de que se compreendam as suas implicações para o dinamismo da língua.
Advérbios: A classe dos advérbios funciona como modificadora do processo verbal. Vajamos o que diz o prof. Renato Aquino em seu livro de Português para concurso (2010).
Conjunção: Consiste em uma classe de palavras invariáveis que unem termos de uma oração ou orações.
As conjunções podem relacionar termos de mesmo valor sintático ou orações sintaticamente equivalentes - as chamadas orações coordenadas - ou  podem relacionar uma oração com outra que nela desempenha função sintática - respectivamente, uma oração principal e uma oração subordinada, como você já deve ter observado nas aulas de sintaxe. Vejamos alguns exemplos:
Nossa questão social é urgente (e) necessária.
A situação social do país é urgente, (mas) ainda existem aqueles que só buscam seus próprios interesses.
Não se pode deixar de notar (que) a situação social do país é urgente. 
Veja uma lista com conjunções e alguns exercícios com gabarito.
Artigo sobre conjunções, classificação das conjunções com questões de vestibular para um melhor aprendizado.
Conjunção
Conjunção é a palavra invariável que estabelece relação entre duas orações ou entre dois termos que exercem a mesma função sintática.
A lua volta você para as coisas práticas, mas evite desatenções.
             1ª oração                                            ^          2ª oração
(A conjunção mas está ligando duas orações).
Locução conjuntiva
Acontece quando duas ou mais palavras exercem a função de conjunção. Alguns exemplos são: desde que, assim que, uma vez que, antes que, logo que, ainda que.
Vejamos um exemplo:
Ele irá te ajudar, desde que você faça a sua parte.
Temos duas orações: “Ele irá te ajudar” e “você faça a sua parte”, ligadas pela locução conjuntiva desde que.
Classificação das conjunções
Conjunções coordenativas 
Ligam orações independentes ou termos que exerçam a mesma função sintática.
A lua volta você para as coisas práticas, mas evite desatenções.
             1ª oração                                             2ª oração
(A conjunção mas está ligando duas orações que não dependem sintaticamente uma da outra, isto é, a 2ª oração não exerce nenhuma função com relação à primeira e vice-versa.)
As conjunções coordenativas são classificadas de acordo com o sentido que possuem no contexto. As principais são:
Aditivas (relação de soma, adição): e, em, (não só) mas também.
exemplos:
 Ela foi ao cinema e ao teatro.
Eu reuni a família e preparei uma surpresa.
Ele não só emprestou o joguinho como também me ensinou a jogar.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só…mas também, não só…como também.
Adversativas (relação de oposição): mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto...
exemplos:
Os dias passam e as prestações chegam, mas a vida continua.
Não ganhei o prêmio, no entanto dei o melhor de mim.
Alternativas (relação de alternância): ou...ou, ora...ora, quer...quer.
exemplos:
Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
 Meu cachorro ora late ora dorme.
Conclusivas
Indicam relação de conclusão: logo, pois, portanto, por conseguinte, pois (pospostos ao verbo) ...
exemplos:
Estudei muito por isso mereço passar.
Você me ajudou muito; terá, pois sempre a minha gratidão.
Explicativas
Indicam relação de justificativa: pois (anteposto ao verbo), porque, que...
exemplos:
 É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.
Não demore, que o seu programa favorito vai começar.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
As conjunções subordinativas possuem a função de estabelecer uma relação entre duas orações, relação esta que se caracteriza pela dependência do sentido de uma oração com relação a outra. Uma das orações completa ou determina o sentido da outra. As conjunções subordinativas são classificadas em: causais, concessivas, condicionais, comparativas, conformativas, consecutivas, proporcionais, finais e integrantes.
Conjunções Subordinativas Causais
Conjunções subordinativas causais são as conjunções que subordinam uma oração a outra, iniciando uma oração que exprime causa de outra oração, a qual se subordina. As conjunçõessubordinativas causais são: porque, pois, que, uma vez que, já que, como, desde que, visto que, por isso que, etc.
Exemplo: Os balões sobem porque são mais leves que o ar.
Conjunções Subordinativas Comparativas
Conjunções subordinativas comparativas são as conjunções que, iniciando uma oração, subordinam-na a outra por meio da comparação ou confronto de ideias de uma oração com relação a outra. As conjunções subordinativas comparativas são: que, do que (quando iniciadas ou antecedidas por noções comparativas como menos, mais, maior, menor, melhor,pior), qual (quando iniciada ou antecedida por tal), como (também apresentada nas formas assim como, bem como).
Exemplos: Aquilo é pior que isso; Tudo passou como as nuvens do céu; Existem deveres mais urgentes que outros. 
Conjunções Subordinativas Concessivas
Conjunções subordinativas concessivas são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada, se referem a uma ocorrência oposta à ocorrência da oração principal, não implicando essa oposição em impedimento de uma das ocorrências (expressão das oposições coexistentes). As conjunções subordinativas concessivas são: embora, mesmo que, ainda que, posto que, por mais que, apesar de, mesmo quando, etc.
Exemplos: Acompanhou a multidão, embora o tenha feito contra sua vontade; A harmonia do ambiente daquela sala, de súbito, rompeu-se, ainda que havia silêncio.
Conjunções Subordinativas Condicionais
Conjunções subordinativas condicionais são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada a outra, exprimem uma condição sem a qual o fato da oração principal se realiza (ou exprimem hipótese com a qual o fato principal não se realiza). As conjunções subordinativas condicionais são: se, caso, contanto que, a não ser que, desde que, salvo se, etc.
Exemplos: Se você não vier, a reunião não se realizará; Caso ocorra um imprevisto, a viagem será cancelada; Chegaremos a tempo, contanto que nos apressemos.
Conjunções Subordinativas Conformativas
Conjunções subordinativas conformativas são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada a outra, expressam sua conformidade em relação ao fato da oração principal. As conjunções subordinativas conformativas são: conforme, segundo, consoante, como(utilizada no mesmo sentido da conjunção conforme).
Exemplos: O debate se desenrolou conforme foi planejado; Segundo o que disseram, não haverá aulas.
Conjunções Subordinativas Finais
Conjunções subordinativas finais são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada a outra, expressam a finalidade dos atos contidos na oração principal. As conjunções subordinativas finais são: a fim de que, para que, porque (com mesmo sentido da conjunção para que), que.
Exemplos: Tudo foi planejado para que não houvesse falhas; Cheguei cedo a fim deadiantar o serviço; Fez sinal que todos se aproximassem em silêncio. 
Conjunções Subordinativas Integrantes  
Conjunções subordinativas integrantes são as conjunções que, iniciando orações subordinadas, introduzem essas orações como termos da oração principal (sujeitos, objetos diretos ou indiretos, complementos nominais, predicativos ou apostos). As conjunções integrantes são que e se (empregado esta última em caso de dúvida).
Exemplos: Joana disse que não havia o que fazer (a oração subordinada funciona, neste caso, como objeto direto da oração principal); A criança perguntou ao pai se podia sair para a rua (a oração subordinada funciona, neste caso, como objeto direto da oração principal). 
Conjunções Subordinativas Proporcionais 
Conjunções subordinativas proporcionais são as conjunções que expressam a simultaneidade e a proporcionalidade da evolução dos fatos contidos na oração subordinada com relação aos fatos da oração principal. As conjunções subordinativas proporcionais são:à proporção que, à medida que, quanto mais... (tanto) mais, quanto mais... (tanto) menos,quanto menos... (tanto) menos, quanto menos... (tanto) mais etc.
Exemplos: Seu espírito se elevava à medida que compunha o poema; Quanto mais correres,mais cansado ficarás; Quanto menos essas crianças nos incomodam, tanto mais realizamos nossas tarefas.
Conjunções Subordinativas Temporais
Conjunções subordinativas temporais são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada, tornam essa oração um índice da circunstância do tempo em que o fato da oração principal ocorre. As conjunções subordinativas temporais são: quando, enquanto,logo que, agora que, tão logo, apenas (com mesmo sentido da conjunção tão logo), toda vez que, mal (equivalente a tão logo), sempre que, etc.
Exemplos: Quando chegar do trabalho, me avise; Enquanto todos estavam fora, não limpou a casa.
conjunções questões vestibular
1) (UEL-PR) Não gostava muito de novelas policiais; admirava, porém, a técnica de
seus autores.
a) visto como      b) enquanto       c) conquanto       d) porquanto      e) à medida que
2)  (PUC-SP) Assinale a alternativa que possa substituir, pela ordem, as partículas de transição dos períodos abaixo, sem alterar o significado delas.
"Em (primeiro lugar), observemos o avô. (Igualmente), lancemos um olhar para a avó.
(Também) o pai deve ser observado. Todos são altos e morenos.
(Conseqüentemente), a filha também será morena e alta."
a) primeiramente, ademais, além disso, em suma
b) acima de tudo, também, analogamente, finalmente
c) primordialmente, similarmente, segundo, portanto
d) antes de mais nada, da mesma forma, por outro lado, por conseguinte
e) sem dúvida, intencionalmente, pelo contrário, com efeito
3) (CESGRANRIO-RJ) Assinale o período em que ocorre a mesma relação significativa indicada pelos termos destacados em "A atividade científica é tão natural (quanto qualquer outra atividade econômica)".
a) Ele era tão aplicado, que em pouco tempo foi promovido.
b) Quanto mais estuda, menos aprende.
c) Tenho tudo quanto quero.
d) Sabia a lição tão bem como eu.
e) Todos estavam exaustos, tanto que se recolheram logo.
4)  (FUVEST-SP) "Podem acusar-me: estou com a consciência tranqüila." Os dois pontos (:) do período acima poderiam ser substituidos por vírgula, explicitando-se o nexo entre as duas orações pela conjunção:
a) portanto.        b) e.       c) como.        d) pois.         e) embora.
5) (PUC-SP) No período: "Da própria garganta saiu um grito de admiração, que Cirino acompanhou, (embora) com menos entusiasmo", a palavra destacada expressa uma idéia de:
a) explicação.        b) concessão.     c) comparação.       d) modo.          e) consequência.
6) (UNIMEP-SP) "Apenas se viu cruzando a linha de chegada, começou a gritar de alegria."
Comece com: Começou a gritar de alegria,
a) conquanto.      b) à medida que       c) tanto que        d) já que               e) contudo
7) (VUNESP/2017 – PM/SP) Na frase – Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. O termo destacado estabelece relação de:
a) intensidade.
b) causa.
c) negação.
d) tempo.
e) dúvida.
8) (FUVEST-SP) "Que não pedes um diálogo de amor, é claro, (desde que impões) a
cláusula da meia-idade."
O segmento destacado poderia ser substituído, sem alteração do sentido da frase, por:
a) desde que imponhas.
b) se bem que impões.
c) contanto que imponhas.
d) conquanto imponhas.
e) porquanto impões.
9) No período "Os banqueiros já puderam comemorar o investimento, pois o índice de risco e de instabilidade do Brasil caiu", a conjunção pois estabelece uma relação de:
a) explicação            b) oposição        c) condição           d) causa               e) comparação
10) A análise de uma conjunção está intrinsecamente ligada ao contexto no qual é empregada, visto que um mesmo conectivo pode apresentar distintas classificações, em se tratando de um dado enunciado linguístico. Com base nas informações prestadas e, sobretudo, em seus conhecimentos, analise os casos em evidência, com vistas a apontar o tipo de relação estabelecida.
a) Como não tinha se preparado para o exame avaliativo, seu desempenho não foi satisfatório.
b) Realizamos o trabalho como nos foi determinado.
c) Era linda como uma flor, e meiga como um anjo.d) Não procurava interagir com ninguém, como resultado, foi excluída do grupo.
11) Identifique e classifique as conjunções coordenativas dos períodos a seguir:
a) Ora xingava a mãe do juiz, ora reclamava dos jogadores.
b) O pai procurou o filho e humildemente pediu-lhe desculpas.
c) Não corra, que é perigoso.
d) O professor não só veio como vai dar prova.
e) Ele foi eleito, porém suas loucuras não tinham o apoio da população.
12) :Identifique o POIS como conjunção coordenativa explicativa ou conjunção coordenativa conclusiva:
a) Deitei-me cedo, POIS estava muito cansado.
b) O político não agiu com lealdade; perdeu, POIS, na disputa pela reeleição.
c) O aluno não estudou o suficiente; ficou, POIS, reprovado.
d) As mulheres entendem de economia, POIS são elas as responsáveis pela organização do orçamento familiar.
13) No período: "Paulo gritou tanto, que ficou rouco", a conjunção "que" estabelece, entre a oração principal e a oração adverbial, uma relação de:
a) comparação
b) causa
c) conseqüência
d) concessão
e) conformidade
14) Quanto mais vemos o que há de bom em nós, mais vemos o que há de bom nos demais”.
Existe no período composto acima, uma clara relação de:
a) conformidade
b) causalidade
c) proporcionalidade
d) comparação
e) tempo
15)  (AFR-Vunesp) A alternativa que substitui, correta e respectivamente, as conjunções ou locuções grifadas nos períodos abaixo é:
I.       Visto que pretende deixar-nos, preparamos uma festa de despedia.
II.    Terá sucesso, contanto que tenha amigos influentes.
III. Casaram-se e viveram felizes, tudo como estava escrito nas estrelas.
IV. Foi transferido, portanto não nos veremos com muita frequência.
a)      porque, mesmo que, segundo, ainda que
b)      como, desde que, conforme, logo
c)      quando, caso, segundo, tão logo
d)     salvo se, a menos que, conforme, pois
e)      pois, mesmo que, segundo, entretanto
16)  (Mackenzie- SP) Assinale “como” assume a mesma função que exerce em como fosso trazido à sua presença um pirata.
a)      Como você conseguiu chegar até aqui?
b)      Como todos podem ver, a situação não é das melhores.
c)      Não só leu os livros indicados, como também outros de interesse pessoal.
d)     Como não telefonou, resolvi procurá-lo pessoalmente.
e)      O arquiteto projetou o jardim exatamente como lhe pediram.
17) (CESGRANRIO – 2011 – FINEP – Técnico – Suporte Técnico) Considere a sentença abaixo.
Marisa saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas orações do período estão unidas pela palavra “e”, que, além de indicar adição, introduz a ideia de:
a) oposição
b) condição
c) união
d) comparação
e) consequência
18) (FCC/2017 – TRE/SP) Mesmo que oculta, a influência de Aristóteles e de Platão está presente na forma como o pensamento governa os hábitos intelectuais da civilização atual.
A conjunção da frase acima apresenta sentido:
a) consecutivo.
b) causal.
c) concessivo.
d) temporal.
e) condicional.
Gabarito:
1) C    
2) D   
3) D    
4) D    
5) B    
6) C   
7) D    
8) E    
9) A   
10) a) relação de causa  b) conformidade
c) comparação    d) consequência   
11) a) Ora ... ora: alternativas      b) e: aditiva      c) que: explicativa
d) como: aditiva     e) porém: adversativa      
12) a) explicativa       b) conclusiva      c) conclusiva nd) explicativa    
13) C   
14) C    
15) B    
16) D
17)  Alternativa “e”. Além de indicar ideia de adição, a conjunção “e” também apresenta a ideia de consequência, já que: Marisa saiu de casa atrasada, por isso perdeu o ônibus.
18) C
Preposição: É a palavra invariável que atua como conectivo entre palavras ou orações, estabelecendo sempre uma relação de subordinação.
Isso quer dizer que entre os termos ou orações ligados por uma preposição haverá uma relação de dependência, em que um dos termos, ou uma das orações, assume o papel de subordinante e o outro, de subordinado:  
Assisto (subordinado) ao jogo do Flamengo sempre. (subordinante).
Em alguns casos (particularmente nas locuções adverbais), as preposições não apenas  conectam termos da oração, mas também indicam noções fundamentais à  compreensão da frase. Observe:
Saí (com) pressa.
Saí (sem) pressa.
Pus (sob) a mesa.
Pus (sobre) a mesa.
Estou (com) vocês.
Estou (contra) vocês.
Leitura
Veja o que os professora Pasquale e Infante dizem sobre as interjeições.
Para tanto, vejamos o que nos dizem os professores Pasquale e Infante (2006:333):
CONCEITO: Interjeições são palavras invariáveis que exprimem emoções, sensações, estados de espírito, ou que procuram agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar determinados comportamentos sem que se faça uso de estruturas lingüísticas mais elaboradas. Observe:
Ah!- pode exprimir prazer, deslumbramento, decepção;
Psiu! - pode indicar que se está querendo atrair a atenção do interlocutor ou que se quer que ele faça silêncio.
Em alguns casos, há um conjunto de palavras que atua como uma interjeição: são as locuções interjetivas, como Valha-me Deus! ou Macacos me mordam!
OUTRAS INTERJEIÇÕES E LOCUÇÕES INTERJEITIVAS
Interjeições e locuções
oh!, ah!, oba!, viva! - expressam alegria.
ai! ui! - expressam dor
oh!, ah!, ih!, opa!, caramba!, upa!, céus!, puxa!, xi!, gente!, hem?!, meu Deus!, uaí! olá!, alô!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó! - expressam chamamento
uh!, credo!, cruzes!, Jesus!, ai! - expressam medo
tomara!, oxalá!, queira Deus!, quem me dera! - expressam desejo
psiu!, quieto!, bico fechado! - expressam pedido de silêncio
eia!, avante!, upa!, firme!, toca! - expressam estímulo
xô!, fora!, rua!, toca!, passa!, arreda! - expressam afugentamento
ufa!, uf!, safa! - expressam alívio
ufa! - expressam cansaço
Poderíamos estender indefinidamente essa lista. Mais importante, no entanto, é você perceber que são consideradas interjeições algumas estruturas lingüísticas bastante diferenciadas entre si. Ah! e ui!, por exemplo, são sons que servem exclusivamente para a expressão de estados emotivos; já quieto! e viva! são formadas por palavras de outras classes gramaticais que, em determinados contextos, permitem a expressão de emoções súbitas. Em alguns casos, temos verdadeiros pedaços de frases, como acontece com quem me dera! As interjeições são, na realidade, verdadeiras frases. Pode-se perceber isso facilmente quando se atenta para seu funcionamento na linguagem. Além de serem capazes de transmitir conteúdos significativos que correspondem a frases, as interjeições têm sua significação profundamente vinculada ao momento efetivo de sua utilização: basta perceber como um ah! pode exprimir desde desapontamento até o mais profundo prazer, de acordo com a situação em que é proferido (a qual determinará a entonação de voz com que será produzido). Outra evidência de que as interjeições pertencem ao campo das palavras em utilização efetiva e não ao das palavras tomadas isoladamente é sua forma de apresentação: elas são sempre seguidas de um ponto de exclamação (às vezes combinado com outros sinais de pontuação). Ora, o uso de sinais de pontuação faz sentido quando se lida com elementos lingüísticos que integram a comunicação efetiva - que se verifica na organização de frases e textos. Seria mais coerente, portanto, não considerar as interjeições uma classe de palavras à parte, mas sim mais um dos possíveis tipos de frases de que a língua portuguesa dispõe.

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