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Histologia_COVID19 2

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA
VITOR COSTA ROZAN FORTUNATO
19293455
ATIVIDADE REMOTA DA DISCIPLINA DE HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA B:
FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO PELA COVID-19.
PUC – CAMPINAS
2020
VITOR COSTA ROZAN FORTUNATO
19293455
ATIVIDADE REMOTA DA DISCIPLINA DE HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA B:
FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO PELA COVID-19.
Atividade de Histologia e Embriologia B, solicitada pela Professora Christiane Aparecida Badin Tarsitano, no curso de graduação em Medicina do Centro De Ciências Da Vida da Pontifícia Universidade Católica De Campinas.
PUC – CAMPINAS
2020
SUMÁRIO
1.	Introdução	4
2.	Desenvolvimento	4
Vias aéreas superiores	4
Cavidades nasais	5
Mucosa olfatória	5
Faringe	6
Laringe	6
Via respiratória inferior	7
Traqueia	7
Brônquios	7
Bronquíolos	8
Saco alveolar e alvéolos	8
Conclusão	10
Introdução
A Covid-19 é uma doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2. Ela apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios. Os sinais e sintomas mais comuns manifestados pelo organismo em reposta à doença são: tosse, febre, coriza, dor de garganta, dificuldade de respirar. No entanto, a doença pode evoluir e acometer outros órgãos ou mesmo causar uma pneumonia e síndrome respiratória aguda grave. Nesse presente trabalho, serão relacionados os principais sinais e sintomas da doença no sistema respiratório com a histologia dos tecidos prejudicados. 
Desenvolvimento
Vias aéreas superiores
O sistema respiratório é formado pelas vias superiores e vias inferiores. O vírus entra no indivíduo pelas fossas nasais, que junto com a faringe e a laringe configura a via aérea superior. No interior das cavidades nasais existem dobras chamadas conchas nasais, que têm a função de fazer o ar circula e no teto das existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Ao lado das cavidades nasais existem os seios paranasais, que são espécies de túneis pequenos que se comunicam com as cavidades nasais. Geralmente, esses seios paranasais estão preenchidos de ar, mas quando as vias respiratórias estão acometidas por uma infecção da mucosa, como é visto em um dos sintomas da fisiopatologia da Covid-19, esses seios podem estar repletos de muco e pus podendo ficar obstruído causando dor de cabeça a sensação de “cabeça cheia” (bastante comum no resfriado e também na Covid-19).
Cavidades nasais
As cavidades nasais são revestidas por uma mucosa, que histologicamente é constituída de um epitélio e uma delgada lâmina própria apoiada sobre o pericôndrio de peças de cartilagem hialina ou sobre o periósteo de osso. Na região do vestíbulo nasal o epitélio é estratificado pavimentoso não queratinizado e dará prolongamento ao epitélio da face que, esse por sua vez, será queratinizado. No entanto, a maior parte das cavidades nasais são formadas pelo epitélio respiratório pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes. O tecido da mucosa nasal é constituído de células colunares ciliadas, células glandulares produtoras de muco e outras secreções (células caliciformes); células nervosas em escova; células basais, que são células tronco; células de suporte; células do sistema vascular; células do sistema imunológico. Todo esse tecido está acima de uma lâmina basal própria que fica acima de tecido conjuntivo.
As células caliciformes produzem o muco e juntos com as células ciliadas servem como filtro para agentes patogênicos como o coronavírus e para conduzir o ar para as vias mais inferiores. O primeiro sintoma da Covid-19 é justamente o “estado gripal”, representado por coriza, nariz congestionado e espirro. Esses sintomas são causados pelo contato do vírus com essa mucosa e sua subsequente inflamação que levará as células a produção exagerada de muco, deixando o nariz congestionado e com coriza. Também existe a liberação de histamina pelos mastócitos que estimulará as vias nervosas que deflagará o espirro. 
Mucosa olfatória
Como exposto previamente, a região póstero-superior das fossas nasais (teto da cavidade nasal, cornetos superiores e porção superior do septo nasal) é constituída pela mucosa olfatória tendo área de cerca de 2,5 cm2. O epitélio é pseudoestratificado colunar, constituído pelas células olfatórias, células de sustentação, células em escova e células basais. As células olfatórias são neurônios bipolares, com o dendrito voltado para a superfície e o axônio penetrando o tecido conjuntivo e dirigindo-se para o sistema nervoso central. Os axônios das células olfatórias formam o nervo olfatório (nervo craniano I). As células de sustentação são colunares e com microvilos. Além do suporte físico, secretam proteínas de ligação aos odorantes. As células em escova são também colunares e com microvilos, mas a superfície basal está em contato sináptico com fibras nervosas do nervo trigêmeo. As células basais são pequenas e arredondadas. São células tronco e originam as células olfatórias e as células de sustentação. A secreção serosa das glândulas olfatórias (ou de Bowman) dissolve as substâncias odoríferas para permitir sua percepção pelas células olfatórias; contém IgA, lactoferrina, lisozima e proteínas de ligação a odorantes, e, pelo fluxo contínuo, remove os compostos que estimularam o olfato, mantendo os receptores aptos para novos estímulos. O corona vírus, assim como no restante da mucosa respiratória, poderá se acoplar na mucosa olfatória provocando a inflamação e prejudicando as funções olfativas, levando o paciente ao sintoma de perda de olfação e paladar.
Faringe
Outro acesso do vírus pelas vias aéreas superiores é a garganta. Anatomicamente, ela corresponde a faringe, mais precisamente a orofaringe e laringofaringe. A faringe é a interseção do nariz com a boca, onde ficam localizadas as tonsilas palatinas (amígdalas), próximas à cavidade oral; a tonsila faríngea (adenoide), na parte superior (nasofaringe-nariz) e a tonsila lingual, na parte posterior da língua. Ela é rica em vasos e nervos, sendo formada principalmente de tecido muscular do tipo esquelético revestida por uma mucosa. A nasofaringe é composta por epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes. As células do tecido linfoide identificam antígenos inalados, como o vírus da Covid-19, e desencadeiam a resposta imunológica. A orofaringe é revestida por epitélio estratificado pavimentoso e apresenta lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo com glândulas mistas. Esses tecidos celulares quando em contato com o vírus, deflagra uma infecção podendo causar inflamação e irritação, que condiciona sintomas comumente relatado nos casos de Covid-19: dor de garganta e tosse seca, ou seja, sem produção de catarro.
Laringe
Prosseguindo o caminho da via respiratória superior, o vírus pode infectar a laringofaringe, última porção da faringe, já em contato com a laringe, e a própria laringe, que é constituída de de epitélio respiratório,  tecido conjuntivo, cartilagem hialina – tireoide, cricoide e maior parte da aritenoides – e elástica, ligamentos e músculos esquelético. Ainda na laringe, existem a epiglote, que é um prolongamento que se estende na direção da faringe, responsável por abri-la e fechá-la; e as pregas vocais, que são de tecido epitelial pavimentoso estratificado não queratinizado. Ademais, a laringe possui lâmina própria rica em fibras elásticas e com pequenas glândulas mistas. Sem submucosa bem definida. Outro sintoma que o covid-19 pode causar, que é semelhante ao da gripe, é laringite com possível rouquidão.
Via respiratória inferior
Na maioria das vezes, a Covid-19 assume suas formas mais leve, responsável por esses sintomas mais brandos que são muito parecidos com a de uma gripe ou resfriado normal. No entanto, o vírus pode continuar a entrar para as vias respiratórias inferiores atingindo traqueia, os pulmões, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos pulmonares. Há sérias complicações de saúde quandoo vírus deixa os brônquios e ataca os pulmões, causando pneumonia, insuficiência pulmonar e síndrome respiratória aguda grave respiratória. O combate do sistema imunológico é tão forte que causa febre. essa guerra de anticorpos versus vírus também coloca o infectado em uma zona perigosa. A febre, porém, pode acontecer devido à infecção pelo coronavírus de qualquer porção das vias respiratórias estudadas até aqui.
Traqueia
Em regra, o coronavírus não causa traqueíte, que é a inflamação rara da traqueia normalmente causada por bactérias. A traqueia corresponde a um tubo com aproximadamente 10 cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro. Ela é revestida por epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes com tecido conjuntivo subjacente ricamente vascularizado. Tem glândulas mucosas e seromucosas, e a secreção das células caliciformes e das glândulas forma um tubo mucoso, que é deslocado em direção à faringe pelo batimento ciliar, retirando as partículas inspiradas. Os cílios não alcançam a camada de muco, porque interposto entre eles há o fluido seroso. A traqueia apresenta 16 a 20 peças de cartilagem hialina com as extremidades unidas por músculo liso. A traqueia é envolvida pela adventícia de tecido conjuntivo frouxo, rico em células adiposas.
Brônquios
A tosse seca é um dos sintomas da Covid19, quando ela se apresenta de forma persistente ela está envolvida com danos aos alvéolos pulmonares. No entanto, em alguns casos, o paciente apresentar tosse com um pouco de secreção que é característica de doenças infecciosas agudas e crônicas das vias respiratórias inferiores: como brônquios e bronquíolos. São divididos em extrapulmonares e intrapulmonares. Os extrapulmonares possuem mucosa idêntica à da traqueia. Enquanto os intrapulmonares possuem epitélio cilíndrico simples ciliado. Lâmina própria de tecido conjuntivo com fibras elásticas. Apresenta uma camada muscular lisa em espiral, pedaços de cartilagem e glândulas. Os brônquios antes de entrarem nos pulmões são chamados de brônquios principais, depois de brônquios lobares e por fim brônquios segmentares. Os brônquios segmentares se ramificam em bronquíolos, que inicialmente são chamados de bronquíolos primários e vão originar os bronquíolos respiratórios. 
Bronquíolos
Os bronquíolos possuem epitélio simples colunar ou cúbico ciliado e com células caliciformes ocasionais. Não há glândulas, nem cartilagem, mas o músculo liso é espesso. Distalmente há uma simplificação das estruturas constituintes, uma diminuição da altura do epitélio e uma redução no tamanho da luz. Os bronquíolos terminais são de epitélio simples cúbico ciliado, com células de Clara, produzem secreção que reduz a tensão superficial dos bronquíolos, evitando o seu colabamento. Eles apresentam ainda uma delgada camada de tecido conjuntivo com fibras elásticas e uma a duas camadas de células musculares lisas. Nos bronquíolos respiratórios, o epitélio é simples cúbico ciliado, com células de Clara, interrompido por células pavimentosas, dos alvéolos e permitem as trocas gasosas. O epitélio é circundado por tecido conjuntivo e músculo liso. A infecção desses tecidos produz bastante muco, e a tentativa do organismo de eliminar esse muco que esta aumentado nos brônquios e bronquíolos, assim como a tentativa de expelir o agente que está produzindo a infecção e irritação dos tecidos produz a tosse com secreção, que não é predominante na Covid19, no entanto existem casos descritos de paciente que apresentaram tosse com pouca secreção.
Saco alveolar e alvéolos
Por fim, numa minoria de pessoas infectadas por coronavírus, o agente patológico atinge os alvéolos pulmonares, mais especificamente os pneumócitos do tipo II, nesse momento que a doença atinge a sua maior gravidade, pois pode causar pneumonia e síndrome da angústia respiratória. Os bronquíolos terminais apresentam expansões saculiformes, elas podem ser os sacos alveolares ou alvéolo único. Os alvéolos são expansões em forma de saco revestidas por epitélio plano simples, abaixo há conjuntivo (rico em fibras elásticas) e capilar com hemácias. Esse epitélio simples é constituído de pneumócitos tipo I que formam a barreira hematoaérea (citoplasma, células endoteliais e lâmina basal), ademais, estão em contato íntimo com os capilares sanguíneos; e pneumócitos tipo II produtores que surfactante; além de macrófagos. Entre os alvéolos pode haver alguns coxins formados por conjuntivo (rico em fibras elásticas) e músculo liso, revestido por epitélio simples cúbico. 
Como dito anteriormente, o coronavírus ataca os pneumócitos do Tipo II para utilizar da célula para se reproduzir. Ele consegue atacar o pneumocito tipo II, pois na membrana desta célula existe uma proteína ECA2 que o vírus consegue se acoplar e injetar seu RNA dentro da célula e forçar seus ribossomos a produzir milhares de cópias de material genético e capsídeo viral que será liberado após a lise da célula infectada. Quando acontece o rompimento da membrana do pneumócito tipo II, o conteúdo intracelular que inclui os mediadores inflamatórios, recrutam macrófagos e iniciam a resposta imune. Como a quantidade de reprodução viral é muito grande, o sistema imune provoca uma resposta exacerbada, e faz com que as células de defesa do organismo liberem mais fatores quimiotáticos que atraem eosinófilos e leucotrienos que podem causar bronco constrição. 
Dessa forma, com uma infecção dentro dos alvéolos o paciente pode desenvolver pneumonia. A inflamação das células alveolares também degenera a membrana plasmática das células que reduzira a efetividade das trocas de gases respiratórios nos alvéolos, provocando diminuição de oxigênio para o corpo. Além do mais com a destruição dos pnumócitos do tipo II e consequentemente a produção de substância surfactante, vai aumentar a tensão superficial dos alvéolos levando a sua deformação, o que provoca menor complacência pulmonar, isto é, maior resistência do pulmão se estirar e se encher de ar, devido à alta tensão superficial dos alvéolos. Todos esses fatores juntos, causa a síndrome respiratória descrita em alguns casos de Covid-19, com sintomas de falta de ar e até sentimento de sufocamento. 
Conclusão
Diante do trabalho, podemos ver que a Covid-19 é uma doença que acomete principalmente a via respiratória superior e muito de seus sintomas são semelhantes a uma gripe ou resfriado. No entanto, em alguns causos a doença toma uma forma mais graves podendo acometer a via respiratória inferior e provocar sintomas que podem levar ao óbito. Ainda por cima, pode adquirir um caráter ainda mais sério se alojando em outros órgãos como rins, fígado e intestino. Pode causar patologias no coração, devido a sua influência na pequena e grande circulação e sua íntima ligação com as funções dos pulmões. Há também aqueles indivíduos que adquirem cicatrizes nos pulmões e, apesar de estarem curados do vírus, causando uma sequela de diminuição de capacidade respiratória. Sendo assim, o maior cuidado que precisa desprender na luta contra essa doença é evitar a exposição das pessoas ao vírus, principalmente pelas vias respiratórias superiores e também quando a doença evoluir para uma patologia mais séria deverá ser tomadas as ações para promover a respiração artificial do indivíduo para permitir as funções que outrora seria feira pelo sistema respiratório do paciente saudável.

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