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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA Resenha Crítica de Caso: Fraude Contábil na WorldCom Juliana Costa Nunes Trabalho da disciplina Governança corporativa e ética empresarial. Tutor: Prof. ALEXSANDRE DE CASTRO. Belém - PA 2020 FRAUDE CONTÁBIL NA WORLDCOM Referência: KAPLAN, Robert S; KIRON, David, Fraude Contábil na WorldCom, Harvard Business School, REV: 14 de setembro de 2007. Worldcom foi uma empresa americana de comunicação que protagonizou uma das maiores fraudes da história da contabilidade, entrando com pedido de falência em meado de 2002, efeito de suas respectivas alterações das informações financeiras. Suas operações tiverem início em 1984, com o nome, LDDS, sendo uma pequena empresa local com pouco conhecimento estratégico que no decorrer do tempo acumulou $ 1.5 milhões em dólares, momento em que sentiu a necessidade de colocar um dos seus investidores iniciais para trabalhar estrategicamente no aumento da lucratividade da empresa, este alguém foi Bernard J. Ebbers, o CEO responsável por fazer em pouco tempo várias aquisições de pequenas empresas e fusões com empresas internacionais, levando a LDDL a nível internacional na qual se tornou uma empresa aberta. Em 1995 a empresa ganhou um novo nome após votações dos acionistas passando a ser chamada de worldcom. No que se refere à cultura corporativa, era uma genuína mistura de pessoas e culturas, ocasionadas por aquisição de mais de 60 companhias adquiridas. Não havia uma estrutura de funcionamento que fizesse um alinhamento entre os departamentos, pois eram distantes um dos outros e muitas das vezes em outra cidade, da mesma forma, a comunicação entre proprietário, conselho administração e órgãos de controle era comprometida, visto que, os empregados não tinham autonomia para expressar suas preocupações com o andamento da política da interna da empresa, pois o CFO era quem ditava as ordens aos auditores, o departamento jurídico era menosprezado pelo diretor Ebbers e o CFO Sullivan que não ouviam seus conselhos e só os solicitava ser muito necessário. Com o declínio das operações comerciais, a Worldcom lutava para a relação D/R permanecer em aproximadamente 42% pelos próximos trimestres. Não havendo melhora no desempenho da companhia, Sullivan se sentindo pressionado, foi o movimento que ele resolveu manipular dados contábeis, como a reversão de provisionamentos e a capitalização das despesas. Para isso ele coagia alguns dos seus contadores a reverter provisionamento que ele considerava elevado, mesmo com alguns se recusando a fazer tais reajustes. Entre os anos 1999 a 2000, Sullivan chegou a reverter do provisionamentos cerca de $3.3 bilhões, com o objetivo de ainda manter relação D/R em 42%, e não podendo mais reverter os provisionamento, partiu para outra estratégia, tratar os custos de linha como gasto de capital e não como os operacionais, o que ocasionou a falência da empresa após varias auditorias realizadas e a descoberta de toda essa fraude. Podemos refletir, que a Worldcom desde seu inicio com um crescimento acelerado, apresentava falhas em sua estrutura corporativa, ausência na comunicação entre os funcionários e uma contabilidade irresponsável que acatava diretamente as ordens fraudulentas de seu CFO. Sua gestão administrativa empírica não soube dibrar a pressão e a cobrança que acompanha o mercado competitivo, que o fez optar por uma saída de curto prazo que futuramente acarretou em uma das maiores fraudes da historia da contabilidade, que prejudicou milhares de funcionários que ficaram desempregados, empresas governamentais entre outros.