Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CARTA DE ATENAS OS APORTES DO URBANISMO MODERNISTA DEPARTAMENTO TEORIA E HIST. EM ARQ. E URB. DISCIPLINA ARQ. E URB. DA SOCIEDADE INDUSTRIAL PROFESSORA ME. ANA PAULA GURGEL SUMÁRIO CARTA DE ATENAS - DISC. ARQ. E URB. DA SOCIEDADE INDUSTRIAL - PROFª ME. ANA PAULA GURGEL SUMÁRIO 1. Antecendentes 2. Os CIAM’s 3. A carta de Atenas 4. Os CIAM’s – segunda e terceira fases 5. Referências 1. Antecedentes CARTA DE ATENAS - DISC. ARQ. E URB. DA SOCIEDADE INDUSTRIAL - PROFª ME. ANA PAULA GURGEL 1. Antecedentes MOVIMENTO MODERNO A ARQUITETURA E O URBANISMO DEVERIAM SE ALIAR À NOVA REALIDADE INDUSTRIAL DE PRODUÇÀO EM SÉRIE – A ESTANDARDIZAÇÃO (vem de “standard” – PADRÃO) • Padronizar a arquitetura tem a ver com diminuir a desigualdade social. • Soluções padronizadas para atender às necessidades de uma sociedade pós-guerra. • O arquiteto urbanista além de suas atribuições normais, atua como transformador da sociedade 1. Antecedentes MOVIMENTO MODERNO • A planta concebida para simplificar as atividades domésticas –equipamentos tendo um baixo custo, ao serem produzidos em escala industrial. • Entre 1925-30 foram realizadas mais de 70.000 unidades que foram exportadas para o resto da Europa; • Eram células mínimas, casas que foram equipadas com peças de mobiliário específicas (Bauhaus – 1919-1933); • A habitação desta forma organizada mudava a estrutura da família, onde todos passam e fazer parte das atividades domésticas. Surgem novos hábitos de lazer e maneiras de aproveitar os espaços. • Ideias que foram levadas aos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna (CIAMs). 1. Antecedentes • Os preceitos da urbanística modernista estão presentes desde finais do século XIX. • As experiências de construção de grandes conjuntos habitacionais demandam também um pensamento de planejamento urbano • Na exposição de Weissenhofsiedlung essa preocupação já aparece timidamente (principalmente em relação à escala da • Le Corbusier, como um dos grandes nomes desse momento inicia seus estudos urbanos da Ville Radieuse Exposição Weissenhofsiedlung (1927), Stuttgart – Mies van der Rohe 1. Antecedentes Ville Radieuse • é um masterplan urbana não realizado por Le Corbusier • O conceito da Ville Radieuse (cidade radiante), já havia sido expresso em algumas ideias de uma cidade ideal na década de 1920 • Foi publicado no livro Urbanisme em 1930. • Projetada para conter um meio eficaz de transporte, bem como uma abundância de espaço verde e luz solar • A cidade do futuro de Le Corbusier pretendia não só oferecer aos residentes com um estilo de vida melhor, mas contribuiria para a criação de uma sociedade melhor. 1. Antecedentes Ville Radieuse 1. Antecedentes Ville Radieuse 1. Antecedentes Ville Radieuse De acordo com os ideais modernistas de progresso (que incentivou a aniquilação da tradição), o projeto emerge de uma tabula rasa: era para ser construído em nada menos do que os fundamentos vernáculos das cidades europeias demolidas 1. Antecedentes Ville Radieuse Le Corbusier, Plan Voisin, Paris, 1925. Drawing: Stuart E. Cohen and Steven W. Hurtt. 1. Antecedentes Ville Radieuse Le Corbusier, Plan Voisin, Paris, 1925. Drawing: Stuart E. Cohen and Steven W. Hurtt. 1. Antecedentes Ville Radieuse • A nova cidade deveria conter os arranha- céus de alta densidade pré-fabricadas e idênticos, distribuídos por uma vasta área verde e organizados em uma grade cartesiana • Le Corbusier, explica: "A cidade de hoje é uma coisa morta, porque seu planejamento não é na proporção geométrica. O resultado de um lay-out verdadeiramente geométrico é a repetição, o resultado da repetição é um padrão. A forma perfeita " 1. Antecedentes Ville Radieuse Princípios organizativos: • Modelo linear • Antropomórfico • Tudo elevado sobre pilotis • Centro facilmente reconhecível 1. Antecedentes Ville Radieuse Pensou-se um sistema em alta densidade e com um zoneamento de usos bem definidos: Cidades satélites – educação Negócios (arranha-céus) Transporte Hotéis Residencial Zona Verde Industria leve Almoxarifado Indústria pesada 1. Antecedentes Ville Radieuse 1. Antecedentes Ville Radieuse • A área de negócios foi localizado no centro e continha monolíticas mega- arranha-céus, cada um alcançando uma altura de 200 metros e com capacidade entre cinto a oitocentas mil pessoas. • Localizado no centro do distrito cívico foi locada a principal plataforma de transporte, a partir do qual um vasto sistema subterrâneo de trens que transportam os cidadãos e para os bairros de habitação circundantes. 1. Antecedentes Ville Radieuse Unités: • os bairros de habitação conteria edifícios de apartamentos pré- fabricados, atingindo uma altura de cinquenta metros • uma única Unité poderia acomodar 2.700 habitantes e funcionam como uma vila vertical: refeitório e lavandaria no piso térreo, um jardim de infância e uma piscina no telhado. • Existiria parque entre os edifícios residenciais permitindo que os residentes com um máximo de luz natural, um mínimo de ruído e de lazer em sua porta. 2. Os CIAM’s CARTA DE ATENAS - DISC. ARQ. E URB. DA SOCIEDADE INDUSTRIAL - PROFª ME. ANA PAULA GURGEL 2. Os CIAM’s • O ponto de partida foi a exposição de Stuttgart, Alemanha, em 1927, para o qual foi projetado a bairro de Weissenhof 2. Os CIAM’s • Os arquitetos que estavam desenvolvendo a nova arquitetura do movimento moderno e da Bauhaus tinham necessidade de reunir as suas experiências e encontrar caminhos e soluções para problemas comuns. • Assim, entendeu-se que a nova arquitetura não devia ser obra de personalidades individuais, mas uma colaboração que permitisse resolver os complexos problemas colocados pela nova arquitetura, ao mesmo tempo que deve encontrar uma unidade de expressão. 2. Os CIAM’s • Os Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna tiveram papel fundamental na construção da ideologia funcionalista; • enfatizaram a necessidade da economia e da industrialização planejadas; • defenderam a introdução de direções normativas e métodos de produção eficiente para a racionalização da indústria da construção. 2. Os CIAM’s • A criação dos CIAM (Congrés Internationaux d’Architecture Moderne) pode ser considerada como o marco inicial do período “acadêmico” do Movimento Moderno, sucedendo o período de vanguarda, ou período heroico. • A iniciativa partiu de Hélène de Mandrot, uma mulher que aspirava o papel de mecenas da Arquitetura Moderna. Em seu castelo em La Sarraz, Suíça aconteceu a primeira reunião, em 1928. Le Corbusier com Hélène de Mandrot and other participants no CIAM I, La Sarraz, 1928 2. Os CIAM’s Congressos de Frankfurt (1929) e de Bruxelas (1930) Doutrinarias com tendência socialista, pelos realistas alemães, voltaram-se para os problemas dos padrões mínimos de vida, racionalização da construção. . 1º período (1928- 1933) Dominado pela personalidade de Le Corbusier que deu ênfase predominante sobre o planejamento urbano. 2º período (1933- 1947) O idealismo liberaltriunfou sobre o materialismo do período anterior. Tratou-se do termo “coração da cidade” Introduziu conceitos e modelos de associação, vizinhança à arquitetura. 3º período (1947- 1956) 2. Os CIAM’s . 1º período (1928- 1933) 2º período (1933- 1947) 3º período (1947- 1956) 1928: CIAM I (Suíça) Fundação 1929: CIAM II, (Alemanha) Enfocado no trabalho de habitação de Ernst May e a casa mínima (existenzminimum) 1930: CIAM III (Bélgica) Sobre o desenvolvimento racional do espaço. 1933: CIAM IV (Grécia) Publicação da Carta de Atenas. 1937: CIAM V (França) Sobre a habitação e a reconstrução 1947:CIAM VI (Inglaterra.) Sobre a reconstrução das cidades devastadas pela II Guerra Mundial. 1949: CIAM VII (Itália) Sobre a arquitetura como arte. 1951: CIAM VIII (Inglaterra) Sobre o coração da cidade 1953: CIAM IX (França) Publicação da Carta da habitação 1956: CIAM X (Iugoslavia) Sobre o hábitat 1959:CIAM XI (Holanda) Disolução do CIAM e formação do Team X 1928 1959 2. Os CIAM’s 1º período (1928-1933) CIAM’S . 1º período (1928-1933) Fundadores do CIAM, La Sarraz, Suiça. 1928 CIAM I, 1928 - La Sarraz, Suiça CIAM’S . 1º período (1928-1933) • O CIAM nasce em 1928 com o propósito de poder unificar o ideal do movimento moderno e poder criar uma asociaciação para dar continuidade as ideas, mas de forma realista. • Le Corbusier é quem apresenta 6 pontos importantes que se discutiram durante o congresso: 1. a técnica moderna e suas consequências 2. a estandarização 3. a economia 4. a urbanística 5. a educação da juventude 6. a realização da arquitetura e o estado CIAM I, 1928 - La Sarraz, Suiça . CIAM’S . 1º período (1928-1933) A racionalização e a estandarização acontecem de três maneiras: RACIONALIZAÇÃO ESTANDARIZAÇÃO Concepção da arquitetura Simplificação dos métodos de trabalho Redução na mão de obra especializada emprego de mão de obra menos especializada sob direção Usuário reajuste às novas condições de vida social CIAM I, 1928 - La Sarraz, Suiça CIAM’S 1º período (1928-1933) Momento de descontração CIAM, La Sarraz, Suiça. 1928 CIAM I, 1928 - La Sarraz, Suiça CIAM’S CIAM II, 1929 - Frankfurt-am-Main, Alemanha Debate sobre a Existenzminimum (habitação para o mínimo nível de vida) A concepção de uma habitação mínima envolveria resoluções de amplas necessidades biológicas e psicológicas no sistema estático da construção em si. Segundo os participantes desse congresso, a habitação mínima era um instrumento social indispensável para a nova era e, na retórica positivista, incorporava um apelo à precisão científica para superar costumes tradicionais 1º período (1928-1933) CIAM’S CIAM II, 1929 - Frankfurt-am-Main, Alemanha 1º período (1928-1933) A escolha dessa cidade dá- se devido suas realizações, já existentes ou sendo desenvolvidas. Nele foram apresentadas, confrontadas e discutidas células de habitação realizadas ou estudadas em diferentes países participantes do congresso, todas redesenhadas na mesma escala e com o mesmo grafismo. CIAM’S O Congresso teve orientação do arquiteto Ernst May, o maior especialista europeu na construção de habitação social e o resultado foi o mais importante documento sobre “Habitação para as necessidades mínimas”. 1º período (1928-1933) Ernst May planejou construir 15 mil moradias mínimas em Frankfurt, reformulando o espaço doméstico associando economia e eficiência, o principal objetivo do Movimento Moderno: “A máxima função com o mínimo de forma” CIAM II, 1929 - Frankfurt-am-Main, Alemanha CIAM’S Mas a discussão apenas colocou o problema, sem chegar a um acordo comum ou a um conjunto de normas aceitas por todos. Mesmo assim foi uma importante medida para o conhecimento por todos os participantes das pesquisas e das soluções existentes nos diferentes países, constituindo um passo importante em direção a uma espécie de internacionalização sociocultural dos problemas de habitação. 1º período (1928-1933) CIAM II, 1929 - Frankfurt-am-Main, Alemanha CIAM’S 1º período (1928-1933) Grete Shütte, “A Cozinha de Frankfurt” CIAM II, 1929 - Frankfurt-am-Main, Alemanha Margarete "Grete" Schütte-Lihotzky (23 de janeiro de 1897 - Janeiro 18, 2000), foi a primeira mulher austríaca arquiteto e ativista na movimento de resistência contra o nazismo. Em 1926 ela foi chamada para o HOCHBAUAMT do Conselho da Cidade de Frankfurt am Main, Alemanha, pelo arquiteto e urbanista Ernst May, onde trabalhou no New Frankfurt projeto. [1] maio Ele e Schütte- Lihotzky, juntamente com o resto da equipe de arquitetura, com sucesso trouxe clareza e valores humanitários funcionais para milhares de unidades habitacionais da cidade. CIAM’S 1º período (1928-1933) Grete Shütte, arquiteta vienense e militante comunista, em 1924 e 25, desenvolve um modelo de cozinha de máxima eficiência: “A Cozinha de Frankfurt” (Incorporação da mulher no mercado de trabalho) “Primeiro a cozinha, depois a fachada” CIAM II, 1929 - Frankfurt-am-Main, Alemanha CIAM’S 1º período (1928-1933) Grete Shütte, “A Cozinha de Frankfurt” CIAM II, 1929 - Frankfurt-am-Main, Alemanha CIAM’S 1º período (1928-1933) Grete Shütte, “A Cozinha de Frankfurt” CIAM II, 1929 - Frankfurt-am-Main, Alemanha CIAM’S 1º período (1928-1933) Grete Shütte, “A Cozinha de Frankfurt” CIAM II, 1929 - Frankfurt-am-Main, Alemanha CIAM’S 1º período (1928-1933) Grete Shütte, “A Cozinha de Frankfurt” CIAM II, 1929 - Frankfurt-am-Main, Alemanha CIAM’S 1º período (1928-1933) Grete Shütte, “A Cozinha de Frankfurt” CIAM II, 1929 - Frankfurt-am-Main, Alemanha Em seu 100º aniversário Schütte-Lihotzky comentou: "Você vai se surpreender que, antes de eu concebeu a Cozinha de Frankfurt em 1926, mas eu nunca cozinhei. Em casa, em Viena minha mãe cozinhava, em Frankfurt eu fui para o Wirthaus [restaurante / pub] . Eu projetei a cozinha como um arquiteto, não como uma dona de casa" CIAM’S CIAM III, 1930 - Bruxelas, Bélgica 1º período (1928-1933) • Foi realizado devido aos esforços de Victor Bourgeois • Abordou o problema da aquisição de terras para a construção, e deu à luz a publicação “Razões de construção racional.” CIAM’S CIAM III, 1930 - Bruxelas, Bélgica 1º período (1928-1933) • O caráter de ambos os Congressos foi ao mesmo tempo realista e dogmático e serviu para o anos 1920-1930, que assistiram ao último esforço comum dos arquitetos que trabalharam no Bairro Weissenhof e que, nos três últimos anos, testemunhou variações muito significativas. CIAM’S CIAM III, 1930 - Bruxelas, Bélgica 1º período (1928-1933) Walter Gropius, em sua conferência “Edificação baixa, média ou alta?”, apresenta estudo matemático relacionando a densidade e altura de habitações e a distância entre blocos paralelos de uma possível urbanização a fim de buscar uma “divisão racional do solo”CIAM’S CIAM III, 1930 - Bruxelas, Bélgica 1º período (1928-1933) Walter Gropius, Siedlung Dammerstock, Karlsruhe, 1927. Tal forma trazia, também, uma nova visão para o espaço livre: agora a residência envolvia sutilmente o elemento natural e, sem aprisioná-lo, tornava-o coletivo 2º período (1933-1947) 3. A carta de Atenas CARTA DE ATENAS - DISC. ARQ. E URB. DA SOCIEDADE INDUSTRIAL - PROFª ME. ANA PAULA GURGEL 3. A carta de Atenas • o CIAM IV ocorreu em 1933, nos meses de julho e agosto, a bordo do navio Patris , que fez um cruzeiro de Marselha a Atenas . • Convocado com o tema: cidade funcional . • Com um cenário fantástico de tirar o fôlego do cruzeiro no Mediterrâneo, longe da tensa situação política na Europa e totalmente separado da realidade da Europa industrial. • Os participantes ponderaram sobre critérios de Le Corbusier e do grupo de arquitetos franceses. • A liderança dos arquitetos alemães que tinham realizado as rédeas dos congressos anteriores foi abandonada. . 3. A carta de Atenas . 3. A carta de Atenas • IV Congresso foi dedicada ao exame de trinta e três cidades : Amsterdã, Atenas, Bruxelas, Baltimore, Bandung, Budapeste, Berlim, Barcelona, Charleroi, Colónia, Como, em Dalat , Detroit, Dessau, Frankfurt, Genebra, Génova, La Hague, em Los Angeles, Littoria, Londres, Madrid, Oslo, Paris, Praga, Roma, Roterdã, Estocolmo, Utrecht, Verona, Varsóvia, Zagreb, Zurique; • A análise foi realizada através da aplicação dos mesmos critérios e a mesma terminologia utilizada desde os preparativos para esta conferência. • O objetivo era abordar a experiência individual e concreta de trinta e três arquitetos. • Essa mudança foi muito significativa por tratar da análise de experiências individuais como formas de opiniões e câmbio de conhecimentos para a partir dai traçar, objetivamente, quesitos que poderiam ser aplicados, em geral. "Atualmente, a maioria das cidades são apresentados como a imagem da doença. Essas cidades não correspondem de forma alguma para a sua finalidade, que seria para atender às necessidades biológicas e psicológicas básicas de seus habitantes” (Carta de Atenas) . 3. A carta de Atenas • A crise econômica geral na Europa havia paralisado as experiências que estão sendo feitas em Berlim e Frankfurt; e o programa de construções populares da cidade de Viena foi parado desde o colapso do Kredit-Anstalt em 1931. • No resto da Europa ou pela falta de uma presença cultural eficaz do movimento moderno ou pela legislação não permitiu-se novas experiências. • Assim, embora a 1933 CIAM tivesse tentado, era impossível apresentar trinta e três experiências de intervenção real na cidade. • No entanto os presentes em si esta conferência já foram capazes de fazer um exame racional da cidade e para analisar o contraste entre a ordem e a funcionalidade, e de indicar os meios para atingir o equilíbrio. 3. A carta de Atenas • Foi, até aquele momento, o congresso mais abrangente do ponto de vista urbanístico. • Do congresso resulta um manifesto urbanístico que expressa o pensamento sobre o meio urbano na época: a Carta de Atenas • Trata-se as cidades sob o ponto de vista de arquitetos, que reunidos, buscam responder aos problemas urbanísticos causados pelo rápido crescimento das cidades. • A Carta, de modo geral, analisa o estado atual e crítico das cidades, propondo aspectos que deveriam ser respeitados para a melhoria da estrutura urbana. . 3. A carta de Atenas • A Carta de Atenas foi publicado em Paris em 1941 como um documento anônimo (embora sua redação seja atribuída a Le Corbusier e seu prefácio a Jean Giraudoux) • O documento aborda os principais temas da moderna urbanística , como são disposições estéticas gerais da cidade. • Na primeira parte da carta, intitulada "A cidade e a região“, especifica-se que a cidade é apenas uma parte de um grupo econômico, social e político mais amplo que constitui uma região, que deve ser o ponto de partida para os estudos sobre o uso da terra. • Além disso, algumas primeiras ideias sobre o meio ambiente e cidade são dadas. 3. A carta de Atenas • Inclui-se, pela primeira vez, a ideia de que a educação desde sua infância e juventude, para compreender o significado da arquitetura da cidade, conjuntos e do interesse econômico na proteção dos depoimentos de todas as civilizações • Finalmente, a Carta reflete uma ideia fundamental para o desenvolvimento do urbanismo, o que foi exposto enfaticamente por Otto Wagner nas sessões da conferência: era urgente que cada cidade definisse um programa de desenvolvimento e criasse uma legislação, como entendimento de que a expansão das cidades não poderia ser deixada à própria sorte. O Estado torna-se o elemento regulador no sentido de garantir a supremacia dos interesses coletivos sobre os interesses individuais. 3. A carta de Atenas “A violência dos interesses privados determina uma ruptura desastrosa do equilíbrio entre a pressão das forças econômicas de um lado, e fraco controle administrativo e de impotência de solidariedade social, por outro ... a cidade deve assegurar, no plano espiritual como no material, a liberdade e os benefícios da ação coletiva individual. Dentro do dispositivo urbana dimensionamento tudo só pode regular escala humana. Os pontos-chave do urbano são compostos por quatro funções: para viver, trabalhar, descansar (no tempo livre) e circular. Planos de determinar a estrutura de cada um dos setores atribuídos às quatro funções-chave e definir sua respectiva localização no conjunto.” (Carta de Atenas) 3. A carta de Atenas . A casa deve ocupar os melhores espaços urbanos Mínimo de horas de luz solar Proibida a construção de casas sobre o alinhamento da ruas Mínima distância entre casa e trabalho Setores industriais independientes Centro de negócios (equipamentos) bem comunicado com a habitação Todo bairro com superfície verde necessária para jogos e esportes Demolir áreas insalubres e converte-las em áreas verdes Integrar rios, bosques, colinas, vales, lagos, mar Clasificação de vias segundo sua natureza Cruzamento de grande trânsito em níveis Separação do pedestre e do automóvel Diferenciação das vias Circulações isoladas com áreas verdes HABITAR TRABALHAR RECREAR CIRCULAR • A divisão da cidade deveria ser realizado em áreas funcionais bem definidas. A Carta de Atenas trata ainda do patrimônio histórico das cidades, decretando que os valores arquitetônicos devem ser mantidos, respeitando-se a personalidade e o passado próprios da cidade. Se sua presença for, entretanto, prejudicial, este será destruído e deve dar lugar a áreas verdes, pois mesmo que destruindo um ambiente secular, bairros vizinhos se beneficiarão desta mudança. Mas se este possui algum tipo de valor, se buscarão outras soluções, mas sua conservação não deve acarretar o sacrifício de populações mantidas em condições insalubres, por exemplo. O escrito prega que não se poderão empregar estilos antigos em novas construções sob hipótese nenhuma, para que se evite uma reconstituição fictícia, já que a intenção primitiva é a preservação. 3. A cartade Atenas . • Trata ainda do patrimônio histórico das cidades, decretando que os valores arquitetônicos devem ser mantidos, respeitando-se a personalidade e o passado próprios da cidade. • Se sua presença for, entretanto, prejudicial, este será destruído e deve dar lugar a áreas verdes, pois mesmo que destruindo um ambiente secular, bairros vizinhos se beneficiarão desta mudança. • Mas se este possui algum tipo de valor, se buscarão outras soluções, mas sua conservação não deve acarretar o sacrifício de populações mantidas em condições insalubres, por exemplo. • O escrito prega que não se poderão empregar estilos antigos em novas construções sob hipótese nenhuma, para que se evite uma reconstituição fictícia, já que a intenção primitiva é a preservação. 4. Experiências 3. A carta de Atenas ”Cada coisa ocupa o seu lugar, bem alinhada em ordem e hierarquia “ Le Corbusier, apud. Choay, 1980. A chave para esta cidade ideal era eliminar o excesso populacional dos centros das cidades. O local escolhido para a nova capital situava-se numa região de grande carência de necessidades básicas 3. A carta de Atenas Unité d'Habitation 3. A carta de Atenas A criação deste documento foi muito importante, já que serviu de base para promover o rápido crescimento urbanístico de toda Europa, assim como também a rápida reforma da cidade depois da guerra Nesta carta se podem apreciar os traços para a reestruturação e urbanização dos edificios e residências, assim como de cidades inteiras. 4. Os CIAMS CARTA DE ATENAS - DISC. ARQ. E URB. DA SOCIEDADE INDUSTRIAL - PROFª ME. ANA PAULA GURGEL CIAM’S CIAM V, 1937 - Paris, França . 2º período (1933-1947) Véspera de Segunda Guerra Mundial: nazismo invade Europa •Tema: Habitação e Recreação Impacto de estruturas históricas Influência da região sobre a cidade CIAM’S CIAM’S II GUERRA MUNDIAL 2º período (1933-1947) Durante a guerra diferentes grupos do CIAM trabalharam isolados • Nova York: Gropius, Neutra, Sert, Giedion formam CIAM para reconstrução e planejamento pós-guerra • Países Baixos: o CIAM mantinha reuniões secretas durante a Ocupação para planejar a reconstrução de Rotterdam • Inglaterra : MARS (Modern Architectural Research Group) encabeçou os esforços no planejamento e preparação da legislação CIAM’S CIAM VI, 1947 - Bridgwater, Inglaterra • Foram apresentados os trabalhos individuais para explicar a situação em cada país • Surpreenderam-se: grupos separados trabalharam ideas paralelas • Abordou-se pela primera vez o tema da “estética”, con dos enfoques: o homem da rua, necessidades materiais e emocionais relação arquiteto, pintor e escultor 2º período (1933-1947) 3º período (1947-1956) CIAM’S CIAM VII, 1949 - Bérgamo, Itália 3º período (1947-1956) TEMA: totalmente aberto, mas apresentado dentro da “grade CIAM” (matriz com funções em contraposição de região, volumes de construção, estética, considerações econômicas e socias) •Abordou-se o tema de desenvolvimento de cidades novas (New Towns) e centros comunitários •Outra vez se discutiu o problema da estética: Poloneses propuseram estética stalinista, a qual ocasionou discussões CIAM’S CIAM VIII, 1951 - Hoddesdon, Londres •Organizado pelo MARS (Modern Architectural Research Group) O fracasso da “Carta” •os 4 pontos da Carta de Atenas se mostraram insuficientes adicionou-se “o coração da cidade” •Último período do CIAM que se dedicaria a formação do centro de cidade, seguido pela preocupação pelo hábitat humano •Os direitos do pedestres e se conventeram em ponto chave do planejamento •Mostram-se os primeros esboços de Chandigarh 3º período (1947-1956) Primeiro período (1928-1933) Congressos de Frankfurt (1929) e de Bruxelas (1930), Doutrinarias com tendência socialista, pelos realistas alemães, voltaram-se para os problemas dos padrões mínimos de vida, racionalização da construção. Segundo período (1933-1947) Dominado pela personalidade de Le Corbusier que deu ênfase predominante sobre o planejamento urbano. CIAM’S CIAM VIII, 1951 - Hoddesdon, Londres CRÍTICAS O relatório do Congresso, publicado por Jacquelije Tyrwhitt, José Luis Sert e Ernest N. Rogers é pouco mais que um compêndio de clichês soltos, como, por exemplo, a recomendação para integrar as artes plásticas e a pintura na arquitetura. Atrás destes chamados estudos, houve apenas um grande vazio urbano e intelectual. A cidade foi concebida com a mesma abordagem que as áreas mais remotas, puramente funcionais, como um espaço livre, de modo que o cidadão deve estar equipado com um milagroso instinto para ser capaz de se localizar e reconhecer. . 3º período (1947-1956) Primeiro período (1928-1933) Congressos de Frankfurt (1929) e de Bruxelas (1930), Doutrinarias com tendência socialista, pelos realistas alemães, voltaram-se para os problemas dos padrões mínimos de vida, racionalização da construção. Segundo período (1933-1947) Dominado pela personalidade de Le Corbusier que deu ênfase predominante sobre o planejamento urbano. CIAM’S CIAM IX, 1953 - Aix-en-Provence , França TEMA: habitat humano •Casa e suas extensões (logement prolongé), fora dos 4 muros habitacionais, buscando comprender as multifacetedas relações entre membros de uma família e membros de uma comunidade •A nova generação foi contra as categorias básicas da Carta de Atenas, criticando sua simplicidade, e abordaram o problema da “identidade”, refirindo-se a necessidade de pertencimento e reconhecimento do bairro como unidade acima da residência •Casa, rua, distrito, cidade . 3º período (1947-1956) Primeiro período (1928-1933) Congressos de Frankfurt (1929) e de Bruxelas (1930), Doutrinarias com tendência socialista, pelos realistas alemães, voltaram-se para os problemas dos padrões mínimos de vida, racionalização da construção. Segundo período (1933-1947) Dominado pela personalidade de Le Corbusier que deu ênfase predominante sobre o planejamento urbano. CIAM’S CIAM IX, 1953 - Aix-en-Provence , França . 3º período (1947-1956) Primeiro período (1928-1933) Congressos de Frankfurt (1929) e de Bruxelas (1930), Doutrinarias com tendência socialista, pelos realistas alemães, voltaram-se para os problemas dos padrões mínimos de vida, racionalização da construção. Segundo período (1933-1947) Dominado pela personalidade de Le Corbusier que deu ênfase predominante sobre o planejamento urbano. CIAM’S CIAM IX, 1953 - Aix-en-Provence , França 3º período (1947-1956) O homem pode identificar-se facilmente com seu própio lugar, mas também a população junto da qual ele está situado. "Pertencer" é uma necessidade emocional básica e suas associações são da ordem mais simples. De "pertencimento“- identidade - vem no sentido de enriquecer a vizinhança. A hierarquia das relações humanas deveria substituir a hierarquia funcional da Carta de Atenas. A rua curta e estreita do bairro miserável tem sucesso onde a redistribuição espaçosa falhar. Primeiro período (1928-1933) Congressos de Frankfurt (1929) e de Bruxelas (1930), Doutrinarias com tendência socialista, pelos realistasalemães, voltaram-se para os problemas dos padrões mínimos de vida, racionalização da construção. Segundo período (1933-1947) Dominado pela personalidade de Le Corbusier que deu ênfase predominante sobre o planejamento urbano. CIAM’S CIAM IX, 1953 - Aix-en-Provence , França 3º período (1947-1956) Primeiro período (1928-1933) Congressos de Frankfurt (1929) e de Bruxelas (1930), Doutrinarias com tendência socialista, pelos realistas alemães, voltaram-se para os problemas dos padrões mínimos de vida, racionalização da construção. Segundo período (1933-1947) Dominado pela personalidade de Le Corbusier que deu ênfase predominante sobre o planejamento urbano. CIAM’S . Neste movimiento avant-garde completava 25 anos •Le Corbusier não participa •Os líderes iniciais já tinham projetos de grande escala •Organização feita por um grupo jovem: o Team X, dirigidos porJ.B. Bakema •Propuseram um novo formato de apresentação •Carta do Hábitat 3º período (1947-1956) CIAM X, 1959 - Dubrovnik, Croácia, (antiga Iugoslavia) Primeiro período (1928-1933) Congressos de Frankfurt (1929) e de Bruxelas (1930), Doutrinarias com tendência socialista, pelos realistas alemães, voltaram-se para os problemas dos padrões mínimos de vida, racionalização da construção. Segundo período (1933-1947) Dominado pela personalidade de Le Corbusier que deu ênfase predominante sobre o planejamento urbano. CIAM’S . CIAM X, 1959 - Dubrovnik, Croácia, (antiga Iugoslavia) 3º período (1947-1956) CARTA DO HABITAT Relações espacias do indivíduo: dentro da família com a comunidade Necesidade de quietude e isolamento Necesidade de contato com a natureza De observador passivo a participante ativo Povoados, cidades e metrópoles sustituidos por uma “aglomeração humana” Arquitetura contemporânea que inicia-se para resolver um problema moral: –qualidade de vida –dignidade humana –construir um entorno que expresse a vida do momento histórico Referências CARTA DE ATENAS - DISC. ARQ. E URB. DA SOCIEDADE INDUSTRIAL - PROFª ME. ANA PAULA GURGEL 5. Referências BARONE, A. C. C. Team 10: arquitetura com crítica. São Paulo, Annablume, Fapesp, 2002. BENEVOLO, Leonardo. Diseño de la ciudad. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1982. FLETCHER, Banister. A History of Architecture, London: The Royal Institute of British Architects and the University of London, 1975. FRAMPTON, Kenneth. História critica da arquitetura moderna. São Paulo: Martins Fontes, 2000. GIEDION, Sigfried. Space, Time and Architecture: the growth of a new tradition. Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1982. GROPIUS, W. As bases sociológicas da habitação mínima para a população das cidades industriais. In GROPIUS, W. Bauhaus Novarquitetura. São Paulo, Perspectiva, 1972 p. 143-155. HALL, Peter. Cities of Tomorrow, Oxford: Blackwell Publishers, 1996. MERIN, Gili. Clássicos AD: Ville Radieuse / Le Corbusier. Agosto 11, 2013. in ArchDaily . Acessado em 10 de maio de 2014. <http://www.archdaily.com/?p=411878>
Compartilhar