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‘CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO UNISAL – CAMPUS LORENA ANA PAULA RODRIGUES SILVA A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA CIENTÍFICA NA GRADUAÇÃO Lorena / SP 2017 ANA PAULA RODRIGUES SILVA A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA CIENTÍFICA NA GRADUAÇÃO Qualificação do Trabalho de Conclusão de Curso apresentada como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia de Produção no Centro Universitário Salesiano de São Paulo. Orientador: Prof. Ms. Antônio Lopes Nogueira da Silva Lorena / SP 2017 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Ficha Catalográfica: Silva, Ana Paula Rodrigues. Em uma Instituição de Ensino Superior / Ana Paula Rodrigues. Lorena, 2017. Monografia – Engenharia de Produção, Centro Universitário Salesiano de São Paulo, UNISAL, Campus São Joaquim, 2017. Orientador: Prof. Ms. Antônio Lopes Nogueira da Silva Dedicatória A Deus, que me dá forças e capacidade. À minha mãe e irmã, que sempre estão ao meu lado me dando apoio e amor. AGRADECIMENTOS A Deus, pela vitória da conclusão do curso. Ao meu orientador, professor Antônio Silva, pela ajuda, disponibilidade, aprendizado e incentivo durante a realização deste trabalho. Aos amigos do curso de Engenharia de Produção, em especial, a Paula, Laryssa, Priscila, Gabriela e Ramon, pelos momentos de aprendizado, pelas partilhas, pela convivência e amizade sincera. As amigas da república Só Fadinhas, que ajudaram a serem incrível esses cinco anos de curso e ajudaram na adaptação de morar longe de casa. A minha mãe, Nair Rodrigues de Sá, minha irmã, Ana Carolina Rodrigues de Sá Silva, minha madrinha, Izabel Mendes, e meu padrinho, Jaime Mendes, pelo apoio, companhia e incentivo durante toda a universidade. Ao Programa Universidade para Todos (ProUni). Aos professores do curso de Engenharia de Produção. Ao Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal). RESUMO A pesquisa científica está tomando o seu espaço nos cursos de educação superior em diversas universidades. A formação acadêmica não se limita ao cotidiano da sala de aula. Assistir às aulas, fazer os trabalhos e realizar uma boa avaliação está longe de ser o suficiente. O presente trabalho foi realizado com a intenção de buscar informações sobre como a pesquisa científica contribui na graduação, quais os obstáculos ainda encontrados pelos estudantes e, principalmente, como a iniciação científica pode auxiliar a vida profissional dos estudantes. O objetivo geral do presente trabalho é diagnosticar os principais fatores que geram interesse ou desinteresse pela participação dos alunos do curso de graduação de Engenharia de Produção da Unisal – Lorena/SP. A metodologia adotada para realização do trabalho foi dividida em duas etapas: na primeira etapa foi realizada a revisão de literatura, utilizando-se as bases acadêmicas (Google Acadêmico e Scielo). Na segunda etapa foi realizada uma pesquisa de campo com os alunos do curso de Engenharia de Produção da Unisal – Campus de Lorena/SP, buscando conhecer como os estudantes estão envolvidos com o mundo das pesquisas científicas. Ao analisar o questionário como um todo, percebe-se que os alunos possuem interesses em realizar projetos de pesquisas científicas como forma de ampliarem seus conhecimentos, seu senso crítico e, até mesmo descubram suas aptidões e consigam, assim, uma melhor posição no mercado de trabalho. Para despertar ainda mais esse interesse dos alunos, cabe aos professores e também a Universidade como um todo, organizar programas para apresentar o mundo das pesquisas científicas para seus alunos. Palavras-chave: Iniciação Científica, Jovem Pesquisador, Engenharia de Produção, Importância da Pesquisa. ABSTRACT Scientific research is taking its place in higher education courses at various universities. Academic training is not limited to the everyday classroom. Attending classes, doing assignments, and doing good assessment is far from enough. The present work was carried out with the intention of seeking information about how scientific research contributes to graduation, what obstacles still found by students and, especially, how scientific initiation can help students' professional life. The general objective of the present work is to diagnose the main factors that generate interest or disinterest in the participation of undergraduate students of Unisal - Lorena / SP Production Engineering. The methodology adopted to carry out the work was divided into two stages: in the first stage the literature review was performed, using the academic bases (Google Academic and Scielo). In the second stage, a field research was carried out with the students of the Unisal Production Engineering - Campus de Lorena / SP course, seeking to know how students are involved in the world of scientific research. When analyzing the questionnaire as a whole, students are interested in carrying out scientific research projects as a way to increase their knowledge, their critical sense, and even discover their aptitudes and thus achieve a better position in the market. job. To further arouse this interest of the students, it is up to the professors as well as the University as a whole to organize programs to present the world of scientific research to its students. Keywords: Scientific Research, Young Researcher, Production Engineering, Importance of Research. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Fluxograma das etapas para a realização do trabalho. .............................. 24 Figura 2. Alunos participantes, por período, do curso de Engenharia de Produção da Unisal – Lorena /SP. ................................................................................................. 27 Figura 3. Pergunta 1: O que é pesquisa científica? ................................................... 28 Figura 4. Pergunta 2: Quantos artigos você lê por período? ..................................... 28 Figura 5. Pergunta 3a: Há projetos de iniciação científica na universidade? ............ 29 Figura 6. Pergunta 3b: Se sim, você participa ou já participou de algum? ................ 29 Figura 7. Pergunta 4: A Universidade dá apoio e incentivo para os alunos de graduação participarem de projetos de iniciação científica? ..................................... 30 Figura 8. Pergunta 5: Qual a importância da pesquisa científica na sua vida profissional? .............................................................................................................. 30 Figura 9. Pergunta 6: Quais as dificuldades que você encontra em sua Universidade para a realização de projetos de IC? ......................................................................... 31 Figura 10: Cálculo amostral da representatividade do questionário aplicado. .......... 33 Figura 11: Número de livros lidos pelos alunos de Eng. Produção por ano .............. 34 Figura 12: Motivo pelo Interesse nos Programas de Iniciação Científica .................. 34 Figura 13: Motivo pelo desinteresse nos Programas de Iniciação Científica ............ 35 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Questionário 1 sobre pesquisa científica. .................................................. 25 Tabela 2: Correlação das variáveis do primeiro questionário .................................... 32 Tabela 3: Correlação das variáveis do segundo questionário ................................... 35 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASCNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico IC – Iniciação Científica IES – Instituição de Ensino Superior PIBIC – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 11 1.1 – OBJETIVOS ............................................................................................................ 14 2 – REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 15 2.1 – A PESQUISA CIENTÍFICA E A FORMAÇÃO ACADÊMICA .................................. 16 2.2 – A INICIAÇÃO CIENTÍFICA (IC) .............................................................................. 18 2.2.1 – Os impactos para o estudante ....................................................................... 20 2.2.2 – Os impactos para a universidade .................................................................. 20 2.2.3 – Os impactos para a sociedade ....................................................................... 22 3 – MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................. 23 3.1 – CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................... 23 3.2 – DESCRIÇÃO ........................................................................................................... 23 3.3 – QUESTIONÁRIO ............................................................................................... 24 4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................... 27 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 37 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 38 ANEXOS ............................................................................................................................. 41 ANEXO A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido .......................................... 41 APÊNDICE .......................................................................................................................... 42 Apêndice A: Questionário – Iniciação Científica.......................................................... 42 11 1 – INTRODUÇÃO O acelerado crescimento do conhecimento nos últimos anos tornou impraticável o ensino tradicional baseado exclusivamente na transmissão oral de informação. Em muitas disciplinas já não é possível, dentro das cargas horárias, transmitir todo o conteúdo relevante. Mais importante ainda, o conhecimento não é acabado, e muito do que o estudante precisará saber em sua vida profissional ainda está por ser descoberto (BEIRÃO, 2017). No ensino superior brasileiro, em especial nos cursos de graduação, a disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica quase sempre é vista por alunos e mesmo por alguns professores como de menor importância no contexto da grade de disciplinas especializadas de cada curso. Trata-se, porém, de um engano. O ensino/aprendizado de metodologia científica, quando levado a sério, tende a beneficiar o aluno ao longo de sua formação acadêmica (GALVÃO, 2013). Beirão (2017) relata: O desafio da universidade hoje é formar indivíduos capazes de buscar conhecimentos e de saber utilizá-los. Ao contrário de outrora, quando o importante era dominar o conhecimento, hoje penso que o importante é "dominar o desconhecimento", ou seja, estando diante de um problema para o qual ele não tem a resposta pronta, o profissional deve saber buscar o conhecimento pertinente e, quando não disponível, saber encontrar, ele próprio, as respostas por meio de pesquisa. Não será fazendo de nossos alunos meros depositários de informações que estaremos formando os cidadãos e profissionais de que a sociedade necessita. Para isto, as atividades, curriculares ou não, voltadas para a solução de problemas e para o conhecimento da nossa realidade, tornam- se importantes instrumentos para a formação dos nossos estudantes. É dentro desta perspectiva que a inserção precoce do aluno de graduação em projetos de pesquisa se torna um instrumento valioso para aprimorar qualidades desejadas em um profissional de nível superior, bem como para estimular e iniciar a formação daqueles mais vocacionados para a pesquisa. A pesquisa científica está tomando o seu espaço nos cursos de educação superior em diversas universidades. Esta tem sido considerada um lugar em que se vivencia a cultura universal e que tem por finalidade o ensino, a pesquisa e a extensão, sendo organizada para a formação de profissionais que atuarão na sociedade (RODRIGUES, 2006). Segundo Campos et al. (2009, p.02): Nos dias atuais a globalização, o mercado cada vez mais competitivo e as novas tecnologias, estão exigindo do profissional não só o conhecimento teórico, mas uma prática baseada na reprodução e produção de conhecimentos. (...) 12 A pesquisa científica tem por objetivo contribuir com a evolução dos saberes humanos em todos os setores, sendo sistematicamente planejada e executada através de rigorosos critérios de processamento das informações. Os trabalhos de graduação devem produzir ciência, ou dela derivar, ou acompanhar seu modelo de tratamento (FONTE, 2004). De acordo com Rodrigues (2006) e Campos et al. (2009), na universidade, o aluno desenvolverá conteúdos teórico-práticos necessários à sua formação profissional e intelectual, cabendo-lhe não só a reter esses conteúdos, mas também produzir conhecimento. Os profissionais de nível superior e produtores de conhecimentos deverão ter responsabilidade e competência que lhes permitam entrar no complexo cenário do mundo contemporâneo. A formação acadêmica não se limita ao cotidiano da sala de aula. Assistir às aulas, fazer os trabalhos e sair-se bem nas avaliações está longe de ser o suficiente. Ao longo dos cursos de graduação o acadêmico deve preocupar-se com o contínuo enriquecimento de sua formação, participando de eventos científicos, fazendo estágios, lendo obras de interesse, participando de grupos de pesquisa e publicando artigos em revistas especializadas com o apoio dos professores orientadores (GALVÃO, 2013). De acordo com Ruiz (2009), as técnicas de estudo e leitura, os modos de análise, pensamento e escrita compatíveis com o rigor científico, as técnicas de produção de conhecimento válido, as normas de elaboração de resenhas, resumos e monografias com as especificidades da redação científica, os projetos de pesquisa e suas etapas, as fontes de pesquisa, os métodos de abordagem e procedimento, as tipologias da pesquisa, entre outros tópicos, tudo isso há de enriquecer a jornada do estudante em seu percurso universitário. Com base nas informações acima, o presente trabalho foi realizado com a intenção de buscar informações sobre como a pesquisa científica contribui na graduação, quais os obstáculos ainda encontrados pelos estudantes e, principalmente, como a iniciação científica pode auxiliar a vida profissional dos estudantes. A questão problema da pesquisa é: Quais os interesses e desinteresses dos alunos de Engenharia de Produção, do curso de graduação de Engenharia de Produção da Unisal – Lorena/SP pela iniciação científica? 13 De acordo com Oliveira (2017): A Iniciação Científica (IC) tem grande importância e envolvimento com o desenvolvimento das Universidades por ambos possuírem como princípio e missão a fecundação e proliferação do conhecimento, utilizando a pesquisa para atingir este objetivo. A IC amadurece o estudante, contribuindo para que este possa se tornar um formando com habilidades mais refinadas. (...) É na práticada IC que o estudante pode testar técnicas e teorias aprendidas em sala de aula, ampliar e experimentar seu cabedal de conhecimentos. Defrontar o problema “vivo”, real, fora de um ambiente restritamente controlado e teórico de uma sala de aula, ao mesmo tempo em que está seguro de que os erros cometidos também compõem o processo de aprendizado e evolução. Este estudante estará então melhor qualificado e melhor adequado para as situações a serem encaradas fora da Universidade. O tripé de uma universidade deve ser o ensino, a pesquisa e a extensão. Sendo a pesquisa um grande projeto complementar nas universidades, levando aos alunos um profundo aperfeiçoamento na sua formação. Uma universidade que busca e incentiva a prática da pesquisa, ajuda na criação de indivíduos com uma visão mais crítica do mundo real (PEREIRA, 2009). Segundo Pereira (2012), os alunos devem apurar suas curiosidades desde cedo, ainda na graduação. Com isso, é necessário que eles saiam da posição de depositários de informações e passem a agir como atores do processo, em conjunto com o professor. A pesquisa é a base da transformação do conhecimento, ninguém nasce pesquisador, e o papel das universidades na graduação é fazer desenvolver a curiosidade do futuro cientista. A universidade que busca inserir os alunos nesse caminho transforma a sociedade. A pesquisa científica pode mudar o perfil do estudante e o transformar em um agente ativo no mundo das pesquisas e descobertas científicas. Permite também uma evolução que acarreta em efeitos positivos para a universidade e para a comunidade. Os ganhos com a pesquisa científica na graduação atingem um escopo maior que a própria universidade, a experiência acadêmica é levada para a vida inteira do estudante, sendo repassada e reutilizada durante toda a sua vida (CAMPOS et al., 2009). Amaral (2010) relata ser fundamental que essa formação seja a mais bem lapidada possível, sendo a pesquisa científica um dos caminhos para que essa formação se torne brilhante. A metodologia adotada para realização do trabalho foi dividida em duas etapas: 14 Na primeira etapa foi realizada a revisão de literatura, utilizando-se as bases acadêmicas (Google Acadêmico e Scielo) e as palavras-chave: pesquisa científica, pesquisas na graduação, iniciação científica, jovem pesquisador e importância da pesquisa. Buscando compreender melhor qual a importância de se envolver e realizar pesquisas científicas durante a graduação e como esse envolvimento pode auxiliar a vida profissional do estudante. Na segunda etapa foi realizada uma pesquisa de campo com os alunos do curso de Engenharia de Produção da Unisal – Campus de Lorena/SP. Através da aplicação de um questionário, buscou-se conhecer como os estudantes estão envolvidos com o mundo das pesquisas científicas, se eles acham que se envolver com essas pesquisas através dos projetos de iniciação científica (IC) poderá ajudá- los na vida profissional. Com o desenvolvimento da pesquisa de campo, foi levantado os pontos mais críticos apontados pelos estudantes, como: dificuldades para ingressarem nos projetos, apoio de professores e da própria universidade, entre outros. 1.1 – OBJETIVOS O objetivo geral do presente trabalho é diagnosticar os principais fatores que geram interesse ou desinteresse pela participação dos alunos do curso de graduação de Engenharia de Produção da Unisal – Lorena/SP. Tendo como objetivos específicos: - Analisar o que os estudantes pensam a respeito sobre a pesquisa científica; - Identificar o conhecimento dos alunos sobre os projetos de pesquisa científica; - Identificar o perfil dos alunos da Engenharia de Produção; - Verificar as dificuldades dos alunos de Engenharia de Produção em participar da iniciação científica. 15 2 – REFERENCIAL TEÓRICO Atualmente, o ser humano deve estar preparado para enfrentar várias batalhas, que muitas vezes serão vencidas a partir do conhecimento que ele apresentar ter. Segundo Amaral (2010): “ esse conhecimento não se refere apenas a ensinamentos ministrados em sala de aula, seja no ensino fundamental ou na universidade, mas tange tudo aquilo que contribui para o crescimento e o desenvolvimento das pessoas”. Essa busca do conhecimento pode ser adquirida de maneiras distintas. Na verdade, sabe-se que o mesmo é fruto de quatro modalidades: a experiência cotidiana, a ciência, a filosofia e a religião. Uma modalidade não descarta as demais, e cabe a cada pessoa escolher a forma que norteará a sua vida (AMARAL, 2010). Para Gil (1999), o ser humano procura descobrir e conhecer o mundo em que vive, buscando desenvolver sistemas razoavelmente elaborados, que lhe permitem conhecer a natureza das coisas e o comportamento das outras pessoas. Segundo Hessen (1987, p. 26)1 apud Amaral (2010), “no conhecimento encontram-se frente a frente a consciência e o objeto, o sujeito e o objeto. O conhecimento apresenta-se como uma relação entre esses dois elementos”. Se faz necessário a presença de um ser interessado em descobrir algo novo sobre algo qualquer para que o conhecimento possa se fazer existir. Para Garcia (1988, p. 67)2 apud Amaral (2010): Conhecer significa [...] descrever um fenômeno, sejam em suas particularidades estruturais, seja em seus aspectos funcionais; prever a probabilidade de ocorrência futura de um evento [...]; e, por fim, manipular e utilizar [...], um objeto qualquer, além de reproduzi-lo, alterando, até, suas características básicas. (...) Desenvolve-se essas habilidades, descrever e manipular, através da observação e da comparação [...] de fenômenos, identificando entre eles ou algumas diferenças, o processo de discriminação, ou certas semelhanças, a generalização. Obter um conhecimento não é apenas saber sobre um objeto, mas ter a capacidade de utilizá-lo, utilizando-se todos os recursos que ele venha a oferecer para a sociedade. Segundo Marconi e Lakatos (2005, p. 75-76): 1 HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. Tradução de Dr. Antônio Correia. 8. ed. Coimbra: Arménio Amado, 1987. 2 GARCIA, F. L. Introdução crítica ao conhecimento. Campinas-SP: Papirus, 1988. 16 Ao se falar em conhecimento científico, o primeiro passo consiste em diferenciá-lo de outros tipos de conhecimento existentes. (...) O conhecimento popular [...] não se distingue do conhecimento científico nem pela veracidade nem pela natureza do objeto conhecido: o que os diferencia é a forma, o modo ou método e os instrumentos do “conhecer”. A busca pelo conhecimento pode ser efetivada de maneiras distintas, uma vez que a ciência não é a única forma para se obter a verdade sobre determinado fato. Segundo Amaral (2010, p. 67-68): O conhecimento popular é valorativo e assistemático, isto é, fundamenta-se em estados de ânimos e emoções, sem nenhuma sistematização das ideias. Já o conhecimento filosófico é apresentado como racional e não verificável, pois se desenvolve a partir de ideias emergidas da experiência e não da experimentação, formando enunciados de hipóteses filosóficas que não podem ser confirmadas nem refutadas. O conhecimento religioso é definido como um campo de proposições sagradas reveladas pelo sobrenatural, por tanto é inspiracional, uma vez que é aceito a partir da fé que as pessoas depositam nessa revelação divina. Por fim, o conhecimento científico é mostrado como real (factual) e contingente, lidando com todos os fatos e objetos que podem ter sua veracidade provada por meio da experiência. Para Marconi e Lakatos (2005) e Amaral (2010) o conhecimento é adquirido por meio da vivência cotidiana (popular); da razão (filosofia); da fé (religioso) e da experimentação (científico). A investigação sobre determinado objeto pode ser realizada por intermédio de uma única forma, ou então, mesclando esses tipos deconhecimento, lógico que respeitando seus princípios de atuação. A forma de conhecimento que mais se destaca é a forma norteada pela ciência. Para Marconi e Lakatos (2005), essa forma é uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos que se deseja estudar e contribui na formação profissional nas mais diversas áreas existentes de estudo. O conhecimento científico é o mais adequado e o que melhor se encaixa para as universidades, visto que o papel delas é promover estudos e pesquisas nas mais diversas áreas de conhecimento e comprovar os resultados encontrados. 2.1 – A PESQUISA CIENTÍFICA E A FORMAÇÃO ACADÊMICA Segundo Fiuza (2014), dada a necessidade de compreender o mundo em que vive e de conhecer as relações que se escondem por trás de objetos, fatos ou fenômenos, o homem busca na ciência a aprendizagem ou conhecimento 17 fundamentado na investigação reflexiva, metódica e sistemática da realidade investigada. Para Silva (2007, p.05) “a ciência é um processo lógico de investigação para a solução de problemas e a busca de respostas a questões referentes a fenômenos naturais”. Segundo Lotufo Júnior (2010), o conhecimento produzido pela investigação científica é também estimulante para a busca e o encontro de soluções para problemas de ordem prática da vida diária, basta, para isso, de uma relação entre pesquisador e o objeto pesquisado, ocorrer a pesquisa para compreensão de um fenômeno, e, dela, ser gerado um corpo de conhecimento livre de crenças, percepções, valores, atitudes e emoções pessoais. Para Fonte (2004), a pesquisa científica, visa contribuir com a evolução dos saberes em todos os setores e deve ser sistematicamente planejada e executada através de rigorosos critérios de processamento das informações. É através da pesquisa científica que o estudante duvida, questiona a realidade, estabelecendo polêmica e argumentando os resultados, descobrindo e criando algo novo. De acordo com Fiuza (2014, p. 04-05): Seja através dos currículos dos cursos de graduação, que contemplam todo o aparato que envolve o método científico, incluindo-se, aí, técnicas de estudo e leitura; técnicas de produção de conhecimento e modos de análise; normas de elaboração e especificidades da redação científica; projetos de pesquisa e suas etapas; trabalhos de conclusão de curso; seja nos estágios curriculares e na iniciação científica, a trajetória de pesquisa do estudante permite-lhe, dentre tantos benefícios, educar a mente para ordenar ideias, interrogar-se diante das situações existentes na realidade, buscar soluções de problemas e conhecer a realidade, além de desenvolver sua visão sistêmica. Segundo Campos et al. (2009, p.08) “a pesquisa científica é de extrema importância na formação profissional de qualquer aluno. O que muitas vezes se pode observar é uma falha no sistema educacional que não estimula seus alunos a investigarem e a produzirem conhecimento”. A pesquisa científica está presente em todos os currículos das universidades, demonstrando assim sua importância no meio profissional. O mercado de trabalho está exigindo cada vez mais do profissional, que já não basta este ter conhecimentos teóricos e sim na realização de uma prática que busca a produção de novas ideais e conhecimentos (CAMPOS et al., 2009). 18 Durante toda a experiência de vida acadêmica e, sobretudo, durante o exercício da prática profissional se fará necessária uma contínua atualização quanto às inovações do conhecimento. Segundo Hebling (2006, p.04): Hoje em dia a humanidade leva apenas dezoito minutos para dobrar o conhecimento acumulado. Na primeira vez que isso ocorreu, foram necessários seiscentos anos de pesquisa. Assim, muito em breve, uma descoberta realizada no café da manhã já será obsoleta na hora do almoço. Para Galvão (2013), a relação entre conhecimento e pesquisa deve estar fundamentada na ideia de que a busca sistemática, metódica e apaixonada pelo saber não termina com o fim dos cursos de graduação. Na medida em que a universidade se propor a formar cientistas e pesquisadores desde os primeiros anos da graduação, estará contribuindo no sentido de consolidar uma educação superior de qualidade, pautada na autonomia do indivíduo/cidadão e conectada com as exigências futuras da pós-modernidade. 2.2 – A INICIAÇÃO CIENTÍFICA (IC) De acordo com Bastos et al. (2010) a Iniciação Científica (IC) é um instrumento que permite introduzir os alunos de graduação na pesquisa científica, sendo um instrumento de apoio teórico e metodológico à realização de um projeto que contribua na formação profissional do aluno. Tem a finalidade de despertar vocação científica e incentivar talentos potenciais entre estudantes de graduação universitária, mediante participação em projeto de pesquisa, orientados por pesquisador qualificado. Segundo Oliveira (2017) a IC pode ser vista como um instrumento de apoio teórico e metodológico que potencializa as chances de um estudante de graduação engajar na pesquisa científica. Esta auxilia no desenvolvimento das visões do aluno, pois permite um contato com o conhecimento diferente daquele visto em sala de aula. A IC deve ser vislumbrada como um componente essencial de formação. Oliveira (2017) ainda relata que de acordo com o Manual do Usuário do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC (baseado na Resolução Normativa 019/2001): A iniciação científica é um instrumento que permite introduzir os estudantes de graduação potencialmente mais promissores na pesquisa científica. É a possibilidade de colocar o aluno desde cedo em contato direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa. Nesta perspectiva, a iniciação 19 científica caracteriza-se como instrumento de apoio teórico e metodológico à realização de um projeto de pesquisa e constitui um canal adequado de auxílio para a formação de uma nova mentalidade no aluno. Em síntese, a iniciação científica pode ser definida como um instrumento de formação de recursos humanos qualificados. A iniciação científica é um dever da instituição e não uma atividade eventual ou esporádica. É isso que permite tratá-la separadamente da bolsa. Bastos et al. (2010, p.61) ressalta: É um dever de toda Instituição de nível superior oferecer esse programa de Iniciação Científica mesmo sem a veiculação de bolsa de iniciação científica, já que esta é apenas um incentivo individual que serve como estratégia de seleção para os melhores alunos e/ou projetos. Essa bolsa pode ser um atrativo, ajudando o bolsista a não desistir do projeto por problemas financeiros, garantindo sua participação em todo o processo de pesquisa. O bolsista deve receber orientação por pesquisador qualificado de modo que a aprendizagem de técnicas e métodos, bem como o desenvolvimento do pensar científico, seja decorrente de situações criadas pelo confronto direto com os problemas da pesquisa. A iniciação científica também tem como objetivos estimular pesquisadores a encorajarem os estudantes de graduação a se engajarem em pesquisas científicas, recebendo orientação de Instituições sérias e comprometidas com o desenvolvimento técnico-científico do país, estimulando sempre o ingresso de novos pesquisadores. A IC tem um papel fundamental na vida do estudante ajudando-o a descobrir e desenvolver as suas aptidões, influenciando no desenvolvimento crítico, ético e cultural, e também o prepara para enfrentar com segurança e qualidade o mercado de trabalho. Oliveira (2017) ressalta que a IC deve ser encarada como uma obrigação, um dever da academia, como um compromisso com o estudante, futuro profissional, empregador, empregado ou autônomo, portanto, um compromisso com a comunidade. Para que um aluno possa participar do processo de seleção a Iniciação científica, ele deve estarregularmente matriculado em curso de graduação, apresentar um excelente rendimento acadêmico, dedicar-se às atividades propostas na pesquisa, ter cursado pelo menos o primeiro período da graduação e não estar no último período do curso, não possuir vínculo empregatício, pois atrapalharia a dedicação ao projeto, e ter de preferência alguma experiência na área da pesquisa a ser realizada (BASTOS et al., 2010). 20 2.2.1 – Os impactos para o estudante A IC engrandece o estudante, aproximando-o ainda mais do âmbito acadêmico e da pesquisa. Esta aproximação aprimora suas habilidades, revela ao aluno informações ocultas na teoria que sobressaem somente com a praticidade e experimentação. Como consequência deste incremento de conhecimento o estudante estará mais preparado para se submeter aos passos seguintes à graduação, como especializações, mestrados, doutorados, e, principalmente, a vida profissional (OLIVEIRA, 2017). Ao fazer parte de um projeto de IC, o estudante pode conhecer mais afundo uma determinada linha de estudo, fazendo com que ele possa escolher com maior segurança a área em que desejará seguir profissionalmente. Segundo Oliveira (2017), ao experimentar áreas e linhas de pesquisa, o estudante está refinando e justificando suas vocações, suas aptidões e preferências, podendo então tomar decisões de maneira mais segura e coerente. A IC ainda proporciona aos estudantes a diminuição do tempo de realização do mestrado. O tempo para ingressar em uma pós-graduação, para estudantes que participaram de IC é bem menor do que o tempo que demanda o início de um mestrado para aqueles que não realizaram nenhum tipo de projeto. Ao participar de um projeto de IC, o estudante se prepara bem melhor para as avaliações decorrentes de seu curso, ampliando seus horizontes e modo de reflexão. Oliveira (2017) ainda observa que estes estudantes desenvolvem um senso crítico profissional sobre suas vidas, a depender do projeto desenvolvem uma conscientização humanitária, em fim tornam-se agentes de melhorias da comunidade. Percebe-se também que é reforçado um sentimento de afinidade com a universidade. 2.2.2 – Os impactos para a universidade Para Oliveira (2017): Uma universidade deve ter um forte relacionamento com o meio em que está inserida. O próprio conceito original de Academia justifica este relacionamento com a comunidade. O contexto econômico e sociocultural implica diretamente no funcionamento da Universidade e sua política de formação acadêmica implica diretamente na composição do contexto em que está inserida. Comunidade e Universidade convivem em um sistema de 21 troca, onde a Universidade dependente da comunidade agrega valores intelectuais à mesma, contribuindo para evoluções em todos os aspectos. Apenas para citar alguns fatores: A partir da educação a universidade impulsiona aspectos como o emprego, saúde e segurança. Os benefícios citados, como identificar vocações de cada estudante participante da IC, permitir a aproximação ao meio científico e oferecer um melhor preparo para as etapas posteriores, se aplicam diretamente aos estudantes e são refletidos para a comunidade e para a própria universidade. Ressalta-se que a IC proporciona um sentimento de fidelidade entre o aluno e a universidade, podendo desencadear posteriormente um sentimento de orgulho da comunidade para a universidade. A universidade, ao oferecer projetos de IC aos seus estudantes, cria um vínculo entre a graduação e a pós-graduação, os qualificados e os inseridos no ambiente científico. Segundo Oliveira (2017), Através de atividades deste tipo a universidade é divulgada, seu domínio de atividades transpõe os limites físicos da instituição e se perpetua através da transitividade do conhecimento oferecido. Oliveira (2017) ainda apresenta os objetivos específicos para a universidade constantes no Manual do usuário do PIBIC (Baseado na resolução Normativa 019/2011): - Contribuir para a sistematização e institucionalização da pesquisa; - Incentivar à formulação de uma política de pesquisa para a iniciação científica; - Possibilitar uma maior articulação entre a graduação e a pós-graduação; - Qualificar os melhores alunos para os programas de pós-graduação; - Introduzir e/ou disseminar a pesquisa na graduação; - Colaborar no fortalecimento de áreas ainda emergentes na pesquisa; - Propiciar condições institucionais para o atendimento aos projetos de pesquisa de grupos de pesquisa cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq; - Fortalecer a prática da avaliação interna e externa nas atividades de iniciação científica, contribuindo para sua extensão a outras esferas da universidade; - Tornar a instituição mais agressiva e competitiva na construção do saber; - Fomentar a interação interinstitucional no âmbito do Programa; - Contribuir para as instituições universitárias cumprirem sua missão de pesquisa. 22 2.2.3 – Os impactos para a sociedade Todo país que aspire alcançar status de relevo no concerto das nações, necessita de desenvolver a própria pesquisa científica (FORATTINI, 1999). Apesar de o Brasil possuir um conjunto expressivo de cientistas de bom nível e de injetar recursos relativamente vultosos, levando em conta sua realidade social, no financiamento à pesquisa, a ciência e a mentalidade científica ainda não estão incorporadas de maneira plena em nossa sociedade (VERCESI et al., 2002). Segundo Forattini (1999, p. 02): Os pesquisadores, tem o dever de se comunicarem com a sociedade à qual pertencem. E de maneira ampla e não apenas restrita ao que concerne o conteúdo e a utilização, boa ou má, das suas descobertas científicas. Principalmente, quanto ao significado destas em relação ao solucionamento dos problemas que a afetam. Há de se estimular e amparar, não apenas a pesquisa em si, mas também os meios de divulgação. De acordo com Vercesi et al. (2002, p. 04): O desafio principal que o Brasil enfrenta parece ser o estabelecimento de um sólido sistema de educação pública que permita incluir o país como um todo no desenvolvimento de uma ciência não dissociada dos grandes problemas nacionais. Para que isso aconteça, é preciso uma grande mobilização de toda a sociedade, pois a transformação exigida é essencial para que os recursos investidos na pesquisa possam, de fato, frutificar, tanto em relação à contribuição que a ciência que fazemos aqui dará para o avanço do conhecimento como em relação à melhoria da qualidade de vida de nossa população. A ideia de que a Ciência deve estar a serviço da sociedade não é nova e sempre orientou as práticas e as políticas de desenvolvimento científico e tecnológico dos países. Num cenário complexo, no qual nem sempre as perspectivas dos atores envolvidos são convergentes, um ponto de consenso nesta discussão é o de que atualmente não se dispõe de modelos que permitam monitorar e avaliar os benefícios da ciência para a sociedade, além dos avanços acadêmicos (SANTOS, 2017). 23 3 – MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 – CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA A classificação da metodologia utilizada para a realização do presente trabalho foi realizada segundo Miguel et al. (2012). O presente trabalho tem sua natureza aplicada, porque foi uma pesquisa sobre como os estudantes se envolvem com a pesquisa científica durante a graduação. O método utilizado para realizar o trabalho foi o método do estudo de caso, analisando o comportamento dos estudantes do curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário Salesiano de São Paulo – Unisal – Campus Lorena, perante a pesquisa científica e qual a importância dela durante a trajetória desses alunos na universidade. A pesquisa realizada foi descritiva, que descreve as características de um fenômeno. Tendo uma abordagem combinada: qualitativa e quantitativa, aplicando- seum questionário entre os estudantes do curso de Engenharia de Produção da Unisal – Campus Lorena/SP, entre os diversos períodos do curso. Analisando qual a importância da pesquisa científica para eles, observando também a participação desses alunos em projetos de iniciação cientifica e como essa participação influenciará na vida profissional deles. 3.2 – DESCRIÇÃO A pesquisa constituiu de duas etapas: - 1ª Etapa: foi realizada a revisão de literatura utilizando-se as bases acadêmicas como o Google Acadêmico e Scielo, usando as palavras chaves: pesquisa científica, pesquisas na graduação, iniciação científica, jovem pesquisador e importância da pesquisa. Foram utilizados também livros, buscando compreender melhor qual a importância de se envolver e realizar pesquisas científicas durante a graduação e como esse envolvimento pode auxiliar a vida profissional do estudante. - 2ª Etapa: foi realizada após a revisão de literatura. Nessa etapa foi realizada uma pesquisa de campo com os alunos do curso de Engenharia de Produção da Unisal – Campus Lorena/SP, buscando conhecer como os estudantes estão 24 envolvidos com o mundo das pesquisas científicas, se eles acham que se envolver com essas pesquisas por meio dos projetos de iniciação científica (IC) poderá ajudá- los na vida profissional. Com o desenvolvimento da pesquisa de campo, foi levantado os pontos mais críticos apontados pelos estudantes, como: dificuldades para ingressarem nos projetos, apoio de professores e da própria universidade, entre outros. O fluxograma, apresentado na Figura 1, exemplifica todas as etapas elaboradas para a realização deste trabalho. Figura 1: Fluxograma das etapas para a realização do trabalho. Fonte: elaborado pela autora. 3.3 – QUESTIONÁRIO O primeiro questionário (Tabela 1) foi elaborado a partir da leitura dos estudos existentes na literatura, onde se percebeu os pontos mais críticos de todos os trabalhos sobre o assunto em questão. As perguntas foram criadas com o intuito de entender melhor como os alunos veem os projetos de iniciação científica em suas vidas e quais os impactos a participação na IC pode trazer para a vida profissional. 25 Foi elaborado um pré-teste para verificar se as perguntas elaboradas precisariam passar por modificações. O pré-teste foi aplicado em 20 alunos do 10º período de Engenharia de Produção, da Unisal – Lorena/SP, todos responderam que as perguntas não deixavam dúvidas e que foram elaboradas de forma clara e objetiva. Antes de responderem ao questionário, foi entregue aos alunos o “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” (Anexo A) informando sobre a finalidade da pesquisa. Para a realização da pesquisa de campo, foi aplicado o seguinte questionário, conforme mostra a Tabela 1, com os estudantes de graduação de Engenharia de Produção da Unisal – Campus Lorena/SP. Tabela 1: Questionário 1 sobre pesquisa científica. Fonte: elaborado pela autora. O questionário foi aplicado de forma online. Ele foi criado a partir da plataforma de questionário do Google e enviado a coordenação do curso de Engenharia de Produção para que o link do questionário fosse enviado, via e-mail, para todos os estudantes do curso respondessem. ( ) Não encontro nenhuma dificuldade ( ) Não. Dúvida: __________________________________ Nome do aluno: Questionário sobre Pesquisa Científica Perguntas ( ) Não ( ) Não terá nenhuma importância para a minha vida profissional ( ) 5 a 10 ( ) 1 a 5 8 - Você acha que faltou alguma pergunta? Em caso afirmativo, dê uma sugestão de pergunta. Período: Curso: ( ) Estudo realizado somente por professores e alunos nas universidades. ( ) Acima de 10 1 - O que é pesquisa científica para você? ( ) É um conjunto de ações que visam a descoberta de novos conhecimentos em uma determinada área. ( ) É fruto de um trabalho realizado pelo pesquisador, devendo obedecer a padrões previamente estabelecidos. ( ) Não sei responder 2 - Quantos artigos científicos você lê por período? ( ) Nenhum 3 - Há projetos de iniciação científica na Universidade? Se sim, você participa ou já participou de algum? ( ) Sim. Participo (ei) do projeto__________________________________ ( ) Não tenho conhecido ( ) Há poucos grupos de estudos que realizam IC ( ) Não há incentivo dos professores ( ) Falta de infraestrutura adequada para realização dos projetos ( ) Sim 7 - O questionário ficou claro? Em caso negativo, qual dúvida surgiu? ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim. Sugestão: _______________________________________ 4 - A Universidade dá apoio e incentivo para que os alunos de graduação participem de projetos de pesquisas científicas? 5 - Qual a importância da pesquisa científica para a sua vida profissional? ( ) Conseguirei uma boa posição no mercado de trabalho ( ) Poderei ingressar em programas de mestrado e doutorado ( ) Me ajudará a ter um senso mais crítico e analítico ao exercer meu trabalho 6 - Quais as dificuldades que você encontra em sua Universidade para a realização de projetos de iniciação científica (IC)? 26 Foi calculado o número de amostra mínima da população, para verificar se o resultado encontrado foi representativo ou não. Para o cálculo amostral foi utilizada a Equação (SANTOS, 2017): n = N.Z2.p.(1−p) Z2.p.(1−p)+ e2.(n−1) (1) Onde: n - amostra calculada; N – população (N=330); Z - variável normal padronizada associada ao nível de confiança (Z=90%); p - verdadeira probabilidade do evento; e - erro amostral (e=10%). Esse cálculo foi realizado por meio de uma calculadora online, desenvolvida por Santos (2017), apresentando resultado significativo para a pesquisa realizada com os alunos. Houve a aplicação de um segundo questionário (Apêndice A), que foi elaborado a partir dos trabalhos de Costa (2006) e de Resende et al. (2013). Um pré-teste do questionário foi realizado com uma amostra menor (com 5 pessoas da Engenharia de Produção) para detectar e corrigir eventuais falhas. Antes de responder o questionário, o aluno deveria aceitar o “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” (Anexo A). O questionário foi semiestruturado com questões abertas e fechadas, sendo respondido de maneira online pela plataforma de questionário do Google, como também, entrevistas feitas, principalmente, com alunos que já participaram ou participam de iniciação científica para poder ter uma ideia mais ampla dos motivos do interesse dos alunos a entrarem no Programa de Iniciação Científica. Para analisar os dados, as respostas dos dois questionários foram tabuladas no Microsoft Excel, criando gráficos e tabelas. Utilizou-se a análise univariada, que para cada uma das variáveis individualmente encontraram-se as distribuições de frequência, para conhecer comportamento dessa variável, método indicado por Costa (2006). Utilizou-se também a correção de Person e valor-p para identificar correlações significativas com variável participar de Iniciação Científica. Esses testes estatísticos foram feitos no MiniTab, versão 18. 27 4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO O curso de Engenharia de Produção da Unisal – Lorena / SP possui ao todo 330 alunos. Desse total, 102 alunos responderam ao questionário sendo que 40% estão em seu último período de graduação (10º período), 20% estão cursando o 6º período, 16% cursando o 8º e também a mesma porcentagem está cursando o 2º e 8% cursam o 4º período, conforme o Figura 2. Figura 2. Alunos participantes, por período, do curso de Engenharia de Produção da Unisal – Lorena /SP. Fonte: elaborado pela autora. Ao serem questionados sobre o que era pesquisa científica para eles, 72% responderam ser um conjunto de ações que visam a descoberta de novos conhecimentos em uma determinada área. 20% responderam ser fruto de umtrabalho realizado pelo pesquisador, devendo obedecer a padrões previamente estabelecidos. 4% disseram que é um estudo realizado somente por professores e alunos nas universidades e 4% não souberam responder, de acordo com o Figura 3. 7% 13% 20% 27% 33% 2 4 6 8 10 Período: 28 Figura 3. Pergunta 1: O que é pesquisa científica? Fonte: elaborado pela autora. Em relação a leitura de artigos durante um semestre, conforme a Figura 4, 56% responderam que leem de 1 a 5 artigos; 28% disseram que não leem nenhum artigo; 8% responderam ler de 5 a 10 artigos e 8% responderam que leem acima de 10 artigos por semestre. Figura 4. Pergunta 2: Quantos artigos você lê por período? Fonte: elaborado pela autora. Os alunos também foram questionados se haviam projetos de iniciação científica na Universidade (Figura 5), 16% disseram que não tinham conhecimento e 84% disseram que sim, que existem projetos de IC na IES. 29 Figura 5. Pergunta 3a: Há projetos de iniciação científica na universidade? Fonte: elaborado pela autora. Desses 84% que responderam sim, apenas 20% responderam já ter participado de algum projeto de IC (Figura 6). Figura 6. Pergunta 3b: Se sim, você participa ou já participou de algum? Fonte: elaborado pela autora. Os alunos também foram questionados se a IES apoia e incentiva os alunos de graduação a participem de projetos de pesquisas científicas, 80% responderam que sim, que há esse apoio e incentivo por parte da IES, conforme se observa no Figura 7. 16% 84% Não tenho conhecimento Sim 20% 80% Sim Não 30 Figura 7. Pergunta 4: A Universidade dá apoio e incentivo para os alunos de graduação participarem de projetos de iniciação científica? Fonte: elaborado pela autora. Ao serem questionados sobre a importância da pesquisa científica para a vida profissional deles (Figura 8), 32% responderam que a pesquisa científica ajudaria a conseguir uma boa posição no mercado de trabalho; 32% disseram que a pesquisa científica ajudaria a ter um senso mais crítico e analítico ao exercer meu trabalho; 24% responderam que ajudaria a ingressar em programas de mestrado e doutorado e 12% disseram que a pesquisa científica não terá nenhuma importância para a minha vida profissional. Figura 8. Pergunta 5: Qual a importância da pesquisa científica na sua vida profissional? Fonte: elaborado pela autora. 80% 20% Sim Não 32% 24% 32% 12% Boa posição no mercado de trabalho Ingresso em programas de mestrado e doutorado Melhorar o senso crítico e analítico Não terá nenhuma importância 31 Mesmo a IES apoiando e incentivando os projetos de IC, os alunos foram questionados sobre quais as dificuldades que eles encontram na IES para a realização dos projetos (Figura 9) e 52% responderam que a maior dificuldade encontrada é que há poucos grupos de estudos que realizam IC; 16% responderam que falta infraestrutura adequada para realização dos projetos; também 16% responderam que não há incentivo por parte dos professores e 16% responderam não encontrar nenhuma dificuldade. Figura 9. Pergunta 6: Quais as dificuldades que você encontra em sua Universidade para a realização de projetos de IC? Fonte: elaborado pela autora. Por meio dos resultados encontrados com a aplicação do questionário, percebe-se que, mesmo a maioria dos alunos sabendo o que significa pesquisa científica e qual a sua finalidade, poucos são os alunos que participam ou já participaram de projetos de iniciação científica durante a graduação. Pode-se perceber também que a leitura de artigos científicos por parte da maioria ainda é considerada pequena. Os professores também fazem parte do processo de incentivo para que cada vez mais os alunos se interessem pelo mundo das pesquisas, pois é a partir desses pequenos incentivos, que os alunos começam a despertar a curiosidade para esse mundo. Percebe-se também que há poucos grupos de estudos de iniciação científica, o que torna o acesso as pesquisas científicas mais restrito dentro da Universidade. 16% 16% 52% 16% Falta de infraestrutura Não há incentivo dos professores Há poucos grupos de estudos Nenhuma dificuldade 32 Cabe a IES, juntamente com seu corpo docente e alunos, buscar soluções para ampliar e divulgar cada vez mais a importância das pesquisas científicas. A iniciação científica tem um papel fundamental na vida do estudante, pois auxilia nas descobertas e desenvolvimentos de suas aptidões, influenciando no desenvolvimento crítico, ético e cultural, e também o prepara para enfrentar com segurança e qualidade o mercado de trabalho. A maioria dos entrevistados tem essa consciência, de que a pesquisa científica pode auxiliar e ajudar a conquistar uma posição na carreira profissional. Sabendo que na correlação de Pearson valores de 0 a 0,3 indica correlação desprezível; 0,3 a 0,5, correlação fraca; 0,5 a 0,7, correlação moderada; 0,7 a 0,9, correlação forte; maior que 0,9, correlação muito forte (WIETHAN; MOTA; MORAES, 2016). Para o valor-p, valores significativos são valores inferiores a 0,05. Houve correlação significativa (Tabela 2), somente, a participação em Programas de Pesquisa com a leitura de artigos, sendo que a participação nos Programas de Iniciação Científica favoreceu a leitura de artigos, porém, é uma correlação fraca. Provavelmente, pois outros fatores também levam aos alunos lerem mais artigos como fazer o Trabalho de Conclusão de Cursos, os trabalhos de disciplinas como a disciplina Metodologia da Pesquisa. Tabela 2: Correlação das variáveis do primeiro questionário Participa/ participou de Iniciação Científica Período do curso Leitura de Artigos Período do curso -0.159 0.369 Leitura de Artigos 0.416 -0.041 0.014 0.817 Conhecer o Programa de Iniciação Cientifica 0.268 -0.246 0.086 0.125 0.162 0.628 Conteúdo da Célula; Correlação de Pearson; Valor-p. Fonte: elaborado pela autora. Com relação ao cálculo amostral, para que o questionário fosse considerado representativo, seria necessário que ao menos 57 alunos respondessem ao questionário, conforme Figura 10. 33 Figura 10: Cálculo amostral da representatividade do questionário aplicado. Fonte: adaptado - Santos (2017). Como 102 alunos responderam o primeiro questionário, pode-se considerar que o questionário foi confiável. O segundo questionário (Apêndice A), foi respondido por 58 pessoas de todos os anos de Engenharia de Produção, sendo que 12 (doze) alunos já participaram de iniciação científica. O perfil dos alunos da Engenharia de Produção foi: idade média de 24 anos, sendo 56 % do sexo feminino e 44 % do sexo masculino. A maioria dos alunos (72%) cursou o Ensino Médio em Escola Pública, como também a maioria (85%) cursou o Ensino Regular, apenas 15 % fez curso técnico. Em relação a trabalhar e fazer estágio, 64 % trabalha e 28 % faz estágio. Em relação ao gosto pela leitura, 76 % dos alunos afirmaram que gosta de ler, porém, a maioria (32 %) lê, somente, de 1 (um) a 3 livros por ano (Figura 11). De acordo com Castro (2006), o hábito de leitura ajuda no desenvolvimento da pesquisa. 34 Figura 11: Número de livros lidos pelos alunos de Eng. Produção por ano Fonte: elaborado pela autora. Os alunos consideram importante a pesquisa para formação acadêmica, sendo a maioria gostaria de participar (sendo apenas 2% não gostaria). Eles acreditam que o programa de Iniciação Científica permite agregar, aumentar, desenvolver conhecimentos, como também, pode abrir oportunidades. Para exemplificar, um aluno respondeu sobre a participação em Pesquisa Científica: “Permite a especialização a partir da pesquisa, agrega conhecimento e permite alcançar umpensamento analítico”. A pesquisa apontou o que motiva o aluno fazer Iniciação Científica (Figura 12) é o desenvolvimento do projeto (42%). Figura 12: Motivo pelo Interesse nos Programas de Iniciação Científica Fonte: elaborado pela autora. 35 Porém, o maior desinteresse pelos Programas de Pesquisa (Figura 13) é a falta de tempo. Figura 13: Motivo pelo desinteresse nos Programas de Iniciação Científica Fonte: elaborado pela autora. Além disso, verificou-se que há um desinteresse dos alunos, mas também pelos os orientadores (professores), que não estão estimulados a orientar os alunos nos trabalhos de Iniciação Científica. Tabela 3: Correlação das variáveis do segundo questionário Iniciação Científica Gostar de ler Estágio Gostar de Ler -0.146 0.496 Estágio 0.435 0.059 0.034 0.783 Disciplina Metodologia da Pesquisa 0.296 0.073 -0.000 0.161 0.736 1.000 Participar de Evento Científico 0.007 0.146 0.338 0.974 0.496 0.106 Futuro – Fazer Especiação/Mestrado -0.105 0.215 -0.081 0.624 0.312 0.707 Conteúdo da Célula; Correlação de Pearson;Valor-p. Fonte: elaborado pela autora. A correlação das varáveis do segundo questionário (Tabela 3) mostra uma correlação significativa (valor-p=0,034, <0,005) entre aos alunos que já participaram/participam de iniciação científica e realização de estágio. Isso acontece por causa do aprendizado de novas ferramentas, aprofundamento na área, aumento da criatividade, ajuda no desenvolvimento de uma análise crítica na iniciação científica, que pode abrir portas do estágio. Porém, essa correlação é fraca (0,425, 36 valor entre 0,3 e 0,5), pois há outros fatores que favorece arrumar um estágio como o domínio da língua inglesa. 37 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao analisar o questionário como um todo, percebe-se que os alunos possuem interesses em realizar projetos de pesquisas científicas como forma de ampliarem seus conhecimentos, seu senso crítico e, até mesmo descubram suas aptidões e consigam, assim, uma melhor posição no mercado de trabalho. Para despertar ainda mais esse interesse dos alunos, cabe aos professores e também a Universidade como um todo, organizar programas para apresentar o mundo das pesquisas científicas para seus alunos. Mostrando para eles as vantagens e possibilidades que as pesquisas científicas podem trazer para a vida acadêmica deles. A IES também deve incentivar a criação de mais grupos de estudos de iniciação científica, buscando envolver cada vez mais os alunos nesses projetos; seja através de programas de bolsas de incentivos, seja por meio de palestras motivacionais. Cabe a IES e a seu corpo docente, mostrar para os alunos o quanto as pesquisas científicas trazem benefícios paras as suas vidas: conquistar uma posição de destaque na carreira profissional; auxiliar no ingresso a programas de mestrado e doutorado; entre outros. O presente trabalho não tem a finalidade de encerrar o assunto, mas abre um caminho para que novas discussões e estudos venham a surgir, permitindo que as práticas das pesquisas científicas sejam levadas cada vez mais para os alunos; fazendo com que os mesmos aprofundem seus conhecimentos nas mais diversas áreas específicas e tenham cada vez mais o senso crítico para se tornarem excelentes profissionais no mercado de trabalho. 38 REFERÊNCIAS AMARAL, R. do. 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Caso queira participar da pesquisa sob a responsabilidade de Ana Paula Rodrigues Silva do 5º ano de Engenharia de Produção do Centro Universitário Salesiano de São Paulo situado em Lorena, solicitamos que assine este termo de consentimento, estando ciente que: - Os procedimentos aplicados oferecem riscos mínimos à sua integridade moral, física, mental ou efeitos colaterais conhecidos e não é esperado que esse projeto venha a causar algum constrangimento; - Você será convidado (a) a Questionário sobre iniciação científica - A participação na pesquisa poderá ser interrompida a qualquer momento que você desejar; - Seus dados pessoais serão mantidos em sigilo e os resultados gerais obtidos por meio da pesquisa serão utilizados apenas para alcançar os objetivos do trabalho acima exposto, cujos dados poderão ser publicados em periódicos científicos; - Você poderá entrar em contato com o responsável pelo estudo – Ana Paula Rodrigues Silva – sempre que julgar necessário, pelo email: a.paularodriguessilva@gmail.com. - Você concorda ter recebido todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre sua participação nessa pesquisa; - Este termo de consentimento é feito em duas vias sendo que uma delas ficará em seu poder e a outra com o pesquisador responsável. Eu, ___________________________, RG, _____________dou o consentimento livre e esclarecido para participar desta pesquisa. ___________________, ______ de _________________ de ___________. _____________________________________ Assinatura do Voluntário ou Responsável Legal 42 APÊNDICE Apêndice A: Questionário – Iniciação Científica Identificação 1. Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino 2. Idade Escolaridade 3. Onde cursou a maior parte do ensino médio? Escola Particular Escola Pública 4. Qual a sua formação no Ensino Médio (Antigo Segundo Grau) ? Regular Técnico 5. Estuda na UNISAL? Sim Não 6. Qual curso? Engenharia de Produção Outro 7. Se for outro, especifique 8. Qual período? 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Outro 9. Já fez outro curso superior? Sim Não 10. Se SIM, qual? 43 LEITURAS E CONHECIMENTOS GERAIS 11. Gosta de ler? Não Sim 12. Quantos livros (em média) você lê por ano? Nenhum De 1 a 3 De 4 a 6 De 7 a 8 De 9 a 10 Mais de 10 13. Quantos artigos científicos você lê por ano? Nenhum De 1 a 5 De 6 a 10 Acima de 10 ATUAÇÃO PROFISSIONAL 14. Trabalha? Sim Não 15. Faz estágio? Sim Não PERFIL DO ALUNO 16. Está fazendo ou já fez o Trabalho de Conclusão de Curso? Sim Não 17. Já fez a disciplina de Metodologia de Pesquisa? Sim Não 44 18. Participa ou já participou INICIAÇÃO CIENTÍFICA? Sim Não 19. Você acredita que a pesquisa científica é importante para a sua formação? Sim Não 20. Se você não participa dos programas de pesquisa, gostaria de participar? Sim Não 21. Por quê? 22. Se já participou de iniciação científica, qual período começou a participar? 23. Em sua opinião, o que o motivaria a participar dos programas de pesquisa? Valor da Bolsa Desenvolvimento de um trabalho de pesquisa Oportunidade de publicação Interesse pelo tema de pesquisa Outro 24. Se for OUTRO, especifique: 25. Em sua opinião, o que o levaria a não participar dos programas de pesquisa? Valor da Bolsa Desenvolvimento de um trabalho de pesquisa Oportunidade de publicação Falta de tempo Falta de interesse Burocracia Concorrência Outro 26. Recebe ou já recebeu bolsa de iniciação científica? Sim 45 Não 27. Já participou de algum evento científico? Congresso? Seminário? Sim Não 28. Se sim, você apresentou algum trabalho nesses eventos científicos? Sim Não 29. Qual a sua pretensão após o término da graduação? Pretende apenas concluir a graduação Mestrado Especialização