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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU – FURB DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E DE TELECOMUNICAÇÕES – DEET CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA: ACIONAMENTOS ELÉTRICOS ( ELT.197_0_1) ACADÊMICO: ______GABARITO______________________________________________________________________________ PROVA P1 DATA: 05/08/2014 Informações: As questões podem ser respondidas a lápis, no entanto, a resposta final deve estar escrita à caneta. A prova tem duração de duas aulas de 50 minutos. Exige-se organização e a interpretação das questões faz parte da avaliação da prova. Tenha sucesso! 1a. Questão Fundamentos dos acionamentos de motores de Corrente Contínua (MCC) 1.Q1) Quais são os modos de operação de um motor de CC? Responda isto em termos dos sentidos do torque, da velocidade e do fluxo de potência do acionamento. (1 ponto) R: O motor pode operar em quatro modos distintos de operação, quais sejam: modo motor, modo frenagem direta, modo frenagem reversa e modo motor reverso. Por meio da Figura 1(a) e da Figura 1(b) pode-se verificar estes modos. Com base na Figura 1(a) os modos ficam assim configurados: Motor em sentido direto, (1º quadrante) onde Ea e Ia são positivas e o torque e o sentido de rotação coincidem (sentido anti-horário). Motor em sentido reverso, (3º quadrante) onde Ea, Ia são negativas e o torque e o sentido de rotação coincidem (sentido horário). Modo Frenagem direta, (2º quadrante) onde Ea é positiva e maior que a tensão de armadura, fazendo com que Ia circule no sentido reverso, ou seja do motor para o conversor, produzindo torque em sentido oposto (horário) e em oposição ao sentido de rotação do eixo ( (sentido anti-horário). Modo Frenagem reversa, (4º quadrante) onde Ea é negativa, a corrente de armadura flui do conversor para o motor fazendo com que torque ocorra em sentido anti- horário e em oposição ao sentido de rotação do eixo ( sentido horário). (a) (b) Figura 1 – Modos e/ou quadrantes de operação de motores de CC 1.Q2) Para os circuitos apresentados na Figura 2, explique se, e como, ocorrerá a variação de velocidade dos motores? (1 ponto) R: Nos acionamentos ilustrados conforme Figura 2 (a) e Figura 2 (d) a variação de velocidade é conseguida fazendo a variação do valor médio da tensão presente nos terminais dos respectivos motores. No primeiro caso, o valor médio da tensão da armadura é conseguido via ajuste do ângulo de disparo dos tiristores. Bem como pela variação da corrente de campo alterando o valor médio de V_campo. No segundo, por meio da variação do valor médio da tensão V_fonte quando for possível, se não for possível, não ocorrerá variação de velocidade também. No acionamento ilustrado na Figura 2 (c), verifica-se que a carga tem característica de velocidade constante, o que implica admitir que, embora o ajuste da razão cíclica possibilite o ajuste do valor médio da tensão da armadura, a força contraeletromotriz (Ea) permanecerá constante, tal como a velocidade. Resultando então na variação do valor médio da corrente de armadura e, por consequência, na variação do torque. Torque Velocidade QI Motor Direto QIV Frenagem Reversa QIIII Motor Reverso QII Frenagem Direta 1.Q3) A partir dos dados apresentados na Figura 2 sinalize o que for correto. (2 pontos) (02) Na Figura 2(a) L_ext é utilizado para reduzir as pulsações do Tem do motor. X (04) Todas as cargas acionadas são tipo velocidade constante. (08) Em regime permanente, os acionamentos da Figura 2(c) e Figura 2 (d) apresentam menores peso e volume. X (16) Em regime permanente, o acionamento da Figura 2(c) apresentará menor pulsação de conjugado. (32) As especificações do motor de CC (Figura 2(b)), indicam que a excitação do motor pode ser feita de todas as formas apresentadas na Figura 2. (64) Em regime permanente, o acionamento da Figura 2(d) apresentará menor pulsação de conjugado. X (74) das respostas. 2a. Questão Fundamentos dos conversores estáticos aplicados em acionamentos elétricos 2.Q1) Quais são os quadrantes de operação possíveis dos motores de CC apresentados nos circuitos da Figura 2? Explique detalhadamente como cada um fica estabelecido. Responda isto em termos dos sentidos do torque, da velocidade e do fluxo de potência do acionamento. (2,5 pontos) (a) R: Como não há possibilidade da corrente fluir do motor para o retificador e retornar para o motor, bem como, de o valor médio da tensão nos terminais do motor ser negativa, o acionamento possibilitará que o motor opere somente no 1º quadrante. É importante observar que a carga do acionamento tem característica de conjugado constante, o que implica dizer, que a corrente também será constante. Evidenciando a operação somente em um quadrante. (c) R: Neste acionamento, há possibilidade da corrente fluir do motor para o retificador e retornar para o motor. Porém o valor médio da tensão nos terminais do motor nunca será negativo. Assim o acionamento possibilitará que o motor opere somente no 1º e no 2º quadrantes. É importante verificar que a carga tem característica de velocidade constante, o que resulta ter a força contra eletromotriz (Ea) constante. Evidenciando que o conversor poderá operar no máximo no 1º e no 2º quadrantes. (d) R: Neste acionamento, tal como no acionamento da Figura 2(a), não há possibilidade da corrente fluir do motor para o retificador e retornar para o motor. Tão pouco, de que o valor médio da tensão na armadura possa ser negativo. Além da carga, ser do tipo conjugado constante. Assim, o conversor operará somente no 1º quadrante. Figura 2 - Acionamento de motores de CC 3a. Questão Fundamentos dos acionamentos de motores de Corrente Alternada (MCA) 3.Q1) Dada a equação: 𝑛 = (1/𝑝) ∙ [𝑓 ∙ 60 ∙ (1 − 𝑠)] é incorreto afirmar que: (1 ponto) n representa a velocidade desenvolvida no rotor de um motor de indução p é o número de pares de pólos de um motor de indução. s representa a velocidade desenvolvida no estator de um motor de indução. X f é a frequência da onda de tensão aplicada no estator de um motor de indução. 3.Q2) Apresente duas características básicas diferenciais sobre os motores de indução do tipo rotor bobinado (anéis) e do tipo gaiola de esquilo? (1 ponto) R: Rotor bobinado: - devido a possibilidade de acesso aos terminais do rotor, pode-se, -para um mesmo valor de corrente no estator-, estabelecer que a corrente no rotor seja maior e produza um conjugado de partida maior. - a possibilidade de acesso aos terminais do rotor implica inserir mais componentes que aumentam os custos do motor e de manutenção; - a possibilidade de acesso aos terminais do rotor implica necessidade de cuidados extras com o ambiente de trabalho destes motores, devido a possibilidade acesso de corpos estranhos ao interior do motor. Rotor tipo gaiola de esquilo: - Solução mais barata comparada aos motores com rotor bobinado; - Indicado para acionamentos de cargas de potência inferior a 1000 HP (Este limite depende do setor de aplicação: residencial, comercial ou industrial) e que requeiram conjugados de partida menores. - são mais robustos por não exporem as partes internas do motor. 3.Q3) Quais são os métodos de variação de velocidade em motores de indução? Qual é o mais empregado e de que forma pode ser implementado? (1 ponto) R: São, o método pela variação do número de polos do motor, o de variação pelo escorregamento e o de variação pela frequência do sinal de tensão de alimentação do motor. Sendo este último o mais empregado. A forma de implementação da variação da frequência mais usual é por meio do emprego de conversores de frequência, comercialmente chamados de inversores de frequência. 3.Q4) Defina conjugado de aceleração. (0,5 ponto) R: É a diferença entre o conjugadoeletromagnético desenvolvido pelo motor e o conjugado de resistência (ao movimento) oferecido pela carga. Ou seja representa a energia necessária para que o motor tire a carga do seu estado inercial, gerando uma aceleração da carga.
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