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MÁQUINAS DE FLUXO MAQ. FLUXO Aula Resumo das Equações Básicas A relação entre a energia de pressão e a pressão total é denominada grau de reação. Grau de Reação G é maior quanto maior for a parcela de energia de pressão (Hp) fornecida pelo rotor ao fluido. O grau de reação de uma turbomáquina está relacionado com a forma do rotor, e com a eficiência no processo de transferência de energia: O conceito do grau de reação é utilizado, inclusive, para classificar máquinas de fluxo. Curvatura da pá em relação ao sentido de rotação do rotor. MÁQUINAS DE FLUXO Rotor de uma bomba centrífuga MÁQUINAS DE FLUXO Rotor de uma bomba centrífuga MÁQUINAS DE FLUXO Rotor de uma bomba centrífuga MÁQUINAS DE FLUXO Volume de controle finito e as componentes da velocidade absoluta para análise de quantidade de movimento angular. MÁQUINAS DE FLUXO Distribuição constante de velocidade e pressão num rotor ideal Escoamento através do rotor de um ventilador centrífugo (máquina de fluxo geradora) Escoamento através do rotor de uma máquina de fluxo motora Diagramas de velocidade nas seções de entrada e saída do rotor de uma bomba centrífuga. Diagrama das velocidades para uma partícula líquida M. Diagrama de velocidades. (a) seção de entrada e (b) seção de saída. Área de passagem da corrente fluida através dos diversos tipos de rotores CURVAS CARACTERÍSTICAS ➢ A curva característica de desempenho de uma bomba mostra a variação da altura manométrica com a vazão. ➢ São também usualmente apresentadas as curvas relativas ao: ✓ rendimento, ✓ a potência de eixo, ✓ a velocidade (em rpm), e outras informações como o tamanho da bomba e o tipo, tamanho do impulsor, etc. MÁQUINAS DE FLUXO CURVAS CARACTERÍSTICAS ➢ As curvas são construídas para uma velocidade constante (rpm) e um determinado diâmetro de impulsor (ou série de diâmetros). ➢ Toda curva característica é feita para bombear água fria limpa e não se aplica necessariamente ao bombeamento de outros líquidos. ➢ No caso de líquidos viscosos a localização da curva característica, assim como a curva de rendimento sofre alterações. MÁQUINAS DE FLUXO CURVAS CARACTERÍSTICAS ➢ A seleção é feita de modo que o funcionamento esteja próximo à situação de melhor rendimento. ➢ As curvas características servem para descrever as condições operacionais de uma bomba e permitem relacionar a variação de altura manométrica com a vazão a uma velocidade constante. MÁQUINAS DE FLUXO CURVAS CARACTERÍSTICAS ➢ Altura Manométrica (Hm): medida de altura de uma coluna de líquido que a bomba poderia criar resultante da energia cinética que a bomba dá ao fluido. H = Hm ➢ A principal razão para usar altura ao invés de pressão para medir a energia de uma bomba centrífuga é que a pressão variará dependendo da densidade do fluido do fluido, mas a altura permanecerá a mesma. MÁQUINAS DE FLUXO Curvas características do sistema ➢ A curva de resistência do sistema ou curva de carga do sistema é a variação no fluxo relacionada à carga do sistema. ➢ Ela deve ser desenvolvida pelo usuário com base nas condições de serviço. ➢ Considerar : lay-out físico, condições de processo e características do fluido. MÁQUINAS DE FLUXO Curvas características do sistema ➢ 1.Altura Geométrica. Hg = Xr – Xs ➢ 2.Perda de Carga Δ h = Δ hs + Δ hr Δ hs = perda de carga na sucção; Δ hr = perda de carga no recalque. MÁQUINAS DE FLUXO Curvas características do sistema • a) Altura Geométrica Nula (Hg = 0): Hg = 0 ( Xs = 0, Xr = 0) MÁQUINAS DE FLUXO Curvas características do sistema • b) Curva Típica (Hg > 0) • MÁQUINAS DE FLUXO Curvas características do sistema • c) Sistema por Gravidade (Hg < 0) MÁQUINAS DE FLUXO Ponto de operação ➢ Os pontos sobre a curva característica da bomba representam condições reais de operação. ➢ A altura manométrica em Q=0 é igual a Hm ➢ A altura que se consegue bombear vai diminuindo progressivamente até o ponto de trabalho PT ➢ O ponto de cruzamento das duas curvas (da bomba e do sistema) define o ponto de operação da bomba !!! MÁQUINAS DE FLUXO Ponto de operação MÁQUINAS DE FLUXO NPSH ➢ NPSH (Net Positive Sucion Head). ➢ Carga líquida positiva de sucção ➢ As bombas cinéticas para operarem satisfatoriamente, requerem líquidos livres de vapor na linha de sucção, à entrada do rotor. ➢ Se a pressão dentro da bomba cai abaixo da pressão de vapor do líquido, haverá a formação de bolhas de vapor nesse local. MÁQUINAS DE FLUXO Cavitação ➢ Por causa do rápido aumento da pressão dentro da bomba, as bolhas se fundem em uma dada zona com ausência de líquido. ➢ Este fenômeno é chamado cavitação (de cavidades) e pode reduzir a eficiência da bomba causando ruído, vibrações, fratura do rotor, da carcaça, etc. MÁQUINAS DE FLUXO NPSH ➢ O NPSH é a carga total no bocal de sucção da bomba, menos a pressão de vapor (Po) do líquido à temperatura de bombeamento. g P HNPSH o S −= MÁQUINAS DE FLUXO NPSHD • Ignorando o efeito cinético e considerando o sistema aberto para a atmosfera... g P hX g P Hs RsS a 1=−+= g P g P NPSH o D −= 1)( MÁQUINAS DE FLUXO Altura Máxima de sucção (zm) ➢ Determinada a partir da análise de um sistema de recalque onde o fluido deve ser captado em um reservatório que normalmente está situado abaixo do eixo da bomba. ➢ Para que não ocorra o problema da vaporização do fluido podemos determiná-la a partir da equação de cálculo do NPSHD. MÁQUINAS DE FLUXO Funcionamento ideal de bombas Exigências básicas... ➢ A primeira exigência é que nenhuma cavitação ocorra ao longo da grande faixa operacional da bomba. ➢ A segunda exigência é que um fluxo contínuo mínimo seja sempre mantido, durante a operação. MÁQUINAS DE FLUXO Funcionamento ideal de bombas ➢ Condições desfavoráveis.... quando a bomba é operada a baixas vazões... ➢ Grandes vazamentos na carcaça, no lacre, e na caixa de recheio ➢ Deflexão e cisalhamento de eixos ➢ Travamento do mecanismo interno da bomba ➢ Cavitação ➢ Degradação da qualidade do produto ➢ Estocadas hidráulicas excessivas ➢ Quebra prematura de mancais MÁQUINAS DE FLUXO MÁQUINAS DE FLUXO Bomb. 9790,4 Vazão H Psuc Potência Pdes eficiên. Corrente 0 140 350,5 152171 1721,2 0,0% 315 0,03 135 325,6 154633 1647,3 21,4% 320 0,05 128 280,2 157288 1533,4 39,8% 326 0,08 118 235,8 158495 1391,1 54,7% 328 0,1 100 250,3 170999 1233,3 57,5% 354 0,13 75,6 195,3 178868 935 51,7% 371 0,15 49,5 180,2 193496 665,3 37,6% 401 0,2 0 165,4 208848 165,4 0,0% 433 MÁQUINAS DE FLUXO MÁQUINAS DE FLUXO MÁQUINAS DE FLUXO MÁQUINAS DE FLUXO Curvas características de bombas MÁQUINAS DE FLUXO MÁQUINAS DE FLUXO Não existe restrição quanto à geometria já que o fluido pode entrar e sair em diferentes raios. MÁQUINAS DE FLUXO No sistemas de coordenadas fixas, o eixo da máquina encontra-se alinhado com o eixo-z. O torque será Teixo = Tz o qual denominamos Teixo (escalar). Desta forma: MÁQUINAS DE FLUXO MÁQUINAS DE FLUXO Assim após algumas simplificações nas integrais, e considerando velocidades uniformes na entrada e saída do rotor, e algumas expressões na Equação da quantidade de movimento, podemos dizer que o torque pode ser dado por: Como o fluxo de massa é definido pelo produto da massa específica do fluido pela Q a vazão. O torque pode ser dado por: MÁQUINAS DE FLUXO Potência e Energia Específica MÁQUINAS DE FLUXO Equação de Euler Para turbomáquinas existe também outra expressão para a potência definida como Ht∞ é a altura teórica de elevação ou altura de carga teórica para número infinito de pás dada em metros de coluna de fluido. Tal equação é conhecida como Equação de Euler, é dada em metros de coluna de fluido e conhecida também como energia específica. Desta forma, a transferência de energia por unidade de massa se pode obterpara uma turbomáquina conhecida como altura de carga teórica: MÁQUINAS DE FLUXO Equações para Bombas Centrífugas Em algumas nomenclaturas de turbomáquinas a velocidade absoluta é denominada pela letra C. Desta forma o vetor da velocidade absoluta V1 é dada como vetor C, a componente tangencial da velocidade absoluta (Vt ) é dada por Cu e a componente normal (Vn) é dada por Cm. Então a Eq. de Euler pode ser encontrada também como: A Equação de Euler representa as condições ideais do desempenho de uma turbomáquina no ponto operacional para a qual foi projetada. MÁQUINAS DE FLUXO Aproximações feitas para obter a Eq. de Euler: ➢ Número Infinito de álabes (pás, palhetas). ➢ Espessura das pás desprezível. ➢ Simetria central do escoamento. ➢ Velocidade relativa do fluido (W) é sempre tangencial às pás. ➢ Escoamento em regime permanente. ➢ Escoamento uniforme nas seções de entrada e saída do fluido. ➢ Efeitos de atrito desprezíveis MÁQUINAS DE FLUXO Da mesma forma o Torque no eixo é dado por: E a Potência Teórica como: MÁQUINAS DE FLUXO MÁQUINAS DE FLUXO Para Bombas/Ventiladores/Compressores ✓ A equação representa a energia adicionada ao fluido. Para Turbinas ✓ A equação representa a energia fornecida pelo fluido ao eixo do rotor. ❖ Neste caso U1Vt1 > U2Vt2 desta forma é dada como MÁQUINAS DE FLUXO Diagrama de velocidades. (a) seção de entrada e (b) seção de saída Polígono de Velocidades num Rotor de Bomba Centrífuga MÁQUINAS DE FLUXO A determinação do polígono ou triângulo de velocidades permite obter a informação necessária para o cálculo da potência absorvida ou liberada pela turbomáquina. Estas são denominadas velocidades absolutas que têm como nomenclatura a letra, C para uma velocidade ideal e C’ para uma velocidade real. MÁQUINAS DE FLUXO No impelidor ou rotor (Fig.2.4) o movimento do fluido pode ser considerado pela sua velocidade absoluta,C, ou por sua velocidade relativa, W. O sistema de coordenadas da velocidade relativa gira com o impelidor com uma velocidade angular ω=U/r, onde U é a velocidade periférica do rotor. A velocidade absoluta pode ser considerada como a resultante da velocidade relativa e da velocidade periférica local. MÁQUINAS DE FLUXO representa as variáveis envolvidas na saída do rotor. representa as variáveis envolvidas na entrada do rotor. MÁQUINAS DE FLUXO A componente meridiana da velocidade absoluta é igual à componente meridiana da velocidade relativa (Cm=Wm). Ambas apontam radialmente em relação ao rotor e são perpendiculares à velocidade periférica (U). A componente periférica da velocidade absoluta ( Cu ) e a componente periférica da velocidade relativa ( Wu ) são respectivamente projeções tangenciais da velocidade absoluta e da velocidade relativa. Isto significa que são velocidades paralelas à direção da velocidade periférica do rotor (U). MÁQUINAS DE FLUXO Variáveis Envolvidas nos Polígonos de Velocidades D Diâmetro do rotor b Largura do canal C Velocidade absoluta do fluido Cu Componente de C na direção da velocidade tangencial U Cm Componente meridional de C (na direção radial) W Velocidade relativa do fluido em relação ao rotor Wu Componente de W na direção da velocidade tangencial U. U Velocidade tangencial do rotor no ponto de análise do álabe α ângulo entre (C,U) β ângulo entre (W, -U) conhecido como ângulo de inclinação da pá MÁQUINAS DE FLUXO A área da superfície cilíndrica na entrada e na saída é dada por: Pela equação da conservação da massa temos que: Para fluido incompressível a vazão na entrada e na saída do impelidor é dada por: MÁQUINAS DE FLUXO Assim pode-se definir a velocidade periférica em função da velocidade angular do rotor Onde n é a rotação do impelidor (rotor) em rpm. Resumo das Equações Básicas MÁQUINAS DE FLUXO Fluido entrando no Rotor Radialmente MÁQUINAS DE FLUXO Parcelas de Energia na Equação de Euler para Turbomáquinas Pode-se estudar as parcelas de energia na forma de energia de pressão (potencial) e na forma de energia cinética que se manifestam nas turbomáquinas, a partir da Eq. de Euler que representa a energia total ou altura de carga teórica: MÁQUINAS DE FLUXO Do polígono de velocidades, a componente Cm da velocidade absoluta pode ser determinada como: Então: MÁQUINAS DE FLUXO Relação da Equação de Euler e a Equação de Energia A altura teórica pode ser representada por uma parcela de energia de pressão e outra de energia cinética: Onde Hp é a altura representativa da energia de pressão e Hc a altura representativa da energia cinética. MÁQUINAS DE FLUXO Influência da Curvatura das Pás Rotor com pás radiais na saída ➢ β2=90 0 o termo 1/tanβ2 tende a zero sendo assim k2=0. Desta forma: Ht∞ = K1 ➢ Ht∞ torna-se independente da vazão, sendo representado graficamente por uma reta que corta o eixo de H no ponto U22 / g. Rotor com pás inclinadas para trás ➢ β2<900 o termo 1/tanβ2 dá um valor positivo(+). Desta forma Ht∞ = K1- k2Q ➢ Ht∞ diminuirá com o aumento da vazão, sendo representado por uma reta inclinada para baixo cruzando pela ordenada no ponto U22/g. MÁQUINAS DE FLUXO Influência da Curvatura das Pás Rotor com pás inclinadas para frente ➢ β2 >900 o termo 1/tanβ2 dá um valor negativo (-). Desta forma: Ht∞ = k1 + k2Q ➢ Htoo aumenta com o aumento da vazão, sendo representada como uma reta ascendente que cruza na origem o ponto U22 / g Efeito do tipo de pá na altura teórica de elevação. MÁQUINAS DE FLUXO Observações ➢ As pás inclinadas para frente (β2 >90 0 ) cedem mais energia cinética que energia de pressão. ➢ Da curva Htoo - Q mostra-se outra inconveniência deste tipo de curvatura das pás. ➢ O aumento de Htoo apresenta o fenômeno de instabilidade de funcionamento quando realizados ensaios em bancadas de laboratório. ➢ A instabilidade do funcionamento para pás com β2>90 0 é outro motivo para evitar trabalhar com bombas centrífugas com pás voltadas para frente. MÁQUINAS DE FLUXO Efeito da Curvatura da Pás na Curva de Potência (P - Q) A potência varia linearmente com a vazão. (Pás com saída Radial) É representada por uma parábola que passa pela origem quando Q=0, e é tangente à reta na origem, aumentando o valor em função do aumento da vazão (Pás voltada para frente) Aumentando a vazão (com n=cte) a potência descreve uma parábola tangente à reta anterior na origem e sempre com valor menor a esta quando Q aumenta (Pás voltada para trás) MÁQUINAS DE FLUXO Tanto as pás voltadas para frente como as pás radiais na saída apresentam maiores requerimentos de potência para a mesma vazão de trabalho. Também se observa neste tipo de rotores que a medida que aumenta a vazão a potência requerida aumenta. No caso dos rotores com pás voltadas para trás a potência requerida aumenta até um certo ponto e posteriormente decresce. Geralmente neste tipo de bombas o rendimento máximo ocorre quando a potência de acionamento atinge o máximo. Desta forma a bomba poderia trabalhar com vazões maiores que a vazão de projeto sem prejudicar o funcionamento do motor elétrico que aciona a bomba. MÁQUINAS DE FLUXO Resumo das curvas H-Q e P-Q 94
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