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AAR TRABALHISTA

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA 
Data: São Paulo, 18 de março de 2020. 
De: Professora Débora Marcondes Fernandez 
Para: Alunos das turmas DR8P68, DR8S68, DR9P68, DR9Q68, DR9U68 e DR9V68 
Ref: Programação de Atividades Acadêmicas Remotas para o período de 17/03/2020 a 
29/03/2020 
 
Em vista do período de suspensão das aulas passamos abaixo a programação de 
atividades acadêmicas remotas. 
 
Nesse período, os alunos deverão estudar os temas abaixo descritos através da leitura 
desta apostila, bem como de doutrina já sugerida pela UNIP1 e outras que possuam. Em 
seguida, deverão responder os exercícios apresentados. 
 
A entrega desse material é obrigatória e deverá ocorrer impreterivelmente no dia 
31/03/2020, na Secretaria do ICJ – UNIP PARAÍSO. Haverá atribuição de 2,0 (dois) 
pontos para essas atividades. 
 
Abaixo, a apresentação dos dois tópicos objeto desta apostila, a saber: (1) material 
didático; (2) questões. 
 
1) MATERIAL DIDÁTICO 
 
Relativamente ao conteúdo programático deste semestre (2020/I), já vimos em sala de 
aula os seguintes pontos: (i) recursos trabalhistas em espécie; (ii) princípios informadores 
da teoria geral dos recursos; (iii) hipóteses de cabimento de embargos de declaração, 
recurso ordinário, recurso de revista, agravo de instrumento; (iv) duplo grau de jurisdição; 
(v) requisitos extrínsecos e intrínsecos de admissibilidade dos recursos trabalhistas. 
Sendo assim, trataremos aqui dos seguintes recursos: (A) embargos no Tribunal Superior 
do Trabalho e (B) recurso extraordinário. 
 
RECURSO DE EMBARGOS NO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO 
 
De acordo com o artigo 894, da CLT 
 
“No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: 
I – da decisão não unânime de julgamento que: 
a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a 
competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as 
 
1
 SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. São Paulo: LTR, 2019. 
 CARRION, Valentim. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2019. 
 SARAIVA, Renato. Curso de Direito Processual do Trabalho. Salvador: Juspodium, 2019. 
 LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2019. 
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sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em 
lei; e 
b) (VETADO). 
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas 
pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação 
jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo 
Tribunal Federal. 
Parágrafo único. (Revogado). 
§ 2o A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se 
considerando tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do 
Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do 
Tribunal Superior do Trabalho. 
3o O Ministro Relator denegará seguimento aos embargos: 
I - se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do 
Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou com iterativa, 
notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, cumprindo-lhe 
indicá-la; 
II - nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação 
ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade. 
§ 4o Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo de 8 (oito) 
dias. 
 
De acordo com o Professor Mauro Schiavi 2 “Os embargos constituem espécie recursal 
cabível exclusivamente no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, a fim de pacificar a 
jurisprudência no âmbito desse Tribunal. Não mais existem os embargos no âmbito das 
Varas do Trabalho ou nos Tribunais Regionais do Trabalho”. 
 
Prossegue Schiavi quanto ao cabimento da medida das decisões das Turmas proferidas 
em dissídios individuais: que divergirem entre si; que divergirem da Seção de Dissídios 
Individuais do TST; contrárias à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do TST; contrárias 
a Súmulas simples e a vinculantes do STF. Por outro lado, ensina-nos o Professor que 
“Não são cabíveis os embargos para o TST se a decisão da Turma proferida em dissídios 
individuais, ainda que divergir de outra Turma: estiver em consonância com Súmula do 
TST; estiver em consonância com Orientação Jurisprudencial do TST; estiver em 
consonância com Súmula do STF”. 
 
Para o Professor Sérgio Pinto Matins3 “A finalidade dos embargos no TST é, 
principalmente, a unificação da interpretação jurisprudencial de suas turmas, ou de 
decisões não unânimes em processos de competência originária do TST”. 
 
 
2
 SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTR, 2018. p. 1100. 
3
 MARTINS, Sergio Pinto. Direito Processual do Trabalho. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2006, p.427. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Msg/VEP-412-07.htm
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O Professor Fernando Augusto De Vita Borges de Sales4 nos ensina que esses embargos 
têm por finalidade a uniformização da jurisprudência trabalhista e são opostos contra as 
decisões proferidas por Turmas do TST. 
 
Prossegue Sales “Hoje, no âmbito do TST, existem dois tipos de embargos: os 
infringentes e os de divergência”. 
 
Os embargos infringentes, no conceito de Sales, “estão previstos no artigo 894, I, da CLT, 
sendo cabíveis contra decisão não unânime que julgar dissídio coletivo de competência 
originária do TST. Não são cabíveis, em nenhuma hipótese, em dissídio individual. Os 
embargos infringentes são analisados e julgados pela SDC do TST, e o prazo para sua 
interposição é de 8 (oito) dias úteis. Protocolado o recurso, ele será encaminhado à 
Secretaria da SDC, abrindo-se vista à parte contrária para contrarrazões e posterior 
distribuição ao relator, que fará o juízo de admissibilidade”. 
 
Ainda na visão do Professor Sales, os embargos de divergência “estão previstos no artigo 
894, II, da CLT. São cabíveis das decisões das Turmas do TST que divergirem entre si, 
ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou que sejam contrárias a 
súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula 
vinculante do Supremo Tribunal Federal. Em linha geral, não cabem contra decisão 
proferida em agravo de instrumento. A divergência deverá se dar entre Turmas diferentes 
do TST. Não se admitem embargos de acórdão da mesma Turma do TST, mesmo com 
composição diversa. Para ficar caracterizada, a divergência deve ser atual. Não se 
admitem, para tanto, decisões que já tenham sido superadas por súmula do TST ou do 
STF, ou pela jurisprudência notória e iterativa do TST (CLT, art. 894, § 2º). Além disso, a 
divergência deve ser específica, não se admitindo teses genéricas”. 
 
 RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
 
De acordo com os ensinamentos do Professor Fernando Augusto de Vita Borges Sales5, 
o “recurso extraordinário é o recurso próprio ao STF, tendo como objetivo discutir 
questões ligadas à ofensa às normas constitucionais, nas hipóteses delimitadas no artigo 
102, III, da CF. O STF tem competência para julgar, mediante recurso extraordinário, as 
causas decididas em única ou última instância quando a decisão recorrida: (a) contrariar 
dispositivo da Constituição; (b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
(c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição; (d) julgar 
válida lei local contestada em face da lei federal”. 
 
Prossegue Sales, são premissas do recurso extraordinário: “(a) exigir o esgotamento das 
instâncias ordinárias (STF, Súmula 281); (b) não se prestar ao reexame de provas (STF,4
 SALES, Fernando Augusto de Vita Borges. Manual de Processo do Trabalho. Ed. Ridel. 2020. p. 354. 
5
 SALES, Fernando Augusto de Vita Borges. Manual de Processo do Trabalho. Ed. Ridel. 2020. p. 357. 
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Súmula 279); c) não visar a corrigir injustiças da decisão recorrida; d) ter fundamentos 
específicos previstos na CF; não ter efeito suspensivo”. 
 
2) QUESTÕES 
 
2.1. Informe se as frases abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F): 
 
1. Os pressupostos extrínsecos do Recurso de Revista são: regularidade formal, 
representação, tempestividade, preparo recursal (carta fiança e seguro garantia 
judicial) – essa frase é ______. 
 
2. Os pressupostos formais do Recurso de Revista são: hipóteses de cabimento, 
transcrição do trecho do acórdão, indicação de lei federal e do dissenso jurisprudência, 
além da dialeticidade recursal – essa frase é _____; 
 
3. No direito processual, recurso é a provocação voluntária, na forma da lie, do reexame 
de determinada decisão judicial pela autoridade hierarquicamente superior, em regra, 
ou pela própria autoridade prolatora da decisão, objetivando a reforma ou modificação 
do julgado 6 – essa frase é _____; 
 
4. Depósito recursal é o depósito que o empregador está obrigado a fazer no prazo de 
interposição do recurso ordinário, do recurso de revista ou do agravo de instrumento, 
sob pena de deserção (Lei 5.584/1970, art. 7º, e TST, Súmula 128, I), estando 
disciplinado no artigo 899, §§ 1º a 11, da CLT 7 – essa frase é _____; 
 
5. As hipóteses de cabimento do recurso de revista são: divergência jurisprudencial, 
violação de dispositivo de lei federal ou da Constituição Federal, violação a princípios 
constitucionais, cabimento em execução e rito sumaríssimo – essa frase é _____; 
 
6. Para que um recurso de revista seja processado, admitido e julgado, ele deve 
preencher o requisito da transcendência econômica, política, jurídica e social – essa 
frase é _____; 
 
7. Os embargos de declaração para fins de prequestionamento são obrigatórios de 
acordo com a Súmula 297, do TST – essa frase é _____; 
 
8. Os recursos de revista são recebidos com efeito suspensivo, enquanto os recursos 
ordinários com efeito devolutivo – essa frase é _____; 
 
6
 SALES, Fernando Augusto de Vita Borges. Manual de Processo do Trabalho. Ed. Ridel. 2020. p. 307. 
7
 SALES, Fernando Augusto de Vita Borges. Manual de Processo do Trabalho. Ed. Ridel. 2020. p. 319. 
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2.2. Leia as questões abaixo e responda com base na legislação atual: 
 
QUESTÃO 1: Leia o texto da SENTENÇA abaixo e depois responda: SENTENÇA. 
Vistos, etc. I – RELATÓRIO. SANDRA REGINA DE JESUS propôs reclamação 
trabalhista, na data de 11/05/2018, em face de NEXANS BRASIL S/A. Partes qualificadas 
nos autos. A reclamante afirma, em síntese, que foi admitida em 25/10/2010, na função 
de analista contábil júnior, tendo sido dispensada em 16/11/2016. Postula reconhecimento 
do exercício da função de analista sênior, pagamento de diferenças salariais, gratuidade 
de justiça e o mais que consta do rol de pedidos da petição inicial, instruindo-a com 
documentos. Atribuiu à causa o valor de R$ 91.000,00. Inconciliados. Em resposta, a 
reclamada apresentou contestação escrita, com defesa de mérito, sustentando as razões 
pelas quais pugna pela improcedência do feito, acompanhada de documentos. A 
reclamante manifestou-se em réplica escrita. Foi colhido o depoimento pessoal do 
preposto da reclamada e inquirida uma testemunha a convite da reclamante. Sem mais 
provas a produzir, encerrou-se a instrução processual. Razões finais remissivas pela 
reclamada e escritas pela reclamante. Frustrada a derradeira tentativa de conciliação. É o 
relatório. Decido. II – FUNDAMENTAÇÃO. Diferenças Salariais. Alega a reclamante 
que, a partir de 01/12/2012, passou a exercer as atribuições de analista sênior, sem a 
correspondente majoração da remuneração e anotação do cargo na CTPS. Sustenta que 
exercia funções com o mesmo nível de responsabilidade da Sra. Juliana Torezan, mas 
que somente esta foi promovida a analista sênior. Frise-se que a reclamante não aduz 
que exercia as mesmas funções que a Sra. Juliana e pontua, expressamente, que não 
postula equiparação salarial. Elucidativo ressaltar, todavia, a excepcionalidade do instituto 
da equiparação salarial, que exige o preenchimento concomitante dos requisitos previstos 
no art. 461 da CLT. A título exemplificativo, dois colegas que exerceram funções idênticas 
por décadas não farão jus a igual salário, se houver diferença de tempo de serviço na 
função superior a dois anos. Tampouco fará jus à equiparação o empregado que 
desempenhou diversas tarefas idênticas às de seu colega, salvo determinada atividade 
atribuída restritivamente ao paradigma. Ora, tratando-se a equiparação salarial de instituto 
excepcional, condicionada à verificação de inúmeros pressupostos positivos e negativos, 
entendo que carece de amparo legal a pretensão autoral de perceber igual salário de 
colega que exerce funções distintas, mas com "o mesmo nível de responsabilidade". 
Note-se que o acervo probatório é uníssono no sentido de que, no período em análise, a 
reclamante exerceu a função de analista de contabilidade, ao passo que a Sra. Juliana 
desempenhava a função de analista de controladoria. A pretensão autoral tampouco 
merece prosperar sob a ótica de enquadramento em programa de cargos e salários. 
Vejamos. A reclamada trouxe aos autos a descrição dos cargos de "analista de 
contabilidade pleno" e "analista de contabilidade sênior", sendo que ambos os cargos 
abrangem a elaboração de balanços, de modo que o depoimento da testemunha autoral, 
no sentido de que a reclamante fazia "fechamento do mês", não é suficiente para 
caracterizar o exercício de funções restritas ao cargo de analista sênior. Verifico que a 
descrição do cargo de "analista de contabilidade sênior" traz como atividades exclusivas 
"coordenar, orientar e acompanhar os trabalhos de equipes especializadas em atividades 
de análises e demonstrações contábeis”. No mesmo sentido, o preposto da reclamada, 
em depoimento pessoal, afirmou que o analista sênior "pode supervisionar o restante da 
equipe". Ocorre que a reclamante não comprovou o exercício de atribuições relacionadas 
à coordenação de equipes. Pontuo, ainda, que a dispensa de seus superiores 
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hierárquicos não pressupõe que a reclamante tenha assumido as respectivas atribuições, 
não tendo havido prova suficiente nesse sentido. Por fim, não há falar em desvio de 
função, pois não restou demonstrada a modificação das funções contratuais do 
empregado com a realização de atividade mais qualificada, sem a correspondente 
majoração da remuneração, sendo certo que a ficha de registro de Id. aa7e3c4 discrimina 
aumento salarial de 10% em 01/12/2012. Desse modo, por qualquer ângulo que se 
aprecie a questão, não procedem os pedidos de reconhecimento do exercício da função 
de analista sênior, pagamento de diferenças salariais e anotações na CTPS. Demais 
Requerimentos. Por corolário da improcedência dos pedidos acima, indefiro juros e 
correção monetária, recolhimentos fiscais e previdenciários, bem como compensação. 
Gratuidade de Justiça. Indefiro a gratuidade de justiça, uma vez que o último salário 
percebido no curso do contrato de trabalho em análise é superior a 40% do teto do RGPS 
(art. 790, § 3º, da CLT) e que não restou comprovada a impossibilidade de arcar com as 
despesas processuais (art. 790, § 4º, da CLT). Honorários Advocatícios. Devidos os 
honorários (art. 791-A da CLT), ora fixados em 15% sobre o valor atualizado da causa, 
em favor do patrono da reclamada. III – DISPOSITIVO. Isso posto, JULGO 
IMPROCEDENTES os pedidos formulados por SANDRA REGINA DE JESUS em face de 
NEXANS BRASIL S/A, tudo na forma da fundamentação supra, que a esta conclusão 
integra, como se aqui estivesse literalmente transcrita.Devidos os honorários 
sucumbenciais, conforme os parâmetros fixados nesta sentença. Custas, pela reclamante, 
no importe de R$ 1.820,00, calculadas sobre o valor atribuído à causa. Intimem-se as 
partes. SAO PAULO, 24 de Agosto de 2018. JERÔNIMO JOSÉ MARTINS AMARAL - 
Juiz(a) do Trabalho Substituto(a). 
Responda as questões abaixo: (cada resposta certa vale 0,25) 
1. quem tem interesse recursal: ____________________________ 
2. a medida processual a ser apresentada: ___________________________ 
3. o prazo em que essa medida deverá ser apresentada: 
_____________________________ 
4. há necessidade de preparo nesse caso? se sim, informe o instituto e respectivo valor: 
_____________________________________________________________________ 
 
 
QUESTÃO 2: O gerente de uma rede de restaurantes ajuizou reclamação trabalhista 
postulando o pagamento de horas extras pelo excesso de jornada e por não ter pausa 
alimentar regular. Disse o ex-empregado na petição inicial que se ativava na extensa 
jornada de segunda-feira a sábado, das 8h às 22h, com intervalo de apenas 30 minutos 
para refeição; que ganhava salário mensal de R$ 8.000,00 (oito mil reais) e comandava a 
loja, tendo por atribuições fiscalizar o funcionamento da empresa e os funcionários, fazer 
a escala de férias dos empregados e negociar com fornecedores, além de abrir e fechar a 
loja (pois tinha a chave da porta e a senha do alarme). O maior salário entre os seus 
subordinados era de R$ 3.200,00 (três mil e duzentos reais). Se, no dia e na hora 
designados para a audiência una, o Autor não comparecer ou justificar sua ausência, de 
acordo com a CLT, o que ocorrerá com a reclamação trabalhista e quais as 
consequências para o ex-empregado? (1) o processo será arquivado e o reclamante 
condenado no recolhimento das custas processuais (2) o Juiz suspenderá o julgamento, 
designando nova audiência (3) o processo será arquivado e o reclamante considerado 
revel (4) o reclamante ausente será condenado ao pagamento das custas processuais 
calculadas sobre o valor dado à causa, ainda que beneficiário da Justiça Gratuita, salvo 
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se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente 
justificável. 
 
QUESTÃO 3: Gustavo era empregado de uma empresa, quando adoeceu gravemente. 
Afastado e em gozo de benefício previdenciário, o INSS o aposentou por invalidez. 
Contudo, dois anos após sua aposentadoria por invalidez, foi constatado, em perícia do 
respectivo órgão, que Gustavo havia recuperado sua capacidade de trabalho, estando 
curado, razão pela qual houve o retorno à função que ocupava antes do afastamento. 
Ocorre que, nesse ínterim, com cláusula expressa em contrato de trabalho dispondo que 
a contratação se dava em função da aposentadoria por invalidez de Gustavo, a qual 
poderia ser temporária, a empresa contratou Aroldo para as funções exercidas por 
Gustavo, tendo esclarecido acerca da interinidade do contrato. Com o retorno de Gustavo, 
Aroldo foi dispensado sem que lhe fosse paga qualquer indenização. Em razão disso, 
Aroldo ajuizou ação trabalhista em face da empresa, pleiteando indenização. Admitindo 
que o juiz tenha julgado procedente o pedido de Aroldo e que a decisão foi confirmada 
pelo Tribunal Regional do Trabalho após recurso, mantida inalterada após a oposição de 
embargos de declaração, que medida jurídica você poderá adotar para defender a 
empresa? (1) embargos de declaração (2) recurso ordinário (3) contestação (4) recurso 
de revista (5) razões finais 
 
QUESTÃO 4: Prolatada a sentença em uma reclamação trabalhista, o autor opõe 
embargos de declaração no 3º dia contado da publicação e afirma que existe erro material 
no julgado, pois o número do processo encontra-se equivocado, assim como o nome das 
partes. Diante da situação retratada e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. 
(A) O juiz não precisará dar vista dos embargos à parte contrária, diante da natureza do 
erro. (B) A Lei é omissa a respeito, daí porque o juiz usará da equidade para ver se é o 
caso de conferir vista à parte adversa. (C) Havendo, no caso em exame, possibilidade de 
efeito modificativo do julgado, a parte contrária poderá se manifestar em 8 dias. (D) 
Independentemente do recurso e seu efeito perante o julgado, é direito da parte contrária 
se manifestar sobre os embargos em 10 dias. (E) não é a hipótese de oposição de 
embargos de declaração nos termos do artigo 897-A, § 1º, da CLT. 
 
QUESTÃO 5: Com relação aos recursos no direito processual do trabalho, é correto 
afirmar que: (A) cabe recurso de revista em face de acórdão regional proferido em agravo 
de instrumento. (B) o recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, 
no prazo de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de 
petição, de revista e de embargos, sendo necessário que a matéria nele veiculada esteja 
relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária. (C) são incabíveis 
embargos de declaração opostos em face de decisão de admissibilidade do recurso de 
revista, não interrompendo sua interposição qualquer prazo recursal. (D) na Justiça do 
Trabalho todas as decisões interlocutórias são irrecorríveis de imediato. 
 
QUESTÃO 6: Acerca dos prazos recursais, assinale a opção incorreta. (A) É de cinco 
dias o prazo dos embargos de declaração. (B) É de oito dias o prazo do recurso de 
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revista. (C) É de quinze dias o prazo do recurso ordinário. (D) É de oito dias o prazo do 
agravo de petição. 
 
QUESTÃO 7: Maria, contratada como auxiliar de almoxarifado do Banco Brasileiro, 
trabalhou no departamento de telecomunicação, recebendo e expedindo materiais e 
atendendo às solicitações de material para manutenção de equipamentos das agências 
bancárias. Seu regime de trabalho era de oito horas diárias. Ao final do contrato de 
trabalho, Maria ingressou com reclamação trabalhista na qual pleiteava a percepção da 7ª 
e da 8ª hora de trabalho como extras, sob o argumento de que era bancária, razão pela 
qual sua jornada de trabalho não poderia ser superior a seis horas diárias. O Banco 
contestou a ação, alegando que a empregada não desenvolvia a atividade-fim da 
instituição e que somente fariam jus à jornada especial os bancários e empregados que 
exercessem atividades de limpeza e de portaria. Realizada audiência, com oitiva de 
partes e testemunhas, o Juiz da 1ª Vara do Trabalho de São Paulo afastou a condição de 
bancária da reclamante, mas, concomitantemente, deferiu o pedido de horas extras a 
partir da 7ª hora diária trabalhada. Na situação hipotética acima apresentada, na condição 
de advogado(a) contratado(a) pelo Banco Brasileiro, informe a peça judicial cabível: (1) 
embargos de declaração (2) recurso ordinário (3) contestação (4) razões finais 
 
QUESTÃO 8: Assinale a opção que apresenta o recurso cabível da decisão proferida pelo 
juiz de primeira instância que denega seguimento ao recurso ordinário e o prazo de 
interposição desse recurso. (a) agravo de petição – 8 dias (b) recurso de revista – 8 
dias (c) agravo de petição – 5 dias (d) agravo de instrumento – 8 dias

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