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TCC FINAL NATALIA MAGAROTTI E NAYRA MOREIRA

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS – FEF 
FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS – FIFE 
CURSO ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
NATALIA GOMES MAGAROTTI 
NAYRA MATEUS MOREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DE AGREGADOS POR RESIDUOS DA 
CONSTRUÇÃO NA PRODUÇÃO DE CONCRETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERNANDÓPOLIS - SP 
2019 
 
 
 
 
 
NATALIA GOMES MAGAROTTI 
NAYRA MATEUS MOREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DE AGREGADOS POR RESIDUOS DA 
CONSTRUÇÃO NA PRODUÇÃO DE CONCRETO 
 
 
 
Artigo científico apresentado ao curso de 
Engenharia Civil da Fundação Educacional 
de Fernandópolis - FEF, como requisito 
parcial para obtenção do título de Bacharel 
em Engenharia Civil. 
 
Orientador: Prof. Ms. Cleiton Mendes 
. 
 
 
 
 
 
FERNANDÓPOLIS – SP 
2019
 
 
3 
 
 
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS – FEF 
FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS – FIFE 
 
PARECER DE ADMISSIBILIDADE - TCC II 
 
À Coordenação do Curso de __________________________________ 
 
Informo a esta Coordenação que o Trabalho de Curso com o Título 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
______ 
dos(as) alunos(as) 
_______________________________________________________ 
___________________________________________________________________
___ tem parecer ____________________________ para apresentação em banca. 
 
Fernandópolis, ............. de .................de 20....... 
 
______________________________________ 
Orientador: Prof. Ms. Cleiton Mendes 
 
 
Ciência dos(as) alunos(as): _________________________________ 
 _________________________________ 
Em ____/____/___ 
 
 
4 
 
 
SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DE AGREGADOS POR RESIDUOS DA 
CONSTRUÇÃO NA PRODUÇÃO DE CONCRETO 
RESUMO 
O presente trabalho apresenta uma análise do comportamento do concreto para fins 
estruturais considerando a utilização da areia reciclada em seu traço. Assim, a partir 
da observação da grande quantidade de resíduos gerados pela construção civil, 
verificou-se a necessidade de buscar novas alternativas para o uso de Resíduos de 
Construção e Demolição (RCD’s). Para tanto, buscou-se sanar possíveis 
desvantagens em relação à sua resistência à compressão axial, acrescentando-se à 
mistura agregados naturais, do tipo britado, de granulometria variada, bem como 
aditivo plastificante. A composição dos traços foi escolhida com o objetivo de facilitar 
a comparação entre o concreto convencional e o concreto produzido com as 
respectivas adições. Após a avaliação dos ensaios realizados em laboratório, 
considerando-se o ensaio de compressão axial simples por meio de prensa hidráulica, 
realizados aos 28 dias de cura submersa, foi constatada a inviabilidade do uso da 
areia reciclada para fins estruturais. 
Palavras-chave: Construção; Demolição; Resíduos; Resistência; Compressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
No Brasil, um dos ramos de maior geração de emprego é a Construção Civil. 
Com o aumento das atividades, a economia é movimentada beneficiando desde as 
grandes empresas a trabalhadores autônomos. Porém, com essa enorme 
produtividade a construção civil traz também a geração de resíduos sólidos, que por 
deficiência em utilização de políticas sustentáveis, acarreta elevados custos das 
obras, decorrente do grande desperdício de matéria-prima. A extração de matéria-
prima para utilização nas misturas de concretos também prejudica muito a natureza, 
causando danos ecológicos irreversíveis, principalmente onde há a extração de 
minério, como, por exemplo, em Minas Gerais. 
De acordo com a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da 
Construção Civil e Demolição (ABRECON, 2012), no Brasil são recolhidas, 
oficialmente, 33 milhões de toneladas de entulho por ano. Material suficiente para 
construir quase 500 mil casas populares de 50 metros quadrados. Por se tratar de um 
material que contém vários compostos diferentes, acaba sendo pouco utilizado. 
Todavia, o Resíduo da Construção Civil não é produzido apenas por um setor, 
boa parte é gerada por obras em rodovias que tem suas vidas uteis determinadas, 
principalmente vias de concreto, assim gerando muito material RCD (Resíduos da 
Construção e Demolição), quando esta é refeita. 
Buscando alternativas para diminuição desses resíduos, as empresas 
recicladoras trabalham beneficiando os materiais descartados, atribuindo-lhes 
novamente condições de uso no setor. Contudo segundo as especificações dadas 
pela NBR 15116 (ABNT, 2004) – Agregados Reciclados de Resíduos Sólidos da 
Construção Civil, essa utilização deverá ser feita apenas para fins não estruturais. 
Apesar do campo que configura o uso desses insumos ser desmedido, como 
na utilização de estradas não pavimentadas, o emprego de todo o material gerado na 
usina de reciclagem, teria seu aproveitamento máximo ao ser adotado na composição 
de traços para funções estruturais. 
 
 
 
 
 
6 
 
 
1.1 OBJETIVOS 
A seguir são apresentados o objetivo geral e específicos, respectivamente. 
 
1.1.1 Objetivo Geral 
O objetivo geral deste trabalho é avaliar a influência da adição de areia 
reciclada no concreto convencional, sugerindo soluções para o aumento da 
resistência, incorporando agregados de granulometrias variáveis, bem como aditivos 
plastificantes na mistura de concreto, analisando-se, assim, sua resistência à 
compressão axial, para fins estruturais. 
 
1.1.2 Objetivos Específicos 
Os objetivos específicos desta pesquisa são: 
 Levantar dados bibliográficos referentes ao concreto, apresentando seus 
componentes, tal como o domínio de cada um deles no desempenho do 
concreto; 
 Definir sua resistência mecânica por meio de testes de compressão axial 
realizados em laboratório através dos corpos de prova confeccionados; 
 Analisar os resultados obtidos, definindo a influência dos agregados utilizados 
na mistura do concreto estrutural, assim como o uso do aditivo plastificante. 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
Apesar de o Brasil ser um país onde o setor da construção civil faz parte dos 
principais geradores de renda, contribuindo para seu crescimento, esse mesmo cria 
uma significativa quantidade de resíduos, onde a capacidade de aproveitamento 
desse material não acompanha a imensa produtividade do ramo. De acordo com 
ABRECON o segmento da reciclagem de resíduos da construção e demolição no 
Brasil ainda é incipiente. Cerca de 41% a 70% da massa total de resíduos sólidos são 
produzidos nos centros urbanos de médio e grande porte, um importante impasse a 
ser resolvido (PINTO, 1999). 
Mesmo com as já implantadas usinas de reciclagem, o consumo desses 
subprodutos provenientes do RCD aplica-se apenas para elementos com fins não 
estruturais, a exemplo dos blocos de concreto para vedação, cascalhos para 
 
 
7 
 
pavimentação de estradas, contra-piso e material para drenagens, bancos e mesas 
para praças, guias e tampas para bueiros, dando assim uma limitação quanto a 
possível expansão de seu uso em todas as classes de elementos com base de 
concreto. 
Neste contexto, serão apresentadas possibilidades de adequação de um dos 
produtos obtidos através do RCD, na utilização em obras com finalidade estrutural. O 
agregado miúdo é o componente adotado para esse designo. 
 A areia reciclada em sua produção pode trazer consigo características que 
minimizam a capacidade mecânica do traço de concreto. Analisando essa situação, 
buscaram-se formas de superar esse passivo, empregando variedades de britas, e 
também com a adição de aditivo plastificante à mistura de concreto convencional. 
Portanto, a utilização da areia reciclada em projetos com função estrutural 
abrirá mais uma porta para o consumo desse material, destinando-o de maneira eficaz 
e econômica, contribuindo com a sustentabilidade. 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 DEFINIÇÃODE RCD 
Segundo a Resolução Conama nº 307 (2002, p. 571) os resíduos da construção e 
demolição são resultantes de construções, demolições, reformas e reparos, oriundos 
também da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos 
cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, pavimentos asfálticos, vidros, plásticos, 
tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulho de obras, caliça ou 
metralha; 
Já o agregado reciclado refere-se a material granular proveniente do tratamento 
de resíduos de construção que contenha características técnicas para utilização em 
obras de edificação de infraestrutura, em aterros sanitários ou em outras obras de 
engenharia. Sendo divididos por classe: 
I - Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como 
agregados, tais como: 
a) De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e 
de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de 
terraplanagem; 
 
 
8 
 
b) De construção, demolição, reparo e reforma de edificações: 
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de 
revestimentos, etc.), argamassa e concreto; 
c) De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas 
em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos 
canteiros de obras; 
II – Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, 
tais como: plásticos, papel/ papelão, metais, vidros, madeiras e 
outros; 
III – Classe C: são os resíduos para os quais não foram 
desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis 
que permitam a sua reciclagem/ recuperação, tai como os produtos 
oriundos do gesso; 
IV – Classe D: são os resíduos perigosos oriundos do processo de 
construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles 
contaminados ou prejudiciais à saúde ou oriundos de demolições, 
reformas e reparos de clinicas radiológicas, instalações industriais e 
outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que 
contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.¹ 
2.2 DEFINIÇÃO DE CONCRETO 
É a obtenção de uma mistura, contendo cimento, pedras, areia e água, 
contendo ou não aditivos para melhorá-los, que através das reações químicas que 
ocorrem devido à adição de água no conjunto, formam uma pasta resistente e que 
adere aos componentes (pedra e areia), formando um compósito maciço.² 
 
2.2.1 Cimento 
O cimento é um material aglomerante de característica pulverulenta, que tem o 
papel de unir todas as partículas dos agregados do concreto, formando uma massa 
monolítica, influenciando na resistência final da mistura.³ 
 
_________________________________________________________________ 
¹ Disponível em https://www.legisweb.com.br/legislacao. Resolução CONAMA nº. 307 artigo2, 
p. 571, de 5 de julho de 2002. 
² Disponível em: https://www.portaldoconcreto.com.br/o-que-e-concreto. 
³ Disponível me: https://www.portaldoconcreto.com.br/o-que-e-cimento. 
https://www.portaldoconcreto.com.br/o-que-e-concreto
https://www.portaldoconcreto.com.br/o-que-e-cimento
 
 
9 
 
2.2.2 Agregados 
 
Os agregados utilizados para a produção de concretos em geral, podem ser divididos em dois 
grupos, a saber: 
 Agregado Miúdo: De acordo com NBR 7211 (ABNT, 2005) possuem grãos que 
passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 mm e ficam retidos na peneira 
de abertura de malha de 150 um. A Tabela 1 traz os limites granulométricos para os 
agregados miúdos. 
 
Tabela 1: Limites granulométricos do agregado miúdo, NBR 7211. 
 
Fonte: NBR 7211 (ABNT, 2005). 
 
 Agregado Graúdo: Segundo a NBR 7211 (ABNT, 2005) o agregado graúdo é o 
agregado que passa pela peneira de abertura de malha 75 mm e que ficam 
retidos na peneira de abertura de malha de 4,75 mm. A Tabela 2 traz os limites 
granulométricos para os agregados graúdos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
Tabela 2: Limites da distribuição granulométrica do agregado graúdo. 
 
Fonte: NBR 7211 (ABNT, 2005). 
 
 
2.2.3 Aditivo 
 
Os aditivos são produtos incorporados em pequenas quantidades ao concreto 
de cimento Portland, modificando, assim, algumas de suas propriedades, com a 
finalidade de melhor adequá-los a determinadas condições, obedecendo alguns 
requisitos, como: desempenho e uniformidade.⁴ 
Mehta e Monteiro (2008) destacam que os aditivos variam muito, no que, se 
dirige, à sua composição, e que geralmente são usados para melhorar a 
trabalhabilidade do concreto, controlar e aumentar sua resistência como à fissuração 
térmica, congelamento, corrosões de armaduras, ataques por sulfatos ou a à 
expansão álcali-agregado. 
 
 
 
 
⁴ Disponível em: https://www.tecnosilbr.com.br/aditivos-para-concreto-principais-tipos-e-para-
que-servem-2/. 
https://www.tecnosilbr.com.br/aditivos-para-concreto-principais-tipos-e-para-que-servem-2/
https://www.tecnosilbr.com.br/aditivos-para-concreto-principais-tipos-e-para-que-servem-2/
 
 
11 
 
 
2.2.4 Água de amassamento 
 
O fator água/cimento influencia diretamente na qualidade do concreto, uma vez 
que sua falta ou excesso prejudica a mistura produzida. Quando adicionados da forma 
correta, auxilia em sua trabalhabilidade, resistência, durabilidade, entre outros. Já 
quando seu uso acontece desproporcional ao traço, causa danos a curto e longo prazo 
na estrutura confeccionada. O exposto acima é evidenciado pela curva de Abrams 
(ABCP, 2000), contida na Figura 1. 
 
Figura 1: Curva de Abrams. 
 
Fonte: ABCP,2000. 
 
 
2.3 MATERIAIS E MÉTODOS 
Os materiais utilizados para a realização dos experimentos foram: 
 Cimento Portland composto com pozolâna CP II-Z-32; 
 Areia natural e areia reciclada proveniente de resíduos da 
construção civil; 
 Britas 0, 1 e 2; 
 Aditivo plastificante; 
 
 
12 
 
 Água. 
Neste trabalho, visou-se avaliar a capacidade técnica da areia reciclada na 
confecção de concreto estrutural, obtendo-se um traço coerente, tornando o produto 
viável para a utilização, beneficiando a inovação na construção civil. A areia reciclada 
utilizada não passou por testes de peneiramento para os ensaios granulométricos. 
Assim, com a fase experimental deste, buscou-se apurar e apresentar as 
vantagens do uso da areia reciclada na confecção do concreto estrutural, fazendo sua 
substituição em diversas porcentagens em relação a areia natural, modificando-se, 
também, a granulometria dos agregados graúdos, considerando-se as britas 0, 1 e 2, 
bem como a adição de aditivo plastificante buscando sanar possíveis quedas de 
resistência axial a compressão do concreto. Foram considerados seis traços distintos, 
produzidos partindo-se do seguinte traço de referencia: 1: 2,13 :3,16: 0,45 (cimento, 
areia, pedra e água) retirado do manual da Itaú Votorantim Cimentos. Deste modo, a 
Tabela 3, apresenta as quantidades dos materiais para cada traço citado acima. 
 
Tabela 3: Composição dos Traços Produzidos. 
Composição dos Traços Realizados 
Traços 
Cimento 
(kg) 
Brita 0 
(kg) 
Brita 1 
(kg) 
Brita 2 
(kg) 
Areia Natural 
(kg) 
Areia Reciclada 
(kg) 
Aditivo Plast. 
(ml) 
Agua 
(L) 
1 12,5 ─ 39,6 ─ 26,5 ─ ─ 5,625 
2 12,5 13,2 13,2 13,2 18,55 7.75 ─ 5,625 
3 12,5 13,2 13,2 13,2 26,5 ─ ─ 5,625 
4 12,5 ─ 39,6 ─ 18,55 7.95 ─ 5,625 
5 12,5 132 13,2 13,2 18,55 7.95 18 5,625 
6 12,5 13,2 13,2 13,2 13,25 13,25 18 5,625 
Fonte: Autoria Própria. 
 
A Figura 2 representa um fluxograma considerando as etapas metodológicas 
que foram consideradas neste artigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Figura 2 - Fluxograma das etapas metodológicas. 
 
Fonte: Autoria Própria. 
 
Inicialmente, foi realizado um levantamento das usinas recicladoras de resíduos 
de construção e demolição, existentes na região, para obtenção da areia reciclada. 
A areia reciclada utilizada nos testes foi produzida em São Carlos – SP, pela 
empresa PROHAB – Progresso e Habitação de São Carlos junto com a Prefeitura. 
A implantação da usina de Reciclagens de Resíduos da ConstruçãoCivil da 
PROHAB foi inaugurada em 08 de dezembro de 2006 e marca um grande avanço da 
construção na região. Lá se recicla fragmentos de alvenaria, argamassas de cal, 
cimento, ou mistas, de assentamento ou revestimento, componentes cerâmicos e de 
concreto como tijolos, telhas, blocos, lajotas, e outros, de acordo com o site da 
PROHAB. 
Segundo o Engenheiro responsável da PROHAB, o processo da triagem é todo 
manual, que consiste na separação dos entulhos, retirando pregos, ferragens, 
plásticos e outros, etapa essa de extrema importância para se produzir um material, 
sobretudo, resistente. A Figura 3 ilustra a areia reciclada em questão. 
 
 
 
 
 
14 
 
Figura 3 - Areia Reciclada da Usina de São Carlos. 
 
Fonte: Autoria Própria. 
A Figura 4 apresenta os índices de Resíduos da construção e demolição, 
beneficiados pela usina do Município de São Carlos/SP. 
 
Figura 4: Distribuição de RCD do município de São Carlos/SP. 
 
Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada do Governo Federal – IPEA. 
 
 
15 
 
 
Após a obtenção da areia reciclada e dos outros materiais, determinou-se os 
traços a serem confeccionados e analisados. 
Assim, para cada um dos seis traços considerados, foram moldados 5 corpos 
de prova considerando-se moldes de 15x30 cm, totalizando, assim, 30 corpos de 
prova. 
Os traços que apresentam a adição de plastificante, seguiram a mesma ordem 
de disposição dos materiais, observando-se a porcentagem de água antes e após a 
incorporação do mesmo, sendo 70 e 30%, respectivamente. 
Após a determinação dos traços, os materiais que compõem o concreto foram 
misturados em uma betoneira com capacidade de produção de 150 litros. A mesma 
estava limpa, livre de pó, água suja e restos da última utilização, antes de ser usada. 
Para a fabricação do concreto, os materiais foram separados, quantificados e 
então colocados na betoneira respeitando a seguinte ordem: 
1. Agregado graúdo; 
2. 1/3 da água; 
3. Cimento; 
4. Agregado miúdo; 
5. 2/3 finais da água. 
 
Após o preparo da massa de concreto, especificando-se cada traço de acordo 
com as porcentagens determinadas, os corpos de prova foram moldados, 
identificados e armazenados em um local protegido sobre uma superfície horizontal 
rígida, aguardando assim o período de 24 horas para então serem desenformados, 
conforme a resolução da NBR 5738 (ABNT, 2002), de acordo com a Figura 5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
Figura 5: Corpos de Prova ainda nas formas. 
 
Fonte: Autoria Própria 
 
Posteriormente a desforma, os corpos de prova permaneceram submersos em 
um tanque contendo água e cal até o momento do ensaio, conforme apresentado na 
Figura 6. 
Figura 6: Corpos de prova submersos em água e cal. 
 
Fonte: Autoria Própria. 
 
 
17 
 
2.4 ANÁLISE DOS ENSAIOS REALIZADOS 
Passados os 28 dias, conforme a NBR 6118 (ABNT, 2014) foram realizados os 
testes para a obtenção da resistência à compressão axial, no centro Universitário de 
Votuporanga – UNIFEV. A Figura 7 apresenta um corpo de prova na prensa para 
ensaio. 
 
Figura 7: Ensaio de compressão axial em corpo de prova cilíndrico. 
 
Fonte: Autoria Própria. 
 
 Os resultados obtidos nos ensaios de compressão axial estão expostos pela 
Figura 8. 
Figura 8: Resistência à Compressão Axial aos 28 dias. 
 
Fonte: Autoria Própria. 
 
 
18 
 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Analisando os resultados apresentados na Figura 8, identifica-se os traços 
produzidos e suas respectivas resistências apuradas a partir do ensaio de 
compressão axial. 
O primeiro traço trata-se da mistura padrão do concreto, produzido como 
parâmetro aos demais, obteve-se resistência axial à compressão de 20 MPa. Já as 
demais misturas confeccionadas e verificadas, excetuando-se o traço 3, que atingiu a 
resistência de 21,78 MPa, que também não continha areia reciclada não 
apresentaram resultados satisfatórios, inviabilizando, assim, o uso da areia reciclada 
como agregado na fabricação de concreto para fins estruturais. Assim, mesmo diante 
do acréscimo de britas de diferentes granulometrias e adição de aditivo plastificante, 
os traços não apresentaram a resistência esperada. 
 Vale ressaltar que para o concreto atingir resistência esperada, seus 
agregados têm que ter também uma boa resistência, a qual a areia utilizada não 
apresentou, assim causando, provavelmente, a diminuição da resistência do concreto 
confeccionado. 
Conclui-se para este estudo que a areia reciclada utilizada não se adéqua para 
incorporação na mistura de concreto para fins estruturais. 
Contudo o RCD é um material com resistências variáveis, devido a seus 
componentes diferentes. Sendo assim, precisa ser melhor estudado, com pesquisas 
mais aprofundadas, desde a sua triagem a ensaios em laboratório, podendo sim, 
futuramente, ser normatizado para uso estrutural. 
 
4 REFERENCIAS 
 
ABRECON. Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil 
e Demolição. Disponível em: http://www.abrecon.com.br. Acesso em: 15/10/2019. 
 
ADITIVOS PARA O CONCRETO – Principais Tipos e para que servem. Disponível 
em: https://www.portaldoconcreto.com.br. Acesso em: 15/11/2019. 
 
https://www.portaldoconcreto.com.br/
 
 
19 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT - NBR 15112– 
Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Áreas de transbordo e triagem. 
Rio de Janeiro, 2004. 7p. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT - NBR 15113–
Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes - Aterros - Diretrizes para 
projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro, 2004. 12p. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT - NBR 15116 – 
Agregados Reciclados de Resíduos Sólidos da Construção Civil. Rio de Janeiro, 2004. 
12p. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT - NBR 6118 - Projeto 
de Estruturas de concreto. Rio de Janeiro, 2014. 256p. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT - NBR 7211 – 
Agregados Para Concreto - Especificação. Rio de Janeiro, 2005. 11p. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NBR NM ISO 3310- 
1: Peneiras de ensaio – Requisitos técnicos e verificação Parte 1: Peneiras de ensaio 
com tela de tecido metálico (ISO 3310-1, IDT). Rio de Janeiro, 2010. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: Procedimento e 
cura de corpos-de-prova. Rio de Janeiro, 2002. 
BRASIL. Conselho Nacional de Meio Ambiente. (2002) Resolução CONAMA nº. 307, 
de 5 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão 
de resíduos da construção civil. Ministério do Meio Ambiente: CONAMA, 2002. 
Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao. Acesso em 15/10/2019. 
 
ITAU. Votorantim Cimentos, ITAU Cimentos para todas as obras. Disponível em: 
https://www.mapadaobra.com.br/wp-content/themes/mapadaobra/assets/pdf/fichas-
tecnicas/itau/todas-as-obras.pdf. Acesso em: 17/10/2019. 
 
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http://www.mpdft.mp.br/saude/index.php/saude-e-ambiente/residuos-solidos/334-metodologia-para-a-gestao-diferenciada-de-residuos-solidos-da-construcao-urbana

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