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Análise de Textos Literários - Prosa e Poesia - APOL 1

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Questão 1/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Atente para o trecho de texto a seguir: 
 
“Mesmo em maio - com manhãs secas e frias - sou tentado a mentir-me. E minto-me com demasiada convicção e sabedoria, sem duvidar das mentiras que 
invento pra mim. [...] contemplei a rua e sofri imprecisa saudade do mundo, confirmada pela crueldade do tempo.” 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de. Antes do Depois. São Paulo: Editora Global, 2018, p. 14. 
Considerando o trecho de texto acima e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia, assinale a alternativa que apresenta as 
características gerais da prosa poética: 
Nota: 10.0 
 
A Mesmo sem o uso formal do verso, a prosa poética lança mão de figuras de linguagem e expressões próprias da poesia. 
Você acertou! 
Comentário: Mesmo sem a forma tradicional do verso, a prosa poética expressa conteúdo poético por meio da utilização da frase, ou seja, se utiliza da 
prosa, com destaque para os efeitos poéticos da linguagem (livro-base, p. 41-43). 
 
B Por meio do uso do verso, a prosa poética destaca figuras de linguagem e expressões próprias da poesia. 
 
C A poesia e a prosa poética se realizam pelo uso do verso, da métrica e da rima. 
 
D A poesia e a prosa poética se realizam por meio exclusivo do uso do verso metrificado e das rimas ricas. 
 
E Apesar de realizar-se nas fronteiras do discurso poético, a prosa poética necessita obrigatoriamente do uso do verso. 
 
Questão 2/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Observe a passagem de texto: 
 
“[...] no século XX o romance eclipsou a poesia, tanto como o que os escritores escrevem quanto como o que os leitores leem e, desde os anos 60, a narrativa 
passou a dominar também a educação literária [...]. As teorias literária e cultural têm afirmado cada vez mais a centralidade cultural da narrativa”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução. Trad. de Sandra Vasconcelos. São Paulo: Beca Produções Culturais Ltda., 1999. p. 84. 
 
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o gênero narrativo, sabe-se que, durante 
muito tempo, ele recebeu um tratamento diferenciado em relação aos chamados “gêneros clássicos”. Sendo assim, leia as afirmativas abaixo e sinalize a 
alternativa que aponta corretamente essa distinção: 
Nota: 10.0 
 
A O romance foi considerado, desde a Antiguidade, um gênero nobre, diferentemente do gênero lírico, que passou a ser valorizado somente 
após a era vitoriana. 
 
B No século XVIII, as teorias sobre o gênero épico valorizaram qualitativamente o romance, já os estudos sobre os demais gêneros foram 
superiores em quantidade. 
 
C Na Grécia Antiga, o romance era considerado um gênero nobre, pois, além de ser produzido e consumido pela nobreza, apresentava reis e 
rainhas como protagonistas. 
 
D Ao contrário dos gêneros clássicos, lírico, épico e dramático, o gênero narrativo não foi objeto de reflexão teórica desde a Antiguidade. 
Você acertou! 
Comentário: A alternativa (d) está certa, pois: “Voltemos à origem do gênero narrativo, que não é nobre, ao contrário dos gêneros clássicos, o lírico, o 
épico e o dramático, entendendo-se por nobreza, nesta passagem, o fato de ter sido produzido e ter sido objeto de reflexão teórica desde a Antiguidade” 
(livro-base, p. 38). Além disso, Wellek e Warren afirmam que: “‘A teoria e a crítica literárias concernentes ao romance são muito inferiores, tanto em 
quantidade como em qualidade, à teoria e à crítica sobre poesia’ [...]. Lembremos que essa afirmação é datada de pouco antes da metade do século 
passado” (livro-base, p. 39). 
 
E Até o classicismo, a teoria e crítica literárias sobre o romance eram superiores em quantidade e qualidade, se comparadas às que existiam 
sobre os demais gêneros. 
 
Questão 3/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Considere a citação: 
 
“A nova concepção de personagem instaurada por Lukács, apesar de reavivar o diálogo a respeito da questão e de fugir às repetições do legado aristotélico e 
horaciano, submete a estrutura do romance, e consequentemente a personagem, à influência determinante das estruturas sociais. Com isso, apesar da nova 
ótica, a personagem continua sujeita ao modelo humano”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BRAIT, Beth. A personagem. 4. ed. São Paulo: Ática, 1990. p. 39. 
 
Tendo em conta a citação e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre diversificadas classificações das 
personagens de ficção, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características: 
 
1. Personagem plana 
2. Personagem redonda 
3. Personagem antagonista 
4. Personagem anti-herói 
 
( ) É aquela apresentada como opositora do herói. Suas ações podem se restringir a um único indivíduo ou não, ou seja, tal personagem pode ser a coletividade. 
( ) É aquela que se caracteriza pela opressão de forças sociais ou ambientais, cujas reações são anuladas por outros poderes. 
( ) É aquela que apresenta um alto grau de densidade psicológica e tanto o seu comportamento quanto os seus sentimentos são imprevisíveis. 
( ) É aquela que apresenta baixo grau de densidade psicológica e é construída em torno de uma qualidade ou tendência, sem sofrer alterações. 
 
Agora, selecione a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 
A 2 – 1 – 3 – 4 
 
B 3 – 4 – 2 – 1 
Você acertou! 
Comentário: A alternativa (b) está certa, uma vez que a sequência 3 – 4 – 2 – 1 está correta: “[1] As personagens planas, sejam elas descritas logo no 
início, sejam mostradas em ação para que o leitor as perceba, são construídas em torno de uma única qualidade ou tendência, permanecendo inalteradas 
ao longo de toda a narrativa. São previsíveis, não comportam surpresas [...]. [2] As personagens redondas são aquelas cujas ações, reações e sentimentos 
não são previsíveis; seu percurso ao longo da narrativa as caracteriza como portadoras de várias qualidades, positivas ou negativas, inclusive 
contraditórias entre si, com a variedade de riqueza que é própria do ser humano” (livro-base, p. 79). Além desses, existem outros tipos: “Quando ao 
termo [herói] é agregado o prefixo anti-, não é usado para indicar o oponente do herói. [3] O opositor do herói é o antagonista, que pode ser um indivíduo, 
um grupo, uma coletividade. [4] A expressão anti-herói é usada para acentuar a condição do indivíduo oprimido pelas forças sociais ou ambientais, cujas 
reações são anuladas por outros poderes. Seu estatuto decorre da desmistificação do herói romântico. Ele é desqualificado, banalizado, mostrado em seus 
defeitos e limitações” (p. 83). 
 
C 1 – 2 – 3 – 4 
 
D 4 – 3 – 2 – 1 
 
E 2 – 4 – 1 – 3 
 
Questão 4/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Considere o excerto do poema abaixo, escrito pelo poeta simbolista Cruz e Souza: 
“Braços nervosos, brancas opulências 
brumais brancuras, fúlgidas brancuras, 
alvuras castas, virginais alvuras, 
latescências das raras latescências. [...]” 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: OLIVEIRA, Silvana. Análise do texto literário: poesia. Curitiba: 
Editora InterSaberes, 2017. p. 117. 
Considerando o fragmento e os conteúdos da Videoaula 4 – Figuras de Linguagem, é possível afirmar que a aliteração é uma figura de linguagem que se 
caracteriza: 
Nota: 10.0 
 
A pela repetição do som consonantal. 
Você acertou! 
Comentário: De acordo com a Rota de Aprendizagem, Aula 4, Tema 1 (Figura de sonoridade: aliteração – 1’25” a 10’), a aliteração é uma figura de 
sonoridade caracterizada pela repetição de sons consonantais, buscando a criação de um ritmo para todo o poema. 
 
B pela repetição de palavras ao longo do poema. 
 
C pelo uso de ideiascontroversas ou contrárias. 
 
D pela criação de ritmo a partir de sons vocálicos. 
 
E pela inversão e contorção sintática. 
 
Questão 5/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Considere os versos do poema a seguir: 
Catar feijão se limita como escrever: 
joga-se os grãos na água do alguidar 
e as palavras na folha de papel; 
e depois, joga-se fora o que boiar [...]. 
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente o poema destacado, ele está disponível em: ZILBERMANN, Regina. Poemas para ler na escola: João Cabral de Melo Neto. São Paulo: Objetiva, 2010, p. 49. 
Considerando os versos acima e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia, assinale a alternativa correta quanto ao modo de se 
compreender o exercício reflexivo em que a própria poesia se torna tema do poema. 
Nota: 10.0 
 
A Interlocução com o leitor, num diálogo especulativo. 
 
B Digressão poética, com a finalidade de expandir o tema. 
 
C Metalinguagem, na comparação da escrita com o ato de catar feijão. 
Você acertou! 
Comentário: A metalinguagem está presente na comparação entre catar o feijão e escrever e se configura como uma reflexão sobre o exercício de escrita 
e de composição, configurando a metalinguagem como uma das estratégias mais recorrentes na poesia de João Cabral de Melo Neto (livro-base, p. 163). 
 
D Ironia, na comparação do feijão com o conteúdo poético na construção do poema. 
 
E Subjetivaçao do eu-lírico, no destaque para a terceira pessoa do discurso. 
 
 
 
Questão 6/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Considere o fragmento do poema “Canto do regresso à pátria”, de Oswald de Andrade: 
 
“Minha terra tem palmares / Onde gorjeia o mar / Os passarinhos daqui / Não cantam como os de lá / Minha terra tem mais rosas / E quase que mais amores 
/ Minha terra tem mais ouro / Minha terra tem mais terra [...] Não permita Deus que eu morra / Sem que eu volte pra São Paulo / Sem que veja a Rua 15 / E o 
progresso de São Paulo”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o poema integralmente, ele está disponível em: NICOLA, José de. Literatura brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1989. p. 357. 
 
Tendo em conta o fragmento textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os romances modernos, 
observa-se a presença de determinado recurso que resulta na ridicularização da tradição. Sendo assim, verifique as opções a seguir e marque a alternativa 
que indique corretamente qual é esse recurso, presente também no poema citado: 
Nota: 10.0 
 
A A paralepse. 
 
B A paródia. 
Você acertou! 
Comentário: A alternativa (b) está certa, pois: “[...] alguns termos aparecerão para qualificar romances modernos, como romance heroico (ou 
épico), romance picaresco, romance pastoral, este último mais raramente, mas ainda possível, não porque conservam a estrutura desses ancestrais, mas 
porque resgatam alguns aspectos da temática e da caracterização de personagens. Traço que queremos destacar é a presença do cômico, via paródia, 
resultando na ridicularização da tradição. Essa forma de questionar o passado parece ser uma constante na história da arte. Não deixa de ser um diálogo, 
ainda que pelo tensionamento, com o pretérito” (livro-base, p. 44). 
 
C O pastiche. 
 
D A polifonia. 
 
E A redundância. 
 
Questão 7/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Leia o poema a seguir: 
“Poema tirado de uma notícia de jornal 
João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro 
Babilônia num barracão sem número 
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro 
Bebeu 
Cantou 
Dançou 
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o livro de poemas integralmente, ele está disponível em: BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da Manhã. Rio de Janeiro: MEDIAfashion, 2008. p. 33. 
Conforme os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia sobre as diferenças entre a linguagem jornalística e a linguagem poética, assinale 
a alternativa correta: 
Nota: 10.0 
 
A O nome da personagem ganha relevância por seu sentido denotativo e por reforçar o registro jornalístico. 
 
B A origem do registro é própria da linguagem poética que se utiliza das falas regionais. 
 
C A linguagem romântica e a linguagem difusa são equivalentes nesse caso. 
 
D O registro poético se baseia em uma notícia de jornal e a reestrutura em outra linguagem. 
Você acertou! 
Comentário: “No poema em questão, a linguagem poética coloca o relato em versos e destaca as ações em versos isolados. Além disso, 
o nome “João Gostoso” tem uma conotação poética que foge ao registro jornalístico, assim, o registro poético se baseia em uma notícia 
de jornal e a reestrutura em outra linguagem.” (livro-base, p. 43). 
 
E A linguagem poética é estruturada a partir de características canônicas do gênero lírico, como o uso de versos brancos. 
 
 
Questão 8/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Considere a citação: 
 
“Nesse método [preconizado por Henry James] como explica W. Y. Tindall, o autor tem uma função bem específica, e extremamente discreta: ‘não o que ele 
observa, mas o observador observando é o assunto, e a mente deste o nosso teatro’. Para indicar esse personagem central, em cuja mente se apresentam os 
acontecimentos, Henry James se vale de diversos termos. Ora o chama de ‘center’, ‘register’ ou ‘reflector’ ora de ‘sentient subject’, ou ainda ‘perceiver’, ‘vessel 
of consciousness’, mirror’, ‘center light’”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 24. 
 
Tendo em conta a citação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o entendimento de Henry James a 
respeito do narrador do romance, assinale a alternativa correta: 
Nota: 10.0 
 
A De acordo com Henry James, o narrador deve intervir e fazer digressões, a fim de desviar o foco do leitor da personagem central da 
história. 
 
B Para Henry James, sem fazer interferências nem digressões que desviem a atenção da história, o narrador deve parecer impessoal. 
Você acertou! 
Comentário: A alternativa correta é a letra (b), tendo em vista que: “Na opinião de James, o narrador do romance deve parecer impessoal, sem 
interferências e sem digressões que desviem a atenção da história. Ligia Chiappini Moraes Leite [...] afirma que o ideal, para ele, e para muitos teóricos 
que o sucedem, ‘é a presença discreta de um narrador que [...] possa dar a impressão ao leitor que a história se conta a si própria, de preferência, alojando-
se na mente de uma personagem que faça o papel de Refletor de suas ideias’. A pesquisadora nota que assim se dá ‘o desaparecimento estratégico do 
Narrador, disfarçado numa terceira pessoa que se confunde com a primeira’ [...]” (livro-base, p. 112, 113). As demais alternativas estão incorretas, pois 
afirmam exatamente o contrário do entendimento de Henry James sobre o narrador do romance. 
 
C Para Henry James, a interferência do autor no romance é bem-vinda, sobretudo quando ela se faz de maneira direta, alterando os rumos da 
narrativa. 
 
D No que se refere ao romance, Henry James defende a narrativa em primeira pessoa, por considerá-la desfavorável à dispersão. 
 
E Henry James é favorável à aproximação da ficção ao drama. A seu ver, o ideal é uma alternância de narrativa e diálogo, sem descrição 
alguma. 
 
Questão 9/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Leia o fragmento de texto: 
 
“[...] com Barthes, Greimas, Genette, Todorov e Bremond, a narrativa encontrou-se invariavelmente no centro de estudos de índole teórica que procuravam 
[...] atingir e descrever as categorias ‘universais’ que regem a enunciação do discurso. E isso porque, de fato, o legado teórico-metodológico do Estruturalismocontemplava de forma muito mais generosa o domínio do discurso e das suas condições de produção [...]”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 5. 
 
Partindo do fragmento de texto e dos conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos sobre o objeto de estudo da narratologia, 
considere as proposições a seguir e assinale a alternativa que aponta corretamente suas categorias constitutivas: 
Nota: 10.0 
 
A Personagem, narrador, tempo e espaço. 
Você acertou! 
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), pois: “[...] na prosa de ficção o acontecimento não é a questão central. É o modo como se dá a tessitura 
da intriga que garante o sucesso ou o fracasso da obra. A percepção desse modo de produzir os efeitos esperados de uma narrativa de ficção [...] provocou 
a especialização de uma vertente da teoria literária que se denomina narratologia – definida como o estudo das categorias constitutivas da narrativa, a 
saber, personagem, narrador, tempo e espaço –, cujo desenvolvimento se deu sobremaneira na segunda metade do século XX” (livro-base, p. xx). 
 
B Autor, personagem, enredo e espaço. 
 
C Tempo e espaço. 
 
D Autor e leitor 
 
E Enredo, narrador e personagem. 
 
Questão 10/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia 
Atente para os excertos do romance A última quimera: 
 
“Quem um dia vivera perto de Augusto sofria sua falta. A Paraíba se tornou o fim do mundo após a partida de Augusto. Poucas semanas depois de me despedir 
dele no porto em Cabedelo, peguei o mesmo vapor e vim morar no Rio de Janeiro”. 
 
“Nascemos na mesma região. Quando criança, eu ia passar férias no Engenho onde ele morava. Vivemos nossa juventude juntos, estudando na mesma escola 
e morando na mesma república. Ele era o meu maior amigo, talvez o único”. 
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Ana. A última quimera. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 32 e 53. 
 
Conforme os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os tipos de “ponto de vista” propostos por Norman 
Friedman, analise os fragmentos, extraídos do romance A última quimera, de Ana Miranda, e assinale a alternativa que corretamente aponta a modalidade 
empregada pela autora nessa obra em que ficcionaliza o poeta Augusto dos Anjos: 
Nota: 10.0 
 
A Autor onisciente intruso. 
 
B Narrador onisciente neutro. 
 
C “Eu” como testemunha. 
Você acertou! 
Comentário: A alternativa correta é a letra (c), pois: “Na categoria ‘‘Eu’ como testemunha’ o trabalho é entregue a outro, o narrador, desaparecendo 
completamente qualquer voz direta do autor. Ressaltamos que, já nessa altura, Friedman formula clara e inequivocamente: ‘Muito embora o narrador 
seja uma criação do autor’ [...]. E logo na sequência oferece denominação mais concisa e precisa, reunindo em um substantivo composto narrador e 
testemunha, ao mesmo tempo que lhe atribui estatuto de personagem: ‘O narrador-testemunha é um personagem em seu próprio direito dentro da estória, 
mais ou menos envolvido na ação, mais ou menos familiarizado com os personagens principais, que fala ao leitor na primeira pessoa’ [...]. Note que 
‘mais ou menos’ pode significar medianamente, mas pode também significar muito ou pouco. A gradação conta com palheta extensa. Importa 
sublinharmos a fala em primeira pessoa, que não é a personagem principal. [...] É corrente que as cenas sejam ‘apresentadas de modo direto, como a 
testemunha as vê’ [...]” (livro-base, p. 131,132). 
 
D Onisciência seletiva múltipla. 
 
E Onisciência seletiva.

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