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Historia da Arquitetura e urbanismo

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Escola Estadual de
Educação Profissional - EEEP
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Curso Técnico em Desenho
de Construção Civil
História da
Arquitetura e Urbanismo
Governador
Vice Governador
Secretária da Educação
Secretário Adjunto
Secretário Executivo
Assessora Institucional do Gabinete da Seduc
Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC
Cid Ferreira Gomes
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Maurício Holanda Maia
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Cristiane Carvalho Holanda
Andréa Araújo Rocha
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................................02
2. HISTÓRIA DA ARQUITETURA............................................................................................02
2.1 Pré – História.......................................................................................................................... 02
2.1.1 Arquitetura Neolítica..............................................................................................................02
2.2 Civilizações antigas..................................................................................................................04
2.2.1 Divisões da Arquitetura na Antiguidade.................................................................................04
2.2.2 Antiguidade clássica................................................................................................................11
2.3 Idade Média..............................................................................................................................12
2.3.1 Estilos medievais.....................................................................................................................12
2.4 Idade Moderna..........................................................................................................................15
2.4.1 Renascimento...........................................................................................................................15
2.4.2 Maneirismo..............................................................................................................................17
2.4.3 Arquitetura Barroca.................................................................................................................17
2.4.4 Arquitetura Neoclássica...........................................................................................................18
2.5 Idade Contemporânea..............................................................................................................19
2.5.1 Século XIX..............................................................................................................................19
2.5.2 Século XX................................................................................................................................20
2.5.3 Arquitetura Contemporânea.....................................................................................................21
3. ARQUITETURA BRASILEIRA...............................................................................................22
3.1 Arquitetura indígena................................................................................................................23
3.2 Séculos XVI e XVII..................................................................................................................23
3.3 Século XVIII: Barroco e rococó..............................................................................................25
3.4 O século XIX e a transição para o século XX........................................................................27
3.4.1 Neoclassicismo.......................................................................................................................27
3.4.2 Romantismo e Ecletismo........................................................................................................29
3.4.3 Neogótico...............................................................................................................................30
3.5 Século XX.................................................................................................................................31
4. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................. ....32
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
1
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
1. INTRODUÇÃO
Arquitetura é a arte ou ciência de projetar espaços organizados, por meio do agenciamento urbano 
e da edificação, para abrigar os diferentes tipos de atividades humanas. Seguindo determinadas regras, 
tem como objetivo criar obras adequadas a seu propósito, visualmente agradáveis e capazes de provocar 
um prazer estético.
A história da arquitetura é uma subdivisão da história da arte, responsável pelo estudo da evolução 
histórica da arquitetura, seus princípios, idéias e realizações. Esta disciplina, assim como qualquer outra 
forma de conhecimento histórico, está sujeita às limitações e potencialidades da história enquanto ciência: 
existem diversas perspectivas em relação ao estudo da arquitetura, a maior parte das quais ocidentais.
Nos primórdios da História, egípcios e sumérios já dispunham dos elementos fundamentais de 
uma arquitetura artística. Em palácios e templos, os babilônios, hititas e persas levaram a arquitetura a um 
nível majestoso. Mas foram os gregos que superaram a arte oriental e egípcia com um gênio criador que 
até hoje pode ser admirado no Partenon de Atenas e em outros vestígios. 
2. HISTÓRIA DA ARQUITETURA
A história da arquitetura está diretamente relacionada à evolução humana. A arquitetura passou a 
existir quando o homem começou a construir para se proteger de predadores e dos fenômenos naturais. 
Novas demandas sociais (como o crescimento das civilizações, a necessidade de interligação entre 
cidades, o abastecimento de água, a consolidação de crenças religiosas) ou mesmo a simples busca por 
formas agradáveis aos olhos forçaram a humanidade a buscar novos materiais, novas ferramentas e 
técnicas de construção. É assim que a arquitetura continua evoluindo até hoje.
Dos tijolos de barro seco ao concreto armado, das casas mais primitivas aos arranha-céus, das 
primeiras tumbas sagradas às grandiosas catedrais européias, de pequenos vilarejos pré-históricos às ilhas 
artificiais, o arquiteto continua contando a história do Planeta Terra, em linhas, texturas e cores. 
2.1 Pré – História 
2.1.1 Arquitetura Neolítica
Os primeiros homo sapiens refugiavam-se nos lugares que a natureza lhes oferecia, podendo ser 
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
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aberturas nas rochas, cavernas, grutas ao pé ou no alto de montanhas. 
Durante a Pré – história surgem os primeiros monumentos e o Homem começa a dominar a técnica 
de trabalhar a pedra. 
O abrigo, como sendo a construção predominante nas sociedades primitivas, será o elemento 
principal da organização espacial de diversos povos. Este tipo de construção ainda pode ser observado em 
sociedades não totalmente integradas na civilização ocidental, como os povos ameríndios, africanos, 
aborígenes, entre outros. A presença do abrigo no inconsciente coletivo dos povos primitivos é tão forte 
que marcará a cultura de diversas sociedades posteriores. 
Não se pode falar de uma arquitetura pré-histórica no sentido artístico, apesar de seu caráter 
funcional. Até chegar a fundar as primeiras cidades, como Catal Huyuk, na Turquia, no ano de 6500 a.C., 
o homem passouda intempérie para as cavernas e tendas.
A cultura megalítica, que se desenvolve entre 5000 à 3000 A.C., é a primeira expressão da vontade 
e da necessidade das sociedades conceberem e organizarem os espaços e os lugares,não só em termos 
físicos, como também em termos simbólicos. Os principais tipos de monumentos megalíticos são:
• Menir (es): consiste num megalito ou coluna rudimentar, erguida em direçõ ao céu;
• Alinhamento: agrupamento de menires organizados em linha reta;
• Cromeleque: agrupamento de menires organizado em círculo;
• Anta ou Dólmen: construções megalíticas formadas por pedras colocadas na vertical sobre as 
quais assenta uma laje.
 
Figura 1: Menir, Alinhamento de menires e Dólmen
Mas é somente no final do neolítico e início da idade do bronze que surgem as primeiras 
construções de pedra, entre os povos do Mediterrâneo e os da costa atlântica. Esses monumentos colossais 
tinham a função de templo ou túmulo, não se tratando de moradias.
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
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Figura 2 - Stonehenge, o mais conhecido monumento pré-histórico
2.2 Civilizações antigas
À medida que as comunidades humanas evoluíam e aumentavam, acometidas pelas ameaças 
bélicas constantes, a primeira modalidade arquitetônica a se desenvolver foi essencialmente a militar. A 
humanidade confrontava-se com um mundo de deuses vivos, gênios edemónios: um mundo que ainda não 
conhecia nenhuma objetividade científica.
Com a evolução das culturas, muitos aspectos da vida cotidiana estavam baseados no respeito ou 
na adoração ao divino e ao sobrenatural. O poder divino, portanto, iguala-se o poder secular, fazendo com 
que os principais edifícios das cidades fossem os palácios e os templos.
As necessidades de infra-estrutura daquelas primeiras cidades também tornaram necessário o 
progresso técnico das obras de engenharia.
2.2.1 Divisões da Arquitetura na Antiguidade
• Arquitetura Egípcia
Os egípcios demonstram nas suas manifestações artísticas uma profunda religiosidade de maneira 
que o sexo deveria ser feito na frente de todo povo do grupo. Eles por sua vez, retratavam o homem 
liberando seu material genético e também a mulher. A primeira pirâmide, "pirâmide de degraus", é 
construída pelo arquiteto Imhotep, como tumba de Djoser, fundador da III dinastia, emSaqqarah. A 
chamada pirâmide de degraus não passa, na realidade, de uma construção constituída de túmulos 
primitivos (mastabas), cujas formas se assemelhavam a um tronco de pirâmide, que continuaram a ser 
construídas para tumbas de nobres e outros grandes funcionários do Estado. 
As pirâmides mais conhecidas são Quéops, Quéfren e Miquerinos, da IV dinastia, já com a 
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Urbanismo
4
http://pt.wikipedia.org/wiki/IV_dinastia_eg%C3%ADpcia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A2mide_de_Miquerinos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9fren
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nobre
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mastaba
http://pt.wikipedia.org/wiki/Saqqarah
http://pt.wikipedia.org/wiki/III_dinastia_eg%C3%ADpcia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Djoser
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tumba
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imhotep
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forma geométrica que conhecemos, apontadas pelo poeta grego Antípatro no século II a.C. como uma 
das sete maravilhas do mundo antigo.
Figura 3 – Pirâmide de Djoser
• Arquitetura Assíria
A história da arte primitiva assíria data do século XVIII ao XIV a.C., mas é pouco conhecida. A 
arte do período assírio médio ou mesoassírio (1350 a.C. a 1000 a.C.) mostra sua dependência das 
tradições estilísticas babilônicas. Os temas religiosos são apresentados de uma forma solene e as cenas 
profanas, de maneira mais naturalista. O zigurate foi a principal forma de arquitetura religiosa assíria e o 
uso de tijolos vitrificados policromáticos, muito comum nessa fase. 
A arte assíria genuína teve sua época fulgurante no período neoassírio ou período assírio tardio 
(1000-612 a.C.). Com Assurbanipal II, que converteu a cidade de Nimrud (antiga Calah da Bíblia) em 
capital militar. Dentro de seus muros, encontravam-se a cidadela e as principais construções reais, como o 
palácio do noroeste, decorado com esculturas em relevo. Sargon II, que reinou entre 722 e 705 a.C., criou 
uma cidade de planta nova, Dur Sharrukin (atual Jorsabad), que estava rodeada por uma muralha com sete 
portas, três delas decoradas com relevos e tijolos vitrificados. No interior, erguia-se o palácio de Sargon, 
um grande templo, as residências e os templos menores. Seu filho e sucessor, Senaqueribe, que reinou 
entre os anos de 705 e 681 a.C., mudou a capital para Nínive, onde construiu seu próprio palácio, o qual 
denominou “palácio sem rival”. Os assírios adornaram seus palácios com magníficos relevos esculturais. 
A arte dos entalhadores de selos do último período assírio é uma combinação de realismo e 
mitologia. Mesmo nas cenas naturalistas, aparecem símbolos dos deuses. Datam desse período, em 
Nimrud e em Jorsabad, fabulosas esculturas de marfim. Na primeira, foram encontradas milhares de 
pequenas figuras de elefantes, que manifestam uma grande variedade de estilos. 
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
5
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sete_maravilhas_do_mundo
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_II_a.C.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%ADpatro_de_S%C3%ADdon
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Poeta
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Figura 4 – Vistas dos muros de Nínive, Assíria
• Arquitetura Babilônica
A Babilônia era uma cidade-estado da Mesopotâmia. Não se sabe extamente quando ela foi 
fundada, calcula-se que tenha sido por volta de 4.000 a. C. A Mesopotâmia, nome grego que significa 
“entre rios” é uma região localizada no Oriente Médio, delimitado entre os vales dos rios Tigre e Eufrates, 
ocupado pelo atual território do Iraque e terras próximas.
A arquitetura Babilônica, caracterizou-se pelo exibicionismo e pelo luxo. Construíram templos e 
palácios, que eram considerados cópias dos existentes nos céus. Os povos mesopotâmicos foram célebres 
trabalhadores de blocos de argila, conhecidos como adobes. A argila era encontrada em abundância para a 
fabricação de tijolos. Os adobes eram blocos prismáticos de barro seco ao sol, com aproximadamente 35 
cm de comprimento. Era costume dispô-los ainda úmidos, de forma que, ao secarem, constituíssem blocos 
compactados. 
A partir do IV milênio costumava-se esmaltar a face externa dos tijolos para preservar as paredes 
de umidade. Raras vezes se utilizava a argamassa de cal para a fixação ou o betume. A escassez e a má 
qualidade da pedra que se tinha determinaram a sua pouca utilização como material de construção. A 
pedra e a madeira precisavam ser importadas. 
As cidades eram planejadas com uma planta quadrada, e possuíam muralhas defensivas, resultado 
da necessidade de evitar invasões e dominações por outros povos. As muralhas eram construídas com 
barro cru com cerca de 6 a 8 metros de espessura, estucadas e decoradas com cenas das vidas dos Reis. As 
muralhas construídas por Nabucodonosor, para proteger a cidade era tão larga, que acreditasse que sobre 
elas podia se utilizar carros.
Outra construção característica deste povo são os zirigutes, templos edificados no alto de uma 
torre de tijolos. Um zirigute é uma forma de templo, construído na forma de pirâmides terraplanadas. O 
formato era o devários andares construídos um sobre o outro, com o diferencial de cada andar possuir 
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área menor que a plataforma inferior sobre a qual foi construído. As plataformas poderiam ser 
retangulares, ovais ou quadradas, e seu número variava de dois a sete.
O centro do zirigute era feito de tijolos queimados, muito mais resistentes, enquanto o exterior da 
construção mostrava adornos de tijolos cozidos ao Sol, mais fáceis de serem produzidos, porém menos 
resistentes. Os adornos normalmente eram envidraçados em cores diferentes. O acesso ao templo, situado 
no topo do zirigute, se fazia por uma série de rampas construídas no flanco da construção ou por uma 
rampa espiralada que se estendia desde a base até o cume do edifício. Provavelmente só os sacerdotes 
tinham acesso à torre, que tanto podia ser um santuário, como um local de observações astronômicas.
Figura 5 – Zirigutes
A Torre de Babel, segundo a narrativa bíblica de Gênesis, foi uma torre construída por um povo 
com o objetivo que o cume chegasse ao céu, para chegarem a Deus e estarem mais perto dele. Isto era 
uma afronta dos homens para Deus, pois eles queriam se igualar a Deus. Parou o projeto e fez com que a 
torre ruísse, depois castigou os homens de maneira que estes falassem várias línguas para que os homens 
nunca mais se entendessem e não pudessem voltar a construir uma torre. Esta história é usada para 
explicar a existência de muitas línguas raças e diferentes.
• Arquitetura Etrusca
Os etruscos vieram da Ásia Menor e fixaram-se na Itália Central. Deixaram como legado 
necrópoles, cidades e sítios arqueológicos de grande beleza. A arte etrusca exerceu grande influência na 
cultura romana. A dinastia etrusca dos Tarqüínios, que vai de 616 a 509 a.C., exerceu influência decisiva 
na história de Roma, que era então um conjunto de aldeias, e transformou-se numa cidade cercada de 
muralhas dominada pelo Capitólio. Os etruscos foram assim os fundadores de Roma, à qual legaram 
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conhecimentos de engenharia e agrimensura e vários símbolos de autoridade, como a coroa de ouro, o 
feixe dos lictores e a cadeira curul. Os etruscos eram muito dados a práticas religiosas, que consistiam, 
sobretudo em oráculos para conhecer os desígnios dos deuses.
 Por volta de 550 a.C., o estilo da arte etrusca tornou-se nitidamente jônico, como demonstram as 
esculturas de terracota de Veios. Os etruscos tinham também grande apreço pelos baixos-relevos, 
visíveis nos sarcófagos dos séculos VI e V a.C., como os de Clúsio, que representam danças, cerimônias 
fúnebres e banquetes, e constituem fonte importante de informação.
 Os monumentos mais famosos são os túmulos dos Áugures e da Leoa.Os etruscos eram bons 
construtores, mas pouco restou de suas edificações, erigidas preferentemente em madeira. Entre o que 
resistiu, por ser de pedra, destacam-se fundações de muralhas, conjuntos de casas cuidadosamente 
pavimentadas, túmulos, e também ruas pavimentadas, que formam verdadeiras cidades dos mortos. 
Réplicas do interior das casas, esses túmulos têm molduras, arcos e abóbadas – estas importadas do 
Oriente pelos etruscos, que as transmitiram a Roma, depois de aperfeiçoá-las.
Figura 6 – Túmulo etrusco
• Arquitetura Minóica
Inexistência de construções funerárias e religiosas de caráter monumental ou colossal, bem como a 
ausência de uma arquitetura militar significativa. A arquitetura palaciana possui caráter informal (não 
existe um esquema pré-determinado, não tem preocupação com o fausto, imponência e ostentação. Vão se 
tentando soluções mais adequadas para satisfazer as necessidades práticas. Há uma preocupação com o 
conforto e defesa contra o calor, pátios de arejamento e terraço.
Construção do palácio articulada em vários planos, tubulações para água e esgoto, bem como a 
presença de uma sala de banho. As estruturas de tijolos, pedra e barro se mantiveram ao longo da 
evolução desta civilização, mas a complexidade de suas construções aumentou desde o período neolítico.
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Urbanismo
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As casas eram retangulares, externamente amplas, com o interior dividido em muitos cômodos 
pequenos. Os palácios eram estruturas complexas, com diversos cômodos ligados por sinuosos 
corredores. As paredes eram frequentemente adornadas por representações de animais, festejos ou figuras 
geométricas, com ênfase em cores vivas.
Figura 7 – Palácio de Cnossos (1700-1500 a. C.) em Creta
• Arquitetura Micênica
A civilização micênica imitou muito de longe a arte cretense, mas a sua arquitetura apresentou traços 
próprios: construções longas e retangulares e caráter de monumentalidade com tom militar nas suas 
construções com cidades amuralhadas. As paredes de seus palácios eram decoradas com pinturas, onde 
constava guerreiros, cenas de caça e desfiles de carros. Manifesta influencia cretense mais na forma do 
que na decoração, mas as pinturas revelam uma intenção de caráter narrativo e não só ornamental. Os 
temas marinhos persistem. A arte dos micenenses era pouco expressiva e se resumia a cerâmica e 
armamentos em metais, inexplicavelmente passaram a enterrar os mortos em túmulos com forma de 
colméia e a construir palácios como verdadeiras fortalezas rodeadas por muros e pedras.
Figura 8 - Tumba dos Átridas
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Urbanismo
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• Arquitetura Persa
A arquitetura persa recebeu influência assíria, babilônica, egípcia e grega. Toda a vasta produção 
artística (arquitetura, baixo-relevo, alto-relevo) é fruto da fusão das concepções artísticas dos povos com 
os quais entraram em contato. A arquitetura foi a arte mais desenvolvida, onde se destacam as construções 
do "Palácio de Ciro", e o "Palácio de Dario", em Persépolis.
Figura 9 – Ruínas de Persépolis
• Arquitetura Suméria
Os sumérios desenvolveram sua civilização na região sul da Mesopotâmia, entre os rios Eufrates e 
Tigre (área integrante do Crescente Fértil). Habitaram esta região, conhecida como Suméria, entre os anos 
4000 e 1950 a.C.
Os sumérios destacaram-se na elaboração de projetos e construção de um complexo e 
desenvolvido sistema de controle de água do Tigre e Eufrates. Construíram barragens, sistemas de 
drenagem do solo, canais de irrigação e diques. A armazenagem da água era muito importante para a 
sobrevivência das cidades sumérias.
Os sumérios foram excelentes arquitetos e construtores. Desenvolveram os zigurates, que 
eram enormes construções em formato de pirâmides. Os zigurates eram usados como locais de 
armazenagem de grãos e também como templos religiosos. Construíram várias cidades-Estado 
importantes como, por exemplo: Nippur, Ur, Kish, Uruk, Lagash e Eridu. 
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
10
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pers%C3%A9polis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alto-relevo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Baixo_relevo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitectura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte
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Figura 10 – Arquitetura suméria
2.2.2 Antiguidade clássica
A arquitetura e o urbanismo praticados pelos gregos e romanos destacava-se bastante dos egípcios 
e babilônios na medida emque a vida cívica passava a ganhar importância. A cidade torna-se o elemento 
principal da vida política e social destes povos: os gregos desenvolveram-se em cidades-estado e 
o Império Romano surgiu de uma única cidade. Durante os períodos e civilizações anteriores, os assuntos 
religiosos eram eles mesmos o motivo e a manutenção da ordem estabelecida; no período greco-romano o 
mistério religioso ultrapassou os limites do templo-palácio e tornou-se assunto dos cidadãos (ou da pólis): 
surge aí a palavra política, absolutamente relacionada à idéia de cidade. Enquanto os povos anteriores 
desenvolveram apenas as arquiteturas militar, religiosa e residencial, os gregos e romanos foram 
responsáveis pelo desenvolvimento de espaços próprios à manifestação da cidadania e dos afazeres 
cotidianos: a ágora grega definia-se como um grande espaço livre público destinado à realização de 
assembléias, rodeada por templos, mercados, e edifícios públicos. O espaço da ágora tornara-se um 
símbolo da nova visão de mundo que incluía o respeito aos interesses comuns e incentivador do debate 
entre cidadãos, ao invés da antiga ordem despótica.
Os assuntos religiosos, contudo, ainda possuíam um papel fundamental na vida mundana, mas 
agora foram incorporados aos espaços públicos da pólis. Os rituais populares tomavam lugar em espaços 
construídos para tal, em especial a acrópole. Cada lugar possuía a sua própria natureza (genius locci), 
inseridos em um mundo que convivia com o mito: os templos passaram a ser construídos no topo das 
colinas (criando um marco visual na cidade baixa e possibilitando um refúgio à população em tempos de 
guerra) de forma a tocar os céus.
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
11
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Genius_Locci&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acr%C3%B3pole
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gora
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Polis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antiguidade_cl%C3%A1ssica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Romano
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade-Estado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Babil%C3%B4nia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Roma_Antiga
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia_Antiga
http://pt.wikipedia.org/wiki/Urbanismo
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Figura 11 - Templo de Hefesto em Atenas: arquitetura clássica grega
2.3 Idade Média
A tecnologia do período desenvolveu-se principalmente na construção das catedrais, estando o 
conhecimento tectônico sob o controle das corporações de ofícios.
Durante praticamente todo o período medieval, a figura do arquiteto (como sendo o criador 
solitário do espaço arquitetônico e da construção) não existe. A construção das catedrais, principal esforço 
construtivo da época, é acompanhada por toda a população e insere-se na vida da comunidade ao seu 
redor. O conhecimento construtivo é guardado pelas corporações, as quais reuniam dezenas de mestres-
obreiros (os arquitetos de fato) que conduziam a execução das obras, mas também as elaboravam.
A Cristandade definiu uma visão de mundo nova, que não só submetia a vontade humana aos 
desígnios divinos como esperava que o indíviduo buscasse o divino. Em um primeiro momento, e devido 
às limitações técnicas, a concepção do espaço arquitetônico dos templos volta-se ao centro, segundo um 
eixo que incita ao percurso. Mais tarde, com o desenvolvimento daarquitetura gótica, busca-se alcançar os 
céus através da indução da perspectiva para o alto.
2.3.1 Estilos medievais
❧ Arquitetura paleocristã
Até à declaração de liberdade de culto, a arte cristã não tinha uma tipologia arquitetônica própria, 
optando por celebrar o seu culto em lugares pouco relevantes. Com o Édito de Milão, Constantino apóia a 
construção de templos próprios, em Roma, Milão, Ravena, de modo a divulgar a nova religião e acolher o 
crescente número de convertidos. 
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
12
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ravena
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mil%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Roma
http://pt.wikipedia.org/wiki/Templo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_paleocrist%C3%A3
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitectura_do_g%C3%B3tico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristandade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpora%C3%A7%C3%A3o_de_of%C3%ADcios
http://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral
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❧ Arquitetura visigótica
Os únicos exemplares sobreviventes da arquitetura visigótica do século VI são a igreja de São 
Cugat do Vallés em Barcelona, a ermida e Igreja de Santa Maria de Lara, a Capela de São 
Frutuoso em Braga, a Igreja de São Gião na Nazaré e alguns vestígios da Igreja de Cabeza de Griego, em 
Cuenca. Contudo o seu estilo propagou-se nos séculos seguintes, embora os exemplos mais notáveis 
sejam rurais e estejam na maioria em ruínas. 
Algumas das características da arquitetura visigótica são: Arcos em forma de ferradura sem pedras 
de fecho, ábside retangular exterior, uso de colunas e pilares com capitéis coríntios de desenho particular, 
abóbodas com cúpulas nos cruzamentos, paredes em blocos alternando com tijolos e decoração com 
motivos vegetais e animais.
❧ Arquitetura moçárabe
As comunidades moçárabes mantiveram alguns templos visigóticos que eram mais antigos que a 
ocupação árabe para a prática de seus ritos religiosos e raramente construíram novos templos porque a 
autorização para sua construção era limitada.
A construção mais importante é a Igreja de Santa María de Melque. Outros são: Mosteiro de San 
Miguel de Escalada e o Mosteiro de San Juan de la Peña.
❧ Arquitetura bizantina
Chama-se arquitetura bizantina aquela desenvolvida pelo Império Bizantino (assim chamado como 
referência a Bizâncio a capital do império romano no oriente) durante a Idade Média (atualmente será 
mais correto denominar este período Antiguidade Tardia ( a dita decadência romana) e não Idade Média) 
como desenvolvimento da arquitetura romana.
O estilo caracteriza-se pelos mosaicos vitrificados e pelos ícones, pinturas sacras normalmente 
feitas sobremadeira, com disposição tríptica.
A arquitetura é marcada pelo processamento das várias influências estéticas recebidas pelo 
Império Bizantino. Também se destacou no desenvolvimento da engenharia e de técnicas construtivas 
arrojadas, tendo sido responsável pela difusão de novas formas e tipologias de cúpulas.
❧ Arquitetura mourisca
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
13
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_mourisca
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%BApula
http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Madeira
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dcone_(religi%C3%A3o)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosaico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_romana
http://pt.wikipedia.org/wiki/Romana
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antiguidade_Tardia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oriente
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_romano
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biz%C3%A2ncio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Bizantino
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitectura_bizantina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_de_San_Juan_de_la_Pe%C3%B1a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_de_San_Miguel_de_Escalada
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_de_San_Miguel_de_Escalada
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Santa_Mar%C3%ADa_de_Melque
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_visig%C3%B3tica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Templo
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Arquitetura_mo%C3%A7%C3%A1rabe&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%BApula
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ab%C3%B3boda
http://pt.wikipedia.org/wiki/Capit%C3%A9l
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coluna
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81bside
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_(arquitectura)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nazar%C3%A9_(Portugal)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_S%C3%A3o_Gi%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Braga
http://pt.wikipedia.org/wiki/Capela_de_S%C3%A3o_Frutuoso
http://pt.wikipedia.org/wiki/Capela_de_S%C3%A3o_Frutuoso
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Cugat_do_Vall%C3%A9s
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Cugat_do_Vall%C3%A9s
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Arquitetura_visig%C3%B3tica&action=edit&redlink=1
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Arte moura ou mourisca é a arte islâmica do norte da África e da Península Ibérica. Governantes 
islâmicos dominaram a Espanhadesde o século VIII até 1492, quando foram expulsos definitivamente. 
Duas construções notáveis datam deste período: a mesquita de Córdoba (hoje catedral) e o palácio de 
Alhambra, em Granada.
❧ Arquitetura românica
A arquitetura Românica se refere às semelhanças existentes entre as construções típicas do final do 
séc. XI e XII na Europa e as estruturas abobadadas a de grossa paredes de alvenaria dos antigos romanos. 
Enquanto no Oriente bizantino e muçulmano a arquitetura se desenvolve de maneira magnificente, no 
Ocidente o progresso no campo das criações mantêm-se estagnada: falta de tempo, falta de tranqüilidade, 
escassez de recursos. Assistimos a luta inaudita, a procura incansável de um sistema estrutural seguro, de 
fácil construção e dotado de beleza, que tinha de ser condicionado à realização por via de um material 
contra-indicado sob todos os aspectos: a pedra. A designação "Românico" surgiu no séc. XIX e 
significava "semelhante ao romano". 
 Podemos citar como característica das construções românicas a preocupação em se cobrir grandes 
vãos e os desejos em anular esforços e empuxos proveniente de cargas brutais de blocos de pedra. 
Tentativas de se transpor para o exterior das igrejas os apoios internos. Devido em grande parte ao 
desastres e incêndios causados em razão de invasões e pilhagens, que se resolveu abobadar os edifícios, 
uma idéia que rapidamente se difundiu. Em quase toda a arquitetura religiosa dos períodos cristão 
primitivos, o telhado era feito de madeira, material abundante na Europa. Mas vemos na Idade Média 
trágicas descrições de incêndios que devastaram igrejas com telhados de madeira.
❧ Arquitetura gótica
Arquitetura gótica é um estilo arquitetónico que segundo pesquisas, é evolução da arquitetura 
românica e precede a arquitetura renascentista. Foi desenvolvido na França em pleno período medieval, 
onde originalmente se chamava "Obra Francesa" (Opus Francigenum). O termo 'gótico' só apareceu no 
final do Renascimento como um insulto estilístico.
Com o gótico, a arquitetura ocidental atingiu um dos pontos culminantes da arquitetura pura. 
Asabóbadas cada vez mais elevadas e maiores, não se apoiavam em muros e paredes compactas e sim 
sobre pilastras ou feixes de colunas. Uma série de suportes que eram constituídos 
porarcobotantes e contrafortes possuíam a função de equilibrar de modo externo o peso excessivo das 
abóbadas. Desta forma, imensas paredes espessas foram excluídas dos edifícios de género gótico e foram 
substituídas por vitrais e rosáceas que iluminavam o ambiente interno.
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
14
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ros%C3%A1cea_(arquitetura)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vitral
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contraforte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arcobotante
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coluna
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pilastra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ab%C3%B3bada
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_renascentista
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_rom%C3%A2nica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_rom%C3%A2nica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estilo_arquitet%C3%B3nico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitectura_do_g%C3%B3tico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitectura_do_rom%C3%A2nico
http://www.tiosam.org/?q=Granada
http://www.tiosam.org/?q=Pal%C3%A1cio_de_Alhambra
http://www.tiosam.org/?q=Pal%C3%A1cio_de_Alhambra
http://www.tiosam.org/?q=Catedral_de_C%C3%B3rdoba
http://www.tiosam.org/?q=1492
http://www.tiosam.org/?q=S%C3%A9culo_VIII
http://www.tiosam.org/?q=Espanha
http://www.tiosam.org/?q=Pen%C3%ADnsula_Ib%C3%A9rica
http://www.tiosam.org/?q=%C3%81frica
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O estilo gótico ficou marcado em muitas catedrais europeias, entre elas a de Notre-
Dame,Chartres, Colônia e Amiens, a maioria classificada como Patrimônio Mundial da UNESCO. Muitas 
catedrais góticas caracterizam-se pelo verticalismo e majestade, denominando-se durante a Idade Média, 
como supremacia e influência para a população.
2.4 Idade Moderna
Com o fim da Idade Média a estrutura de poder européia modifica-se radicalmente. Começam a 
surgir os estados-nacionais e, apesar da ainda forte influência da Igreja Católica, o poder secular volta a 
subjugá-la, especialmente com as crises decorrentes da Reforma Protestante.
Antigos tratatos arquitetônicos romanos são redescobertos pelos novos arquitetos, influenciando 
profundamente a nova arquitetura. A relativa liberdade de pesquisa científica que se obteve permitiu 
algum avanço nas técnicas construtivas, permitindo novas experiências e a concepção de novos espaços.
Algumas regiões italianas, e Florença em especial, devido ao controle das rotas comerciais que 
levavam a Constantinopla, tornam-se as grandes potências mundiais e é nelas que se desenvolveram as 
condições para o desenvolvimento das artes e das ciências.
2.4.1 Renascimento
O Renascimento iniciou-se na Itália, particularmente em Florença. Os principais traços do 
renascimento foram a imitação das formas clássicas. Caracteriza-se por um momento de ruptura na 
História da Arquitetura. Apoia-se em dois pilares essenciais: classicismo e humanismo. 
Os homens do renascimento encaravam o mundo greco-romano como um modelo. Nesse sentido a 
arquitetura passou a tentar concretizar conceitos clássicos como a Beleza. Sabendo que os valores 
clássicos eram considerados pagãos, integra mundo cristão com mundo clássico.
O fiorentino Filippo Brunelleschi foi que apresentou a nova concepção renascentista na 
arquitetura. É comum atribuir o momento de gênese da arquitetura do Renascimento à construção da 
cúpula da Catedral de Santa Maria Dei Fiore. Porém não foi nem na época de Brunelleschi nem em 
Florença que a Arquitetura Renascentista atingiu seu ponto culminante. Em Roma, Giuliano de Sangallo e 
Rafael Sanzio dirigirem os trabalhos da Basílica de São Pedro. 
No espaço renascentista não mais o edifício domina o indivíduo como era no gótico. Não se 
desejava que a arquitetura do Renascimento, fosse mera reprodução das ruínas greco-romanas. Passaram a 
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
15
http://pt.wikipedia.org/wiki/Constantinopla
http://pt.wikipedia.org/wiki/Floren%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestante
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Estado-nacional&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Patrim%C3%B4nio_Mundial_da_UNESCO
http://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_Amiens
http://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_Col%C3%B4nia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_Chartres
http://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_Notre-Dame_de_Paris
http://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_Notre-Dame_de_Parishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estilo_g%C3%B3tico
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propor os cânones e o ordenamento do Classicismo. A preservação dos “Dez livros da arquitetura“, de 
Vitúvrio teve papel fundamental.
Leon Battista Alberti publica o primeiro tratado de arquitetura do Renascimento. Durante os 
séculos 15 e 16, outros tratados de arquitetura tiveram repercussão. Podemos citar SebastianoSerlio e 
Andrea Palladio. Os tratados passaram a abordar apenas os edifícios. Autores procuravam posicionar o 
arquiteto, como pertencente à elite e fundamental. Alberti expressa: "o arquiteto é o braço do Príncipe".
Brunelleschi ficará conhecido como o responsável por traçar o caminho em que os arquitetos do 
Renascimento trilharão suas obras. O domínio do Classicismo ao longo do século XIV e terá na pessoa de 
Donato Bramante uma figura paradigmática.
Bramante prova, que não só conhece e domina a linguagem clássica como também entende as 
características e o espírito de sua época. A principal imagem deste "estilo bramantiano" é a tríade de 
aberturas enfeitadas com arcos de volta inteira. Elementos como as abóbadas e cúpulas são usados de uma 
nova forma, porem as ordens são seguidas. O módulo de construção utilizado era o quadrado. As obras da 
arquitetura profana, os palácios particulares ou comunais, também foram construídas com base no 
quadrado.
No Renascimento que se deu pela primeira vez uma proposta de reestruturação da idéia vigente de 
cidade. Baseada em uma busca de racionalidade do espaço urbano, teve a representação em perspectiva, o 
instrumento fundamental para sua concretização. Os literatos e os pintores descreveram ou pintam a nova 
cidade que não se pode construir, e que permanece, justamente um objetivo teórico, a cidade ideal. Assim 
toda apequena cidade é organizada, de modo hierárquico, em torno da igreja e o palácio papal.
 A Perspectiva de uma praça , quadro atribuído a Piero della Francesca, pintado por volta de 1470, 
se constitui em uma representação do tipo de cidade que o pensamento renascentista contemplava –as 
proporções matemáticas da praça, a forma perfeita circular apresentada na igreja central, a regularidade 
dos pequenos palácios nas margens .
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
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Figura 12 – Paisagem florentina, um marco do Renascimento
2.4.2 Maneirismo
Com o desenrolar do Renascimento e o constante estudo e aplicação dos ideais clássicos, começa a 
surgir entre os artistas do período um certo sentimento anticlássico, ainda que suas obras continuassem, 
em essência, predominantemente clássicas. Neste momento, surge aquele que foi chamando 
de maneirismo.
Os arquitetos maneiristas (que rigorosamente podem continuar sendo chamados de renascentistas) 
apropriam-se das formas clássicas mas começam a desconstruir seus ideais. Alguns exemplos do 
maneirismo:
- São constantes as referências visuais em espaços internos aos elementos típicos da composição de 
espaços externos: janelas que se voltam para dentro, tratamento de escadas externas em alas interiores de 
edifícios, etc.
- O já consagrado domínio da perspectiva permite experimentações diversas que fogem ao espaço 
perspectico dos períodos anteriores.
Michelângelo é um dos arquitetos renascentistas que podem ser chamados de maneiristas.
Os séculos seguintes ao Renascimento assistiram a um processo cíclico de constante afastamento e 
reaproximação do ideário clássico. Obarroco, em um primeiro momento, potencializa o descontentamento 
do maneirismo pelas normas clássicas e propicia a gênese de um tipo de arquitetura inédita, ainda que 
frequentemente possua ligações formais com o passado. Da mesma forma que o barroco representou uma 
reação ao Renascimento, o neoclassicismo, mais tarde, constituirá uma reação ao barroco e uma forte 
tendência ao passadismo e à recuperação do clássico. Este período de dois séculos, portanto, será marcado 
por um ciclo de dúvidas e certezas a respeito da validade das idéias clássicas.
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
17
http://pt.wikipedia.org/wiki/Neoclassicismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco
http://pt.wikipedia.org/wiki/Michel%C3%A2ngelo
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2.4.3 Arquitetura Barroca
O barroco surge no cenário artístico europeu em dois contextos bastante claros durante o século 
XVII: primeiramente havia a sensação de que, com o avanço científico representado pelo Renascimento, 
o classicismo, ainda que tivesse alavancado este progresso, não mais tinha condições de oferecer todas as 
respostas necessárias às dúvidas do Homem. O Universo não era mais o mesmo, o mundo havia se 
expandido e o indivíduo sentia querer experimentar um novo tipo de contato com o divino e o metafísico. 
As formas luxuriantes do barroco, seu espaço elíptico, definitivamente antieuclidiano, foram uma resposta 
a estas necessidades.
O segundo contexto é o da Contra-Reforma promovida pela Igreja Católica. Com o avanço das 
igrejas protestantes, a antiga ordem romana cristã (que, em certo sentido, havia incentivado o advento do 
mundo renascentista) estava sendo suplantada por novas visões de mundo e novas atitudes perante o 
Sagrado. A Igreja sentiu a necessidade de renovar-se para não perder os fiéis, e viu na promoção de uma 
nova estética a chance de identificar-se neste novo mundo. As formas do barroco foram promovidas pela 
instituição em todo o mundo (especialmente nas colônias recém-descobertas), tornando-o o estilo 
católico, por excelência.
Figura 13 – A ostentação formal nos espaços do barroco e do rococó
2.4.4 Arquitetura Neoclássica
No fim do século XVIII e início do XIX, a Europa assistiu a um grande avanço tecnológico, 
resultado direto dos primeiros momentos da Revolução Industrial e da cultura iluminista. Foram 
descobertas novas possibilidades construtivas e estruturais, de forma que os antigos materiais (como 
a pedra e a madeira) passaram a ser substituídos gradativamente pelo concreto (betão) (e mais tarde 
pelo concreto armado) e pelo metal. Paralelamente, profundamente influenciados pelo contexto cultural 
do Iluminismo europeu, os arquitetos do século XVIII passaram a rejeitar a religiosidade intensa da 
estética anterior e o exagero luxuriante do barroco. Buscava-se uma síntese espacial e formal mais 
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
18
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIII
http://pt.wikipedia.org/wiki/Iluminismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Concreto_armado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Concreto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Madeira_(material)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Iluminismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrial
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIII
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3lica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contra-Reforma
http://pt.wikipedia.org/wiki/Elipse
http://pt.wikipedia.org/wiki/Universo
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racional e objetiva, mas ainda não se tinha uma idéia clara de como aplicar as novas tecnologias em uma 
nova arquitetura. Inseridos no contexto doneoclassicismo nas artes, aqueles arquitetos viram na clássica a 
arquitetura ideal para os novos tempos.
O neoclassicismo não se pretendeu, de fato, um estilo novo (diferente da arte clássica 
renascentista). Ocorria muito mais uma cópia do repertórioformal clássico e menos uma experimentação 
desta forma, tendo como diferença a aplicação das novas tecnologias.
Figura 14 - Biblioteca Sainte Geneviève, em Paris.
2.5 Idade Contemporânea
As cidades passam a crescer de modo inédito e novas demandas sociais relativas ao controle do 
espaço urbano devem ser respondidas pelo Estado, o que acabará levando ao surgimento 
do urbanismo como disciplina acadêmica. O papel da arquitetura (e do arquiteto) será constantemente 
questionado e novos paradigmas surgem: alguns críticos alegam que surge uma crise na produção 
arquitetônica que permeia todo o século XIX e somente será resolvida com o advento da arquitetura 
moderna.
2.5.1 Século XIX
Todo o século XIX assistirá a uma série de crises estéticas que se traduzem nos movimentos 
chamados revivalistas: ou pelo fato das inovações tecnológicas não encontrarem naquela 
contemporaneidade uma manifestação formal adequada, ou por diversas razões culturais e contextos 
específicos, os arquitetos do período viam na cópia da arquitetura do passado e no estudo de 
seus cânones e tratados uma linguagem estética legítima de ser trabalhada. O primeiro destes movimentos 
foi o já citado neoclássico, mas ele também vai se manifestar na arquitetura neogótica inglesa, 
profundamente associada aos ideais românticos nacionalistas. Os esforços revivalistas que aconteceram 
principalmente na Alemanha, França, Inglaterra, por razões especialmente ideológicas, viriam mais tarde 
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
19
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Romantismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_neog%C3%B3tica
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2none
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Revivalismo_arquitet%C3%B4nico&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_moderna
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_moderna
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX
http://pt.wikipedia.org/wiki/Urbanismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Neoclassicismo
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a se transformar em um mero conjunto de repertórios formais e tipológicos diversos, que evoluiriam para 
o ecletismo, considerado por muitos como o mais decadente e formalista entre todos os estilos históricos.
A primeira tentativa de resposta à questão tradição x industrialização (ou entre as artes e os 
ofícios) se deu pelo pensamento dos românticos John Ruskin e William Morris, proponentes de um 
movimento estético que ficou conhecido justamente por Arts & crafts (cuja tradução literal é "artes e 
ofícios"). O movimento propõs a pesquisa formal aplicada às novas possibilidades industriais vendo 
no artesão uma figura de destaque: para eles, o artesão não deveria ser extinto com a indústria, mas 
tornar-se seu agente transformador, seu principal elemento de produção. Com a diluição dos seus ideais e 
a dispersão de seus defensores, as idéias do movimento evoluíram, no contexto francês, para a estética 
do art noveau, considerado o último estilo do século XIX e o primeiro do século XX.
Figura 15 – Parlamento Inglês
2.5.2 Século XX
Logo nas primeiras décadas do século XX tornou-se muito clara uma distinção entre os arquitetos 
que estavam mais próximos das vanguardas artísticas em curso na Europa e aqueles que praticavam uma 
arquitetura ligada à tradição (em geral de características historicistas, típica do ecletismo). Ainda que estas 
duas correntes estivessem, em um primeiro momento, cheias de nuances e meios-termos, com a atividade 
"revolucionária" proposta por determinados artistas, e principalmente com a atuação dos arquitetos 
ligados à fundação da Bauhaus na Alemanha, com a Vanguarda Russa na União Soviética e com o novo 
pensamento arquitetônico proposto porFrank Lloyd Wright nos EUA e Le Corbusier na Europa (sendo 
forte fator definitivo da Arquitetura Moderna no Brasil, em especial através da obra de Oscar 
Niemeyer e Lúcio Costa), a cisão entre elas fica bastante nítida e o debate arquitetônico se transforma, de 
fato, em um cenário povoado de partidos e movimentos caracterizados como tal.
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
20
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%BAcio_Costa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oscar_Niemeyer
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oscar_Niemeyer
http://pt.wikipedia.org/wiki/Europa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Le_Corbusier
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos_da_Am%C3%A9rica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Frank_Lloyd_Wright
http://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Sovi%C3%A9tica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vanguarda_Russa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bauhaus
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vanguardas_art%C3%ADsticas
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XX
http://pt.wikipedia.org/wiki/Art_noveau
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Artes%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arts_%26_crafts
http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Morris
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Ruskin
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecletismo
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A renovação estética proposta pelas vanguardas (especialmente pelo cubismo, peloneoplasticismo, 
pelo construtivismo e pela abstração) no campo das artes plásticas abre o caminho para uma aceitação 
mais natural das propostas dos novos pensamentos arquitetônicos, baseados na crença em uma sociedade 
regulada pela indústria, na qual a máquina surge como um elemento absolutamente integrado à vida 
humana e no qual a natureza está não só dominada como também se propõem novas realidades diversas 
da natural.
De uma forma geral, as novas teorias que se discutem a respeito da arte e do papel do artista vêem 
na indústria (e na sociedade industrial como um todo) a manifestação máxima de todo o trabalho artístico: 
artificial, racional, preciso, enfim, moderno. A idéia de modernidade surge como um ideário ligado a uma 
nova sociedade, composta por indivíduos formados por um novo tipo de educação estética, gozando de 
novas relações sociais, na qual as desigualdades foram superadas pela neutralidade da razão. Este 
conjunto de idéias vê na arquitetura a síntese de todas as artes, visto que é ela quem define e dá lugar aos 
acontecimentos da vida cotidiana. Sendo assim, o campo da arquitetura abarca todo o ambiente habitável, 
desde os utensílios de uso doméstico até toda a cidade: para a arte moderna, não existe mais a 
questão artes aplicadas x artes maiores (todas elas estão integradas em um mesmo ambiente de vida).
A arquitetura moderna será, portanto, caracterizada por um forte discurso social e estético de 
renovação do ambiente de vida do homem contemporâneo. Este ideário é formalizado com a fundação e 
evolução da escola alemã Bauhaus: dela saem os principais nomes desta arquitetura. A busca de uma nova 
sociedade, naturalmente moderna, era entendida como universal: desta maneira, a arquitetura influenciada 
pela Bauhaus se caracterizou como um algo considerado internacional (daí a corrente de pensamento 
associada a ela ser chamadainternational style, título vindo de uma exposição promovida 
no MoMA de Nova Iorque).
Figura 16 - Ville Savoye- Casa em Poissy, França - Le Corbusier - 1928-1929
2.5.3 Arquitetura Contemporânea
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
21
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_Iorque
http://pt.wikipedia.org/wiki/MoMA
http://pt.wikipedia.org/wiki/International_style
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_moderna
http://pt.wikipedia.org/wiki/Raz%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Modernidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Modernismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_industrial
http://pt.wikipedia.org/wiki/Natureza
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1quina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Abstra%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Construtivismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Neoplasticismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cubismo
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A arquitetura praticada nas últimas décadas tem se caracterizado, de uma forma geral, como 
reação às propostas da arquitetura moderna: ora os arquitetos atuais relêem os valores modernos e 
propõem novas concepções estéticas (o que eventualmente se caracterizará como uma atitude dita 
"neomoderna"); ora eles propõem projetos de mundo radicalmente novos, procurando apresentar projetos 
que, eles próprios, sejam paradigmas antimodernistas, conscientemente desrespeitando os criticados 
dogmas do modernismo.
As primeiras reações negativas à acusada excessiva dogmatização que a arquitetura moderna 
propôs no início do século surgiram, de uma forma sistêmica e rigorosa, por volta da década de 1970, 
tendo em nomes como Aldo Rossi e Robert Venturi seus principais expoentes (embora teóricos como Jane 
Jacobs tenham promovido críticas intensas, porém isoladas, à visão de mundo do modernismo já nos anos 
1950, especialmente no campo do urbanismo).
A crítica antimodernista, que em um primeiro momento se restringiu à especulação de ordem 
teórico-acadêmica logo ganhou experiências práticas. Estes primeiros projetos estão de uma forma geral 
ligados à idéia da revitalização do "referencial histórico", colocando explicitamente em cheque os valores 
anti-historicistas do modernismo.
Durante a década de 1980 a revisão do espaço moderno evoluiu para a sua total desconstrução, a 
partir de estudos influenciados (especialmente) por correntes filosóficas como o desconstrutivismo. 
Apesar de altamente criticada, esta linha de pensamento estético também se manteve restrita aos estudos 
teóricos e, na década de 1990, seduziram o grande público e se tornaram sinônimo de uma "arquitetura de 
vanguarda". Nomes como Rem Koolhaas, Peter Eisenman e Zaha Hadid estão ligados a este movimento. 
O arquiteto norte-americano Frank Gehry, apesar de ser apontado pela grande mídia como arquiteto 
desconstrutivo, tem sua obra criticada pelos próprios membros do movimento.
Figura 17 – Casa contemporânea
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
22
http://pt.wikipedia.org/wiki/Frank_Gehry
http://pt.wikipedia.org/wiki/Zaha_Hadid
http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Eisenman
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rem_Koolhaas
http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1990
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desconstrutivismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1980
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jane_Jacobs
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jane_Jacobs
http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Venturi
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aldo_Rossi
http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1970
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Arquitetura_neomoderna&action=edit&redlink=1
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3. ARQUITETURA BRASILEIRA
A arquitetura do Brasil, desenvolvida através dos séculos desde o início de sua colonização, foi 
diretamente influenciada pelos diversos povos que formam o povo brasileiro e pelos diversos estilos 
arquitetônicos vindos do exterior.
A história da arquitetura brasileira é restrita aos cinco séculos após a descoberta, pois o período 
pré-cabralino não temos como reconstituir.
3.1 Arquitetura indígena
A arquitetura indígena é baseada nas convicções mágicas que tinham tanto para a moradia quanto 
para o conjunto urbano. A disposição geométrica de uma aldeia visa funcionalidade, mas também é 
orientada pelo gosto. Uma aldeia circular, com orientação norte-sul, tendo como eixo a casa central 
servindo de passagem e como espaço de reuniões, seu conceito é a “aldeia do além”: assim, o arco da 
existência supera o tempo e o trânsito terreno em função do infinito. Esta filosofia governa os atos de 
viver, as expressões plásticas e mais ainda a poesia, compondo uma cultura bem definida.
Figura 18 – Aldeia Kuikuro
3.2 Séculos XVI e XVII
No Brasil de 1500 foram encontradas construções autóctones, que não serviram de inspiração para 
as novas construções religiosas. Mas elementos indígenas e algumas técnicas construtivas foram 
encontrados em objetos de ornamentação, como na mesa de comunhão da capela colonial de São Miguel 
Paulista (1622).
Padroado: “direito de conquista” – acordo entre Portugal e a Ordem de Cristo. Estas instituições 
estabelecem o “padrão” das armas reais e a cruz ligadas entre si, e também condicionou a construção de 
igrejas e conventos.
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
23
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_Brasil
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As primeiras construções se deram no litoral por motivos religiosos e estratégicos. Isto 
determinava a riqueza das construções, conforme as possibilidades dos locais para construção.
A coesão religiosa e política muito se deve nas ações das ordem religiosas vindas. Franciscanos 
que vieram na esquadra de Cabral e trouxeram o padre arquiteto Frei Francisco dos Santos que construiu 
o convento de Nossa Senhora das Neves (1585). Companhia de Jesus que foi a primeira ordem 
missionária a trabalhar no Brasil, de modo sistemático e metódico.
Inicialmente as construções eram de pau-a-pique, coberta com folhas de palmeiras, posteriormente 
de taipa de pilão, e mais utilizada devido ao clima a técnica de pedra e cal.
As necessidades de construções mais sólidas trouxeram junto com o governador geral Tomé de 
Souza (1549) os mestres Luís Dias (mestre-de-obras), Luís Peres (mestre-pedreiro) e Miguel Martins 
(mestre de fazer cal).
1577 vem a pedido da Companhia o jesuíta português Francisco Dias, para dar identidade artística 
às igrejas da colônia. Essa identidade vem de inspiração do novo modelo de igreja jesuítica criado pelo 
arquiteto Giacomo della Porta, o Gesù.
Por interesse de Felipe II e com o Renascimento era comum a presença de arquitetos italianos em 
Portugal. Tanto que foi contratado para terminar a primeira igeja construída pela Companhia de Jesus , a 
igreja de São Roque de Lisboa, o Italiano Filippo Terzi.
Francisco Dias, primeiro arquiteto vindo ao Brasil, construiu a igreja Nossa Senhora da Graça de 
Olinda, com características semelhantes a igreja de São Roque, que transmitia a abnegação e austeridade 
que os jesuítas pregavam no espírito da Contra Reforma no século XVI as igrejas jesuíticas eram muito 
simples. Na segunda metade do século XVII com a expulsão da Companhia do Brasil e também devido a 
Guerra do Açúcar (ou invasões holandesas), as obras se limitavam a reconstruir ou reedificar os projetos 
já existentes. Após 1759 essas igrejas ficaram arruinadas ou foram convertidas para outros usos.
O conjunto arquitetônico dos Sete Povos das Missões, que fazia parte de um sistema conhecido 
como Reduções que pertenciam a província jesuítica do Paraguai, dão a idéia da pujança que foi a 
redução jesuítica no Brasil.
O mosteiro tem origem no ano de 1590, quando os monges ganham o morro onde se ergueria a 
construção. Em 1617 começam a construção, com o desenho do engenheiro militar português Francisco 
de Frias da Mesquita.Terminada em 1690. 
No projeto inicial da Igreja e Mosteiro de São Bento a planta era em nave única. Alterada quase 
meio século depois, passou a ter três naves, com capela-mor alongada e sacristia disposta 
transversalmente na parte posterior.Possui ainda uma galilé. A fachada tem aspecto austero, com 
características típicas do maneirismo português, caracterizadas pelo frontão triangular, a conformação da 
fachada próxima ao quadrado e o acabamento piramidal das torres. A talha da capela abacial é 
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
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considerada um dos melhores exemplares deste estilo. Foi iniciada em 1694 e terminada em 1800, 
passando por vários artesãos. Além do altar mór, o templo possui oito altares laterais, com imagens 
entalhadas.
Figura 19 – Igreja e Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro
3.3 Século XVIII: Barroco e rococó
Chegando com certo atraso em relação aos desenvolvimentos estéticos europeus, o barroco 
começou a ser notado no Brasil a partir do século XVII, nos centros de Salvador e São Paulo, 
gradualmente se disseminando para o resto do país, alcançando desde o Pará até o extremo sul, e 
penetrando pelo interior até Goiás e Mato Grosso. O barroco criou um extenso acervo de arte e arquitetura 
no Brasil, de alta qualidade, e tornou-se de certa forma típico de todo o período colonial, levando a certos 
autores o nomearem de "a alma do Brasil".Sua influência se estenderia até o século XIX, como se pode 
constatar nas edificações perfeitamente barrocas de igrejas como a antiga Igreja de Nossa Senhora do 
Rosário, em Porto Alegre, datada de 1817, ou o exemplo ainda mais tardio da Igreja de Nossa Senhora da 
Conceição, na mesma cidade, cuja construção iniciou em 1851, embora já com alguns traços neoclássicos, 
especialmente na decoração interna. Outros exemplos tardios são a Igreja de Nossa Senhora do Rosário 
dos Pretos de Goiânia, cuja fachada só foi concluída em 1836, e a grande Igreja da Candelária, só 
concluída em 1877 seguindo um projeto do século anterior.
Este estilo, cujos maiores expoentes são edifícios religiosos, com o tempo foi-se modificando, 
passando de uma arquitetura sólida e austera derivada da herança quinhentista, com frontões discretos, 
torres com coroamento piramidal simples e frontispícios pouco elaborados, até chegar a uma fase onde as 
fachadas e interiores recebem ornamentação muito mais movimentada e com grande riqueza e requinte 
nos detalhes.
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
25
http://pt.wikipedia.org/wiki/Frontisp%C3%ADcio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Front%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/1877
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_da_Candel%C3%A1ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/1836
http://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A2nia
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Igreja_de_Nossa_Senhora_do_Ros%C3%A1rio_dos_Pretos_(Goi%C3%A2nia)&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Igreja_de_Nossa_Senhora_do_Ros%C3%A1rio_dos_Pretos_(Goi%C3%A2nia)&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Neocl%C3%A1ssico
http://pt.wikipedia.org/wiki/1851
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_da_Concei%C3%A7%C3%A3o_(Porto_Alegre)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_da_Concei%C3%A7%C3%A3o_(Porto_Alegre)
http://pt.wikipedia.org/wiki/1817
http://pt.wikipedia.org/wiki/Porto_Alegre
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_do_Ros%C3%A1rio_(Porto_Alegre)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_do_Ros%C3%A1rio_(Porto_Alegre)
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso
http://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A1s
http://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(cidade)
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Da primeira fase podem-se citar alguns exemplos no Mosteiro de São Bento no Rio de Janeiro, 
na Igreja de Nossa Senhora do Desterro (Olinda), na Catedral de Salvador, na Igreja de Nossa Senhora do 
Carmo (Goiânia). Já em transição para um estilo mais rebuscado é a exemplar Igreja de São Francisco de 
Salvador, cujo interior é um dos mais ricos em talha em todo o país. Em João Pessoa os franciscanos 
deixaram o primeiro templo puramente barroco, em seu Convento e Igreja.
Da segunda fase, cujo final já é rococó, temos magníficos exemplos em várias partes do Brasil, 
especialmente em Salvador, Recife e no estado de Minas Gerais, onde brilhou o arquiteto e 
escultorAleijadinho, oferecendo soluções originais como plantas em elipse, fachadas curvas e torres 
circulares. Alguns templos barrocos de grande significado são:
❧ No Recife: a Igreja de Santo Antônio, a Basílica de Nossa Senhora do Carmo, cuja fachada é 
discreta mas cujo interior tem uma das mais exuberantes decorações rococós do país, a Matriz de 
Santo Antônio, igualmente com esplêndida talha nos altares.
❧ Em Salvador: Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia e a Igreja de Nossa Senhora do 
Rosário dos Pretos.
❧ Em Minas Gerais: a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, a Matriz de Nossa Senhora do Pilar, 
a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e a originalíssima Igreja de São Francisco, talvez a obra máxima 
de Aleijadinho, todas estas em Ouro Preto. Diversas outras cidades mineiras possuem exemplares 
significativos de arquitetura rococó, entre elas Sabará, Serro, Mariana, e sobretudo Congonhas, onde 
existe o grande complexo arquitetônico do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos.
❧ No Rio de Janeiro: Igreja do Carmo, e a discreta mas mui graciosa Igreja de Nossa Senhora da 
Glória do Outeiro.
Na arquitetura civil o barroco deixou relativamente poucos edifícios de maior vulto. As residências 
se caracterizam por apresentarem fachadas de um ou dois pavimentos (em alguns centros importantes 
como Salvador e São Luís podendo chegar a quatro pavimentos), com aberturas simples em arco abatido 
ou retangulares, emolduradas em madeira, mais raramente em pedra, e um telhado igualmente simples 
com beiral, às vezes com alguma ornamentação discreta como uma suave curvatura e telhas em bico nos 
cantos do telhado e sacadas com gradis de ferro trabalhado.
Famílias ricas podiam construir solares mais amplos e ornamentados, com azulejos na fachada, 
arcadas e alguma estatuária decorativa, como exemplificam o Palácio do Conde dos Arcos e do Solar do 
Saldanha em Salvador. Também nas fazendas do interior sobrevivem alguns casarões senhoriais de grande 
interesse, alguns de grandes dimensões, como a casa-grande do Engenho da Freguesia, no Recôncavo 
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
26
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rec%C3%B4ncavo_Baiano
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Engenho_da_Freguesia&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Solar_do_Saldanha&action=edit&redlink=1
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_do_Conde_dos_Arcos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estatu%C3%A1ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Azulejo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Solar_(habita%C3%A7%C3%A3o)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Beiral
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arco
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_da_Gl%C3%B3ria_do_Outeiro
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_da_Ordem_Terceira_do_Carmo_(Rio_de_Janeiro)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santu%C3%A1rio_do_Bom_Jesus_de_Matosinhos
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Serro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sabar%C3%A1
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_da_Concei%C3%A7%C3%A3o_da_Praia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Matriz_do_Sant%C3%ADssimo_Sacramento_de_Santo_Ant%C3%B4nio
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Bas%C3%ADlica_de_Nossa_Senhora_do_Carmo_(Recife)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Convento_e_Igreja_de_Santo_Ant%C3%B4nio_(Recife)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Elipse
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aleijadinho
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_Gerais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Recife
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Pessoa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_e_Convento_de_S%C3%A3o_Francisco_(Salvador)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_de_Salvador
http://pt.wikipedia.org/wiki/Olinda
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_do_Desterro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_de_S%C3%A3o_Bento_(Rio_de_Janeiro)
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Baiano, embora sua arquitetura em linhas gerais seja bastante simples, com um prédio principal de 
residência do proprietário e outros anexos para a senzala, depósitos de ferramentas e alimentos, abrigos 
para animais e casinhas para os lavradores. Caso singular em um gênero diverso é o Aqueduto da carioca, 
uma grande obra civil para condução de água erguido entre os séculos XVII e XVIII, localizada no Rio de 
Janeiro, com 270 m de extensão e 17 m de altura.
Dos prédios oficiais poucos sobreviveram sem alterações. Um dos mais significativos é a antiga 
Casa da Câmara e Cadeia de Ouro Preto, hoje o Museu da Inconfidência, com uma rica fachada onde há 
um pórtico com colunas, escadaria de acesso, uma torre, estátuas ornamentais e estrutura em cantaria. 
Também importante é o Paço Imperial no Rio, antiga residência da família real.
Cidades como Salvador, Olinda, São Luís no Maranhão, Goiás Velho, e diversas em Minas Gerais, 
notadamente Ouro Preto e Diamantina, ainda preservam numerosos exemplares de arquitetura civil e 
religiosa típicas do barroco colonial em seus centros históricos, que foram declarados Patrimônio 
Mundial pela UNESCO em vista de sua importância histórica e arquitetônica.
Figura 20 – Igreja de São Francisco em Ouro Preto
3.4 O século XIX e a transição para o século XX
3.4.1 Neoclassicismo
O Neoclassicismo é reputado como tendo sido oficialmente introduzido no Brasil pela Missão 
Francesa de 1816, embora elementospalladianos possam ser notados desde o século anterior no norte do 
país com a atuação do arquiteto Antônio José Landi, autor dentre outras obras da Catedral Metropolitana 
de Belém, datada de 1755, e traços neoclássicos já estão presentes nas obras arquitetônicas doMestre 
Valentim, atuando no Rio. Contudo, é certo que a Missão desempenhou um papel crucial na difusão dos 
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Mestre_Valentim
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http://pt.wikipedia.org/wiki/1755
http://pt.wikipedia.org/wiki/Catedral_Metropolitana_de_Bel%C3%A9m
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Jos%C3%A9_Landi
http://pt.wikipedia.org/wiki/Palladio
http://pt.wikipedia.org/wiki/1816
http://pt.wikipedia.org/wiki/Miss%C3%A3o_Francesa
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Neoclassicismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/UNESCO
http://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_Mundial
http://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_Mundial
http://pt.wikipedia.org/wiki/Diamantina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A1s_Velho
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maranh%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Lu%C3%ADs_(Maranh%C3%A3o)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%A7o_Imperial
http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3rtico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_da_Inconfid%C3%AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aqueduto_da_carioca
http://pt.wikipedia.org/wiki/Senzala
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rec%C3%B4ncavo_Baiano
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ideais neoclássicos a partir da capital, incentivada pela necessidade de se reorganizar a planta urbana do 
Rio após a chegada da família real portuguesa.
A Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios fundada sob influência dos franceses incluía um curso 
completo de arquitetura, passando a ser ministrado efetivamente em 1826 na Aula de Arquitetura 
Civil por Grandjean de Montigny, sendo, depois da Aula de Fortificações de Salvador e da Real 
Academia de Artilharia Fortificação e Desenho do Rio de Janeiro, a terceira escola regular de ensino 
arquitetônico a ser fundada no Brasil. O próprio projeto do edifício-sede era uma expressão pura do 
neoclássico francês em seu desenho, com fachada simétrica e um grande portal centralizado em ordem 
jônica, mas infelizmente apenas este elemento sobreviveu até nossos dias, instalado no Jardim Botânico 
do Rio de Janeiro.
Mesmo tendo a Missão Francesa esta função de divisor de águas na história da arquitetura 
brasileira, seria ingênuo supor que a herança anterior deixasse subitamente de influir na técnica e na 
estética das construções desta primeira metade do século XIX, especialmente em locais afastados da corte 
carioca.
De qualquer forma o barroco colonial iria gradualmente extinguindo sua presença e a corrente 
neoclássica ganharia predominância, com um centro difusor principal, o Rio de Janeiro, onde o estilo 
oficial seria basicamente uma importação na íntegra de referenciais estrangeiros, incluindo os materiais de 
construção e os artífices, e o interior do país, onde as circunstâncias geográficas, sociais e econômicas 
obrigaram à criação de um estilo simplificado, provinciano e superficial.
Evidenciando o processo artificial de evolução representado pela imposição súbita do 
neoclassicismo, o estilo se caracterizou pela repetição exaustiva de números limitados de fórmulas, 
predominando a demarcação de um pórtico central com frontão triangular sustentado por colunas 
clássicas, que às vezes se aplicavam a toda a extensão da fachada sob forma de pilastras, e mesmo em 
casos adotando um esquema de peristilo.
Não obstante seu debatido mérito, o neoclassicismo deixaria diversos exemplos significativos em 
vários pontos do Brasil. Pode-se citar o Palácio Real da Quinta da Boa Vista e a Santa Casa de 
Misericórdia no Rio, o Teatro de Santa Isabel em Recife, o antigo Palácio de Verão de Dom Pedro II, hoje 
o Museu Imperial emPetrópolis, o Theatro da Paz em Belém do Pará e o Palácio dos Leões em São 
Luís do Maranhão. Ainda com um perfil neoclássico mas já apontando para o ecletismo que viria a seguir 
é o majestoso Museu do Ipirangaem São Paulo.
Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 
Urbanismo
28
http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_do_Ipiranga
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecletismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maranh%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Lu%C3%ADs_(Maranh%C3%A3o)
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Lu%C3%ADs_(Maranh%C3%A3o)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_dos_Le%C3%B5es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bel%C3%A9m_do_Par%C3%A1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Theatro_da_Paz
http://pt.wikipedia.org/wiki/Petr%C3%B3polis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Imperial
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_II_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_de_Santa_Isabel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Casa_de_Miseric%C3%B3rdia_do_Rio_de_Janeiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Casa_de_Miseric%C3%B3rdia_do_Rio_de_Janeiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quinta_da_Boa_Vista

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