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RESUMO LIVRO HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE UNID. 1 – seção 1.1 – O capitalismo: o surgimento de um novo mundo. Feudalismo foi um modelo de organização social e política predominante durante a Idade Média e teve seu inicio na Europa. As relações desse modelo estavam baseadas nas relações servo-contratuais, ou seja, servis. Características predominantes desse modelo de organização: a agricultura como fonte principal de renda para subsistência e com ênfase nas trocas naturais (produto por produto); sociedade estamental e trabalho servil. A sociedade estamental era dividida da seguinte forma: os que oram = os que guerreiam = os que trabalham COMPREENDA 1. CLERO – os religiosos: exerciam grande poder político sobre uma sociedade bastante religiosa, onde o conceito de separação entre religião e a política era desconhecido; 2. NOBREZA – os senhores feudais: o rei lhes cedia terras e aqueles lhe juavam ajuda militar; 3. PLEBE – os trabalhadores: era a maioria da população. Cuidavam da agropecuária dos feudos, e, em troca recebiam uma parte do que produziam. Estava presa a terra, sofriam intensa exploração (talha), eram obrigados a prestar serviços à nobreza (corvéia) e a pagar diversos tributos em troca de permissão de uso da terra (banalidades) e de proteção militar. SAIBA: a crise feudal iniciou como desenvolvimento comercial e, como consequência, o desenvolvimento urbano. Três foram às razões principais: 1. Inovações técnicas: contribuíram na agricultura, como: máquina de revólver Terra; o peitoril para melhorar a força do cavalo e uso de ferraduras e do moinho d água, promoveram a expansão da agricultura; 2. As cruzadas: expedições militares patrocinadas pela igreja católica e organizadas pela cristandade medieval, com o objetivo oficial de libertar a Terra Santa (Jerusalém) do domínio muçulmano. Porém os fatores principais estavam ligados a interesses econômicos em algumas regi ões do Oriente e às necessidades de exportar a miséria, em virtude do crescimento populacional. 3. A reabertura do Mar Mediterrâneo: as Cruzadas promoveram o Renascimento Comercial e o Renascimento Urbano. As principais rota s de comércio eram feitas pelo Mar Mediterrâneo. Esse intenso desenvolvimento comercial colaborou para o desenvolvimento das cidades medievais e de uma nova classe social, a Burguesia Essa nova classe social passou a ansiar pelo poder político. No final da baixa idade Média u ma aliança foi realizada entre a Burguesia comercial e o rei. O interesse da burguesia era econômico e, do rei, a centralização do poder político, sendo os senhores feudais obstáculos para ambos. Essa aliança entre rei e burguesia, na unificação econômica, gerou a padronização de pesos, medidas e a monetária – incentivando as trocas comerciais. TRIADE COMPOSTA: composta por uma crise social, econômica e política – Guerra dos Cem anos, Peste Negra e pela fome. A Ascensão Da Burguesia, a expansão do comércio, o aparecimento da mão de obra assalariada, aliados ao fortalecimento de poder real – e a consequente formação dos Estados nacionais, foram fatores que abalaram de vez a estrutura feudal da Europa e provocaram o fim desse sistema no continente. No século 15, Os europeus já viviam sob uma ordem socioeconômica: O capitalismo comercial. PENSADORES KARL MARX = As teorias de Marx sobre a sociedade, a economia e a política — a compreensão coletiva de que é conhecido como o marxismo — sustenta que as sociedades humanas progridem através da luta de classes: um conflito entre uma classe social que controla os meios de produção e a classe trabalhadora, que fornece a mão de obra para a produção e que o Estado foi criado para proteger os interesses da classe dominante, embora seja apresentado como um instrumento que representa o interesse comum de todos. O Comunismo — regida por uma livre associação de produtores. Marx ativamente argumentava que a classe trabalhadora deveria realizar uma ação revolucionária organizada para derrubar o capital is mo e provocar mudanças sócio-econômicas. Friedrich Engels – revolucionário alemão que junto com Marx fundou o chama do socialismo científico ou marxismo. Ambos os autores, a partir da divisão de classes que se intensifica no sistema capitalista, separa -se o interesse particular do interesse comum. O Estado se impõe como condição de comunidade dos homens e, sob aparências ideológicas, está sempre vin culado à classe dominante e constitui o seu órgão d e dominação SAIBA • Forças produtivas – entende-se por força física, as habilidades e os conhecimentos técnicos que os trabalhadores possuem para pro duzir. • Relações de poder – denotam o poder econômico que os capitalistas detêm sobre os meios de produção. Marx entendeu que essa relação resulta na exploração da classe trabalhadora e promo ve a desigualdade social, a divisão de classes sociais e acumula ção de capital. • Luta de classes – é o confronto entre a burguesia e o proletariado, ou seja, entre dominantes e dominados. PENSADOR: Michel Foucault – pensador contemporâneo que observava que as relações de poder e controle não vê m de uma única fonte, ou seja, de uma única instituição (escola, igreja, prisão, sanatório, etc...), mas estão presente sem nosso cotidiano. Assim o homem seria um objeto, passível de ser moldado. Em síntese o inicio da sociedade moderna, foi marcada pelas mudanças nas relações de produção: as novas formas de organização da vida social; o trabalho assalariado; o crescimento das cidades de forma desordenada e, portanto, acrescido de vários problemas sociais e urbanos; a renúncia das explicações sobre o mundo, somente por fontes sobrenaturais; e a busca por um conhecimento sobre o mundo por meio da razão. Exemplificando o estudo de Foucault, em instituições, como a escola, a prisão e os hospícios identificaram e compreenderam que as instituições, assim como outras, produzem mecanismos de controle por meio de vigilância e punição, os quais seriam exercícios pelo poder constituído, para manter a ordem social vigente. Ou seja, estudos que contribuíram muito para a compreensã o das re lações de poder existente em nossa sociedade, desde que o mundo é mundo. Exemplos de hoje : a igreja ainda exerce um grande poder de manipulação aos seus fieis; outro exemplo é a baixa qualidade do ensino. ASSIMILE: Corvéia – obrigação do servo de trabalhar nas terras do senhor. Toda produçã o de seu trabalho era do proprietário. Banalidade – pagamento feito pelo servo em razão do uso de instrumentos e instalações do feudo. Talha – obrigação do servo de entregar parte de sua produção na gleba para o senhor feudal. No Manifesto do Partido Comunista – a afirmação é taxativa: a história sempre foi à história da luta de classes, remontada às lutas entre homens livres e escravos, na Antiguidade, e abran gente das lutas entre categorias estamentais da sociedade feudal. UNID. 1 – seção 1.2 – A Revolução Fra ncesa – um novo modelo político COMPREENDA Por que a Revolução Francesa influencia o mundo até hoje... Marco do início da Revolução Francesa foi queda d a Bastilha S aint-Antoine marco do início da Revolução Francesa, inaugura o início da Idade Contemporânea: tanto que se hoje vivemos em um regime democrático, em que (pelo menos em tese) to dos são considerados igu ais perante a lei, agradeça à multidão francesa que se rebelou contra o reinado de Luís XVI e tentou colocar na prática o lema de "Liberdade, Igualdade, Fraternidade". França no período de transição do feudalismo para o Capita lismo – o fato é que o sistema feudal entro u em profunda crise no século XIV em razão de fatores como a ascensão da burguesia nas cidades medievais, que passaram a ter uma intensa movimentação comercial nesse período; a crise no campo, as revoltas camponesas, a Peste Negra, entre outros. Essacrise f orçou tanto os senhores feudal quanto os burgueses que estavam em ascensão a traçarem estratégias de desenvolvimento de suas estruturas econômicas. Toda a complexa rede industrial e comercial, a nível mundial, que vemos hoje atrelada à também complexa sistema financeiro – bancos, bolsas de valores etc. – é fruto desse processo de ascensão do sistema capitalista, que começou no século XIV. Quem ou o que sã o cada um dos chamados Três Estados Gerais – os Estados foram chamados para uma grande assembleia que deveria mudar o conjunto de leis da França. Nesta assembleia , dividia -se a população francesa em três grandes classes sociais, cada uma representando um estado . 1. O primeiro estado era dominado pelo clero. Ele contava com cerca de 120 mil religiosos divididos em: alto clero (composto por bispo s e abades, muito destes, proprietários de terras) e o baixo clero (formado por padres, monges e abades de pouca condição). 2. O segundo estado integrado pelos membros da nobreza. Entre os nobres existiam aquele s integrantes da nobreza provincial (proprietária de terras) e a nobreza de toga (composta por burgueses que compravam títulos de nobreza da Coroa). 3. O terceiro estado composto pela esmagadora maio ria da população francesa. Em seu topo localizava-se a burguesia, subdividida em três o utras categorias. A primeira delas era a alta burguesia formada por banqueiros, agiotas e grandes empresários. Logo em seguida, vinha a média burguesia composta por empresários, professores, profissionais liberais e advogados. Por último a pequena burguesia formada por artesãos, lojistas e pequenos comerciantes. Qual o papel da burguesia no contexto da época e quais seus interesses – começada na Idade Média, a burguesia tem como principal características possuir todo o sistema econômico da sua época, sendo ela alimentadora das outras classes sociais – como uma pirâmide. Mas além do papel econômico, a burguesia tinha um papel social na formação de costumes, já que substituiu o papel antes ocupado pelo feudalismo (considerado decadente e desgastado). O iluminismo, também conhecido como Século da s Luzes foi um movimento global, ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação. O centro das idéias e pensadores Iluminista s foi à cidade de Paris. Os iluministas defendiam a criação de escolas para que o povo fosse educado e a liberdade religiosa. O nome “iluminismo” fez uma alusão ao período vivido até então, desde a Idade Média, período este de trevas, no qual o poder e o controle da Igreja regravam a cultura e a sociedade. Pensadores iluministas Montesquieu (1689-1755) – fez p arte da primeira geração de iluministas. Sua obra principal foi “O espírito das leis”. Antes mesmo d e a sociologia surgir, Montesquieu levantou questões sociológica s, e foi considerado um dos precursores da sociologia. Voltaire (1694-1778) – Crítico da religião e da Monarquia, Voltaire é o homem símbolo do movimento iluminista. Foi um grande agitador, polêmico e propagandista das ideias iluministas. Segundo historiadores, as correspondências de Voltaire eram concluídas sempre com o mesmo termo: Écrasez L’infâme (Esmagai a infame). A infame a que se referia era a Igreja católica. Sua principal obra foi “Cartas Inglesas”. Diderot (1713-1784) – Dedicou parte de sua vida à organização da primeira Enciclopédia, sendo essa a sua principal contribuição. D’Alembert (1717-1783) – Escreveu e ajudou n a organização da enciclopédia. Rousseau (1712-1778) – redigiu alguns verbetes para a Enciclopédia. Suas idéias eram por vezes contrárias as dos seus colegas iluministas, o que lhe rendeu a fama de briguento. Sua principal obra foi “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”. A burguesia tinha um papel social na formação de costumes, já que substituiu o papel antes ocupado pelo feudalismo (considerado decadente e desgastado). O iluminismo, também conhecido como Século das Luzes foi um movimento global, ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação. O centro das idéias e pensadores Iluministas foi à cidade de Paris. Os iluministas defendiam a criação de escolas para que o povo fosse educado e a liberdade religiosa. O nome “iluminismo” fez uma alusão ao período vivido até então, desde a Idade Média, período este de trevas, no qual o poder e o controle da Igreja regravam a cultura e a sociedade. Qual o preço que a França pagou pelo radicalismo da Revolução Francesa – um grupo de revolucionários, chamados jacobinos, defendia uma atuação radical. Durante este período em que esteve no poder, no desenvolvimento da revolução, esse grupo estabeleceu a fase do terror utilizando métodos extremos para promoção de suas reformas. Na época, Paris ficou literalmente coberta de sangue ASSIMILE: As principais consequências da revolução francesa foram: ascensão política da burguesia e triunfo de seus ideias e aspirações; desenvolvimento capitalista da França; queda do Antigo Regime Absolutista; extinção de resquício do feudalismo; separação entre igreja e o Estado; estimulo dos movimentos liberais e constitucionalistas na Europa; influencia nos movimentos de independência das colônias latino-americanas; e origem das instituições político-ideológicas que caracteriza m o mundo contemporâneo. A Revolução Francesa marcou o fim da Idade Media, abrindo o caminho para uma sociedade moderna com a criação do Estado democrático .Os seus ideias foram a Liberdade, Igualdade, Fraternidade – Liberté, Egalité, Fraternité. Após o período e processo revolucionário da França, instaura-se a República Francesa, que inspirou todo o mundo. UNID. 1 – seção 1.3 – A Revolução Industrial e a consolidação do capitalismo ** COMPREENDA Como o sistema capitalista se consolidou – se consolidou com o sistema político- econômico durante a Revolução Industrial que ocorreu principalmente na Inglaterra, França e Alemanha, durante os séculos XVIII e XIX. A partir de então, o desenvolvimento d o capitalismo foi acompanhado por uma utilização cada vez maior de máquinas, que passaram a substituir o trabalho humano na fabricação de muitas mercadorias. Qual a base filosófica desse sistema – também conhecido como economia de livre mercado ou economia de livre empreendedorismo, é um sistema econômico onde os meios de produção, distribuição, decisões sobre oferta, demanda, preço e investimentos são em grande parte ou totalmente de propriedade privada, com fins lucrativos. Os lucros são distribuídos para os proprietários que investem em empresas. Predomina o trabalho assalariado. É dominante no mundo ocidental desde o final do feudalismo. Quais as relações do sistema capitalista que surgem no século XV na Europa, com o capitalismo que vivenciamos atualmente – a busca do lucro através de atividades comerciais. Neste contexto, surgem também os banqueiros e cambistas, cujos ganhos estavam relacionados ao dinheiro em circulação, numa economia que estava em pleno desenvolvimento. Historiadores e economistas identificam nesta burguesia, e também nos cambistas e banqueiros, ideais embrionários do sistema capitalista: lucro, acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos negócios. **SAIBA: Panóptico – Um panóptico é uma construção cujo design faz com que se consiga observar a totalidade da sua superfície interior a partir de um único ponto. Este tipo de estruturas, por conseguinte, facilita o controlo daqueles que se encontram dentro do edifício. Para o filósofo francês Mich el Foucault, o conceito de p anóptico estendeu-se das cadeiras para outras instalações,como as escolas ou as indústrias. O panóptico, neste sentido, converteu-se numa técnica de controlo. ** COMPREENDA O panóptico original de Bentham contemplava a instalação de uma torre no centro da construçã o para que o vigilante (segurança) pudesse observar tudo o que acontecia no edifício que , por sua vez, devia estar dividido e m diferentes celas. A chave do panóptico radica em que, como os reclusos não podiam saber em que momento estava a ser observado pelo vigilante, este poderia distrair-se ou ter tempo livre. Se pegarmos no desenho do panóptico, encontramos uma construção circular com um pátio e a torre de vigilância no centro. O “anel”, por sua vez, deve estar dividido em celas com saída para o exterior e o interior, de maneira a que o vigilante consiga observar através da mesma. Com diversas variações, as divisões do panóptico podem albergar desde reclusos condenados por delitos até crianças a ter aulas, passando por trolhas/construtores civis a fabricar algo . ASSIMILE: A Revolução Industrial aconteceu na Grã-Bretanha, que a pesar, de ser um país pequeno, possuía condições variáveis de transporte e uma classe social que era a nobreza . Desta forma transformou-se na conhecida Oficina do Mundo, pois produzia para todo o mundo, e senhora dos mares, pela disposição geográfica, passando a controlar o comércio marítimo mundia l. A Revolução Industrial começou com o algodão e caracterizou-se pela substituição do trabalho manual e artesanal pelas máquinas e fabricas. A segunda fase da Revolução se deu com inovações industriais com relação ao emprego do aço, a utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da locomotiva a vaso e o desenvolvimento de produtos químicos. A terceira etapa da Revolução é considerada, por muitos, com avanços tecnológicos do s séculos XX e XXI, tais como o computador, o fax, a engenharia genética, o celular, entre tantos outros. Proletários é a classe operária que surgiu com o início do capitalismo, e se caracterizo u por ganhar baixo s salários e por realizar jornadas de trabalho que chegavam a 16horas. LEMBRE-SE O sistema capitalista possui como base filosófica a produção de bens e riquezas, o constante aumento e acumulação dessa produção, a detenção dos meios de produção, trabalho alienado e exploração da força de trabalho do proletariado. Nova proposta de organização política e econômico mais adequado por Karl Marx – Socialismo. SOCIALISMO – teoria filosófica por Karl Marx, onde postula a regulação das atividades econômicas e sociais por parte do Estado e a distribuição dos bens. UNID. 1 – seção 1.4 – O surgimento das ciências sociais como tentativa de explicar a sociedade moderna COMPREENDA: A sociologia nasce d a tentativa de vários pensadores e filósofos de compreender e explicar as transformações pelas quais a sociedade da época p assava. Já que se define Sociologia é a área das ciências humanas que estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições. **PENSADORES SOCIALISTAS Montesquieu – elaborou uma teoria política, que apareceu na sua obra mais famosa, o O Espírito das Leis (L’esprit des lois, 174 8), inspirada em John Locke e no seu estudo das instituições políticas inglesas. É uma obra volumosa, na qual se discute a respeito das instituições e das leis, e busca-se compreender as diversas legislações existentes em diferentes lugares e épocas Auguste Comte – tra dicionalme nte considerado o p ai da Sociologia. Émile Durkheim – que a Sociologia passou a ser considerada uma ciên cia. COMPREENDA Metafísica – se trata de uma d as disciplinas fundamentais da filosofia. Os sistemas metafísicos, em sua forma clássica, tratam de problemas centrais da filosofia teórica: são tentativas de descreve r os fundamentos, as condições, as leis, a estrutura básica, as causas ou princípios, bem como o sentido e a finalidade da re alidade como um todo ou dos seres em geral Unid. 2 AS CIÊNCIAS SOCIAIS: FORMAS DE COMPREENDER O MUNDO – seção 2.1 – as diferentes interpretações da realidade social ENTENDA: Sociologia – é uma ciência que nos auxilia a compreender, em especial, as bases da vida social humana e da organização da sociedade usando um pensamento que permite a observação, o controle e a formulação de explicações plausíveis. Max W eber – teórico sociológico, o individuo era visto co mo o responsável pela ação social, que é a conduta humana dotada de sentido. Nesta concepção o indivíduo age conduzido por motivos que resultam a influencia da tradição, da emotividade e dos interesses racionais. Assim, Weber desenvolveu a base de seu pensamento sociológico observando o individuo. Karl Marx – Sua teoria é essencialmente uma ferrenha crítica às sociedades capitalistas e seus moldes de organização e divisões sociais. Marx aborda ainda uma concepção muito particular quanto ao trabalho, e que é importantíssima para toda sua teoria. Ele compreende o trabalho enquanto atividade fundante da humanidade, e sendo esta a central idade da atividade humana e sendo o homem um ser social, essa atividade só pode ser desenvolvida socialmente. Mais valia – Marx dizia que a acepção da mais-valia está associada à exploração da mão de obra assalariada, em que o capitalista recolhe o excedente da produção do trabalhador como lucro. Modo de produção, por Karl Mar x – maneira como se organiza o pro cesso pelo qual o homem age sobre a natureza material para satisfazer as suas necessidades. Produzir é trabalhar, pondo em movimento forças, que ajam sobre a natureza. O trabalho é assim não só, um processo entre homem x natureza. SAIBA ** Alienação – para Marx, é descrita também como um momento onde os homens perdem- se a si mesmos e a seu trabalho no capita lismo. Para Marx as relações de classe eram alienantes, pois o trabalhador assalariado se encontrava em uma posição de barganha desigual perante o capitalista (empregador) SOCIOLOGIA SOB A OTICA: • Ciências: proporcionam-nos a possibilidade de levantar diferentes hipóteses, ter outras visões, buscar e testar caminhos novos, questionar. Sociólogos e seus estudos: muitos estudioso s nos apresentam perspectivas diferentes de abordagem. Teoria e exemplo: como resultados, há modelos teóricos particularmente relevando peculiaridades da realidade, oferecendo perspectivas relevantes. Max Weber: visão interativa e dinâmica Classes Sociais – têm interesses impossíveis de serem conciliados, haja vista que: • O capitalista (empregador) deseja garantir seu direito à propriedade do s meios de produção e a máxima exploração do operário. • Já o trabalhador-operário luta contra a exploração, reivindicam melhores salários, melhores condições de trabalho, direito e participação nos lucros gerados pelo que ele produz. • Mas mesmo assim as classes sociais são interdependentes e complementares ASSIMILE** • Ambiente social – é o conjunto de coisas, forças ou condições em relação e em contato com os seres humanos, incluindo tanto a cultura material concreta – como aparelhos tecnológicos, construções – quantas características culturais dos sistemas sociais que determinam e moldam as formas como a vida social é exercida. • Ciências naturais – são as disciplinas que buscam a compreensão do mundo natural – físico, biológico – utilizando o método cientifico para encontrar padrões nas relações de causa e efeito dos fenômenos naturais. Dividindo -as, por exemplo, na biologia, química, física, etc... • Ciências sociais – têm como objetivo de estudo as interações humanas, concentrando-se por tanto no mundo social. E, da mesma forma s e divide em campos especializados como, sociologia, psicologia, antropologia, administração e afins... • Dias (2014) – estudosistemático dos grupos e sociedades criados pelos seres humanos e de como estes, por outro lado, afetam a vida das pessoas. De modo geral todas as Ciências Sociais se debruçam sobre os estudos do comportamento humano. • Costa (2005) – foi necessário entender as bases da vida social e da organização da sociedade usando um pensamento que permitisse a observação, o controle e a formulação de explicações plausíveis. • Ação Social – é um conceito que Weber estabelece para as sociedades humanas. Indica que essa ação só existe quando um in divíduo estabelece uma comunicação com os outros. SAIBA As ações sociais possuem quatro tipos de ideais são eles: Ação social racional – com relação a fins, na qual a ação é estritamente acional – neste tipo o individuo pensa antes de agir em determinada situação : programa, mede, pesa e avalia as consequências; Ação social racional – com relação a valores – ação baseada em convicções como dever, sabedoria, piedade, beleza, dignidade ou transcendência de uma causa; Ação social afetiva – no qual a conduta é movida por sentimentos tais como, orgulho, vingança, loucura, paixão, inveja, medo... Ação social tradicional – que tem como fonte motivadora os costumes ou hábitos arraigados Unid. 2 AS CIÊNCIAS SOCIAIS: FORMAS DE COMPREENDER O MUNDO – seção 2.2 – classes sociais, exploração e alienação ENTENDA** A sociologia, assim como é próprio das ciências, nos permite olhar a realidade sob óticas variadas. Marx, acima de tudo, definia-se como um militante da causa socialista, por isso não se limitaram ao campo teórico e cientifico, mas foram defendidas com luta e como princípios norteadores para o desenvolvimento de uma nova sociedade em diferentes campos e batalhas, nas quais se confrontaram diversos grupos sócios desde o século XIX, quando o marxismo se organiza como corrente política. O estranhamento, a alienação, é descrito por Marx sob quatro aspectos: 1. O trabalhador é estranho ao produto de sua atividade, que pertence a outro. A consequência é que, quanto mais o trabalhador se esgota no trabalho, mais poderoso fica esse estranho mundo que não lhe pertence. Ele cria, mas torna-se pobre e menos o mundo interior lhe pertence; 2. A alienação do trabalhador relativa ao resultado, ao produto a sua atividade, é vista como alienação da atividade produtiva. O trabalho passa a ser de necessidade externas; 3. Como consequência da alienação da atividade produtiva, o trabalhador aliena-se também do gênero humano. É a marca específica do humano a livre atividade consciente; 4. O resultado imediato dessa alienação do trabalhador da vida, da humanidade, é a alienação do homem pelo homem. A coisificação do mundo é promovida pela relação entre capital, trabalho e alienação. Scott (2006) – a ponta que, para Marx, o trabalho era a mais importante expressão da natureza humana. Quando o homem perdia o controle sobe ele, entrava em um processo que conduziria a sociedade a uma ordem alienada: desigualdade crescente, pobreza em meio à plenitude, antagonismo social e luta de classes As relações de produção, que dividem os homens em proprietários e não proprietários – dessa divisão se originam as classes sociais: • Proletários – trabalhadores despossuídos dos meio s de produção, que vendem sua força de trabalho em troca de salários; • Capitalistas – que possuindo meio s de produção sob a forma legal da propriedade privada, apropriam-se do produto do trabalho dos operários em troca do salário d o qual eles dependem para sobreviver Unid. 2 AS CIÊNCIAS SOCIAIS: FORMAS DE COMPREENDER O MUNDO – seção 2.3 – a desigualdade social como fato social. ENTENDA: • Para entender melhor o ser humano, é preciso considerá-lo inserido numa sociedade, em uma cultura, analisando como se dão os processos de relação. • É fato social toda maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o individuo uma coerção exterior; ou ainda, toda maneira de fazer que seja geral uma existência própria, independente de suas manifestações in dividuais. • A sociologia é uma ciência recente. No final do século XIX ainda estava se firmando como ciência e buscava pelo seu objetivo de estudo de forma clara e objetiva. Quando Émile Durkheim – sociólogo, psicólogo social e filosofo Francês – empenhado em cria regras para o método sociológico e atribuir status de saber cientifi co à sociologia – estudo dos fatos sociais. • Consciência coletiva – de acordo com o sociólogo francês Émile Durkheim, é um conjunto cultural de i deais morais e normativas, a crença em que o mundo social existe até certo ponto à parte e externo à vida psico lógica do indivíduo “Conjunto das crenças e do s sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade que forma um sistema determinado com vida própria”. SAIBA ** I. Coercitivo – controlar a ação dos indivíduos no meio social – essas forças podem ser legais – apoiadas no sistema jurídico – ou não; II. Externo – significa que todo fato social nasce da coletividade a vontade do grupo prevalece sobre a individual, independente d o que um sujeito quer, de forma isolada; III. Geral – possui uma general idade – isto é se expressa de forma comum ou geral àquela sociedade. IV. Alienação – acontece quando a pessoa segue de forma inconsciente as determinações da sociedade, quando age sem nenhum questionamento, apenas cumprindo as regras; V. Transgressão – acontece quando um indivíduo se nega a respeitar as coerçõ es sociais. Ao cometer uma transgressão o in divid uo está sujeito a receber punições A solidariedade social divide-se em duas: • Solidariedade Mecânica – prevalece nas sociedades primitivas – os indivíduos aceitam sem questionamentos as tradições, costumes, valores, crenças da tribo – o sujeito está ligado diretamente à sociedade e prevalece em seu comportamento aquilo que é mais aceito pela consciência coletiva e não seu desejo individual. • Solidariedade Orgânica – prevalece nas sociedades complexas, onde há diferença s de costumes, crenças e valores Desigualdade Social na concepção de Karl Marx – Para ele, a desigualdade social era um fenômeno causado pela divisão de classes e por terem, nessas divisões, classes dominantes, estas se utilizavam da miséria gerada p ela desigualdade social como instrumento de manter o domínio estabelecido sobre as classes dominadas, numa espécie de ciclo. Desigualdade Social na concepção de Rousseau - Jean-Jacques Rousseau divid e a desigualdade social em sua obra, o “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre o s homens” em do is tipos: A física ou natural, que é estabelecida por fatores como força física, idade, condições de saúde e até mesmo a qualidade de espírito do indivíduo; e a desigualdade moral e política, uma espécie de senso Unid. 2 AS CIÊNCIAS SOCIAIS: FORMAS DE COMPREENDER O MUNDO – seção 2.4 – capitalismo, desigualdade e dominação em Max Weber. • Teorias de Weber – propôs o Tipo ideal, que é um instrumento de análise, uma construção teórica abstrata – o termo ideal significa que eles pertencem ao mesmo plano de idéias, isto é, só existe hipótese. • A ética protestante e o "espírito" do capitalismo – Trata-se do seu livro mai s lido e mais conhecido. Nele ele investiga a relação existente entre certa forma de conduta econômica e suas raízes religiosas – veja os quatro pontos principais dessa análise, segundo Costa (2005): ● A relação entre religião e sociedade se dá pelos valores introjetados nas pessoas e transformados em motivos da ação social; ● O que mobiliza internamente as pessoas é algo consciente. Para sair-se bem na profissão, para revelar assim sua vocação e virtude; ● Weber analisa os valores do catolicismo e do protecionismo, dessa forma estabeleceu conexão entre a motivação do sujeito e a ação no meio social; ● Para construir o tipo ideal de capitalismo ocidentalmoderno, Weber analisou e estudou diversas características das atividades econômicas na história antes e depois das atividades mercantis e industriais Dominação e poder não são sinônimos. Poder é a capacidade de induzir, influenciar o comportamento de alguém. Já a dominação está ligada à autoridade REFLITA: Tipos de dominação: ➔ Dominação Legal – (onde qualquer direito pode ser cria do e modificado através de um estatuto sancionado corretamente), tendo a “burocracia” como sendo o tipo mais puro desta dominação. Os princípios fundamentais da burocracia, segundo o autor são a Hierarquia Funcional, a Administração baseada em Documentos, a Demanda pela Aprendizagem Profissional, as Atribuições são oficializa das e há uma Exigência de todo o Rendimento do Profissional. A obediência se presta não à pessoa, em virtude de direito próprio, mas à regra, que se conhece competente para designar a quem e em que extensão se há de obedecer. Weber classifica este tipo de dominação como sendo estável, uma vez que é baseada em normas que, como foi dito anteriormente, são criadas e modificadas através de um estatuto sancionado corretamente. Ou seja , o poder de autoridade é legalmente assegurado. ➔ Dominação Tradicional – (onde a autoridade é, pura e simplesmente, suportada pela existência de uma fidelidade tradicional); o governante é o patriarca ou senhor, os dominados são os súditos e o funcionário é o servidor. O patriarcalismo é o tipo mais puro desta dominação. Presta-se obediência à pessoa por respeito, em virtude da tradição de uma dignidade pessoal que se julga sagrada. Todo o comando se prende intrinsecamente a normas tradicionais (não legais) a meu ver seria um tipo de “lei moral”. A criação d e um novo direito é, em princípio, impossível, em virtude das normas oriundas da tradição. Também é classificado, por Weber, como sendo uma dominação estável, devido à solidez e estabilidade do meio social, que se acha sob a dependência direta e imediata do aprofundamento da tradição na consciência coletiva. ➔ Dominação Carismática – (onde a autoridade é suportada, graças a uma devoção afetiva por parte do s dominados). Ela assenta sobre as “crenças” transmitidas por profetas, sobre o “reconhecimento” que pessoalmente alcançam os heróis e os demagogos, durante as guerras e revoluções, nas ruas e nas tribunas, convertendo a fé e o reconhecimento em dever es invioláveis que lhes são devidos pelos governados. A obediência a uma pessoa se dá devido às suas qualidades pessoais. Não apresenta nenhum procedimento ordenado para a nomeação e substituição. Não há carreiras e não é requerida formação profissional por parte do “portador” do carisma e de seus ajudantes. Weber coloca que a forma mais pura de dominação carismática é o caráter autoritário e imperativo. Contudo, Weber classifica a Dominação Carismática como sendo instável, pois nada há que assegure a perpetuidade da devoção afetiva ao dominador, por parte dos dominados. REFLITA Para Weber, classe é – todo grupo de pessoas que se encontra em igual situação de classe, sendo que a situação de classe é definida como – a oportunidade típica de ➢ Abastecimento de bens; ➢ Posição de vida externa; ➢ Destino pessoal, que resulta, dentro de determinada ordem econômica. ASSIMILE Estamentos são situações compartilhadas de privilegiamento, positivo ou negativo, com base no modo de vida, da educação e no prestigio obtido hereditariamente ou profissionalmente A consolidação da Sociedade Global – Seção 3.1 – como chegam os à globalização. ENTENDA** - GLOBALIZAÇÃO É um conjunto de transformações na ordem política e econômicas mundiais visíveis desde o final do século XX. Trata-se de um fenômeno que criou pontos em comum na vertente econômica, social, cultural e política, e que consequentemente tornou o mundo interligado, uma Aldeia Global. A globalização é um processo de integração social, econômica e cultural entre as diferentes regiões do planeta. E é também um dos termos mais frequentemente empregados para descrever a atual conjuntura d o sistema capitalista e sua consolidação no mundo. Na prática, ela é vista como a total ou parcial integração entre as diferentes localidades do planeta e a maior instrumentalização proporcionada pelos sistemas de comunicação e transporte. O termo em si só veio a ser elaborado a partir da década de 1980, tendo um a maior difusão após a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria. No entanto, são muitos os autores que defendem que a globalização tenha se iniciado a partir da expansão marítimo-comercial europeia, no final do século XV e início do século XVI, momento no qual o sistema capitalista iniciou sua expansão pelo mundo Aldeia global – O termo “aldeia” faz referência a algo pequeno, onde todas as coisas estão próximas umas das outras, o que remete à ideia de que a integração mundial no meio técnico-informacional tornou o planeta metaforicamente menor ✔ Globalização e seus efeitos ✗ Integração entre países ✗ Diluição das fronteiras ✗ Aumento do comércio mundial ✗ Crescimento e desenvolvimento da Economia dos Estados ✗ Desigualdade e desemprego aumentam SAIBA** – Globalização no Brasil – Resumo Globalização no Brasil Atual e suas conseqüências e efeitos – resumo Um dos países atingidos pela globalização foi justamente o Brasil que hoje em dia se beneficia e também sofre com as desvantagens da globalização mundial que atingiu o país. Saiba que a mesma pode oferecer diversos benefícios tanto a cultura brasileira como a nossa economia, mais em contraste a globalização sempre causa algo de desvantagem em qualquer que seja o aspecto citado. Todos sabem que a economia brasileira é exposta ao mercado internacional, isso mesmo, pois o Brasil tanto importa como exporta produtos, dessa forma, tornando o país bastante ativo no mercado internacional e possibilitando a chegada de novos produtos no país. Toda essa movimentação pode causar danos à economia brasileira, pois em muitos casos os produtos importados possuem preço muito baixo em relação aos nossos, dessa forma, leva a falência de muitas empresas causando assim muito desemprego no país. Além disso, o desemprego também é grande, pois com a globalização mu itos estrangeiros bem qualificados se dirigem ao Brasil e o que mais as empresas buscam é mão de obra qualificada, seja ela brasileira ou estrangeira. Isso tudo é consequência da globalização no Brasil. Na cultura também podemos destacar diversos tipos de benefícios. Por meio da internet, da televisão do cinema, através de uma música e demais meios de comunicação são possíveis que nós acompanhemos novas culturas e dessa forma conhecer um pouco mais de outros países. Por outro lado, muitas dessas culturas principalmente a norte- americana influenciam bastante os jovens brasileiros, que acabam esquecendo a própria cultura brasileira. O MARCO DA GLOBALIZAÇÃO Teve como o marco um Mundo sem fronteiras–como a queda do muro de Berlim em 1989. Processo de integração econômica que se caracteriza pelo predomínio dos interesses financeiros. Este é um dos principais motivos pelos quais estudiosos apontam este processo como responsável pela exclusão social. • O fenômeno da globalização se caracteriza essencialmente pelo aprofundamento das relações entre países, sendo que estas relações abrangem esferas comerciais, econômicas, sociais e culturais A mercantilização das relações é chamada – Mercado-rede: entidade reguladora da s ações políticas e econômicas da sociedade que agora atua em nível internacional. A revolução técnica – cientifica iniciada em 1970, alterou a estrutura de produção e de comercialização. Tais transformações possibilitaram invenções no modelo de telecomunicações ASSIMILE: Capitalismo – sistema socioeconômico no qual os meios de produção (terras, máquinas, prédios, fábricas) e o capital (dinheiro) são propriedadesprivadas, ou seja, têm um dono e possuem fins lucrativos. Liberalismo econômico – é a teoria segundo a qual o Estado não deve intervir nas relações econômicas que existem entre indivíduos ou países-nações. Defende o livre uso, da parte de cada individuo ou da sociedade de sua propriedade, sendo partidário da livre-empresa, em oposição ao socialismo Multiculturalismo – fenômeno que estabelece a coexistência de várias culturas em um mesmo espaço territorial. Neoliberalismo – conjunto de idéias econômicas e políticas que defende a não participação do Estado na economia para assegurar crescimento econômico e desenvolvimento social. Tem como marcas a privatização de empresas estatais, pouca intervenção do governo no mercado de trabalho, abertura para o capital externo – favorecendo a fixação de multinacionais – e a livre circulação de capitais internacionais A consolidação da Sociedade Global – Seção 3.2 – aspectos gerais da globalização SAIBA: Com a Globalização da economia os mercados se expandem, as fronteiras nacionais parecem ficar mais diluídas, aumenta a circulação de pessoas, bens e serviços. O crescimento das economias se estabelece com a liberdade de movimentação e a facilidade de circulação de capitais Os termos ECONOMIA GLOBAL e GLOBALIZAÇÃO têm sido usados para caracterizar o processo atual de integração econômica, que agora se faz em escala planetária, com consequente perda de importância das economias nacionais A transformação que se dá é uma marca da globalização que cria conexões sociais independentemente do tempo e do espaço. Com o capital, pessoas, serviços e bens circulando ativamente, as relações sociais também são intensificados e agora se fazem em escala mundial A consolidação da Sociedade Global – Seção 3.3 – efeitos da globalização Entenda: ➢ Efeitos da Globalização – Existem vários elementos que podem ser considerados como consequências da globalização no mundo. Uma das evidências mais emblemáticas é a configuração do espaço geográfico internacional em redes, sejam elas de transporte, de comunicação, de cidades, de trocas comerciais ou de capitais especulativos. ➢ Expansão das Empresas multinacionais – também chamadas de transnacionais ou empresas globais. Muitas delas abandonam seu s países de origem ou simplesmente, expandem suas atividades em direção aos mais diversos locais em busca de um maior mercado consumidor, de isençã o de impostos, de evitar tarifas alfandegá rias e de angariar um menor custo com mão de obra e matérias-primas. ➢ Blocos Econômicos – ou ditos como acordos regionais poderiam impedir uma global interação econômica, ela é fundamental no sentido de permitir uma maior troca comercial entre os diferentes países e também propiciar ações conjunturais em grupos ➢ Expansão e consolidação do sistema capitalista – além de permitir sua rápida transformação. Assim, com a maior integração mundial, o sistema liberal – ou neoliberal – ampliou-se consideravelmente na maior parte das políticas econômicas nacionais, difundindo-se a idéia de que o Estado deve apresenta uma mínima intervenção na economia Multicultural – é um termo qualificativo. Descreve as características sociais e os problemas de governabilidade apresentadas por qualquer sociedade na quais diferentes comunidades culturais convivem e tentam construir uma vida comum. Os defensores do multiculturalismo apontam que, para garantir coexistência harmoniosa e enriquecimento cultural, as diferenças entre culturas que habitam um mesmo território devem ser respeitadas e estimuladas. Polissêmico – palavra ou expressão que possui mais de um significado. Como uma mesma palavra pode ter vários significa dos, da mesma forma, usamos a expressão polissem ia para indicar dinamismo, vários sentido se ou neologismo. ➔ Reconhecer a diferença é fundamental para o respeito à igualdade. Mas não apenas a igualdade de assegurada pelas leis. Trata-se sim de um referencial mais amplo considerando o convívio social, racial – é a base na qual se estabelece o leque multicultural. Ações conscientes, justas e democráticas nesse contexto culminarão no respeito ao outro, no diálogo com valores diferentes dos nossos, alcançando convívio harmônico. ➔ Culturas estão sempre em transformação. Essa forma de adaptação das culturas é particular a cada momento, já que a própria sociedade também não é sempre a mesma. Vantagens da Globalização ✔ Entre as vantagens da Globalização, a primeira e mais óbvia de todas as serem citadas é a diminuição das distâncias e do tempo, assinalando um fenômeno que Da id Harvey chamou de “compressão espaço-tempo”; ✔ Outro aspecto que pode ser considerado positivo da Globalização é a redução do preço médio dos produtos, embora essa não seja uma característica constante; ✔ Os avanços no campo científico e do conhecimento também são notórios; ✔ No campo financeiro, a Globalização também apresenta aquilo que podemos considerar como vantagens. Destacam-se, nesse ínterim, os investimentos mais facilitados e que podem difundir se por todo o globo; a maior disponibilidade de meios para gerir empresas e governos; a possibilidade de maiores e mais amplos tipos de financiamentos de dívidas fiscais; a integração do sistema bancário mundial, entre outros aspectos Desvantagens da Globalização ✔ Forma desigual com que ela se expande, beneficiando, quase sempre, as localidades economicamente mais desenvolvidas e chegando “at rasada” ou de forma “incompleta” a outras regiões, tornando-as dependentes economicamente. ✔ No campo econômico, novamente a questão da desigualdade emerge como cerne das críticas direcionadas à globalização. A expansão das empresas multinacionais – apesar de conseguir diminuir os preços – é um duro golpe à livre concorrência A consolidação da Sociedade Global – Seção 3.4 – globalização e meio ambiente Para garantir uma boa relação entre globalização e meio ambiente, é preciso que as sociedades vençam o desafio de se desenvolverem em uma perspectiva sustentável. A relação entre globalização e meio ambiente se ex pressa na perspectiva dos impactos gerados pelas transformações técnicas, sobre tudo aquelas referentes à Revolução Técnico -Científica-Informacional, que propiciou avanços suficientes para integra r as diferentes partes do planeta e alterar os sistemas de produção no campo e na cidade. No âmbito da questão ambiental na Globalização, podemos considerar como o principal marco histórico para a intensificação da alteração do meio natural pelas sociedades a emergência da Revolução Industrial e suas posteriores transformações. Com a industrialização, ampliou-se o consumo e a pressão sobre os recursos naturais renováveis e não renováveis, com o solo, as florestas, os minérios e os recursos hídricos. Além disso, a transformação desses elementos primários passou a ser acompanhada da produção de um grande volume de poluição, tanto atmosférica quanto dos solos, hídrica e de outros tipos. As consequências gerada s pelo desenvolvimento industrial dos últimos 250 anos são bastante discutidas, e os seus limites exato s ainda não são muito precisos, sendo alvo de grandiosos debates no meio científico. De to do modo, as alterações na composição da atmosfera e o esgotamento dos recursos naturais são, sem dúvidas, os impactos mais duramente sentidos no contexto socioespacial. Além disso, somam -se os eventos climáticos, que, na opinião da maioria dos cientistas, podem ganhar contornos dramáticos em um futuro próximo, com a intensificação Nesse sentido, emerge o conceito de sustentabilidade, defendido po r muitos como a saída necessária e possível para conciliar o crescimento social com a conservação ambiental. SOCIEDADE, EXCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS – seção 4.1 – Antropologia, cultura e identidade nacional Cultura – significa todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei,a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade da qual é membro Etnia – é um elemento cultural. Podemos dividir as raças em brancas, negas, indígenas, a marelas Raça – refere-se à característica biológica, que marcam os indivíduos, como cor da pele, o tipo de cabelo, o formato do corpo. A antropologia biológica caracteriza os povos antigos pela análise de materiais biológicos, como formato do crânio, tamanho dos ossos, entre outros.. O Brasil é um país das diferenças? Se SIM de que tipo? E como essa diferença é vista e respeitada? É inegável o caráter plural do brasileiro em função da mestiçagem de seu povo, pano de fundo das expressões culturais mai s diversas ao longo d o território brasileiro. Poderia parecer fácil e sem obstáculos falar a respeito de diversidade em u m país mestiço como o Brasil. No e ntanto, à quais diversidades nos referiram? Propõe-se, portanto, que diversidade seja compreendida como um valor, onde estão implicadas e articuladas as seguintes ideais: de igualdade na diferença, de diferença na igualdade, de diferença socialmente transformada em desigualdade • Igualdade na diferença: valorizar a humanidade que provém de todo e qualquer indivíduo, base da ideia de direitos humanos. Mesmo em casos graves de d eficiência a pessoa deve ter garantido seu direto de livre escolha e convívio social. • Diferença na igualdade: a s peculiaridades das pessoas devem ser reconhecidas, na medida em que impliquem em adaptações para que sua participação social seja efetivada. Esta ideia está na base do surgimento do conceito de diversidade. • Diferença socialmente transformada em desigualdade: o resgate dos direitos humanos e a valorização da diferença são formas de desconstruir a desigualdade. Esta é a ba se que fundamenta a prática da diversidade como valor. Para entendermos a diversidade temos que entender o que é normal – que deriva d a palavra norma – que é aquilo que, d e certa forma, é comensurado pelos sujeitos de uma dada sociedade. Existem normas sociais, que são um conjunto de costumes, tradições, leis sociais estabelecidas entre homens de uma dada sociedade Nessa perspectiva é possível estabelecer não apenas padrões de comportamentos sociais, mas também quem são aquelas ditas pessoas normais, ou seja, que fazem parte de um determinado padrão e aquelas que estão fora desse padrão, e por tal, podem ser consideradas diferentes ou mesmo desviantes da norma estabelecida NÃO SE NASCE UMA MULHER, TORNA-SE (SIMONE DE BEAUVOIR) Neste caso estamos falando do que natureza ou sociedade? Ou melhor, estamos falando de natureza ou sociedade? Podemos refletir nesta frase de Beauvoir é que existe uma construção social de determinados papéis, de determinadas diferenças, que vai além daquilo que a natureza coloca. Nação – é fala de um povo que possui uma história comum, mesmo sendo diferente em sua origem. Ou seja, é uma comunidade estável, historicamente constituída por vontade própria de um agregado de indivíduos, com base num território, numa l íngua, e co m aspirações materiais e espirituais comuns TEXTO COMPLEMENTAR A diversidade como valor em uma sociedade inclusiva É inegável o caráter plural do brasileiro em função da mestiçagem de seu povo, pano de fundo das expressões culturais mais diversas ao longo do território brasileiro. Poderia parecer fácil e sem obstáculos falar a respeito de diversidade em um país mestiço como o Brasil. No entanto, à quais diversidades nos referiram? Segundo Sueli Carneiro, líder e ativista de movimentos de direi tos dos negros e pertencentes ao Conselho Deliberativo da Care Brasil, "o primeiro receio que o debate sobre adversidades provoca é que se preste à despolitização dos processos d e exclusão e discriminação que os "diferentes" sofrem em nossa sociedade, ou seja , a forma p ela qual historicamente esse "diferente" vem sendo construído , em oposição a uma universalidade cultural branca e ocidental supostamente legítima para se instituir como paradigma, segundo o qual a identidade ou a diferença dos diversos povos d a terra sejam medidas Estas questões vêm à tona quando falamos de diversidade co mo sinônimo de diferença. As diferenças físicas, étnicas, culturais, de gênero, etárias são um fato, mas não é o foco da discussão. O ponto crucial do debate sobre diversidade é a percepção, a reflexão e a atuação sobre os mecanismos sociais que transformam as diferenças em desigualdade, a ponto de apagar a realidade da igualdade na diferença Propõe-se, portanto, que diversidade seja compreendida como um valor, onde estão implicadas e articuladas as seguintes ideais: de igualdade n a diferença, de diferença na igualdade, de diferença socialmente transformada em desigualdade Igualdade na diferença: valorizar a humanidade que provém de todo e qualquer indivíduo, base da ideia de direitos humanos. Mesmo em casos graves de deficiência a pessoa deve ter garantido seu direto de livre escolha e convívio social. Diferença na igualdade: a s peculiaridades das pessoas devem ser reconhecidas, na medida em que impliquem em adaptações para que sua participação social seja efetivada. Esta ideia está na base do surgimento do conceito de diversidade. Diferença socialmente transformada em desigualdade: o resgate dos direitos humanos e a valorização da diferença são formas de desconstruir a desigualdade. Esta é a base que fundamenta a prática da diversidade como valor. Por anos viveu-se a hegemonia dos iguais, ficando difícil romper com essa visão e perceber que a diversidade não é problema. A promoção da diversidade como valor é a condição que viabiliza o surgimento do novo. Costuma-se colocar o "diferente" na figura do outro, que se torna um dessemelhante. É necessário que se perceba que todos somos diferentes. "Não há um lugar 'normal' de onde se olha a humanidade à procura dos 'outros'. Somos todos diversos e promover a diversidade é valorizar essa condição" (Políticas da Diversidade em Portugal, in site: www.opusgay.org) É necessário ir além da constatação de que somos todos diferentes. É preciso localizar e corrigir as distorções minorando ou eliminando os mecanismo s produtores de desigualdade. Não se trata de fazer ufania das diferenças, desconsiderando os critérios de competência e habilidades pessoais. Ao contrário, trata -se de detectar a queles talentos socialmente emudecidos, para que todos ganhem com a convivência e participem da promoção incondicional da diversidade como valor Assim, a ideia de diversidade se co loca nesse momento como um v alor a ser perseguido. No cotidiano das organizações a busca pela representação da diversidade humana em seu bojo deve traduzir-se em ações concretas, que vão desde uma http://www.opusgay.org/ redefinição da política d e recursos humanos até a revisão das atitudes de todos os colaboradores. O respeito à diversidade como valor implica em atitudes proativas que levem da contemplação à ação co ti diana. Este respeito pode ser medido em graus, seja em uma sociedade ou uma organização, o que nos permite medir o quanto elas se empenham no senti do da promoção da diversidade. Assumir medidas afirmativas, ou seja, “medidas especiais e temporárias que têm por objetivo eliminar desigualdades historicamente acumuladas, garantindo a igualdade de oportunidades e tratamento, bem como compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização por motivos raciais, étnicos, religiosos, de gênero e outros” pode contribuir para, através da convivência, dirimir os efeitos da segregação. Assim, a política de adoção d e cotas para n egros no s vestibulares, de cotas para pessoas com deficiência nos concursos públicos e a contratação de colaboradores que representem a diversidade social são exemplos de ações afirmativas, embora não se esgotem nelas. Qualquer mudançasocial é complexa e requer alterações em diferentes níveis de intervenção, tais como, vivencial, social, cultural, econômico e político. As ações afirmativas visam a tingir o s níveis vivencial, social e cultural, possibilitando, através da convivência, a quebra de preconceitos arraigados. Isso não é pouco. A convivência, a participação social, educacional e eco nômica dos grupos minoritários na vida da comunidade gerará uma cadeia de transformações que, num crescente, abre possibilidades de interferência nos níveis político e econômico Esta é a aposta. É o reconhecimento e o respeito pela diversidade como v alor, considerada criticamente, que pode gerar as mudanças devidas a esses segmentos populacionais e a toda comunidade brasileira SOCIEDADE, EXCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS – seção 4.2 – o papel das populações negra e indígena na construção da identidade nacional Identidade nacional é o conceito que sintetiza um conjunto de sentimentos, os quais fazem um indivíduo sentir-se parte integrante de uma sociedade ou nação. O Brasil é formado em sua origem por – Três matrizes raciais e três matrizes culturais Raça – é uma categoria das espécies de seres vivos, utilizada pela biologia como forma de classificação. Em termos sociais, o uso do termo raça é usado enquanto senso comum para determinar grupos étnicos a partir de suas características genéticas A formação do povo brasileiro se deriva de três tipos distintos: o branco europeu, o índio e o negro africano lembre-Identidade Nacional É o conceito que sintetiza um conjunto de sentimentos, os qua is fazem um indivíduo sentir-se parte integrante de uma sociedade ou nação SAIBA: CAPITANIAS DO BRASIL – foram uma forma de administração territorial do império português pela qual a Coroa, com recurso s limitados, delegou a tarefa de colonização e exploração de determinadas áreas brasileiras. TRATADO DE TODESILHAS – foi um acordo realizado entre Portugal e Espanha que limitou o domínio dos dois países nas terras americanas. Ele foi assinado antes mesmo da descoberta do Brasil, em 1494, a fim de dividir as terras já encontra das e aquelas que viriam a ser encontradas. O tratado tem origem na Bula Papal de Alexandre VI assinada em 1493. COMPANHIA DE JESUS – missão católica comandada pelos jesuítas que ficou conhecida pela atuação de José de Anchieta, por catequizar os índios, p ara que os mesmos fizessem parte da sociedade portuguesa. Contudo, a participação dos índios restringia-se apenas para plantação e nada mais. Os índios – acostumados com sua condição de liberdade, os índios não se adaptaram à idéia do trabalho na lavoura, que vinha com uma rígida disciplina capitalista e do trabalho constantes sem trocas econômicas, apenas em regime de escravidão. Desta forma, dizimados em primeiro momento pelas inúmeras doenças trazidas pelos portugueses após meses no mar, eles forma paulatinamente sendo mortos por sua resistência à escravidão. Os negros – após a dizimação dos índios, era preciso ter uma nova possibilidade de exploração da terra fértil, e assim inserem-se os negros. Estimulados pelo trafico negreiro, os portugueses introduziram este novo povo para contribuição da formação do povo brasileiro. Surgimos da confluência, do entrechoque e do caldeamento do invasor português com os índios silvícolas e campineiros e com negros africa nos, uns e outros aliciados como escravos. A origem do povo brasileiro – formado pela intersecção desses três povos – branco europeu= indígena = africano = povo brasileiro. Povo com sua etnia nacional, diferenciada culturalmente de suas matrizes forma doras, fortemente mestiçada, dinamizada por uma cultura sincrética e singularizada para redefinição de traços culturais delas oriundos. MATRIZES BRASILEIRAS – as três matrizes dão a origem a algo diverso, e fazem com que o povo que aqui habitará pela continuidade da historia seja diverso e heterogêneo, social e culturalmente. Essa diversidade vem do que cada um desses povos nos legou, seja nos traços físicos, em nossos traços culturais, seja em nossa organização social. Somos o que somos por conta dessa origem. O QUE SOMOS – POVO BRASILEIRO – somos um povo surgido de três matrizes e carregamos em nossos corpos, em nossos gestos, em nossos símbolos e em n ossa maneira de se relacionar com o mundo o legado del es Contribuição dos povos: INDIGENAS: A cultura indígena deixou sua marca em n ossa l íngua. Temos vocabulário com troncos lingüístico s indígenas. Além dos nomes próprios, tais como Cauãs, Cauês, Janainas – cidades como Araraquara – morada do sol em Tupi NEGROS Vieram para estas terras efetivamente para trabalhar. Nela apontaram na condição de mão de obra escrava – modelo q ue durou mais de 300 anos. Trouxeram consigo sua religião, à qual se agarravam em momentos de sofrimento e dor, quando perdiam seus filhos pela fome ou um ente querido pelo trabalho extenuado na lavoura AFRICANOS As religiões são um dos traços mai s marcantes da cultura africana em nosso povo. Apesar de sermos maioria católica e evangélica, muitos brasileiros agradecem a Oxalá pelo bom dia ou pedem força e coragem a Ogum em uma tomada de decisão importante. O sincretismo religioso brasileiro legou até um ditado popular: O brasileiro vai à missa no domingo e bate bumbo na gira de umbanda na sexta. Associam-se também ao s cânticos e as lendas africanas, que se traduziram em nossos diversos ritmos, em especial o Samba, e num esporte característico do Brasil – a Capoeira . DARCY RIBEIRO Foi um antropólogo, escritor e político brasileiro, conheci do por seu foco em relação aos índios e à educação no país. E dizia também, que é pela natureza de resistência das suas matrizes africanas e indígenas, mas também é dado aos pequenos expedientes, à corrupção, ao famoso JEITINHO BRASILEIRO, traço herdado da cultura dos portugueses. COROA PORTUGUESA 1808 Foi a partir de 1808, com a chegada da família real ao Brasil, que se desenvolveram efetivamente uma economia brasileira e u m conjunto de instituições, como banco s, hospitais e escolas. Os portugueses assim também nos legaram a nossa formação administrativa, que já vinha com vícios da coroa, aqui perpetuados Resumindo as matrizes Dessa forma, esse povo brasileiro foi sendo forma do com traços dessas diversas culturas, que nos legaram uma língua conhecida porém com palavras distintas, formas de culto religiosas próximas ás do colonizador, mas que foram adaptadas pelas influências indígenas e africanas, além de uma maneira de lidar com aquilo que é publico e coletivo de forma Privada. Aprenda ➔ MITO DA DEMOCRACIA RACIAL – é a crença de que não há racismo. O mito da democracia racial desenvolveu-se fortemente no Brasil, com a crença de que o fator racial não gera diferença nas pessoas, não havendo discriminação racial. Assim, acredita- se que a raça não é fator de exclusão social na educação e no trabalho, por exemplo, sendo a classe social o fundamento da discriminação e das dificuldades de acesso a de terminados bens econômicos e culturais. ➔ SINCRETISMO RELIGIOSO – é a combinação de elementos religiosos, com o objetivo de criar maior identificação dos sujeitos a uma dada religião. A Umbanda é uma das religiões mais sincréticas do Brasil. Conhecida como religião afro-brasileira, ela cultua os orixás africanos, porém suas representações físicas são feitas por santos da Igreja Católica. Neste sentido, Ogum, por exemplo, é São Jorge; Iansa, Santa Barbara; e Oxalá, Jesus Cristo. Não se esqueça que o Brasil é conhecido por se o país no qual a Democracia racial deu certo – esse mito esconde boa parte de preconceito e discriminação existentes no país SOCIEDADE, EXCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS – seção 4.3 – preconceito e discriminação da população negra e indígena e outros segmentos marginalizados Entenda: PRECONCEITO O preconceito se expressa no Brasil nos grupos considerados fora doPADRÃO estabelecido por nossa sociedade. Assim dizemos que PRECONCEITO é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, culturas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". DISCRIMINAÇÃO É o ato de separar, injuriar e humilhar. Pode ocorrer em diversos contextos, porém o contexto mais comum é o social, através da discriminação social, cultural, étnica, política, religiosa, sexual ou etária, que podem, por sua vez, levar à exclusão social. PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO São formas de manutenção de privilégios de determinados grupos e de negação direitos bá sicos a outros tantos grupos LEI DE COTAS É assim chamada a Lei n.8.213/1991. A referida lei, em seu artigo 93, determina o preenchimento de 2% a 5% dos cargos das empresas com pessoas com deficiência. A porcentagem se modifica conforme o tamanho da empresa MACHISMO É o comportamento de um individuo que supervaloriza a s características do sexo masculino, reconhecendo a superioridade dos homens em relação as mulheres e legando a estas posições de subalternidade e submissão em relação ao sexo masculino. SOCIEDADE, EXCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS – seção 4.4 – as políticas afirmativas no Brasil no século XXI – uma tentativa de garantir os direitos humanos dos povos negros, indígenas e em vulnerabilidade social. Entenda Das diferenças A diferença faz parte da vida humana. Somos diferentes em termos sexuais, ou seja, existem homens e mulheres; somos diferentes em nossos corpos, com os diferentes tipos de cabelos, olhos, pele.. as vezes carregamos em nossos corpos algum tipo de deficiência, uma perna; um braço ou uma dificuldade na visão – Também somos diferentes social mente, com ocupações, qualificações e rendas distintas. A diferença faz parte das nossas vidas. Toda essa diferença mostra o quanto o ser humano é diverso. Porém a diversidade vezes não traz algo positivo – na maioria resulta em situações de discriminação e segregação. Como sabemos toda discriminação acarreta a segregação social, que tem dificuldade à varias situações, como emprego, repressão social. Hoje dá-se o nome de Bullying para tais segregações na sociedade Das diferenças em negros No caso dos negros a discriminação e segregação foram justifica das por pensamentos como o de Arthur de Gobineau – as diferenças entre brancos e negros estava pautada na inferioridade biológica do africano e na necessidade de civilização a partir do branqueamento da cultura européia. No entanto a exclusão era fundamentalmente social. Políticas de ações afirmativas São consideradas políticas de discriminação positiva, pois busca afirmar a diferença para a produção de igualdade, garantindo essa parcela de excluídos da sociedade o acesso a esses bens materiais e imateriais. Exemplo de ação afirmativa – política de cotas raciais nas universidades Leis Regulamentadas Lei 12.288/2010 – que reconhece as politicas de ações afirmativas como forma de garantir acesso igualitário a educação, cultura, saúde, entre outros direitos básicos as pessoas de raça s diferentes. Lei 11.645/2008 – que institui o ensino de história e cultura Afro-brasileira e Indígena em todos os níveis de ensino brasileiro, tornando -se obrigatório no ensino fundamental e médio Assimile Patriarcalismo – é um fenômeno ocorrido no Brasil Colônia que deixou frutos no Brasil contemporâneo. Sua essência está na obediência da família, agregados e trabalhadores à figura do patriarca, na época, o senhor de terras. Essa prática resultou na dominação dos homens sobre as mulheres. Movimento feminista – em suas vertentes – regulamentação do trabalho doméstico. Está foi regulamentada pela Ementa Institucional 72, que estendeu direitos como férias, 13 salá rio e FGTS. Também foi feita regulamenta a Lei 11.340/2006 – Lei Maria da Penha; Lei 13.104/2015 – Lei do Feminicídio, que classifica o homicídio contra mulheres como crime hediondo e com agravantes quando acontece em situações específicas de vulnerabilidade ( gravidez, menor de idade, na presença de filhos...) – objetivo é de garantir a integridade física da mulher
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