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ISSN 2176-1396 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA: CONTRIBUIÇÕES E PERCALÇOS DO COMPONENTE CURRICULAR Everton de Souza1 - FAG Fernando Boaroli2 - FAG Marcelo José Taques3 - FAG/UEPG Eixo – Formação de Professores Agência Financiadora: não contou com financiamento Resumo Esta pesquisa teve como temática o estágio supervisionado e a formação de professores em Educação Física. Tivemos como objetivo discutir as contribuições do estágio supervisionado para a formação docente e debater sobre os entraves encontrados no decorrer da realização do componente curricular. A metodologia utilizada foi precedida de uma abordagem qualitativa com o delineamento caracterizado como uma pesquisa de campo, os dados foram coletados por meio de um questionário aberto. Os sujeitos pesquisados foram vinte e sete acadêmicos, licenciandos em Educação Física, de uma faculdade particular do município de Guarapuava – PR. Na análise de dados foram estabelecidas duas categorias: contribuições do estágio supervisionado para a formação docente, nesta categoria desvelamos que as contribuições do estágio supervisionado são atribuídas, pelos acadêmicos, a diferentes fatores, como aquisição de experiência, conhecimento do cotidiano da profissão e conhecimento da realidade das escolas, entretanto alguns licenciandos destacaram que mesmo o estágio contribuindo para suas formações, ainda assim, não é suficiente para qualificá-los para exercer a profissão de professor. Os percalços da prática curricular foi a segunda categoria estabelecida, nesta elucidamos as inúmeras dificuldades que os acadêmicos deparam-se no decorrer da realização do estágio supervisionado, desde a falta de materiais e equipamentos pedagógicos para a prática até a falta de respeito dos alunos, da escola, aos estagiários. Concluímos que o estágio supervisionado é imprescindível para a formação dos professores quando é realizado de maneira organizada, planejada e o licenciando é comprometido com a prática de ensino, caso contrário torna-se uma atividade esvaziada, abrindo brechas para diferentes ponderações. Palavras-chave: Estágio Supervisionado. Formação Docente. Educação Física. 1Especialista em Psicomotricidade e Psicopedagogia Institucional pela Faculdade de Educação São Luís – FESL. Graduado em Educação Física pela Faculdade Guairacá – FAG. Professor de Educação Física no Município de Abelardo Luz –SC. E-mail: everton-sou@hotmail.com. 2 Graduado em Educação Física pela Faculdade Guairacá - FAG. E-mail: fernando_boaroli@hotmail.com. 3 Doutorando em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG. Professor do colegiado de Educação Física da Faculdade Guairacá – FAG. E-mail: marcelo_taques@hotmail.com. mailto:everton-sou@hotmail.com mailto:fernando_boaroli@hotmail.com mailto:marcelo_taques@hotmail.com 9513 Introdução A formação de professores tem sido um assunto muito discutido no meio acadêmico e científico brasileiro, são inúmeras às produções especificas a esta temática. Segundo Libâneo (2015) as crescentes discussões referentes a formação docente estão ganhando maior destaque no país devido tendências existentes em todo o planeta, provindas, principalmente, de órgãos internacionais, como por exemplo a UNESCO. Rosa e Ramos (2008, p.565) salientam que no Brasil, tradicionalmente, as produções a respeito do processo formativo de professores são centradas nos “saberes docentes, saberes da prática, processos reflexivos, formação do professor pesquisador, pesquisa-ação”. Um assunto que, também, é muito discutido é o estágio supervisionado, sobre este tema Pelozo (2007) afirma que o estágio possibilita, aos indivíduos que não exercem a profissão, um ambiente privilegiado para que o mesmo possa vivenciar às práticas pedagógicas de maneira que consiga melhor compreender a profissão docente. Rosa e Ramos (2008) elucidam que às experiências tidas em estágios, nas escolas de educação básica, são de grande relevância no processo de formação inicial do professor. Fazenda (1991 apud BARROS, SILVA, VASQUEZ, 2011) salienta que o estágio supervisionado é um momento primordial na formação do acadêmico, pois promove um “elo entre à teoria e a prática”, situando o estagiário em relação a realidade escolar e promovendo o desenvolvimento profissional do mesmo por meio de práticas educativas que favorecem reflexões críticas relacionadas à prática docente. Contudo, alguns obstáculos surgem no decorrer da realização do estágio supervisionado, em alguns casos, os estagiários apenas fazem observação das aulas, não realizam todas as fases do estágio conforme exigem as universidades, entre outras tantas situações que impossibilitam uma inserção satisfatória dos estagiários no contexto escolar (BRASIL, 2013). Frente ao exposto, esta pesquisa teve como objetivo discutir as contribuições do estágio supervisionado para a formação docente e debater sobre os entraves encontrados no decorrer da realização do componente curricular. Os sujeitos foram 27 acadêmicos, do 6º período, de licenciatura em Educação Física de uma faculdade particular do município de Guarapuava-PR. Se faz necessário discutir este tema, pois de acordo com Baccon e Arruda (2010), durante as diversas fases que o estagiário vivencia em contato com a realidade escolar ele realiza uma reflexão em relação as expectativas do magistério e ser professor. Desta forma, pesquisas que aprofundem esta temática são relevantes para a área educacional, além do mais, é de 9514 interesse comum desvelar meios que contribuam, significativamente, para o processo de formação docente inicial. Estágio Supervisionado Ao longo da história da educação brasileira foram muitas as mudanças e transformações que aconteceram em relação ao estágio supervisionado. O estágio é de grande importância na formação dos acadêmicos, pois, por meio deste, os acadêmicos passam a ter maior contato com a realidade da profissão. O estágio supervisionado é um componente curricular obrigatório em que o acadêmico é supervisionado por profissionais habilitados, sendo o estágio uma etapa da formação profissional e não uma atividade qualquer. O estágio tem como objetivo oferecer, ao licenciando, conhecimentos das reais situações de trabalho que acontecem nas escolas, o estagiário deve assumir o papel de professor, trocando experiências com os supervisores e desenvolvendo competências essenciais da profissão (RODRIGUES, 2013). A resolução do CNE/CP n.28/2001, estabeleceu que a carga horaria mínima para o estágio curricular dos cursos de licenciatura plena é de 400 horas, devendo ser realizado a partir do início da segunda metade do curso (BRASIL, 2002). No entanto, Barros, Silva e Vasquez (2011) afirmam que muitos pesquisadores defendem que a inserção dos acadêmicos no estágio curricular apenas nos semestres finais do curso é visto como um problema e tem sido insuficiente para a formação dos professores. A inserção do acadêmico na escola desde o início da graduação é interessante, pois assim o licenciando anteciparia seu contato com a realidade escolar, conhecendo mais a fundo as dificuldades que virá a encontrar na profissão. A inserção do acadêmico, na escola, assim que ingressa no curso, poderia ser pensada para acontecer por meio de projetos de iniciação à docência, inserindo-o de forma contínua. Contudo, Agostini e Terrazam (2010) defendem que no estágio supervisionado a preocupação deve estar centrada em meios que proporcionem qualidade, independentemente da quantidade de horas. Compreendemos que o mais importante no estágio supervisionado é como o mesmo é realizado pelo acadêmico e não o tempo que este permanece na escola, pois é necessário que a inserção do acadêmico no contexto escolar forneça elementos que contribuam para a sua formação acadêmica e docente e não apenasque o estagiário permaneça por longos períodos na escola. Contudo, se esta inserção é de qualidade, quanto maior o tempo que o acadêmico permanecer na escola, maiores serão as contribuições para sua formação. 9515 De acordo com Barros, Silva e Vasquez (2011) o estágio supervisionado deve promover a integração entre a teoria e a prática. Estes autores ainda salientam que o conhecimento da realidade escolar, adquirido por meio do estágio, possibilita inúmeras reflexões em relação a prática da profissão. Com estas reflexões existe a possibilidade do desenvolvimento de uma prática criativa e transformadora que sustentam a ação docente. Desta forma, evidencia-se a necessidade de uma estreita ligação entre a teoria e a prática, tanto na formação quanto na ação docente. A teoria e a prática devem caminhar juntas, pois sem a fundamentação teórica a prática torna-se esvaziada e sem a prática a teoria torna-se dispensável. Tratando-se da Educação Física, a teoria e a prática são ainda mais indissociáveis, pois a Educação Física é uma disciplina essencialmente prática, entretanto, a sua prática deve ser fundamentada pela teoria, frente a isso, os professores devem buscar, continuamente, unir a sua ação pedagógica com os conhecimentos científicos específicos da sua área de atuação. Existe a possibilidade dos acadêmicos começarem a pensar nesta unidade, entre teoria e prática, a partir das vivências e experiências proporcionadas pelo estágio. De acordo com Felício e Oliveira (2008) o estágio curricular quando realizado de maneira planejada e bem orientado, torna-se um momento primordial no processo de formação dos futuros docentes. Para Barros, Silva e Vasquez (2011) o estágio é um momento importante, pois introduz o acadêmico no contexto escolar com a orientação de professores experientes que o auxiliam na solução de eventuais problemas ocorridos no decorrer do estágio. Contudo, o estágio vem encontrando muitos problemas para sua íntegra realização. Ao comentar sobre as escolas, ressalta-se que “em muitas delas, os estagiários ainda são vistos como um incômodo, no sentido de quebrarem a rotina da sala de aula ou, quando muito, como substitutos provisórios para cobrir a ausência de algum professor” (BACCON; ARRUDA, 2010, p.510). Em relação ao contato do estagiário com a escola, Pelozo (2007) afirma que os sujeitos que não tem contato direto com a escola possuem apenas conhecimentos superficiais sobre a mesma, desta forma o estágio deve proporcionar aos futuros docentes um conhecimento mais claro em relação a realidade escolar. Para Felício e Oliveira (2008) a formação que o acadêmico tem em sala de aula, é essencial, no entanto não é suficiente para prepará-lo para o mercado de trabalho, então é necessário inseri-lo no cotidiano escolar por meio do estágio curricular para que o mesmo possa vivenciar na prática às exigências da profissão, Pelozo (2007) complementa que o estágio supervisionado não possibilita uma completa formação do acadêmico para o magistério, contudo o estagiário tem a possibilidade de conhecer a realidade dos alunos, da 9516 escola, além de possibilitar ao mesmo conhecimentos e noções básicas e essenciais do que é ser professor na atualidade. A experiência prática e um conhecimento aprofundado da realidade escolar na formação inicial dos professores é fundamental, sendo assim, o estágio supervisionado se torna primordial para a formação dos acadêmicos, projetos de iniciação à docência, também, se fazem relevantes neste processo de formação, pois inserem os acadêmicos no contexto escolar com o intuito de qualificá-los e prepará-los para o mercado de trabalho. Formação Docente No Brasil, a formação de professores vem sendo constantemente discutida no meio científico, muitos profissionais da educação estão centrando suas pesquisas nesta área, que ainda carece de pesquisas que aprofundem os assuntos que constantemente geram embates e discussões sobre a mesma, procurando contribuir com melhorias no que tange à formação destes profissionais. Segundo Penin (2001), no Brasil, as universidades públicas demoraram a assumir a tarefa de formar professores. Assim, as instituições privadas contribuíram com a formação de um grande número de licenciados. Contudo, de maneira precária, uma vez que priorizavam apenas o ensino de teorias e práticas sem o incentivo da pesquisa e da extensão. Mesmo nos dias de hoje observa-se o descuido das universidades púbicas em relação a formação de docentes, pois, atualmente, 70% dos professores são formados em instituições privadas, principalmente, devido à pouca oferta de cursos de licenciatura em instituições públicas (BRASIL, 2013). Para Gatti (2008) a precariedade dos cursos de licenciatura, visto no passado, ainda se encontra presente, o autor afirma que muitos dos cursos de formação continuada, na realidade não são de aprofundamento, mas sim uma forma de suprir uma formação acadêmica precária. A formação de professores é um velho assunto no país e parece faltar empenho das instituições públicas para criarem meios que promovam melhorias nesta área. No entanto, este é um problema que precisa ser superado o quanto antes, pois as escolas precisam de profissionais capacitados para promoverem o desenvolvimento dos escolares. De acordo com Sant’Anna e Marques (2015, p.726) a formação de professores é um desafio a ser superado com políticas educacionais que incentivem a formação inicial e continuada, apresentando “cenários atraentes para a inserção no mercado de trabalho com salários justos, com a valorização da prática docente e com escolas bem equipadas; que 9517 estimulem a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias de ensino” fomentando a implantação de projetos de formação de qualidade, comtemplando à diversidade social e cultural da educação brasileira. Ao comentar sobre os modelos tradicionais de formação de professores que são seguidos no Brasil, constituídos no modelo disciplinar que valorizam à racionalidade técnica, Voigt et al (2013, p.8035) elucidam que este modelo não atinge as exigências e os desafios da educação da sociedade moderna. “Nessa perspectiva, os cursos de formação de professores precisam preparar profissionais da educação que, além de conhecer o conteúdo da disciplina que lecionam, dominem também os saberes do campo da educação”. Estes conhecimentos habilitam o professor a desenvolver suas atividades visando o aprendizado dos escolares e não apenas a transmissão dos conteúdos para os alunos. Voigt et al (2013) ainda comenta sobre a desvalorização docente, para o autor a profissão, no Brasil, está cada vez menos atrativa, tanto pelas péssimas condições de exercício como pela remuneração que deixar a desejar. Gatti (2009) destaca alguns motivos pelos quais a carreira de professor é pouca procurada, entre eles está a precariedade de trabalho que os docentes enfrentam no cotidiano, a infraestrutura inadequada, e aponta também as perspectivas de crescimento profissional que não são as melhores. Rodrigues (2013, p.1010) ao comentar sobre a desvalorização da profissão docente, afirma que “são vários os fatores que fazem os cursos de licenciatura serem esvaziados”. Freitas (2007) afirma que existe a necessidade de políticas de formação e valorização dos professores, contemplando a formação inicial e continuada. O autor complementa que nos últimos trinta anos os educadores estão lutando por melhores condições de trabalho, entretanto, a realização não concretiza-se. As inúmeras dificuldades que a educação brasileira enfrenta é de conhecimento comum, essas estão desvalorizando a profissão de professor que no passado era vista com muito apreço e respeitada pela sociedade, que reconhecia a importância destes profissionais. Contudo, atualmente, os professores, comumente, são desrespeitados pelos alunos, tem uma má remuneração, ascondições de trabalho são precárias e outras tantas dificuldades que estes profissionais enfrentam diariamente fazem com que a profissão seja pouco apreciada. Metodologia Esta pesquisa foi precedida de uma abordagem qualitativa. Segundo Tomas, Nelson e Silverman (2007) as pesquisas qualitativas normalmente são realizadas em ambientes do 9518 cotidiano. Para Tomas e Nelson (2002) nesta abordagem a coleta de dados deve ser precisa e detalhada. O delineamento da pesquisa caracteriza-se como uma pesquisa de campo, de acordo com Gil (2002) a pesquisa de campo caracteriza-se pela sua realização no local de pesquisa, quando o pesquisador vai a campo coletar as informações. O instrumento utilizado foi um questionário com questões abertas. De acordo com Parasuraman (1991 apud CHAGAS, 2000) o questionário é nada mais que um conjunto de questões que servem para os coletar dados que se fazem necessários para alcançar os objetivos de uma pesquisa. Entre as vantagens do questionário aberto Nogueira (2002) destaca a possibilidade de explorar mais profundamente as inúmeras possíveis respostas do indivíduo a respeito de uma determinada temática que se investiga. Participaram da pesquisa 27 acadêmicos do 6º período, do curso de licenciatura em Educação Física, de uma faculdade particular do município de Guarapuava-PR. A escolha destes sujeitos se deu devido os acadêmicos estarem cursando o último período e já terem cursado as disciplinas de estágio supervisionado I e II, que compõem a grade curricular e são realizados, respectivamente, na educação infantil e ensino fundamental, e estarem cursando o estágio III, sendo este realizado no ensino médio/EJA. Inicialmente foi entregue uma carta de apresentação a instituição solicitando autorização para realizar a pesquisa no local, obtido à autorização, convidamos os acadêmicos a participarem da pesquisa, aceito o convite, todos receberam um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), explicando o objetivo da pesquisa e assegurando o sigilo dos nomes, o TCLE foi lido e assinado pelos acadêmicos. Em seguida, foram aplicados os questionários, coletados os dados e, consequentemente, realizado a análise dos mesmos. Resultados e Discussões Para assegurar aos acadêmicos o sigilo dos nomes e manter todos os procedimentos éticos que devem ser seguidos em pesquisas, optamos por numerá-los ficando do número 1 até o número 27. As categorias estabelecidas foram: contribuições do estágio supervisionado para a formação docente e os percalços da prática curricular. Contribuições do Estágio Supervisionado para a Formação Docente As contribuições do estágio supervisionado para a formação docente foram atribuídas, pelos acadêmicos, a diferentes fatores. No entanto, alguns acadêmicos comentaram que apesar 9519 do estágio contribuir para a formação profissional, ainda assim, não é suficiente para qualificá- los, plenamente, para exercerem a profissão de professor. A maioria dos acadêmicos afirmaram que o estágio contribuiu para a formação docente, principalmente, no que diz respeito a aquisição de experiência, como pode ser observado nos comentários abaixo: O estágio contribuiu no que tange à experiência, pois sai da teoria e exige que o acadêmico realmente cumpra o papel de professor nas regências (Acadêmico 6). Com essa prática conseguimos adquirir experiência para a prática escolar e também para aprender com as dificuldades que permeiam o dia a dia da escola (Acadêmico17). [...] através dele nos futuros professores adquirimos experiência e moldamos o nosso perfil docente (Acadêmico19). É uma forma de adquirir experiências e estar mais preparado para o mercado de trabalho (Acadêmico 26). Observa-se que estes acadêmicos descreveram a experiência adquirida no decorrer do estágio como a principal contribuição para suas formações acadêmicas. Compreendemos que esta experiência adquirida pelos licenciandos é fundamental para a formação dos mesmos, pois é a partir do estágio supervisionado que a maioria dos acadêmicos começam a ter contato com a escola, sendo que este período é decisivo na vida de muitos, pois na maioria da vezes a realidade que se vê nas escolas é assustadora e chocante, frente a isso, o estágio deve situar o acadêmico em relação ao cotidiano de sua futura profissão. Ao comentarem sobre a experiência adquirida no estágio supervisionado, Baccon e Arruda (2010, p.522) salientam: [...] a experiência do estágio pode ser a oportunidade de o sujeito aprender a ensinar, a se relacionar, a construir um saber pessoal e, acima de tudo, aprender a “ser” professor. [...] o estágio supervisionado é um momento marcante e decisivo na formação inicial, sendo um fator importante na decisão do estagiário em ser professor. Portanto, o estágio supervisionado é o momento que o acadêmico deve começar a adquirir experiências práticas da profissão, como foi destacado por muitos acadêmicos. O estágio é também o momento em que o acadêmico reafirma a sua escolha profissional de ser professor, pois até então os conhecimentos que a maioria dos acadêmicos possuem sobre a profissão é apenas teórico. Alguns licenciandos destacaram que o estágio foi relevante para a formação por proporcionar aos mesmos o conhecimento de como trabalhar com as diferenças existentes entre 9520 os alunos e também por começarem a vivenciar na prática o cotidiano da profissão, como podemos observar nos comentários a seguir: O estágio proporcionou uma vivência prática e um grande aprendizado em como atuar nas diversas faixas etárias, preparando para que futuramente nos aperfeiçoemos e melhoremos nossa prática docente (Acadêmico 13). [...] deu uma melhor vivência do que se via de longe, e um aprendizado de como inserir novas atividades para os alunos pensando na realidade deles (Acadêmico 20). Contribuiu, pois pude vivenciar na prática como trabalhar com os alunos, como se portar e preparar um conteúdo de acordo com as particularidades dos alunos (Acadêmico 27). Compreendemos que este é um dos objetivos do estágio supervisionado, pois é a partir do estágio que os acadêmicos começam a colocar em prática os conhecimentos adquiridos no curso. Desta forma, o estágio curricular “representa um momento da formação em que o graduando deverá vivenciar e consolidar as competências exigidas” para exercer a profissão (BRASIL, 2004). Certos acadêmicos elucidaram que o estágio contribuiu muito para que os mesmos tivessem conhecimento da realidade escolar e do trabalho docente, pois até então, os licenciandos tinham pouco ou nenhum conhecimento das reais situações vividas nas escolas brasileiras. A seguir, destacamos alguns comentários dos acadêmicos no que tange as contribuições para a formação profissional por meio do conhecimento da realidade escolar proporcionada pelo estágio supervisionado: [...] contribuiu muito pelo fato de vivenciar a verdadeira realidade de uma sala de aula enquanto professor (Acadêmico 7). [...] me ajudou a perceber como é a realidade de uma escola [...] (Acadêmico 16). Na verdade o estágio nos mostra a realidade onde vamos atuar, pois o que vemos na faculdade é diferente da realidade escolar (Acadêmico 23). Determinados acadêmicos comentaram a respeito da realidade escolar, a diferença existente entre o que se estuda na graduação e a realidade vista nas escolas tem sido um assunto comumente discutido na área educacional, Pimenta e Lima (2004) elucidam que um dos primeiros impactos que os acadêmicos sofrem no estágio é o susto frente as reais situações das escolas, em que existe um distanciamento entre o escrito e o vivido, entre os discursos e a realidade. 9521 Em relação a aproximação do estagiário com a escola, Krug (2010, p.1) salienta que é por meio do estágio que o acadêmico conhece a realidade escolar e começa a reconhecer-se como profissional da educação.Sendo neste período que o acadêmico pode ter “o choque com a realidade escolar”, termo este que, o autor, utiliza para se referir aos inúmeros problemas que os estagiários se deparam ao entrarem em contato com a escola, em que existe uma larga distância entre o que seria o ideal e a realidade existente. Os acadêmicos deixaram evidente que a realidade escolar é diferente da estudada na graduação: Na graduação aprendemos a teoria e como “devemos trabalhar”, mas na realidade escolar é diferente, tem muita coisa que aprendemos e não conseguimos trabalhar na escola [...] (Acadêmico 3). [...] a realidade escolar é completamente diferente da que vemos na faculdade [...] (Acadêmico 22). Bom a diferença é grande, pois ao chegar em uma escola a ideia de se trabalhar de uma certa forma as vezes se torna totalmente ao contrário. Na graduação o que aprendemos e estudamos parece que vai dar certo na escola, mas muitas vezes não dá [...] (Acadêmico 24). Nos comentários dos estagiários evidencia-se que existe uma grande diferença entre o que se estuda graduação e a realidade existente nas escolas, Gaspari et al (2006) comentam sobre este assunto, para os autores muitos cursos de formação de professores não estão preparando os acadêmicos para a realidade concreta, ou seja, para a verdadeira realidade das escolas brasileiras. Milanesi (2012, p.223) defende que o estágio “é o momento mais significativo de se conhecer a realidade escolar para aprender a profissão na prática”. Mas em muitas situações deixa a desejar. É necessário que as instituições de ensino busquem resolver este problema de distanciamento entre a realidade escolar e a que se estuda na graduação, pois os acadêmicos acabam enfrentando muitas dificuldades e problemas quando se deparam com a real situação das escolas. Contudo, esta não é uma tarefa fácil de se resolver, pois este não é assunto recente nas universidades e pouca coisa tem mudado com o passar dos anos. Como visto, anteriormente, o estágio supervisionado contribuiu para formação acadêmica dos licenciandos em Educação Física, contudo, alguns acadêmicos salientaram que mesmo o estágio contribuindo para a formação docente, ainda assim, não é suficiente para prepará-los para exercer a profissão docente: O estágio foi muito importante, mas acho que poderia ser diferente, acho que só o estágio não é suficiente para a nossa formação (Acadêmico 1). 9522 [...] é muito pequeno o tempo, não dá tempo de fazer muita coisa no estágio (Acadêmico 4). O estágio contribuiu muito para minha formação, mas não me sinto preparada para encarar uma sala de aula (Acadêmico 9). Um dos pontos criticados do estágio supervisionado por alguns pesquisadores é em relação a carga horária, Gisi et al (2000) e Barros, Silva e Vasquez (2011) defendem que a carga horária dos estágios parecem ser insuficiente para que o acadêmico vivencie a fundo a realidade das escolas e da profissão, nem mesmo proporciona ao estagiário experiências diversificadas, como por exemplo acompanhar o processo completo de um determinado projeto. Milanesi (2012, p.224) entende “que o estágio é um período relativamente curto para a aprendizagem da profissão”. O estágio supervisionado é imprescindível para a formação dos licenciandos, é necessário que todos os envolvidos neste processo busquem, juntos, subsídios que contribuam para a formação docente do acadêmico, ou seja, a preocupação no que tange ao estágio deve voltar-se a meios que proporcionem qualidade ao mesmo, pois 400 horas, que é o mínimo exigido, quando bem aproveitadas são suficientes para que o acadêmico conheça na prática as dificuldades e exigências da profissão. Os Percalços da Prática Curricular Partimos da premissa que o estágio supervisionado enfrenta muitos problemas para sua íntegra realização e as dificuldades que os estagiários enfrentam, na escola, são inúmeras. Portanto, a seguir, analisamos as dificuldades que os acadêmicos destacaram encontrar no decorrer do estágio. A maioria dos acadêmicos comentaram que a maior dificuldade enfrentada no estágio foi em relação a falta de materiais e espaço apropriado para a realização das atividades, a seguir, destacamos alguns comentários que elucidam tal acontecimento: Falta de espaço e materiais (Acadêmico 3). Na verdade foi bem tranquilo, porém a maior dificuldade foi com espaço e material, mas apesar disso a participação dos alunos foi bem gratificante (Acadêmico 6). Primeiramente, a dificuldade dos materiais, os quais muitas vezes eram poucos e precários (Acadêmico 8). 9523 A maior dificuldade foi no arranjo material, pois a escola que realizei meus estágios os materiais eram escassos (Acadêmico 15). Falta de materiais pedagógicos e estrutura (Acadêmico 26). Observa-se que as dificuldades destacadas pelos estagiários são as mesmas que Gaspari et al (2006) encontraram ao investigar quais são os principais problemas enfrentados pelos professores em aulas de Educação Física, os autores afirmam que muitos docentes destacam a falta de materiais e espaços adequados para realizarem as aulas como o maior desafio a ser superado. Para Betti (1999) o espaço para a realização das aulas de Educação Física é uma questão delicada, pois a falta de estrutura e materiais se torna um grande obstáculo devido os professores idealizarem aulas com quadra e materiais oficiais, mas quando não encontram isso, na escola, sua prática é prejudicada. O autor destaca que o professor poderia planejar aulas com a utilização de outros espaços e fazer uso de materiais alternativos. Alguns acadêmicos destacaram que encontraram dificuldades referente ao desinteresse dos escolares: [...] falta de vontade por parte dos alunos [...] (Acadêmico 12). Encontrei problemas com a participação dos alunos do ensino médio (Acadêmico 13). [...] fazer com que todos os alunos participassem das aulas [...] (Acadêmico 16). Alunos desinteressados (Acadêmico 19). A falta de interesse dos alunos pelas aulas de Educação Física é comentado por Almeida e Cauduro (2007, p.1) ao afirmarem que o desinteresse dos escolares é provocado por professores que não diversificam suas práticas, estes autores salientam que “o desinteresse se dá em função das atividades, privilegiando apenas o esporte durante as aulas, isto é, sempre o mesmo conteúdo em várias séries, a mesma aula, durante vários anos”. Compreendemos que este não é o único motivo pelo qual os alunos são desinteressados pelas aulas de Educação Física. Contudo é necessário que os professores trabalhem novos conteúdos, favorecendo a experimentação de diferentes práticas corporais, despertando o interesse dos escolares pelas aulas de Educação Física. Outra dificuldade destacada pelos acadêmicos foi relacionado a falta de respeito dos escolares aos estagiários, o que acabou atrapalhando o desenvolver das atividades, a seguir, alguns comentários que exemplificam esta situação: 9524 Alguns alunos não demonstravam comprometimento e respeito (Acadêmico 4). Por ser estagiário, poucos alunos, as vezes não tinham muito respeito (Acadêmico 9). Dificuldades foram poucas, mas sempre tem alguma. Uma delas era as turmas que não colaboravam, muitas vezes não respeitavam nós por sermos estagiários (Acadêmico 24). Este é um grande problema para os acadêmicos, pois os escolares parecem acreditar que os estagiários não merecem respeito simplesmente pelo fato de ainda não serem formados. Mattos e Mattos (2001) afirmam que os escolares atualmente não são compreensíveis como eram antigamente, anos atrás os alunos respeitavam os professores e, em muitos casos, isso não acontece mais. Este desrespeito dos alunos faz com que os estagiários enfrentem frequentes situações desagradáveis nas escolas. A quantidade de alunos nas aulas foi outra dificuldade destacada pelos acadêmicos, tanto pela grande quantidade de alunosem apenas uma turma, assim como, a pouca quantidade em dias de chuva: As turmas grandes dificultaram muito [...] (Acadêmico 7). [...] por ser uma escola de campo, em períodos chuvosos a falta dos alunos era muito grande devido as estradas ruins (Acadêmico 18). A quantidade de alunos nas salas de aulas merece destaque, pois é comum ver grandes quantidades de alunos em apenas uma turma, Krug (1996) afirma que um número elevado de escolares em uma mesma turma influencia negativamente na qualidade das aulas e na prática pedagógica dos professores de Educação Física. Em relação a falta de muitos alunos durante os períodos chuvosos, já é um assunto de conhecimento dos profissionais da educação, principalmente nas escolas de campo, pois as condições da maioria das estradas dificultam o transporte escolar nos períodos chuvosos. A aceitação de conteúdos pelos alunos foi um dos problemas encontrados por alguns acadêmicos, estes estagiários relataram como dificuldade o seguinte: Aceitação dos alunos pelos conteúdos abordados (Acadêmico 10). Introduzir os planos de aula, pois os alunos estavam interessados apenas em jogar futsal (Acadêmico 21). [...] os alunos ficavam relutantes em fazer atividades diferentes (Acadêmico 22). 9525 A rejeição dos alunos pelos conteúdos propostos pelos estagiários acontece, principalmente, pelo costume que, muitas vezes, os escolares possuem de sempre escolher o que jogar na aula, na maioria das vezes optam pelo futsal, como destacado anteriormente pelo acadêmico 21. Isso se deve principalmente pelo desinteresse de professores de Educação Física que deixam os alunos fazerem o que quiserem na aula, tal fato pode ser observado também em outro comentário de um acadêmico, que atribuiu a rejeição dos alunos pelos novos conteúdos a: [...] falta de vontade de alguns professores que ministraram aulas no decorrer da vida do aluno somente “rolando a bola” [...] (Acadêmico 22). Este acontecimento é comentado por Rosa e Krug (2010) ao relatarem que a Educação Física escolar, em muitos casos, tornou-se um atividade qualquer, em que o aluno joga por jogar, perdendo a real dimensão educacional da disciplina. Outras dificuldades destacadas pelos acadêmicos são descritas abaixo: Mais no estágio III com crianças que tem deficiência, você para e pensa em como trabalhar com esta criança [...] (Acadêmico 1). Muitas vezes vergonha nas aulas teóricas, nas práticas não muito [...] (Acadêmico 5). A falta de experiência, mas foi só no começo, depois vai pegando o jeito e vai dando tudo certo (Acadêmico 23). [...] somente a questão da liberação do meu trabalho (Acadêmico 14). Observa-se que alguns acadêmicos encontraram dificuldades em relação a falta de experiência e a vergonha em ministrar aulas, compreendemos que este é um fato comum de acontecer com os licenciandos que estão começando suas práticas pedagógicas. Contudo, conforme destacado pelo acadêmico 23, com o passar do tempo acabam se acostumando com estas situações e adquirindo experiência em como proceder nas ações docentes. Em relação ao acadêmico que destacou ter encontrado dificuldades para trabalhar com crianças deficientes, citamos Flores e Krug (2010) que elucidam que a maioria dos acadêmicos licenciandos não estão preparados para trabalhar com os alunos que possuem deficiência. São inúmeras as dificuldades que os acadêmicos enfrentam no decorrer do estágio, como visto anteriormente, estas dificuldades estão atreladas a muitos fatores, que vão desde a falta de materiais pedagógicos até como proceder em aulas com alunos com deficiência. É necessário uma maior aproximação entre os professores da universidade, professores de campo e os 9526 estagiários, mantendo um diálogo contínuo para identificar estes problemas e, em conjunto, resolvê-los, permitindo ao acadêmico um estágio sem grandes dificuldades e que contribua significativamente para a formação docente do acadêmico. Entretanto não é o que acontece, em muitos casos não existe uma aproximação entre professores de campo e estagiários, para minimizar os problemas encontrados durante a prática de ensino. Pois, segundo os acadêmicos, os professores de campo atuaram de diferentes maneiras, enquanto alguns professores procuravam participar do processo de formação, dando dicas e trocando experiências, outros demonstravam total falta de comprometimento com a realização do estágio. No que tange a atuação do professor de campo, os acadêmicos salientaram: Sempre muito atencioso, perguntava se precisávamos de alguma coisa, dava dicas para nós, sempre bem legal com a gente (Acadêmico 5). [...] no fundamental uma vergonha, “pedagoga burra”, não sabia nada [...] (Acadêmico 9). Geralmente os professores apenas observavam as aulas e não intervinham em nada (Acadêmico 13). No decorrer dos estágios que foram realizados teve professor que supervisionou a prática de estágio como teve professor que simplesmente ficou na sala dos professores [...] (Acadêmico 22). O professor foi muito rígido cobrando mais atitude (Acadêmico 23). Um dos fatores que pode ter influenciado para que alguns acadêmicos tenham enfrentado certas dificuldades é a falta de um professor de campo que atuasse como professor formador, pois os professores devem atuar e participar do processo de formação do estagiário, pois influenciam fortemente neste processo. Azevedo e Andrade (2010, p.217) salientam que é importante que os professores de campo “compreendam que suas orientações podem gerar o avanço, a acomodação, o retraimento, o estancamento ou o crescimento do aluno nos processos de inserção no contexto real da prática docente”. Para os autores, os professores devem orientar de acordo com as necessidades observadas nos estagiários. Entretanto, segundo Baccon e Arruda (2010, p.510): Grande parte dos professores da escola básica não atua como formador, limitando-se apenas a receber os estagiários em sua sala. Certamente, isso decorre, pelo menos em parte, do fato de que, em geral, a universidade não faz um convite claro para que ele possa ter uma participação um pouco mais ativa nesse processo. 9527 A participação ativa dos professores de campo é essencial para a formação dos estagiários, estes professores devem ter conhecimento que os mesmos influenciam na formação dos acadêmicos e devem assumir a tarefa de atuarem como professores formadores, interagindo e trocando experiência com os estagiários, pois ambos sairão beneficiados. Esta interação e troca de experiência foi destacado por uma acadêmica que elucidou: [...] teve uma professora que disse que aprendeu algumas coisas com as estagiárias (Acadêmico 27). A interação entre acadêmico e professor enriquece o processo de formação, pois as concepções dos professores formadores também são afetadas (BRASIL, 2013). Muitos acadêmicos levam aos professores novos olhares em relação a prática docente e a escola, tornando o estágio um ambiente propicio a um aprendizado mútuo, em que ambos adquirem conhecimentos com o estágio supervisionado. Considerações Finais O estágio supervisionado é um dos momentos mais importantes da formação acadêmica dos licenciandos, pois é o momento em que o acadêmico começa a ter um conhecimento aprofundado em relação ao cotidiano e das exigências de sua futura profissão. Entretanto não uma simples tarefa, os estagiários deparam-se com inúmeros problemas que acabam dificultando a realização do estágio curricular. Estes problemas precisam ser superados para que o estágio contribua cada vez mais para a formação dos acadêmicos. Compreendemos que são muitas as contribuições do estágio para a formação docente, estas contribuições são fundamentais, pois moldam o perfil docente dos licenciandos devido estes assumirem o papel de professor durante a prática de ensino. Contudo, acreditamos que a realização do estágio poderia ser antecipada,pois os acadêmicos acabam realizando, em sua maioria, a prática deste apenas na segunda metade do curso. Concluímos que o estágio supervisionado quando é realizado de maneira organizada, planejada e o acadêmico é comprometido com a prática de ensino, contribui significativamente para a formação docente do licenciando. Caso contrário, torna-se uma atividade esvaziada sem proporcionar grandes ganhos ao estagiário, abrindo lacunas para discussões quanto a quantidade de horas e outros entraves que tangem esta área de estudo, que carece de novas investigações que aprofundem esta temática desvelando meios que aperfeiçoem o estágio supervisionado e a formação docente. 9528 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Pedro Celso de; CAUDURO, Maria Teresa. O desinteresse pela Educação Física no ensino médio. Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital, Buenos Aires, v. 11, n.106, 2007. 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