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2-Crosta terrestre

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GEOGRAFIA HOMEM & ESPAÇO 
6º ANO
ELIAN ALABI LUCCI E ANSELMO LAZARO BRANCO
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Unidade III – Formação da Terra e Litosfera
Capítulo 7 – Interior da Terra e crosta terrestre
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Observe a ilustração. Ela apresenta alguns elementos que fazem parte do planeta Terra.
Estúdio Arena
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Conversa
	 “Bio” significa vida. O que é biosfera? Que elementos estão presentes na imagem?
	Quais elementos presentes na imagem correspondem:
	à hidrosfera?
	à litosfera?
	à atmosfera?
	Em sua opinião, os elementos da biosfera, da litosfera e da atmosfera se inter-relacionam? Há interdependência entre eles, ou seja, de alguma forma um depende do outro para existir? Dê um exemplo.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
A formação do planeta Terra
Com o passar de vários milhões de anos, essa bola incandescente foi aos poucos se resfriando e solidificando na sua parte externa.
Segundo a teoria mais aceita pelos cientistas:
Logo no início da formação do Sistema Solar.
Por volta de 5 bilhões de anos atrás.
A Terra era uma grande bola incandescente, com temperaturas próximas a 1.500 graus Celsius (°C).
FORMANDO
O que chamamos de litosfera, cuja superfície habitamos.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
LatinStock
O planeta Terra atualmente, em fotografia gerada a partir de imagem de satélite.
Por volta de 4,6 bilhões de anos atrás, a temperatura da Terra começou a baixar, dando origem a um grande período de chuvas, por causa da condensação do vapor d’água contido na atmosfera.
Durante o processo de resfriamento da Terra, houve liberação de gases e vapores.
Eles deram origem a uma camada de ar chamada atmosfera.
Que envolve e protege a Terra.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
A vida vegetal e animal, que começou a se desenvolver inicialmente nos oceanos, graças ao conjunto de influências dessas três esferas – litosfera, atmosfera e hidrosfera –, deu origem à quarta esfera: a biosfera ou esfera da vida. 
A biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra.
A chuva caía continuamente.
Acumula-se nas partes mais baixas da superfície.
Formando os oceanos
As águas marinhas e as continentais formam a hidrosfera, que significa esfera de água.
	 Há aproximadamente 3,5 bilhões de anos, surgiu a vida na Terra.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Em virtude desse rompimento, as consequências para a vida animal e vegetal tornam-se tanto mais graves quanto maiores forem as transformações.
Fernando Monteiro
Isso determinou um equilíbrio no planeta.
Se ocorrer alguma alteração em uma das “esferas”, as outras também podem ser afetadas.
Os seres humanos, ao promoverem transformações no espaço natural, romperam esse equilíbrio.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Em todo o processo de formação da Terra, houve um inter-relacionamento entre as “esferas”.
No entanto, antes dessas intervenções, é necessário que se façam estudos muito detalhados para saber o grau de modificação que o meio ambiente vai sofrer e quais as consequências para as quatro “esferas” da Terra.
Poluição das águas do rio Tietê, em Pirapora, SP (2003).
Caetano Barreira / Olhar Imagem
A partir da Revolução Industrial os seres humanos passaram a intervir cada vez mais intensamente na natureza.
Além disso:
O constante aumento populacional impõe a necessidade de ampliar a exploração dos recursos naturais.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
A vida nos ecossistemas
Os elementos não vivos estão sujeitos a determinados processos, como:
	 evaporação da água dos rios, lagos, mares e oceanos em função do aquecimento provocado pelo calor do Sol;
	 infiltração da água da chuva no solo; 
	 deslocamento de partes de rochas que são carregadas pela correnteza dos rios etc.
Os ecossistemas naturais são:
Conjuntos em que há integração e organização entre os vários elementos que os compõem.
Há inter-relação entre os seres vivos, entre o ambiente composto de elementos não-vivos e entre ambos.
Dependem dos seres não-vivos para sobreviver.
Como existe uma interdependência entre os diversos elementos que formam um ecossistema, qualquer alteração em um deles pode provocar alterações nos demais, levando a modificações em todo o sistema natural.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Entretanto, é preciso considerar também a presença da natureza nesses sistemas. 
Plantação com irrigação em Areado, MG.
João Prudente / Pulsar
Ao longo da história, o ser humano foi atuando no espaço, alterando-o de acordo com as suas necessidades.
 Consequentemente 
Na maior parte da superfície terrestre encontramos elementos construídos pela ação humana.
Eles fazem parte dos sistemas artificiais.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
A estrutura interna da Terra e a 
crosta terrestre
As melhores informações são fornecidas pelo estudo da propagação das ondas sísmicas provocadas por vibrações da crosta terrestre, que têm sua origem no interior da Terra. Essas vibrações são chamadas de abalos sísmicos. 
Até hoje não se sabe ao certo do que é formado o interior da Terra.
Isso porque o material que sai do seu interior através dos vulcões vem de profundidades de, no máximo, 200 quilômetros.
As perfurações mais profundas já feitas atingiram 13 quilômetros.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Crosta terrestre, manto e núcleo
Abaixo do manto, encontra-se o núcleo, conhecido também pelo nome de nife. Nele predominam dois minerais, o níquel e o ferro.
Ilustração com cores-fantasia, sem proporção de tamanho e de distância.
Luis Moura
Fonte: Dirce Maria Antunes Suertegary (org). Terra – Feições ilustradas. Porto Alegre: UFRGS, 2003. p. 16
A crosta terrestre é a parte superficial ou externa já consolidada no planeta, sobre a qual vivemos.
É constituída de uma camada relativamente fina, com espessura que varia de 5 a 70 quilômetros, aproximadamente, sendo mais espessa nos continentes (até 70 quilômetros) e mais fina no fundo dos oceanos (5 a 10 quilômetros, aproximadamente).
O manto, ou camada intermediária, é composto predominantemente pelo magma.
Isso porque
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A mobilidade da crosta terrestre 
As placas tectônicas
Em 1912, o cientista alemão Alfred Wegener divulgou uma teoria, chamada deriva dos continentes, segundo a qual, há muitos milhões de anos, existia um único bloco continental, que ele denominou Pangeia.
Aproximadamente entre 200 e 250 milhões de anos atrás, a Pangeia teria se rompido, formando dois grandes blocos, o continente Laurasiático (Norte) e o continente Gondwana (Sul).
Após essa primeira separação, outras subdivisões teriam ocorrido, até que os continentes tomassem a forma e a dimensão atuais.
Fonte: Concise Atlas of the world. Nova York: Oxford University Press, 1993. p. 4./Atlas Geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE. p. 64-65 (adaptado).
Etapas do processo de afastamento das placas tectônicas, dando origem à formação atual dos continentes, que, no entanto, continua sofrendo alterações:
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Essas placas, assentadas sobre a camada pastosa do manto, movimentam-se continuamente. A velocidade desses movimentos, porém, é muito baixa. A 
placa sul-americana, que inclui a América do Sul, por exemplo, afasta-se da placa africana a uma velocidade de aproximadamente 3 centímetros por ano.
No princípio, a teoria de Wegener não foi muito aceita.
Isso só mudou com a descoberta de que a crosta terrestre é formada pelas placas tectônicas e que realmente não constitui, como se imaginava, uma camada inteira ou contínua.
A comprovação de que a camada mais externa da Terra se subdivideem várias partes, formando um quebra-cabeças, deu-se em 1984.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Principais placas tectônicas
Mário Yoshida
Fonte: Concise Atlas of the world. Nova York: Oxford University Press, 1993. p. 5 (adaptado),
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Conversa 
	Os limites das placas tectônicas coincidem com os das áreas continentais?
	Que placas estão se afastando? Quais estão se chocando?
	No território brasileiro, a incidência de terremotos é pequena, sendo pouco provável a ocorrência de sismos de grandes proporções com consequências catastróficas. Qual seria a explicação para isso?
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
O movimento das placas
	 Esses movimentos laterais dão origem aos deslizamentos e choques entre elas.
	 O choque entre duas placas causa o “enrugamento” de uma delas; enquanto a outra afunda no manto.
O que faz essas placas se movimentarem.
Segundo uma descoberta recente (década de 1960)
É a ascensão do magma pelas fendas existentes nas grandes cadeias de montanhas submarinas, chamadas de dorsais oceânicas ou cordilheiras meso-oceânicas.
A ascensão do magma provoca o alargamento dessas dorsais, que empurram lateralmente as placas e, consequentemente, os continentes que delas fazem parte.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Formação da cordilheira 
Meso-oceânica do Atlântico
Luis Moura
	Fonte: Antonio Christofoletti. Geografia para o mundo atual. v.I. s/d (adaptado).
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Esse enrugamento explica como, há milhões de anos, formaram-se as mais altas cadeias de montanhas da Terra, como o Himalaia (na Ásia), os Andes (na América do Sul) e as Rochosas (na América do Norte), e o fato de no alto delas serem encontrados fósseis marinhos e outros materiais de origem sedimentar.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Corte vertical da zona de contato entre a placa de Nazca e a placa Sul-Americana
Luis Moura
	Fonte: Jurandyr L.S. Ross. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp/FDE, 1996. p.32 (adaptado).
A placa de Nazca mergulha por baixo da placa Sul-Americana aproximadamente 1 centímetro por ano.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
As rochas componentes da crosta terrestre
A crosta terrestre constitui-se predominantemente de rochas. A areia, o granito, o mármore e a argila são algumas das rochas nela encontradas.
De acordo com a sua origem ou formação, essas rochas podem ser agrupadas em magmáticas, sedimentares e metamórficas.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Rochas magmáticas
Foram os primeiros tipos de rochas que se formaram, com a consolidação da parte externa do planeta, há bilhões de anos.
A solidificação do magma pode se realizar tanto sobre a superfície terrestre como no interior da crosta.
Esses tipos de rochas são resultantes do resfriamento e consolidação do magma, que provém do interior da Terra e é o principal componente do manto.
O granito é um exemplo de rocha magmática.
Fabio Colombini
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Rochas sedimentares
Formam-se pela acumulação (deposição) de sedimentos, provenientes da fragmentação de outras rochas; pela ação da água, do vento e do gelo; e de restos de organismos animais e vegetais. O processo de formação das rochas sedimentares é extremamente lento. 
Fabio Colombini
Uma rocha magmática exposta, por exemplo, na superfície da Terra sofre a ação do tempo e vai sendo decomposta. Os sedimentos, por sua vez, depositam-se aos poucos no fundo de um lago ou oceano. Nesse local, eles vão sendo comprimidos em camadas que, depois de muito tempo, formam rochas sedimentares, como o arenito.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
O calcário é um exemplo de rocha sedimentar.
Rochas metamórficas
Jazida de mármore em Carrara, na Itália.
Age FotoStock / Keystock/Keystone
As rochas metamórficas geralmente são ricas em metais. Quando possuem grãos de ouro, prata, ferro ou outros metais são chamadas minérios, todas de valor comercial. 
Esses tipos de rochas são resultados da transformação de rochas sedimentares ou magmáticas, submetidas a grandes pressões (peso) e elevadas temperaturas.
Embora possam manter características da rocha original, as rochas metamórficas geralmente adquirem características novas. Elas costumam se formar abaixo da superfície, em grande profundidade.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
O solo
Kim-Ir-Sem
O solo é uma camada superficial de espessura variável. É o produto da desintegração das rochas provocada pelo intemperismo (ação da água, do calor e do frio, e dos seres vivos).
Solo de terra roxa em Sertãozinho, SP.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Os solos brasileiros 
No Brasil encontramos dois tipos de solo de grande fertilidade: a terra roxa e o massapê.
A terra roxa é resultante da decomposição do basalto, uma rocha magmática vulcânica. Esse tipo de solo é encontrado em maiores extensões nos estados do Paraná e de São Paulo. Nele, cultiva-se, desde o século XIX, o café, que vem sendo gradativamente substituído pela cana-de-açúcar (no Paraná e em São Paulo), pela soja e pelo trigo (no Paraná).
O massapê é proveniente da decomposição de rochas como o granito e o calcário. Esse tipo de solo cobre uma extensa faixa do Nordeste brasileiro.
Logo depois da chegada dos portugueses ao Brasil, o massapê passou a ser bastante utilizado para o cultivo da cana-de-açúcar.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
A erosão
Ao desgaste de rochas e solos, causado por agentes naturais ou pela ação humana, e ao transporte e à sedimentação desses materiais, damos o nome de erosão.
Conforme a intensidade e o papel dos agentes de erosão, podemos classificar a erosão em:
• natural: provocada pelos processos naturais, como as chuvas e o derretimento das neves, que alteram a superfície da Terra;
• acelerada: decorrente do agravamento dos processos naturais de erosão em razão do mau uso do solo, como o cultivo com técnicas que o empobrecem e destroem ou a retirada da vegetação que lhe serve de proteção natural.
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
A erosão no Brasil
Calcula-se que, por ano, o Brasil perde aproximadamente 500 milhões de toneladas de solo através da erosão. 
No Brasil, a erosão atinge grandes proporções em alguns estados, afetando não só a agricultura, mas até povoados e cidades inteiras.
Nas cidades, isso ocorre quando não são construídas galerias pluviais e a vegetação é destruída.
Dos solos do noroeste do Paraná, por exemplo, que correspondem a 70% das terras cultiváveis do estado, a erosão transporta anualmente de 40 a 50 toneladas de terra por hectare. 
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Fabio Colombini
Kim-Ir-Sem
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Erosão do solo em estágio avançado, formando voçoroca, em Pardinho, SP (2003).
Erosão em encosta no litoral do Ceará (2003).
João Prudente / Pulsar Imagens
Fósseis encontrados em Santana do Cariri, na chapada do Araripe, CE (2003).
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Observe o fenômeno retratado na fotografia.
Zaida Siqueira / Olhar Imagem
Parte integrante da obra Geografia homem & espaço, Editora Saraiva
Conversa 
	O que está ocorrendo?
	Escreva uma legenda para essa fotografia.
	Como evitar o processo que está evidenciado na imagem?
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Unidade III – Formação da Terra e Litosfera
Capítulo 7 – Interior da Terra e Crosta terrestre
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