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Bioquímica Metabolismo de Carboidratos Professora Ma. Elizabeth Josefi Bioquímica Respiração Celular A respiração celular ocorre em algumas etapas, sendo que uma parte ocorre no citosol e outra parte do processo é realizada no interior das mitocôndricas. Citosol: é o líquido que existe entre o núcleo e a membrana celular. Mitocôndrias: são organelas celulares de formato esférico ou alongado que apresentam uma membrana interna e uma membrana externa, sendo que a membrana interna apresenta várias dobras, formando as cristas mitocondriais. Respiração Celular A respiração celular é um processo aeróbico que degrada a glicose gera água e gás carbônico, além de acumular energia na forma de ATP. Bioquímica Respiração Celular Ao longo da respiração celular ocorrem inúmeras reações químicas intermediárias: Descarboxilação: Perda de CO2 Desidrogenação: Perda de átomos de hidrogênio. Fosforilação: Formação de ATP. Bioquímica Respiração Celular A respiração celular ocorre em três etapas: Glicólise, Ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória. Glicólise: Ocorre no citosol. Ciclo de Krebs: Ocorre na Matriz Mitocondrial. Cadeia Respiratória: Ocorre nas cristas mitocondriais. Bioquímica Glicólise Acontece no citoplasma da célula. Etapa anaeróbica da respiração celular. Glicose C6H12O6 Frutose-1,6-bifosfato 2 x Piruvato A glicose entra na célula com o auxílio da insulina Investimento de energia Balanço energético: 2 ATP – Utilizados 4 ATP – Produzidos 2 NADH – Produzidos Saldo energético: 2 ATP 2ATP 2ADP 2NAD+ 2NADH 4ADP 4ATP São coenzimas que captam elétrons com alta energia e os transferem para outras substâncias O NADH contém elétrons de alta energia e se transforma em NAD+ quando está sem estes elétrons.Animais e plantas em condições aeróbicas (Ciclo do ácido cítrico) Glicólise anaeróbica na contração muscular Fermentação alcoólica anaeróbica (em leveduras) Bioquímica Glicólise Bioquímica O controle da glicólise Glicose Glicose-6-fosfato Inibição por glicose-6-fosfato Frutose-6-fosfato Inibição por ATP Frutose-1,6-bifosfato Gliceraldeído-3-fosfato Di-hidroxiacetonafosfato Gliceraldeído-3-fosfato 1,3-bisfosfoglicerato Etapa que necessita do NAD+ como aceptor de elétrons 3-fosfaglicerato 2-fosfaglicerato Piruvato Inibição por ATP hexoquinase fosfofrutoquinase piruvatoquinase Bioquímica 2 x Piruvato Animais e plantas em condições aeróbicas (Ciclo do ácido cítrico) Glicólise anaeróbica na contração muscular Fermentação alcoólica anaeróbica (em leveduras) Piruvato Lactato Lactato desidrogenase Importante nas hemácias, leucócitos e no músculo esquelético durante exercício intenso. Piruvato 𝑷𝒊𝒓𝒐𝒇𝒐𝒔𝒇𝒂𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝒕𝒊𝒂𝒎𝒊𝒏𝒂 (𝑻𝒊𝒂𝒎𝒊𝒏𝒂−𝑷𝑷) Acetaldeído 𝑵𝑨𝑫𝑯→𝑵𝑨𝑫+ Etanol + 𝑪𝑶𝟐 Ocorre em fungos e algumas bactérias (incluindo a flora intestinal). 𝑵𝑨𝑫𝑯 → 𝑵𝑨𝑫 + Bioquímica 2 x Piruvato Animais e plantas em condições aeróbicas (Ciclo do ácido cítrico) Glicólise anaeróbica na contração muscular Fermentação alcoólica anaeróbica (em leveduras) Piruvato Acetil CoA As moléculas de ácido pirúvico provenientes da degradação da glicose atravessam as membranas da mitocôndria com o auxílio de uma proteína e alcançam a matriz mitocondrial. Na matriz mitocondrial encontram o complexo piruvato desidrogenase que é um complexo multienzimático. Ele converte o piruvato, o produto final da glicólise, em acetil CoA, o principal combustível para o ciclo de Krebs. Bioquímica Como o piruvato é convertido em acetil-coA? Bioquímica Ciclo de Krebs: Ocorre na matriz mitocondrial. As duas moléculas de acetil-CoA ingressam no ciclo de Krebs. NADH e FADH2 Transportadores de elétrons. GTP – Guanosina Trifosfato. Bioquímica Ciclo de Krebs 1. Condensação da acetil-CoA com o oxaloacetato. A etapa inicial do ciclo do ácido cítrico é a condensação do acetil−CoA com o oxalacetato para formar citrato e CoA livre, em reação irreversível catalisada pela citrato−sintase. A citrato-sintase é inibida pelo ATP, NADH, succinil−CoA e ésteres acil−CoA graxos. A velocidade de reação é determinada pela disponibilidade de acetil−CoA e do oxaloacetato. Bioquímica Ciclo de Krebs 2. Isomerização do citrato em isocitrato via cis−aconitato. A aconitase catalisa a isomerização reversível do citrato e do isocitrato, por meio do intermediário cis−aconitato. Bioquímica Ciclo de Krebs 3. Descarboxilação oxidativa do isocitrato para formar α- cetoglutarato, o primeiro NADH e CO2. Na etapa seguinte, o isocitrato é oxidado a α−cetoglutarato pela enzima alostérica isocitrato−desidrogenase−NAD+−dependente. Junto à oxidação ocorre a perda simultânea de CO2 (remoção do grupo β-carboxílico). A enzima necessita Mg2+ ou Mn2+ e é ativada pelo ADP e inibida pelo ATP e NADH. Bioquímica Ciclo de Krebs 4. Oxidação e descarboxilação do α−cetoglutarato para formar succinil−CoA, o segundo NADH e CO2. A conversão do α−cetoglutarato em um composto de “alta energia”, a succinil−CoA, é catalisada pelo complexo enzimático α −cetoglutarato−desidrogenase. A reação produz a segunda molécula de CO2 e o segundo NADH do ciclo. O complexo é inibido pelo ATP, GTP, NADH, succinil−CoA e Ca2+. Bioquímica Ciclo de Krebs 5. Clivagem da succinil−CoA com formação de GTP. A succinil−CoA−sintetase (succinato−tiocinase) hidrolisa a ligação tioéster de “alta energia” da succinil−CoA para formar succinato. A energia liberada é conservada como trifosfato de guanosina (GTP) produzida a partir de GDP + Pi, em uma fosforilação ao nível do substrato. O teor energético do GTP é equivalente ao do ATP. Em presença da nucleosídio−difosfato−cinase e Mg2+, o GTP é convertido reversivelmente em ATP: Bioquímica Ciclo de Krebs 6. Oxidação do succinato para formar fumarato e FADH2. O succinato é oxidado a fumarato pela succinato−desidrogenase. Essa enzima necessita de flavina adenina dinucleotídio (FAD) ligada covalentemente. A succinato−desidrogenase é fortemente inibida competitivamente pelo malonato e ativada pelo ATP, fósforo inorgânico e succinato. Bioquímica Ciclo de Krebs 7. Hidratação da liga dupla do fumarato para formar malato e o terceiro NADH. O fumarato é hidratado a L−malato pela enzima fumarase. A enzima é estereoespecífica e catalisa a hidratação da dupla ligação trans do fumarato. Bioquímica Ciclo de Krebs 8. Oxidação do malato a oxaloacetato. A reação final do ciclo é catalisada pela malato-desidrogenase com a formação de oxaloacetato e NADH. A posição de equilíbrio dessa reação está deslocada quase totalmente para a síntese do L−malato (ΔG°′= +29,7 kJ·mol−1). Entretanto, a rápida remoção do oxaloacetato pela citrato sintase para a formação de citrato, possibilita a oxidação do malato. Bioquímica A Energia do Ciclo do Ácido Cítrico O ciclo do ácido cítrico é a via oxidativa terminal para a maioria dos combustíveis metabólicos (piruvato, aminoácidos e ácidos graxos). Os dois carbonos do grupo acetila que participam do ciclo são oxidados completamente a CO2 e H2O. A energia liberada por essas oxidações é conservada na forma de três NADH, um FADH2 e uma molécula de GTP (ou ATP). Bioquímica O Controle do Ciclo do Ácido Cítrico O controle do ciclo é feito em 3 pontos. 3 enzimas dentro do ciclo possuem um papel regulador. Também há um controle de acesso ao ciclo pela piruvato desidrogenase. Bioquímica Glicólise + Ciclo de Krebs Oxidação de 1 molécula de glicose 2 ATP 2 CO2 2 GTP 2 ATP 2 NADH 2 NADH 6 NADH 2 Ácido Pirúvico (Piruvato) 2 FADH2 4 CO2 Glicólise produziu: Piruvato Acetil-coA produziu: Ciclo de Krebs produziu: Bioquímica Catabolismo: 1º Estágio: As moléculas nutrientes complexas são quebradas em unidades menores. (Proteínas aminoácidos; carboidratos monossacarídeos; lipídios não esteroides ácidos graxos + glicerol) 2º Estágio: Os produtos do primeiro estágio são transformados em unidades simples comoa acetil-coA. 3º Estágio: A acetil-coA é oxidada no ciclo do ácido cítrico a CO2 enquanto as coenzimas NAD+ e FAD são reduzidas a NADH e FADH2. As coenzimas reduzidas transferem seus elétrons ao O2 na fosforilação oxidativa produzindo H2O e ATP. Bioquímica Catabolismo: Açúcares Ácidos graxos Aminoácidos Entram em suas vias Metabólicas específicas Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa A degradação de moléculas nutrientes gera um número reduzido de moléculas de ATP diretamente pela fosforilação ao nível do substrato. As etapas oxidativas produzem ATP indiretamente. Isso ocorre pela reoxidação das coenzimas NADH e FADH2 formadas pela oxidação de macromoléculas e que transfere seus elétrons para o O2 por meio da cadeia mitocondrial de transporte de elétrons. A cadeia é formada por complexos proteicos localizados na membrana mitocondrial interna e ligados firmemente a grupos prostéticos capazes de aceitar e doar elétrons. Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa - Estrutura mitocondrial Os processos de liberação e conservação da maior parte de energia livre nas células aeróbicas são realizados nas mitocôndrias. A mitocôndria é formada por duas membranas com diferentes propriedades e funções biológicas. Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa - Estrutura mitocondrial A membrana externa lisa é composta de lipídeos (fosfolipídeos e colesterol) e proteínas, com poucas funções enzimáticas e de transporte. Contêm unidades da proteína porina, que formam canais transmembrana onde ocorre a livre difusão de vários íons e de moléculas pequenas. A membrana interna é praticamente impermeável e apresenta dobramentos, conhecidos como cristas mitocondriais. O interior da mitocôndria é preenchido por uma substância viscosa e é chamada de matriz mitocondrial. Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa Complexo I: NADH-Ubiquinona oxirredutase catalisa a transferência de elétrons do NADH para a coenzima Q (CoQ). Este complexo é parte integral da membrana mitocondrial interna e inclui, entre outras subunidades, várias proteínas que contêm um centro ferro-enxofre e a flavoproteína que oxida o NADH. FMN – flavina mononucleotídeo. Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa Complexo II: Succinato-ubiquinona oxirredutase, também catalisa a transferência de elétrons para a coenzima Q. Contudo sua fonte de elétrons difere do substrato oxidável (NADH) utilizado pela NADH-CoQ oxirredutase. Neste complexo, o substrato é o succinato, vindo do ciclo do ácido cítrico, que é oxidado a fumarato por uma flavoenzima. É o segundo ponto de entrada de é na cadeia respiratória. Os outros componentes do complexo II são um citocromo tipo b e duas proteínas ferro- enxofre. Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa Complexo III: CoQH2-citocromo c oxirredutase catalisa a oxidação da coenzima Q reduzida (CoQH2). Os componentes desse complexo incluem dois citocromos do tipo b, o citocromo c e várias proteínas ferro-enxofre. Complexo IV: Citocromo c oxidase, catalisa as etapas finais do transporte de elétrons, a transferência dos elétrons do citocromo c para o oxigênio. Neste ponto vemos a presença do oxigênio – metabolismo aeróbico. Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa Diminuição da [H+] Aumento do pH Aumento da [H+] Diminuição do pH Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa É necessário um complexo proteico separado dos complexos de transporte de elétrons para ligar a oxidação e a fosforilação. Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa A porção proteica que se estende pela membrana é chamada de F0. A porção que se projeta para a matriz é chamada de F1. A esfera F1 é o sítio ativo da síntese de ATP. Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa Todo o complexo proteico é chamado de ATP sintase. Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa Compostos conhecidos como desacopladores inibem a fosforilação do ADP sem afetar o transporte de elétrons. Ex: 2,4-dinitrofenol e antibióticos como valinomicina e gramicidina. Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa O mecanismo de acoplamento quimiosmótico foi completamente embasado na diferença da concentração de prótons entre o espaço intermembranas e a matriz de uma mitocôndria em respiração ativa. Os prótons fluem de volta para a matriz pelos canais de íons da ATP sintase: a porção F0. O fluxo de prótons é acompanhado pela formação de ATP que ocorre na unidade de F1. ATP sintase Bioquímica Transporte de Elétrons e Fosforilação Oxidativa A característica marcante do acoplamento quimiosmótico é a ligação direta do gradiente de prótons com a reação de fosforilação. A produção de ATP: NADH = 2,5 ATP FADH2 = 1,5 ATP ATP sintase Bioquímica Retomando: Oxidação de 1 molécula de glicose 2 ATP 2 CO2 2 GTP 2 ATP 2 NADH 2 NADH 6 NADH 2 Ácido Pirúvico (Piruvato) 2 FADH2 4 CO2 OBS: A glicólise ocorre no citosol; os 2 NADH produzidos na glicólise não entraram na cadeia de transporte de elétrons porque não podem cruzar a membrana mitocondrial interna. Produção de ATP: 2 ATP + 2ATP + (8 NADH x 2,5 ATP) + (2 FADH2 x 1,5 ATP) FORAM PRODUZIDAS 27 MOLÉCULAS DE ATP Glicólise produziu: Piruvato Acetil-coA produziu: Ciclo de Krebs produziu: Bioquímica O que acontece com os 2 NADH produzidos na glicólise? Os elétrons destes 2 NADH podem ser transferidos para um transportador que atravesse a membrana mitocondrial interna. Um sistema transportador que foi extensivamente estudado é o circuito glicerol-fosfato. Esse mecanismo usa uma enzima dependente de FAD presente na face externa da membrana mitocondrial interna que oxida o glicerol fosfato. Esse mecanismo foi observado no músculo e cérebro de mamíferos. Bioquímica O que acontece com os 2 NADH produzidos na glicólise? O FADH2 produzido na matriz mitocondrial transfere seus elétrons para a cadeia transportadora de elétrons. Produção final de ATP pelo circuito glicerol fosfato: 27 + (2 NADH 2FADH2 x 1,5 ATP) 30 ATP Bioquímica O que acontece com os 2 NADH produzidos na glicólise? Um mecanismo de transporte mais complexo e mais eficiente é o circuito malato-aspartato, detectado no rim, no fígado e no coração de mamíferos. Esse mecanismo baseia-se no fato de que o malato pode atravessar a membrana mitocondrial, enquanto o oxaloacetato não. O ponto interessante é que a transferência de elétrons do NADH no citosol também produz NADH na mitocôndria. Bioquímica O que acontece com os 2 NADH produzidos na glicólise? O NADH que é produzido na matriz mitocondrial transfere seus elétrons para a cadeia transportadora de elétrons. Produção final de ATP pelo circuito malato-aspartato: 27 + (2 NADH x 2,5 ATP) 32 ATP Bioquímica
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