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AULA 4 - TEORIA DA NORMA JURÍDICA, segundo NORBERTO BOBBIO

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TEORIA DA 
NORMA JURÍDICA
segundo NORBERTO BOBBIO
MKT-MDL-09 Versão 00
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Marque onde você deseja adicionar o slide: selecione um slide existente no painel Miniaturas, clique no botão Novo Slide e escolha um layout. 
1
O DIREITO COMO REGRA DE CONDUTA
A perspectiva normativista, de inspiração Kelseniana reconhece o caráter normativo da própria existência humana, coletiva e individualmente. 
Ao reconhecê-la, a perspectiva normativista elege como objeto de sua análise as regras de conduta de uma determinada sociedade, isto é, suas normas.
Importante destacar que a atividade normativa humana não se restringe à norma jurídica estatal. Aliás, ressalta Bobbio que a concepção estrita do direito como o direito estatal está vinculada a um movimento histórico específico. Trata-se do “processo de centralização do poder normativo e coativo que caracterizou o surgimento do Estado nacional moderno.”
SOCIEDADE MEDIEVAL X SOCIEDADE MODERNA
Sociedade medieval: Tem como característica o pluralismo jurídico, de modo que ela era “formada por vários ordenamentos jurídicos, que se opunham ou se integravam: havia ordenamentos jurídicos universais [...] como a Igreja ou o Império; e havia ordenamentos particulares abaixo da sociedade nacional, como os feudos, as corporações e as comunas. Mesmo a família, considerada na tradição do pensamento cristão como uma societas naturalis, era um ordenamento à parte”.
Sociedade moderna: Tendo como ente político principal o Estado, a sociedade moderna “formou-se por meio da eliminação ou da absorção dos ordenamentos jurídicos superiores e inferiores à sociedade nacional, mediante um processo que poderia ser chamado de monopolização da produção jurídica”.
TEORIA MONISTA X TEORIA PLURALISTA
A polêmica entre as Teorias Monistas e Pluralistas é um problema de semântica e não de ideologia. 
Enquanto a corrente monista emprega o termo “direito” em seu significado mais restrito (“direito = lei”).
A Teoria Pluralista empresta ao significante “direito” um significado mais amplo, tratando como “direito” as manifestações normativas produzidas por outros grupos sociais que não o Estado. 
TEORIA JUSNATURALISTA X TEORIA POSITIVISTA
A Teoria Jusnaturalista afirma que a relação jurídica é aquela relação social assim reconhecida pelo Direito, uma vez que é anterior ao próprio Direito.
Já a Teoria Positivista expressa que a relação jurídica só existe a partir da normatização pelo Direito, ou seja, as normas é que fazem surgir as relações jurídicas.
ESCOLA DA EXEGESE
A Escola da exegese, também conhecida como Escola filosógica, foi uma das primeiras correntes de pensamento juspositivista, florescendo na França no início do século XIX, a partir do advento do Código Napoleônico.
Ao explicar as características fundamentais da Escola da Exegese, o jusfilósofo italiano Norberto Bobbio afirma que tal Escola foi marcada por uma concepção rigidamente estatal de direito. Como consequência disso, tem-se o princípio da onipotência do legislador.
OBS: Segundo Bobbio, a Escola da Exegese nos leva a concluir que a lei não deve ser interpretada segundo a razão e os critérios valorativos daquele que deve aplicá-la, mas, ao contrário, este deve submeter-se completamente à razão expressa na própria lei. 
JUSTIÇA, VALIDADE e EFICÁCIA
segundo Norberto Bobbio 
A Justiça corresponde aos valores últimos ou finais que inspiram um ordenamento jurídico;
A Validade refere-se à existência da regra jurídica enquanto tal;
A Eficácia seria o efeito real e prático da norma jurídica na sociedade.
JUSTIÇA, VALIDADE e EFICÁCIA 
Diante de uma norma jurídica, podemos nos perguntar:
Se ela é JUSTA ou INJUSTA = “O problema da justiça é o problema da correspondência ou não da norma aos valores últimos que inspiram determinado ordenamento jurídico”. Com isso, Bobbio se afasta do afã de eleger quais são esses valores últimos, atendo-se ao fato de que “todo ordenamento jurídico persegue determinados fins”, e concluindo que o problema da justiça/injustiça da norma é um problema moral, deontológico (Deontologia = ciência do dever, ou seja, tem ligação com a filosofia moral [Obs: este termo foi usado pela primeira vez por Bentham]). O problema moral, como se sabe, é do plano do dever-ser.
JUSTIÇA, VALIDADE e EFICÁCIA 
Se é VÁLIDA ou INVALIDA = Enquanto o binômio justiça/injustiça diz respeito a um juízo moral, de valor, a questão da validade da norma jurídica faz um juízo de fato (pode-se dizer que faz um juízo empírico-racional), buscando descobrir se determinada regra se constitui como regra jurídica “de verdade”. 
O juízo que determina a validade/invalidade da norma se dá em três eixos:
Investigar se a autoridade que criou a regra tinha o poder legítimo para emanar normas jurídicas, ou seja, se essa autoridade tinha legitimidade para legislar.
Verificar a compatibilidade da norma com o ordenamento (seguindo a teoria da hierarquia das leis de Kelsen);
Verificar se ela não foi ab-rogada posteriormente, ou seja, se ela não perdeu sua validade por força de uma nova lei hierarquicamente superior.
JUSTIÇA, VALIDADE e EFICÁCIA 
Se ela é EFICAZ ou INEFICAZ = A exemplo do que ocorre no Brasil, onde se tem leis “que pegam” e leis “que não pegam”, sabe-se que o fato de uma norma jurídica existir não é suficiente para afirmar que ela é seguida. Logo, o problema da eficácia da norma também é um problema empírico, do plano do ser, uma vez que é verificável factualmente, ou melhor dizendo: fenomenologicamente. 
Ainda, pode-se dizer que se trata de um problema sociológico, já que cabe indagar-se sobre a dinâmica social que faz com que certas normas sejam seguidas universal e espontaneamente, enquanto outras são seguidas apenas quando acompanhadas de coação, e enquanto outras são burladas apesar da coação (ou sem ela).
JUSTIÇA, VALIDADE e EFICÁCIA 
A maneira pela qual o jurista procura equilibrar esses três binômios é capaz de revelar a sua posição jusfilosófica, senão vejamos:
Jusnaturalismo: As correntes jusnaturalistas têm em comum a intenção de priorizar o problema da justiça/injustiça em detrimento da validade/invalidade e da eficácia/ineficácia. Os defensores do direito natural insistem no caráter universal de determinados direitos, subordinando a validade e a eficácia da norma jurídica a algum valor ético/moral considerado “natural”, universal.
Positivismo jurídico: Sabendo que esta corrente tem na norma jurídica estatal o núcleo do seu objeto de estudo, é fácil perceber que o juspositivismo confere primazia ao binômio validade/invalidade. No entanto, é importante destacar algumas nuances no interior desta escola de pensamento:
“quando Kelsen afirma que o que constitui o direito como tal é a validade, ele não quer absolutamente afirmar, ao mesmo tempo, que o direito válido também é justo”. O que Kelsen quer, ao dar primazia ao problema da validade da norma, é justamente separar o problema estritamente jurídico do problema do valor “justiça”, de ordem ética/moral.
VALIDADE DA NORMA JURÍDICA NO ORDENAMENTO JURÍDICO
(Processo Legislativo – Art. 59, CF) 
Iniciativa: ato de apresentação de um projeto de lei (art. 61 da CF/1988); 
Discussão sobre o projeto de lei, no âmbito do Poder Legislativo, podendo receber emendas modificativas ou substitutivas; 
Deliberação ou votação, em que se aprova ou rejeita o projeto de lei; 
Sanção: após a aprovação do projeto de lei, este é encaminhado à sanção ou veto do representante do Poder Executivo (art. 66 da CF/1988). A sanção significa a aquiescência (concordância) e o veto, a oposição ou recusa ao projeto de lei. Havendo veto, o projeto de lei retorna ao Legislativo, para apreciação (art. 66, §§ 4.º, 5.º e 6.º, da CF/1988); 
Promulgação: ato pelo qual o representante do Poder Executivo atesta a existência da lei; 
Publicação, com o objetivo de tornar pública econhecida a nova lei.
VALIDADE DA NORMA JURÍDICA NO ORDENAMENTO JURÍDICO 
VALIDADE: tem relação com o ingresso da norma no ordenamento jurídico, ou seja, uma norma será válida quando não contradizer norma superior e tenha ingressado no ordenamento atendendo ao processo legislativo pré-estipulado. 
VIGÊNCIA: tem relação com a sua existência específica, saber se dela já pode ser cobrado o comportamento prescrito. Pode haver norma que seja válida e não possua vigência, ou seja, não se pode exigir, como é o caso das normas no período da vacatio legis. 
EFICÁCIA: está relacionada com a produção de efeitos. Com o fato real de ela ser efetivamente aplicada e observada, da circunstância de uma conduta humana conforme à norma se verificar na ordem dos fatos. 
CESSAÇÃO DA NORMA JURÍDICA
REVOGAÇÃO: Momento no qual se retira a validade por meio de outra norma. A norma revogada sai do sistema, interrompendo o curso de sua vigência.
 
CADUCIDADE: Em direito, é o estado a que chega todo o ato jurídico tornando-se ineficaz em consequência de evento surgido posteriormente. É o estado daquilo que se anulou ou que perdeu valia, tida, até então, antes que algo acontecesse. 
DESUSO: É a não aplicação de uma lei, mas que apesar disso, continua vigente e só desaparece do mundo jurídico se for revogada.
REPRISTINAÇÃO DA VALIDADE DA NORMA JURÍDICA
REPRISTINAÇÃO: O fenômeno pelo qual uma norma jurídica revogada volta, automaticamente, a ser válida pela perda de validade ou de vigência da norma revogadora.
REPRISTINAÇÃO EXPRESSA OU IMPRÓPRIA (Restauração): Não está proibida pela legislação brasileira. Consiste no restauro da validade de lei revogada por expressa determinação de outra lei, seja a revogadora ou seja a revogadora da revogadora. 
FONTES DO DIREITO
"Fontes do direito" é uma expressão utilizada no meio jurídico para se referir aos componentes utilizados no processo de composição do direito, enquanto conjunto sistematizado de normas, com um sentido e lógica próprios, disciplinador da realidade social de um estado. 
OBS: Em outras palavras, fontes são as origens do direito, a matéria prima da qual nasce o direito.
FONTES DO DIREITO
São utilizadas como fontes recorrentes do direito: as leis, o costume, a jurisprudência, a equidade e a doutrina.
Leis ou Legislação: são as normas ou o conjunto de normas jurídicas criadas através de processos próprios, estabelecidas pelas autoridades competentes ou órgãos estatais do direito escrito, é a fonte primacial;
Costume: é a regra social derivada de prática reiterada, generalizada e prolongada, o que resulta numa convicção de obrigatoriedade, de acordo com a sociedade e cultura em particular;
Jurisprudência: é o conjunto de decisões sobre interpretações de leis, feita pelos tribunais de determinada jurisdição;
Equidade: é a adaptação de regra existente sobre situação concreta que prioriza critérios de justiça e igualdade;
Doutrina: é a produção realizada por pensadores, juristas e filósofos do direito, concentrados nos mais diversos temas relacionados às ciências jurídicas;
n
PRIMÁRIAS
SECUNDÁRIAS
DOGMÁTICA JURÍDICA 
ZETÉTICA JURÍDICA 
~
~
~
PIRÂMIDE DE KELSEN
Hierarquia das Leis
QUESTIONAMENTO
O que é Norma Jurídica e qual a sua importância na regulamentação do Direito?
QUESTIONAMENTO
Qual a diferença entre NORMA e LEI?

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