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AULA 01 O ensino e o aprendizado de uma língua incorporam: Elementos de ordem estrutural Fonética, fonologia, morfologia, sintaxe etc. Termos gramaticais Sujeito, predicado, objeto, aposto, vocativo, radical, fonemas, morfemas, voz, aspecto, modo etc. Mas também incorporam instrumentos de cunho semântico, cultural e situacional- interacional. Na área de ensino e aprendizagem de línguas, essa percepção quanto aos fenômenos da linguagem verbal humana é conhecida pela expressão language awareness. Além de todos esses detalhes, devemos também levar em consideração a maneira como uma língua será ensinada e adquirida/aprendida. Conforme Saussure nos sugere, o nosso ponto de vista em relação à língua é crucial na determinação de um conjunto de princípios e crenças que serão norteadores a m de que seja possível descrever, caracterizar, sistematizar e teorizar sobre um objeto de estudo. Em nosso caso especíco, compreender os diferentes pontos de vista quanto ao ensino e aquisição/aprendizagem da língua inglesa representa um conhecimento valoroso para a formação docente. Os três olhares possíveis – língua materna, língua estrangeira e segunda língua – constituem os conceitos primordiais que detalharemos a seguir. Língua materna (LM) O idioma que é adquirido no período da mais tenra infância. Língua não-materna (LNM) O idioma aprendido em um período subsequente. Um outro critério tipicamente utilizado é de ordem quantitativa, ou seja, o número de línguas que um falante é capaz de manipular. É por esse motivo que o termo primeira língua (L1) costuma ser diretamente associado ao de língua materna, especialmente nos casos de monolinguismo. Por conseguinte, nos casos em que já se tem o domínio de determinada língua, é utilizado o termo língua adicional (LA) para caracterizar qualquer idioma (ou quaisquer idiomas) que o falante é capaz de articular além de sua própria língua materna. A utilização de todos os conceitos vistos até o momento também exige que tenhamos uma compreensão de suas funções nos âmbitos nacional e internacional. Consequentemente, será justamente através do critério de funcionalidade que um termo genérico e amplo como língua adicional será bipartido em segunda língua e língua estrangeira. Primeira língua × Língua adicional × Língua estrangeira Em países onde a língua inglesa atua como a língua materna dominante, seu uso está primariamente relacionado a propósitos internos, ou seja, ela constitui o veículo de comunicação entre falantes do mesmo país. É nesse contexto que a língua inglesa gura como primeira língua. Há situações em que a língua inglesa desempenha um papel de veículo de comunicação internacional, ou seja, constitui o meio de comunicação entre falantes de outros países cuja língua materna, obviamente, não é a língua inglesa. É nesse sentido que o termo língua adicional ganha sentido e força. Portanto, embora essas pessoas não possuam o inglês como língua materna, elas o utilizam como instrumento de comunicação, por causa das funções política, administrativa, comercial e cientíca que esse idioma ocialmente desempenha dentro de seus territórios. É nesse sentido que a língua inglesa é entendida com a função de segunda língua (L2). Finalmente, temos o contexto em que a língua inglesa é manipulada em um país em que ela não apresenta um caráter essencialmente ocial. Nesse sentido, seu uso encontra-se normalmente restrito a situações comunicativas pontuais e fará parte do dia a dia do falante ocasionalmente. Além disso, seu ensino e aprendizado prevê sua utilização não no local onde estiver sendo estudada, mas principalmente no estrangeiro ou em casos particulares no país de aprendizagem, tais como: contato com estrangeiros, trabalho em empresas multinacionais e manipulação de mídias e materiais em língua inglesa (vídeos, músicas, podcasts, livros etc.). Com essa perspectiva estrita, a língua inglesa é classicada como língua estrangeira (LE). Aquisição: Em termos gerais, o processo tipicamente chamado de aquisição de uma língua encontra-se ligado ao modo como as crianças desenvolvem suas habilidades linguísticas em relação à língua materna. Nesse sentido, o termo aquisição deve ser entendido como um processo subconsciente, o que nos leva a entender que aqueles que estão passando por essa experiência na mais tenra infância não estão conscientes de que estão adquirindo a língua materna, mas estão atentos ao fato de que estão usando a língua para se comunicarem com o mundo exterior. Isso signica que os infantes lançam mão de todos os recursos possíveis à sua disposição para que possam interagir: Combinação de sons Gestos Informações visuais Linguagem corporal Nesse meio tempo, o sistema linguístico está sendo sedimentado em seus cérebros e, à medida que a criança se desenvolve e as experiências interpessoais são ampliadas, as habilidades com a língua materna são ampliadas. Observe que não há, nesse período, nenhuma instrução formal quanto ao uso da língua materna. A criança não é ensinada sobre o uso da conjugação verbal, o posicionamento do sujeito na oração, as marcações de gênero e número, nem mesmo a diferenciação dos tempos verbais dos modos indicativo, subjuntivo e imperativo. Toda essa gama de recursos linguísticos simplesmente é absorvida naturalmente ao longo do tempo, ao ponto de uma criança de 3-5 anos ser capaz de se comunicar exponencialmente bem na língua materna. Aprendizagem : As informações anteriores nos dão uma pista quanto ao signicado do termo aprendizagem. Entende-se que esse termo engloba uma perspectiva consciente do conhecimento linguístico em jogo, ou seja, a presença de instrução formal é parte integrante da questão da aprendizagem. Nesse caso, almeja-se não apenas a ciência dos elementos linguísticos, mas também a capacidade de podê-los explicar, descrevê-los e caracterizálos. É por esse motivo que o termo aprendizagem incorpora uma perspectiva mais reexiva em relação à língua-alvo. O processo geral de qualquer aprendizagem se desenvolve em quatro momentos, os quais correspondem a quatro etapas metodológicas distintas: Percepção Compreensão Assimilação Aplicação Por m, a complexidade da aprendizagem resulta não só dos mecanismos cognitivos que lhe são inerentes, mas de diversos fatores, (LAMAS, 2000, p. 33-34), aparentemente a ela exteriores: Diversidade de conteúdos e objetivos propostos ao longo da estrutura curricular do aprendiz; Recontextualizações diversas a que os conteúdos programáticos estão sujeitos na prática pedagógica; Estratégias diversas implementadas pelos professores, dentre outros. Entendemos, assim, que a perspectiva relacionada ao ensino da língua inglesa no Brasil deverá englobar um ponto de vista ligado à sua aprendizagem como língua estrangeira, cujos desaos e questões primordiais serão apresentados a seguir. Uma vez que a língua portuguesa constitui nosso idioma ocial, sendo o sistema linguístico adquirido pela maioria dos brasileiros desde a mais tenra infância, a língua inglesa não dispõe de uma função ocial dentro do nosso território, ou seja, ela não é utilizada como meio de comunicação governamental, comercial, social ou educacional. Consequentemente, suas funções encontram-se restritas à perspectiva de ensino e aprendizagem como língua estrangeira. É de conhecimento comum que os objetivos dos cursos para o ensino de línguas são quase sempre denidos com base no desenvolvimento das quatro habilidades de linguagem: compreender a linguagem oral, falar, ler e escrever. Conforme vimos anteriormente, o estudo de uma língua estrangeira envolve um contexto em que tal idioma não é a língua dominante na sociedade, pois seus aprendizes não possuem laços sociais ou familiares com essa língua. Dentre os inúmeros elementos desaadores para um ensino eciente e ecaz da língua inglesa no Brasil, podemos considerar os seguintes: Aimplementação adequada de aulas de língua inglesa no ensino fundamental e no ensino médio. Infelizmente, nem todas as regiões do país contam com o ensino de língua inglesa em todas as camadas do ensino fundamental e médio. Em muitos casos, o futuro professor terá de realizar um trabalho partindo do zero, tentando demonstrar a importância e valor de um idioma que não faz parte da realidade de seus aprendizes. Portanto, cabe aqui um primeiro questionamento. De que forma o ensino de língua inglesa pode ser implementado em turmas do ensino fundamental e médio com o objetivo de fomentar o interesse dos alunos pela língua-alvo, além de promover o desenvolvimento de suas habilidades linguísticas e interculturais para com este idioma? A maximização do uso da língua inglesa no ambiente de sala de aula e fora dele. O futuro professor de língua inglesa terá de lidar com turmas cujo número de alunos pode variar entre trinta e sessenta alunos. Normalmente, a média de alunos no ensino fundamental alcança a marca de 35 alunos por turma. No ensino médio, a média é de 55 alunos por turma. Imagine-se, por um momento, entrando nesse ambiente e tendo de convencer a todos esses alunos de que a sua proposta irá funcionar e de que eles serão capazes de praticar a língua inglesa em cada uma de suas aulas. Cabe aqui mais um questionamento. Quais atividades devem ser implementadas em sala de aula com a nalidade de minimizar o uso da língua materna dos alunos, ou seja, utilizá-la como recurso apenas em casos pontuais, e maximizar o uso da língua inglesa durante todo o tempo de aula? A priorização das habilidades linguísticas Fatores como idade, ano escolar, recursos e número de alunos são determinantes para a escolha sobre qual habilidade deverá receber maior enfoque durante cada bimestre. Por exemplo, se você for atuar com as turmas do primeiro segmento do ensino fundamental (1° ao 5° ano), certamente terá de lançar mão de técnicas que priorizem a comunicação oral, especialmente nas turmas de 1° e 2° anos, uma vez que a maioria ainda não foi alfabetizada. Nesse sentido, o uso de canções, gestos, atividades manuais e o estabelecimento de uma rotina de comandos em língua inglesa são essenciais para que o seu trabalho possa se desenvolver semana após semana. Em contrapartida, os alunos do 3° ao 5° ano contam com a vantagem de já terem sido alfabetizados, o que lhe dará maiores possibilidades em suas aulas. À medida que avançamos em cada segmento, novos desaos surgem em relação à pratica docente em língua inglesa, o que nos leva a mais alguns questionamentos. Quais habilidades linguísticas (compreensão oral, fala, leitura e escrita) devem ser priorizadas em cada segmento do ensino fundamental e médio? Como elas devem ser trabalhadas? O desenvolvimento da competência comunicativa Conforme vimos anteriormente, a competência comunicativa representa a habilidade em manipular uma língua em todos os seus aspectos, quer sejam eles linguístico-comunicativos ou culturais. Portanto, uma pergunta-chave é: Quais procedimentos didáticos devem ser seguidos a m de que possamos desenvolver a competência comunicativa dos alunos na língua inglesa? considerarmos o fator tempo, os alunos têm a oportunidade de acesso à língua inglesa durante os nove anos do ensino fundamental, além dos três anos do ensino médio, totalizando doze anos de possibilidades. Assim sendo, um ponto para reexão diz respeito ao seguinte questionamento: Quais conteúdos devem ser alocados em cada segmento do ensino fundamental e do ensino médio de modo que o aluno possa desenvolver suas habilidades linguístico-comunicativas e culturais na língua-algo de forma eciente e ecaz? O uso inteligente da língua como recurso linguístico Aprender uma língua estrangeira nos oferece a oportunidade de reetirmos sobre nós mesmos, sobre nossa cultura, nosso modo de ser, de agir e de pensar. Portanto, a língua materna dos alunos corresponde a um tesouro cultural e linguístico que o professor poderá lançar mão durante o processo de ensino de inglês como língua estrangeira. Pense, por exemplo, na gama de palavras cognatas existentes em língua inglesa: telephone, supermarket, intelligent, student, doctor, dentist, football player etc. Leve em consideração o repertório cultural de nossas práticas cotidianas. Como podemos adaptá-las ao contexto de uso da língua inglesa? Assim, surgem mais alguns questionamentos importantes: De que modo podemos nos valer da língua materna dos alunos como recurso facilitador para o aprendizado da língua inglesa? Quais elementos linguísticos e culturais da língua materna dos alunos podem e devem ser explorados? Leia o texto a seguir: "Processo subconsciente de 'absorção' da língua-alvo, que se dá por meio da inserção de uma pessoa no ambiente no qual essa língua é falada (por exemplo: a forma como as crianças adquirem uma língua, seja a língua materna ou a língua-alvo". ►A definição precedente diz respeito ao seguinte termo: Aprendizagem Abordagem Técnica Método Aquisição Explicação: Em termos gerais, o processo tipicamente chamado de aquisição de uma língua encontra-se ligado ao modo como as crianças desenvolvem suas habilidades linguísticas em relação à língua materna. Nesse sentido, o termo aquisição deve ser entendido como um processo subconsciente, o que nos leva a entender que aqueles que estão passando por essa experiência na mais tenra infância não estão conscientes de que estão adquirindo a língua materna, mas estão ¿atentos¿ ao fato de que estão usando a língua para se comunicarem com o mundo exterior. Isso significa que os infantes lançam mão de todos os recursos possíveis à sua disposição para que possam interagir: combinação de sons, gestos, informações visuais e linguagem corporal. Nesse meio tempo, o sistema linguístico está sendo sedimentado em seus cérebros e, à medida que a criança se desenvolve e as experiências interpessoais são ampliadas, as habilidades com a língua materna são ampliadas. Over the past decades, there have been three main theoretical approaches that attempt to explain the acquisition of a native language. They are Behaviorism ¿ Innatism ¿ Naturism Behaviorism ¿ Isolationism ¿ Interactionism Behaviorism ¿ Innatism ¿ Semantics Inquisition ¿ Innatism - Interactionism Behaviorism ¿ Innatism ¿ Interactionism Explicação: Behaviorism, Innatism, Interactionism have been three main theoretical approaches that attempt to explain the acquisition of a native language. 1. Leia o texto a seguir: "Processo subconsciente de 'absorção' da língua-alvo, que se dá por meio da inserção de uma pessoa no ambiente no qual essa língua é falada (por exemplo: a forma como as crianças adquirem uma língua, seja a língua materna ou a língua-alvo". ►A definição precedente diz respeito ao seguinte termo: Aprendizagem Abordagem Técnica Método Aquisição Explicação: Em termos gerais, o processo tipicamente chamado de aquisição de uma língua encontra-se ligado ao modo como as crianças desenvolvem suas habilidades linguísticas em relação à língua materna. Nesse sentido, o termo aquisição deve ser entendido como um processo subconsciente, o que nos leva a entender que aqueles que estão passando por essa experiência na mais tenra infância não estão conscientes de que estão adquirindo a língua materna, mas estão ¿atentos¿ ao fato de que estão usando a língua para se comunicarem com o mundo exterior. Isso significa que os infantes lançam mão de todos os recursos possíveis à sua disposição para que possam interagir: combinação de sons, gestos, informações visuais e linguagem corporal. Nesse meio tempo, o sistema linguístico está sendo sedimentado em seus cérebros e, à medida que a criança se desenvolve e as experiências interpessoais são ampliadas, as habilidadescom a língua materna são ampliadas. 2. Over the past decades, there have been three main theoretical approaches that attempt to explain the acquisition of a native language. They are Behaviorism ¿ Innatism ¿ Naturism Behaviorism ¿ Isolationism ¿ Interactionism Behaviorism ¿ Innatism ¿ Semantics Inquisition ¿ Innatism - Interactionism Behaviorism ¿ Innatism ¿ Interactionism Explicação: http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp Behaviorism, Innatism, Interactionism have been three main theoretical approaches that attempt to explain the acquisition of a native language. 3. Which alternative does not refer to the concept of FIRST LANGUAGE? native language mother tongue simply L1 the language we learn from birth the language acquired due to professional purpose. Explicação: Language acquired due to professional ends is L2 4. 1. When it comes to negation, it is WRONG to say that children perceive the notion of negation before they can deal with language internal organization. children to deny, reject, disagree with, and refuse something and only after that they learn how to do it accurately.g else. language and its expressions and meanings are inherent to human beings from early ages. in order to acquire language and be able to express themselves, children must master grammar prior to anything children learn its functions before they learn the grammatical rules to express them. Explicação: When it comes to negation, it is not correct to say that in order to acquire language and be able to express themselves, children must master grammar prior to anything "Consiste em um padrão internacionalmente reconhecido a fim de que se possa descrever a proficiência em uma idioma, ou seja, é uma forma padronizada e extremamente útil para classificar o quão bem um indivíduo é capaz de falar e entender determinada língua estrangeira. É através dessa sistematização que as universidades e instituições de ensino de línguas do mundo inteiro se baseiam para organizar seus programas de ensino". ► O trecho acima faz referência à(ao): Perspectiva de Ensino Intercultural Abordagem de Ensino Universal http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp Método de Ensino Global Técnica de Ensino Linguisticamente Estrutural Quadro Comum Europeu de Referência Explicação: O Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (Common European Framework of Reference for Languages ¿ CEFR) consiste em um padrão internacionalmente reconhecido a fim de que se possa descrever a proficiência em uma idioma, ou seja, é uma forma padronizada e extremamente útil para classificar o quão bem um indivíduo é capaz de falar e entender determinada língua estrangeira. É através da sistematização proposta por esse quadro que as universidades e instituições de ensino de línguas do mundo inteiro se baseiam para organizar seus programas de ensino. According to the authors, by the age of _______ most English-speaking children are able to produce questions which are both grammatical and appropriate. However, they might slip back to an earlier stage once in a while. two three five six four AULA 02 Benjamin Franklin "Tell me and I forget, teach me and I remember, involve me and I learn." Larsen-Freeman e Anderson (2016), logo nas primeiras páginas de uma obra magistral que serviu de base para a formação de inúmeros professores ao redor do mundo, lista o conjunto de variáveis envolvidas no magistério: “o ensino é uma tarefa simultaneamente mental e social”. Além disso, é um trabalho físico, emocional, prático, comportamental, político, experimental, histórico, cultural, espiritual e pessoal. Ou seja: Ensinar, além de ser uma tarefa de natureza complexa, é, ao mesmo tempo, inuenciada por todas essas doze dimensões apresentadas, pois a prática docente eficiente e eficaz exige do docente certa habilidade para orquestrar todos esses componentes em favor do aprendizado dos alunos. Obviamente, a lista de elementos a serem manipulados será aumentada quando tivermos como objeto de ensino uma língua estrangeira, pois outros fatores entram em cena, tais como: O grau de proficiência que o docente possui em relação à língua a ser ensinada O docente é capaz de manipular seu objeto de trabalho fleuentemente em cada uma das quatro habilidades linguísticas (compreensão oral, fala, leitura e escrita)? O conjunto de crenças que o docente leva consigo no que tange à natureza de uma língua A língua deve ser encarada como um conjunto de regras gramaticais ou como uma ferramenta poderosa para interação social? O ponto de vista que o professor apresenta em relação aos termos ensinar e aprender Ensinar dever ser visto como transmissão de conhecimentos ou uma atitude facilitadora que leva os alunos a se tornarem autodidatas ao longo do tempo? Aprender signica a obtenção de notas elevadas para passar em todas as avaliações ou esse termo deve ser visto como uma experiência cognitiva que pode ser recuperada em qualquer momento da vida (aprender é aprender para sempre)? A presença ou ausência de material didático para as aulas Até que ponto o uso do material didático é realmente necessário? O número de tempos de aula alocados para a disciplina de língua inglesa na grade curricular dos alunos Qual é o número ideal de horas semanais para criar uma rotina de aprendizado progressivo em língua inglesa? Claro que seria impossível dar conta de todos os fatores listados (e de outros que não inserimos) se não houvesse uma organização criteriosa quanto ao conjunto de práticas docentes a serem implementadas no universo da sala de aula. Esse conjunto de conhecimentos teóricos e de procedimentos sistematizados encontra-se embutido sob o rótulo de abordagens, métodos e técnicas, o tripé basilar que iremos investigar a seguir. Características do tripé método-abordagem-técnica: Etimologicamente, a palavra método corresponde ao caminho que conduz a um determinado alvo. Contudo, conforme o termo é articulado em cada área, ele ganha valores distintos. Educação O método corresponde à forma como a situação de ensino-aprendizagem é conduzida de modo a que o aluno possa, efetivamente, apreender a matéria que se constitui como objeto dessa situação. Didática Os métodos são utilizados para confrontar o aluno (sujeito da aprendizagem) com o saber (objeto a ser aprendido). Nessa situação, estão envolvidos três intervenientes: professor, saber e aluno. Passivos Os métodos são considerados passivos quando a ação desenvolvida sobre o saber é exclusivamente de responsabilidade do professor. Ativos Os métodos são indicados como ativos se couber ao aluno a atuação, isto é, a construção do saber. Entretanto, no ramo de ensino de línguas estrangeiras, a palavra método ganha uma acepção mais robusta, pois, para esse universo especíco da atividade humana, uma perspectiva multidisciplinar (SANCHEZ, 2010, p. 16-22) se faz necessária, já que busca soluções para os seguintes questionamentos: Quando se ensina ou se aprende uma língua estrangeira? Onde se aprende ou se ensina uma língua estrangeira? Como se aprende ou se ensina uma língua estrangeira? O que se deseja aprender ou ensinar sobre determinada língua estrangeira? Para que se aprende ou se ensina uma língua estrangeira? Por que se deseja aprender ou ensinar uma língua estrangeira? Na busca singela por respostas a cada uma das perguntas acima, acabamos nos dando conta da robustez que o termo método apresenta em ensino de línguas estrangeiras, uma vez que sua manipulação exigirá acombinação de uma variada gama de disciplinas e subdisciplinas, tais como: Linguística e todos os seus componentes Gramática, léxico, contexto, pronúncia etc. Pedagogia Planejamento curricular, estratégias metodológicas, elaboração de atividades etc. Psicologia Características do aprendiz, motivação, recursos que favorecem a aprendizagem. Sociologia e sociolinguística Contexto social em que se desenvolve o ensino, características da interação comunicativa etc. Organização e gestão Do tempo, das intervenções daqueles que participam de todo o processo, dos materiais, das atividades, dos elementos auxiliares etc. Eixo 1 Por quê? Conjunto de princípios e crenças subjacentes. Plano teórico: Teoria linguística (natureza da língua). Teoria psicológica (princípios da aprendizagem). Teoria pedagógica (princípios do ensino). Teoria sociológica (restrições contextuais, educativas, geográficas). Princípios de organização aplicados à gestão e ao planejamento do ensino, assim como ao desenvolvimento dos alunos. Eixo 2 O quê? Conteúdos ou objetivos que fluem e se baseiam no conjunto de princípios e crenças pré-estabelecidos. Elementos que constituem o objeto do ensino e da aprendizagem (= objetivos e questões organizacionais): Seleção e estruturação de elementos linguísticos (morfologia, sintaxe, vocabulário, ortografia, fonética/fonologia). Seleção e estruturação de elementos pragmáticos (contextuais, culturais sociolinguísticos, psicolinguísticos). Eixo 3 Como? Conjunto de atividades mediantes as quais o conteúdo selecionado é posto em prática. Procedimentos (= como agir, as técnicas): Relativos à pedagogia: tipologias, projeto e sequenciamento das atividades; papel do professor e dos alunos. Relativos à psicologia: adaptação à faixa etária, desaos, interação, elementos motivadores gerais e especícos. Relativos ao contexto pragmático e sociológico. Relativos ao planejamento e à gestão das atividades em sala de aula (distribuição, quantidade etc.). A partir das informações organizadas que acabamos de ver, temos uma denição para aquilo que o termo método representa no ambiente de ensino de línguas estrangeiras. "Um conjunto de princípios teóricos, princípios organizacionais e ações práticas que norteiam a estruturação de um curso, o planejamento das aulas, a avaliação da aprendizagem e a escolha de materiais didáticos. Dito de outra forma, o método é composto de três partes: a abordagem, o design e o procedimento." Podemos equacionar os elementos dessa denição, organizando-os na seguinte fórmula. Método = Abordagem + Design + Procedimento O Eixo 1 compreende a noção de abordagem, o sustentáculo teórico do método. Ela é formada por uma teoria de língua, que aponta a forma de se conceber a língua, e por uma teoria de aprendizagem, que aponta para uma forma de se conceber a aprendizagem. Desse modo, as teorias de língua e as teorias de aprendizagem têm uma importância fundamental para a prática docente, pois é com base nelas que o professor: Toma decisões pedagógicas; Seleciona materiais didáticos; Avalia políticas educacionais. O Eixo 2 envolve a questão do design, isto é, o delineamento organizacional do curso ou da disciplina. Essa organização é feita com base nos princípios teóricos explicitados pela abordagem. No design, são descritos os aspectos importantes do método: os objetivos da disciplina, o conteúdo programático, os tipos de atividades a serem usadas na sala de aula e os papéis que alunos, professor e materiais didáticos desempenham no processo de ensino e aprendizagem. Observe a importância das teorias de língua e de aprendizagem na conguração do design: são elas que determinam cada um dos seus elementos. O Eixo 3 abrange o procedimento, um conjunto de ações práticas que implementam o que está delineado no design – elemento organizacional do método, este que, por sua vez, é denido pelos princípios e crenças teóricas contempladas pela abordagem. É nesse item que se encontram detalhadas as técnicas didáticas, as práticas docentes e os comportamentos que se esperam dos estudantes durante a aula. Portanto, o procedimento esclarece como o professor usa as atividades, o material didático e como pode avaliar a aprendizagem dos seus alunos. Note que o tripé proposto no título de nossa aula (método-abordagem-técnica) traz implícita a noção organizacional do design, especialmente porque essa questão abrange não apenas um conjunto de ações do docente, mas principalmente políticas educacionais e de questões teóricas delineadas pela abordagem. Veja como um pouco de teoria nos mostra que o universo da sala de aula é exponencialmente rico, variado e como ele demanda vasta gama de conhecimentos de variados ramos do saber humano. Você já tinha se dado conta dessa complexidade? Com isso em mente, vamos focar nas concepções de língua mais recorrentes no cenário de ensino e que serviram de base para a criação ou aperfeiçoamento de vários dos métodos de ensino manipulados atualmente: os modelos estrutural e interacional. Teorias estruturalista e interacionista: princípios e crenças A teoria da língua que dominou o começo do século XX, nas palavras de Oliveira (2010, p. 34-36), foi a estruturalista, que concebe a língua como um conjunto de estruturas gramaticais organizadas por regras que se relacionam entre si, formando o que chamamos de um sistema linguístico. O estruturalismo, portanto, compreende que a língua, uma vez formada por elementos coesos, inter-relacionados, que funcionam a partir de um conjunto de regras, constitui uma organização, um sistema, uma estrutura. O mais importante é que essa organização dos elementos se estrutura seguindo leis internas, ou seja, estabelecidas dentro do próprio sistema linguístico. É atribuída ao linguista suíço Ferdinand de Saussure a origem desse ponto de vista estrutural em relação à língua. Pensar a língua de maneira estruturalista não causaria nenhuma diculdade ao ensino de línguas se não fosse por uma questão teórica especíca dessa concepção: ela não leva em conta, infelizmente, o uso linguístico e, consequentemente, o sujeito usuário da língua e a variação linguística provocada pela existência de sujeitos diferentes inseridos em contextos sociais, históricos, culturais e geográcos diferentes. Pela visão da microlinguística, as línguas devem ser analisadas em si mesmas e sem referência a sua função social, à maneira como são adquiridas pelas crianças, aos mecanismos psicológicos que subjazem à produção e recepção da fala, à função literária ou estética ou comunicativa da língua. Em contrapartida, a macrolinguística abrange todos esses aspectos da linguagem. Dentro da microlinguística, então, poderíamos incluir os estudos que se preocupam com a língua em si: fonética e fonologia, morfologia, sintaxe, semântica, lexicologia. Em contrapartida, a macrolinguística engloba disciplinas como a psicolinguística, sociolinguística, linguística antropológica, dialetologia, linguística matemática e computacional, estilística, dentre outras. Uma visualização gráca dos campos da macrolinguística (elementos orbitantes ou extralinguísticos) e da microlinguística (elementos centrais, nucleares ou intralinguísticos) podem ser contemplados na gura a seguir: Entendemos, assim, que os elementos nucleares e estruturais de uma língua estrangeira têm a sua importância. Contudo, não são apenas tais instrumentos que devem ser enfocados no ensino de inglês como língua estrangeira. Observe que temos inúmeras questões que orbitam ao redor das estruturas linguísticas e que também precisam ser levadas em consideração em nossa prática docente. É por esse motivo que há, do ponto de vista pedagógico, uma maneira mais ampla de se conceber a língua: a teoria interacionista. Nesse novo olhar sobre a língua, entendemos que ela desempenha funções que são externas ao sistema linguístico em si e que essasmesmas funções externas acabam por inuenciar a própria organização interna do sistema linguístico. Se temos em mente a ideia de interação, pressupõe-se a presença de elementos dinâmico-acionaisinuenciadores, quais sejam: o sujeito que fala ou escreve, o sujeito que ouve ou lê, as especicidades culturais desses sujeitos, os contextos de produção e da recepção dos textos, por exemplo. Desse modo, a língua não constitui apenas um conhecimento estrutural autônomo por si só, independente do comportamento social, mas reete uma adaptação, pelo falante, às diferentes situações comunicativas: conceber a língua como interação social signica entender que as estruturas sintáticas, as palavras e a pronúncia veiculam valores. Além disso, signica considerar que os usuários da língua travam relações de poder nos seus encontros sociolinguísticos, o que os obriga a fazer escolhas temáticas, sintáticas e lexicais apropriadas a esses encontros (ou seja, devem ter seus radares de language awareness muito bem sintonizados). Uma das grandes contribuições dessa perspectiva de língua corresponde ao conceito de competência comunicativa proposto pelo linguista americano Dell Hymes já em meados da década de 1960. O falante-ouvinte, para ser competente em sua língua (ou em uma língua estrangeira), precisa não apenas ter conhecimento das regras gramaticais, mas também ter a habilidade de usar essas regras, adequando-as às situações sociais em que se encontra no momento em que usa a língua. Alguns pontos da concepção interacional merecem destaque (CASTILHO, 2010, p. 66): a. A língua é vista como um instrumento de interação social. b. A função primária da língua é a comunicação. c. O estudo do sistema linguísticos deve ter lugar no interior do sistema de usos linguísticos. d. A descrição e explicação dos elementos linguísticos de uso de uma língua deve proporcionar pontos de contato com o contexto em que ocorrem. e. O correlato psicológico da língua é a competência comunicativa: a habilidade de conduzir a interação social por meio da língua. According to Vygotsky, " language has a key role in shaping the thought and character of an individual". Why is it so? Because cognitive abilities and thought structuring are not necessarily the result of the environment in which the child is brought up. Because the society in which a child is raised and the child¿s personal history does not play a significant role in determining the child¿s thought pattern. Because there is a fundamental interrelationship between thought and language, one providing resources to the other. Because a two-year-old child is already able to select all the words and their meanings. Because thought and character do not necessarily need to be associated with each other. Explicação: According to Vygotsky (2002), initially, thought is nonverbal and language is not intellectual, and for that reason, human beings tend to think that they are two very different things. However, the author argues that their developmental trajectories are not parallel, but intertwined. How does a child normally react when he notices the name of a given object is unknown to him? He uses sign language instead. He mimics so as to communicate. He turns to an adult for help. He changes the topic of the conversation. He uses the name of another object in its place. Explicação: Very soon the child realizes that everything has a name. When he/she notices that the name of some object is unknown to him/her, he/she turns to an adult for help. Considere o trecho a seguir: "Um conjunto de princípios teóricos, princípios organizacionais e ações práticas que norteiam a estruturação de um curso, o planejamento das aulas, a avaliação da aprendizagem e a escolha de materiais didáticos. Dito de outra forma, o método é composto de três partes: a abordagem, o design e o procedimento". Tendo em vista as informações supracitadas, considere a seguinte tabela: ► Os rótulos adequados para a Coluna 01, Coluna 02 e Coluna são, respectivamente: Design, Método, Abordagem Procedimento, Design, Abordagem Abordagem, Design, Procedimento Abordagem, Método e Técnica Procedimento, Abordagem, Design Explicação: A abordagem compreende os seguintes elementos: teoria da língua e teoria da aprendizagem. O design inclui: objetivos, conteúdo programático, tipos de atividades, papéis do aluno, papéis do professor e papéis dos materiais didáticos. O procedimento envolve: técnicas e comportamentos. Choose the most appropriate comment about language acquisition. A child just reaches the conclusion of the functions of a language when she is about three years old. Language finds its way into the child's mind as he/she is conscious of the structures which are necessary to communicate. Language penetrates little by little in the child 's mind unconsciously and turns out to become the structure of the child's thinking. We only master the structure of our first language when we are adults. In language acquisition, it is obvious that language interaction is not really necessary to communicate. Explicação: Even though it might seem that in the beginning the child uses language only to interact superficially with people around him/her, after some time this language penetrates his/her unconscious mind to become the structure of the child¿s thinking. (VYGOTSKY, op cit) Some of the errors learners make are universal, no matter what their first language is, where they learn or what their personal characteristics are. These errors are: Omission, Overgeneralization, Output Omission, Overgeneralization, Input Omission, Overgeneralization, Transfer Omission, Position, Transfer Correction, Overgeneralization, Transfer Explicação: Omission, Overgeneralization, Transfer eia o trecho a seguir: "Plano sistemático de ensino que está baseado na mais perfeita combinação de aportes teóricos sobre o que é uma língua e sobre o que é aprendizagem em parceria com uma série de técnicas procedurais inter- relacionadas com tais aportes teóricos". ► Entendemos que a definição diz respeito a um(a): Syllabus Abordagem Procedimento Método Técnica Explicação: Um método corresponde a um conjunto de princípios teóricos, princípios organizacionais e ações práticas que norteiam a estruturação de um curso, o planejamento das aulas, a avaliação da aprendizagem e a escolha de materiais didáticos. According to what was discussed in classes in relation to thought and language it is CORRECT to say that: There is a fundamental interrelationship between thought and language, one providing resources to the other. Thus language has a key role in shaping the thought and character of an individual. There is not a fundamental interrelationship between thought and language, since one cancels the other because language has not a key role in shaping the thought and character of an individual. There is a fundamental interrelationship between thought and language, although they do not realte to each other at all. Thus language has not a key role in shaping the thought and character of an individual. There is a secondary interrelationship between thought and language, one providing resources to the other. Thus language has no importance in shaping the thought and character of an individual. There is a fundamental interrelationship between thought and language, one providing resources to the other. Thus language has asecondary role in shaping the thought and character of an individual. Leia o texto a seguir: "Conjunto de pressupostos teóricos sobre o que está envolvido no ensino e na aprendizagem de uma língua". ► A que termoa definição anterior faz referência? Ensino Indutivo Técnica Procedimento Abordagem Ensino Dedutivo Explicação: A abordagem corresponde ao sustentáculo teórico do método. Ela é formada por uma teoria de língua, que aponta a forma de se conceber a língua, e por uma teoria de aprendizagem, que aponta para uma forma de se conceber a aprendizagem. Desse modo, as teorias de língua e as teorias de aprendizagem têm uma importância fundamental para a prática docente, pois é com base nelas que o professor: a) Toma decisões pedagógicas; b) Seleciona materiais didáticos; c) Avalia políticas educacionais. AULA 03 A busca por respostas sobre como acontece o aprendizado tem sido o foco de pesquisa de lósofos, psicólogos, siologistas, linguistas e educadores ao longo da história (OLIVEIRA, 2010). Ou seja, todos eles se ocuparam da construção de teorias que pudessem explicar o processo de aprendizagem. De maneira genérica, essas teorias podem ser organizadas em duas vertentes. Teoria behaviorista :Compreende as teorias que tentam explicar a aprendizagem a partir de comportamentos diretamente observáveis. Teorias de base cognitivista: Abrange aquelas que buscam explicar a aprendizagem levando em consideração os processos mentais superiores. Na corrente behaviorista, costumamos ter as seguintes premissas: Os conhecimentos são adquiridos através das experiências vividas. A aprendizagem ocorre através de respostas bem-sucedidas a determinados estímulos do meio. A repetição das respostas associadas aos estímulos é fundamental para essa aprendizagem. Em termos de aprendizagem de línguas (maternas ou estrangeiras), o processo seria também feito através de respostas e estímulos. No entanto, nesse processo, a resposta física é substituída por uma resposta linguística, e o estímulo pode ser linguístico ou não. O fenômeno da linguagem constitui uma manifestação que envolve inúmeros fatores, desde elementos de cunho sociocultural e físicos até questões de ordem siológica e psíquica. Em sua obra mundialmente famosa sobre as teorias de aprendizagem, Guy R. Lefrançois dene o campo de estudos da Psicologia. "A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento e o pensamento humanos. Busca saber como a experiência afeta o pensamento e a ação; explora os papéis da biologia e da hereditariedade; examina a consciência e os sonhos; acompanha como se dá a transformação de crianças em adultos; investiga as inuências sociais. Basicamente, tenta explicar como as pessoas pensam, agem e sentem." Premissas da corrente behaviorista. A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento e o pensamento humanos. Observe que o termo tem origem na língua inglesa: behaviorismo, de behavior, ou seja, comportamento Os conhecimentos são adquiridos através das experiências vividas. Busca saber como a experiência afeta o pensamento e a ação. Note que a aquisição de conhecimentos é um fator determinado pela experiência vivida. A aprendizagem ocorre através de respostas bem sucedidas a determinados estímulos do meio. Investiga as influências sociais. Veja que o meio ou as influencias sociais trazem informações importantes para análise. A aprendizagem ocorre através de respostas bemsucedidas a determinados estímulos do meio. Investiga as inuências sociais. Veja que o meio ou as inuências sociais trazem informações importantes para análise. A repetição das respostas associadas aos estímulos é fundamental para essa aprendizagem. Investiga as inuências sociais. Veja que o meio ou as inuências sociais trazem informações importantes para análise. Em termos de aprendizagem de línguas, o processo seria também feito através de respostas e estímulos. Investiga as inuências sociais. Veja que o meio ou as inuências sociais trazem informações importantes para análise. Na visão teórica do Behaviorismo, a criança herdaria a capacidade de pronunciar e de repetir sons vocais sob diferentes estímulos. Explora os papéis da biologia e da hereditariedade. A capacidade de adquirir uma língua é vista como uma característica que foi herdada biologicamente A articulação dos fonemas acaba se tornando um hábito, e a criança, numa etapa seguinte, passa a imitar os sons que ouve. Ela faz associações entre sons e coisas inicialmente e, em seguida, aprende a associar uma palavra a uma coisa que está ausente. Acompanha como se dá a transformação de crianças em adultos. Não apenas o desenvolvimento linguístico, mas também do ser humano como um todo encontram-se presentes nesse ramo do conhecimento. Lefrançois enfatiza que três questionamentos importantes sempre serviram de motivação às investigações por respostas sobre a natureza da linguagem humana (LEFRANÇOIS, 2017):] O que aprendemos? O que sabemos? O que é o conhecimento? Essas questões são o ponto central de um grande tema em Psicologia: o problema mente- corpo. Dito de forma simples, tal problema orbita em torno da relação entre mente e corpo e é dessa problematização que vêm os seguintes questionamentos: Como alguma coisa puramente física, como um gato, produz algo puramente mental, qual seja: a ideia de um gato? E como a ideia de um gato pode se traduzir num ato, como aquele de procurar por um gato? Em outras palavras: de que modo esse conhecimento de mundo referente ao animal felino se tornou parte de nossas vidas, isto é, como foi aprendido? Experiência Contato com algo, participação em algo, exposição a eventos internos ou externos aos quais o organismo é sensível. Estes eventos são denominados estímulos. Aprendizagem Todas as mudanças relativamente permanentes no potencial de comportamento, que resultam da experiência, mas não são devidas ao envelhecimento, cansaço, maturação, drogas, lesões ou doenças. Mudança de comportamento Mudanças observáveis ou potencialmente observáveis após a experiência, que oferecem evidências de que a aprendizagem ocorreu. Entendido o motivo pelo qual a psicologia da aprendizagem toma como ponto de partida as observações de comportamento e eventuais mudanças, estamos em condições de explorar os princípios e crenças da proposta behaviorista, juntamente com as contribuições de seus principais teóricos. Behaviorismo: princípios, crenças e contribuições teóricas Como bem nos orienta Lefrançois (2017, p.23), já no nal do século XIX e início do século XX, os psicólogos começaram a rejeitar temas difíceis e subjetivos, tais como mente e pensamento. Em vez disso, se concentraram nos aspectos mais objetivos do comportamento. Essa orientação, que cou conhecida como behaviorismo, deu origem a teorias de aprendizagem envolvidas principalmente com eventos objetivos, tais como estímulos, respostas e recompensas. Na perspectiva behaviorista, os estímulos (condições que levam ao comportamento) e as respostas (comportamento corrente) são os únicos aspectos do comportamento que podem ser realisticamente observados. Consequentemente, esses elementos – estímulos e respostas – são as variáveis objetivas que podem ser usadas para desenvolver a ciência do comportamento. Destacam-se na proposta behaviorista as seguintes vertentes: Behaviorismo clássico :Com base nas contribuições iniciais de Ivan Petrovich Pavlov, posteriormente ampliadas por John Broadus Watson. Behaviorismo radical :A partir das observações de Burrhus Frederic Skinner. Segundo Lefrançois (2017, p.34-36), o experimento pelo qual Pavlov cou famoso resultou de uma observação acidental. Na tentativa de encontrar uma explicação cientíca para a salivação de seus cães antes de serem alimentados, Pavlov desenvolveu uma série de experimentos em condicionamentos clássicos. O cientista demonstrou que não apenas a visão do alimento provocava a salivação nos cães, mas que quaisquer outros estímulos distintos poderiam ter o mesmo efeito se emparelhados com o alimentoum número suciente de vezes. Segundo Lefrançois (2017, p.34-36), o experimento pelo qual Pavlov cou famoso resultou de uma observação acidental. Na tentativa de encontrar uma explicação cientíca para a salivação de seus cães antes de serem alimentados, Pavlov desenvolveu uma série de experimentos em condicionamentos clássicos. O cientista demonstrou que não apenas a visão do alimento provocava a salivação nos cães, mas que quaisquer outros estímulos distintos poderiam ter o mesmo efeito se emparelhados com o alimento um número suciente de vezes. Será que você consegue visualizar a origem remota dos termos estímulo e resposta nos experimentos de Pavlov? É por esse motivo que o condicionamento clássico também é chamado de aprendizagem por substituição de estímulo. Isso porque os fatos básicos do condicionamento clássico são estes: se um estímulo (ou situação) que leva prontamente a uma resposta está associado a um estímulo neutro sucientemente frequente, o estímulo anteriormente neutro torna-se um estímulo condicionado, que pode, nalmente, ser substituído pelo estímulo original. Essa premissa constitui a pedra angular da teoria behaviorista. Watson armava que a maioria dos seguidores da Psicologia acreditava que esse ramo do conhecimento era um estudo da ciência dos fenômenos da consciência, o que, para ele, signicava um grande equívoco e causa de descobertas signicativas não terem acontecido em Psicologia. É por esse motivo que ele propôs que a matéria-prima da Psicologia humana deveria ser o comportamento humano e, am de que ela se tornasse uma ciência, era imperioso que ela fosse objetiva e que se preocupasse apenas com o comportamento concreto, e não com aspectos mentais, tais como pensamentos e emoções. Uma vez que o termo comportamento constituía o elemento-chave de sua proposta, ele cunhou o termo behaviorismo (LEFRANÇOIS, 2017). Em última análise, o objetivo do behaviorismo é inferir leis para explicar a relação existente entre condições anteriores (estímulos), comportamentos (respostas) e condições consequentes (recompensa, punição ou efeitos neutros). A proposta de Watson ainda permanece no campo da inferência e da especulação. Veremos mais adiante que outra proposta teórica terá como fundamento uma perspectiva puramente objetiva e descrita. A explicação de Watson para a aprendizagem é baseada no modelo de Pavlov de condicionamento clássico. Segundo ele, os homens nascem com um certo número de reexos, o que inclui reações físicas e glandulares, como salivar em resposta ao alimento, ou piscar em resposta a uma lufada de ar. Há também um pequeno número de respostas emocionais, tais como medo, raiva e amor. Cada um desses reexos pode ser provocado por um estímulo especíco. Por exemplo, sentimentos de amor poderiam resultar de ser acariciado; o medo de cair ao car em um lugar alto; e a raiva ao ter um movimento tolhido. O modelo de Pavlov de condicionamento clássico deixa isso bem claro, ou seja, qualquer estímulo distintivo presente no momento em que uma resposta reexa é dada pode servir como um estímulo condicionado. Se esse estímulo estiver presente com mais frequência, poderá, nalmente, ser associado à resposta. É a partir da linha de raciocínio anterior que Watson dene o termo hábito. Segundo o teórico, toda a aprendizagem tem a ver com respostas que são selecionadas e encadeadas. Mesmo sequências de comportamento mais complexas resultam de um processo de condicionamento por meio do qual o comportamento mais recente é ligado a um estímulo por um tipo de encadeamento de sequências de respostas. A aprendizagem mais complexa requer o condicionamento de mais sequências de estímulo- resposta, o que acaba por resultar no que Watson cunhou como hábito. Foi justamente com base nessa noção de hábito que os behavioristas estabeleceram a famosa frase-lema: aprender uma língua está relacionado à formação de um novo hábito. O salto qualitativo que Watson representa na teoria behaviorista pode ser sintetizado através das seguintes contribuições: a. Criação do termo para o estudo cientíco do comportamento humano: behaviorismo. b. Aplicação do modelo de condicionamento clássico para questões não apenas de ordem física, mas também de natureza emocional. c. Adaptação do modelo de condicionamento clássico e sua inserção no panorama educacional. d. Denição do termo hábito para o tipo de aprendizagem de ordem superior, uma aprendizagem mais complexa. e. Estabelecimento de uma proposta rigorosamente cientíca para a ciência psicológica ao circunscrever o campo de investigação da Psicologia fora de questões introspectivas. Na busca por uma teoria mais completa, que abrangesse as leis que governam o comportamento, foi desenvolvida uma nova perspectiva behaviorista, conhecida como behaviorismo radical, proposta por Burrhus Frederic Skinner. De acordo com Lefrançois (2017, p.96-109), a teoria de Skinner baseia-se em dois pressupostos fundamentais. Primeiro, ele acreditava que o comportamento humano segue certas leis. Segundo, ele começou seus estudos e os nalizou com a convicção de que as causas do comportamento estão fora da pessoa e podem ser observadas e estudadas. Portanto, a teoria de Skinner é o resultado da busca pelas leis que governam o comportamento, feita de forma objetiva, descritiva, e jamais de modo especulativo ou inferencial. A m de sistematizar sua proposta, Skinner especicou três aspectos: 1. A ocasião na qual a resposta ocorre. 2. A resposta em si. 3. As consequências do reforçamento. Desse modo, o psicólogo descreve seu sistema como algo que envolve a análise experimental do comportamento. Sendo, portanto, um analista experimental, ele lida com dois tipos de variável: Independentes: fatores que podem ser manipulados direta e experimentalmente, como o reforçamento. Dependentes: características do comportamento concreto, como o padrão de respostas. As variáveis dependentes não são manipuladas pelo pesquisador, mas são afetadas pelas variáveis independentes. Desse modo, o objeto é descrever as leis que governam as relações entre variáveis dependentes e independentes. Feito isso, é possível ampliar e renar o controle sobre as variáveis dependentes, ou seja, torna-se possível controlar o comportamento. Na tentativa de explicar o comportamento, Skinner dispunha da ideia de condicionamento clássico, proposta por Ivan Pavlov e adequada cienticamente por John B. Watson. Embora Skinner expressasse sua admiração por Pavlov, discordava da ideia pavloniana básica de que o estudo dos reexos condicionados conseguiria explicar muitos dos mais importantes comportamentos humanos. Skinner acreditava que o condicionamento clássico poderia ser aplicado a uma variedade limitada de comportamentos de seres humanos e de animais, mais especicamente, que o condicionamento clássico explicaria somente a aquisição daqueles comportamentos cuja resposta inicial pode ser eliciada por um estímulo conhecido. A aprendizagem que ocorre resulta da associação desse estímulo a outro, em várias tentativas. Assim sendo, embora Skinner aceitasse que esse modelo clássico fosse correto para explicar alguns comportamentos, ele insistia que muitas respostas humanas não resultam de estímulos óbvios. Além disso, segundo ele, os estímulos, observáveis ou não, nem sempre são importantes para uma explicação precisa e útil da aprendizagem. É nesse ponto que Skinner encontra a brecha para fundamentar sua metodologia e proposta behaviorista. Skinner armava que os reexos, condicionados ou não, estão relacionados principalmente com a siologia interna do organismo. No entanto, mais frequentemente, estamos interessados no comportamento que tem algum efeito sobre o mundo ao redor. Portanto, Skinner deniu que as respostas eliciadas por um estímulo são classicadas como respondentes. Além disso, as respostas simplesmente emitidas por um organismosão chamadas de operantes. No caso do comportamento respondente, o organismo reage ao ambiente, ao passo que no comportamento operante, age no ambiente. Apresentada de forma simples, a explicação sobre o condicionamento operante diz que, quando um reforçador ocorre depois de uma resposta – independentemente das condições que possam ter levado à resposta – o resultado será um aumento na probabilidade de que essa resposta ocorra de novo sob circunstâncias similares. Além disso, a explicação arma que as circunstâncias que cercam o reforçamento podem servir como um estímulo discriminativocaracterizador, que pode vir a ter controle sobre a resposta. Skinner dene os seguintes elementos para o seu sistema da seguinte forma: 1. Reforçamento positivo: ocorre quando as consequências do comportamento, ao serem adicionadas a uma situação, após uma resposta, aumentam a probabilidade da ocorrência de essa resposta acontecer de novo em circunstâncias similares. Ou seja, esse tipo de reforçamento traduz a ideia de uma recompensa, fator que acaba favorecendo mais ocorrências de uma resposta. 2. Reforçamento negativo: envolve uma resposta que resulta na eliminação ou prevenção de um resultado desagradável. Ocorre quando a probabilidade de uma resposta ocorrer aumenta como função de algo que foi retirado de uma situação, ou seja, o reforçamento negativo é parecido com o alívio. 3. 3. Punição: elemento que tem como nalidade atuar como um supressor ou enfraquecedor de um comportamento. Há dois tipos de punição, cada qual funcionando como o contrário de um tipo reforçador. Um deles é o tipo de punição que acontece quando uma recompensa é removida, o que chamamos de punição positiva ou penalidade. A outra, representa o tipo de punição que evita o alívio, também chamada de punição negativa ou castigo. Choose the WRONG alternative in relation to analogy and Behaviorism The major principle of the behaviorist theory rests on the analyses of human behavior in observable stimulus-response interaction and association. By forming sentences by analogy, children would produce grammatically perfect sentences. Children learn language based on behaviorist reinforcement principles by associating words with meanings. Behaviorism suggests that children use the phrases and sentences they hear, as models to form new ones. Language development occur by means of environmental influence. Explicação: By forming sentences by analogy, children would produce grammatically perfect sentences. The acquisition of language is doubtless the greatest intellectual feat any children is ever required to perform. Nonetheless, they manage to develop their communication system brilliantly. Which alternative below DOES NOT confirm the previous statement Children are able to extract the complex system of rules from the language they hear around them, quickly and effortlessly. Children accomplish the phenomenal task of reinventing the grammar of his/her parents. Adults do not deliberately teach specific grammar rules to a child, such as how to inflect a verb, how to form plurals, how to use pronouns, for example. Everyone who has raised a child or has somehow observed the development of a child¿s ability to communicate, is a mechanical accomplishment based on artificial devices. No one teaches children any semantic, syntactic, morphological or phonological rules. (WEEDWOOD, Bárbara. História concisa da linguística. São Paulo: Parábola, 2008.) ► A imagem acima consiste na representação de dois pontos de vista importantes no campo dos estudos linguísticos. Quais são eles? Linguística Histórica e Linguística Estrutural Congnitivismo e Inatismo Macrolinguística e Microlinguística Behaviorismo e Cognitivismo Sincronia e Diacronia Explicação: O recorte proporcionado pela microlinguística toma por objeto a língua em si mesma, ou seja, busca uma análise científica nos elementos estruturais do sistema linguístico, quais sejam: fonética/fonologia, morfologia, sintaxe, lexicologia e semântica. O olhar operado pela macrolinguística vai além do sistema linguístico, dialogando com outros aspectos relacionados ao fenômeno da linguagem, por exemplo: sua função social, a maneira como são adquiridas, mecanismos psicológicos, função literária etc. Leia o trecho a seguir: "Provavelmente, a maior contribuição de Skinner para a compreensão do comportamento humano seja a sua descrição dos efeitos do reforçamento sobre a resposta. Sua teoria foi aplicada diretamente em muitas áreas, principalmente no desenvolvimento de programas educacionais. E é nesse ponto que a teoria ganha seu peso na aprendizagem de línguas: se o ser humano aprende através de um mecanismos de estímulos, respostas e reforçamento, aprender uma língua significa, consequentemente, enfatizar (ou reforçar positivamente) a criação de bons hábitos, ou seja, aqueles que contribuem para o sucesso na aprendizagem e, eliminar (ou reforçar negativamente, aplicar penalidades e punições) os maus hábitos, isto é, aqueles que contribuem para o insucesso na aprendizagem". ► Com base no texto acima, o reforçamento que "ocorre quando as consequências do comportamento, ao serem adicionadas a uma situação, após uma resposta, aumentam a probabilidade da ocorrência de essa resposta acontecer de novo, em circunstâncias similares" é definido como: Punição Resposta Reforçamento positivo Reforçamento negativo Estímulo Explicação: O reforçamento positivo ocorre quando as consequências do comportamento, ao serem adicionadas a uma situação, após uma resposta, aumentam a probabilidade da ocorrência de essa resposta acontecer de novo, em circunstâncias similares. Ou seja, esse tipo de reforçamento traduz a ideia de uma recompensa, fator que acaba favorecendo mais ocorrências de uma resposta Which of the following comments is adequate as far as language acquisition is concerned? Imitation of speech occurs since childhood until adolescence.. Imitation is involved in the process of acquisition to a certain extent, but it¿s definitely not the most important mechanism. Imitation is a device which is still necessary in adulthood when grown-ups run into words they have never seen before. Imitation is crucial in language acquisition mainly when it involves teenagers. Imitation is a strategy has proved to be inefficient as far as language acquisition is concerned. The most significant Theories Of Language Acquisition are Creativity and Innatism Behaviorism and Perfectionism Criticism and Innatism Behaviorism and Innatism Behaviorism and Imitation "O behaviorismo é o estudo científico do comportamento humano. Seu objetivo é oferecer condições para prever e controlar os seres humanos: numa dada situação, dizer o que o ser humano fará; e quando o homem estiver em ação, ser capaz de dizer por que ele está reagindo daquela maneira". ► O termo "Behaviorismo" foi proposto pelo seguinte teórico: Burrhus Frederic Skinner John Broadus Watson Ivan Petrovich Pavlov Platão Aristóteles Explicação: Em seu ponto de vista, Watson afirmava que a maioria dos seguidores da psicologia acreditava que esse ramo do conhecimento era um estudo da ciência dos fenômenos da consciência, o que para ele significava um grande equívoco e causa de descobertas significativas não terem acontecido em psicologia. É por esse motivo que ele propôs que a matéria-prima da psicologia humana deveria ser o comportamento humano e, afim de que ela se tornasse uma ciência, era imperioso que ela fosse objetiva e que se preocupasse apenas com o comportamento concreto, e não com aspectos mentais, tais como pensamentos e emoções. Uma vez que o termo comportamento constituía o elemento-chave de suaproposta, ele cunhou o termo behaviorismo. Leia o trecho a seguir: "De maneira genérica, as teorias sobre a aprendizagem podem ser organizadas em duas vertentes. A primeira compreende as teorias que tentam explicar a aprendizagem a partir de comportamentos diretamente observáveis; a segunda, abrange aquelas que buscam explicar a aprendizagem levando em consideração os processos mentais superiores. O primeiro grupo congrega os defensores da teoria behaviorista". Considere a seguinte lista de premissas: I) Os conhecimentos são adquiridos através das experiências vividas. II) A aprendizagem ocorre através de respostas bem-sucedidas a determinados estímulos do meio. III) A repetição das respostas associadas aos estímulos é fundamental para essa aprendizagem. IV) A aprendizagem atual se baseia na aprendizagem anterior. V) Em termos de aprendizagem de línguas (maternas ou estrangeiras), o processo seria também feito através de respostas e estímulos. ► Da lista de premissas acima, aquelas que dialogam com a proposta behaviorista são: II - III - IV - V I - II - III - V I - II - III - IV - V I - II - IV - V I - III - IV - V AULA 04 Teorias cognitivas: Como é de conhecimento geral, a psicologia cognitiva está interessada principalmente nos processos mentais superiores, com destaque para percepção, formação de conceitos, memória, linguagem, pensamento, solução de problemas e tomada de decisão. Neste sentido, a metáfora que serve de ponto de apoio para a fundamentação dessa perspectiva é a do processamento de informação, ou seja, o modo como a informação é modicada ou alterada. A ênfase recai sobre processos perceptuais e conceituais que permitem a identicação de como o agente atua, que fundamentam pensamento, memorização, resolução de problemas etc. A característica mais importante dos tópicos da psicologia cognitiva é que eles pressupõem representação mental e processamento de informação. Consequentemente, a construção das teorias no desenvolvimento da psicologia cognitiva tomou a forma de metáforas relacionadas à natureza da representação mental e aos processos envolvidos na construção e no uso dessas representações. Uma das metáforas mais conhecidas diz respeito à associação da mente humana com um computador. As principais crenças das teorias cognitivistas são: A aprendizagem atual se baseia na aprendizagem anterior. A aprendizagem envolve processamento de informações O signicado depende de relações entre conceitos. Tese inatista e a proposta gerativista: Sabemos que a tese inatista postula que a estrutura da linguagem estaria inscrita no patrimônio cromossomático da natureza humana e seria ativada pelo meio, depois do nascimento. Por conseguinte, esse processo de ativação constitui a aquisição da linguagem. Nessa perspectiva, a linguagem aparece como uma aptidão característica da espécie humana, inscrita em sua estrutura biológico-genética. Assim, no ponto de vista do ensino de línguas, postular o inatismo da estrutura da língua tem uma importância de primeira ordem, pois a aquisição de uma língua não é mais encarada como a montagem articial de um comportamento estranho ao homem (teoria behaviorista), mas como o desenvolvimento de uma aptidão inscrita em sua natureza. Noam Chomsky, linguista norte-americano, fez uso dessa tese para desenvolver sua proposta teórica no campo da linguagem, conhecida como paradigma gerativista, gramática gerativa ou simplesmente gerativismo. Historicamente, a proposta gerativista foi inicialmente formulada como uma espécie de reação e rejeição ao modelo behaviorista de descrição dos fatos da linguagem, modelo dominante durante toda a primeira metade do século XX. É de suma importância frisarmos o fato que cada indivíduo humano sempre age criativamente no uso da linguagem, isto é, a todo momento, os seres humanos constroem frases novas e inéditas, jamais ditas anteriormente pelo próprio falante que as produziu ou por qualquer outro indivíduo. Assim, entendemos que todos os falantes são criativos, desde os analfabetos até os autores dos clássicos da literatura, uma vez que todos criam innitamente novas frases, das mais simples às mais elaboradas e eruditas. Do ponto de vista inatista, a aquisição da língua pode ser vista como a transição de um estado da mente para outro: Estado cognitivo inicial Estado da mente no nascimento Estado estável Conhecimento nativo de uma língua natural Por conseguinte, o estado cognitivo inicial, longe de ser a tabula rasa dos modelos empíricos (behavioristas), já é um sistema magnicamente estruturado. A teoria do estado cognitivo inicial é chamada de gramática universal. A teoria de um estado estável particular é uma gramática particular (gramática da língua adquirida). Assim, a aquisição do conhecimento tácito de francês, italiano ou chinês, por exemplo, torna- se possível por meio do componente mente-cérebro que é explicitamente modelado pela gramática universal, em interação com uma trajetória especíca de experiência linguística. A gramática universal expressa os universais biologicamente necessários, as propriedades que são universais porque são determinadas por nossa faculdade inata de linguagem, um componente do patrimônio biológico único da espécie humana. Embora a teoria inatista tenha causado uma revolução nos estudos da linguagem, há um fator essencial em que ela se apoia: a interação com uma trajetória especíca de experiência linguística. Isso implica duas questões fundamentais: Processo de desenvolvimento cognitivo Questão descrita na visão conhecida como posição desenvolvimentocognitiva, cujo principal representante é Jean Piaget Necessidade de interação social Questão que pode ser investigada a partir da teoria sociocognitiva, embasada nas contribuições de Lev Vygotsky Teoria desenvolvimento-cognitiva de Jean Piaget O sistema cognitivista proposto por Piaget, além de apresentar uma preocupação recorrente com a representação mental, também é visto como uma teoria desenvolvimentalista, pois volta-se aos processos pelos quais as crianças alcançam compreensão progressivamente mais avançada do seu ambiente e de si próprias. Nesse sentido, a linha de pensamento proposta pelo psicólogo suíço toma como premissas duas questões: 1. O desenvolvimento humano é um processo de adaptação; 2. A mais elevada forma de adaptação humana é a cognição (ou conhecimento) Com base nessas questões, vemos que a orientação teórica de Piaget é claramente biológica e evolucionária, bem como cognitivista, pois ele estuda o desenvolvimento da mente (busca cognitiva) no contexto de adaptação biológica. Portanto, o recém-nascido é, de muitas maneiras, um organismo enormemente indefeso, que não sabe que o mundo é real, ignora causas e efeitos, não possui nenhuma ideia armazenada com a qual raciocinar e não tem capacidade de apresentar comportamentos intencionais. Tudo de que dispõe são uns poucos reexos simples, além de uma incrível capacidade de se adaptar. Em termos metafóricos, os recém-nascidos são como pequenas máquinas sensoriais, que parecem naturalmente predispostas a adquirir e processar uma grande quantidade de informação Eles buscam a estimulação exterior e respondem a ela de forma contínua. Como resultado, os reexos simples dos bebês, tais como segurar, alcançar e agarrar, tornam-se mais complexos, mais coordenados e mais propositais. O processo pelo qual isso ocorre foi denido por Piaget como adaptação. Além disso, para responder à primeira das questões propostas (i.e., quais são as propriedades dos organismos que lhes permitem sobreviver?), Piaget propõe os termos assimilação e acomodação como os processos que tornam possível a adaptação. A assimilação envolve responder a situações usando atividades ou conhecimentos já aprendidos, ou que estão presentes no nascimento. Por exemplo, um bebê nasce coma capacidade de sugar, o que na perspectiva piagetiana corresponde a um esquema de sucção. Por denição, um esquema é um comportamento que tem estruturas neurológicas relacionadas a ele. Assim, na teoria de Piaget, qualquer atividade distinta pode ser chamada de esquema. Por conseguinte, há esquemas de olhar, esquemas de falar, esquemas evidentes na capacidade da criança de somar e assim por diante. Objetos ou situações são assimilados a um esquema quando se pode responder a eles usando o conhecimento prévio. Portanto, o esquema de sugar permite ao bebê assimilar o mamilo ao comportamento de sugar. De forma análoga, uma criança que aprendeu as regras de adição, pode assimilar um problema como 1 + 1. Frequentemente, a criança compreende o mundo de forma inadequada. O esquema de sugar do recém-nascido funciona para os mamilos, mas não é muito efetivo para dedos ou chupetas. Da mesma forma, os pré-escolares compreendem que números podem ser contados nos dedos, mas isso não será suciente para os estágios mais avançados nos estudos matemáticos. Consequentemente, a m de que haja progresso no desenvolvimento, é imperioso que mudanças aconteçam na informação e no comportamento. Essas mudanças denem o que Piaget teoriza como acomodação De forma resumida, podemos dizer que a assimilação implica reagir com base em aprendizagem e compreensão prévias. Já a acomodação implica mudança na compreensão. E é exatamente essa interação entre assimilação e acomodação que leva à adaptação. Por m, é fundamental que se tenha um balanço entre a assimilação e a acomodação, isto é, um equilíbrio: se há muita assimilação, não há nova aprendizagem e, se há muita acomodação (ou seja, mudança), o comportamento torna-se caótico. É por esse motivo que esse balanço adequado é chamado de equilibração dentro do sistema de Piaget. A teoria desenvolvimento-cognitiva de Piaget entende que o desenvolvimento infantil progride ao longo de uma série de estágios, caracterizados pelo desenvolvimento de novas capacidades. Cada estágio consiste em um nível mais avançado de adaptação. Ele descreve quatro estágios principais e alguns subestágios ao longo dos quais as crianças progridem no seu desenvolvimento, conforme a tabela a seguir nos orienta. ESTÁGIO PERÍODO 1) Sensório-motor Do nascimento aos 2 anos 2) Pré-operacional . Preconceitual . Intuitivo Dos 2 aos 7 anos Dos 2 aos 4 anos Dos 4 aos 7 anos 3) Operações concretas Dos 7 aos 11 ou 12 anos 4) Operações formais Dos 11 aos 12 anos ou dos 14 aos 15 anos Características comportamentais dos estágios de desenvolvimento infantil As características mais marcantes do comportamento infantil nos dois primeiros anos de vida são aquelas relacionadas à ausência da linguagem e da representação interna. É por esse motivo que o mundo da criança nesse período costuma ser denido como o mundo do aqui e agora, ou seja, os objetos apenas existem quando a criança os sente concretamente e faz coisas com eles, o que explica a classicação rotular de inteligência sensório-motora. Portanto, nesse estágio, quando os objetos não são sentidos, eles deixam de existir, uma vez que os bebês ainda não adquiriram o conceito de objeto, ou seja, a capacidade de se dar conta da permanência dos objetos. O estágio de pensamento pré-operacional marca uma acentuada melhora no sempre crescente entendimento da criança sobre o mundo. Entretanto, em comparação à compreensão do adulto, o pensamento pré-operacional exibe sérias insuciências. Costuma-se dividir esse estágio em duas subcategorias: o preconceitual e o intuitivo. O estágio do pensamento preconceitual é caracterizado pela incapacidade de a criança compreender muitas das propriedades das classes, isto é, a criança apresenta diculdades em diferenciar objetos. Dito de outra maneira: a criança preconceitual adquiriu a capacidade de representar objetos internamente (ou seja, no âmbito mental) e de identicá-los com base na sua inclusão em classes, mas agora reage a todos os objetos semelhantes como se eles fossem idênticos. Outra característica comum dessa etapa diz respeito a um tipo de raciocínio conhecido como transdutivo. Trata-se de um tipo falso de lógica que envolve fazer inferências de um objeto especíco para outro. A criança que raciocina “meu cachorro tem pelo e aquela coisa tem pelo; portanto, aquela coisa é um cachorro” está desenvolvendo o raciocínio transdutivo. Entretanto, quando as crianças chegam aos quatro anos de idade, já atingiram uma compreensão mais completa dos conceitos e não raciocinam mais de modo transdutivo, uma vez que seu pensamento se tornou mais lógico, embora ainda seja governado mais pela percepção do que pela lógica. Na verdade, o papel desempenhado pela percepção no estágio do pensamento intuitivo é, provavelmente, a característica mais notável desse período: as crianças são facilmente enganadas pela aparência (percepção), bem como pela falta de capacidades lógicas especícas. Considere que dois recipientes cilíndricos de vidro com água no mesmo nível foram apresentados a um grupo de crianças. Ao pegarmos o conteúdo de um recipiente e o colocarmos no tubo de vidro mais alto, as crianças certamente irão achar que o vidro de mais alto possui mais água, embora o volume seja o mesmo. Os estágios preconceitual e intuitivo são preparatórios para um nível mais avançado, o de operações. É por esse motivo que eles também são conhecidos como pré-operacionais. Por volta dos sete anos de idade, as crianças fazem uma transição importante: saem de um estágio dominado pela percepção para um tipo de pensamento mais regulado por regras, classicado como operações concretas. É exatamente nessa etapa que se dá a assimilação das propriedades de conservação dos objetos. Por conservação, entende-se a compreensão de que certos atributos quantitativos dos objetos não se alteram, a menos que se adicione ou que se tire algo deles. Portanto, é nessa etapa que as crianças conseguem responder adequadamente ao problema do volume de água proposto anteriormente. Agora, elas são capazes de entender que a mudança de recipiente não interferiu no volume total de água. Por m, as operações formais representam alguns avanços signicativos em relação às operações concretas. Esse último estágio na evolução do pensamento é marcado pelo aparecimento, no comportamento, do que é conhecido como pensamento proposicional, o pensamento que não ca restrito à consideração do concreto ou do potencialmente real. Ao contrário, lida com o domínio do hipotético. Assim, as crianças podem raciocinar do real para o meramente possível, ou do possível para o real nesse estágio. Elas são capazes de comparar estados de coisas hipotéticos com estados reais ou vice-versa. Características comportamentais dos estágios de desenvolvimento infantil As características mais marcantes do comportamento infantil nos dois primeiros anos de vida são aquelas relacionadas à ausência da linguagem e da representação interna. É por esse motivo que o mundo da criança nesse período costuma ser denido como o mundo do aqui e agora, ou seja, os objetos apenas existem quando a criança os sente concretamente e faz coisas com eles, o que explica a classicação rotular de inteligência sensório-motora. Portanto, nesse estágio, quando os objetos não são sentidos, eles deixam de existir, uma vez que os bebês ainda não adquiriram o conceito de objeto, ou seja, a capacidade de se dar conta da permanência dos objetos. O estágio de pensamento pré-operacional marca uma acentuada melhora no sempre crescente entendimento da criança sobre o mundo. Entretanto, em comparação à compreensão do adulto, o pensamento pré-operacional exibe sérias insuciências. Costuma-se dividir esse estágio em duas subcategorias: o preconceitual e o intuitivo. O estágio do pensamento preconceitual é caracterizado pela incapacidade de a criança compreender
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