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RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

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RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM
BENITTI, Vera Klaus¹
RU2593047
. BECKER, ThianaMaria²
RESUMO
O presente trabalho trata da relação entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem. Busca responder à seguinte questão:Como se dão as relações entre professor e alunos em sala de aula no Ensino Fundamental I de uma escola pública municipal de Tapurah - MT, e de que forma estas relações interferem no processo ensino aprendizagem. Tem como objetivo geral analisar em que medida, as diferentes formas de relacionamento vivenciadas no espaço da sala de aulainterferemno processo de ensino aprendizagem. Especificamente pretende verificar de que forma a metodologia de ensino adotada influencia na relação professor e aluno em sua aprendizagem,destacando aspectos relevantes que demostrem a importância do relacionamento professor aluno no referido processo. A pesquisa foi qualitativa,e utilizou como método de coleta de dados a observação. Os resultados revelam que o modo como se dá a relação professor aluno interfere no aprendizado dosdiscentes, seja na prática avaliativa, nos métodos utilizados e na interação com os alunos na sala aula. Toma este relacionamento como um desafio para o educador pós-moderno cuja ação pressupõe, nesses novos tempos, uma ação que revele seu interesse pelo crescimento dos alunos, criando assim um ambiente mais agradável e propício para a aprendizagem. 
Palavras-chaves: Relação professor-aluno.Interação. Metodologia.Ensino aprendizagem. 
1. INTRODUÇÃO
A relação entre o professor e os alunos tem sido uma das principais preocupações das escolas no contexto atual em que muito se fala das dificuldades dos professores em ministrar suas aulas e dos alunos em aprender. Na prática educativa, o que se observa é que, por não se dar o devido valor a essa temática, muitas ações desenvolvidas no cotidiano escolar tornam-se um fracasso. Nesse trabalho procura-se refletir sobre esse assunto, considerando a relevância de alguns aspectos que caracterizam a escola.
A relação professor aluno é um assunto abordado por muitos autores na área educacional, dentre eles destacamos:Libâneo (1994); Masetto (1994); Haydt (1995); Cunha (1995); Lopes (1996); Freire (1996) Morales (1999); e muitos outros. Essa temática tem sido objeto de estudo nos cursos de pedagogia,letras, mas pouco destaque tem se dado a ela nas demais licenciaturas em prejuízo ao processo ensino aprendizagem.
Sabemos que pesquisar nos conduz a questionar sobre nossa própria constituição como profissionais da educação. É pela pesquisa que podemos refletir sobre a forma de ensinar e aprender no ambiente escolar e sobre as relações humanas que se estabelecem nesse processo.
A relação professor-aluno está relacionada com a forma como o professor cria vínculo com seus alunos, buscando melhorar o trabalho de ensino-aprendizagem no contexto escolar. O interesse por esse assunto surgiu, por perceber a importância desta relação tanto para o trabalho docente quanto para o aprendizado do aluno. Isso resulta em optar por desenvolver, no trabalho de conclusão de curso - TCC, uma pesquisa que abordasse esta relação, para poder estudar e aprofundar melhor nesta questão.
Este trabalho buscou refletir sobre a importância da relação entre professor e alunos para o processo de aprendizagem de alguns alunos da Educação Infantil. A coleta de dados foi norteada pela seguinte questão de pesquisa: Como se dão asrelações entre professor e alunos no espaço da sala de aula e de que forma estas relações interferem no processo ensino aprendizagem.
O objetivo geral é analisar como se dá o relacionamento entre professores e aluno no processo de ensino aprendizagem e, em que medida, as diferentes formas de relacionamento interferem no processo ensino aprendizagem.
Como objetivo específico estabeleceu-se: identificar e refletir acerca das relações que se estabelecem entre professor e o aluno no espaço da sala de aula; buscar dados para compreender a importância da interação entre professor e aluno no processo ensino aprendizagem e verificar a percepção dos alunos sobre as interferências da relação professor aluno em sua aprendizagem.
Este trabalho de pesquisa está organizado em trêsmomentos. No primeiro momento apresenta-se um breve relato histórico da educaçãobrasileira desde os jesuítas até os dias de hoje, com intuito de mostrar como se deu, ao longo de nossa história, a relação entre o educador e o educando em diferentes momentos históricos e de que forma isso interferiu no processo ensino-aprendizagem. 
No segundo momento faz-se uma discussão acerca da relação professor aluno e o trabalho pedagógico na sala de aula tomando como referência estudos publicados sobre o assunto que mostram como o professor deve realizar seu papel de mediador entre os alunos e o conhecimento de modo a contribuir para o desenvolvimento do aluno em sua aprendizagem.
No terceiro momento, apresentam-se os dados coletados e uma análise fundamentada em alguns autores que contribuíram para a discussão, buscando compreender e identificar se o relacionamento entre professor e os alunos das turmas observadas tem interferido no processo ensino aprendizagem. Ao final tecemos nossas considerações acerca do estudo desenvolvido.
2. BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA.
Para estudar-se a temática proposta é importante fazer uma retomada de como iniciou o processo de escolarização no Brasil. Essa retomada ajuda a entender como as relações entre professor e aluno se configurou em diferentes momentos da nossa história tendo como pano de fundo os métodos de ensino adotados pelos professores.
Dos jesuítas ao final do século XX
O primeiro modelo educacional que se teve no Brasil foi aquele proposto pelos Jesuítas com início em 1549, e que é denominado período Jesuítico. Os jesuítas foram enviados ao Brasil para catequizar os povos indígenas que viviam nessa terra e eram vistos como selvagens. O objetivo dessa missão era levar a esses povos a “civilização”, que tinha como base a pregação através da palavra de Deus. Segundo Teixeira Soares (1961, p.142), a Companhia de Jesus surgiu como “uma explosão de pensamento religioso transvertido ao campo das atividades práticas. Refazer o homem, infundir o espírito novo, com finalidades sociais e religiosas, foi a ação de ordem dos Jesuítas”. Assim, criou-se nas aldeias um modelo de escola onde catequizavam os índios. 
Eles chegaram aos meadosdo século XVI, com a convicção do primado da fé, que era defendido pela igreja católica e a coroa portuguesa visando um interesse tanto político quanto religioso. Para Hilsdorf (2003), o período de permanência dos Jesuítas no Brasil teve dois objetivos, sendo o primeiro deles o da missão, em que a igreja tem um processo missionário de estar enviando religiosos para converter novos cristãos, e o segundo o da colonização, com interesses econômicos e caráter invasor.
Na realidade, a união da igreja com a coroa tinha um único objetivo: os padres jesuítas civilizavam e educavam os nativos, fazendo com que os eles se transformassem em instrumentos que trouxessem mais riquezas para o Império, através da força de trabalho.As primeiras escolas foram fundadas para atender os filhos dos donos de terras e, também, os índios. Os escravos, os pobres e as mulheres não tinham vez nesse ensino por seremconsideradas pessoas inferiores que não possuíam riquezas nem direitos.
Hilsdorf (2003) entende que o papel dos Jesuítas foi crucial para o aparecimento dos futuros colégios, que seriam o berço da futura organização escolar que se constituiu no Brasil. Essa educação escolar proposta pelos Jesuítas se afirmoupor etapas. Inicialmente, num período denominado “heróico”, os padres usavam formas eestratégias por meio das doutrinas da igreja para educar os “rebeldes”. (HILSDORF, 2003 p. 7).
Porém, mais tarde os Jesuítas começaram a perceber que essa forma de “civilizar” os índios não estava dando certo, pois eles começaram a se rebelar. Sendo assim, foi necessária uma nova proposta iniciada peloPadre Nóbrega, com o consentimento da coroa portuguesa: ao invés de aculturar aos adultos, começaram a recolher as crianças dando uma forma mais institucionalizada ao ensino onde essas crianças passaram a participar de várias atividades, como aulas de canto, tocar instrumentos, ler, escrever, além de catecismo de doutrinas cristãs, ensino profissional artesanal e agrícola.
Percebe-se que a relação dos jesuítas com seus alunos nesse período eramvoltados à igreja e ao poder político. Aposição do professor era a de repassar conhecimento e disciplinar os alunos, pois assim seriam transformados em bons cristãos e ao mesmo tempo súditos submissos à autoridade do governo, no caso do rei. Sua metodologia de trabalho era direcionada pelo poder político da época (CARDOSO, 2004).
O segundo momento histórico representado pela educação Jesuíta, foi o período denominado por Hilsdorf (2003) como a consolidação. Nessa etapa, foram instaurados colégios nas colônias pelos padres Jesuítas com objetivo de educar os meninos brancos, em troca disso a coroa mantinha economicamente a ação dos missionários. O ensino secundário desses colégios tinha um programa de atividades proposto nos modelos da Ratio Studiorum, era composto por aulas de gramática, retórica e filosofia, o curso tinha duração de oito anos. 
Nesse período de consolidação, percebe-se que os Jesuítasvão deixando de lado o caráter missionário, estabelecendo a partir de então uma visão de cunho pedagógico, educacional e cultural. A expulsão dos jesuítas por Marquês de Pombal em meados de século XVIInão promoveu mudanças importantes no cenário educacional principalmente porque os professores da época haviam sido educados pelos jesuítas. 
No período do Império que começou em 1822 houve muitas tentativas de trazer as novidades da Europa para a educação do Brasil, mas houve pouca mudança. Os métodos adotados pelos jesuítas mantiveram sua força. A relação do professor com os seus alunos na aprendizagem, nesse período, continuava ligada à repetição e memorização dos conteúdos apresentados. Pois, o trabalho do professor era realizado sem nenhuma base teórica, relacionado exclusivamente à sua prática e de sua responsabilidade.(Histórias e Memórias da Educação no Brasil, Volume II, 2004, p.35). 
Após a promulgação do “Ato Adicional” de 1834, a constituição primária passa a ser de responsabilidade das províncias quetendem a adotar, para a formação de professores,a criação de escolas normais, onde os professores devem dominar os conteúdos que transmitem às crianças. (TANURI, 2000, p. 63).
Diante do anunciado fracasso da escola ao longo de todo o período mencionado e embalado pelas novas descobertas científicas, o início do século XX traz uma novidade: o método Intuitivo, que é definido por Valdemarin (1998, p. 65) como “[...] um instrumento pedagógico capaz de reverter a situação”. Esse método partia da ideia do desenvolvimento da capacidade de observação dos alunos.
Nesse novo método novos materiais didáticos foram produzidos, entre eles destacam-se peças do mobiliário escolar, quadro negro, mapas e caixas diversas contendo peças e cores diferenciadas, onde os alunos partiriam da visão intuitiva buscando a compreensão geral das coisas. Os professores passaram então a receber manuais destinados a orientar sua prática pedagógica. (VALDEMARIN, 1998).
Este novo método deu início a muitas mudanças principalmente na estrutura das escolas e também deu início a uma lenta mudança no modo de conceber a educação embora os professores continuassem a seguir as orientações didáticas oficiais através dos manuais. 
A década de sessenta traz consigo o regime militar e, com ele, a utilização da escola como espaço de consolidação das ideologias dos militares. A escola passou a ser utilizada para os interesses militares. A relação entre os professores e alunos era marcada pela obediência de ambos às determinações do governo. Conforme nos diz Saviani (1999, p.25) nesta fase da educação brasileira era o processo que definia o que professores e alunos deviam fazer, e também quando e como o fariam. Quem não seguia as regras era punido severamente. 
Pelo que vimos na história da educação no período mencionado podemos observar que os professores,ao longo do tempo,na perspectiva dos governantes tiveram aincumbência de“domesticar” e transferir conhecimentos para seus discípulos. De acordo com Gadotti (2004) a metodologia de trabalho adotadapelos professores era direcionada pelo poder político da época.Com isso o ensinamento, foi associado à autoridade, onde o professor era o centro da atividade educacional. Essa autoridade vinha atrelada ao poder político, pois era submetida a uma autoridade maior, direcionada pelo governo.
Percebe-se que nesse períodoo professorse relacionava com o aluno de uma forma autoritária,o seu ensino era direcionado à elite e o processo ensino-aprendizagem era excludente, pois, os alunos que não conseguiam aprender eram excluídos através da reprovação sumária. Os profissionais não usavam outros mecanismos para recuperar o aluno que não conseguiu aprender, estes eram simplesmente excluídos dos demais alunos. 
2.1 Educação na Atualidade
As diferentes tendências pedagógicas mostradas acima evidenciam que, no Brasil, até o final do século XX, a cada nova reforma proposta pelos órgãos oficiais procurava-se inovar a educação com filosofias e modelos que deveriam ser imitados pelas escolas e seus professores, sem com isso transformar o ambiente escolar num espaço democrático de construção de ideias. Enquanto isso, no âmbito não oficial, a partir da segunda guerra fortaleceu-se as ideias liberais e progressistas, abrindo caminhos para uma escola libertadora afim de transformar a sociedade. Nesse contexto temos que destacar a contribuição inegável de Paulo Freire e a necessidade de partir dele como um ponto de referência uma vez que ele foi um dos primeiros a elaborar a transição para um novo pensamento pedagógico crítico e radical.
Paulo Freire, no final do século XX, contribuiu para um pensamento pedagógico novo, ousado, crítico e radical. A ele devemos o mérito de ser um dos primeiros a promover uma mudança no pensamento pedagógico. Freire (1967) coloca a educação como uma valiosa possibilidade das massas populares desenvolverem o conceito de consciência crítica e promover uma participação ativa na sociedade. Sua proposta estava voltada ao diálogo, partindo da realidade do educando, de suas experiências e conhecimento, pois, para Freire, isso possibilitaria a construção de um conhecimento novo, uma formação de uma cultura voltada aos interesses dos trabalhadores e não das elites. Partindo das ideiasde Freire constatamos que a transformação só acontece se houver um relacionamento entre o professor e os alunos cujo alicerce esteja no diálogo afim de contribuir satisfatoriamente para o processo ensino-aprendizagem. O diálogo é, portanto, um elemento fundamental na relação professor aluno.
2.2 A relação professor-aluno no cotidiano escolar.
Nesse momento pretende-se identificar como a relação entre professor e aluno se estabelecetomando como referência as teorias de Paulo Freire. Diante das leituras feitas sobre essa temática, partiremos do pressuposto de que a relação entre professor e aluno se dá a partir da interação e da mediação.
De acordo com as abordagens de Paulo Freire, percebe-se uma forte valorização do diálogo como um instrumento importante na constituição dos sujeitos. No entanto, esse autor defende que só é possível uma boa relação entre professor e aluno se ambos acreditarem no diálogo como um fenômeno humano capaz de mobilizar, refletir e agir. Segundo Freire:
[...], o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar idéias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca de idéias a serem consumidas pelos permutantes. (FREIRE, 2005, p. 91).
Se o professor compreender o diálogo como umaferramenta necessária para suas aulas ministradas, suas conquistas em relação aos alunos serão detransformação a partir de sua realidade. Pois, quando o professor atua nessa perspectiva, ele não é visto como um mero transmissor de conhecimento e sim como um mediador, capaz de articular as experiências do aluno com a realidade que gira ao seu redor.Para que ocorra essa interação através do diálogo o professor deve ter uma afetividadecom o aluno.
De acordo com Porto (2009) a interação estabelecida entre professores e alunos, por meio da afetividade e da cognição, exercem influências decisivas nas relações de aprendizagem. Por meio da interação professor-aluno, tanto os alunos quanto os professores, criamexpectativas que podem ser ou não harmoniosas. Desta forma, de acordo com o autor mencionado é importante que o professor desenvolva com os alunos a prática de incentivar, ouvir, ter olhos atentos e estar pronto para fazer intervenção sempre que necessário.
Assim, o professor passa a criar um vínculo afetivo que contribui para uma aprendizagem mais significativa, pois cada aluno aprende de maneira diferente e nem todos tem as mesmas habilidades.Para isso é necessário que o professor saiba interagir no seu trabalho pedagógico na sala de aula.
Relação professor e aluno em sala de aula
Um dos aspectos que se quer ressaltar nesse momento é a importânciada relação professor-aluno para o êxito de o trabalho educativona sala de aula. É importante destacar que não há como se realizar na escola uma educação adequada às necessidades dos alunos, sem o comprometimento ativo do professor no processo educativo. 
No período em que se realizou o estágio, pode-se constatar que muitos professores, ao realizar-se seu trabalho, ainda se baseiam-se no senso comum e buscam fundamentos para sua prática no ensino tradicional, acreditam que ser professor é apropriar-se de um conteúdo e apresentá-lo aos alunos em sala de aula e mandar os alunos copiarem explicações dos livros didáticos. Observa-se que ainda existem professores que estão alienados, relacionam-se de forma passiva com seus alunos mediante seu trabalho educacional.
Para mudar essa realidade é necessário uma nova relação entre os professorese os alunos, pois as relações que permeiam o bom andamento de ensino e aprender, no contexto escolar vai além do “passar” conteúdo e de “adquirir” de forma passiva o conhecimento. O bom professor, para o aluno, é aquele que tem conhecimento do que está trabalhando sobre o conteúdo e que organiza suas aulas de forma que eles se interessem e interajam. Por isso éde suma importância uma boa organização e planejamento das aulas, devendo ela ser planejada com antecedência, visando à motivação dos alunos para o aprendizado.
Segundo Morales (1999), a organização e planejamento das aulas também requer flexibilização por parte dos docentes.Aparecendo em muitos estudos como característicos dos professores mais bem avaliados está a capacidade desse professor se adaptar ao que acontece na sala de aula.
O ensino e a aprendizagem fazem parte de uma dinâmica dentro da sala de aula e são vários os fatores responsáveis por esse processo educativo. Dentre eles destacam-se os fatores afetivos, sociaise culturais que envolvem a condição de vida do educando, sua relação coma escola, sua percepção e compreensão do conhecimento a ser estudado.
Desse modo, professores e alunos são responsáveis pelo conjunto do processo de ensino aprendizagem. Pois o processo de ensino, no contexto escolar, não é uma ação individual, e sim coletiva que envolve a todos numa interação pessoal. Para Libâneo
A interação professor-alunos é um aspecto fundamental da organização da situação didática, tendo em vista alcançar os objetivos do processo de ensino: a transmissão e assimilação dos conhecimentos, hábitos e habilidades. Entretanto, esse não é o único fator determinante da organização do ensino, razão pela qual ele precisa ser estudado em conjunto com outros fatores, principalmente a forma de aula (atividade individual, atividade coletiva. Atividade em pequenos grupos, atividade fora da classe etc.). (LIBÂNEO,1994, p. 249).
De acordo com Lopes (1996) o trabalho pedagógico do professor deve considerar sua relação com o aluno, possibilitando uma aprendizagem mais prazerosa e eficaz levando em conta que esta relação é um passo importante para o diálogo dentro da sala de aula e, a escola deve oferecer condições para que o diálogo seja a base comum para o desenvolvimento do ensino, objetivando o ensino e o aprender. 
[...] Cabe ao professor o desafio de transformar sua prática pedagógica de modo a garantir um espaço de interação em que haja a possibilidade de participação e troca de todos os alunos, sem privilegiar apenas aqueles que se destacam nas iniciativas ou verbalizações. É fundamental nessa interação que o professor assuma ao papel de interlocutor mais experiente, contribuindo efetivamente para que todos os alunos indistintamente, consigam apropriar-se dos conhecimentos [...] (LOPES, 1996, p. 111).
Assim os alunos vão construindo o conhecimento como sujeitos históricos,já que a interação pessoal, no processo de ensino, torna o aprendizado mais motivador, pois partindo dos seus conhecimentos e interagindo com o conhecimento prévio dos alunos e experiência do professor vão sendo criadas condições para melhor compreensão do conteúdo. Em seu trabalho pedagógico o professor sempre será o mediador, desafiando os alunos na construção dos conhecimentos, para que possa ter uma interação e socialização dos conteúdos na elaboração de novos conceitos.
A motivação é um ponto que considera-se importante para a relação professor aluno na sala de aula, principalmente porque muitos alunos vão àescola obrigados pelos pais, mas acham a escola um lugar chato. Em vista disso, o professor deve criar situações que motivem seus alunos, mostrando a eles o quanto é interessante o trabalho que poderá ser realizado com o conteúdo e mostrando a importância que isso terá em sua vida. Acredita-se que a partir do momento que o aluno tenhauma boa relação com o professor, ele terá vínculo com a disciplina trabalhada tornando-a mais desejada.
A relação professor-aluno, que esta sendo discutindo, é aquela em que professores e alunos possam se comunicar e respeitar um ao outro em suas diferenças e opiniões. Ela não se dá na temática abordada com afetividade materna, e sim no meio profissional e pode fazer do trabalho educativo um ambiente de paz para o desenvolvimento dos conhecimentos. O papel do professor é destacado por Garrido (2006): 
[...] o papel de mediador do professor assume diferentes aspectos. É coordenador e problematizador nos momentos de diálogo em que os alunos organizam e tentam justificar suas idéias. Aproxima, cria pontes, coloca andaimes, estabelece analogias, semelhança ou diferenças entre a cultura “espontânea e informal do aluno, de um lado, e as teorias e as linguagens formalizadas da cultura elaborada, de outro, favorecendo o processo interior de ressignificação e retificação conceitual. Explicita os processos e procedimentos de construção do conhecimento em sala de aula, tornando- os menos misteriosos e mais compreensíveis para os alunos. Ao fazer os alunos pensarem, ao invés de pensar por eles, o professor está favorecendo autonomia intelectual do aluno [...]. (GARRIDO, 2006, p. 130).
Assim, a relação do professor com o aluno, estará favorecendo para um bom trabalho pedagógico no contexto da ação educativa.Segundo Haydt (1995), no processo de construção do conhecimento, o valor educativo da interação humana é ainda mais evidente, pois é por intermédio da relação professor-aluno que o conhecimento vai se construindo coletivamente. Essa relação deve estar pautada na confiança, afeto e respeito, pois não existe um papel mais importante do que o outro, os dois devem existir e coexistir para que ocorra o processo de ensino aprendizagem.
Portanto quando falamos do ensino e aprendizagem pensa-se em dois personagens sendo um o ensino que cabe prioritariamente ao professore o outro a aprendizagem que é prioritariamente do aluno, porém, temos que levar em consideração que se trata de um processo e quando se fala em processo, existe uma troca entre quem ensinae quem aprendee, nessa troca, obviamente o professor também estará aprendendo e o aluno vai ensinar, e isso deve ser levado em consideração no aspecto do diálogo sendo ele um instrumento importante na construção do conhecimento coletivo. Para isso o professor deve repensar em suas atitudesde como conduzir a sua aula para que o aluno consiga interagir.
Segundo Haydt (1995), p. 87 “[...] a atitude do professor, na sua interação com a classe e nas suas relações com os alunos em particular, depende da postura por ele adotada diante da vida e perante o seu fazer pedagógico”. 
Essa atitude entre professor e aluno deve ser verdadeira e permeada por valores comuns, e para que esses valores aconteçam é preciso que o professor, no início do ano letivo, utilize uma técnica de enquadrar o aluno,sem autoritarismo, sendo ela construída com base em regras e normas e todos devem participar dessa construção estabelecendo um núcleo comum de atitudes. E para que esse enquadramento aconteça é preciso levar em consideração que todos estejam engajados dentro do mesmo ambiente que é a sala de aula. Na medida em que o professor vai construindo normas e regras para todos inclusive para ele próprio com certeza estará construindo um núcleo de atitudes e procedimentosconstituindo um núcleo de ética para essa sala de aula. E cada aluno irá desenvolver seu crescimento pessoal, tanto no aspecto intelectual, quanto na descoberta de valores e na construção de uma cidadania, através da mediação do professor.
Diferente do modelo de aprendizagem tradicional, autoritária, na aprendizagem dialógica o educador não será o centro do processo esim um mediador para que os alunos desenvolvamatravés da sua relação, uma ação que lhes permita expor suas ideias e valores aprendidos. Sendo assim, o trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor contribui para alcançar seus objetivos propostos no processo de aprendizagem dos alunos. O bom professor procura a melhor forma do aluno se achegar ao aprendizado, partindo de uma metodologia que outrora não teria dado certo e passa criar outras, para que o aluno sinta-se empenhado e motivado na matéria e nos assuntos abordados.
Percebe-se que esse tema o qual esta sendo discutindo é complexo em sua totalidade, pois, para refletir sobre essa relação, é preciso entender que estabelecer boas relações entre professores e alunos não é uma tarefa fácil é um trabalho ardo, mas este é um dos fatores pelos quais devemos dar a devida atenção, para que possamos fazer um trabalho pedagógico diferente, dentro da sala de aula.
Para isso, o professor precisa ser um profissional capacitado; atuar como pesquisador; ter conhecimentos nas questões relevantes dos assuntos trabalhados; favorecero aprendizado ao aluno para que possa se sentir seguro em suas opiniões; respeitando as diferenças; ter uma relação com a realidade dos alunos; ser flexível; incentivar seus alunos e conhecer os alunos em todo o processo de aprendizagem buscando um resultado significativo para os mesmos. Sendo assim, a boa relação professor aluno passa a depender um do outro, porém, cabe o professor incentivar para que ocorra essa interação.
A relação professor-aluno é um tema que envolve vários aspectos ligados ao processo de ensino na escola em todas as modalidades. E cada modalidade seja ela a educação infantil, ensino fundamental ou médio, possui características específicas de cada realidade, e, destas características depende o modo como o professor irárealizar esse vínculo com o aluno, proporcionando um ensino ativo, participativo e satisfatório. 
Atualmente, o professor é visto como o mediador do saber uma vez que ele cria condição para que o aluno possa construir o conhecimento. O seu trabalho não pode se limitar aos conteúdos predeterminados, ele deve compreender as necessidades dos alunos permitindo um avanço no processo de aprender, com o seu papel desempenhado de fazer com que o educando tenha com o docente uma relação que motiva cada dia mais sua aprendizagem.
Freire (1996) aborda vários aspectos a respeito do fazer docente, entre eles aponta que o professordeve respeitar os saberes dos educandos e os conhecimentos que eles já possuem, pois esses saberes foram socialmente construídos. Quando o professor respeita esses conhecimentos ele está respeitando a autonomia do educando, e assim o aluno caminha para uma transformação partindo do seu conhecimento.
O trabalho educativo deve caminhar para a transformação e não para um treinamento técnico; devemos estar conscientes de que o alunoé um sujeito ativo e não passivo. Segundo Freire (1996) considerar o aluno por esta perspectiva é mesquinhar o que é há de fundamentalmente humano no exercício educativo, educar é também formar. Pois sabemos que o ensino e a aprendizagem só existem com a participação dos dois sujeitos, professor e aluno. Embora os papeis sejam diferentes, ambos aprendem juntos, tanto quem está ensinando quanto quem está aprendendo. 
Ainda conforme o autor citado, quando o docente tem o pensamento certo do saber, ele se desenvolve no movimento da dinâmica, numa dialética entre o fazer e o pensar sobre o fazer. Partindo disso, o professor deve propor no contexto da sala de aula, uma relação em que ele e o aprendiz pensam certo. Para Freire (1996), esse pensar certo supera o pensar ingênuo e tem que ser produzido entre o aprendiz e o professor. Assim o trabalho do professor se torna eficaz, sendo ele o agente da mediação do conhecimento em sua prática.
Porque o aprender é um processo de construção que surge nos educandos e na medida em que eles transformam pensamentos anteriores, refletem e fazem comparação com a realidade.
Análise e discussão de dados
Conforme já foi mencionado anteriormente, o presente trabalho tem como objetivo compreender como se dão as relações entre professor e alunos em duas salas de aula de Ensino FundamentalI de uma escola pública de Tapurah - MT, que atende a Ensino Fundamental I, II e Ensino Médio, e de que forma estas relações interferem no processo ensino aprendizagem. A coleta de dados para a pesquisa foi realizada com os alunos do 5º ano B, do Ensino Fundamental I do período Vespertino perfazendo um total de 28 alunos. A coleta de dados ocorreu durante a realização doEstágio Supervisionado. Ao todo foram realizadas26aulas no período entre 10dias.	Comment by usuario: PARA QUE O ARTIGO UTILIZE DADOS DE PESQUISA DE CAMPO, É NECESSÁRIO ANTES DE TUDO A APROVAÇÃO PELO COMITÊ DE ÉTICA, QUE FORNECERÁ UM NUMERO DE PARECER QUE DEVERÁ CONSTAR NO TRABALHO.
Para a realização desta pesquisa, utilizamos como material de apoio, caderno de campo com as anotações de como a professora ministrava suas aulas e descrição de como se dava o relacionamento entre a professora e alunos na sala de aula. Não foi elaborado nenhum questionário para obter respostas, houve somente anotações acerca do processo de interação entre o professor e aluno na sala de aula.Foram observadas e analisadas todas aulas de ministradas pela professora.	Comment by usuario: Sugiro deixar a pesquisa como sendo uma pesquisa bibliográfica apenas.
O diálogo no processo ensino-aprendizagem: o que as aulas observadas mostraram
O modo como a professora se relaciona com os alunos é um dos aspectos de grande relevância para o processo ensino-aprendizageme nele ganha destaque o diálogo. Tomando como referência os teóricos apresentados neste trabalho, percebe-se que a maioria dos aspectos abordados no que diz respeito à relação que o professor deve estabelecer com o aluno tem ligação com o diálogo. Assim, se o professor compreender o diálogo como uma ferramenta facilitadora da aprendizagem do educando, com certeza o ensino e a aprendizagem terão um desfecho satisfatório tanto para os professores quanto para os alunos.
Rocha (2005, p. 70) acredita que em uma educação dialógica o papel principal do educador é ser o facilitadorda aprendizagem, dialogando e desafiando o aluno a pensar, a criar, a fazer conexões significativas entre os conteúdos disciplinares estudados e as suas experiências de vida. 
Sempre buscando dar valor a importância da disciplina em todos os conteúdos, trazendo problemas cotidianos para despertar o interesse dos alunos e fazer com que eles pesquisem a respeito de diversas situações presentes em nosso dia a dia. Assim, o aluno cria o seu próprio pensar e porque não dizer a sua própria história, a partir do conhecimento prévio, e da realidade que convive diante do diálogo entre professor-aluno e aluno-aluno.
Conforme foi dito anteriormente, o professor deve estar preparado para ministrar um conteúdo novo de forma significativa, se o professor proceder de forma mecanizada em suas aulas o aluno não consegue criar sua própria história, torna-se um mero receptor de conteúdos para memorizar, ao invés de ser um sujeito ativo passa a ser um sujeito passivo.
Para que esse aluno passivo se transforme em sujeito ativo, é preciso que o professor dialogue como mesmono momento da aprendizagem, valorizando o conhecimento prévio que ele traz consigo. Assim o aluno torna-se autônomo capaz de construir sua história através do conhecimento histórico adquiridoa partir do seu conhecimento de mundo.
Para que isso aconteça, o diálogo entre professor-aluno deve se tornar fundamental na mediação dos conhecimentos, pois essa proposta não se baseia em comandos e em repetições mecânicas. O professor deve envolver-se na mediação dos conhecimentos, não se limitando a uma simples troca de ideias, pois as relações sociais incidem sobre o processo de ensino-aprendizagem.É necessário que o educador interaja com os seus alunos para que a aprendizagem possa ter influênciana vida escolar destes.
Durante as aulas observadas alguns alunos mostravam-se desmotivados, outras vezes envolviam-se em conversas paralelas que nada tinham a ver com a aula que estava sendo ministrada, mas a professora trazia situações do cotidiano e assim despertava o interesse dos alunos e fazia com que eles pesquisassem a respeito de como a temática presente em nosso dia a dia, além de usar temas mais atuais, como uma simples ida ao supermercado, para mostrar-lhes as quatro operações e jornais e revistas para despertar o interesse na leitura, e diversos recursos utilizadas pela professora para que todos os alunos possam entender a importância de ter os conhecimentos necessários para atingir determinado resultado. E isso prova quetemos que trazer algo que motive os alunos, tanto para aaprendizagem quanto pelo gosto das disciplinas ministradas. Acredito que se o aluno não tiver uma motivação é provável que as disciplinas, o professor e as aulas se tornam chatos, sem sentido.Durante as aulas ministradas de a professora conseguiu despertar nos alunos um bomentendimento e ótimos resultados.	Comment by usuario: O ARTIGO NÃO É UM RELATÓRIO NEM A DESCRIÇÃO DESSE. O ESTÁGIO DEVE SERVIR DE BASE PARA ESCOLHA DE UM TEMA, ALGO QUE ACHA SER NECESSÁRIO ESTUDAR OU DEBATER. PODE SER SOBRE O ASSUNTO DE SEU PLANO DE AULA TAMBÉM, E A PARTIR DESSA ESCOLHA SERÁ FORMADO UM TEXTO CIENTÍFICO, COM EMBASAMENTO TEÓRICO E AS DISCUSSÕES FEITAS SERÃO FUNDAMENTADAS PELA EXPERIÊNCIA OBTIDA NO ESTÁGIO, MAS DE NENHUMA FORMA SERÁ A DESCRIÇÃO DOS ACONTECIMENTOS OU EXPOSIÇÃO DE NOMES, DADOS, SÉRIES, FUNCIONAMENTO ETC...
O professor necessita encontrar formas diferenciadas para trabalhar com os alunos, buscando meios que os envolvam nas atividades propostas. Para tanto, será necessário que o professor realize constantemente a auto avaliação de seu trabalho, pois essa é uma prática que auxilia o professor a descobrir as possíveis falhas, bem como as possibilidades de mudança. Se o professor encontra alunos desmotivados em sua sala de aula, é com essa realidade que precisa trabalhar e não com a idealização de um espaço onde problemas não ocorrem. O principal desafio para esse educador passará a ser a transformação da visão desses alunos que não vêem atratividades na escola.
Assim, cabe o professor usar estratégias para motivar esses alunos na aula. Se o aluno se sentir motivado em estar na sala de aula, com certeza o professor também estará motivado ao ensino. Assim a escola juntamente com os professores e alunos estará atuando na relação de aprendizagem. Segundo Nogueira e Pilão (1998, p. 19), na relação de aprendizagem, o papel do aluno não pode ser passivo, com a simples ação de anotar, memorizar e reproduzir um saber sem questionamentos; em contrapartida, o educador não pode ser apenas mero expositor de conteúdo, cobrando a reprodução exata do saber transmitido, ou seja, sem ter que se preocupar e recebendo tudo pronto, não sendo incentivado a problematizar e nem sendo solicitado a questionar ou fazer relação do que aprende com o que já conhece.
Ainda conforme os autores mencionados, ser professor, não é apenas ocupar uma função em sala de aula. Ensinar exige um saber metodológico, através do qual os conteúdos serão tratados de forma a permitir o aprendizado destes alunos. Exige estar atento às questões políticas e sociais que envolvem o seu fazer, sua profissão; exige conhecer o seu objeto de estudo, a educação e como ocorre o processo de aprendizagem do seu aluno; exige conhecer os problemas que permeiam a sua prática; exige dedicação, comprometimento, conhecimento e, acima de tudo, respeito e trabalho.
Para finalizar, ao fazer a análise dos dados apresentados partindo das observações das aulas do professor e interação entre professor e alunos, pode-se observar a importância de se ressaltar o papel do professor nesse processo visto que cabe a nós professores a responsabilidade de tomar algumas decisões para que ocorra realmente o processo de ensino-aprendizagem. Sabe-se que o êxito de todo trabalho docente exige do professor uma abertura à compreensão e à reconstrução contínua da própria identidade profissional, só assim os educadores estarão instrumentalizados para saber qual a melhor decisão a ser tomada no cotidiano escolar. 
Diante dos resultados que obtivenas aulas de docência no estágio, acredito que é possível superar a maioria dos conflitos e dilemas presentes no ambiente de sala de aula e transformar a realidade no que diz a respeito à relação professor-aluno através do diálogo contribuindo assim, para o êxito do processo ensino aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve como objeto de estudo compreender a maneira como ocorre a relação entre professor e alunos na sala de aula e, se a forma como ocorre essa relação interfere no processo de ensino e aprendizagem. O estudo mostrou que alguns fatoresdessa relação têm uma grande importância para a aprendizagem do aluno dentro da sala de aula. Compreendemos a importância de que o professor atue como mediador entre o saber do aluno e o conhecimento sistematizado, pois isso possibilitaráao aluno chegar ao aprendizado. Seu papel é nortear os alunos criando um caminho satisfatório e motivador para que estes se interessem pelo conteúdo apresentado. Para isso, a relação do professor com o aluno deve facilitar o diálogo e a comunicação dentro da sala de aula.
	A questão que norteou o presente estudo foi: como se dão as relações entre professor e alunos na sala de aula e de que forma estas relações interferem no processo ensino aprendizagem? Partindo da análise e observações das aulas ministradas, e tomando como referência o quadro teórico de referência conseguimosconstatar que as relações que se estabelecem entre professor e alunos interferem sim no seu aprendizado. Verificamos que para um professor ter êxodo, em suas aulas, ele deve atuar como mediador entre os alunos e os conteúdos dialogando com os conhecimentos prévios que os alunos trazem e os novos conhecimentos a serem apropriados pelos alunos, de forma crítica. 
	Sabemos que as condições de trabalho do professor brasileiro são precárias e fazem parte das questões conjunturais do sistema educacional brasileiro. Dentre estas condições destacamos a organização dos horários,a falta de materiais, salas com muitos alunos. Estes, além de muitos outros, são fatores que afetam a qualidade do trabalho docente, porém, obstáculos sempre existirão. Não podemosapontar o professor como o único responsável por uma educação de qualidade, mas acreditamos que ele seja um dos agentes fundamentais para que essa educação tão desejada aconteça e um dos caminhos para isso pode estar nas relações que ele estabelece com seus alunos. O diálogo é um caminhovalioso para que estas transformações positivas aconteçam. Cabe a ele, fazer a diferença e inovar procurando sempre estabelecer um bom relacionamento com seus alunos possibilitando assim um ambiente favorável de aprendizagem.
	A partir da realização do trabalho pude perceber as contribuiçõesque o estudo trouxe para minha formação, pois mepossibilitou um novo olharsobre o trabalho do professor e especialmente sobre a importância das relações que se estabelecem em sala de aula entre alunos e professores para o êxito do processo ensino-aprendizagem.	Comment by usuario: Prezada, seu texto está bem referenciado, bem escrito, porém, precisa de adequação em relação a metodologia. Não podes citar que é uma pesquisa de campo nem utilizar dados de coleta, se o trabalho não for submetido primeiro ao comitê de ética da instituição. Sugiro retirar esses trechos que fala de relatório, passar o texto para terceira pessoa do singular, e tornar a pesquisa bibliográfica. Reveja, arrume e reposte.
REFERÊNCIAS	Comment by usuario: Seguem orientações geraisAviso importante!	 Não reproduza integral ou parcialmente textos publicados, mesmo que de autoria própria, sem observar as regras pertinentes às citações diretas ou indiretas e de referências, de acordo com as normas da ABNT. A falta de citação de autoria pode ser enquadrada como violação de direito autoral, podendo o autor do fato arcar com as consequências previstas em lei  (lei nº 9610 de 19 de Fevereiro de 1998).Sempre que você transcrever sequência de palavras ou trechos inteiros de outro artigo para seu trabalho, deve o fazer em forma de citação.A citação pode ser direta (com até 3 linhas, usando aspas, autor, ano e página, no corpo do texto), ou se maior que 3 linhas, citação de recuo (com 4 cm de recuo, arial 10, espaçamento simples entre linhas, autor , ano e página)Pode usar a paráfrase também, nesse caso, não se deve utilizar as palavras do autor, após ler e interpretar o que se fala no texto pesquisado, você reescreverá com suas próprias palavras o que entendeu. Deve também colocar autor e ano.Não é correto apenas colocar trechos e referenciar com autor e ano, pois o referido trecho pode estar contido em diversos outros textos, impossibilitando o corretor ou leitor de encontrá-lo em sua fonte original.Sempre que você utilizar palavras, sequências ou trechos, de outros autores, mesmo sendo paráfrase, deve referenciar. Quando fores fazer a paráfrase, não utilize nenhuma das palavras do texto original. Faça sua reflexão sobre tal.Todos os títulos devem estar numerados, exceto metodologia, e alinhados a esquerda.As margens devem estar 3cm a esquerda, 2 cm a direita, 3cm superior e 2cm inferior.Parágrafos são de 1,25cm.Número de páginas, mínimo de 15, máximo de 20. Favor fazer os ajustes necessários. Att, Thiana M. Becker
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¹ Acadêmico do Curso de Segunda Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER.
² Professor Orientador do Centro Universitário Internacional UNINTER.

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