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Valdenia de Freitas Rosa - Psicologia Puc Minas - São Gabriel/2019 
Disciplina Fundamentos da Educação 
Atividade aberta 03- ​Valor 7 pontos 
As tarefas que se seguem são baseadas nas leituras e interpretações dos textos e 
vídeos indicados na Unidade 2 
1- Cap. 1 e 2 do livro “A DIDÁTICA EM QUESTÃO” de Vera Maria Candau. 
No capítulo 1 do livro a didática em questão, intitulado “Papel da didática na 
formação de educadores- Da exaltação à negação: a busca da relevância” faz uma 
reflexão crítica ao tratar da relação da didática com a educação. A autora aborda o 
processo histórico dessa relação e as tendências pedagógicas que influenciaram as 
práticas de ensino-aprendizagem. Dessa forma, caracterize as tendências: 
Tradicional, Escolanovista e Crítica. 
Tendência Tradicional: essa tendência baseia-se no fortalecimento dos laços 
sociais introduzindo valores e práticas que promovam a coesão social, alavancando 
a coesão social do trabalho, encaixando os indivíduos há um padrão social havendo 
um reducionismo humanista. Sua abordagem humanista é unilateral e reducionista, 
fazendo da dimensão humana o único centro configurador do processo de 
ensino-aprendizagem. Nesse contexto, o professor expõe aos alunos o 
conhecimento. A didática é vista como uma disciplina normativa com regras que 
regulamentam o ensino. Segundo Candau, a tendência ““Tradicional” é justificada 
pela “ignorância” dos professores que, uma vez conhecedores dos princípios e 
técnicas escolanovistas, a transformariam”. Aqui as condições socioeconômicas e 
estruturais da educação não são levadas em consideração. Nessa perspectiva, o 
aluno não reelabora o conhecimento dado pelo professor, se servindo apenas da 
memorização. O aluno é passivo e depositário dos conteúdos exposto pelo 
professor. Aqui o tempo é fixo e enfatiza-se a utilização dos mesmos procedimentos 
e materiais por todos os alunos. Por motivos históricos, esta foi a primeira tendência 
a ser instituída no Brasil. ​Há repetição de exercícios com exigência de 
memorização. 
Tendência Escolanovista​: se desenvolve no Brasil mediante os grandes impactos 
das transformações econômicas, políticas e sociais. Segundo Saviani (80) esse 
movimento se baseia na tendência do “humanismo moderno” Nesse contexto, 
acredita-se que a educação é o elemento principal para a construção democrática 
de uma sociedade. Com a evolução industrial a didática passa a ser concebida 
como estratégia para o alcance de produtos no processo de ensino-aprendizagem. 
Nessa perspectiva os procedimentos e materiais variam de acordo com os 
alunos.Também enfatiza-se a formulação dos objetivos institucionais de avaliação, 
as diferentes taxionomias, a construção dos instrumentos de avaliação, as 
diferentes técnicas e recursos didáticos, constituem o conteúdo básico dos curso de 
Didática. Modelos sistêmicos são estudados, habilidades de ensino são treinadas e 
são analisadas metodologias tais como: ensino programado, Plano Keller, 
aprendizagem para o domínio, módulos de ensino etc. Aqui tende a trabalhar o 
tempo de ensino e salienta a dimensão política como na tendência tradicional. 
Afirma-se a necessidade de partir dos interesses espontâneos e naturais da 
criança:os princípios de atividade, de individualização, de liberdade, estão na base 
de toda proposta didática; parte-se da importância da psicologia evolutiva e da 
aprendizagem como fundamento da didática: trata-se de uma didática de base 
psicológica; afirma-se necessidade de “aprender fazendo” e de aprender a 
aprender”; enfatiza-se a atenção às diferenças individuais; estudam-se métodos e 
técnicas como: “centros de interesse”, estudo dirigido, unidades didáticas, o contrato 
de ensino etc.; promovem-se vistas às “escolas experimentais”, seja no âmbito do 
ensino estatal ou privado. ​É um método centrado no aluno e baseada em 
critérios A escola tem o papel de formadora de atitudes, preocupando-se mais 
com a parte psicológica do que com a social ou pedagógica. 
Tendência Crítica:”de uma didática instrumental a uma didática fundamental”. 
A prática pedagógica, exatamente por ser política, exige a competência 
técnica.As dimensãoes política, técnica e humana da prática pedagógica se 
exigem reciprocamente, assumindo a multidimensionalidade do processo de 
ensino aprendizagem, colocando a articulação das três dimensões no centro 
configurador de sua temática. Essa dimensão contextualiza a prática 
pedagógica e procura repensar as dimensões técnicas e humana, sempre 
“situando-as”. Ela também analisa as diferentes metodologias explicando 
seus pressupostos. Elabora a reflexão didática a partir da análise e reflexão 
sobre experiências concretas, procurando trabalhar continuamente a relação 
teórico-prática. Afirma o compromisso com a transformação social, 
realizando ensino eficiente através da prática pedagógica. Ensaia, Analisa, 
Experimenta, Rompe com uma prática profissional individualista. Promove o 
trabalho em comum de professores e especialistas.Busca as formas de 
aumentar a permanência das crianças na escola. Discute a questão do 
currículo em sua interação com uma população concreta e suas exigências, 
etc., sendo então o desafio do momento: a superação de uma didática 
exclusivamente instrumental e a construção de uma didática fundamental. 
 
2- Cap. 1 e 2 do livro “Lições de Didática” de Ilma Passos Alencastro Veiga 
 
No capítulo 1 do livro “Lições de didática” intitulado “Ensinar: uma atividade 
complexa e laboriosa” a autora traz uma breve reflexão sobre algumas teorias de 
ensino. Considerando suas reflexões sobre o exposto pela autora, responda: 
A autora considera que “ensinar é um ato intencional”. Sendo assim, é 
possível que exista uma didática neutra? (que siga exatamente uma teoria de 
ensino desde o planejamento, a escolha de conteúdo e a execução em sala de 
aula) É possível que haja uma didática “pura”? 
Não acredito na didática neutra, pura, pois existem atravessamentos 
culturais, sociais e portanto, carrega complexidades que envolvem pluralidades e 
saberes dialógicos. A didática como processo neutro, de repasse de conhecimento, 
é insipiente e ineficaz. Sendo assim, a didática envolve afeto, empatia, 
reciprocidade, diálogo e intercâmbio cultural entre a díade professor-aluno. Portanto, 
a neutralidade se perde nesta relação, se tornando insuficiente. 
Qual a importância do conhecimento da didática pessoal para o 
desenvolvimento de uma aula prazerosa e que atinja os objetivos propostos? 
O professor não entra em sala de aula sem uma bagagem de conhecimento 
pessoal e visão de mundo oriundos de seu contexto social, econômico e político. 
Quando um professor compartilha sua visão de mundo e sua experiências de vida, 
ele tira a barreira que separa professor-aluno e disponibiliza o acesso à ao 
conhecimento de forma libertária. O aluno tem a oportunidade de interagir e 
transformar sua realidade na troca de empatia e afeto. O professor, ao trazer sua 
didática pessoal, dá acesso para uma jornada de aprendizagem rica em 
conhecimento e ações volitivas e potencializadoras. 
 
Com base no que você leu no capítulo2- do livro Lições de didática intitulado “A 
dimensão intencional do ensino” e na sua vivência analise: 
Como o diálogo na relação discente-docente auxilia no aprendizado em sala 
de aula? 
O diálogo é base da boa convivência e respeito mútuo. Para tanto, o 
professor deve dar voz ao aluno para que ele possa deixar emergir o pensamento 
crítico. Essa formulação será gradativamente potencializante e a partir da mediação 
do professor, o aluno será cada vez mais ativo e participante no processo do 
ensino-aprendizagem. Penso que é através do diálogo afetivo que as 
potencialidades se desenvolvem. 
 
 
Como uma aula pode contemplar os três níveis da ação educativa? 
Essas três dimensões que contemplam a ação educativa, coadunam em 
mudanças individuais, institucionais e estruturais. Portanto, cabe ao docente ser 
inventivo, empático e versátil no modo operacionalizar suas ações educativas. 
Assim, o envolvimento do aluno será motivado pela percepção do professor em 
transformar vidas, aliando afeto e razão, encantamento e aprendizagem, 
despertando assim, o desejo de estudar.

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