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PSICOLOGIA DA SAÚDE

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PSICOLOGIA DA SAÚDE
 SAÚDE ENVOLVE O BEM-ESTAR FÍSICO, ASSIM COMO O PSICOLÓGICO E O SOCIAL.
 
PSICOLOGIA DA SAÚDE, UM SUBCAMPO DA PSICOLOGIA QUE APLICA PRINCÍPIOS E PESQUISAS PSICOLÓGICOS PARA A MELHORIA DA SAÚDE E O TRATAMENTO E A PREVENÇÃO DE DOENÇAS.
 SEUS INTERESSES INCLUEM CONDIÇÕES SOCIAIS (COMO A DISPONIBILIDADE DE CUIDADOS DE SAÚDE E APOIO DA FAMÍLIA E DE AMIGOS), FATORES BIOLÓGICOS (COMO A LONGEVIDADE FAMILIAR E VULNERABILIDADES HEREDITÁRIAS A CERTAS DOENÇAS) E ATÉ MESMO TRAÇOS DE PERSONALIDADE (COMO O OTIMISMO).
 A PSICOLOGIA DA SAÚDE É A CIÊNCIA QUE BUSCA RESPONDER ÀS QUESTÕES A RESPEITO DA MANEIRA COMO NOSSO BEM-ESTAR INTERAGE COM O QUE PENSAMOS, SENTIMOS E FAZEMOS.
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DO PENSAMENTO SOBRE A DOENÇA
 PERÍODO PRÉ-HISTÓRICO: DOENÇAS CAUSADAS POR ESPÍRITOS DO MAL E TRATADAS COM TREPANAÇÃO.
GRÉCIA ANTIGA: DOENÇA CAUSADA POR UM DESEQUILÍBRIO DOS HUMORES DO CORPO; BOA DIETA E MODERAÇÃO NA VIDA PODERIAM CURÁ-LA.
IDADE MÉDIA (476–1450): DOENÇA ERA PUNIÇÃO DIVINA POR PECADOS, CURADA POR INTERVENÇÕES MIRACULOSAS E INVOCAÇÃO DE SANTOS, ALÉM DE FLEBOTOMIA.
ANOS DE 1800: DOENÇA CAUSADA POR ORGANISMOS MICROSCÓPICOS. O TRATAMENTO ERA CIRURGIA E IMUNIZAÇÃO.
SÉCULO XXI: CAUSAS BIOPSICOSSOCIAIS DE DOENÇAS. MÉTODOS MODERNOS E FLEXÍVEIS DE TRATAMENTO.
TEORIAS SOBRE A ORIGEM DA DOENÇA
TEORIA HUMORAL CONCEITO DE SAÚDE PROPOSTO POR HIPÓCRATES, CONSIDERAVA O BEM-ESTAR UM ESTADO DE PERFEITO EQUILÍBRIO ENTRE QUATRO FLUIDOS CORPORAIS BÁSICOS, CHAMADOS DE HUMORES. ACREDITAVA-SE QUE A DOENÇA FOSSE RESULTADO DE PERTURBAÇÕES NO EQUILÍBRIO DOS HUMORES. (GRÉCIA ANTIGA)
TEORIA ANATÔMICA TEORIA SEGUNDO A QUAL AS ORIGENS DE CERTAS DOENÇAS SÃO ENCONTRADAS NOS ÓRGÃOS INTERNOS, NA MUSCULATURA E NO SISTEMA ESQUELÉTICO DO CORPO HUMANO. (RACIONALISMO PÓS RENANCENÇA)
TEORIA CELULAR TEORIA FORMULADA NO SÉCULO XIX, DIZ QUE A DOENÇA É O RESULTADO DE ANORMALIDADES NAS CÉLULAS DO CORPO.
TEORIAS SOBRE A ORIGEM DA DOENÇA
 TEORIA DOS GERMES DIZ QUE A DOENÇA É CAUSADA POR VÍRUS, BACTÉRIAS E OUTROS MICRORGANISMOS QUE INVADEM AS CÉLULAS DO CORPO.
 MODELO BIOMÉDICO VISÃO DOMINANTE NO SÉCULO XX, SEGUNDO A QUAL A DOENÇA SEMPRE TEM UMA CAUSA FÍSICA.
MEDICINA PSICOSSOMÁTICA RAMO DA MEDICINA QUE SE CONCENTRA NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE DOENÇAS FÍSICAS CAUSADAS POR PROCESSOS MENTAIS DEFICIENTES.
MEDICINA COMPORTAMENTAL UM CAMPO INTERDISCIPLINAR QUE INTEGRA AS CIÊNCIAS COMPORTAMENTAIS E BIOMÉDICAS PARA PROMOVER A SAÚDE E TRATAR DOENÇAS.
SURGIMENTO DA PSICOLOGIA DA SAÚDE
 EM 1973, A AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION (APA) INDICOU UMA FORÇA-TAREFA PARA EXPLORAR O PAPEL DA PSICOLOGIA NO CAMPO DA MEDICINA COMPORTAMENTAL E, EM 1978, CRIOU A DIVISÃO DE PSICOLOGIA DA SAÚDE (DIVISÃO 38). QUATRO ANOS DEPOIS, FOI PUBLICADO O PRIMEIRO VOLUME DE SEU PERIÓDICO OFICIAL, HEALTH PSYCHOLOGY. NESSA EDIÇÃO, JOSEPH MATA- RAZZO, O PRIMEIRO PRESIDENTE DA DIVISÃO, ESTABELECEU OS QUATRO OBJETIVOS DO NOVO CAMPO:
SURGIMENTO DA PSICOLOGIA DA SAÚDE
1. ESTUDAR DE FORMA CIENTÍFICA AS CAUSAS E ORIGENS DE DETERMINADAS DOENÇAS, OU SEJA, SUA ETIOLOGIA. OS PSICÓLOGOS DA SAÚDE ESTÃO PRINCIPALMENTE INTERESSADOS NAS ORIGENS PSICOLÓGICAS, COMPORTAMENTAIS E SOCIAIS DA DOENÇA. ELES INVESTIGAM POR QUE AS PESSOAS SE ENVOLVEM EM COMPORTAMENTOS QUE COMPROMETEM A SAÚDE, COMO O HÁBITO DE FUMAR E O SEXO INSEGURO.
PROMOVER A SAÚDE. OS PSICÓLOGOS DA SAÚDE CONSIDERAM MANEIRAS DE FAZER AS PESSOAS ADOTAREM COMPORTAMENTOS QUE PROMOVAM A SAÚDE, COMO PRATICAR EXERCÍCIOS REGULARMENTE E COMER ALIMENTOS NUTRITIVOS.
SURGIMENTO DA PSICOLOGIA DA SAÚDE
3. PREVENIR E TRATAR DOENÇAS. OS PSICÓLOGOS DA SAÚDE PROJETAM PROGRAMAS PARA AJUDAR AS PESSOAS A PARAR DE FUMAR, PERDER PESO, ADMINISTRAR O ESTRESSE E MINIMIZAR OUTROS FATORES DE RISCO PARA UMA SAÚDE FRACA. ELES TAMBÉM AUXILIAM AQUELAS QUE JÁ ESTÃO DOENTES EM SEUS ESFORÇOS PARA SE ADAPTAREM A SUAS DOENÇAS OU ADERIREM A REGIMES DE TRATAMENTO DIFÍCEIS.
4. PROMOVER POLÍTICAS DE SAÚDE PÚBLICA E O APRIMORAMENTO DO SISTEMA DE SAÚDE PÚBLICA. OS PSICÓLOGOS DA SAÚDE SÃO BASTANTE ATIVOS EM TODOS OS ASPECTOS DA EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE E MANTÊM REUNIÕES FREQUENTES COM LÍDERES GOVERNAMENTAIS QUE FORMULAM POLÍTICAS PÚBLICAS NA TENTATIVA DE MELHORAR OS SERVIÇOS DE SAÚDE PARA TODOS OS INDIVÍDUOS.
ENTENDIMENTO DO PSICÓLOGO DA SAÚDE
PERSPECTIVA BIOPSICOSSOCIAL (MENTE-CORPO) PONTO DE VISTA SEGUNDO O QUAL A SAÚDE E OUTROS COMPORTAMENTOS SÃO DETERMINADOS PELA INTERAÇÃO ENTRE MECANISMOS BIOLÓGICOS, PROCESSOS PSICOLÓGICOS E INFLUÊNCIAS SOCIAIS.
ENTENDIMENTO DO PSICÓLOGO DA SAÚDE
O CONTEXTO BIOLÓGICO:
TODOS OS COMPORTAMENTOS, INCLUINDO ESTADOS DE SAÚDE E DOENÇA, OCORREM NO CONTEXTO BIOLÓGICO. CADA PENSAMENTO, ESTADO DE ESPÍRITO E ÂNSIA É UM EVENTO BIOLÓGICO POSSIBILITADO PELA ESTRUTURA ANATÔMICA E PELA FUNÇÃO BIOLÓGICA CARACTERÍSTICA DO CORPO DA PESSOA. A PSICOLOGIA DA SAÚDE CHAMA ATENÇÃO PARA AQUELES ASPECTOS DE NOSSO CORPO QUE INFLUENCIAM A SAÚDE E A DOENÇA: NOSSA CONFORMAÇÃO GENÉTICA E NOSSOS SISTEMAS NERVOSO, IMUNE E ENDÓCRINO.
ENTENDIMENTO DO PSICÓLOGO DA SAÚDE
O CONTEXTO PSICOLÓGICO:
A MENSAGEM CENTRAL DA PSICOLOGIA DA SAÚDE, OBVIAMENTE, É QUE A SAÚDE E A DOENÇA ESTÃO SUJEITAS A INFLUÊNCIAS PSICOLÓGICAS. POR EXEMPLO, UM FATOR FUNDAMENTAL PARA DETERMINAR O QUANTO UMA PESSOA CONSEGUE LIDAR COM UMA EXPERIÊNCIA DE VIDA ESTRESSANTE E A FORMA COMO O EVENTO É AVALIADO E INTERPRETADO. EVENTOS AVALIADOS COMO AVASSALADORES, INVASIVOS E FORA DO CONTROLE CUSTAM MAIS DO PONTO DE VISTA FÍSICO E PSICOLÓGICO DO QUE OS QUE SÃO ENCARADOS COMO DESAFIOS MENORES, TEMPORÁRIOS E SUPERÁVEIS. DE FATO, ALGUMAS EVIDÊNCIAS SUGEREM QUE, INDEPENDENTEMENTE DE UM EVENTO SER DE FATO VIVENCIADO OU APENAS IMAGINADO, A RESPOSTA DO CORPO AO ESTRESSE É, DE MODO APROXIMADO, A MESMA.
ENTENDIMENTO DO PSICÓLOGO DA SAÚDE
O CONTEXTO SOCIAL:
OS IMIGRANTES IRLANDESES DA VIRADA DO SÉCULO, COMO MINHA BISAVÓ, VENCERAM A POBREZA E O PRECONCEITO NOS ESTADOS UNIDOS, ESTABELECENDO ASSOCIAÇÕES DE IRLANDESES AMERICANOS QUE REFLETIAM UMA ÉTICA DE APOIO FAMILIAR E COMUNITÁRIO. “CADA UM POR SI, MAS TODOS PELOS OUTROS”, ESCREVEU PATRIC O’CALLAGHAN A SUA IRMÃ EM SUA TERRA NATAL PARA DESCREVER ESSE SISTEMA DE PROTEÇÃO. AO COLOCAREM O COMPORTAMENTO SAUDÁVEL EM SEU CONTEXTO SOCIAL, OS PSICÓLOGOS DA SAÚDE ESTÃO PREOCUPADOS COM A MANEIRA COMO PENSAMOS, INFLUENCIAMOS E NOS RELACIONAMOS UNS COM OS OUTROS E COM NOSSO AMBIENTE.
ENTENDIMENTO DO PSICÓLOGO DA SAÚDE
PERSPECTIVA SOCIOCULTURAL:
NO CONTEXTO SOCIAL, A PERSPECTIVA SOCIOCULTURAL CONSIDERA COMO FATORES SOCIAIS E CULTURAIS CONTRIBUEM PARA A SAÚDE E A DOENÇA. QUANDO OS PSICÓLOGOS USAM O TERMO CULTURA, ESTÃO SE REFERINDO A COMPORTAMENTOS, VALORES E COSTUMES PERSISTENTES QUE UM GRUPO DE PESSOAS DESENVOLVEU AO LONGO DOS ANOS E TRANSMITIU PARA A PRÓXIMA GERAÇÃO. EM UMA CULTURA, PODE HAVER UM, DOIS OU MAIS GRUPOS ÉTNICOS, ISTO É, GRANDES GRUPOS DE PESSOAS QUE TENDEM A TER VALORES E EXPERIÊNCIAS SEMELHANTES PORQUE COMPARTILHAM CERTAS CARACTERÍSTICAS.
PSICOLOGIA DA SAÚDE
O QUE FAZEM OS PSICÓLOGOS DA SAÚDE?
COMO TODOS OS PSICÓLOGOS, OS PSICÓLOGOS DA SAÚDE PODEM TRABALHAR COMO PROFESSORES, CIENTISTAS PESQUISADORES E/OU CLÍNICOS. COMO PROFESSORES, TREINAM ESTUDANTES EM CAMPOS RELACIONADOS COM A SAÚDE, COMO A PSICOLOGIA, A FISIOTERAPIA E A MEDICINA. COMO PESQUISADORES, IDENTIFICAM OS PROCESSOS PSICOLÓGICOS QUE CONTRIBUEM PARA A SAÚDE E A DOENÇA, INVESTIGAM QUESTÕES RELACIONADAS COM O PORQUÊ DE AS PESSOAS ADOTAREM PRÁTICAS QUE NÃO SÃO SAUDÁVEIS E AVALIAM A EFETIVIDADE DE DETERMINADAS INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS.
PSICOLOGIA DA SAÚDE
ONDE TRABALHAM OS PSICÓLOGOS DA SAÚDE?
OS PSICÓLOGOS DA SAÚDE CLÍNICOS TRABALHAM EM EQUIPES HOSPITALARES INTERDISCIPLINARES;
OS PSICÓLOGOS DA SAÚDE TAMBÉM PODEM SER ENCONTRADOS TRABALHANDO EM ORGANIZAÇÕESDE SAÚDE, FACULDADES DE MEDICINA, CLÍNICAS DE REABILITAÇÃO E CONSULTÓRIOS PARTICULARES;
UM NÚMERO CRESCENTE DE PSICÓLOGOS DA SAÚDE TAMBÉM PODE SER ENCONTRADO NO MUNDO CORPORATIVO, NO QUAL ORIENTAM EMPREGADORES E TRABALHADORES EM DIVERSAS QUESTÕES RELACIONADAS COM A SAÚDE. TAMBÉM AJUDAM A ESTABELECER INTERVENÇÕES NO LOCAL DE TRABALHO PARA AUXILIAR OS EMPREGADOS A PERDER PESO, PARAR DE FUMAR E APRENDER FORMAS MAIS ADAPTATIVAS DE ADMINISTRAR O ESTRESSE.
CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA DA SAÚDE EM RELAÇÃO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS:
PROMOÇÃO: 
AS AÇÕES DE PROMOÇÃO DE SAÚDE VISAM À REDUÇÃO DE FATORES DE RISCO QUE AMEAÇAM A SAÚDE E PODEM CAUSAR INCAPACIDADES E DOENÇAS ÀS PESSOAS.
AÇÕES: 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE, ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ADEQUADAS, ADOÇÃO DE ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL, ACONSELHAMENTOS DE CUNHO GENÉTICO E SEXUAL, INCENTIVO À PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS, HÁBITOS DE HIGIENE PESSOAL, DOMICILIAR E AMBIENTE.
15
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
NO BRASIL, A SAÚDE PÚBLICA É GERENCIADA E OFERTADA PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) POR MEIO DE UMA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS).
DE ACORDO COM O MINISTÉRIO DA SAÚDE, SUA ABRANGÊNCIA SE INICIA COM A ATENÇÃO BÁSICA (ATENDIMENTO AMBULATORIAL NOS POSTOS DE SAÚDE);
PASSA PELA ATENÇÃO SECUNDÁRIA (HOSPITAIS ESPECIALIZADOS);
VAI ATÉ A ATENÇÃO TERCIÁRIA (DEMANDAS COMPLEXAS, COMO TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS, ENTRE OUTRAS)
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
	TIPO DE
ATENÇÃO	COMPLEXIDADE	SERVIÇO PRESTADO (EXEMPLOS)	LOCAL DE
ATENDIMENTO	TERRITÓRIO SANITÁRIO
	ATENÇÃO
PRIMÁRIA	BAIXA	CONSULTAS	POSTOS DE SAÚDE	MUNICÍPIO/
MICROÁREA
	ATENÇÃO
SECUNDÁRIA	MÉDIA 	SERVIÇOS MÉDICOS
ESPECIALIZADOS, APOIO
DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO,
ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA.	HOSPITAIS E
AMBULATÓRIOS
COM
ESPECIALISTAS	MICRORREGIÃO
	ATENÇÃO
TERCIÁRIA	ALTA	TRANSPLANTES E OUTRAS
CIRURGIAS COMPLEXAS E PARTO
DE ALTO RISCO.	HOSPITAIS DE
REFERÊNCIA
PARA ALTA
COMPLEXIDADE	MACRORREGIÃO
CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA DA SAÚDE EM RELAÇÃO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS:
PREVENÇÃO:
CAMPANHAS EDUCATIVAS DIRIGIDAS À POPULAÇÃO E ESTÃO SOB A RESPONSABILIDADE DO GOVERNO
AÇÕES:
CAMPANHA DE VACINAÇÃO, VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, SANEAMENTO BÁSICO, VIGILÂNCIA SANITÁRIA, EXAMES MÉDICOS E ODONTOLÓGICOS PERIÓDICOS.
CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA DA SAÚDE EM RELAÇÃO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS:
REABILITAÇÃO EM SAÚDE:
A REABILITAÇÃO SURGE APÓS A INSTALAÇÃO DA DOENÇA OU REDUÇÃO DA CAPACIDADE DE LOCOMOÇÃO, INDICANDO, PORTANTO, QUE AS AÇÕES DE PROMOÇÃO E PREVENÇÃO À SAÚDE NÃO FORAM SUFICIENTES OU EFETIVAS PARA EVITAR A DOENÇA. DESSA FORMA, CONCLUI-SE QUE INVESTIR EM PREVENÇÃO TEM RELEVÂNCIA NA OBTENÇÃO DE BAIXOS ÍNDICES DE DANOS À SAÚDE E AUMENTO DA QUALIDADE DE VIDA.
CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA DA SAÚDE EM RELAÇÃO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS:
REABILITAÇÃO EM SAÚDE:
AÇÕES:
ENTRE AS AÇÕES DE REABILITAÇÃO INCLUEM-SE O DIAGNÓSTICO E O TRATAMENTO DE DOENÇAS, ACIDENTES, DANOS, LIMITAÇÃO OU INVALIDEZ. ELAS TÊM COMO OBJETIVO A RECUPERAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DAS CAPACIDADES NO PROCESSO DE DOENÇA E NA REINTEGRAÇÃO DA PESSOA ÀS SUAS ATIVIDADES SOCIAIS E LABORAIS.
PSICOLOGIA NA HUMANIZAÇÃO EM ASSISTÊNCIA À SAÚDE
PROGRAMA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO HOSPITALAR (PNHAH - 2000 a 2002);
POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH);
POLÍTICA DE HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE (PHAS);
AMBAS FORAM CRIADAS COM O OBJETIVO DE CRIAR NOVAS PERSPECTIVAS PARA TRABALHAR A SAÚDE A PARTIR DE UM CONTEXTO MAIS HUMANIZADO (ANGNES; BELLINE, 2006).
HUMANIZAÇÃO SIGNIFICA RECONHECIMENTO DO PROTAGONISMO DOS SUJEITOS QUE ESTÃO INSERIDOS NO CONTEXTO DA SAÚDE, COMO USUÁRIOS, TRABALHADORES E GESTORES.
A HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE DEFENDE A ESSÊNCIA DO INDIVÍDUO E O RESPEITO À SUBJETIVIDADE.
PSICOLOGIA NA HUMANIZAÇÃO EM ASSISTÊNCIA À SAÚDE
A IDEIA AQUI COMPARTILHADA INDICA QUE A
HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE PASSA, NECESSARIAMENTE, PELA PREPARAÇÃO OU
CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA, OS QUAIS SÃO OS PROTAGONISTAS DESSE
CONCEITO À MEDIDA QUE LHES CABE ASSEGURAR POSTURA E COMPORTAMENTOS
DE ACOLHIMENTO, RESPEITO, SOLIDARIEDADE AO INDIVÍDUO-USUÁRIO.
PSICOLOGIA NA HUMANIZAÇÃO EM ASSISTÊNCIA À SAÚDE
É EXATAMENTE NESSE ASPECTO QUE A PSICOLOGIA PODE FAZER A DIFERENÇA. AO SER ADOTADA NO CURRÍCULO DOS DIVERSOS CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE, COMPARTILHARÁ OS CONHECIMENTOS SOBRE A ESSÊNCIA DO INDIVÍDUO, A IMPORTÂNCIA DA SUBJETIVIDADE E INTEGRALIDADE... DEVE AINDA REFORÇAR A IMPORTÂNCIA DO MODELO BIOPSICOSSOCIAL COMO A VIA MAIS INDICADA PARA ATINGIR A INTEGRALIDADE E A COMPLEXIDADE DO INDIVÍDUO, COMO TAMBÉM RESSALTAR A IMPORTÂNCIA DE OS GESTORES DA SAÚDE PROMOVEREM PROGRAMAS QUE ASSEGUREM A QUALIDADE DE VIDA DE SEUS PROFISSIONAIS E, DESSA FORMA, CUIDEM DO CUIDADOR. VALE ACRESCENTAR QUE, ENTRE AS POSSIBILIDADES DE TRABALHO DA PSICOLOGIA NA ÁREA DA SAÚDE, CONSTAM TAMBÉM: A INTERVENÇÃO, O ATENDIMENTO AOS FAMILIARES E AOS CUIDADORES, A INTERCONSULTA, A DISCUSSÃO DOS CASOS COM OS DEMAIS PROFISSIONAIS DA ÁREA, OS ENCAMINHAMENTOS PARA A REDE DE CUIDADOS DE SAÚDE EXTERNOS AO HOSPITAL E A CAPACITAÇÃO DE EQUIPES (CAMPOS, 1995; ROMANO, 2008 APUD VELASCO; RIVAS; GUAZINA, 2012).
PSICOLOGIA NA HUMANIZAÇÃO EM ASSISTÊNCIA À SAÚDE
ACOLHIMENTO:
O ACOLHIMENTO NO SISTEMA HUMANIZADO DA SAÚDE. TRATA-SE DE UMA AÇÃO ESTRATÉGICA QUE VISA MUDAR A FORMA COMO O PROCESSO DE ATENDIMENTO OCORRE NA SAÚDE PÚBLICA. TEM POR OBJETIVO MELHORAR AS RELAÇÕES ENTRE PROFISSIONAIS E OS USUÁRIOS DO SISTEMA DE SAÚDE. INCLUI O TRABALHO INTERDISCIPLINAR, A HUMANIZAÇÃO DAS RELAÇÕES, PROMOVE O VÍNCULO E A RESPONSABILIZAÇÃO DAS EQUIPES COM OS USUÁRIOS DO SISTEMA POR MEIO DA MELHORIA NA CAPACIDADE DE ESCUTA ÀS DEMANDAS DOS PACIENTES (LEITE ET AL., 2010).
PSICOLOGIA NA HUMANIZAÇÃO EM ASSISTÊNCIA À SAÚDE
ENCAMINHAMENTO:
 SE O ACOLHIMENTO É O PRIMEIRO CONTATO DO PACIENTE COM A EQUIPE, O ENCAMINHAMENTO É O SEGUNDO PASSO RUMO AO ATENDIMENTO HUMANIZADO. APÓS A AVALIAÇÃO DE RISCO É IMPORTANTE ENCAMINHAR O PACIENTE AO TIPO DE ASSISTÊNCIA DE QUE NECESSITA. CONTUDO, O ENCAMINHAMENTO ADEQUADO É DECORRENTE DA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO REALIZADA DURANTE O ACOLHIMENTO DO PACIENTE AO SERVIÇO DE SAÚDE.
PSICOLOGIA NA HUMANIZAÇÃO EM ASSISTÊNCIA À SAÚDE
ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES:
O PROGRAMA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR DEFINE O ACOMPANHAMENTO COMO UMA DAS FUNÇÕES DA EQUIPE TÉCNICA. ESSA TAREFA ENVOLVE DESDE A CRIAÇÃO DE MÉTODOS DE ACOMPANHAMENTO ADEQUADOS ÀS NECESSIDADES DE CADA REGIÃO DO PAÍS, DE ACORDO COM AS POSSIBILIDADES QUE CADA REGIÃO TEM DE OFERECER TAL CUIDADO COM EFICIÊNCIA.
PSICOLOGIA HOSPITALAR
CONTRIBUIÇÕES À PSICOLOGIA NO HOSPITAL:
Depois de erradicadas ou de descobrir como tratar com mais eficácia algumas das principais causas de morte e adoecimento dos últimos dois séculos (as doenças infecciosas), outras doenças passaram a ganhar destaque nas preocupações com saúde pública: as associadas ao estilo de vida (como fumo, alcoolismo, obesidade, estresse etc.). A prática psicológica, até então independente dos médicos, começou a ganhar destaque nos hospitais e tratamentos de saúde. Médicos e psicólogos redescobrem, então, um terreno de prática comum em saúde: o comportamento e o próprio indivíduo doente (SILVA, 2006).
PSICOLOGIA HOSPITALAR
CONTRIBUIÇÕES À PSICOLOGIA NO HOSPITAL:
As duas grandes guerras mundiais também representaram um impulso ao desenvolvimento e à abrangência das práticas psicológicas. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) marca a popularização da psicotécnica, visto que testes psicológicos eram utilizados para seleção e recrutamento de soldados. Já a Segunda Guerra (1939-1945) estimulou a entrada de psicólogos nos hospitais, principalmente para o atendimento aos soldados que apresentavam sintomas e distúrbios, entre eles, o que ficou categorizado posteriormente como síndrome de estresse pós-traumático (SILVA, 2006). 
PSICOLOGIA HOSPITALAR
CONTRIBUIÇÕES À PSICOLOGIA NO HOSPITAL:
A mudança no conceito de saúde, proposta no documento de criação da Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1948, também exerceu influência para a prática psicológica e o surgimento da psicologia hospitalar. No documento, saúde édefinida como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade (SEGRE; FERRAZ, 1997). Essa definição inclui o fator psicológico dentro de uma compreensão biopsicossocial do indivíduo. Sem dúvida, a redefinição do conceito de saúde contribui para a entrada dos psicólogos nas práticas de saúde, principalmente nos hospitais gerais, visto que o trabalho em hospitais psiquiátricos já era comum.
PSICOLOGIA HOSPITALAR
CONTRIBUIÇÕES À PSICOLOGIA NO HOSPITAL:
Interessante apontar também que a implementação do SUS em 1988 trouxe novas ideologias e prioridades no atendimento em saúde no Brasil. Ainda mais recente, a Política Nacional de Humanização e o HumanizaSUS (2003) retomam a necessidade de se humanizar os tratamentos de saúde, muito centrados na técnica e com pouca atenção ao doente, ao sujeito que sofre e é atendido pelas equipes. 
PSICOLOGIA HOSPITALAR
TAREFAS BÁSICAS:
Função de coordenação: relativa às atividades com os funcionários do hospital. 
2. Função de ajuda à adaptação: em que o psicólogo intervém na qualidade do processo de adaptação e recuperação do paciente internado. 
3. Função de interconsulta: atua como consultor, ajudando outros profissionais a lidarem com o paciente. 
4. Função de enlace: intervenção, por meio do delineamento e da execução de programas, junto a outros profissionais, para modificar ou instalar comportamentos adequados dos pacientes. 
5. Função assistencial direta: atua diretamente com o paciente. 
6. Função de gestão dos recursos humanos: para aprimorar os serviços dos profissionais da organização.
PSICOLOGIA HOSPITALAR
FORMAÇÃO PROFISSIONAL:
O profissional que deseja trabalhar nessas instituições precisa investir em uma formação própria, que vai desde as escolhas de disciplinas que se relacionam à saúde até uma formação pessoal que sustente essa prática. O trabalho em hospital exige uma visão ampla da tríade pacientefamília-equipe (ou instituição). Também se faz necessário olhar para o processo saúde-doença não a partir do modelo biomédico, mas abrangendo uma perspectiva que leve em consideração o social, o econômico, o cultural, o espiritual, o emocional e o ético (MÄDER, 2016). É preciso olhar não só para a doença, mas para o doente em si. 
PSICOLOGIA HOSPITALAR
FORMAÇÃO PROFISSIONAL:
O psicólogo hospitalar necessita, paralelamente à sua formação, ter claras suas visões de humanidade e subjetividade e investir também em seu aprendizado dentro da sua linha teórica escolhida. É a linha teórica que vai fundamentar suas práticas clínicas e abordagens, sejam elas nos consultórios, nas escolas, nos hospitais, nos postos de saúde ou em qualquer outro ambiente de trabalho clínico.
PSICOLOGIA HOSPITALAR
FORMAÇÃO PROFISSIONAL:
Por fim, cabe a reflexão de que trabalhar em hospital é trabalhar em equipe. Para isso, é necessário aprendizado, habilidade de escuta e comunicação. O contato diário com o sofrimento do outro mobiliza nos profissionais suas próprias angústias e questões. É necessário conhecê-las para conseguir diferenciar o próprio mal-estar daqueles dos pacientes, família ou equipe. Dessa forma, paralelo à formação técnica e teórica, com supervisões e estudos, é fundamental o processo terapêutico pessoal do profissional que se coloca em uma posição tão próxima de assuntos complexos e mobilizadores, como a morte e a finitude humana.
PSICOLOGIA HOSPITALAR
PRÁTICA PROFISSIONAL:
Outras técnicas e práticas psicológicas também sofreram modificações ou são desenvolvidas com a entrada do psicólogo no hospital. Além do limite imposto pelo tempo de permanência do paciente, colocam-se as necessidades do trabalho em equipe multiprofissional, a mediação na comunicação paciente-familiarequipe, a elaboração e o trabalho em rede com os outros recursos de saúde e terapêuticos da comunidade e a atenção aos pacientes aliada ao trabalho com familiares (SILVA, 2006). Entende-se que aquele paciente hospitalizado não é o único privado de sua vida cotidiana e em angústia psíquica, pois a família também é alvo das consequências daquela hospitalização (falamos de um pai ou mãe provedores, o bebê recém-nascido esperado por todos etc.).
PSICOLOGIA HOSPITALAR
PRÁTICA PROFISSIONAL:
As formações de grupos de apoio, foram difundidas em diversos momentos e contextos da internação: grupos de apoio para familiares, grupos de apoio para pacientes em uma enfermaria específica, grupos mistos informativos e terapêuticos com participação da equipe multiprofissional. Romano (1999), citada por Silva (2006), traz a hipótese de que esses grupos proporcionam aos familiares ou pacientes uma percepção de que não estão sós e de que a possibilidade de compartilhar suas experiências com outras pessoas pode reduzir a ansiedade, além de servirem como 
PSICOLOGIA HOSPITALAR
PRÁTICA PROFISSIONAL:
É sempre exigido do profissional psicólogo flexibilidade para aplicar suas competências nos mais variados settings. A imagem clássica “divã – poltrona do analista” é muito diferente do enquadre que o profissional encontra nas instituições hospitalares para trabalhar: leito de pronto socorro com vários pacientes ao redor, atendimento lúdico infantil na enfermaria pediátrica com outras crianças desejando “brincar junto”, atendimento aos familiares no próprio corredor da UTI ou junto ao paciente desacordado, grupos com interrupções e novos participantes chegando a qualquer momento, entre muitas outras.
PSICOLOGIA HOSPITALAR
PRÁTICA PROFISSIONAL:
Segundo um estudo sobre as competências da psicologia hospitalar realizado por Rosa (2005), as intervenções psicológicas realizadas costumam ser de apoio, orientação ou psicoterapia. A autora lista como objetivos mais comuns: Avaliar o estado emocional do paciente; esclarecer sobre dúvidas quanto ao diagnóstico e à hospitalização; amenizar angústias e ansiedades frente a situações desconhecidas; trabalhar vínculo mãe-bebê; trabalhar aspectos da sexualidade envolvidos na doença e no tratamento; preparar para cirurgia; garantir adesão ao tratamento; auxiliar na adaptação à nova condição de vida imposta pela doença; orientar os pais sobre maneiras mais adequadas de informar as crianças sobre a hospitalização ou morte de um familiar e facilitar o enfrentamento de situações de morte e de luto (ROSA, 2005, p. 61).
PSICOLOGIA HOSPITALAR
EQUIPES DE TRABALHO MULTIDISCIPLINAR
Uma equipe interdisciplinar caracteriza-se pelo intercâmbio mútuo entre os diversos saberes, sem hierarquização, e o elemento que os une aqui seria o objeto de estudo: o paciente. A equipe multidisciplinar, formatação mais observada nas instituições hospitalares, é caracterizada pelo trabalho em conjunto de diferentes disciplinas, mas sem que elas se relacionem profundamente entre si: cada profissional realiza seu trabalho individualmente, de acordo com sua especialidade, em função de uma questão em comum; seria como olhar de maneiras e ângulos diferentes para o mesmo objeto de estudo: o paciente. As equipes transdisciplinares se organizam com o maior grau de interação e influência entre os diversos saberes que são compartilhados, e é esperada uma aprendizagem mútua que vai além da simples mistura de disciplinas: um novo saber; as decisões são sempre trabalhadas e tomadas em conjunto. 
PSICOLOGIA HOSPITALAR
EQUIPES DE TRABALHO MULTIDISCIPLINAR
A interconsulta, um protocolo e uma maneira de trabalhar comum ao se trabalhar em equipes, nas instituições hospitalares, é compreendida como uma ação pontual de um profissional de saúde no processo de assistência que um paciente vem recebendo (GORAYEB, 2001). O pedido ou a solicitação de interconsulta vem sempre de uma equipe ou de um profissional que já está acompanhando um paciente e demanda para um especialista de outra área, chamado a esclarecer ou diagnosticar uma problemática do caso em questão. Essa é uma prática comum entre os médicos, como um cardiologista que solicita uma interconsulta neurológica para uma paciente que sofreu um AVC, por exemplo. 
PSICOLOGIA HOSPITALARPRINCIPAIS MOTIVOS DE INTERCONSULTAS PSICOLÓGICAS:
Gorayeb (2001) explica que os psicólogos ligados a equipes hospitalares têm um status de especialista diferente do psiquiatra, que mais frequentemente é solicitado para casos de distúrbios psiquiátricos ou psicóticos que necessitam de intervenção com psicofármacos; o psicólogo, por sua vez, é solicitado para interconsultas que tratam de questões emocionais decorrentes da hospitalização ou do processo de adoecimento.
(...) dificuldades de aceitação do diagnóstico e/ou prognóstico, ansiedade exacerbada em situações de exame, tristeza e/ou depressão eliciadas pelo quadro clínico ou pelo isolamento social e familiar decorrentes da hospitalização, somatizações, reações condicionadas a procedimentos. (GORAYEB, 2001, p. 08)
PSICOLOGIA HOSPITALAR
Em um paralelo com os cuidados maternos, o ambiente e a equipe hospitalar constituem-se como uma rede de cuidados possível de dar suporte, nomear e organizar o possível caos decorrente da hospitalização ou adoecimento. Nesse sentido, Chevnik (1983) compara o drama vivido por um paciente gravemente adoecido e internado à condição de desamparo do recém-nascido, quando, inicialmente, há uma grande regressão e dependência total do ambiente para a própria sobrevivência, ter seu corpo alvo de manipulações estranhas à sua compreensão, assustadoras e sentidas como agressivas em alguns momentos. Ficaria, assim, a cargo de toda equipe de saúde cumprir a vital função dita “materna” de paraexcitação dessas vivências traumáticas, inomináveis e alheias à elaboração psíquica do paciente, frágil e indefeso como um recém nascido naquele momento.
O PSICÓLOGO, O HOSPITAL E AS EQUIPES DE TRABALHO 
Atmosfera hospitalar 
ESCUTA: Trabalhamos aqui o ponto de partida para o trabalho da psicologia hospitalar: deixamos o sujeito falar e o escutamos sem pré-julgamentos e sem estigmas, “apesar da correria do hospital, das urgências, das emergências, precisamos escutar sem pressa” (MARCON, 2016, p. 43). 
Encontramo-nos, assim, com a importância da psicologia hospitalar nas instituições de saúde, em dar lugar, à medida em que se consegue escutar, ao sujeito e à subjetividade excluídos pelo paradigma mecanicista ou biomédico, reafirmando o lugar de existência e singularidade dos pacientes, não tratando apenas “a doença”.
CARÁTER OBJETIVO X CARÁTER SUBJETIVO DA DOENÇA
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Voltando ao caráter subjetivo das doenças, foco da psicologia hospitalar, é possível identificar que há uma diferença entre o trabalho do psicólogo nas instituições hospitalares e em um consultório de prática privada, na qual o sujeito já busca o serviço reconhecendo em si uma demanda psicológica (comumente). No hospital, a demanda é de tratamento para sua doença. Nesse cenário, a equipe e o próprio paciente têm expectativas diferentes sobre o que há para ser tratado. Enquanto a instituição hospitalar (como representante da medicina) foca o agir sobre a doença, o paciente espera alívio para o sofrimento que vivencia. 
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Por se caracterizar pela escuta do significado que o paciente dá à sua doença ou ao seu sofrimento (seja orgânico, psicológico ou de vulnerabilidade social), a psicologia hospitalar é fundamental para que o sujeito que busca ajuda também participe ativamente do seu tratamento, da manutenção de sua saúde ou de mudança de hábitos necessárias, responsabilizando-se em conjunto com a equipe de saúde (MÄDER, 2016).
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O trabalho que os psicólogos hospitalares realizam nas enfermarias, a oferta de escuta, é um convite ao paciente para refletir sobre sua condição, seu adoecimento, sofrimento e suas dificuldades encontradas. Nesse cenário, temos que o psicólogo procura pelo paciente e oferece seu serviço. Como resposta, algumas vezes, encontramos a necessidade de informação ou esclarecimento; outras vezes, de apoio emocional ou até mesmo uma recusa dessa oferta de atenção. 
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Um dos principais pontos de atenção do psicólogo nesse contexto são as REAÇÕES EMOCIONAIS que paciente e familiares apresentam diante da internação. Para isso, partimos de uma avaliação decorrente da escuta do que os próprios sujeitos trazem: o que podemos escutar pode estar relacionado com a distância da família, as dificuldades com a rotina hospitalar, a despersonalização que isso acarreta (visto que os pacientes são retirados abruptamente de suas vidas) ou ainda o medo do hospital. O cuidado aqui reside em que não existe um manual: a procedência, a compreensão e até o caminho pelo qual seguir nesse acompanhamento advêm justamente da escuta precisa e atenciosa.
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Outro ponto de investigação dessa escuta recai sobre a RELAÇÃO que o paciente tem com sua doença, como o paciente projeta seu futuro (tanto no caso de adoecimentos agudos quanto, principalmente, nos casos de adoecimento crônico, quando o paciente vai precisar adaptar sua vida às limitações impostas pelo adoecimento) e sua implicação nesse processo (MADER, 2016).
As respostas psicológicas decorrentes desse impacto vão depender da estrutura do paciente e do momento de vida em que ocorrem, e podem variar desde o afastamento da realidade, negação, raiva e até conformismo, o que entendemos como reações defensivas frente ao sofrimento.
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Durante uma hospitalização, o paciente fica à mercê das equipes hospitalares, exposto a um grande número de manipulações, procedimentos por vezes dolorosos e invasivos, despido de suas roupas, pertences e papéis sociais. A rotina de vida, os compromissos e as atividades prazerosas são abruptamente interrompidos pela doença, ruptura essa que pode ter tido início há muito tempo, como nos casos de doenças crônicas. A posição de suportar a doença, o sofrimento, o isolamento, o desamparo e a dependência em que se encontra invariavelmente requer um cuidado e um manejo especiais por parte da equipe, a fim de não se tornar traumático.
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Romano (2008) também aponta que, segundo sua experiência, nos primeiros dias de internação, a ANSIEDADE e o DESAMPARO são os sentimentos mais observados nos pacientes, o que a autora entende como sendo decorrente da perda de controle sobre sua própria vida e dependência da equipe. Por outro lado, temos que a possibilidade de tratamento pode gerar esperança e confiança na equipe de cuidados. 
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O plano terapêutico adotado também pode gerar sentimentos AMBIVALENTES: no caso de um paciente cirúrgico, por exemplo, a cirurgia pode ter o significado de perda, de um grande risco ou até mesmo de uma saída para seus males. É sobre essa ambivalência, muitas vezes não compreendida pela equipe, que reside o trabalho do psicólogo.
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Retomando as ideias da autora (ROMANO, 2008), após um período inicial de adaptação às rotinas, ao ambiente hospitalar e às decisões sobre diagnóstico e tratamento, os pacientes encontram um possível alívio da angústia. A autora defende que é trabalho do psicólogo hospitalar favorecer essa adaptação, estimulando que o paciente receba (e busque) informações a respeito de seu quadro clínico e tratamentos possíveis.
ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA
Em uma análise crítica sobre a prática psicológica hospitalar no Brasil e levantamento de demandas psicológicas existentes, Tonetto e Gomes (2005) levantam dois modelos possíveis de atuação para o psicólogo hospitalar: o modelo clínico e o de atenção integral à saúde. O modelo clínico caracteriza-se por atendimentos individuais aos pacientes hospitalizados nas enfermarias, com pouca ou nenhuma interaçãocom as equipes de saúde; já o modelo de atenção integral, mais predominante, caracteriza-se pela atuação em diversos espaços do hospital, em constante interação com os demais profissionais de saúde, principalmente nos casos de interconsulta, visando prestar assistência aos pacientes, familiares, equipe e comunidade.
CONTEXTO DE FORMAÇÃO DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA COMO CAMPO DE CONHECIMENTO DA PSICOLOGIA
A Psicologia Comunitária é uma vertente da Psicologia Social, que trata da atuação dos psicólogos nas comunidades. 
A imigração a partir de 1960 configura-se como experiência de miséria social e comunitária para aqueles que saíram do campo para as grande cidades. È nesse contexto que surge a Psicologia Social Comunitária, com a atuação dos psicólogos em algumas comunidades, exercendo uma função política e social que tinha como objetivo empoderar os membros das classes populares para que eles pudessem ser agentes da transformação que se pretendia, alcançado melhorias imediatas nas condições que viviam e contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária (CAMPOS, 1996). 
CONTEXTO DE FORMAÇÃO DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA COMO CAMPO DE CONHECIMENTO DA PSICOLOGIA
Em seu contexto nascedouro, o trabalho do psicólogo que atuava nas comunidades era voluntário, por isso não remunerado e nem regulamentado, e estava muito vinculado aos projetos desenvolvidos pelas universidades nas comunidades. 
CONTEXTO DE FORMAÇÃO DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA COMO CAMPO DE CONHECIMENTO DA PSICOLOGIA
Nos EUA, as características da Psicologia Social que se formavam eram: elaboração de uma teoria da crise, caracterizada por situações ou momentos que impulsionam grandes mudanças na vida dos indivíduos e situações que exigem adaptação à nova realidade. Por isso, muitos psicólogos acompanharam indivíduos envolvidos em situações, como: incêndios, terremotos, roubos, perdas de entes próximos, momentos que provocam mudanças, tensão social e necessidade de adaptação à nova situação que se colocavam. A crise ocorre quando os indivíduos enfrentam obstáculos aos objetivos considerados relevantes, os quais parecem ser intransponíveis pela utilização dos métodos comuns de resolução de problemas. Ela é precipitada por qualquer situação que perturbe a adaptação anterior e requer novas respostas, desafiando os indivíduos a alterações súbitas da sua conduta (ORNELAS,1997).
CONTEXTO DE FORMAÇÃO DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA COMO CAMPO DE CONHECIMENTO DA PSICOLOGIA
Outra perspectiva importante da Psicologia Comunitária se refere ao Suporte Social, já que um bom desenvolvimento psicológico depende da interação social do indivíduo. A solidão e o isolamento são elementos que podem adoecer o indivíduo. Por isso, a partir dessa mudança de perspectiva da sociedade, um conjunto de instituições públicas, como escolas, postos de saúde e centros comunitários foram criados para dar suporte a essa sociedade interacionista.
CONTEXTO DE FORMAÇÃO DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA COMO CAMPO DE CONHECIMENTO DA PSICOLOGIA
O Impacto Social também é uma característica percebida na Psicologia Comunitária, já que o aumento da participação dos indivíduos na comunidade contribui para o desenvolvimento econômico e social. 
O envolvimento das pessoas nos processos decisórios faz com que se crie a noção de responsabilidade compartilhada entre os membros do grupo e, com isso, as decisões passam a ser coletivas, sendo mais facilmente executadas e cobradas pelos membros daquela comunidade.
CONTEXTO DE FORMAÇÃO DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA COMO CAMPO DE CONHECIMENTO DA PSICOLOGIA
O Impacto Social também é uma característica percebida na Psicologia Comunitária, já que o aumento da participação dos indivíduos na comunidade contribui para o desenvolvimento econômico e social. 
O envolvimento das pessoas nos processos decisórios faz com que se crie a noção de responsabilidade compartilhada entre os membros do grupo e, com isso, as decisões passam a ser coletivas, sendo mais facilmente executadas e cobradas pelos membros daquela comunidade.
CONTEXTO DE FORMAÇÃO DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA COMO CAMPO DE CONHECIMENTO DA PSICOLOGIA
A tomada de consciência do processo de desenvolvimento individual para o processo de desenvolvimento coletivo provoca uma grande mudança na condução das decisões por parte de indivíduos e do coletivo. 
Isso leva a uma característica muito marcante da Psicologia Comunitária: o empowerment, ou seja, o empoderamento dos indivíduos da comunidade, que é tido como uma das perspectivas mais importantes da Psicologia Social. Trata-se de uma forma de desenvolver a comunidade e está vinculada ao desenvolvimento de lideranças capazes de promover as condições para a ação política e reformas sociais.

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