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Confirmação do Envio: NOME: PEDRO JHONY BARROSO FIGUEIREDO MATRÍCULA: 01304145 DISCIPLINA: PROCESSO CIVIL III – EXECUÇÃO (18599) QUESTÃO 1. Leia o texto, a seguir: Alex celebrou contrato de financiamento imobiliário com o Banco Brasileiro S/A, assinado pelas partes e duas testemunhas. Em decorrência de dificuldades financeiras, Alex não conseguiu honrar o pagamento das prestações, o que levou o credor a ajuizar ação de execução por título extrajudicial, a fim de cobrar a dívida, no montante de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais). Citado, Alex opôs embargos à execução, no qual alegou excesso de execução, sob o fundamento de que o valor cobrado a título de juros remuneratórios era superior ao devido, sem, contudo, indicar o valor que entende correto. Sustentou, também, a nulidade da cláusula que atribuiu ao credor indicar livremente qual índice de correção monetária seria aplicável ao contrato. Recebidos os embargos, o exequente apresentou impugnação, na qual sustentou que os embargos deveriam ter sido liminarmente rejeitados, por não ter o embargante apresentado o montante que considera correto. Alegou, no mérito, não ser abusiva a cláusula impugnada. Responda, fundamentadamente, em até 30 linhas, às duas interrogativas, a seguir: A) Assiste razão ao exequente quanto à necessidade de rejeição liminar dos embargos? Não, a peça de embargos deve ser processada, porém o juízo analisará apenas a alegação de invalidade da clausula, uma vez que o embargante deveria ter exposto na petição inicial o valor que entende ser o correto, devendo também apresentar demonstrativo discriminado e atualizado de todo o cálculo, (conforme art. 917, parágrafo terceiro, do CPC). Para o exposto, deixo jurisprudência: Confirmação do Envio: AGRAVO DE INSTRUMENTO – EMBARGOS À EXECUÇÃO A jurisprudência do Eg. STJ consolidou-se no sentido de que incumbe ao devedor impugnante ou embargante indicar o valor que entende correto para a dívida exequenda, acompanhada da respectiva memória de cálculo e dos documentos necessários para comprovação do alegado, quando em embargos do devedor, alegar excesso de execução, fundado em abusividade de encargos, inclusive na hipótese de pedido de revisão contratual, seja do contrato exequendo ou de anterior, se sustentado encadeamento de operações, sob pena de rejeição liminar ou de não conhecimento desse fundamento – Recurso não provido. Recurso não provido. (TJ-SP – 2218614-79.2016.8.26.0000, Relator: Roberto Mac Cracken, Data de Julgamento: 15-12-2016, 22 Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 10-01-2017). B) Assiste razão ao embargado quanto à validade da cláusula impugnada? Não. A cláusula é nula de pleno direito, uma vez que fornece a variação do preço, nos termos do art. 51, inciso X, do Código de Defesa do Consumidor, vejamos: Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateral;