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direito civil - questões a b c

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A) Se a legislação resguarda os direitos do nascituro, a personalidade se inicia no momento do nascimento ou no momento da concepção? Fundamente com as teorias que tratam do assunto.
Existem três principais teorias que explicam o início da personalidade: 
I) Teoria natalista - A personalidade surge com o nascimento com vida. II) Teoria concepcionista - A personalidade surge com a concepção. III) Teoria da personalidade condicional - A personalidade surge com a concepção mas é sujeita a uma condição suspensiva do nascimento com vida.
A teoria adotada hoje e implementada no Código Civil é a natalista, de acordo com o art. 2º, a personalidade se inicia no momento do nascimento : "A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro." 
B) É possível atribuir personalidade jurídica ao feto? 
O feto ainda não possui personalidade jurídica e nem capacidade de direito, mas a lei protege os seus direitos que, serão adquiridos, no nascimento com vida (art. 2º CC) como posse, direito à herança, direito à adoção, direito à curatela. Se acontecer de o fato não nascer com vida, as relações jurídicas que o envolvem não se concretizam. 
Exemplo: Vamos dizer que um casal, recém-casado pelo regime de separação de bens, estão esperando o nascimento de seu filho mas o marido veio a falecer, e os pais dele ainda estão vivos. No nascimento do bebê, quando chegou a respirar, recebeu o patrimônio deixado pelo seu pai, e quando morreu, transmitiu esse patrimônio para sua mãe. Se, nasceu morto, não adquiriu personalidade jurídica, portanto, não recebeu e nem transmitiu o patrimônio deixada por seu pai, sendo assim, a herança então fica com seus avós paternos.
C) O natimorto tem direito ao nome e à imagem garantidos pelo ordenamento jurídico brasileiro?
Natimorto é o nome dado à aquele que nasce sem vida, quando um feto falece dentro do útero materno ou no momento do parto. A Lei Federal 6.015 de 1973, em seu artigo 53, § 1º, estabelece que, no caso de a criança nascer morta ou falecer durante o parto, o registro do natimorto poderá ser feito com “os elementos que couberem”, sem especificar quais seriam eles. Por isso, cartórios do país acabam tendo diferentes interpretações e, na maioria das vezes, não permite o registro do nome da criança. Embora, ao nascer morto, não tenha adquirido personalidade, o natimorto deve ter seus direitos respeitados. O princípio constitucional da dignidade da pessoa humana inclui o direito a ter um nome e imagem, sendo assim, deve-se proteger também o nome, a imagem e a memória daquele que nasceu morto, assim como prescreve o Enunciado n. 1 da I Jornada de Direito Civil: "A proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como: nome, imagem e sepultura"

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