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C C - Extra-Classe - Geopolítica

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Instituto de Ciências Sociais e Comunicação
Campus Paraíso
	CURSO DE Ciências Contábeis
Período: Noturno
Disciplina: Geopolítica, Regionalização e Integração.
Professor: Regis Ximenes
	ATIVIDADE
EXTRA-CLASSE
	1º Bimestre – data de envio aos alunos: 18/03/2020 – 1º Semestre/2020
	Sala:
	501
	Turma(s):
	
	CT2P68
	X
	CT3P68
	
	
	
	
	
	NOME DO ALUNO (COMPLETO)
	Nº RA
	Tatiana Leal de Oliveira
	D81GFA-5
	INSTRUÇÕES DE ENTREGA – LEIA COM ATENÇÃO!
	· A entrega será presencial no primeiro dia ao retorno das aulas. Deve ser feita diretamente ao professor da disciplina durante a aula. Não será aceito trabalho fora dessa aula.
· Utilizar como consulta apostilas 3,4,5 e notícias divulgadas em 16-03-20. Enviadas.
· O trabalho deverá ser manuscrito tendo como primeira página essa capa, contendo o nome completo do aluno o RA e a turma que está cadastrado.
· A nota dessa atividade valerá até um ponto (1,0) na prova NP1.
	DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
	O aluno deverá ler: 
 
· Notícias da Bolsa (Bovespa) com data de 16-03-20 - Já enviado.
· Apostila 3 – focar os slides de 9 a 13 e 17 a 30
· Apostila 4 – Focar os slides de 15 a 20 + as notícias de 16-03-20
· Apostila 5 - Focar os slides de 15 a 19 + volatilidade do dólar e corte nas taxas de juros 16-03-20
· O aluno deverá responder as quatro questões.
	LINKS DE VÍDEOS E/OU ARTIGOS
	
	Não 
	
	QUESTÕES
	
1). Os acontecimentos históricos que favoreceram a transição do sistema feudal para o mercantilismo foram: a reforma protestante, o Leviatã de Thomas Hobbes e o avanço das tecnologias agrícolas. Explique resumidamente cada um deles. (Apostila 3)
Resposta:
A chamada transição do feudalismo para o capitalismo (ou do sistema econômico feudal para o sistema econômico capitalista) começou no período da Baixa Idade Média, especificamente a partir do século XIV. Entretanto, a expressão “transição” supõe um processo de continuidade progressiva, como se não houvesse, nesse período, processos complexos de avanço e retrocesso econômico tanto no campo quanto na cidade medieval.
Esse tema da “passagem” ou “transição” da economia feudal para a capitalista foi (e ainda é) objeto de discussão entre várias correntes historiográficas. Dentro do campo marxista, autores como – além do próprio Marx – Maurice Dobb, Paul Sweezy e Ellen M. Wood estão entre os que mais debateram essa questão. Além dessa corrente, outros autores como Henri Pirenne, Max Weber, Ludwing Von Mises, Vilfredo Pareto, entre outros, também deixaram importantes contribuições a esse debate.
Mas o fato é que o sistema feudal entrou em profunda crise no século XIV em razão de fatores como a ascensão da burguesia nas cidades medievais, que passaram a ter uma intensa movimentação comercial nesse período; a crise no campo, as revoltas camponesas, a Peste Negra, entre outros. Essa crise forçou tanto os senhores feudais quanto os burgueses que estavam em ascensão a traçarem estratégias de desenvolvimento de suas estruturas econômicas.
Não se pode dizer, portanto, que as forças do capitalismo estavam em latência apenas nos comerciantes das cidades. Estavam elas também no campo, nos feudos, haja vista que o desenvolvimento comercial acabou favorecendo, em alguns casos, os senhores feudais. Não há uma causalidade direta que implique a passagem do feudalismo para o capitalismo centrada no renascimento comercial e urbano.
O declínio do feudalismo e a origem do capitalismo foram, em grande parte, dois fenômenos históricos independentes, apesar de se desenrolarem simultaneamente. Foi do campo que nasceram as bases materiais para a indústria, sobretudo no caso inglês, e, ao mesmo tempo, a experiência do comércio nas cidades criou a sofisticada relação de troca monetária, que foi a base do crédito e do sistema financeiro que se desenvolveu a posteriori.
A Revolução Inglesa do século XVII foi decisiva para o fomento das condições de aparecimento da industrialização. Com a indústria, o sistema capitalista passou a ser imperativo e complexo, gerando a divisão acentuada do trabalho nas cidades e o aumento do grande fluxo da massa de operários.
Toda a complexa rede industrial e comercial, a nível mundial, que vemos hoje, atrelada ao também complexo sistema financeiro – bancos, bolsas de valores etc. – é fruto desse processo de ascensão do sistema capitalista, que começou no século XIV.
Na década de 1640, o matemático, teórico político e filósofo inglês Thomas Hobbes foi o
primeiro quem descreveu minuciosamente como deveria ser a relação entre
sociedades e governos em sua obra "O Leviatã". Ele decidiu batizar o Estado com o
nome do monstro bíblico como uma resposta para a sordidez e a brutalidade dos príncipes
europeus, pois o poder lhes garantia vantagens econômicas e políticas em relação ao resto
do mundo.
Leviatã é o livro mais famoso do filósofo inglês Thomas Hobbes, publicado em 1651. O seu título se deve ao monstro bíblico Leviatã. O livro, cujo título por extenso é Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil, trata da estrutura da sociedade organizada. 
Hobbes alega serem os humanos egoístas por natureza. Com essa natureza tenderiam a guerrear entre si, todos contra todos (Bellum omnia omnes). Assim, para não exterminarmo-nos uns aos outros será necessário um contrato social que estabeleça a paz, a qual levará os homens a abdicarem da guerra contra outros homens. Mas, egoístas que são, necessitam de um soberano (Leviatã) que puna aqueles que não obedecem ao contrato social. 
Nota-se que um soberano pode ser tanto uma pessoa quanto um grupo, eleito ou não. Porém, na perspectiva de Hobbes, a melhor forma de governo era a monarquia — sem a presença concomitante de um Parlamento, pois este dividiria o poder e, portanto, seria um estorvo ao Leviatã e levaria a sociedade ao caos (como na guerra civil inglesa).
A Reforma Protestante foi a grande transformação religiosa da época moderna, pois rompeu a unidade do Cristianismo no Ocidente.
No dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero fixou na porta da igreja do Castelo as 95 teses que criticavam certas práticas da Igreja Católica. Atualmente, luteranos de todo mundo comemoram neste dia o "Dia da Reforma Protestante". 
O processo de centralização monárquica que dominava a Europa desde o final da Idade Média, tornou tensa a relação entre reis e Igreja. Até este momento, a Igreja Católica centralizava o domínio espiritual sobre a população e do poder político-administrativo dos reinos.
A Igreja - possuidora de grandes extensões de terra - recebia tributos feudais controlados em Roma pelo Papa. Com o fortalecimento do Estado Nacional Absolutista, essa prática passou a ser questionada pelos monarcas que desejavam reter estes impostos no reino.
Os camponeses também estavam descontentes com a Igreja. Na Alemanha, os mosteiros e bispados possuíam imensas propriedades. Muitas vezes, os bispos e os abades viviam às custas dos trabalhadores da cidade e dos campos.
A Igreja condenava as práticas capitalistas nascentes, entre elas a "usura" - a cobrança de juros por empréstimos - considerado pecado. Defendia a comercialização sem direito a lucro e o "justo preço". Isto reduzia o poder de investimento da burguesia mercantil e manufatureira.
2)No contexto do século XIX, em que predominava a visão de mundo das liberdades individuais e um governo que se caracterizava pela interferência mínima na economia, surge a teoria populacional de Malthus, que, em síntese, propunha as seguintes políticas públicas para fazer frente ao crescimento populacional potencialmente fora de controle. (Apostila 3)
Resposta:
Thomas Robert Malthus, e economista inglês que elaborou uma teoria que afirmava que a população iria crescer tanto que seria impossível produzir alimentos suficientes para alimentar o grande número de pessoas no planeta. Dentre suas obras, a principal foi o Princípio da População.
Para Malthus, a produção de alimentos crescia de forma aritmética, enquanto o crescimento populacionalcrescia de forma alarmante. Para ele, o mundo deveria sim ter doenças, guerras, epidemias, ele também propôs uma política de controle de natalidade para que houvesse um equilíbrio entre produção de alimentos e população. 
Teoria Neomalthusiana: A partir da segunda metade do século XX, principalmente na década de 60, houve uma explosão demográfica, esse crescimento populacional deu início novamente às ideias de Malthus, mas com uma adaptação concernente às condições históricas, ficou denominada de Teoria Neomalthusiana, essa teoria atenta-se para o crescimento populacional decorrente dos países subdesenvolvidos, tal crescimento provocaria a escassez dos recursos naturais, além do agravamento da pobreza e do desemprego.
Para evitar esses contratempos, os neomalthusianos propuseram políticas efetivas de controle de natalidade que foram denominadas de “planejamento familiar”. Até mesmo as instituições financeiras como BANCO MUNDIAL e FMI tem exigido o cumprimento de políticas de controle de natalidade.
Em sua obra Ensaio sobre o Princípio da População, Malthus deixou evidente seu pessimismo quanto ao desenvolvimento humano. Ele acreditava que a pobreza fazia parte do destino da humanidade, baseado na premissa de que a população possuía potencial de crescimento ilimitado, ao contrário da produção de alimentos.
Malthus concluiu que, se o crescimento populacional não fosse contido, a população cresceria segundo uma progressão geométrica (2,4,8,16,32), e a produção de alimentos cresceria segundo uma progressão aritmética (2,4,6,8,10,12). Malthus considerava que a população dobraria a cada 25 anos.
Teoria Malthusiana e a fome no mundo
Se a teoria se confirmasse e houvesse esse descompasso entre o aumento da população e a falta de alimentos, o resultado seria uma população mundial faminta, vivendo em situação de miséria, o que causaria uma desestruturação na vida social. Portanto, o aumento da população seria a causa, e a miséria, a consequência.
Para conter o ritmo acelerado do crescimento populacional, Malthus, pautado na sua formação religiosa, acreditava na necessidade de um controle de natalidade, que chamou de “controle moral”. Esse controle não deveria ser feito pelo uso de métodos contraceptivos, mas pela abstinência sexual ou adiamento de casamentos. Vale ressaltar que esse controle foi sugerido apenas para a população mais pobre. Segundo ele, era necessário forçar a população mais carente a diminuir o número de filhos.
Malthus enganou-se. Como ele fez sua análise do crescimento populacional em um espaço geográfico limitado, com uma população predominantemente rural, ele atribuiu a todo o mundo a mesma dinâmica. Contudo, Malthus não previu que a Revolução Industrial seria capaz de mudar todo o cenário mundial, inserindo no meio rural novas técnicas, as quais impulsionariam a produção agrícola e consequentemente aumentariam a oferta de alimentos. A população não cresceu em ritmo de progressão geométrica, portanto, não dobrou a cada 25 anos. A modernização tecnológica conseguiu ampliar o desenvolvimento do cultivo das terras, fazendo com que a produção de alimentos fosse suficiente, chegando então a uma progressão geométrica. Assim, a fome e a miséria não poderiam ser atribuídas à incapacidade produtiva de alimentos, como Malthus acreditava, mas sim a sua má distribuição.
Teoria Neomalthusiana
A Teoria Neomalthusiana foi desenvolvida no início do século 20 e baseou-se no Malthusianismo. Os neomalthusianos demonstravam receio em relação ao crescimento acelerado da população nos países desenvolvidos, visto que, para eles, esse crescimento causaria impacto direto na renda per capita do país. Isso acarretaria problemas socioeconômicos, miséria e falta de emprego. Acreditavam também que esses países deveriam investir em educação, saúde e também no controle da natalidade. Diferente da Teoria Malthusiana, a Teoria Neomalthusiana era a favor do uso de anticoncepcionais. Os neomalthusianos apresentavam ideias alarmistas, afirmando que, se o crescimento populacional não fosse contido, os recursos naturais na Terra seriam esgotados.
Teoria Reformista
Os reformistas foram os principais críticos à Teoria Neomalthusiana. As ideias desses pensadores seguiam caminho oposto às ideias de Malthus. Para os reformistas, o aumento das taxas de natalidade era resultado do subdesenvolvimento, e não a causa. De acordo com essa teoria, a pobreza existia porque havia deficit na educação, saúde e saneamento básico. Se o acesso às políticas públicas para a educação e atendimento médico fossem eficazes, o controle do crescimento populacional seria possível.
O crescimento populacional era uma das grandes preocupações de Thomas Malthus.
3). Comente a depressão generalizada na crise de 1929. Faça uma analogia com as notícias de 16-03-20(Apostila 4)
Resposta:
A Grande Depressão, também conhecida como Crise de 1929, foi uma grande depressão econômica que teve início em 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior e o mais longo período de recessão econômica do sistema capitalista do século XX. Este período de depressão econômica causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, bem como quedas drásticas na produção industrial, preços de ações, e em praticamente todo o medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo.
O dia 24 de outubro de 1929 é considerado popularmente o início da Grande Depressão, mas a produção industrial americana já havia começado a cair a partir de julho do mesmo ano, causando um período de leve recessão econômica que se estendeu até 24 de outubro, quando valores de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, a New York Stock Exchange, caíram drasticamente, e tornou-se notícia em todo o mundo com o crash da bolsa (conhecido como Quinta-Feira Negra). Assim, milhares de acionistas perderam, literalmente da noite para o dia, grandes somas em dinheiro. Muitos perderam tudo o que tinham. Essa quebra na bolsa de valores de Nova Iorque piorou drasticamente os efeitos da recessão já existente, causando grande deflação e queda nas taxas de venda de produtos, que por sua vez obrigaram ao encerramento de inúmeras empresas comerciais e industriais, elevando assim drasticamente as taxas de desemprego. O colapso continuou no dia 28 e no dia 29 de outubro.
Os efeitos da Grande Depressão foram sentidos no mundo inteiro. Estes efeitos, bem como sua intensidade, variaram de país a país. Outros países, além dos Estados Unidos, que foram duramente atingidos pela Grande Depressão foram a Alemanha, Países Baixos, Austrália, França, Itália, o Reino Unido e, especialmente, o Canadá. Porém, em certos países pouco industrializados naquela época, como a Argentina e o Brasil (que não conseguiu vender o café que tinha para outros países), a Grande Depressão acelerou o processo de industrialização. Praticamente não houve nenhum abalo na União Soviética, que tratando-se de uma economia socialista, estava econômica e politicamente fechada para novas tecnologias sendo assim não afetada. Entre 1929 e 1932, o PIB mundial caiu em cerca de 15%. Em comparação, o PIB mundial caiu em menos de 1% entre 2008 e 2009 durante a Grande Recessão.
Os efeitos negativos da Grande Depressão atingiram seu ápice nos Estados Unidos em 1933. Neste ano, o Presidente americano Franklin Delano Roosevelt aprovou uma série de medidas conhecidas como New Deal. Essas políticas econômicas, adotadas quase simultaneamente por Roosevelt nos Estados Unidos e por Hjalmar Schacht na Alemanha foram, três anos mais tarde, racionalizadas por John Maynard Keynes em sua obra clássica.
Alguns estudiosos alegam que o New Deal, juntamente com programas de ajuda social realizados por todos os estados americanos, ajudou a minimizar os efeitos da Depressão a partir de 1933, enquanto outros pesquisadores discordam dessa visão. A maioria dos países atingidos pela Grande Depressão passaram a recuperar-se economicamente a partir de então.Em alguns países, a Grande Depressão foi um dos fatores primários que ajudaram a ascensão de regimes ditatoriais, como os nazistas comandados por Adolf Hitler na Alemanha. O início da Segunda Guerra Mundial terminou com qualquer efeito remanescente da Grande Depressão nos principais países atingidos, muito embora vários economistas neoclássicos discordem disso.
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, os países europeus encontravam-se devastados, com a economia enfraquecida e com forte retração de consumo, que abalou a economia mundial. Os Estados Unidos por sua vez, lucraram com a exportação de alimentos e produtos industrializados aos países aliados no período entre guerras. Como resultado disso, entre 1918 e 1928 a produção norte-americana cresceu de forma estupenda. A prosperidade econômica gerou o chamado "American way of life" (modo de vida americano). Havia emprego, os preços caíam, a agricultura produzia muito e o consumo era incentivado pela expansão do crédito e pelo parcelamento do pagamento de mercadorias. Porém, a economia europeia posteriormente se restabeleceu e passou a importar cada vez menos dos Estados Unidos. Com a retração do consumo na Europa, as indústrias norte-americanas não tinham mais para quem vender. Havia mais mercadorias que consumidores, ou seja, a oferta era maior que a demanda; consequentemente os preços caíram, a produção diminuiu e logo o desemprego aumentou. A queda dos lucros, a retração geral da produção industrial e a paralisação do comércio resultou na queda das ações da bolsa de valores e mais tarde na quebra da bolsa. Portanto, a crise de 1929 foi uma crise de superprodução. Tanto Ford quanto Keynes alertaram ,antes da Crise de 1929, que "a aceleração dos ganhos de produtividade provocada pela revolução taylorista levaria a uma gigantesca crise de superprodução se não fosse encontrada uma contrapartida em uma revolução paralela do lado da demanda", que permitisse a redistribuição dos ganhos de produtividade causados pelo taylorismo, de forma que houvesse redistribuição dessa nova renda gerada, para dirigi-la ao consumo.
Desemprego nos Estados Unidos no período 1910-1960. A tarja rosa destaca os anos da Grande Depressão (1929-1939).
Durante décadas, essa foi a teoria mais aceita para a causa da Grande Depressão, porém, em contrapartida, economistas, historiadores e cientistas políticos têm criado diversas outras teorias para a causa, ou causas, da Grande Depressão, com surpreendente pouco consenso. A Grande Depressão permanece como um dos eventos mais estudados da história da economia mundial. Teorias primárias incluem a quebra da bolsa de valores de 1929, a decisão de Winston Churchill em fazer com que o Reino Unido passasse a usar novamente o padrão-ouro em 1925, que causou maciça deflação ao longo do Império Britânico, o colapso do comércio internacional, a aprovação do Ato da Tarifa Smoot-Hawley, que aumentou os impostos de cerca de 20 mil produtos no país, a política da Reserva Federal dos Estados Unidos da América, e outras influências.
Por outro lado, o economista Milton Friedman culpou a política monetária equivocada como a causa da Grande Depressão. Segundo Friedman, a autoridade monetária norte-americana permitiu que o suprimento de dinheiro diminuísse em um terço entre 1929 e 1933. O aperto da política monetária foi seguida pela queda dos preços e pela atividade econômica mais fraca: "Durante os dois meses desde o pico cíclico de agosto de 1929 até o colapso, a produção, os preços no atacado e a renda pessoal caíram a taxas anuais de 20%, 7,5% e 5%, respectivamente.".
Em direção oposta da Corrente dominante no mundo acadêmico, o economista Thomas Sowell analisou as estatísticas oficiais de desemprego nos Estados Unidos e culpou a interferência governamental na economia pela Grande Depressão. Segundo Sowell, a taxa de desemprego nos Estados Unidos somente alcançou dois dígitos em 1932, tendo se mantido estável durante três anos, entre 1929 e 1931. Para Sowell, apenas quando o presidente Herbert Hoover adotou uma política agressiva de aumento dos gastos públicos e do protecionismo visando a reeleição na eleição de 1932, que a Grande Depressão veio de fato a ocorrer. Sowell alega que as estatísticas desmentem a narrativa dominante de que as políticas conhecidas como New Deal, aprovadas pelo presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt, terminaram com a Grande Depressão, alegando que o desemprego continuou crescendo durante todo os anos 30. Sowell conclui que o New Deal, na verdade, prolongou a Grande Depressão. Concordando com essa visão, Peter Ferrara, alega que a Grande Depressão só terminaria com a final da Segunda Guerra Mundial, que teria levado a uma acentuada redução de gastos, impostos e regulamentações governamentais.
Problemas do mercado financeiro norte-americano levam à queda da bolsa de valores nos Estados Unidos, que assusta todo o planeta e derruba os principais mercados de ações do mundo. Soa semelhante ao que ocorre atualmente, mas trata-se de 1929, o pior momento já vivido pela economia global: o “crash” da bolsa de Nova York.
 
Entenda como a atual crise americana afeta o Brasil
Se a “segunda-feira negra”, que abriu esta semana após a quebra do banco Lehman Brothers, pareceu um momento difícil para os investidores, ela ainda não é nada perto do que aconteceu nos Estados Unidos 79 anos antes. Em 24 de outubro de 1929, a “quinta-feira negra”, a queda no valor da bolsa foi de um terço, e deu início a um longo período de dificuldades normalmente apontado como o princípio da Grande Depressão que assolou o país por toda a década seguinte.
“A queda da bolsa em 1929 foi apenas um sintoma do quanto a economia norte-americana estava com problemas. Por mais que o governo dissesse que as bases da economia estavam sólidas, a crise começou a mostrar o que estava por vir por toda a década seguinte, foi um sinal dos problemas econômicos que eram marcantes”, explicou ao G1, o historiador Robert McElvaine, professor da Universidade Millsaps e autor do livro “A grande depressão”. 
 
Causas da crise
Assim como em 2008, antes mesmo da data apontada como chave para a crise de 29, a economia já apresentava instabilidade. Enquanto atualmente o foco é nas hipotecas e no mercado imobiliário, na época o problema estava vinculado a uma forte especulação em um mercado sem nenhuma regulamentação, e um mercado consumidor reduzido por conta da recuperação europeia após a Primeira Guerra Mundial. 
 
“A sociedade norte-americana vivia um clima de euforia e de consumismo desenfreado, sem que o governo interviesse na economia mesmo com a redução do mercado global. Isso permitiu a especulação e, a partir dela, a crise financeira, uma crise econômica, de produção e de força de trabalho”, disse o professor de extensão universitária COGEAE/PUC-SP Wagner Pinheiro Pereira, autor de “24 de outubro de 1929 – A queda da bolsa de Nova York”. 
 
Depressão
Por mais que seja vista como o início dos enormes problemas que assolaram o país nos anos seguintes, os principais historiadores do período não apontam a quebra da bolsa como a principal causa da Depressão. Segundo eles, a política monetária do governo, que evitava intervir, foi a principal responsável. “Se o governo e o Banco Central americano tivessem liberado verbas de socorro em 1929, a Depressão poderia ter sido evitada”, disse ao G1 Harold Bierman, professor de economia da Universidade Cornell. 
“As bolsas caíram cerca de 40% em outubro de 1929, mas muitas ações recuperaram seu valor até o final daquele mesmo ano. Não era claro que a economia estava desabando naquela época, e muitas pessoas estavam otimistas”, completou. Segundo ele, a quebra da bolsa não causou nenhum efeito direto na sociedade americana, por mais que o desespero dos investidores, que chegavam a se matar, seja uma das imagens mais marcantes deste momento da história.
“A Depressão, 24 meses depois, é que teve um enorme impacto na vida das pessoas, quebrando o sistema bancário e fazendo o desemprego disparar”, disse Bierman.
O professor McElvaineconcorda com a interpretação, e aponta efeitos mais duradouros na cultura norte-americana. “A Depressão dos anos 30 teve efeitos devastadores para um terço da população norte-americana, que ficou desempregada. Ela teve efeitos sociais e psicológicos, pois as dificuldades fizeram as pessoas refletirem sobre seus méritos pessoais e o que os fazia merecer as dificuldades. Era uma sociedade muito individualista, mas que acabou se tornando mais solidária na dificuldade. ” 
 
“Simplificando: a crise levou os acionistas a colocarem suas ações à venda; devido ao excesso de ações no mercado e à falta de compradores, o preço caiu vertiginosamente. Pessoas ficaram arruinadas. Sem recursos, empresas passaram a conceder férias ou demitir empregados e a economia entrou em depressão - milhares de trabalhadores perderam seus empregos, bancos e fábricas faliram. - efeitos se alastraram mundialmente”, disse Pereira. 
 
Recuperação
Por pior que a situação da economia tivesse se tornado nos meses após a crise de 1929, foi somente em 1933, após a eleição do democrata Franklin Delano Roosevelt, que o governo passou a atuar de forma intensa para tentar contornar a Depressão. Foi nesta época que surgiu o “New Deal”, um pacote de reformas para tentar recuperar a economia do país.
“Grandes obras públicas geravam emprego e salário; os salários aumentavam o nível de compra e venda de bens e produtos no mercado; para evitar a inflação, que poderia surgir com o aumento do volume de dinheiro no mercado, o governo passou a controlar os preços; os empréstimos foram concedidos para que os fazendeiros, agricultores pudessem pagar suas dívidas e retomar o crescimento”, explicou Pereira.
A recuperação total da economia norte-americana, entretanto, só aconteceria no final da década de 30, quando teve início a Segunda Guerra Mundial, responsável por reativar todo o processo industrial do país. 
 
Efeitos globais
A queda de mais de 7% da Bolsa de Valores de São Paulo, uma das mais afetadas durante a “segunda-feira negra” deste ano, fez analistas dizerem preocupados com o efeito mundial que uma crise norte-americana desencadearia atualmente. A ligação entre todas as economias causada pela globalização alimenta a tensão de um problema maior de que em 1929.
Em 1929, entretanto, “as economias internacionais já eram ligadas, e ações de um país podiam ter influência em todo o mundo”, disse o economista Harold Bierman. “Hoje fala-se em globalização, mas isso já existia na época da quebra da bolsa. A economia global de hoje é mais independente do mercado financeiro, entretanto, e pode passar pela crise sem entrar em uma nova Depressão”, completou.
O Brasil, como um país agrário que dependia dos mercados externos, foi duramente atingido pelo “crash” e a depressão norte-americana há quase oito décadas. “Podemos dizer que foi esta crise internacional que levou à queda nos preços do café, alterando o cenário político do país e trazendo Getúlio Vargas à cena nacional”, disse Pereira.
“A Revolução de 1930 derruba essa elite, mas Vargas, como Roosevelt, percebeu que o café se tratava de um problema fundamental, já que era a base da economia nacional e fonte de emprego para milhões de brasileiros, assumindo então uma nova política de defesa da cafeicultura, na tentativa de equilibrar os preços e evitar a superprodução. Para isso, proibiu novas plantações durante 3 anos e passou a comprar e destruir todo o café estocado. Cerca de 80 milhões de sacas de 60 quilogramas. Somente no final da década de 1930 o café começou a recuperar os bons preços nos mercados internacionais”, completou. 
 
4). Comente sobre as principais Rupturas do Acordo de Bretton Woods (1973) (Apostila 5
Resposta:
As conferências de Bretton Woods, definindo o Sistema Bretton Woods de gerenciamento econômico internacional, estabeleceram em julho de 1944 as regras para as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo. O sistema Bretton Woods foi o primeiro exemplo, na história mundial, de uma ordem monetária totalmente negociada, tendo como objetivo governar as relações monetárias entre Nações-Estado independentes.
Preparando-se para reconstruir o capitalismo mundial enquanto a Segunda Guerra Mundial ainda se espalhava, 730 delegados de todas as 44 nações aliadas encontraram-se no Mount Washington Hotel, em Bretton Woods, New Hampshire, para a Conferência monetária e financeira das Nações Unidas. Os delegados deliberaram e finalmente assinaram o Acordo de Bretton Woods (Bretton Woods Agreement) durante as primeiras três semanas de julho de 1944.
O Acordo de Bretton Woods durou até 15 de agosto de 1971, quando os Estados Unidos, unilateralmente, acabaram com a convertibilidade do dólar em ouro, o que efetivamente levou o sistema de Bretton Woods ao colapso e tornou o dólar uma moeda fiduciária.[1] Essa decisão, referida como choque Nixon (Nixon Shock), criou uma situação em que o dólar americano se tornou moeda de reserva, usada por muitos Estados. Ao mesmo tempo, outras moedas, que até então eram fixas (como a libra esterlina, por exemplo), passaram a ser flutuantes.
Definindo um sistema de regras, instituições e procedimentos para regular a política econômica internacional, os planificadores de Bretton Woods estabeleceram o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (International Bank for Reconstruction and Development, ou BIRD) (mais tarde dividido entre o Banco Mundial e o "Banco para investimentos internacionais") e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Essas organizações tornaram-se operacionais em 1946, depois que um número suficiente de países ratificou o acordo.
As principais disposições do sistema Bretton Woods foram, primeiramente, a obrigação de cada país adotar uma política monetária que mantivesse a taxa de câmbio de suas moedas dentro de um determinado valor indexado ao dólar —mais ou menos um por cento— cujo valor, por sua vez, estaria ligado ao ouro numa base fixa de 35 dólares por onça Troy, e em segundo lugar, a provisão, pelo FMI, de financiamento para suportar dificuldades temporárias de pagamento. Em 1971, diante de pressões crescentes na demanda global por ouro, Richard Nixon, então presidente dos Estados Unidos, suspendeu unilateralmente o sistema de Bretton Woods, cancelando a conversibilidade direta do dólar em ouro.
As experiências da Grande Depressão.
Um alto nível de concordância entre os países sobre as metas e meios do gerenciamento econômico internacional facilitou em muito as decisões tomadas pela Conferência de Bretton Woods. A fundação daquele acordo foi uma crença comum no intervencionismo. Apesar de os países desenvolvidos diferirem quanto ao tipo de intervenções que preferiam para suas economias nacionais (a França, por exemplo, preferia um maior planejamento e intervenção estatal, enquanto os Estados Unidos eram favoráveis a uma intervenção estatal mais limitada), todos, no entanto, baseavam-se predominantemente em mecanismos de mercado e na noção de propriedade privada.
Assim, foram as semelhanças, mais do que as diferenças, que foram postas em evidência. Todos os governos participantes de Bretton Woods concordavam que o caos monetário do período entre guerras forneceu valiosas lições.
A experiência da Grande Depressão, quando a proliferação de controles e barreiras de comércio levaram ao desastre econômico, estava fresca na memória dos participantes. Os conferencistas esperavam evitar a repetição da debandada dos anos 30, quando os controles das trocas minaram o sistema internacional de pagamentos, base do comércio mundial. A política de "beggar-thy-neighbor" ("empobrece teu vizinho") dos governos dos anos 30—usando tarifas alfandegárias a fim de aumentar a competitividade de seus produtos de exportação e, assim, reduzir os déficits da balança de pagamentos—ocasionaram espirais deflacionárias que resultaram na diminuição da produção, desemprego em massa e declínio generalizado do comércio mundial. O comércio nos anos 30 ficou restrito a blocos monetários (grupos de nações que empregavamuma moeda equivalente, como o bloco da "Libra esterlina" do Império Britânico). Esses blocos retardaram o fluxo internacional de capitais e as oportunidades de investimentos estrangeiros. Apesar de esta estratégia tender a aumentar o dinheiro arrecadado pelo governo a curto prazo, ela piorou drasticamente a situação a médio e longo prazo.
Assim, para a economia internacional, todos os planificadores de Bretton Woods favoreceram um sistema relativamente liberal, o qual se baseava primeiramente no mercado, com um mínimo de barreiras ao fluxo de comércio e capital privados. Apesar de não estarem inteiramente de acordo sobre a maneira de pôr em prática esse sistema liberal, todos concordaram com um sistema aberto.
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