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OAB - Direito civil - Aula 9 a 11

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OAB
Aula 9 – Direito civil
Estatuto da pessoa com deficiencia – Lei 13.146/2015 – Romário
O que é? Objetivos?
Para quem serve? Art. 2°
Revoga os artigos 3° e 4° do CC
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará:       (Vigência)
I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
III - a limitação no desempenho de atividades; e
IV - a restrição de participação.
§ 2º O Poder Executivo criará instrumentos para avaliação da deficiência.
Hoje os unicos que sao absolutamente incapazes sao os menores de 16 anos. 
Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.             (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)          (Vigência)
Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:             (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
 II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;         (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)         (Vigência)
 III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;          (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)
IV - os pródigos.
Parágrafo único.  A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
Tutela: substituição do poder familiar. Art. 1728, CC
Art. 1.728. Os filhos menores são postos em tutela:
I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes;
II - em caso de os pais decaírem do poder familiar.
Curatela: reger a pessoa e administrar os bens de maiores incapazes. Art. 1767, CC.
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
I - exprimir sua vontade;                             (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)          (Vigência)
II - (Revogado);                          (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)
III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;                         (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)     (Vigência)
IV - (Revogado);                             (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)      (Vigência)
V - os pródigos.
MUDANÇAS
Altera o titulo IV, CPC – tomada de decisão apoiada – art. 1783-A ou curatela
Maior e capaz nao é absolutamente incapaz
Da Tomada de Decisão Apoiada
(Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)  (Vigência)
Art. 1.783-A.  A tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para que possa exercer sua capacidade.                         (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)
§ 1o  Para formular pedido de tomada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência e os apoiadores devem apresentar termo em que constem os limites do apoio a ser oferecido e os compromissos dos apoiadores, inclusive o prazo de vigência do acordo e o respeito à vontade, aos direitos e aos interesses da pessoa que devem apoiar.                              (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)          (Vigência)
§ 2o  O pedido de tomada de decisão apoiada será requerido pela pessoa a ser apoiada, com indicação expressa das pessoas aptas a prestarem o apoio previsto no caput deste artigo.                        (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)         (Vigência)
§ 3o  Antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de decisão apoiada, o juiz, assistido por equipe multidisciplinar, após oitiva do Ministério Público, ouvirá pessoalmente o requerente e as pessoas que lhe prestarão apoio.                        (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)            (Vigência)
§ 4o  A decisão tomada por pessoa apoiada terá validade e efeitos sobre terceiros, sem restrições, desde que esteja inserida nos limites do apoio acordado.                         (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)         (Vigência)
§ 5o  Terceiro com quem a pessoa apoiada mantenha relação negocial pode solicitar que os apoiadores contra-assinem o contrato ou acordo, especificando, por escrito, sua função em relação ao apoiado.                  (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)           (Vigência)
§ 6o  Em caso de negócio jurídico que possa trazer risco ou prejuízo relevante, havendo divergência de opiniões entre a pessoa apoiada e um dos apoiadores, deverá o juiz, ouvido o Ministério Público, decidir sobre a questão.                         (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)            (Vigência)
§ 7o  Se o apoiador agir com negligência, exercer pressão indevida ou não adimplir as obrigações assumidas, poderá a pessoa apoiada ou qualquer pessoa apresentar denúncia ao Ministério Público ou ao juiz.                  (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)          (Vigência)
§ 8o  Se procedente a denúncia, o juiz destituirá o apoiador e nomeará, ouvida a pessoa apoiada e se for de seu interesse, outra pessoa para prestação de apoio.                           (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)           (Vigência)
§ 9o  A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo, solicitar o término de acordo firmado em processo de tomada de decisão apoiada.                             (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)           (Vigência)
§ 10.  O apoiador pode solicitar ao juiz a exclusão de sua participação do processo de tomada de decisão apoiada, sendo seu desligamento condicionado à manifestação do juiz sobre a matéria.                          (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)        (Vigência)
§ 11.  Aplicam-se à tomada de decisão apoiada, no que couber, as disposições referentes à prestação de contas na curatela.  
PROBLEMAS E CRITICAS
- Incapacidade por manifestação de vontade – art. 4° - assistente. Nao pode representa-lo.
Como faz? Hibridização?
E os atos juiridicos e nulidade?
E os absolutamente incapazes?
Art. 76, EPD – direito politicos. E o artigo 85?
DO DIREITO À PARTICIPAÇÃO NA VIDA PÚBLICA E POLÍTICA
Art. 76. O poder público deve garantir à pessoa com deficiência todos os direitos políticos e a oportunidade de exercê-los em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 1º À pessoa com deficiência será assegurado o direito de votar e de ser votada, inclusive por meio das seguintes ações:
I - garantia de que os procedimentos, as instalações, os materiais e os equipamentos para votação sejam apropriados, acessíveis a todas as pessoas e de fácil compreensão e uso, sendo vedada a instalação de seções eleitorais exclusivas para a pessoa com deficiência;
II - incentivo à pessoa com deficiência a candidatar-se e a desempenhar quaisquer funções públicas em todos os níveis de governo, inclusive por meio do uso de novas tecnologias assistivas, quando apropriado;
III - garantia de que os pronunciamentos oficiais, a propaganda eleitoral obrigatória e os debates transmitidos pelas emissoras de televisão possuam, pelo menos, os recursos elencados no art. 67 desta Lei;
IV - garantia do livre exercício do direito ao voto e, para tanto, sempre que necessário e a seu pedido, permissão para que a pessoa com deficiência seja auxiliada na votação por pessoa de sua escolha.
§ 2º O poder público promoverá a participação da pessoa com deficiência, inclusive quando institucionalizada, na condução das questões públicas, sem discriminação e em igualdade de oportunidades, observado o seguinte:
I - participação em organizações não governamentais relacionadas à vida pública e à política do País e em atividades e administração de partidos políticos;
II- formação de organizações para representar a pessoa com deficiência em todos os níveis;
III - participação da pessoa com deficiência em organizações que a representem
Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial.
§ 1º A definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.
§ 2º A curatela constitui medida extraordinária, devendo constar da sentença as razões e motivações de sua definição, preservados os interesses do curatelado.
§ 3º No caso de pessoa em situação de institucionalização, ao nomear curador, o juiz deve dar preferência a pessoa que tenha vínculo de natureza familiar, afetiva ou comunitária com o curatelado.
BENS
O que são?
Coisas sao diferentes de bens (CAIO MARIO e Silvio Rodrigues)
Os conceiros de bens e coisas, como objeto do direito, sempre dividiram a doutrina clássica brasileira.
Caio Mário da Silva Pereira, por exemplo, dizia que: "Bem é tudo que nos agrada" e diferenciava: "Os bens, especificamente considerados, distinguem-se das coisas, em razão da materialidade destas: as coisas são materiais e concretas, enquanto que se reserva para designar imaterias ou abstratos o nome bens em sentido estrito". Para esse doutrinador, os bens seriam gênero e as coisas espécies.
Para Silvio Rodrigues, coisa seria gênero, e bem seria espécie. Para ele, "coisa é tudo que existe objetivamente, com exclusão do homem". Os "bens s ão coisas que, por serem úteis e raras, são sucetíveis de apropriação e contêm valor econômico".
A última diferenciação foi adotada pelo Código Civi de 2002.
Patrimonio mínimo: minimo de patrimonio para viver com dignidade. FACHIN – repersonalização. 
A teoria alhures epigrafada foi desenvolvida pelo Dr. Luiz Edson Fachin, professor da Universidade Federal do Paraná.
 
O estatuto jurídico do patrimônio mínimo afirma que segundo o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana as normas de direito civil devem respeitar tal fundamento da carta magna, de modo que, os cidadãos tenham o mínimo de patrimônio para existência digna e, não somente, para sobreviver.
 
Resumindo com precisão cirúrgica a sua própria tese, o Professor Fachin assevera que:
 
“A presente tese defende a existência de uma garantia patrimonial mínima inerente a toda pessoa humana, integrante da respectiva esfera jurídica individual ao lado dos atributos pertinentes à própria condição humana. Trata-se de um patrimônio mínimo indispensável a uma vida digna do qual, em hipótese alguma, pode ser desapossada, cuja proteção está acima dos interesses dos credores. A formulação sustentada se ancora no princípio constitucional da dignidade humana e parte da hermenêutica crítica e construtiva do Código Civil brasileiro, passando pela legislação esparsa que aponta nessa mesma direção”.
 
Com base nesse ditame, veda-se a doação integral do patrimônio de quem quer que seja para que enquanto viver o faça com dignidade.
 
O resguardo ao bem de família também caracteriza outro exemplo de respeito à teoria em comento.
 
Além disso, pode se afirmar que o art. 391 do Código Civil Brasileiro viola a regra em comento, já que, dispõe que pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor, afetando todo o patrimônio do devedor. De tal sorte que tal artigo viola frontalmente o princípio da dignidade da pessoa humana e o estatuto jurídico do patrimônio mínimo, sendo que, deve se com base em tal regra considerá-la inconstitucional.
 
Bens considerados em si mesmos
ARTS. 79 a 91 – uma categoria nao exlcui a outra
Bens moveis – transportaveis ou movimento proprio
- Por sua natureza (exceções – aceder)
- Por antecipação
- por determinação legal – art. 83
Bens imoveis – sempre são infungiveis
Classificação
- Propria natureza: solo, acessorios, adjacencias naturais, espaço aereio e subsolo
- Acesso fisica: art. 79, permamente ao solo;
- Acessão intelectual, intencionalmente emprego;
- Determinaçao legal – artigo 81
Bens fungiveis – sao substituives
- Bens moveis substituiveis: Especie, qualidade e quantidade
Bens infungiveis: Insubstituiveis
Bens consumiveis: destruiçao com o uso
Bens inconsumiveis: duração razoavel. 
Divisiveis: não altera substancia – art. 87 e 88, CC – Indivisibilidade legal, por vontade.
Indivisiveis :
 natural (ex: casa, relógio).
Legal: força de lei – arts. 1784 e 1791, CC (herança)
Convencional: touro reprodutor
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
 Seção II
Dos Bens Móveis
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
 Seção III
Dos Bens Fungíveis e Consumíveis
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.
 Seção IV
Dos Bens Divisíveis
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.
 Seção V
Dos Bens Singulares e Coletivos
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.
Bens singulares – art. 89, CC
· Considerados per si;
· Independe dos demais.
· Art. 89,CC
Bes coletivos
· Varios bens singulares, agregados em um todo – Ex: biblioteca
· Ligados entre si pela V humana.
Universalidade de fato: art. 90
Universalidade de direito: art. 91
Patrimonio: universalidade de direito. 
Bens reciprocamente considerados – art. 92 a 97, CC
· Principais (independentes)
· Concreta ou abstrata
· Acessorios (dependentes) - Principio da gravitação juridica
· Quanto ao estado que se encontram:
- Frutos pendentes: ainda nao colhidos
- Frutos percebidos: colhidos
- Frutos percipiendos: deveriam mas nao foram colhidos
- Frutos consumidos: colhidos e nao existem mais.
· Produtos: saem do principal e lhe diminui a substancia. Ex: petroleo, pedra, peptia de ouro.
· Pertenças – art. 93. São bens acessorios, sui generis. Ex: trator da fazenda
· Partes integrante: unidos ao bem principal – todo independente. Ex: lampada e lustra. Sempre analisada tendo outro bem como parametro. 
· Benfeitorias: visa conservação ou melhoria; sao introduzidas no bem principal. Artigo 96, necessarias, uteis ou voluptuarias.
O Princípio da gravitação jurídica estabelece que os bens acessórios devem ter o mesmo fim do que tiver o bem principal, ou seja, em uma relação jurídica a consequência final, por exemplo, a extinção, for atribuída ao bem principal,deverá obrigatoriamente também o ser sobre o bem acessório, salvo estipulação em contrário pela lei ou convenção das partes. Mas, o contrário não é verdadeiro, pois o bem principal tem autonomia.
.
Assim, são bens acessórios:
A) BENFEITORIAS (incorporadas em um bem móvel ou imóvel, visando a sua conservação ou melhora da sua utilidade).
B) FRUTOS (originam-se do bem principal, mantendo a integridade deste quando retirados, sem a diminuição da sua substância ou quantidade);
C) PRODUTOS (retira-se da coisa principal, diminuindo-lhe a sua quantidade e substância);
D) PERTENÇAS (destinados a servir um outro bem principal, por vontade ou trabalho intelectual do proprietário).
.
Desde modo, em relação as benfeitorias, pode-se dividir em úteis, necessárias e voluptuosas, as duas primeiras servem para conservação e melhor utilização do bem, respectivamente. E, as voluptuosas são para mero deleite, prazer, ao indivíduo, todas elas tornam-se partes integrantes do bem, e por isso, seguem a sorte do principal.
.
Entretanto, as pertenças não são partes integrante do bem, mas que se destinam de modo duradouro ao seu uso, e assim, não seguem o princípio da gravitação jurídica, por força de norma específica constante do art. 93 do Código Civil, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade ou das circunstâncias do caso.
Frutos: naturais, industriais e civeis.
Os frutos são bens ou utilidades provenientes de outras preexistentes, sejam móveis ou imóveis. Se separados, não determinam a sua destruição total ou parcial.
Os frutos devem apresentar três requisitos:
· periodicidade: são produzidos periodicamente pela coisa principal;
· inalterabilidade da substância da coisa principal: não diminuem a substância da coisa principal;
· separabilidade da coisa principal.
Os frutos nascem e renascem periodicamente da coisa, sem se desfalcar a sua substância, enquanto os produtos dela se retiram ao mesmo tempo que a diminuem quantitativamente.[1]
Os produtos são utilidades que se retiram de uma coisa, diminuindo-a até o esgotamento (ex: minério, lenha etc.). Portanto, a principal distinção entre fruto e produto é que, enquanto a separação do fruto não altera a substância da coisa principal, a extração do produto determina sua progressiva diminuição.
Fructus est quidquid nasci et renasci potest. Fructus est quidquid ex re nasci et renasci solet, isto é, a possibilidade de nascer e renascer sem diminuição ou deterioração da coisa principal caracteriza o fruto e o distingue do produto.[2]
Espécies de frutos
Naturais
São aqueles que provêm diretamente da coisa principal, eventualmente com o concurso do trabalho humano (ex: produtos agrícolas, partes aproveitáveis de animais),aqueles que não são passados pela indústria.
Industriais
Assim se denominam os que aparecem pela mão do homem, isto é, os que surgem em razão da atuação ou indústria do homem sobre a natureza, como a produção da fábrica.
Civis
São aqueles que se obtém da coisa em troca do proveito que outro faça dela: o dinheiro a que o proprietário faz jus, em consequência da cessão da coisa a outro, para que este desfrute dela. Os frutos civis provêm de uma relação jurídica (ex: arrendamento). São, enfim, os rendimentos produzidos pela utilização econômica da coisa principal, decorrentes da concessão do uso e gozo da coisa (ex: juros, pensões, foros, aluguéis, prestações periódicas, em dinheiro, decorrentes da concessão do uso e gozo do bem).
. 
Bens Principais e Bens Acessórios
BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
São os bens considerados uns em relação a outros, neste contexto, os bens classificam-se em principais e acessórios. (GONÇALVES, 2012)
BENS PRINCIPAIS
Bens principais sãos bens que tem existência própria, autônoma, que existe por si só, abstrata ou concretamente.
Art. 92 – CC:
“Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal”.
São exemplos de bens principais o solo que existe por si, concretamente, sem qualquer dependência, e os contratos de locação e compra e venda.
BENS ACESSÓRIOS
Bens acessórios são aqueles cuja existência depende do principal. (GONÇALVES, 2012)
Segundo o doutrinador, Bem acessório  é o que supõe, para existir juridicamente, um principal. Nos imóveis, o solo é o principal, sendo acessório tudo aquilo o que nele se incorporar permanentemente (p. ex., uma árvore plantada ou uma construção), já que é impossível separar a idéia de árvore e de construção da idéia de solo.
Nos bens móveis, principal é aquele para a qual as outras se destinam, para fins de uso, enfeite ou complemento (p. ex., uma jóia — a pedra é acessório do colar).
Não só os bens corpóreos comportam tal distinção; os bensincorpóreos também, pois um crédito é coisa principal, uma vez que tem autonomia e individualidade próprias, o mesmo não se dando com a cláusula penal, que se subordina a uma obrigação principal. Prevalecerá a regra “o acessório segue o principal”.
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS ACESSÓRIOS
Art. 95 – CC:
“Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico”.
PRODUTOS
Produtos são as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente. (SILVA, 2008)
São exemplos de produtos, as pedras que se extraem das pedreiras, minerais que se extraem das minas.
Os produtos distinguem-se dos frutos, porque a colheita não diminui o valor e nem a substância da fonte, enquanto os produtos sim.
FRUTOS
Frutos são as utilidades que uma coisa periodicamente produz. Nascem e renascem da coisa, sem acarretar-lhe a destruição no todo ou em parte. (SILVA, 2008)
São exemplos de frutos o café, cereais, frutos das árvores, leite, crias dos animais, etc.
Segundo Silva (2008), os frutos caracterizam-se por três elementos:
i) a periodicidade; 
ii) a inalterabilidade da substância da coisa principal; 
iii) a separabilidade;
De acordo com Gonçalves (2012), os frutos dividem-se:
i) QUANTO A ORIGEM
FRUTOS NATURAIS
Frutos naturais são os que se desenvolvem e se renovam periodicamente, em virtude da força orgânica da própria natureza (ex.: frutas, leite, cria dos animais, etc.).
FRUTOS INDUSTRIAIS
Frutos industriais são os que aparecem pela mão do homem, isto é, os que surgem em razão da atuação do homem sobre a natureza (ex.: produção de uma fábrica).
FRUTOS CIVIS
Frutos civis são os rendimentos produzidos pela coisa, em virtude de sua utilização por outrem que não o proprietário (ex.: juros, aluguéis, etc.).
ii) QUANTO AO ESTADO
FRUTOS PENDENTES
Frutos pendentes são àqueles que ainda estejam unidos à coisa que os produziu.
FRUTOS PERCEBIDOS OU COLHIDOS
Frutos percebidos ou colhidos consideram-se àqueles frutos depois de separados da coisa que os produziu.
Quanto a utilização da terminologia “percebido” e “colhido”, emprega-se o termo “percebido” para os frutos civis (ex.: juros aluguéis), ao passo que se utiliza o termo “colhido” para os frutos naturais (ex.: frutas, leite, cereais). 
Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos tão logo sejam separados, porquanto os frutos civis reputam-se percebidos dia a dia (art. 1215 – CC).
FRUTOS ESTANTES
Frutos estantes são os frutos separados e armazenados ou acondicionadospara venda.
FRUTOS PERCIPIENDOS
Frutos percipiendos são os frutos que deviam ser mas não foram colhidos ou percebidos.
FRUTOS CONSUMIDOS
Frutos consumidos são os frutos que não existem mais porque foram utilizados.
BENFEITORIAS
Benfeitorias são obras ou despesas feitas na coisa, para o fim de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la. (SILVA, 2008)
        Portanto, são obras decorrentes da ação humana, excluindo-se da sua noção os acréscimos naturais ou cômodos, que se acrescem à coisa sem intervenção humana (art. 97 – CC).
Segundo Silva (2008), as benfeitorias podem ser necessárias, úteis e voluptuárias:
BENFEITORIAS NECESSÁRIAS
Benfeitorias necessárias são as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore (ex.:reparos em um automóvel).
Além disso, consideram-se necessárias as benfeitorias destinadas a permitir a normal exploração econômica do bem (ex.: adubação, esgotamento de pântanos, etc.).
BENFEITORIAS ÚTEIS
Benfeitorias úteis são as que aumentam ou facilitam o uso do bem (ex.: aumento de área de estacionamento em um edifício).
BENFEITORIAS VOLUPTUÁRIAS
Benfeitorias voluptuárias são as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor (ex.: substituição de um piso comum de um edifício por mármore).
A classificação das benfeitorias em necessárias, úteis ou voluptuárias não tem caráter absoluto, dependendo de análise casuística, pois uma mesma benfeitoria pode enquadrar-se em uma ou outra espécie, dependendo das circunstâncias.
Assim, uma piscina pode ser considerada benfeitoria voluptuária numa casa residencial, mas útil ou necessária numa escola de natação.
PERTENÇAS
Art. 93 – CC:
“São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro”.
As pertenças são bens móveis que, não constituindo partes integrantes (como o são os frutos, produtos e benfeitorias), estão afetados por forma duradoura ao serviço, uso ou ornamentação de outro. (SILVA, 2008)
São exemplos de pertenças, um trator destinado a uma melhor exploração da propriedade agrícola; os objetos de decoração de uma residência; as máquinas utilizadas numa fábrica, etc.
Assim, as pertenças conservam a sua identidade e não se incorporam à coisa a que se juntam.
As pertenças e as partes integrantes (frutos, produtos e benfeitorias) distinguem-se porque a pertença não completa a coisa, por isso a coisa principal não se altera com a sua separação.
Contrariamente, ao que ocorre com as partes integrantes (frutos,produtos e benfeitorias), os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade das partes ou das circunstâncias do caso concreto (art. 94 – CC).
Dispõe o Código Civil que, apesar de ainda não separados do bemprincipal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico (art. 95 – CC).
Não se consideram bens acessórios: a pintura em relação à tela, a escultura em relação à matéria-prima e a escritura ou qualquer trabalho gráfico em relação à matéria-prima que os recebe, considerando-se o maior valor do trabalho em relação ao do bem principal (art. 1270, §2º - CC).
A regra segundo a qual o bem acessório segue o principal, aplicável somente às partes integrantes (frutos, produtos ou benfeitorias), como a existência do acessório supõe a do principal, tem-se por conseqüência que o bem acessório segue o principal.
Para que tal não ocorra, é necessário que tenha sido convencionado o contrário, por exemplo, a venda de um veículo, convencionando-se a retirada de alguns acessórios, ou que de modo contrário estabeleça algum dispositivo legal, como, a prescrição pela qual os frutospertencem ao dono do solo onde caíram e não ao dono da árvore.
As principais conseqüências da regra são: 
i) a natureza do acessório é a mesma do principal (ex: se o solo é imóvel, a árvore a ele anexada também o é); 
ii) o acessório acompanha o principal em seu destino, exemplo, se é extinta a obrigação principal, extingue-se também a acessória, mas o contrário não é verdadeiro. 
iii) o proprietário do principal, salvo exceção legal ou convencional, é proprietário do acessório, presumindo-se que o proprietário doprincipal seja também dono do acessório, embora essa presunção admita prova em contrário.
Dos Bens Reciprocamente Considerados
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

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