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1 Diagnóstico Bacteriano na M V

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06/02/2020 – BACTÉRIAS
DIAGNÓSTICO BACTERIANO NA MEDICINA VETERINÁRIA
O diagnóstico laboratorial é feito a partir da suspeita que o animal tá com alguma infecção bacteriana
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS BACTERIOSES
É uma ferramenta importante para comprovar a presença de uma infecção bacteriana no animal. Sendo assim, o médico veterinário deve solicitar apenas quando necessário, ou seja, para não onerar os gastos do tutor em detrimento a outros exames. O maior desafio então é o proprietário responsável entender que existem situações que são primordiais para a realização do exame. Atualmente um grande problema é o valor cobrado para um exame (embora não seja caro) variando o tipo de exame. Alguns custam na faixa de 10 reais enquanto outros chegam até a 200 reais, com isso o veterinário também precisa estar atualizado sobre estes valores. Sendo assim, existem três situações que é obrigatório a realização do exame: 
1° Quando devemos ter certeza que a causa da infecção é bacteriana e assim realizamos em conjunto o antibiograma onde irá nos fornecer qual antibacteriano mais indicado para controlar a infecção. 
Ex:.Otite pode ser fúngica, bacteriana e sarna 
2° Quando o exame é obrigatório por exigência pelo ministério da agricultura quando estamos lidando com animal de “producao”. Estes exames são padronizados e devem ser feitos mesmo que o animal NÃO tenha nenhum sinal clínico, tais como, tuberculose, mormo e brucelose. Estes exames são feitos com o intuito de provar que ele não contém a bactéria no seu organismo. Caso o tutor não queira realizá-lo irá responder de acordo com a lei vigente. 
3° Quando em uma determinada região ou propriedade ocorre um aumento expressivo no número de animais doentes que pode interferir no bem-estar destes ou até mesmo o risco à saúde pública. Neste caso o exame laboratorial serve para identificar o agente e assim tomar medidas efetivas para controlar este susto ou até mesmo uma EPIZOOTIA (é uma epidemia dentro de um grupo de animais)
Ex.: Elixia/ babesia (carrapato) 
TIPOS DE AMOSTRA CLÍNICA
Para o correto exame devemos coletar amostras clínicas compatíveis e que iremos encontrar a bactéria, sendo assim recomenda-se secreções ou excreções associadas ao quadro clínico .
Ex.: Se o animal tá com diarréia, coleta-se a diarréia. Um animal com otite coleta-se secreções do ouvido.
Nos casos em que não existe um sintoma clínico aparente ou quando o animal apresenta-se debilitado e febril, neste caso, coletamos o sangue, que pode servir para realizar uma HEMOCULTURA (presença da bactéria na corrente sanguínea) ou não iremos detectar a bactéria, mas anticorpos de memória contra aquela bactéria (sorologia). 
Ex.: Animais sem alteração clínica, coleta-se o sangue
Após a coleta, está é acompanhada por uma ficha com os dados do animal e o pedido do exame ou a suspeita. Além desses procedimentos também devemos nos atentar para um correta manutenção da amostra clínica, que deve ser REFRIGERADA pois se houver bactérias na amostra suspeita e está ficar muito tempo no calor, elas acabam morrendo e o exame irá dar negativo. Com isso o tempo de transporte entre o local de coleta e o laboratório deve ser o mais curto possível.
TIPOS DE EXAMES UTILIZADOS
Embora existam uma infinidade de exames de exames disponíveis atualmente na medicina veterinária, podemos restringir em quatro tipos distintos:
A) Sorologia – este exame é feito para pesquisa de anticorpos de memória utilizando o sangue centrifugado, pois precisamos do soro. (Separando a hemácia do soro, pois é no soro que está presente os anticorpos). Existem diversos modelos de exame tais como ELISA, SOROAGLUTINAÇÃO ou FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO. Esses exames são conhecidos como indireto. Ele é indireto por que não se detecta a bactéria em si, mas o anticorpo criado mediante a presença da bactéria. Mas ele é específico pra bactérias específicas
B) Imunorreação no animal – neste caso não coletamos nenhuma amostra dele, iremos inocular/injetar antígenos que irão reagir com os linfócitos de memória presentes no animal. Em casos positivos o local da inoculação de 2-3 dias depois irá formar uma lesão (inchaço).
C) Uso de meio de cultura - Quando suspeitamos da presença da bactéria podemos semear amostra em meios de cultura específicos e mantidas na estufa por 24-48h e após este período surge colônias com características que podemos identificar qual gênero bacteriano está presente, pela sua cor ou aspecto. Além disso alguns meios de cultura mudam de cor , facilitando a identificação sem a necessidade do uso de microscópio. 
D) Técnicas moleculares – são exames de última geração (e os mais caros) onde são detectados fragmentos do genoma bacteriano nas amostras suspeitas, sendo o mais indicado na maioria dos casos porém o seu custo alto inviabiliza muitas vezes o seu uso, temos a técnica PCR e o sequenciamento genético para a sua realização.

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